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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS DESENVOLVIMENTO DE MONOGRAFIA ORIENTADOR: MARIO CORDEIRO MARKETING DIGITAL CASO PLAKKER: MARKETING VIRAL NA COPA DO MUNDO DE 2010 RAPHAEL PERES CORRÊA Matrícula: 2004.1.01071-11 Rio de Janeiro 2010

Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

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Monografia sobre Marketing Digital Nos últimos anos o modo como as empresas atuam tem passado por profundas mudanças, influenciadas principalmente pela expansão dos meios de comunicação. A utilização de estratégias de marketing nos meios digitais é um dos desenvolvimentos mais significativos nos últimos 10 anos. Esse trabalho tem como objetivo principal apresentar como se deram estas transformações e a evolução do pensamento, em termos de marketing no ambiente digital, a fim de possibilitar um melhor conhecimento deste novo ambiente e aproveitamento de suas oportunidades. Além disso, busca identificar as aplicações digitais, estudando seus vários aspectos, contribuições e novas formas de uso pelas organizações. Secundariamente, como exemplo prático das novas ferramentas de marketing digital, um estudo de caso recente, o álbum virtual de figurinhas Plakker lançado durante a Copa do Mundo de Futebol de 2010, será descrito sucintamente.

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Page 1: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS

DESENVOLVIMENTO DE MONOGRAFIA

ORIENTADOR: MARIO CORDEIRO

MARKETING DIGITAL

CASO PLAKKER: MARKETING VIRAL NA COPA DO MUNDO DE

2010

RAPHAEL PERES CORRÊA

Matrícula: 2004.1.01071-11

Rio de Janeiro

2010

Page 2: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

1

Raphael Peres Corrêa

MARKETING DIGITAL

CASO PLAKKER: MARKETING VIRAL NA COPA DO MUNDO DE

2010

Monografia apresentada a

Coordenação do Curso de Bacharelado

em Administração de Empresas, como

requisito parcial a obtenção do título de

Bacharel em Administração de Empresa,

orientada pelo Professor Mario Cordeiro.

Rio de Janeiro

2010

Page 3: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

2

Raphael Peres Corrêa

MARKETING DIGITAL

CASO PLAKKER: MARKETING VIRAL NA COPA DO MUNDO DE

2010

Data de Aprovação: _____________

Grau Final: ____________________

Banca Examinadora:

Orientador: _____________________________________

Professor: Mario Cordeiro

Avaliador 1: _____________________________________

Professor:

Avaliador 2: _____________________________________

Professor:

Rio de Janeiro

2010

Page 4: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

3

RESUMO

Nos últimos anos o modo como as empresas atuam tem passado por profundas

mudanças, influenciadas principalmente pela expansão dos meios de comunicação.

A utilização de estratégias de marketing nos meios digitais é um dos

desenvolvimentos mais significativos nos últimos 10 anos.

Esse trabalho tem como objetivo principal apresentar como se deram estas

transformações e a evolução do pensamento, em termos de marketing no ambiente

digital, a fim de possibilitar um melhor conhecimento deste novo ambiente e

aproveitamento de suas oportunidades.

Além disso, busca identificar as aplicações digitais, estudando seus vários

aspectos, contribuições e novas formas de uso pelas organizações.

Secundariamente, como exemplo prático das novas ferramentas de marketing

digital, um estudo de caso recente, o álbum virtual de figurinhas Plakker lançado

durante a Copa do Mundo de Futebol de 2010, será descrito sucintamente.

Palavras-Chave: Marketing Digital, Marketing Viral, Estratégia de divulgação online,

Colaboração

Page 5: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

4

ABSTRACT

During these past years many companies have been through deep changes, that

were influenced mainly by communication media. The usage of marketing strategies

in digital media is considered one of the most important developments in the past ten

years.

The aim of this work is to present how these transformations took place, and the

evolution of thinking, in terms of marketing in the digital environment, such as to

enable a better knowledge of this new media and take advantage of its possibilities.

It also tries to identify the digital applications, studying its various aspects,

contributions and forms of usage by the organizations.

Out of that present some practical examples of new digital marketing tools and

describe some recent cases of the virtual album Plakker, which was released during

World Footbal Cup in 2010.

Key-Words: Digital Marketing, Viral Marketing, Online Promotion Strategies,

Colaboration

Page 6: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

5

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................7

2. OS NOVOS HORIZONTES DO MARKETING A PARTIR DA INTERNET.............9

2.1. A EVOLUÇÃO DA INTERNET.........................................................................9

2.1.1. FASES DA WEB...................................................................................10

2.1.2. REVOLUÇÃO

DIGITAL...................................................................................................12

2.1.3. GERAÇÕES X,Y e Z.............................................................................14

2.1.4. NOVOS HORIZONTES.........................................................................16

2.2. REDES SOCIAIS............................................................................................19

2.2.1. NOVOS

CONSUMIDORES...................................................................................21

2.2.2. COMPRAS

COMPULSIVAS.......................................................................................22

2.2.3. TRIBOS.................................................................................................22

2.2.4. TENDÊNCIA E ESPECIALIZAÇÃO DE LINCHPIN..............................22

3. MARKETING NO AMBIENTE DIGITAL................................................................24

3.1. MARKETING DE PERMISSÃO......................................................................26

3.2. MARKETING VIRAL E BUZZ-MARKETING..................................................26

3.3. O FENÔMENO DA EVANGELIZAÇÃO..........................................................28

3.4. O FENÔMENO DA CAUDA LONGA..............................................................29

3.5. AS MÍDIAS DIGITAIS.....................................................................................31

3.5.1. SITE......................................................................................................31

3.5.2. BLOGS CORPORATIVOS....................................................................32

3.5.3. BANNER...............................................................................................33

3.5.4. E-MAIL MARKETING............................................................................34

3.5.5. MOBILE MARKETING..........................................................................35

3.6. MARKETING EM MECANISMOS DE BUSCA...............................................36

3.6.1. GOOGLE...............................................................................................36

3.6.2. SEARCH ENGINE MARKETING..........................................................37

3.6.3. LINKS PATROCINADOS......................................................................38

3.6.4. SEO.......................................................................................................39

Page 7: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

6

3.7. MÍDIAS SOCIAIS............................................................................................39

3.7.1. ORKUT E FACEBOOK.........................................................................42

3.7.2. YOUTUBE.............................................................................................43

3.7.3. FLICKR.................................................................................................44

3.7.4. TWITTER..............................................................................................45

4. ESTUDO DE CASO: PLAKKER...........................................................................47

5. CONCLUSÃO.......................................................................................................52

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................53

Page 8: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

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INTRODUÇÃO

Hoje sabemos que a internet é uma das maiores invenções para a comunicação

desde a TV. O acesso a essa rede, feito por meio de rede de computadores e

dispositivos móveis, está mudando a maneira como trocamos experiências e

fazemos negócios. Trata-se de uma nova era, onde a tecnologia acelera o processo

de democratização da informação e dá cada vez mais poder ao consumidor.

A internet, a globalização de mercados, as operações 24h nos mercados

financeiros, a expansão da telefonia, a TV digital interativa, e os sistemas

computacionais são apenas alguns exemplos das novas tecnologias que estão

possibilitando rearranjarmos as relações de troca. Tudo isso repercute numa maior

aproximação com o consumidor, por meio de estratégias de relacionamento,

logística e interatividade.

A internet vem alterando hábitos, cultura e certamente mudará a forma de praticar

o marketing nos próximos anos.

E já está mudando. Vender já não é sinônimo de persuadir, mas de detectar as

necessidades do cliente, compreender seus problemas e procurar resolvê-los.

A internet forma uma rede de pessoas. Essas pessoas interagem tanto no

ambiente físico analógico, quanto no ambiente digital. Portanto é imprescindível

pensar em estratégias de marketing que estejam alinhadas dentro dessas duas

dimensões.

Em função disso, esse trabalho de conclusão de curso tem com objetivo

descrever o caso Plakker, que foi um álbum virtual de figurinhas lançado durante a

Copa do Mundo de Futebol de 2010. Desenvolvi o projeto em parceria com o

Designer Daniel Medeiros e o desenvolvedor de plataformas online Fábio Vinteira,

como um exemplo concreto de divulgação e formação de uma rede altamente

segmentada de pessoas através dos meios digitais.

Nesse sentido, de forma didática é exposto na seção 2 as transformações da Era

Digital, mostrando desde a evolução da internet até os novos horizontes do

marketing a partir desse novo contexto. Na seção 3 são apresentados alguns

Page 9: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

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aspectos da interação entre internet e marketing, mostrando o potencial de

colaboração e viralização de idéias nos meios digitais, usando conceitos dos

principais autores atuais sobre esse assunto, como Seth Godin e Chris Anderson. A

seguir são descritos os principais elementos e plataformas do marketing digital. Na

quarta seção é apresentado o caso em si, mostrando como a partir de uma receita

de trezentos reais foi possível criar um projeto com visibilidade mundial para um

público altamente segmentado, usando como suporte a colaboração dos envolvidos

e os conceitos de marketing digital e viral. Por fim, apresento algumas conclusões

acerca da utilização das estratégias de marketing nos meios digitais.

Page 10: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

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1. OS NOVOS HORIZONTES DO MARKETING A PARTIR DA

INTERNET

1.1. A EVOLUÇÃO DA INTERNET

O fenômeno da Internet originou-se de uma decisão do Exército americano.

Inicialmente havia sido concebida para permitir que laboratórios dispersos

geograficamente pudessem acessar os supercomputadores concentrados em alguns

locais, bem como facilitar a correspondência entre pesquisadores - ainda de forma

hermética e sigilosa. Seguindo-se à fase militar, a expansão da rede decorreu do

movimento de estudantes e pesquisadores envolvidos nas trocas comunitárias e

democratização do saber.

Essa construção cooperativa e espontânea de um gigantesco sistema internacional de correio eletrônico paralelo só foi descoberta pelo público no final dos anos 80. A partir daí, a rede começou a ser explorada por negociantes, que disputaram entre si a venda do acesso, a organização das visitas, a pilhagem do conteúdo, sua transformação em um novo local para publicidade e transações econômicas (LÉVY

1, 1999, p.126).

O processo inicial de expansão da Internet não dependeu de nenhum governo ou

grupo empresarial. Tudo ocorreu no contexto acadêmico, onde a necessidade de

transporte da informação fez com que as pesquisas tecnológicas pudessem

aperfeiçoar o sistema. Nos anos 90 surge a teia que dá início ao sistema online.

Berners-Lee2 defende que a “Web” é uma criação mais fundamentada no social do

que na técnica:

1 Pierre Lévy é um filósofo da informação que se ocupa em estudar as interações entre a Internet e a

sociedade.

2 Tim John Berners-Lee é um engenheiro britânico e cientista da computação e professor do MIT, a quem é

creditada a invenção do World Wide Web. Atualmente é o diretor do World Wide Web Consortium (W3C), que supervisiona o desenvolvimento continuado da web.

Page 11: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

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Eu a construí para um efeito social - ajudar as pessoas a trabalharem juntas - e não como um brinquedo tecnológico. A finalidade última da Web é ajudar a melhorar a „teia‟ de nossa existência no mundo. Nós nos agrupamos em famílias, associações e empresas. (...) O que acreditamos, endossamos e aceitamos é representável e, cada vez mais, representado na Web (BERNERS-LEE,1999, p.123)

Observa-se que a internet teve dois momentos distintos. Primeiro surgiram os

sites e portais, que permitiram que grandes empresas e veículos de comunicação

fornecessem informações sobre produtos e serviços ao consumidor.

Após esse período, começaram a surgir novos modelos de uso da internet, com o

surgimento dos blogs, da Wikipédia, do YouTube, do Orkut, do Twitter, que criaram

um modelo mais participativo, no qual o internauta é ao mesmo tempo produtor e

consumidor de informação. Com isso, a internet deixou de ser somente utilizada pelo

consumidor como uma mídia qualquer, e passou a ser comandada por ele.

Um site, website ou sítio é um conjunto de páginas Web, isto é, de hipertextos acessíveis geralmente pelo protocolo HTTP na Internet. O conjunto de todos os sites públicos existentes compõe a World Wide Web. As páginas num site são organizadas a partir de um URL básico, onde fica a página principal, e geralmente residem no mesmo diretório de um servidor. As páginas são organizadas dentro do site numa hierarquia observável no URL, embora as hiperligações entre elas controlem o modo como o leitor se apercebe da estrutura global, modo esse que pode ter pouco a ver com a estrutura hierárquica dos arquivos do site (WIKIPEDIA, Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Site, Acesso em: 03/12/ 2010).

1.1.1. FASES DA WEB

Web 1.0 – Era “read-only”, sites estáticos em HTML, navegação via

diretórios “human-based”: Yahoo e Dmoz.

Web 2.0 – Era do user-generated content e read-write web. Pessoas

consomem tanto quanto contribuem com informação via blogs ou sites

como Flickr, Youtube e etc. Conectividade entre as pessoas - as redes

sociais, wikis, colaboração, compartilhamento.

Web 3.0 – Era da web semântica, geolocalização, personalização, busca

inteligente e “behavioral targeting”. Aplicações Web ligando-se a

aplicações web para enriquecer a experiência das pessoas.

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Figura A – As fases da Web

Figura B – A evolução das eras da Web

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1.1.2. REVOLUÇÃO DIGITAL

Um dos principais benefícios da internet é a diminuição das distâncias. Pessoas

localizadas em diferentes partes do mundo podem interagir, compartilhar e

colaborar. No passado, a televisão, o rádio, o jornal, a revista, o livro, entre outros,

eram os principais meios utilizados para a comunicação. Estes meios de

comunicação concentravam a audiência de muitos consumidores, que formavam

uma atraente pluralidade de destinatários.

O ambiente permitia uma condição ideal para se estabelecerem estratégias para

produtos de massa. O rádio, entre os meios de comunicação de massa, pode ser

considerado o mais antigo meio interativo, e que mais se aproximou da forma dual

de interatividade, colocando a voz do ouvinte no ar, participando com suas opiniões

e pedindo música.

A cultura de massa criou o „consumo para todos‟. A nova cultura „pós-massiva‟, cria, para o desespero dos intermediários, daqueles que detêm o poder de controle e de todos os que usam o corporativismo para barrar a criatividade que vem de fora, uma „isegoria‟, igualdade de palavra para todos (LEMOS, 2009).

Figura C – Comunicação em massa e em nicho

No entanto, a partir dos anos 80 o conceito de mercado massificado não resistiu à

proposta de distribuição de classes sociais, da individualidade e da personalidade,

além da elevada competitividade entre as marcas. Os produtos antes destinados ao

grande público, agora precisariam segmentar seu alvo. Se na era da massificação

MASSA NICHO

Figura - Diferença entre comunicação em massa e em nicho

Page 14: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

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as ofertas se reduziam a poucos fornecedores para muitos consumidores, hoje o

mercado é o oposto. Estamos na era da especialização e projetos diferenciados, do

mercado customizado.

Dessa forma, ocorre a inversão do vetor do marketing, em que as ações passam

a se originar no consumidor em direção à marca, criando uma cultura participativa

em contraposição as mídias e propaganda tradicionais de massificação.

A informação em tempo real propicia a experiência de viver também um mundo

virtual instantâneo. E estamos também migrando do produto pronto para consumir

para o produto que deverá ser produzido com a intervenção do consumidor.

Esse é o ponto chave para entender a transformação no modo como as pessoas

passaram a formar suas opiniões após a internet. No passado, os sistemas

interagiam de forma localizada e os indivíduos se informavam com a comunidade,

que era reduzida e focalizada, e os outros meios de comunicação exerciam grande

poder de influência. A internet propiciou de forma simplificada o registro de

interações e a definição de relevância para conteúdos, formando um senso coletivo

de discordâncias e conscientizações.

A relevância da informação agora é formada e compartilhada em escala mundial,

onde dados e mensagens são transmitidos por longas distâncias com facilidade.

Estima-se que em todo o mundo já existam quase dois bilhões de pessoas que

utilizam a internet, o equivalente a aproximadamente 30% da população3.

O desperdício verificado na propaganda de massa do passado está dando lugar

ao processo de relacionamento interativo com o consumidor. O mercado de massa

está sendo reconfigurado a partir da internet. Os usuários agora podem criar

audiência em âmbito globalizado. Essa facilidade de compartilhamento também

3 Fonte: UIT (União Internacional de Telecomunicações), 2010. (Google)

Page 15: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

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contribui para a profissionalização. A tecnologia do vídeo, por exemplo, com sua

evolução na facilidade de registro e a possibilidade de transmissão ao vivo, fez com

que surgissem diversos negócios, instituições de ensino a distância, comunidades e

sites relacionados ao compartilhamento de conhecimento profissional.

1.1.3. GERAÇÕES X, Y e Z

Afim de não alinhar com as mesmas características, indivíduos de épocas

diferentes, criaram-se denominações para as últimas gerações. A primeira

denominação foi conhecida como Geração X, e engloba os filhos dos “Baby

Boomers4” da Segunda Guerra Mundial. Os integrantes da Geração X têm sua data

de nascimento entre os anos 1965 e 1983, aproximadamente.

A segunda geração foi a denominada Geração Y, e compreende as pessoas

nascidas entre os anos 1984 e 1990. São, por isso, muitos deles, filhos da geração

X e netos da Geração “Baby Boomers”. Os profissionais dessa geração nasceram

vivendo em ação, estimulados por múltiplas tarefas e atividades. Estão nas faixas

dos 20 aos 30 anos de idade e possuem um grande potencial para o trabalho em

equipe, ambição, nível de estudo, proficiência em idiomas, dedicação aos projetos,

características de liderança e buscam, ao mesmo tempo, reconhecimento,

crescimento profissional de maneira rápida e dinâmica e, principalmente, prezam a

qualidade de vida. São os chamados “migrantes digitais”.

“(...) essa geração do SMS, da Wikipédia e dos blogs tende a ser mais solidária, mais participativa e mais ativa que a geração passada. Nutre a convicção, e a ilusão, de que ao agir dessa maneira pode ajudar a construir um mundo melhor. É entusiasta da abertura, da liberdade e da divisão do conhecimento.” (VERDU, Vicente. Jornal El País)

4 Baby Boomer é uma definição genérica para crianças nascidas durante uma explosão populacional.

Page 16: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

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A última geração, a geração Z, veio após isso, e é composta pelas pessoas

nascidas após 1990. Os indivíduos dessa geração são extremamente familiarizados

com a internet e equipamentos digitais, ficando conectados quase sempre ao mundo

digital. Todos os aparelhos de que precisam para manterem-se eternamente

conectados à internet estão à mão, onde quer que estejam. Trata-se de uma das

diferenças mais marcantes entre as gerações Y e Z. A primeira ainda se lembra da

vida pré-proliferação de tecnologias em massa, enquanto a segunda é definida, com

freqüência, como os “nativos digitais”.

Este fato fez com que a geração Z seja impaciente, indiferente, introvertida,

requeira gratificações instantâneas e tenha uma capacidade de concentração menor

em relação às outras gerações. Menos interessados em mídias passivas e gastando

um tempo enorme em redes sociais, esta geração deu um novo significado ao termo

“audiência interativa”.

No entanto, mantendo algumas características dos jovens da geração Y, a Z se

mostra cada vez mais preocupada com a sustentabilidade e disposta a não pagar

por produtos e serviços que podem ser encontrados gratuitamente na internet. Trata-

se de uma comunidade que desenvolveu novas formas de pensar, interagir,

trabalhar e socializar.

Sendo assim, as empresas precisam achar novas estratégias para atrair esse

público, que é bem menos fiel às marcas e mais preocupado com o processo por

completo e os impactos gerados ao planeta. Além disso, as marcas necessitam

proporcionar formas cada vez mais interessantes e originais para personalizar seus

produtos, compartilhá-los com os indivíduos desta geração e “evangelizá-los”. A

cultura de compartilhamento na rede favorece a participação dessa geração na

divulgação e decisões das marcas.

Para as empresas é essencial entender uma característica fundamental da

geração Y e, principalmente, da Z: são consumidores que querem pagar cada vez

menos por produtos e conteúdo. Fazer downloads gratuitos de músicas, filmes e

livros, é um hábito comum. São consumidores que não pagam por isso com a

mesma freqüência que a geração X.

Page 17: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

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1.1.4. NOVOS HORIZONTES

Pesquisas recentes5 indicam que aproximadamente 50 milhões de brasileiros

costumam acessar a Internet seja em casa, no trabalho, na casa de parentes ou

amigos, ou em outros locais (Instituições de ensino, LAN house e etc.). E a

tendência é que cada vez mais as pessoas utilizem a rede como opção de diversão,

de informação e relacionamentos.

Gráfico A – Evolução da porcentagem de usuários de internet no Brasil a cada 100 habitantes. Fonte: Banco Mundial, Indicadores do Desenvolvimento Mundial - Última atualização em 24 de novembro de 2010. (Google)

Estes dados mostram como a Internet está influenciando o comportamento das

pessoas (consumidores). Principalmente dos jovens, mas também cada vez mais

dos adultos em geral. Isto está mudando a maneira dos consumidores agirem e se

5 Ibope Nielsen Online. 03/12/2010. Disponível em: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2010/12/numero-de-

internautas-ativos-sobe-132-em-outubro-para-417-mi.html

Page 18: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

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comunicarem com as empresas. Na rede o consumidor define o que vê, quando, por

que e pra quê.

Além disso, o aumento do poder de consumo do jovem, produto de uma cultura e

comportamento diferenciados, ajuda a entender esta nova maneira das pessoas

interagirem com as empresas. Os jovens têm facilidade de entender, interagir e

utilizar novas tecnologias, sejam elas interfaces virtuais, ou os dispositivos que

utilizam para acessar. Enviam e recebem mensagens e arquivos, e travam

comunicação de uma maneira natural, em qualquer dispositivo. Possuem

capacidade de conviver, ao mesmo tempo, no mundo real e no virtual.

Com o essa nova modalidade de emprego do marketing, os anúncios tradicionais

já não surtem o mesmo efeito e não são garantia de sucesso, pois os consumidores

mudaram seus hábitos e meios usados. Como eles estão cada vez mais conectados

na Internet, será preciso estar presente na rede para alcançá-los. E por serem

diversos os meios na internet, a forma de anunciar um produto também requer

novas abordagens.

Não basta apenas disponibilizar a informação na internet, pois isso não acarreta

impacto. A atenção das pessoas cada vez mais se direciona a conteúdos que sejam

relevantes. Isto é uma forma natural de escolher e interagir com o material, em um

universo de conteúdo gigantesco. Portanto, as instituições precisam criar formas

cada vez mais interessantes de comunicar-se com o consumidor, direcionando-se a

nichos mais específicos, de forma a atrair sua atenção e aproximar a rede de

indivíduos com idéias, afinidades e gostos em comum.

O que se observa é que as pessoas dividem a sua atenção na internet e usam

essa habilidade direcionada a diversas ações de seu interesse. O consumidor

brasileiro já passa três vezes mais tempo na internet do que assistindo à televisão.

Dessa forma, não há mais como pensar em ações de comunicação sem considerar

as mídias disponibilizadas via internet na estratégia de marketing, pois para um

quarto da população brasileira ela já é a principal mídia.

Essa é, portanto, a nova realidade na qual as estratégias de marketing terão que

se enquadrar daqui para frente, requerendo a todo o momento capacidade de

adaptação e muita criatividade, pois novos conceitos surgem a cada momento e com

Page 19: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

18

isso novas formas de utilizar essas ferramentas. A comunicação no marketing digital

tem que se basear em informação, entretenimento e relacionamento. Esse é o novo

paradigma da comunicação e do marketing.

Observamos que em função de todas essas mudanças, as empresas precisam

repensar o modo como fazem seu marketing, traçando novas estratégias baseadas

nos hábitos dos novos consumidores na internet. As empresas precisam, cada vez

mais, saber como os consumidores pensam.

Page 20: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

19

1.2. REDES SOCIAIS

Nunca na história se conheceu e interagiu com tantas pessoas diferentes, ou se

teve tantos amigos quanto em um perfil do Orkut ou Facebook, ou tantos

seguidores, como no Twitter. Mas nem todas as pessoas que se acompanha nas

redes sociais são realmente pessoas com quem se troca mensagens. Portanto, nem

todas as redes são iguais. Algumas são compostas somente de conexões, outras,

de conversas, outras ainda, de uma mistura de ambos.

Devido às possibilidades de conexões, viabilizadas pela internet, ampliou-se

também a capacidade de difusão de informações entre esses grupos. No ambiente

não virtual, uma notícia ou informação só se propaga por meio das conversas entre

as pessoas. Já nas redes sociais online, essas informações podem ser

compartilhadas, repassadas e discutidas, em uma linearidade, porém em diferentes

momentos. No Orkut ou Facebook, por exemplo, uma conversa pode começar hoje,

e as interações ficam salvas para os próximos usuários que quiserem interagir

dentro daquele mesmo tópico. Essas redes proporcionaram mais voz às pessoas,

mais construção de valores e maior potencial de espalhar informações.

Dessa forma, é como se essas pessoas passassem a ter maior

representatividade na sociedade, podendo compartilhar suas idéias, construir

valores e disseminar informações. As redes sociais são acessadas por mais de 30

milhões de pessoas no Brasil6, mais da metade do número de usuários brasileiros

que utilizam a Internet. Por este motivo, as redes têm um grande potencial para

colaboração, para a difusão de informações e para a construção de novos valores

sociais. Uma rede social não é uma ferramenta, mas são apropriadas pelos usuários

6 Ibope Nielsen Online. 03/12/2010. Disponível em:

http://www.ibope.com.br/maximidia2010/download/Redes_Sociais.pdf

Page 21: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

20

para expressar suas identidades, construírem seus valores e operarem de forma

coletiva.

Figura D – Exemplo de interação de usuários em um tópico do Facebook

Page 22: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

21

Além disso, a disponibilidade do acesso à banda larga, os computadores

domésticos, as câmeras de foto e vídeo digital, que antes eram exclusividade de

profissionais, estão chegando a preços cada vez menores, impactando no baixo

custo de produção e tornando-se acessíveis a amadores.

A produção de conteúdo como áudio, vídeo, artigos, textos, livros, notícias entre

outros, já não é exclusividade das empresas especializadas em mídia. Amadores

movidos pela paixão e pelo compartilhamento de conhecimento, já fazem de seus

blogs verdadeiros veículos de informação. Multiplicados aos milhares criam um novo

enfoque para o próximo desafio da era da Internet: como conseguir a atenção de um

número expressivo e crescente de seguidores?

1.2.1. NOVOS CONSUMIDORES

Hoje, estamos vivenciando a era do chamado "marketing de participação". A

figura do consumidor passivo não existe mais. A criação da internet, das redes

sociais, a própria globalização e o aumento do nível de competição entre as

empresas deram origem a um novo tipo de consumidor: bem informado, consciente

e mais exigente. Hoje, por exemplo, pacientes conversam de igual para igual com

seus médicos, graças a “Web”. Pessoas compram produtos online lendo

comentários e a avaliação de quem já comprou.

As pessoas querem ter acesso a informações sobre as marcas que fazem parte

do seu dia a dia. E, caso um desses consumidores tenha uma experiência ruim com

algum produto ou serviço, possui inúmeras formas de divulgar sua opinião, como o

site www.reclameaqui.com.br, onde os consumidores registram as experiências

negativas que tiveram em suas compras, algo que era impossível há alguns anos

atrás. Dessa forma, é possível influenciar muito mais pessoas. Se algum consumidor

é apaixonado por uma marca, além de continuar consumindo a marca, pode também

indicar para sua rede de contatos. E com as redes sociais, o alcance passou a ser

muito maior.

Para algumas marcas, essa experiência é ainda nova, mas já se observa que se o

consumidor não for tratado com respeito, poderá divulgar e registrar esse fato na

rede, podendo prejudicar a reputação da marca.

Page 23: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

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1.2.2. COMPRAS COMPULSIVAS

Apesar da expectativa de um consumo mais racional e menos sujeita a impulsos

do que em uma loja física, as pessoas continuam fazendo compras por impulso

mesmo no ambiente online. Um dos mais fortes exemplos é o número de compras

geradas a partir do envio de mensagens de correio eletrônico que, por vezes,

representam boa parte das vendas de um e-commerce, impulsionando o consumidor

a ir ao site fazer um pedido. No site www.submarino.com, por exemplo, cerca de

30% das vendas são atribuídas a ações de e-mail marketing.

Outra evidência que nos faz concluir que há compra por impulso na rede, é o fato

de que, quando o meio de pagamento não é imediato, o número de arrependimento

nas compras sobe muito e várias vendas são perdidas. Alguns exemplos disso são

as transações por cartão de crédito, quando a aprovação da transação não é feita

automaticamente pelo site na operadora ou mesmo os boletos bancários que o

cliente tem que pagar posteriormente. Em todas essas modalidades, o consumidor

tende a pensar duas vezes, e freqüentemente desiste da compra.

1.2.3. TRIBOS

Seth Godin, um dos pensadores contemporâneos sobre o universo digital, em seu

livro “Tribes”, define o conceito de tribo e esclarece o porquê da liderança cada vez

mais importante no marketing. No livro ele também fala sobre como criar tribos que

acreditem em uma idéia. Há milênios o ser humano vive em bandos, em grupos.

Gostamos de nos aproximar de pessoas que têm interesses similares. A diferença é

que com a internet, agora não há mais barreiras geográficas e torna-se mais

simples, barato e rápido se comunicar.

Uma tribo é formada por pessoas conectadas: entre si, a um líder e a uma idéia.

Para formar-se uma tribo, basta apenas que se tenha uma idéia que seja

compartilhada, e ferramentas que facilitem a comunicação.

1.2.4. TENDÊNCIA E ESPECIALIZAÇÃO DE LINCHPIN

Seth Godin, também criou o conceito que chama de “Linchpin”, nome de seu

último livro, no qual correlaciona marketing e a arte, e a vida profissional com a de

um artista. Linchpin é o nome dado a pinos de segurança, que são colocados em

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23

pontas de eixos para segurar rodas. Fazendo uma metáfora, são aquelas pessoas

que são indispensáveis para o sucesso de uma organização.

Toda organização bem-sucedida tem pelo menos um linchpin; outras têm dúzias ou até milhares. O linchpin é o elemento essencial, a pessoa que une parte das operações. Sem ele, tudo desmorona. (...) A resistência é a voz em seu cérebro te dizendo para você usar bullets em seu Powerpoint porque é exatamente isso que seu chefe gosta, é a voz que te diz para deixar idéias controversas fora de seu trabalho de escola, porque seu professor não vai gostar. A resistência força você a se submeter, se encaixar. (...) ”Espere! Você está me dizendo que tenho que parar de seguir instruções e começar a ser um artista? Alguém que sonha novas idéias e as torna reais? Alguém que encontra novas maneiras de interagir, novos caminhos para transmitir emoção, novas formas de se conectar? Alguém que age como humano e não mais uma engrenagem na máquina? Eu? Sim.” (GODIN, 2008).

Segundo Godin, seria um terceiro grupo além da gerência e da mão-de-obra, que

tem o poder de fazer a diferença, conectar pessoas, liderar. É um profissional que

luta por uma causa, faz o inesperado ou arrisca e faz a diferença, contraponto a

maioria, que são os profissionais que seguem as regras de livros, manuais e textos

que se limitam a explicar como fazer.

“O novo “American Dream”. Você se recorda do velho sonho Americano? É mais ou menos assim: - Mantenha sua cabeça baixa - Siga instruções - Compareça no horário - Trabalhe duro - “Engula os sapos” ...desta forma você será recompensado. Como vemos, este sonho acabou. O novo “American Dream”, aquele que mercados ao redor do mundo estão adotando rapidamente, é este: - Seja notável (remarkable) - Seja generoso - Crie arte - Seja capaz de julgar - Conecte pessoas e idéias ...e não teremos outra escolha senão recompensá-lo.” (GODIN, 2008).

Page 25: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

24

2. MARKETING NO AMBIENTE DIGITAL

O composto de Marketing é conhecido internacionalmente como “Os 4Ps do

Marketing”, que são os 4 grandes grupos de atividades: Produto, Preço, Promoção e

Praça. Philip Kotler, o maior autor em Marketing da atualidade, define o composto de

Marketing como:

“O conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no mercado alvo” (KOTLER, 1998).

A base para se construir a estratégia de marketing da empresa consiste em

pensar em táticas para esses 4 grupos.

“Marketing é o conjunto de ações desenvolvidas por uma organização, como forma de atingir seus objetivos perante seu público-alvo, por meio de uma relação de troca.” “Marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros” (KOTLER, 1998).

A internet provocou uma mudança radical na prática do marketing. Virtualmente, o

ponto-de-venda e a promoção, por exemplo, passam a coexistir em um mesmo

canal. Em alguns casos, um mesmo canal promove o produto, providencia a sua

entrega e viabiliza o pagamento. Tudo disponível através da maioria dos dispositivos

(como um celular) com conexão a rede.

Os conceitos tradicionais do marketing não mudaram. O Marketing Digital é o

marketing tradicional na era digital, ou seja, é o planejamento de estratégias de

marketing usando a “Web”, as redes sociais, a interatividade. Novas formas de

marketing podem ser exploradas principalmente utilizando-se conceitos de

personalização da comunicação e mobilidade.

O Marketing Digital abrange todo o tipo de comunicação de marketing que utiliza canais em formato digital, não se restringindo a internet, mas usando outros canais como TV digital e celular (WIKIPEDIA, Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Marketing_digital, Acesso em: 03/12/ 2010)

O fato é que esta revolução, onde o receptor se torna meio, mensagem e até

emissor, está realmente questionando os modelos antigos, que eram baseados na

comunicação de uma entidade, para muitos. Hoje, pode-se dizer que o marketing

precisa considerar um 5º P, o das pessoas, que cada vez mais estão influenciando

Page 26: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

25

no planejamento dos produtos, na avaliação de processos e, principalmente, na

divulgação boca-a-boca.

As empresas e pessoas sempre souberam do poder da comunicação boca-a-

boca para convencer, influenciar e determinar o comportamento do consumidor. No

entanto, com a velocidade do fluxo de informações na internet e a possibilidade de

registro de avaliações de consumo, essa forma de marketing está sendo

considerada uma das mais importantes.

Figura E – Comparação entre formas de mídias utilizadas pela propaganda atualmente e na década de 80

Além disso, o consumidor passou a ter controle do que ele quer ver, seja na TV

ou na Internet. Isso inverte o vetor de marketing, que antes era caracterizado pelas

marcas buscando as pessoas. Hoje, as pessoas buscam as marcas. Esse é o

principal motivo de sucesso dos mecanismos de busca, como o Google.

A internet hoje pode ser usada como uma nova forma de adquirir vantagem

competitiva no mercado. Aplicações como sistemas de gerenciamento do

relacionamento com o cliente, sites, blogs, mídias sociais, e-mail, celular, entre

Page 27: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

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outros, além de agregar muito, em termos de propaganda ou publicidade, são uma

forma de diferenciação da concorrência no mercado.

Vantagens da utilização da internet na estratégia de marketing:

Permite uma maior acessibilidade: Comunicação “full-time”;

Melhora e possibilita a personalização na individualização das mensagens;

Cria uma enorme interatividade com os seus clientes e os que são potenciais. Isto, porque o cliente pode selecionar a informação e comunicar como melhor desejar, com a empresa;

Permite quantificar, avaliar de imediato e de forma viável o impacto da estratégia de comunicação com o mercado;

Viabiliza redução de custos na comunicação, a medida que a mesma vai se multiplicando, uma vez que o número de utilizadores vai aumentando. (WIKIPEDIA, Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Marketing_digital, Acesso em: 03/12/ 2010).

2.1. MARKETING DE PERMISSÃO

Seth Godin em seus livros, jamais deixou de denunciar o que define como

marketing de interrupção. Trata-se da prática tradicional das grandes empresas de

consumo e corporações de distribuição, que visam bombardear o cliente, o alvo, o

consumidor, com publicidade, promoções e estímulos de todos os tipos, chegando

até a interromper o fluxo de seu raciocínio e de seus hábitos e fazê-lo sucumbir à

oferta imposta. Atualmente as pessoas recebem mais de 2000 mensagens

publicitárias por dia, sendo que poucas destas, menos de 15, chamam a atenção.

A proposta apresentada por Godin para resolver esse problema é o marketing de

permissão, que consiste em que o cliente conceda à empresa autorização para

vender a ele. Como exemplo, temos as solicitações de permissão para enviar e-

mails ou SMS. Com isso, o cliente toma a iniciativa de pedir informação necessária

para se convencer e comprar o produto ou a marca. Essa proposta inverte o

sistema, fazendo com que os consumidores sintam-se aliados das empresas e

participem voluntariamente do consumo.

2.2. MARKETING VIRAL E BUZZ-MARKETING

Um dos princípios do diálogo é o compartilhamento de experiências. Se uma

pessoa gosta (ou não) de algum produto ou serviço que experimentou,

possivelmente vai comunicar isso a alguma outra pessoa. Sempre foi assim. O termo

Page 28: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

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„buzz‟ significa, ao pé da letra, burburinho. O conceito do “buzz” é o que acontece

quando uma idéia se espalha como uma epidemia através do boca-a-boca, gerando

algo como um rumor.

Trata-se de uma das novas estratégias de marketing que encoraja indivíduos da sociedade a repassar uma mensagem de marketing para outros, criando potencial para o crescimento exponencial tanto na exposição como na influência da mensagem. Como os vírus reais, tais estratégias aproveitam o fenômeno da rápida multiplicação para levar uma mensagem a milhares e até milhões de pessoas. (D. LITTLE

7)

Ainda que não tão intenso quanto hoje, o boca-a-boca sempre existiu. No entanto,

uma idéia hoje tem a possibilidade de se espalhar em amplitude mundial, justamente

pelo fato de estarmos cada vez mais interconectados.

Quando os clientes ficam realmente impressionados por produtos ou serviços,

tornam-se o que se pode chamar de "evangelista", para as empresas. Esse grupo de

clientes satisfeitos pode ser convertido em uma potente ferramenta de marketing

para potencializar os efeitos da propaganda e ampliar o universo de clientes, por

meio de depoimentos espontâneos que expressam os relacionamentos

interpessoais e com os produtos.

O “Buzz-marketing” são técnicas, usando os evangelistas para promover uma

¨evangelização¨ do mercado, criando outros evangelistas. Para ter efeitos positivos,

o “buzz-marketing” precisa estar atrelado ao marketing de permissão.

Uma mensagem transmitida por meio do boca-a-boca possui uma relevância

muito maior que a propaganda invasiva, pois ela conta com a credibilidade de quem

a está divulgando. Numa campanha de “buzz-marketing”, a credibilidade está no

cliente evangelista, enquanto no marketing de interrupção a credibilidade está na

7 Arthur D. Little é especialista em "buzz-marketing".

Page 29: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

28

marca. A indicação de um filme, por exemplo, por ser uma experiência bem

sucedida comprovada, tem apelo maior do que um cartaz, que apenas instiga.

O que torna uma idéia viral? Ninguém "envia" uma idéia ao menos que: - Que tenham compreendido-a - Que tenham vontade de espalhá-la - Acreditem que espalhar a idéia irá aumentar seu poder (reputação, receita, amizades) ou sua paz de espírito - O esforço necessário para enviar a idéia seja menor que os benefícios Ninguém "pega" uma idéia ao menos que: - A primeira impressão demande uma pesquisa mais profunda - Já tenham compreendido as idéias fundamentais necessárias para endender a nova idéia - O remetente seja de confiança ou respeitável o suficiente para investir o tempo necessário. (GODIN, 2000). Os seis princípios do marketing viral - Distribui gratuitamente produtos e serviços com algum valor - Oferecer um meio sem esforço de envio para outros - É facilmente escalável do pequeno para o muito grande - Explorar motivações e comportamentos comuns - Utiliza redes de comunicação já existentes - Tira proveito de recursos de terceiros. (WILSON

8)

2.3. O FENÔMENO DA EVANGELIZAÇÃO

Um cliente só se torna um evangelista, ou seja, um advogado da marca, se de

fato se convencer de que fez uma descoberta que desperte o desejo de dividir com

outras pessoas. Segundo Godin, essa descoberta necessita possuir em sua síntese

uma “idéia-vírus”, ou seja, uma idéia intrigante, uma resposta a uma contradição

relativa ao produto, ou algo que a pessoa sinta-se empenhada a defender.

Observa-se que muitos produtos e serviços possuem essa “idéia-vírus” e

proporcionam essa descoberta no consumidor, no entanto, nem sempre são

capazes de gerar “buzz”.

8 Dr. Ralph Wilson é um dos maiores especialistas em Marketing Viral da atualidade.

Page 30: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

29

Algumas pessoas se identificam com essa descoberta, a ponto se tornarem-se

defensores da marca, mas isso não garante o tempo de vida da estratégia. Para se

tornar consistente e de fato fazer uma campanha de “buzz-marketing” é necessário

capacitar pessoas para divulgar a mensagem.

Princípios básicos para evangelização: - Plus-Delta dos clientes: receber feedback contínuo dos clientes. - Colaboração: compartilhar o conhecimento livremente. - Estabelecer o buzz: construir redes de marketing boca-a-boca. - Criar comunidades: encorajar as comunidades de clientes a se reunir e partilharem suas experiências. - Dividir em pedaços pequenos: elaborar ofertas especiais e gradativas para "fisgar" os clientes pouco a pouco. - Criar uma causa: algo que torna o mundo, ou setor de ação, melhor. (HUBA

9)

2.4. O FENÔMENO DA CAUDA LONGA

A Cauda Longa é um novo conceito apresentado na revista Wired em outubro de

2004, e que deu nome ao livro de Chris Anderson10, seu ex-editor-chefe.

Cauda longa trata-se de um conceito observado em empresas de internet que

obtém faturamento elevado com produtos de nicho tanto quanto, ou até mais que os

tradicionais best-sellers. Isso se tornou viável com o advento da internet já que a

inexistência de limitação do espaço físico para a exibição de produtos faz com que

os mercados de nicho sejam explorados da mesma forma que o mercado de

massas.

9 Jackie Huba é um dos maiores especialistas do mundo em evangelismo de clientes.

10 Chris Anderson é escritor e fundador do TED (acrônimo para Technology, Entertainment, Design), que é

uma fundação privada sem fins lucrativos destinada à disseminação de idéias. Segundo as palavras da própria

organização, "idéias que valem serem disseminadas". Palestrantes de diversas áreas do conhecimento são

convidados a fazer apresentações que são limitadas a dezoito minutos, e os vídeos são amplamente divulgados

na Internet.

Page 31: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

30

Segundo a “regra dos 80/20”, que rege o faturamento das empresas, 20% dos

produtos representam 80% do faturamento. Em uma livraria, por exemplo, sabemos

que um livro do Paulo Coelho vai vender tanto que representará uma parcela

significativa do faturamento. Por este motivo a livraria acaba colocando em suas

prateleiras aqueles títulos que têm mais chance de vender. Como o espaço físico de

uma loja é limitado e tem um custo, só é possível disponibilizar uma quantidade

limitada de títulos diferentes, que estrategicamente são os mais vendidos.

Na internet tudo isso muda. Uma livraria virtual possui prateleiras de tamanho

teoricamente infinito, cuja limitação é a quantidade de títulos oferecidos e não o

espaço físico. Ao invés de disponibilizar apenas uma quantidade determinada de

títulos que são os que mais vendem, é possível ter em catálogo um número muito

maior. Segundo Chris Anderson, uma loja física de uma grande livraria nos EUA

possui em média 100 mil títulos diferentes disponíveis. Ao mesmo tempo, a loja

virtual Amazon.com possui disponível cerca de 3,7 milhões de livros diferentes.

A grande descoberta veio da análise das quantidades vendidas dos produtos. Um

estudo feito pela Amazon.com mostrou que, por ter uma disponibilidade maior de

livros, o faturamento dos menos populares representava em torno de um quinto da

receita. De acordo com Anderson, a receita total de uma grande quantidade de

produtos de nicho, com baixos volumes de vendas, é igual a receita total dos poucos

grandes sucessos.

Figura F - A Cauda Longa

Page 32: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

31

Na economia da Cauda Longa, o que faz a diferença é a abundância, ao contrário

da escassez. Em um mercado em que predomina a escassez o que faz sentido é

explorar aquilo que vende mais. Nesse novo conceito de negócios os produtos que

não são tão vendidos acabam se tornando uma parcela importante do faturamento,

concorrendo diretamente com os poucos sucessos do momento.

A mudança de que falo é outra. Ela não é maior nem menor, apenas diferente. A plenitude de conteúdo que vemos hoje em dia torna desnecessária toda uma indústria que se alimentou da escassez de informação. Como bem o sabe qualquer estudante de primeiro ano de Economia, sem escassez não há valor. Sem valor não há mercado. ( RADFAHRER

11).

2.5. AS MÍDIAS DIGITAIS

2.5.1. SITE

Para acessar a internet utilizamos navegadores, como o internet explorer. Cada

endereço leva a um site. No contexto de marketing, dentro de um site existem

diversas variáveis para atingir objetivos, tais como vendas, posicionamento,

valorização da marca, entre outros. Para traçar estratégias de marketing em sites,

analisam-se variáveis, tais como, taxa de rejeição, o percentual de visitas por seção,

a duração da navegação total e por página, as páginas de maior acesso,

acompanhamento do processo de compra, palavras-chave que foram usadas para

encontrar o site, entre outras.

Tipos de site: Sites Institucionais – A finalidade de um site institucional é fornecer o maior número de informações e possibilidades de interação relevante para o público sobre uma empresa, ou outros tipos de instituição.

11 Luli Radfahrer é PhD em comunicação digital pela ECA-USP e professor da instituição há mais de 15

anos. Envolvido com a internet desde 1994, fundou a Hipermídia, uma das primeiras agências de comunicação

digital do país, hoje parte do grupo Ogilvy.

Page 33: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

32

Sites Midiáticos - Um site midiático é um site antes de tudo informativo e com atualizações frequentes. Diferente do site institucional, o site midiático é mais dinâmico e conta com uma maior interação dos leitores. Nessa categoria se encaixam os sites de jornais e revistas, blogs, flogs, fotologs, e todo tipo de “ogs” que você pensar. Sites Aplicativos - Um site aplicativo é uma ferramenta on-line que pode ser utilizada diretamente pelo usuário com aplicativos que por muitas vezes podem substituir (na maioria das vezes são melhores) os aplicativos instalados no seu computador. Um bom exemplo de site aplicativo é o Google Docs que. Sites Bancos de Dados - Um site banco de dados é na verdade um catálogo de registros e é mais comum se usar na forma de motores de busca (Google, o maior exemplo). Sites Comunitários - Um site comunitário é talvez o mais conhecido dos brasileiros, apesar da maioria não se dar conta disso (ao menos não pelo nome que recebe) uma vez que o brasileiro é quem mais utiliza o Orkut no mundo. Isso mesmo, o Orkut é um site comunitário. Assim como fóruns, chats, sites de relacionamento e afins. Portais – Os portais reúnem a grande maioria dos serviços da web num mesmo lugar (Yahoo). Hotsites – São sites promocionais planejados para apresentar e destacar uma ação de comunicação e marketing pontual, como lançamento de produtos, eventos, novas edições de produtos ou serviços, ações de CRM, entre outras. (WIKIPEDIA, Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Site, Acesso em: 03/12/ 2010).

2.5.2. BLOGS CORPORATIVOS

O “weblog”, também conhecido como blog, nada mais é do que um site com

conteúdo escrito por um “blogueiro”, que publica notícias como um jornalista sobre

suas visões e idéias sobre os mais diversos assuntos, que julgar relevante.

Encontra-se na web diversos tipos de blogs como, por exemplo: diários pessoais,

blogs de análises e comentários, revisões ou comentários de produtos,

disponibilização de mídias como fotos, músicas e filmes. A principal característica de

um blog é a comunicação bilateral, pois em cada postagem é permitido que os

leitores comentem sobre o que está escrito.

Os blogs corporativos são blogs de empresas, e permitem uma interação maior e

mais pessoal com os clientes, que podem se informar sobre as idéias postadas pela

empresa e dizer exatamente o que estão pensando a respeito. Esse é a principal

finalidade do blog corporativo: um meio de relacionamento mais próximo ao público-

alvo.

Usualmente, os blogs são feitos com uma ferramenta de gerenciamento de

conteúdo (CMS) que permite a atualização imediata do blog, por pessoas leigas,

sem requerer recursos de programação, e a baixíssimo custo.

Page 34: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

33

(...)uma forma estratégica e inovadora de estar um passo à frente da concorrência, uma escolha de investimento viável pois possui baixo custo, um meio alternativo de marketing boca-a-boca que traz excelentes resultados na divulgação da marca da empresa, seus produtos e serviços. (FAVARETTO

12)

2.5.3. BANNER

O banner é a forma publicitária mais comum e uma das mais antigas na internet.

É um recurso de animação, que visa atrair a atenção do usuário para determinada

área ou informação. Denomina-se "impressão" cada vez que um banner é mostrado

ao se acessar uma página que o contém. Geralmente, ao clicar sobre o banner, o

usuário é redirecionado à página do anunciante.

A atratividade de um espaço para banner é avaliada de acordo com a correlação

do perfil do público que acessa a página e o objeto do anúncio, e também da

visibilidade oferecida, isto é, quanto maior a média de acessos a página maior a

visibilidade.

Muitos usuários consideram esse tipo de publicidade um incômodo porque tiram a

atenção da página e consomem parte da banda de conexão.

12 Eduardo Favaretto é especialista em Internet. Atua na área de tecnologia desde 1987. Participou do início

da operação da Internet comercial no Brasil em 1995.

Page 35: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

34

Figura G – Exemplos de banner

2.5.4. E-MAIL MARKETING

E-mail são mensagens eletrônicas escritas, trocadas entre usuários da web. O e-

mail marketing consiste na utilização do e-mail como ferramenta de marketing direto.

A regulamentação do e-mail marketing é apresentada no Código de Auto-

regulamentação para a Prática de Email Marketing, que determina o consentimento

do cliente (também chamado “opt-in”), por receber mensagens devidas. Mensagens

indesejadas são chamadas de spam.

O código também determina que o remetente deve disponibilizar ao destinatário a

sua política de remoção de cadastro da base de envio (“Opt-out”) e informar o prazo

de remoção do seu endereço eletrônico da base de destinatários, que não poderá

ser superior a dois dias úteis, quando solicitado diretamente pelo link de

“descadastramento” do e-mail marketing e cinco dias úteis quando solicitado por

outros meios, prazos estes contados a partir da data da solicitação comprovada.

Page 36: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

35

O e-mail marketing pode ser usado na oferta de produtos e serviços, na promoção de itens adicionais e de interesse específico, bem como em campanhas de fidelização, pesquisas de satisfação, cartões comemorativos e de aniversário. Também pode ser utilizado para envio de informativos periódicos (mala-direta), notícias, artigos e comunicados internos. Na organização de eventos, por exemplo, o marketing por e-mail pode ser aplicado para a distribuição de convites, confirmação de presença e agradecimento de participação. Nesse sentido, as empresas que adotam o e-mail marketing têm uma série de benefícios: Proatividade - em vez de esperar o interesse do cliente, a empresa pode encontrá-lo; Interatividade - o cliente interage imediatamente com a mensagem; Segmentação - é possível direcionar a mensagem por sexo, faixa etária e cidade, por exemplo; Personalização - a mensagem pode ser facilmente personalizada com informações do cliente; Mensuração - o retorno da ação realizada é acompanhado em tempo real e custo-benefício. (WIKIPEDIA, Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/E-mail_marketing, Acesso em: 03/12/ 2010).

2.5.5. MOBILE MARKETING

Hoje, o número de assinantes de telefones celulares chegou a quase cinco

bilhões de pessoas, isto é, quase um terço da população mundial. A forma como as

pessoas se comunicam mudou completamente com os celulares, que são capazes

de „ligar‟ qualquer pessoa, em qualquer lugar, a qualquer momento.

Segundo o site Wikipedia, “mobile marketing é o termo utilizado para definir ações

de marketing realizadas através de celulares ou dispositivos móveis”. Assim como o

e-mail marketing, no mobile deve-se respeitar as „regras‟ do marketing de permissão.

Estudos indicam que mensagens curtas, como SMS, MMS e WAP são bem mais

eficientes do que o e-mail marketing, outra ferramenta muito utilizada para marketing

direto. A publicidade via mobile é 70% mais lida do que os e-mails. Hoje, nenhuma

outra mídia permite um contato tão pessoal quanto via celular. Ou seja, além de

possuir um alcance sobre grande parte da população, o mobile marketing permite às

marcas entregar uma mensagem interativa e, ao mesmo tempo, personalizada.

Isso porque apesar de ser uma ferramenta que permite a comunicação em

massa (broadcast), o celular é, ao mesmo tempo, um canal que propicia o envio de

campanhas altamente segmentadas (narrowcast). Essa flexibilidade é bastante

importante, pois permite atender as necessidades de diferentes marcas, de

diferentes mercados e com objetivos distintos.

Page 37: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

36

2.6. MARKETING EM MECANISMOS DE BUSCA

2.6.1. GOOGLE

O Google é a maior empresa de marketing de busca no mundo. O grande

diferencial que fez o Google dominar o mercado de mecanismos de busca é a forma

como é feita a ordenação dos resultados em uma busca. Antes do Google, as

ferramentas de busca simplesmente rastreavam os sites procurando pelo conteúdo

solicitado na busca. Se o algoritmo da ferramenta concluísse que a página tratava

do assunto, esta entraria na ordenação de resultados, independente de relevância.

Para aperfeiçoar os resultados o Google adicionou uma nova variável, que

também considera um nível de relevância para a página, baseado na quantidade e

„peso‟ dos links que apontam para ela. Cada link de outro site que aponta para o site

referido é um voto que ele recebe. Se a página A linka para a página B, então a

página B recebeu um voto. Mas o valor do voto depende do PageRank da página A.

Para cada página, o Google atribui um PageRank com um valor numérico de 1 a 10

sendo 10 o mais importante.

O pageRank tem natureza exponencial, isto é: PageRank1 requer 1 “ponto” PageRank2 requer 10 “pontos” PageRank3 requer 100 “pontos” PageRank4 requer 1000 “pontos” PageRank5 requer 10000 “pontos”

O valor que um link confere a uma página é o correspondente aos pontos do

PageRank que a página possui dividido pelo número de links, ou seja, se uma

página possui PageRank3 e 5 links, cada link confere 20 pontos a página de destino.

Page 38: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

37

Figura H - Pagerank

2.6.2. SEARCH ENGINE MARKETING

O marketing de busca, ou SEM (“Search Engine Marketing”), é a área de

marketing online responsável pelas estratégias e técnicas que envolvem a geração e

o aumento de tráfego proveniente de ferramentas de busca, assim como a

promoção e proteção de marca nos resultados das mesmas.

Há duas maneiras para um link aparecer em buscadores como o Google. Através

dos Links Patrocinados, que aparecem na parte lateral da busca do Google, ou

através de otimização do site para mecanismos de busca, o que é chamado de

SEO, ou “Search engine optimization”.

Page 39: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

38

Figura I – Busca orgânica e Links patrocinados

2.6.3. LINKS PATROCINADOS

Os links que aparecem na lateral da busca do Google são criados com uma

ferramenta de anúncios. No Google, a ferramenta é denominada AdWords. O link

patrocinado é um modelo de propaganda onde os anúncios são pagos em um

sistema PPC (“Pay per-click”), ou seja, o anunciante paga a cada vez que seu

anúncio receber um “click”. Mesmo que o anúncio apareça 100000 vezes, o

anunciante paga somente os 'x‟ “clicks” que o anúncio receber. No entanto, os

anúncios somente são apresentados para buscas de termos selecionados pelo

anunciante na configuração da campanha, que é feita no Adwords.

A principal vantagem de uma empresa que utiliza um link patrocinado como

divulgação é o seu posicionamento na página de resultados dos buscadores. Isso

porque a grande maioria das pessoas clica nos links que encontra na primeira

página dos buscadores. Em uma pesquisa divulgada pela Forrester Research, 81%

dos consumidores na internet disseram encontrar produtos usando sites de busca.

Do ponto de vista estratégico, a empresa tem a possibilidade de escolher para

quais termos (palavras-chave) de busca o anúncio deve aparecer, em qual região e

horários, e quanto vai gastar diariamente. Existe também a opção dos anúncios

Page 40: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

39

aparecerem na rede de conteúdo, que são sites que disponibilizam espaço para

anúncios do Google (por meio do AdSense).

Muitos dos consumidores que visitam o site por meio dos links patrocinados

geram conversões, isto é, realizam a compra do produto ou serviço. E o resultado é

satisfatório tanto para o anunciante, quanto para o Google e para o consumidor.

2.6.4. SEO

Com o advento do Google, o mercado de mídia mudou definitivamente. O usuário,

ao realizar uma busca, tornou-se poderoso quanto à publicidade que quer visualizar,

pois ele decide em qual resultado da busca irá clicar, ou seja, no resultado mais

relevante para ele.

As empresas devem criar estratégias para atrair buscas em que o site possa ter a

resposta. Alguém buscando algo específico como “meias pretas de Macabú” é um

cliente potencial para um nicho muito específico. E se achar o site pode converter

essa necessidade em aquisição de algum dos produtos ou utilização de serviços.

O SEO é um conjunto de técnicas, que são implementadas na estrutura do site e

também fora do site que tem como objetivo posicionar melhor o site nos resultados

orgânicos para determinados termos (palavras-chave). Diferente dos Links

patrocinados, o Google não recebe nada pelos “clicks” efetuados na busca orgânica.

2.7. MÍDIAS SOCIAIS

A facilidade de publicar conteúdo na internet está transformando o consumidor, de

um canal receptor para um emissor de informação. A possibilidade de criação de fãs

clubes, comunidades, disseminação de elogios e reclamações, entre outros, antes

era restrita a poucos. Hoje, esse tipo de informação é pública e interfere na opinião

de outros consumidores.

Através das mídias sociais, as empresas podem tornar a marca mais acessível

aos seus clientes, inserindo-a no dia-a-dia do seu consumidor, informando de todas

as atualizações, desde os lançamentos de produtos até promoções e ofertas. Torna-

se uma forma interativa, e em tempo real, de estar em constante contato com o

cliente, que pode dar suas sugestões e fazer suas reclamações.

Page 41: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

40

Figura J – Fluxo de dados em um dia na Internet

Page 42: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

41

Entre as vantagens está o feedback imediato da aceitação do produto e da marca.

É possível dizer que as mídias sociais tornaram as relações entre empresas e

clientes, que antes eram estritamente comerciais, em relações sociais.

As redes sociais permitem um efeito nunca antes visto quando falamos em

networking. Elas já são acessadas por 67% dos internautas do país, das classes A,

B, C e D. Segundo levantamento do Ibope Mídia, cerca de 25% dos usuários

brasileiros de redes sociais usam-nas como fonte de informação para compras,

principalmente relacionada a eletrônicos.

Em pesquisas sobre esse tema, foi verificado que, apesar de todos os focos

direcionados às mídias sociais, as empresas ainda precisam aprender muito para

adotá-las de vez. Com todo o modismo e impacto das redes sociais na sociedade,

ainda é pequeno o numero de empresas brasileiras que as utilizam, apesar de já ser

notado um crescimento de seu uso.

O “Social Media Marketing” (SMM) são ações utilizadas para gerar tráfego ao site

por meio de divulgação nas mídias sociais. Essas ações envolvem atuação nas

redes sociais que o público-alvo freqüenta.

Page 43: Monografia Marketing Digital - Caso Plakker

42

Figura K – O universo geosocial

As empresas que mais utilizam essa nova mídia são as que têm forte ligação com

seu consumidor final, conhecidas como B2C, ou “Business-to-consumer”. Hoje, mais

do que nunca, grande parte dos consumidores está navegando pela web, e as

empresas querem a atenção deles, possibilitando a efetivação de negócios. Grande

parte das empresas utiliza as mídias visando fortalecer sua marca e monitorar o

mercado, os clientes e a concorrência.

2.7.1.1. ORKUT E FACEBOOK

A rede social da Google, “inaugurada” em 24 de janeiro de 2004 e nomeada

segundo seu criador, um dia sequer imaginou alcançar o prestígio que possui. Hoje,

o Orkut conta com cerca de 60 milhões de usuários cadastrados no mundo todo.

Entretanto, a representatividade do Orkut é quase completamente voltada apenas

para dois países: Brasil e Índia, respectivamente com 50,77% e 20,29% dos

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usuários da rede. Em terceiro colocado, o Estados Unidos se encontra com uma

taxa bem menor: 17,74%.

Lançado em 4 de fevereiro de 2004, o Facebook é um site de relacionamento que

permite ao usuário a criação de seu perfil virtual e interação com sua rede de

contatos. Atualmente o site possui mais de 500 milhões de usuários e destes, 100

milhões o utilizam também via celular. David Kirkpatrick, autor do livro “O Efeito

Facebook”, diz que a rede vem, há tempos, trazendo a internet cada vez mais para

dentro de si e criando meios que incentivam as pessoas a compartilharem o que

estão lendo.

Inicialmente, a adesão era restrita a uma camada restrita do meio universitário

norte americano. Em 27 de fevereiro de 2006, o Facebook passou a aceitar também

estudantes secundaristas e algumas empresas. Desde 11 de setembro de 2006,

apenas usuários com 13 anos de idade ou mais podem ingressar. Os usuários

podem se juntar em uma ou mais redes, como um colégio, um local de trabalho ou

uma região geográfica.

A organização de interface principal das duas redes, depois do lançamento do

“Novo Orkut” no final de 2009 é muito semelhante. Antes, o Orkut era, ao menos em

aparência, bem diferente do Facebook. Mesmo que recentemente a página principal

do Facebook também tenha sofrido algumas alterações, ainda assim as aplicações

continuam idênticas.

2.7.1.2. YOUTUBE

O YouTube é um site que permite que seus usuários carreguem e compartilhem

vídeos em formato digital. É o mais popular site do tipo, com mais de 50% do

mercado em, devido à possibilidade de hospedar quaisquer vídeos, exceto materiais

protegidos por copyright. Hospeda uma grande variedade de filmes, videoclipes e

materiais caseiros.

Hoje o YouTube se transformou em uma importante ferramenta de Marketing e

“E-Learning”, permitindo que vídeos digitais sejam produzidos e distribuídos de

forma fácil e rápida.

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Figura L – Youtube

2.7.1.3. FLICKR

Flickr é um site que permite aos usuários carregar e compartilhar imagens,

principalmente fotos. Inicialmente concebido para o grande público, a plataforma

oferece atualmente inúmeras oportunidades aos profissionais criativos em busca de

visibilidade na internet. Respeitando uma convenção de publicidade restrita, as fotos

devem ser originais e ser testemunha de um esforço criativo e artístico para atrair a

atenção da comunidade.

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Figura M – Flickr

O Flickr dispõe de várias ferramentas que permitem às empresas e aos

profissionais independentes divulgar através de imagens, seus produtos e serviços.

Os recursos da plataforma são mais direcionados aos fotógrafos, artistas em geral,

profissionais do turismo ou de imobiliárias e etc., que podem mostrar seus portfólios,

aumentar a visibilidade de suas imagens, encontrar outros profissionais, e

eventualmente vender fotos ao banco de imagens Getty Images, que é parceiro do

Flickr. Lojas virtuais também se utilizam da ferramenta para valorizar produtos que

apresentem um interesse visual.

2.7.1.4. TWITTER

Criado em 2006 por Jack Dorsey, o Twitter é um novo tipo de rede social, que

funciona como um mini-blog. Os usuários têm a possibilidade de postar e receber

textos curtos, de até 140 caracteres (tweets), que aparecem, em tempo real, no

alimentador de notícias (Feed) de quem solicita acompanhar as atualizações do

usuário. Os tweets podem ser feitos através do site do Twitter, por RSS, por SMS ou

por meio de um programa especializado para gerenciamento.

A ferramenta tem sido utilizada por grandes empresas para a divulgação de suas

marcas, através de constantes atualizações, ligando o consumidor a uma página

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onde possa encontrar mais informações sobre o serviço ou produto oferecido. Além

disso, o Twitter tem se mostrado um ótimo instrumento para o fortalecimento das

marcas no ambiente virtual, pois agrega seguidores que recebem as atualizações

enviadas pelas empresas, porém a prática ainda precisa ser melhor explorada.

Figura M – Twitter

“O serviço permite que as pessoas saibam instantaneamente o que está acontecendo em relação às coisas com as quais elas se importam. No melhor dos cenários, o Twitter torna as pessoas mais espertas, rápidas e eficientes” (EVAN WILLIAMS, diretor executivo e fundador).

Na prática, o Twitter se transformou numa grande central de informações rápidas

sobre trânsito, entretenimento, notícias, promoções, organização de eventos como

flash-Mobs, repercussão de fatos importantes, dia-a-dia de celebridades, cobertura

de eventos, anúncios de empregos, pedido de recomendações, troca de

informações entre pesquisadores e de professores com alunos, entre outros

assuntos.

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3. ESTUDO DE CASO: PLAKKER

Para a Copa do Mundo de 2010, contagiado pela paixão das pessoas pelo futebol

e por coleções de “figurinhas”, desenvolvi em conjunto com o designer Daniel

Medeiros e o web-designer Fábio Vinteira um projeto que une o melhor da arte e do

futebol. O nome do projeto, Plakker Album Geïlustreer, vem do africâner (uma das

onze línguas oficiais da África do Sul) e significa álbum de “figurinhas” ilustrado. Foi

o primeiro álbum virtual ilustrado já feito.

Ao todo são 67 ilustrações feitas por 33 artistas de 10 países, todos convidados,

sendo cada um responsável por ilustrar duas "figurinhas" de jogadores do último

mundial de futebol. O Álbum é dividido em três sessões: Brasil, com 25 craques da

seleção brasileira; Seleções, com 31 destaques dos times internacionais; e por fim,

Gold, com 10 jogadores que marcaram a história do futebol.

Figura N – Imagem ilustrativa “teaser”

A cada dia foram postadas novas figurinhas em um dos 25 sites parceiros

participantes. Sites de diversos países, relacionados a design, artes, comunicação e

afins, foram convidados: Thunderchunky, Thisblogrules, Updateordie, Brainstorm9,

Zupi, Ideafixa, Roc21, Caligraffiti, Promoview, NFGraphics, Chongas, Inspiredm,

entre outros.

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Figura O – Publicações das figurinhas nos sites e mídia espontânea

Para participar, os usuários interessados deviam fazer um cadastro no site para

iniciar um novo álbum. Ao achar uma “figurinha”, bastava clicar sobre a mesma,

estando “logado” no site www.plakker.net, para que esta fosse adicionada ao álbum.

Figura P – Página de entrada do site www.plakker.net

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Figura Q – Primeira parte do álbum

Figura R – Primeira parte do álbum com figurinha do Ronaldinho Gaúcho em destaque

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Figura S – Segunda parte do álbum com figurinha do Rooney em destaque

Figura T – Terceira parte do álbum com figurinha do Pelé em destaque

Para estimular o acompanhamento e potencializar a viralização do projeto, as

datas e locais das postagens das figurinhas foram disponibilizadas no hotsite, no

twitter e no facebook. Como premiação, reforçando a atratividade, o projeto contou

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com a parceria da revista Zupi, especializada em design, que ofereceu uma revista

para os 70 primeiros a completar o álbum.

A última figurinha, de número 1, foi eleita em um concurso, feito no site, da melhor

ilustração de um brasão para Seleção Brasileira. O vencedor foi premiado com 5

revistas Zupi, um DVD e um livro.

O projeto só pode ser feito por meio da colaboração que ocorreu entre todos

envolvidos. Durante um mês o projeto foi apresentado a diversos artistas e sites, que

foram convidados a participar como parceiros. Por não ter fins lucrativos e um alto

potencial de viralização, conseguimos que todos envolvidos doassem seus

trabalhos. A idealização, a produção do site e a divulgação nas mídias sociais foram

feitas pela equipe. Os artistas doaram as artes, os sites e blogs fizeram uma

publicação das figurinhas nas datas determinadas e a Zupi doou a premiação.

Um projeto que deveria ter um custo superior a R$ 50.000,00, por ter sido feito

por meio da colaboração e utilizando estratégias de divulgação na internet,

principalmente nas mídias sociais, teve um custo financeiro de R$ 300,00, referente

ao aluguel de hospedagem do hotsite por seis meses, a compra do domínio

(www.plakker.net) e o envio das premiações.

O objetivo não era fazer um projeto financeiramente rentável, mas sim explorar o

retorno intangível, obtido por meio do aumento de visibilidade para todos envolvidos,

a criação de uma rede altamente segmentada incluindo diversos profissionais e

veículos especializados e que também obteve 5000 e-mails cadastrados e 1000

amigos no Facebook e seguidores no twitter, além da experiência de elaborar e

executar um o projeto que alcançou visibilidade mundial no segmento de arte digital.

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4. CONCLUSÃO

Em muito pouco tempo a utilização dessas mídias vai estar na lista das principais

estratégias de um grande número de empresas, mas usar tecnologia não é sinônimo

de sucesso, pois inúmeras variáveis devem ser consideradas. Em um ambiente em

que a relevância cada vez mais parece ser a palavra de ordem, a capacidade de

análise do potencial de viralização da idéia a ser disseminada é um dos principais

diferenciais para que sejam traçadas as estratégias de marketing nos meios digitais.

Essas mídias são um fenômeno muito recente e ainda não se tem o

conhecimento suficiente para entender todo seu mecanismo em relação ao

comportamento humano, seu impacto na sociedade e também de extrair o seu

proveito máximo.

Existem muitas ferramentas disponíveis que podem apoiar as empresas de várias

formas, como por exemplo: aumentar vendas, divulgar a marca, interagir com

clientes, renovar produtos, conhecer melhor o mercado, descobrir nichos não

explorados, inovar, enfim, tudo para que a empresa possa estabelecer sua presença

digital, aparecendo no local certo, na hora certa e para as pessoas certas, caso

deseje.

As empresas precisam entender o consumidor e respeitá-lo, não como um vetor,

mas sim como um indivíduo e suas necessidades. As empresas precisam conseguir

entender o nível de participação que os clientes têm e podem ter em seu negócio,

para, assim, gerar lucros, potencializar clientes e criar valor. Basta compreender que

com trabalho de relacionamento, o lucro não é imediato, mas constante. E, as

agências e principalmente os profissionais de planejamento estratégico digital, tem

que estar ao lado de seus clientes nessa mudança de comportamento.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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