44
1 Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas Departamento Engenharia de Produção, Administração e Economia Especialização em Processos Minero Metalúrgicos Monografia de Final de Curso Prática da Educação Ambiental aos visitantes do Núcleo Urbano de Carajás PA, e a importância na aplicação da Política Nacional de Educação Ambiental através do Programa Nacional de Educação Ambiental ProNEA Thiago Roberto Feitosa Zampiva Orientador: Prof. M. Sc.; Dr. Danton Heleno Gameiro Ouro Preto 2009

Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

1

Universidade Federal de Ouro Preto

Escola de Minas

Departamento Engenharia de Produção, Administração e Economia

Especialização em Processos Minero Metalúrgicos

Monografia de Final de Curso

Prática da Educação Ambiental aos visitantes do Núcleo Urbano de Carajás – PA,

e a importância na aplicação da Política Nacional de Educação Ambiental através

do Programa Nacional de Educação Ambiental – ProNEA

Thiago Roberto Feitosa Zampiva

Orientador: Prof. M. Sc.; Dr. Danton Heleno Gameiro

Ouro Preto – 2009

Page 2: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

2

Agradecimentos

Fizeram-se valer de agradecimentos, o Espírito de luz que por várias vezes

me ilumina para trilhar pela companhia da justiça, me ajudando a amar o que faço.

Agradeço a minha mãe, Domingas de Salete, pois sua perseverança sempre que

continuamente me ergueu. À minha avó que paralelamente a essa serve de alicerce ao

auxílio mútuo. Insiro nos agradecimentos, indivíduos que surgem nas caminhadas de

nossas vidas e que se tornam um dos co-responsáveis no positivismo, voto, fé e

principalmente num estonteante companheirismo, se tornando um de nossos pilares. E

por todos os pesares e infortúnios, foram e serão seres marcantes e irradiantes por fazer

valer nossa energia para que nos encontremos. Sr. Emanuel Nogueira de Souza.

Agradeço aos amigos inseparáveis e inesquecíveis, aos que me aceitaram e

aos que me receberam, aos amigos de próprio curso: Tatiana, Angélica, Marizete, Isaac,

Rita, Anirrose, Adenílson, Jorge, Eduardo Veloso, Thaís e Alessandro. Indivíduos mais

do que inesquecíveis.

Agradeço ao ensino oferecido, a proposta dada, ao tempo, a oportunidade

concedida, a força de trabalho, a inteligência, as ideias, e principalmente aqueles que

conseguem formar e mudar os pensamentos cartesianos e limitados dos indivíduos que

pouco consegue perceber que são responsáveis pelas mudanças no meio. E ao esforço

que só aqueles que se fazem presentes podem sentir e poucos conseguem explicar. E

que tenho certeza que fariam novamente pelo humanismo e auxílio mútuo ao próximo.

Agradeço a Universidade Federal de Ouro Preto pelos exemplares educadores que a

representa e as instituições responsáveis pelo investimento e compromisso social.

Enfim... Agradeço e dedico este trabalho àqueles que sempre votaram contra

a exclusão, omissão, negligência, ignorância, a discriminação. Agradeço aos que dão da

percepção o respeito de que muitos são vitimados por tais atitudes nefastas de pessoas

inescrupulosas e resistentes, e percebem que felizmente o mundo não está em prol

destas ações. Agradeço a natureza que sempre faz valer a semelhança entre todos nós e

aos acontecimentos, que por resistência são imperceptíveis, para que se entenda que

todos os nossos atos convergem a nós mesmo. Agradeço ao destino que atua em mostrar

que algumas coisas não são escolhas, e sim fatos e que cabe a cada ser viver a

diversidade para o crescimento como humano. Agradeço o meu Eu à educação dada

por todos que a aceitam e a fazem valer em prol da sociedade e do meio ambiente e que

sentem ela, como sendo o único meio para as melhorias das relações humanas.

Page 3: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

3

Índice de Siglas

EA – Educação Ambiental

MEC – Ministério da Educação

MMA – Ministério do Meio Ambiente

ONU – Organização das Nações Unidas (UNO – United Nation Organization)

PA – Pará (Estado do Pará – Brasil)

PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais

PEAM – Programa Estadual de Educação Ambiental do Estado do Pará

PNEA – Política Nacional de Meio Ambiente

ProNEA – Programa Nacional de Educação Ambiente

3R‟s – Redução, Reutilização e Reciclagem

Page 4: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

4

Índice

1. Introdução..................................................................................................................10

2. Objetivos.....................................................................................................................12

2.1. Objetivos Gerais.......................................................................................................12

2.2.Objetivos Específicos ............................................................. ..................................12

3.Justificativas................................................................................................................13

4. Revisão de Literatura................................................................................................15

4.1. O meio ambiente e a educação ................................................................................ 15

4.2. A crise ecológica atual ............................................................................................. 17

4.3. A Educação...............................................................................................................18

4.3.1.A Necessidade da Educação...................................................................................18

4.4. Educação Ambiental.................................................................................................19

4.4.1. Breve Histórico......................................................................................................19

4.5. Educação Ambiental como Entendimento Educacional...........................................20

4.6. Políticas e Diretrizes.................................................................................................22

4.7. Finalidades da Educação Ambiental.........................................................................24

4.8. Conteúdos para a Educação Ambiental....................................................................25

5. Metodologia................................................................................................................27

5.1.Materiais e Métodos..................................................................................................27

5.2. Projetos.....................................................................................................................28

5.3.Pratica da Educação Ambiental aos Visitantes do Núcleo Urbano de Carajás –

PA....................................................................................................................................30

5.3.1. A Prática ............................................................................................................... 33

5.3.2. As Metas ............................................................................................................... 33

5.3.3. O Público Alvo ..................................................................................................... 34

5.4. As Atividades...........................................................................................................35

5.5. A Formação dos Educadores ................................................................................... 36

5.6. O Plano de Ação .................................................................................................... 388

5.8. A Avaliação..............................................................................................................38

6. Considerações Finais.................................................................................................40

7. Referências Bibliográficas ....................................................................................... 42

gutiérrez, f. Ecopedagogia e cidadania planetária. São paulo: cortez, 2002. ............... 42

machado, nilson. Cidadania e educação. São paulo: escrituras editora, 1997............... 42

Page 5: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

5

Título

O presente trabalho tem por finalidade a apresentação de uma proposta de

implementação da Política Nacional de Educação Ambiental - PNEA aos visitantes do

Núcleo Urbano de Carajás – PA, e importância desta Política na implementação do

Programa Nacional de Educação Ambiental – ProNEA, por se fazer de um Tratado de

Educação Ambiental para as Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global

tratando das ideias e propostas pedagógicas educativas e convergindo ao entendimento

para o meio ambiente.

A proposta em Educação Ambiental vem a compartilhar a missão governamental

e suas políticas públicas, em Educação Não Formal, compartilhando a missão de

aperfeiçoamento e fortalecimento dos sistemas de ensino, meio ambiente e outros que

tenham interface com a educação ambiental, por intermédio dos quais a PNEA deve ser

executada, com o auxílio das entidades de cunho privado e corporativo, para alcançar os

mais variados públicos na conscientização para com o meio ambiente.

Page 6: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

6

Resumo

A partir do entendimento dos objetivos da Política Nacional de Meio Ambiente

– PNEA, e a necessidade de multiplicação das ideias da mesma, vai ser surgindo as

propostas educativas de implementação dessa Política nos diversos âmbitos sociais. A

PNEA dita que cabe às instituições privadas a inserção do indivíduo ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado, e que é necessário uma melhoria na qualidade do meio de

trabalho desse indivíduo para a própria boa relação produtiva desse trabalhador com o

convívio social. Tratando assim da Educação Não Formal, são procuradas ações e

práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões

ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente.

E em que as entidades privadas buscam o controle efetivo do trabalhador e sua

respectiva produtividade sobre o meio ambiente, e como tal, é a percepção da sociedade

diante das atividades produtivas realizadas.

A proposta de implementação da PNEA aos visitantes do Núcleo Urbano de

Carajás – PA é mostrar a tais visitantes que independentemente das atividades

ambientalmente impactes há outras ações compensatórias e principalmente educativas

do sentido de acionar o senso critico de todos da necessidade de inserção coletiva ao

meio ambiente, deixando claro que todos são beneficiados direta e indiretamente do

produto, mas que há possibilidades de sustentabilidade ambiental, indo desde um

ambiente de trabalho favorável até a boa relação do individuo no meio ativando a

percepção do que se pode e que não se pode impactar.

A proposta de Educação Ambiental aos visitantes visa a prática educativa

postada para o presente e o futuro para a compreensão da problemática ambiental e a

importância da aquisição de novos comportamentos, atitudes e ações da relação do ser

humano no meio e são palestradas pelos professores/instrutores nas diversas atividade

desenvolvidas dentro do Núcleo Urbano. As propostas ambientalmente educativas são

uma das mais variadas formas de compensação ambiental, em que propõe a inserção de

todos focalizando o entendimento das ações da sociedade no meio nas maneiras

possíveis de sustentabilidade e harmonia ambiental..

Os resultados mostrarão que a Educação Ambiental faz-se necessária de forma

contínua e organizada e resultará em um aumento progressivo do entendimento e

sensibilização da necessidade de produção para sustentação das atividades mundiais e

Page 7: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

7

dos usos da mesma, e paralelamente a melhoria da relação indivíduo X meio e das

múltiplas ações de sustentabilidade ambiental, em que busca a interação, o

envolvimento e a participação social na proteção, recuperação e melhoria das condições

ambientais e de qualidade de vida, pois isso se transforma uma garantia da qualidade

ambiental e no combate a visão fragmentada de que as atividades produtivas impostas

pelo modelo de civilização atual tornarão o bem estar da sociedade o caos para as

gerações posteriores, se e somente se, não haja uma mudança no modelo de

consumismo mundial. A Educação Ambiental vem a disseminar uma mudança de

pensamento e consequentemente uma mudança de comportamento, para assim ter a

sustentabilidade. Artifício este, sendo possível com as diretrizes participativas com a

criação de projetos educacionais para tornar o conhecimento amplo e não mais

cartesiano e pluralista.

Page 8: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

8

Abstract

From knowing of objectives of Environment National Politic – PNEA, and the

necessity of to multiply the same ideias, grow the proposition of education the creation

this Politic on the around social places. The PNEA say that the private institutions

involve the people on the equilibrated ecologically environment, and it is necessary

improve the quality of place work to good relationship of this worker to social life of

own. Analyzing this way of Non Formal Education, are being look for action and

education practices with destination to touch the collectivity about the environmental

questions to the organization and participation to protect the quality of environment. To

the corporation wants effective control of workers and his productive on the

environment, the way, the percussion the society in the face of productive activities

realized.

The proposal of introduction of PNEA to the visitors in the Urban of Carajás

Center – PA is to show the visitors the compensative action and activities, in spite of the

action environmentally causes impact, and educative mainly to insert everyone the critic

mind of collective necessity on the environment, showing that the people win, direct or

indirectly, of the product but there are possibilities of environment sustainable. Since a

good places work till a good relation above the environment and what can and what can

not cause environment impact.

The proposal of introduction of PNEA to the visitors in the Urban of Carajás

Center – PA aim to do the practice education posted in present to the future to

understand the environmental troubles and the importance of the do news habits and

action of the human relationship on the environment and, these are showing by teachers

or instructors at various works and activities created into the Urban Center. The

environmentally educative proposal is the more varieties to make the environmental

compensative proposing the inserting for everyone to understand the society action in

the possible ways of environmental harmony and sustainable.

The result will show that the Environmental Education do it necessary of it own

if continuous and organizated way and will result in increase of knowing and feeling

that is necessary to product to attend the world activities and the respective uses and,

parallel the turn best way the relation of Human X Environment and the multiples action

of sustainable, and looks for a interaction, the involving and the social participation in

the protect, the recuperation and the improvement of environmental conditions and the

Page 9: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

9

live quality, because will transform in guarantee of environmental quality and can

change the fragmented vision that the model of actual civilization will be the chaos to

futures generations, if and only if, non change the model of world consumes. The

Environmental Education comes to change the way to thinking of the people and later a

change the way of habits, and it will find the sustainable. Way possible with the

participative directresses to creation the education projects on the wide knowing and no

more cartesian and pluralist.

Page 10: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

10

1. INTRODUÇÃO

Predomina, na cultura brasileira, a idéia de que a função maior da educação

ambiental é despertar a consciência ecológica na sociedade, sensibilizando as crianças e

os jovens - as futuras gerações - para a compreensão da problemática ambiental e a

importância da aquisição de novos comportamentos e atitudes. Um trabalho cujo

produto estaria sempre postado no futuro. O adjetivo ambiental designa uma classe de

características que qualificam essa prática educativa, diante desta crise ambiental que

ora o mundo vivencia. Entre essas características, está o reconhecimento de que a

Educação tradicionalmente tem sido não sustentável, tal quais os demais sistemas

sociais, e que para permitir a transição societária rumo à sustentabilidade, precisa ser

reformulado.

Educação Ambiental, portanto é o nome que historicamente se convencionou dar às

práticas educativas relacionadas à questão ambiental. Assim, “Educação Ambiental”

designa uma qualidade especial que define uma classe de características que juntas,

permitem o reconhecimento de sua identidade, diante de uma Educação que antes não

era ambiental.

O fato é que designar diferentemente esse fazer educativo voltado à questão

ambiental, convencionalmente intitulado de “Educação Ambiental”, também estabelece

outras identidades, enunciadas no próprio nome, carregadas de significados, embora não

sejam completamente autoevidente. Dado a novidade do fenômeno, elas, por si só, tem

pouco a dizer. Seus sentidos só aparecem por inteiro na oportunidade do seu

reconhecimento proporcionado por uma apresentação formal.

E através dessa formalidade que, se impõe os atores sociais, com suas ações de

cunho moral e legal. Daí intitula as políticas, leis e diretrizes para servir de base as

definições do conceito e contexto de Educação Ambiental. Assim, o Governo Brasileiro,

criou e assegurou a definição deste ramo da educação, através da Lei nº 9.795, de 27 de

ABRIL de 1999, a Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA, em que dita em

seus primeiros artigos:

Art. 1o Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o

indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,

atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso

Page 11: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

11

comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Art. 2o A educação ambiental é um componente essencial e permanente da

educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e

modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.

Fazendo com todos tenham direito a Educação, incumbindo:

Art. 3o - V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas,

promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e

ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do

processo produtivo no meio ambiente;

Através disso, viu-se a necessidade de se propor e implantar tal política a Núcleo

Urbano de Carajás – PA, as mais variadas personalidades que visitam as instalações

urbanísticas da cidade e aos moradores de modo geral, em auxilio do Programa

Nacional de Educação Ambiental – ProNEA.

Consequentemente e paralelamente a isso se apresentam propostas para a

aplicação da Política Nacional de Educação Ambiental, que ora são realizadas pelo

poder público em escolas públicas e repartições públicas e ora pelas empresas privadas

conforme suas necessidades aplicativas aos seus negócios corporativistas para atender

as delimitações da Política Nacional, onde tais necessidades incubem a realização de

atividades voltadas a mudanças de paradigmas e dogmas individuais para se

transformarem em conteúdos humanistas voltados a toda a sociedade seguindo a ideia

de educação.

Page 12: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

12

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVOS GERAIS

Os Objetivos Gerais propõem a implementação Política Nacional de Educação

Ambiental – PNEA, através do Programa Nacional de Educação Ambiental – ProNEA,

interagindo entre o corpo de administração da cidade as relações do ser humano para

com os visitantes do Núcleo Urbano de Carajás entre o meio e o meio ambiente, as

ações sociais e o próprio entendimento e interesse das questões voltadas à conservação e

melhor utilização do ser humano com o meio ambiente, suas ações de compensação

ambiental, mostra de ações já voltadas à conservação, preservação, mitigação e

minimização ambiental.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Objetivos Específicos

Monitorar e instruir os visitantes do Núcleo

Urbano de Carajás-PA, quanto às questões ambientais, interagir os visitantes

para com o meio ambiente e as relações do ser humano com o meio natural e

também a participação do corpo funcional e administrativo da cidade para com

os visitantes.

Criar projetos ativos/participativos de interação

educacional para os moradores do Núcleo Urbano de Carajás, agregando assim,

a consciência ambiental para com os visitantes, fazendo com que esses auxiliem

no processo de educação ambiental proposto ao Núcleo Urbano de Carajás-PA

implementando as diretrizes da Política Nacional de Educação Ambiental

Page 13: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

13

3. JUSTIFICATIVAS

A Política Nacional de Educação Ambiental tem por finalidade, descrita em seu

Art. 1º, o “entendimento da educação ambiental para os processos dos quais os

indivíduos e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,

atitudes e competências voltadas à conservação do meio ambiente, sendo este um bem

de uso comum do povo, e essencial a sadia qualidade de vida e a sua sustentabilidade”.

E em detrimento a esse artigo, subtende-se corresponder a uma necessidade, aplicada a

um núcleo urbano social salientando a interatividade com os indivíduos visitantes a com

tal núcleo urbano. Entre as ações da PNEA está em assegurar, no âmbito educativo, a

interação e a integração equilibradas das múltiplas dimensões da sustentabilidade

ambiental – ecológica, social, ética, cultural, econômica, espacial e política – ao

desenvolvimento das relações e quebra de preconceitos derivados da visão de

degradação das atividades diretamente relacionadas à criação do Núcleo Urbano de

Carajás, buscando o envolvimento e a participação social na proteção, recuperação e

melhoria das condições ambientais e de qualidade de vida, além de se mostrar como um

das disposições da Educação Não Formal. Sendo esta, caracterizada umas das ações e

práticas educativas voltadas a sensibilização da coletividade sobre as questões

ambientais.

Nesse sentido, a proposta de Educação Ambiental aplicada aos visitantes de

Carajás e também a população em geral, assume tais seguintes diretrizes;

• Transversalidade e Interdisciplinaridade;

• Descentralização Espacial e Institucional;

• Sustentabilidade Socioambiental;

• Democracia e Participação Social;

• Aperfeiçoamento e Fortalecimento dos Sistemas de Ensino, Meio Ambiente e outros

que tenham interface com a educação ambiental; além de andar na mesma mão da

proposta educativa instituída pela própria política e a pedagogia de ensino-

aprendizagem.

A explicativa das propostas educativas se faz necessárias para difusão dos

conhecimentos adquiridos pelos indivíduos que os detém, para a disseminação de idéias

e a formação de opiniões e também para a mudança de preconceitos, oriundos de

informações adversas a determinados conteúdos, principalmente pelo entendimento do

Page 14: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

14

papel do ser humano no meio e a dinâmica deste no ecossistema, partindo do princípio

da ligação que a ação individual repercute em todo o coletivo. Assim, cada proposta

tem por finalidade a multiplicação da cadeia do conhecimento a todos os indivíduos, e

sendo este defendido pelo Art. 5°, ll, “a garantia da democratização das informações

ambientais”.

Então, somente através da implantação da Política Nacional de Educação

Ambiental - PNEA, com o auxílio do Programa Nacional de Educação Ambiental –

ProNEA que todos esses direitos individuais e coletivos podem ser aplicados.

E na partida desse o ProNEA surge como ferramenta auxiliadora para propor um

constante exercício de transversalidade para internalizar, por meio de espaços de

interlocução bilateral e múltipla, a educação ambiental no conjunto do governo, nas

entidades privadas e no terceiro setor; enfim, na sociedade como um todo. Estimula o

diálogo interdisciplinar entre as políticas setoriais e a participação qualificada nas

decisões sobre investimentos, monitoramento e avaliação do impacto de tais políticas. E

a internacionalização da PNEA através do ProNEA, advém da necessidade da

interatividade dentre as ações de compensação de impactos ambientais oriundos dos

processos de exploração mineral, para o Núcleo Urbano de Carajás, aos visitantes da

cidade.

Page 15: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

15

4. REVISÃO DE LITERATURA

4.1. O MEIO AMBIENTE E A EDUCAÇÃO

A questão ambiental está cada vez mais presente no cotidiano da sociedade

contemporânea, e principalmente no desafio da preservação da qualidade de vida da

população das cidades.

Com efeito, diante da constatação da necessidade de edificação dos pilares das

sociedades sustentáveis, os sistemas sociais atualizam-se para incorporar a dimensão

ambiental em suas respectivas especificidades, fornecendo os meios adequados para

efetuar a transição societária em direção à sustentabilidade. Assim, o sistema jurídico

cria um “direito ambiental”, o sistema científico desenvolve uma “ciência complexa”, o

sistema tecnológico cria uma “tecnologia eco eficiente”, o sistema econômico

potencializa uma “economia ecológica”, o sistema político oferece uma “política verde”

e o sistema educativo fornece uma “educação ambiental”, ProNEA (2005).

Nesse contexto, o processo educativo pode conduzir à formação de atores sociais

que conduzirão uma transição em direção à sustentabilidade socioambiental. A

Educação Ambiental desponta como responsabilidade de reencantamento, abrindo

possibilidades de novos conhecimentos, metodologias e habilidades numa perspectiva

interdisciplinar. Assim representa um instrumento essencial para a transformação do

padrão existente de degradação socioambiental.

E nessa responsabilidade, a relação entre meio ambiente e educação para a

cidadania assume um papel cada vez mais desafiador, demandando a emergência de

novos saberes para aprender processos sociais que se exemplificam e riscos ambientais

que se intensificam.

As políticas ambientais e os programas educativos relacionados à

conscientização sobre a crise ambiental demandam crescentemente novos enfoques

integradores de uma realidade contraditória e geradora de desigualdades que

transcendem a mera aplicação de conhecimentos científicos e tecnológicos disponíveis.

Isso implica em estimular um processo de reflexão e tomada de consciência dos

processos socioambientais emergentes que priorizam a participação social nos processos

de tomada de decisões visando à prevenção e a busca de soluções de problemas

ambientais.

O desafio que se coloca é de formular uma educação ambiental que seja crítica e

formadora em dois níveis – formal e não-formal – devendo ser acima de tudo um ato

Page 16: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

16

político voltado à transformação social. Seu enfoque deve buscar uma perspectiva de

ação holística que relaciona o homem, a natureza e o universo tomando como referencia

o esgotamento dos recursos naturais conscientizando-se de que o principal responsável

pela sua degradação é o homem.

A educação ambiental deve buscar, acima de tudo, a solidariedade, a igualdade e

o respeito à diferença como formas democráticas de atuação baseadas em práticas

interativas e dialógicas. Isso se consubstancia na atitude de criar novas atitudes e

comportamentos através da mudança de pensamento ante o consumo da nova sociedade

e de estimular a mudança de valores individuais e coletivos. (JACOBI, 1996).

E tal fato, como tantas outras questões, é que a questão ambiental diferencia e

traça sua força justamente pelo poder de ampliar e aprofundar questionamentos em

vários segmentos: na ciência, na política, economia, no direito, na educação e até na

esfera pessoal. Os dilemas socioambientais reviraram um baú de verdades absolutas e

fizeram surgir novos nexos explicativos das relações humanas e também da relação

natureza e cultura (Segura, 2001).

Assim, entende-se que os atores educacionais procuram construir uma nova

sociedade que articulem ações no campo político e cultural em torno do princípio de

sustentabilidade, ampliando os laços de sociabilidade e democratizando a vida pública

através de uma nova vertente da educação.

Segundo Sorrentino (1997), a novidade da questão ambiental à educação, faz-se

refletir sobre suas especificidades, no sentido que busca a interação dos diferentes

saberes, por meio de várias portas para a apreensão dos significados e conhecimentos.

Além de lidar com o conhecimento, matéria-prima da educação, a questão

ambiental motiva a postura participativa, a cidadania. Dessa forma, a Educação

Ambiental, vem somar esforços, ao lado de instrumento como o licenciamento e

planejamento ambiental, tecnologias de conservação, estudos e relatórios de impacto

ambiental, legislação, etc., para construção de uma nova sociedade orientada pela ética

baseada na solidariedade planetária, na sustentabilidade socioambiental e no direito de

todos a um ambiente saudável.

Page 17: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

17

E tudo é o desafio de implementar todos os paradigmas a uma sociedade, que

tem como pensamento os desejos do seres humanos sendo ilimitados que seus objetivos

necessitam ser alcançados, fazendo do meio a utilização para seus respectivos fins.

Dessa forma a Educação Ambiental, vem em contrapartida. Atuando sobre o

pensamento crítico do indivíduo para o que este realmente tem carência. A

sustentabilidade e a conveniência são atuações inerentes.

4.2. A CRISE ECOLÓGICA ATUAL

A maior parte dos problemas atuais é decorrente do modelo de desenvolvimento,

economia e sociedade e segundo Soffiati (1987), não podem ser encaradas como mais

uma crise que passa a humanidade, mas como uma situação limite para a sobrevivência

sadia do planeta e está enraizada e esboçada nos fundamentos da relação natureza-

cultura, há muitos séculos quando os seres humanos se viam e agiam como superiores.

O pensamento moderno, por sua vez, alicerçou o modelo técnico industrial, no

qual aparece à separação ser humano e natureza, sendo esta considerada fonte

inesgotável de recurso para sustentar a riqueza de uma sociedade em que o ator

principal acredita que seus desejos e necessidades são inesgotáveis.

A revolução industrial foi o marco central no processo de agravamento

ambiental e representa a hegemonia humana na natureza e reduzida à natureza humana,

pelo desenvolvimento.

O mito de desenvolvimento fortaleceu o sucesso irrestrito da capacidade humana

de produzir e ocultou as barbáries utilizadas para atingi-lo. Ao mesmo tempo em que

dominava a natureza, os seres humanos dominavam outros seres humanos, os quais

foram transformando-se em coisas, e educando os outros a mesma semelhança. Essas

desigualdades determinam o perfil excludente e destruidor da sociedade moderna. E

toda essa teia criada por anos e anos foi e ainda é transmitida pela transferência de

informações e conhecimentos uns aos outros, uns pelos outro, dando frutos à educação.

Isso faz com que tal pensamento seja representado pela forma e meio de educação em

que a sociedade se representa.

Segundo Mazzotti (1997) a crise ambiental é vista como um desequilíbrio

produzido pelo estilo de vida da sociedade moderna, e as razões para o desequilíbrio

seria de duas ordens gerais: o tipo de desenvolvimento econômico e o tipo de

Page 18: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

18

racionalidade envolvida – cartesiana particularista. Dessa maneira seria necessário um

novo estilo de vida e racionalidade, que seria holística e implicaria em uma nova ética

de respeito à diversidade biológica e cultural que estaria na base de uma sociedade

sustentável, através de novas ações educacionais para a formação de um novo indivíduo.

Esse panorama complexo mostra que não é suficiente apenas mudanças na

estrutura econômica e política, mas também nos fundamentos socioculturais que

sustentam essas relações dominantes.

O desnível econômico entre grupos sociais e entre os países, tanto em grupos de

riqueza como de poder, criam vetores importantes de pressão sobre políticas ambientais

em cada parte do mundo. O poderio dos grandes empreendimentos transnacionais torna-

os capazes de influir fortemente nas decisões ambientais que os governos e

comunidades deveriam tomar, especialmente quando envolvem os usos dos recursos

naturais, acarretando também, a interdependência mundial, que também ocorre sobre o

ponto de vista ecológico. O que se faz em um local, um país, pode afetar amplas regiões

ultrapassando várias fronteiras. (PCN, 2001). Entendendo isso, percebe-se que a ação

individual repercute em todo o coletivo, o meio ambiental atual é fruto do indivíduo em

que nele vive.

4.3. - A EDUCAÇÃO

4.3.1. - A NECESSIDADE DA EDUCAÇÃO

A palavra “educação” sugere que se trata de uma troca de saberes, de uma

relação do indivíduo com o mundo que o cerca e com os outros indivíduos. E tudo isso

só é permitido através do conhecimento.

E conhecimento é essencial tanto para embasar uma leitura crítica da realidade,

quanto para buscar instrumentos para solucionar problemas ambientais concretos. E

primeiro passo, nas discussões pedagógicas é a inserção do diálogo. Este, então, coloca-

se como estratégia para manter e respeitar as diferenças e, assim, alimentar a interação

do mundo num processo aberto, que estimule a criatividade e não se preocupe em

cristalizar certeza.

Segundo SENE (1998), o trabalho educativo, apenas calçado no conhecimento

científico apresenta limitações na compreensão do ambiente.

Page 19: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

19

Najmanovich (1995) destaca que ao trabalhar com a noção de sujeito complexo,

reúnem-se a objetividade e a subjetividade; e destaca a subjetividade como um campo

onde se desenvolve a liberdade, a ética e a criatividade. E ainda, SENE (1998), destaca

que o conhecimento estético tem que ser afirmando como um novo enfoque que pode

ampliar as fronteiras do conhecimento ambiental.

Assim, com essa linguagem, pretende-se entender que o conhecimento é

essencial à melhoria na educação de um grupo de indivíduos e que através disso, rompe

as fronteiras ao conhecimento ambiental. Nisso, não fica somente inclusa a

cientificidade ao meio, porém a socialização de todos os conhecimentos humanos à

compreensão da educação. Ao passo disso, o entendimento do meio ambiente, coloca-se

a todos, na mesma linha da educação, sendo necessária para a melhoria da relação

humano e meio ambiente.

4.4. - A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

4.4.1. – BREVE HISTÓRICO

Em 1968, foi realizada na cidade de Roma uma reunião de cientistas dos países

desenvolvidos para se discutir o consumo e as reversas naturais não renováveis e o

crescimento da população mundial até meados do século XXI. As conclusões desse

encontro, conhecido como “Clube de Roma” deixaram clara a necessidade de controle

do crescimento da população mundial e urgente busca de mecanismos para a

conservação dos recursos naturais e o crescente consumo de produtos para suprir tais

necessidades humanas.

Seus participantes observaram que o homem deve examinar a si próprio, seus

objetivos e valores. E um dos méritos dos debates, foi colocar os problemas ambientais

a níveis planetários. Como conseqüência disso, a ONU (United Nation Organization),

realizou em 1972, em Estocolmo – Suécia, a primeira Conferência Mundial do Meio

Ambiente Humano. E uma das resoluções da conferência foi a de que se deve educar o

cidadão para a solução dos problemas ambientais. Então, segundo ONU (1972), surge o

que se convencionou a chamar Educação Ambiental.

Page 20: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

20

E segundo a “Carta de Belgrado”, na então Iugoslávia, em 1975, uma reunião de

especialistas nas áreas de educação, biologia, geografia e história, entre outros definiram

objetivos da educação ambiental, publicados nesta carta convencionada.

Deve-se mencionar que a educação ambiental surge no Brasil muito antes da sua

institucionalização no governo federal. Além de artigos de brasileiros ilustres e de uma

primeira legislação conservacionista já no século XIX e início do século XX, temos a

existência de um persistente movimento conservacionista e, no início dos anos 70, do

século XX, ocorre à emergência de um ambientalismo que se une às lutas pelas

liberdades democráticas, que se manifesta através da ação isolada de professores,

estudantes e escolas, por meio de pequenas ações de organizações da sociedade civil ou

mesmo de prefeituras municipais e governos estaduais com atividades educacionais

relacionadas às ações voltadas à recuperação, conservação e melhoria do meio

ambiente. (ProNEA, 2005).

4.5. -A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO ENTENDIMENTO EDUCACIONAL

A complexidade das interfaces entre as diversas problemáticas enseja em se

utilizar a contribuição das variáveis do conhecimento, superando a fragmentação dos

diferentes campos disciplinares. Implica, também, em considerar que a construção do

conhecimento leve em conta as contribuições advinhas do saber popular, tendo em vista

o contexto cultural em que são produzidos, para construir a base comum da

compreensão, explicação e superação do problema tratado, provado pela especialização

do trabalho científico.

Fundamento a concepção holística, apela à superação do racionalismo cartesiano

e visam trabalhar as relações complexas entre o humano-ambiente, com os elementos de

uma totalidade visando uma formação de um sujeito integral, desafios que se coloca

para a educação ambiental enquanto prática dialógica, instrumento que visa aproximar

Ser humano-Meio Ambiente a partir de um novo paradigma conceitual, metodológico e

ético.

Assim, segundo Reigota (1994), a educação Ambiental deve ser entendida como

educação no sentido de que ela reivindica e prepara os cidadãos para exigir justiça

social, cidadania nacional planetária, autogestão e ética nas relações sociais e com a

natureza.

Page 21: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

21

MMA (2004) dita que a Educação Ambiental é o nome que historicamente se

convencionou dar às práticas educativas relacionadas à questão ambiental. Assim,

“Educação Ambiental” designa uma qualidade especial que define uma classe de

características que juntas, permitem o reconhecimento de sua identidade, diante de uma

Educação que antes não era ambiental.

Em adição a isso, LOUREIRO (2004) diz de uma simplificação recorrente entre

aqueles que não atuam diretamente ou não se identificam como educadores ambientais,

que está em pensar a educação ambiental enquanto processo linear de desenvolvimento

na história, um desdobramento direto de modalidades educacionais focadas na

conservação da natureza, já existentes nos anos de 1950, para uma educação que pensa

o ambiente em sua integralidade.

E assim sendo, pode-se entender que a Educação Ambiental fortaleceu-se no

contexto de multiplicação de problemas ecológicos, tendo como missão conscientizar a

população sobre os problemas da poluição e forma de preveni-los, mudando, assim, o

curso histórico de degradação socioambiental provocada pela ação humana. Os

problemas ambientais foram criados por homens e mulheres e deles virão às soluções.

Estas, não serão obras e gênios, de políticos os de tecnocratas, mas de cidadãos e

cidadãs.

E nisso tudo, entra a funcionalidade da escola, que corresponde ao melhor

ambiente para implementar a consciência de que o futuro da humanidade depende da

relação estabelecida entre a natureza e o uso pelo homem dos recursos naturais

disponíveis. Para isso, é necessário que, mais do que informações e conceitos, a escola

se proponha a trabalhar com atitudes, com formação de valores, habilidades e

procedimentos. E esse é um grande desafio para a educação. Comportamentos

“ambientalmente corretos” serão aprendidos na prática do dia-a-dia na escola: gestos de

solidariedade, hábitos de higiene dos diversos ambientes. (MEC, 2000).

Entretanto, não raramente a escola atua como mantenedora e reprodutora de uma

cultura que é predatória ao ambiente. Nesse caso, as reflexões que dão início à

implementação da Educação Ambiental devem contemplar aspectos que invertam esse

quadro, produzindo conseqüências benéficas, como a compreensão da importância

fundamental de todas as formas de vida coexistentes em nosso planeta e do meio em

que estão inseridas e, ainda, o desenvolvimento do respeito mútuo entre os membros de

nossa espécie. (CURRIE et al., 1998).

Page 22: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

22

4.6. - DIRETRIZES E POLÍTICAS

PEAM (2000) assegura a preocupação sobre o futuro sustentável da Amazônia

que vem gradativamente ganhando esforços no cenário político, econômico e social em

nível nacional e internacional.

E ProNEA (2005), cujo caráter prioritário e permanente é o dever do

reconhecimento por todos os governos, de ter como eixo orientador a perspectiva da

sustentabilidade ambiental na construção de um país de todos e assume as seguintes

diretrizes:

• Transversalidade e Interdisciplinaridade;

• Descentralização Espacial e Institucional;

• Sustentabilidade Socioambiental;

• Democracia e Participação Social;

• Aperfeiçoamento e Fortalecimento dos Sistemas de Ensino, Meio Ambiente.

e outros que tenham interface com a educação ambiental.

A ampliação dessas preocupações origina-se na percepção da ampla crise

ambiental vivenciada que vêm se traduzindo numa série de problemas socioambientais

ocasionados pelas modalidades de intervenções adotadas pelas sociedades da natureza,

que destacam somente a obtenção de lucros imediatos sem considerar os impactos

sociais e naturais no meio em longo prazo.

Assim, a efetivação da Educação Ambiental, impõe, portanto, como um desafio

a ser enfrentado pelos governos estaduais e a sociedade de um modo em geral, um

desafio que aponte para um compromisso, com a melhoria das condições de existência

das presentes e futuras gerações, de acordo com a Constituição Brasileira de 1988 em

seu art. 225:

“Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado, bem como o uso comum do povo à sadia qualidade

de vida, impondo-se ao poder público e a coletividade o dever de

defendê-lo às presentes a futuras gerações”.

Parágrafo 1° - Para assegurar efetivamente desse direito, incube

ao Poder Público:

(...)

Page 23: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

23

“VI – Promover a Educação Ambiental em todos os níveis de

ensino e a conscientização pública para a preservação do meio

ambiente...”.

O governo instituiu através dos Planos Nacionais em Educação, e em

seguimento as necessidades e às exigências sociais, programas de Educação Ambiental

definindo faces às suas diretrizes básicas que norteiam quaisquer intervenções públicas

e privadas em relação às atividades que se desenvolvam, sendo tais constituem em plano

de fundo para a sua consecução.

A eficácia das ações se efetiva através da descentralização da Gestão Ambiental,

por outro lado, impõe efetivar ações educativas no sentido da descentralização da

política estadual e do aparato institucional, bem como consolidar mecanismos de

fortalecimento de participação social no controle do processo de exploração econômica

de recursos naturais e da melhoria da qualidade de vida das populações urbanas e rurais.

É dentro desse contexto que se inscreve a política norteada para

operacionalização das ações no âmbito da Educação Ambiental, através da à Lei n°

10.172 de 2001, que institui o Plano Nacional de Educação e trata a Educação

Ambiental de forma transversal, ou seja, como tema que deve ser desenvolvido a partir

de uma prática educativa integrada, contínua e permanente, conforme proposto pelos

Parâmetros e Diretrizes Curriculares Nacionais e enquanto componente essencial e

permanente na educação nacional, entendida como:

“Processos por meio dos quais o individuo e a coletividade

constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e

competências voltadas para a conservação do meio ambiente,

bem como o uso comum do povo essencial à sadia qualidade de

vida e sua sustentabilidade. Lei N° 9.795/99 Art. 4°”.

Assim, como a própria legislação nos assegura através de suas diretrizes a criação que

considere a clarificação conceitual e metodológica, a construção de eixos didáticos, o

enunciado de estratégias pedagógicas para a própria melhoria da qualidade do ensino

nas instituições e a percepção nos indivíduos ao meio ambiente.

Page 24: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

24

4.7.- FINALIDADES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Há várias finalidades para este novo ramo da educação, e têm-se como

indicativos, segundo Reigota (1994).

1. A Conscientização: Fazer com que os indivíduos tomem consciência do meio

ambiente global e local de problemas conexos e de se mostrarem sensíveis aos

mesmos;

2. O Conhecimento: Fazer com que os indivíduos compreendam essencialmente o

meio ambiente, os problemas que nele estão interligados, o papel e lugar da

responsabilidade crítica de ser humano;

3. O Comportamento: Fazer com que os indivíduos adquiram o sentido dos valores

sociais, um sentimento profundo de interesse pelo meio ambiente a vontade de

contribuir para a qualidade, que não só discuta o meio, mas também a mudança

de comportamentos individuais e sociais;

4. A Competência: Fazer com que os indivíduos adquiram o savoir-faire, isto é, o

reconhecimento as incapacidade de solucionar problemas, pois nem todos tem

capacidade técnica para isso. O primeiro passo é reconhecer a deficiência para

superá-la. O auxílio advém do meio técnico;

5. A Capacidade de Avaliação: Fazer com que o indivíduo avalie medidas e

programas relacionados ao meio ambiente em função de fatores de ordem

ecológica, política, econômica, social, estética e principalmente educativa. A

educação ambiental deve procurar as linguagens de tradução para a compreensão

de todos.

6. A Participação: Fazer com que os indivíduos percebam suas respectivas

responsabilidades e necessidades de ações imediatas para a solução da

problemática ambiental e a conveniência ao meio social.

SOMMER (1991) destaca que os estudos dos problemas ambientais provam de

maneira bastante clara que a falha não está na falta de informação ou no

desconhecimento dos problemas, mas da sensação de distância entre a ação individual e

coletiva.

A educação ambiental estaria voltada à formação do cidadão ativo, capaz de

julgar, escolher e tomar decisões. A verdadeira participação do indivíduo vem a se

Page 25: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

25

iniciar dentro da própria escola pela interação do aluno com os outros, desvinculando

valores como desigualdade, privilégio, servilismo e resignação, aos quais se

fundamentam a educação elitista. Fundamento nos quais, uns mandam e outros

obedecem.

PEAM (2000) dita que como finalidade da educação ambiental, é promover a

formação de massa crítica dos sujeitos que possibilitem à sociedade a aquisição de

conhecimentos, valores e atitudes éticos que possibilitem o exercício da cidadania no

processo.

As finalidades de educação ambiental fazem jus à política em conjuntura de que

esta é feita e realizada pela educação e por todo o corpo social.

4.8. - CONTEÚDOS PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A Educação Ambiental não deve ser baseada na transmissão de conteúdos e

assuntos específicos, já que não há conteúdos únicos, e sim vários, dependendo da faixa

etária a que se destinam e dos contextos educativos em que se processam as atividades,

mas o ideal é tornar os contextos “ambientalizados”, para a percepção da dinâmica das

relações do Ser Humano X Meio.

Segundo PCN (2001) é a originalidade do levantamento do problema ambiental

vivida cotidianamente pelos alunos (visitantes) e o que se queira resolver a inserção dos

professores (instrutores) e alunos (visitantes) ao debate ambiental e o levantamento de

alguns conceitos básicos. Assim, percebem-se os argumentos e entendem-se as questões

distorcidas sobre a questão ambiental.

O professor e/ou instrutor deve compreender que as distorções não são frutos da

falta de conhecimento e sim, da forma de perceber e entender a sociedade.

Assim, o debate, estimula o professor / instrutor (a) a argumentar com mais

propriedade com aqueles que ainda acham que o tema ambiental é de importância

secundária em um país como o Brasil, onde a maioria da população ressente-se do

padrão de vida desigual de distribuição de renda e condições dignas de vida. Dessa

forma, com a interação, a discussão somente abrangerá o meio ambiente, mas também a

sociedade.

PCN (2001) interpreta isso em ações cotidianas, assim como orientar estratégias

didáticas para atingir esse objetivo: “(...) comportamentos „ambientalmente corretos‟

Page 26: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

26

serão aprendidos na prática do dia-a-dia na escola: gestos de solidariedade, hábitos de

higiene pessoal e dos diversos ambientes, a participação em pequenas negociações

podem ser exemplos” (Brasil, 1997b: 29 – grifo meu).

Reigota (1994), também exemplifica que o levantamento é essencial para a

interpretação, e que este pode ser feito conjuntamente pelos alunos (visitantes) e

professores (instrutores).

Os conteúdos são inseridos em todas as disciplinas (áreas e/ou campos de

trabalho, departamentos técnicos, zonas de urbanas, áreas de preservação) e assim,

trabalham-se temas bem diversos tais como: saneamento básico, extinção de espécies,

poluição, contaminação, efeito estufa, biodiversidade, 3Rs (Redução, Reutilização e

Reciclagem), resíduos, energia, etc.

Os conteúdos têm como função entre a ciência e os problemas ambientais. Dessa

forma, cada palestra (atividades) tem sua contribuição a dar nas atividades de educação

do conhecimento fazendo, conseqüentemente, o aumento do conhecimento e dessa

forma sensibilização para a mudança de hábitos comportamentais. Ação principal da

educação ambiental.

Page 27: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

27

5. - METODOLOGIA

5.1. - MATERIAIS E MÉTODOS

Muitos são os métodos possíveis para a realização da educação ambiental. O

mais adequado é que o método interdisciplinar em que estabelece as diretrizes da

Política Nacional de Educação Ambiental.

Na metodologia utilizada reside um aspecto que caracteriza a criatividade dos

instrutores diante dos desafios que encontra cotidianamente.

Reigota (1994) afirma que as aulas expositivas dos instrutores são muito

recomendadas na educação ambiental; mas elas podem ser muito importantes quando

preparadas e quando deixam espaços para o questionamento dos alunos. Entretanto, o

próprio Reigota (1994) exemplifica que uma aula expositiva bem dada, mesmo sendo de

forma tradicional, é mais eficaz do que os métodos mordenosos. Pois o instrutor se

“fantasia” de turista para conquistar sua simpatia, impedindo que o aluno entre em

contato com as idéias, conhecimentos, experiências e comportamentos de uma geração

que não é a sua.

Segura (2001) nos diz que metodologia deve buscar integrar diferentes

estratégias para estimular e envolver os instrutores em uma reflexão sobre as

possibilidades de trabalho sobre a temática ambiental na cidade, escola, locais de

visitação, etc. E utiliza-se o método de estudo do meio para levantamento e a

problemática ambiental sob ótica interdisciplinar.

Normalmente, esse método é empregado quando instrutores de diferentes áreas

de conhecimento e experiências de vida realizam atividades comuns, sobre o mesmo

tema. Assim, temos diferentes interpretações sobre o assunto em pauta, e as possíveis

contribuições específicas de cada disciplina.

Segura (2001) defende outra metodologia, na qual, haja o registro, feito pelos

instrutores, em que constem os aspectos mais significativos das atividades e com estas

contribuem para os trabalhos realizados (seja nas escolas, escritórios e no campo),

assim, permitirá avaliar os indícios dos trabalhos, diagnosticando pontos fortes e

aqueles devam ser aprofundados no desdobramento das ações educativas.

Dessa forma, compreende-se que todos os resultados comporão uma produção

coletiva – umas das propostas da educação, a coletividade, a participação – cujo

Page 28: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

28

objetivo é valorizar a reflexão dos professores servindo como fonte de informação e

inspiração para novos trabalhos.

Reigota (1994) ainda descreve que para a realização da educação ambiental poder-se

emprega como método:

1. Passivo: Em que só o instrutor fala;

2. Ativo: Em que os alunos fazem experiências sobre o tema;

3. Descritivo: Em que os receptores fazem aprender a definição sobre os conceitos

e descrevem o que eles puderam observar;

4. Analítico: Em que os receptores completam sua descrição com as informações e

respondem a uma série de questionamentos sobre o tema.

Reigota (1994) descreve-nos essas quatro metodologias para aplicação da educação

ambiental. Entretanto, em se tratando da própria educação, não é muito viável os

métodos passivos, descritivo e analítico, pois vão de encontro a todas as filosofias da

educação e da própria pedagogia, em que PCN (2001) emprega como a melhor forma

de aprendizagem a interdisciplinaridade.

Onde o método ativo visa à participação do cidadão com a solução dos

problemas. O aluno desenvolve progressivamente o seu conhecimento.

O método ativo pressupõe que o processo pedagógico seja aberto, democrático e

dialógico entre os alunos, entres eles e os professores e com a administração da escola,

com a comunidade que vive e com a sociedade civil em geral.

5.2. - PROJETOS

A discussão a respeito de se adotar projetos educacionais como forma de

organização de trabalho na escola, poder ser um caminho para interagir conteúdos numa

leitura interdisciplinar da realidade como para conjuminar interesses pessoais e

coletivos.

Segundo, BOUTINET (1990) a construção de projetos permite que o educador

fuja da repetição, procurando realizar-se a si coletividade onde atua.

Machado (1997) vê na capacidade de elaborar projetos pedagógicos a

possibilidade de aliar a criação individual e a imersão no imaginário coletivo. Sob sua

Page 29: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

29

ótica, o projeto representa uma arquitetura de valores em busca da transformação da

realidade.

Segura (2001) diz que a natureza do projeto, como forma de organização do

trabalho, é sob todo ângulo enriquecedor, pois, além de ter como premissa a valorização

dos recursos humanos envolvidos, articula metas, propõe estratégias, cria possibilidades

e inserção da escola na comunidade e de cruzamento com a realidade de uma dinâmica

criativa.

Entretanto, Boutinet (1990) faz a crítica ao uso metodológico dos projetos, em

que se dita a possibilidade de sucesso e insucessos, já que o desenrolar acaba por se

esbarrar ás vezes em outros aspectos não considerados na proposta inicial. Mas, para

Freire (1996) é a autonomia que faz a capacidade de influência e de ação pessoal,

participação, ação em uma realidade, assumindo uma presença consciente, ou seja,

sendo responsável.

A responsabilidade para como o projeto, dos instrutores e dos turistas (do

educador e os educandos) faz com que haja a eficácia do projeto. Agregando assim a

confiança construída pelo corpo escolar, fazendo necessário o diálogo e a comunicação

para a explicação supostos conflitos.

Ainda, para Reigota (1994), a Pedagogia do Projeto, é uma metodologia que de

uma forma geral sintetiza muitas das metodologias de aplicabilidade dos projetos em

educação, pois conta com os receptores (turistas e todos os moradores envolvidos, nesse

caso) através de seu envolvimento nas decisões, promove a solução dos problemas

através do processo de aprendizagem, utiliza o conhecimento coletivo e individual,

emprega a interdisciplinaridade e utiliza a comunidade como tema de aprendizagem.

Através dessa metodologia, faz-se possível o sucesso de um projeto pedagógico

em educação ambiental, pois envolve o diálogo e a participação.

Nisso, a educação ambiental, faz com que os projetos pedagógicos obriguem o

confronto com situações nas quais interligam a necessidade da discussão, inserindo a

construção de estratégias voltadas ao meio.

Portanto, uma questão, de que forma trabalhar o tema em educação ambiental, é

verificar quais são os referenciais para a prática da mesma, isto é, como o educador

Page 30: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

30

pensa metodologicamente ao inserir esse conteúdo no cotidiano, e assim, levantar

questionamentos referentes a fim de considerar os aspectos pertinentes à importância de

se trabalhar em grupo (inclusive de instrutores), a organização de projetos como forma

de organização das atividades, a restrição da educação ambiental à aprendizagem do

conteúdo de trabalho e ao espaço da sala de estudo, e a possibilidade da educação

ambiental envolver aprendizagem com os interesses da comunidade onde ela está

inserida.

Embora a questão remita a aspectos mais ligados à metodologia, Segura (2001),

diz que vários recursos poder ser utilizados: Textos, trabalhos com grupos de

estudiosos, palestras seminários, cartazes, aula expositiva, fotografia e teatro.

Entretanto, aspectos metodológicos são concernentes à educação ambiental, como a

interdisciplinaridade, envolvimento coletivo, escolha de um tema gerador, integração

com a comunidade e principalmente o levantamento de dados, que pode ser tanto um

procedimento de construção de conhecimentos a partir da investigação da realidade,

assim como uma atividade de busca de informação.

5.3. – PRATICA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL AOS VISITANTES DO

NÚCLEO URBANO DE CARAJÁS – PA

PCN (2001) dita que o desenvolvimento de uma proposta com o tema Meio

Ambiente exige clareza das prioridades a serem feitas. Para tanto deve ser necessário

contar com o contexto social, cultural, econômico e ambiental no qual se insere o

público alvo (no caso os visitantes). Um grupo de visitantes de uma situada na área

urbana, no centro da cidade, por exemplo, implica exigências diferenciadas daquelas

situadas na zona rural.

PCN (2001) ainda completa, enfatizando que as escolas inseridas em ambientes

mais saudáveis, sob o ponto de vista ambiental, ou em ambientes muito poluídos

deverão eleger objetivos e conteúdos que permitam abordar esses diferentes aspectos,

inserindo os elementos da cultura local, sua história e seus costumes que determinarão

diferenças no trabalho.

Em seguimento a essa idéia, a COM-VIDA (2004) propõe a criação, se for o

caso, - através de parcerias com as instituições deliberativas - de conselhos jovens,

Grêmios Estudantis e Agendas 21 nas escolas como espaços de participação em defesa

do meio ambiente. E tem como principal papel a contribuição para um dia-a-dia

Page 31: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

31

participativo, democrático, para promover o intercâmbio entre a escola, a comunidade, e

os visitantes.

Por isso, a proposta chega para somar esforços com outras organizações da

administração do Núcleo Urbano de Carajás – PA.

PEAM (2000), diz que a pratica da educação ambiental, para ser conseqüente,

exige a participação dos diferentes atores sociais intervenientes, assim como as ações de

seus empreendimentos no âmbito da educação, deverá ser executado sob a perspectiva

da Descentralização. Onde se estabelece o controle das ações do poder público pela

sociedade.

A proposta de educação ambiental descrita pela COM-VIDA (2004) está ligada

às linhas de ações do ProNEA (2005), em que discute as mais variadas formas de

comunicação e acessibilidade do conhecimento da questão ambiental à sociedade

através, também, das instituições de ensino. Procurando realizar palestras e conferências

em linguagem acessível à comunidade.

ProNEA (2005), ainda discute em seu item 1.4: Articulação e mobilização social

como instrumentos de educação ambiental.

- Apoio à realização periódica de eventos sobre educação ambiental, a exemplo de

fóruns, seminários, festejos populares, congregando representantes de órgãos públicos,

da sociedade civil, técnicos e especialistas nacionais e internacionais, entre outros.

E para o melhor entendimento de como fazer uso para a implementação das

estratégias que a Educação Ambiental, deve-se entende que esta, seja um método Inter e

Transdisciplinar1, que segundo ZABALA (1998) tais métodos buscam a interação de

uma com outras disciplinas, que vai desde simples comunicação de idéias até a

interação recíproca dos conceitos fundamentais e da teoria do conhecimento, da

metodologia e dos dados de uma pesquisa, e também integrar todas as disciplinas, daí se

supõe uma ligação global dentro de um sistema totalizador, construindo uma ciência

que explique a realidade sem parcelamento.

______________

1. Como diz MORIN, em Educação e Complexidade: Os Sete Saberes e outros ensaios, pág. 21: “A

transdisciplinaridade só representa um solução quanto se liga a uma reforma de pensamento. Faz-se necessário

substituir um pensamento que está separado por outro que está ligado”.

Page 32: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

32

E para a construção de uma proposta de Educação Ambiental e de projetos

pedagógicos em educação ambiental, Segura (2001) sugere que se produzam

levantamentos socioambientais.

Perfis socioeconômicos, demográficos e ambientais, permitem um conhecimento

preliminar do espaço a ser estudado. O objetivo é configurar o cenário em que essas

escolas estão inseridas, daí para se pensar nos temas/possibilidades de trabalho dento da

proposta.

São verificados nesse levantamento as desigualdades ambientais (comunidades

que residem em áreas quanto sua acessibilidade, proteção por fatores ambientais e

industriais), riscos de enfermidades da comunidade, crescimentos populacionais e

mapas de inclusão e exclusão social.

Torres (1997) afirma que a localização de unidades de tratamento de resíduos em

áreas ocupadas por grupos de menos renda é um dos indicadores de desigualdades

ambiental, assim como o acesso a áreas verdes.

Com os dados pode-se compreender a característica social e cultural de um

grupo de indivíduos e assim, realizar um prognóstico da cultura ambiental desta

comunidade como, por exemplo: o comportamento de jogar lixo nas ruas, a atitude de

despejar resíduos nos canais pluviais, etc.

Dessa forma, entende-se como proposta: questionário, entrevista, observação

participante (oficina pedagógica) e intervenção (curso), e em seguida, identificar as

contribuições diretas da prática pedagógica dos docentes que o fizeram.

Segundo Segura (2001), o questionário objetiva metas a ser realizada em um

diagnóstico de ações/projetos em educação ambiental reunindo diversas ferramentas

conceituais a práticas para subsidiar um plano de trabalho, como forma de integrar as

diversas áreas do conhecimento, numa dinâmica criativa e orientada pelos interesses e

necessidades da comunidade.

Page 33: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

33

5.3.1. A Prática

A proposta tem como metodologia:

O Planejamento Detalhado das Atividades Pedagógicas, partindo da

transparência da Administração do Núcleo Urbano de Carajás-PA, para que haja

transparência dos atos praticados e dos gastos realizados e a serem realizados, exigindo

a identificação unitária das ações e correspondente detalhamento das atividades, para

qualquer tipo de projeto a ser financiado com os recursos oriundos das entidades

financeiras.

Dessa forma tem-se como finalidade o melhor planejamento das ações

pedagógicas.

O Porquê: Fundamenta-se para essa justificativa de transparência da

Administração Urbana, a necessidade de conscientização dos moradores e dos

instrutores em Educação Ambiental do Núcleo Urbano, para difusão de informações, da

sensibilização, da formação dos hábitos, atitudes e comportamentos individuais e

coletivos possibilitando assim uma visão sistêmica das atividades a serem realizadas, e

seus respectivos impactos, tendo como resultado assegurar a sustentabilidade regional.

5.3.2. Metas

As metas devem ser alcançadas em seu tempo pré delimitado.

Executando e levantando a partir da quantidade que o Núcleo Urbano de Carajás recebe

de visitantes e através disso realizar o diagnóstico dos grupos recebidos e

consequentemente perceberem os níveis de instruções dos grupos (se for o caso) e

vivenciar a experiência do local de origem desse determinado grupo para assim, ser

adotados e os respectivos instrutores.

Dessa forma, buscar uma comunicação equitativa, não deixando de interagir com

todos os visitantes no meio e com os programas de educação ambiental já realizados

comunicando-os através das várias linguagens, mas com a mesma ideia educativa e

atingindo todos conforme suas especificidades instrutivas.

Page 34: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

34

A prática da Educação Ambiental tem como meta atingir todos os níveis

administrativos e educacionais no Núcleo Urbano de Carajás – PA, e o que acaba por

transparecer essa interatividade aos visitantes acarretando além da disseminação da

prática da Educação Ambiental alcance afora dos limites territoriais do Núcleo Urbano,

torne uma atividade intrínseca dos moradores e funcionários para suas rotineiras

atividades, atingindo o numero maior de indivíduos e continuamente aos instrutores

para perceber possíveis potencialidades.

O Porquê do aproveitamento das potencialidades se mostra em que cada

instrutor está inserido na visão “viável” sentindo-se como o próprio visitante dentro a

temática ambiental.

Procurar o problema e fazer um diagnóstico das necessidades do Núcleo Urbano

perante esse problema, extraindo do seu contexto os elementos que podem ser utilizados

e avaliar os que permitam uma ação de melhoria do ambiente geral.

Assim, diminuem-se as dificuldades os instrutores em definir uma linha

pedagógica de atuação com a temática. Continuamente, proporciona uma intervenção,

um curso objetivando a pesquisa-ação em que os pesquisadores desempenham um

papel ativo no equacionamento dos problemas encontrados, no acompanhamento e na

avaliação das ações desencadeadas. (THIOLLENT, 1985: 15 apud VASCONCELLOS,

1997: 262), citada por Reigota (2001).

5.3.3. O Público Alvo

O público Alvo da Prática de Educação Ambiental varia, desde

preferencialmente, os visitantes como um todo, indo aos moradores e funcionários do

Núcleo Urbano e das Minas, atingindo os instrutores dos visitantes na interação do

processo. Continuamente tem-se com alvo direto todas as atividades ecológicas e

levantamentos ambientais e educativos, e indiretos a população em geral, por ser

atingida pela discriminação das informações para fora do Núcleo Urbano.

Page 35: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

35

5.4. AS ATIVIDADES

As Atividades necessitam ser constantes e podem compreender: A Formação e

Treinamento dos Instrutores/Educadores, Produção de Material Didático, Estudo do

Meio, Campanhas de Sensibilização, e o Plano de Ação.

As atividades desenvolvem uma prática em Educação Ambiental emancipatória

e transformadora, pois a função da Educação Ambiental é a conscientização dos

impactos que cada indivíduo atua sobre o meio e a partir desse pressuposto, a superação

desses problemas criados. Então, a política de que “cada um fazer sua parte”, por si só,

não garante, necessariamente a prevenção e a superação dos problemas ambientais. Pelo

fato das ações individuais estarem além das possibilidades da conduta da maioria das

pessoas.

E segundo, (Quintas & Gualda, 1995; Quintas, 2000) a Educação Ambiental

emancipatória e transformadora deve ser comprometida com a construção de um futuro

sustentável, deve se fundamentar nos seguintes pressupostos:

1. O meio ambiente ecologicamente equilibrado é:

Direito de todos;

Bem de uso comum;

Essencial à sadia qualidade de vida.

2. Preservar e defender o meio ambiente ecologicamente equilibrado

Para presentes e futuras gerações é dever:

Do poder público;

Da coletividade.

As atividades em Educação Ambiental terão uma finalidade de cunho EDUCATIVO

estruturando-se no sentido de:

Superar a visão fragmentada da realidade através da construção e reconstrução

do conhecimento sobre ela, num processo de ação e reflexão, de modo dialógico

com os sujeitos envolvidos;

Page 36: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

36

E de respeitar a pluralidade e diversidade cultural, fortalecer a ação coletiva e

organizada, articular os aportes de diferentes saberes e fazeres e proporcionar a

compreensão da problemática ambiental em toda a sua complexidade;

São atividades que constroem uma educação ambiental crítica transformadora e

emancipatória, como propõe (Quintas & Gualda, 1995; Quintas, 2000).

Sintetizando: A Educação Ambiental será crítica na medida em que discute e

explicita aos visitantes as contradições do atual modelo de civilização, e para qual o

motivo de necessidade do mesmo. Será transformadora, porque ao pôr em discussão o

caráter do processo civilizatório em curso, mostrando as características dos impactos

ambientais causados pela abertura de uma mina, mas mostrando a capacidade da

humanidade construir outro futuro a partir da construção de outro presente, com a ação

de investimentos e incentivos variados às populações envolvidas e, assim, instituindo,

pela educação ambiental, novas relações dos seres humanos entre si e com a natureza,

exemplificando que através do caso do Núcleo Urbano de Carajás, pôde se conhecer

sobre o meio e as possibilidades de relação harmoniosa com o ambiente, pelas

atividades mitigadoras e compensatórias. É também emancipatória, por tomar a

liberdade como valor fundamental e buscar a produção da autonomia dos grupos

subalternos, oprimidos e excluídos, pois todos são beneficiados direta e indiretamente

pelas atividades produtivas, e compensatórias que a indústria venha a trazer.

A Educação Ambiental surge desmistificar a visão fragmentada de que as

atividades produtivas impostas pelo modelo de civilização atual tornarão o bem estar da

sociedade o caos para as gerações posteriores, se e somente se, haja uma mudança no

modelo de consumismo mundial. A Educação Ambiental vem a disseminar uma

mudança de pensamento e consequentemente uma mudança de comportamento.

5.5. A FORMAÇÃO DOS EDUCADORES

A formação dos educadores está explícita em ProNEA (2005), que descreve as

Linhas de Ações Estratégicas, onde está subscrita a formação de Educadores e

Educadoras Ambientais.

Page 37: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

37

Em seu subitem 2.1. é assegurada a formação continuada de educadores,

educadoras, gestores e gestoras ambientais, no âmbito formal e não-formal através

construção de planos de formação continuada a serem implementados a partir de

parcerias com associações, universidades, escolas, empresas, entre outros. Assim:

O apoio à criação de redes de formação de educadores e educadoras, com a

participação de universidades, empresas, organizações de terceiro setor e

escolas.

Produção de material técnico-pedagógico e instrucional de apoio aos processos

formativos.

Implementação de metodologias de educação a distância mediante o uso de

novas tecnologias de informação e comunicação, como videoconferências, tele-

aulas, e-learning, entre outras.

Realização de parcerias entre escolas públicas e universidades, facilitando o

acesso dos professores da rede pública de ensino básico aos cursos de pós-

graduação lato sensu e stricto sensu em educação ambiental.

Disponibilização de cursos de especialização, mestrado e doutorado em

educação ambiental.

Criação de um programa de formação em educação ambiental voltado aos

profissionais da educação especial, abordando a importância da inclusão dos

portadores de necessidades especiais na capacitação dos educadores ambientais

em geral.

Elaboração, junto a coordenação de Educação do Núcleo Urbano de Carajás-PA,

de um banco de dados com o cadastro de formadores de educadores ambientais.

O ProNEA intitula isso em linhas de ação. Contudo, os professores necessitam

ser educados por especialistas nas questões ambientais e profissionais, para que estes

lhes façam alcançar as conformes multidisciplinaridades, agregando a cada disciplina as

questões pertinentes ao meio ambiente.

Entretanto, é preciso entender também, como diz MORIN (2005), que a mais

eficiente educação dada aos educadores só se faz necessária, se e somente se, estes se

autoeduquem e eduquem escutando as necessidades – assim, se insere as necessidade

ambientais e as relações da humanidade com o meio ambiente - que o século exige, das

quais os estudantes são portadores.

Page 38: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

38

5.6. O PLANO DE AÇÃO

O Plano de Ação respeita os objetivos específicos levando em consideração os

respectivos projetos já elaborados e também as especificidades de cada grupo de

trabalho e grupo de visitantes.

Dessa forma o plano de ação formará o conhecimento inerente as

particularidades de cada grupo (seja um grupo escolar, um grupo de turistas, um grupo

de empresários, um grupo de pesquisa universitária, um grupo de moradores, um grupo

trabalhadores e/ou operários, etc.) juntamente com o diagnóstico de perspectivas que os

visitantes gostariam de encontrar no Núcleo Urbano.

Pode-se através disso, os educadores/instrutores tem a dimensão do tipo de

grupo de visitantes em que coordena realizando a Reflexão Crítica, a Curiosidade

Científica, a Investigação e a Criatividade, principalmente o aspecto lúdico, no

momento da visita.

5.7. A AVALIAÇÃO

A avaliação é realizada tanto para a formação dos instrutores quanto para

atividades através de um processo de diagnóstico a ser feito no inicio para registrar a

situação tal como se encontra no início das ações, com um monitoramento a ser

realizado no desenvolvimento do projeto e as rotas a serem seguidas, e conseguidas com

a percepção dos instrutores nas realizações do cotidiano e que acaba por indicar avanços

e pistas para novas atividades.

Faz-se necessário perceber que a avaliação é um processo de aprendizagem e

tem uma finalidade profícua para com os instrutores em perceber suas respectivas

dificuldades e possíveis fracassos.

Assim propõe percepções simuladoras aos vários instrutores com os seus

respectivos públicos alvo. Os diferentes instrutores percebem-se como suas palestras

são assimiladas pelos visitantes através de suas exemplificações com os outros

instrutores no dias formação em grupo coincidindo com as informações do grupo

possibilitando melhor a percepção de erros.

A prática da Avaliação pressupõe o estabelecimento de indicadores de

desempenho e vai quantificar a situação de cada atividade educativa tem por finalidade

Page 39: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

39

modificar. E vai explicitar os resultados com o público alvo, propondo o maior número

de recebimento possível de ideias oriundas desse público e dessa forma comparadas

com as metas do tempo pré determinado.

Tem-se a auto avaliação realizada pelos próprios instrutores onde são abordados

os questionamentos “do quanto a formação tem de importância para com seu trabalho

realizado? (...) Em que esse trabalho se faz eficiente na formação pessoal e ambiental?

(...) Em que suas atividades podem ser percebidas e melhoradas na conjuntura do

desenvolvimento sustentável?

Page 40: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

40

6. - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para se implementar a Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA – aos

visitantes do Núcleo Urbano de Carajás é necessário a participação de todos o atores do

grupo funcional do próprio núcleo (o comércio, os operários, os estudantes, a

administração publica). E as possibilidades de aproximar das contradições inerentes as

ideias descritas e fomentadas por anos de atividade exploratória sobre as praticas e

relação social travadas com as populações relacionadas será travar a prática de forma

contínua e participativa, embora já seja verificada e discutida pelos meios de

comunicação e logística da administração.

Os interessados em compreender o processo de entendimento, as divergências e

convergências dos atores envolvidos e a reflexão em torno dos objetivos que norteiam a

Política Nacional de Educação Ambiental e a própria pedagogia educativa da educação,

ou seja, decodificar sua práxis, configuram as venturas e desventuras da Educação

Ambiental em um sistema tido como exploratório e não envolvente sendo refletido na

postura de muitos que visitam o Núcleo Urbano. O hiato existente entre o que a

Educação Ambiental suscita em termos de mudança socioambiental e o que é praticado

pela política administrativa que envolve o Núcleo Urbano de Carajás e seus atores será

talvez o empecilho para desconfigurar o cartesianismo dos grupos que visitarão o

Núcleo. A ação educativa deve considerar os visitantes como pessoas e realidade

diferente da dinâmica do Núcleo Urbano de Carajás e o modo de vida que os habitantes

desse núcleo urbano vivem e a realidade como um campo de ação-reflexão-ação.

O ProNEA principia em estimular as empresas a desenvolverem programas e

atividades destinas a capacitação de seus trabalhadores visando à melhoria contínua de

seu meio ambiente de trabalho, nisso a importância de se aplicar a PNEA torna-se mais

ágil com funcionalidade do Programa em que a inserção de todos os atores (visitantes e

administração) na realidade é fundamental para gerar responsabilidade coletiva às

questões socioambientais para dar convergência do reflexo e da reflexão é que

desencadeia uma ação transformadora, encontrando cada um no coletivo.

É necessário que as empresas promovam programas que capacitem seus

funcionários tornando-os seres ambientalizados nos diversos ramos de suas

determinadas atividades e que a própria administração faça da educação ambiental o

instrumento para seu crescimento incorporando a pedagogia às atividades produtivas, o

Page 41: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

41

que acabará por ser a própria imagem que as corporações almejam: o selo verde. E

principalmente a divulgações que as atividades corporativas possuem o compromisso

socioambiental, respeitando e incorporando as políticas públicas ao cotidiano.

Atividades elaboradas com o cunho educativo aumentam o alcance passional dos

grupos envolvidos e trata-se de um trabalho lento e um leve descuido coloca o

planejamento à perder. É um processo lento, que depende de um conjunto de fatores,

mas que tem como missão a transformação: Isso que importa. Para além da mudança de

hábitos e comprometimentos, é imprescindível sustentar um significado político à

Educação Ambiental. A formação de uma nova mentalidade para a construção da

sociedade sustentável.

Page 42: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

42

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AB‟SABER, Aziz N. (Re) Conceituando a Educação Ambiental. Rio de Janeiro:

CNPQ/MAST, 1991.

BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília:

Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 1997.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e

Diversidade Formando Com-Vida Comissão do Meio Ambiente e Qualidade de Vida na

Escola: construindo Agenda 21 na Escola / Ministério da Educação, Ministério do Meio

Ambiente. – Brasília: MEC, Coordenação Geral de Edu cação Ambiental, 2004. 42 p.

(ISBN XXXXXXX)

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:

Introdução. (vol. 01). Brasília: Ministério da Educação e do Desporto/Secretaria de

Ensino Fundamental, 1997b.

BRASÍLIA. Lei N° 9.795 de 27 de Abril de 1999. Dispõe sobre a Educação Ambiental

e institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário

Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, v. 127, n. 79, p. 1,28 abr.1999

Seção I.

BRASÍLIA. Lei N° 10.172 de 09 de Janeiro de 2001. Dispõe sobre o Plano Nacional de

Educação e dá outras providências. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil],

Brasília. Jan. 2001

BOUTINET, Jean-Pierre. Antropologia do projeto. Lisboa: Instituto Piaget, 1990

(Coleção Epistemologia e Sociedade).

CURRIE, K. L. et al. Meio ambiente: interdisplinaridade na prática. Campinas:

Papirus, 1998.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996 (Coleção

Leituras).

GUTIÉRREZ, F. Ecopedagogia e cidadania planetária. São Paulo: Cortez, 2002.

JACOBI, Pedro. Ampliação da Cidadania e Participação – desafios na democratização

da relação poder público/sociedade civil no Brasil. Tese de livre docência. São Paulo:

FE/USP, 1996 (cap. 1.).

LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo. Educação Ambiental Transformadora.

Identidade da Educação Ambiental Brasileira. Vol. 01, n. 1, p. 65-84, 2004.

MACHADO, Nilson. Cidadania e educação. São Paulo: Escrituras Editora, 1997.

Page 43: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

43

, Tarso B. Representante Social de “Problema Ambiental”: uma contribuição à educação

ambiental. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v. 78, n°. 188/189/190,

jan./dez. 1997.

MMA. Identidades da educação ambiental brasileira / Ministério do Meio Ambiente.

Diretoria de Educação Ambiental; Philippe Pomier Layrargues (coord.). – Brasília:

Ministério do Meio Ambiente, 2004. 156 p.; 28 cm.

MORIN, Edgar. Educação e complexidade: os sete saberes e outros ensaios / Edgar

Morin; Maria da Conceição Almeida, Edgard de Assis Carvalho, (orgs.) – 3.ed. – São

Paulo: Cortez: 2005.

NAJMANOVICH, Denise. El lenguaje de los Vínculos. De la absoluta a la economía

relativa. In: DABAS, E. Et al. Redes – El lenguaje de los Vínculos. Buenos Aires:

Piados, 1995

REIGOTA, Marcos. Por uma Filosofia da Educação Ambiental. In: MAGALHÃES, L.

E. (coord). A questão Ambiental. São Paulo: Terragrah, 1994a.

REIGOTA, Marcos. Educação Ambiental. O que é: Enciclopédia Crítica. Coleção

Primeiros Passos. São Paulo. Brasiliense, 1994.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração sobre o meio ambiente

humano. Estocolmo, Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano,

1972.

______________. Programa Internacional de Educação Ambiental. Estocolmo,

Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano, 1972.

PARÁ, Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. Programa

Estadual de Educação Ambiental: diretrizes e políticas - PEAM/ Pará. Secretaria

Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. – Belém, 2000. 14p.

Parâmetros Curriculares Nacionais: Meio Ambiente: Saúde/ Ministério da Educação.

Secretaria da Educação Fundamental. – 3 d. – Brasília: A Secretaria, 2001. 128p.:il.

PERRENOUD, Phillippe: Pedagogia diferenciada: das interações à ação/ Phillippe

Perrenoud; trad. Patrícia Chittoni Ramos. – Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

Programa nacional de educação ambiental - ProNEA / Ministério do Meio Ambiente,

Diretoria de Educação Ambiental; Ministério da Educação. Coordenação Geral de

Educação Ambiental. - 3. ed - Brasília : Ministério do Meio Ambiente, 2005. 102p.: il.

21 cm

QUINTAS, J.S. Educação ambiental e sustentabilidade. Brasília: IBAMA, 2003.

(Mimeo).

____. Considerações Sobre a Formação do Educador para Atuar no Processo de Gestão

Ambiental. In: Philippi Júnior, A. & Peliconi, M.F. (Orgs.). Educação ambiental:

desenvolvimento de cursos e projetos. São Paulo: Universidade de São Paulo. Faculdade

de Saúde Pública. Núcleo de Informações em Saúde Ambiental: Signus, 2000.

Page 44: Monografia - Educ. Ambiental FINAL - Thiago Roberto F. Zampiva

44

____. e Gualda, M.J. A formação do educador para atuar no processo de gestão

ambiental. Brasília: Edições IBAMA, 1995 (Série Meio Ambiente em Debate 1).

SEGURA, Denise de Souza Baena. Educação Ambiental na escola pública: curiosidade

ingênua à consciência crítica. São Paulo: Annabluma: Fapesp, 2001. 214p.; 11,5 X 20

cm.

SENE, Maria Luíza R. Artes visuais, meio ambiente e educação escola: Um estudos dos

professores e aulas de artes dos 3° e 4° ciclos de escolas de ensino fundamental em São

Paulo. Dissertação de Mestrado. São Paulo: FE/USP, 1998.

SOFFIATI, A. As raízes da crise ecológica atual. Ciência e Cultura, 39 (10): out. 1987,

951-954.

SORRENTINO, Marcos. Vinte anos de Tbilissi. Cinco da Rio-92. A Educação

Ambiental no Brasil. Debates Socioambientais. São Paulo: Cedec, ano 2, n° 7, jun./set.

97.

_____________. Educação Ambiental. Participação e Organização de Cidadãos. Em

Aberto. Brasília. ano 10, n°49, jan./mar. 1991.

TORRES, Harold G. Desigualdades ambientais na cidade de São Paulo. Tese de

doutorado. Campinas: IFCH/Unicamp, 1997.

VASCONCELLOS, Hedy S.R. A pesquisa-ação em projetos de educação ambiental. In:

PREDINI, Alexandre G. (org.). Educação Ambiental: reflexões e prática

contemporâneas. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1997a.

ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar / Antoni Zabala; trad. Ernani F.

da F. Rosa – Porto Alegre: ArtMed, 1998. p. 653.