Upload
francisco-pereira
View
264
Download
3
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
FRANCISCO CARLOS PEREIRA
DESIGN INSTRUCIONAL DO CURSO VIRTUAL
NOSSAS RAÍZES ANCESTRAIS
Santos – SP 2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
FRANCISCO CARLOS PEREIRA
DESIGN INSTRUCIONAL DO CURSO VIRTUAL
NOSSAS RAÍZES ANCESTRAIS
Monografia submetida à banca examinadora do curso de pós-
graduação lato sensu em Design Instrucional para EaD Virtual
como requisito para obtenção do título de Especialista em
Design Instrucional.
Orientadora: Profa. Dra. Valquíria Claret dos Santos
Santos – SP 2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
FRANCISCO CARLOS PEREIRA
DESIGN INSTRUCIONAL DO CURSO VIRTUAL
NOSSAS RAÍZES ANCESTRAIS
Monografia aprovada por banca examinadora em 03 de dezembro de 2011.
Banca Examinadora:
Profa. Dra. Valquíria Claret dos Santos
Prof. Dr. Rogério Melloni
Profa. Ma. Daniela Rocha Teixeira
Santos – SP 2011
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia à minha esposa Juss Ariane e meus filhos Larissa e
Gabriel pela paciência, compreensão, admiração, respeito e incentivo ao meu
esforço profissional neste e em muitos momentos de minha vida.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, nossa fonte suprema de força e inspiração e a todos
que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização desta monografia,
especialmente aos amigos Rodrigo Carlos Marques Pereira, Joacir Carvalho Leite
e Isabel Ferreira Aguiar Guimarães, pelo apoio e colaboração em todos os
momentos.
À Universidade Federal de Itajubá, pela qualidade e excelência do Curso de
Especialização em Designer Instrucional para EaD Virtual, resultante do
profissionalismo exercido pela sua coordenação e equipe de professores e tutores.
À minha orientadora, Profa. Dra. Valquíria Claret dos Santos, que tanto
contribuiu na elaboração e melhoria desta monografia.
.
“A ninguém deve ser negada a oportunidade de aprender,
por ser pobre, geograficamente isolado, socialmente
marginalizado, doente, institucionalizado ou qualquer outra
forma que impeça o seu acesso a uma instituição. Estes são os
elementos que supõem o reconhecimento de uma liberdade
para decidir se quer ou não estudar”
(Charles Wedemeyer, apud Keegan, 1986)
RESUMO
A presente monografia baseia-se em fundamentos teóricos e práticos de design
instrucional, aplicados num curso ofertado na modalidade semi-presencial entitulado
Nossas Raízes Ancestrais. Ele aborda a necessidade de implementação da Lei
11.645 de 2008, tendo em vista a obrigatoriedade da inclusão do estudo da história
e da cultura afrobrasileira e indígena nas escolas de educação básica no Brasil.
Além disso, propõe uma revisão de conceitos a respeito desses grupos
populacionais – negros e índios – buscando, por meio de um debate amplo e
fundamentado nos referenciais críticos, alternativas de desconstrução e
reconstrução das práxis educacionais que permeiam o cotidiano pedagógico dos
cursistas. Para isso, é feita uma abordagem das competências e atribuições do
designer instrucional, bem como a metodologia empregada na construção do
referido curso, considerando seus dados gerais e específicos. A metodologia baseia-
se na análise do processo de ensino e aprendizagem da educação para as relações
étnico-raciais no Brasil, observando os elementos historicamente empoderados que
determinaram a construção desses conhecimentos por ora validados no currículo de
educação básica. Além disso, o curso tem metodologia fundamentada em
pressupostos construtivistas, de cunho sóciointeracionista. Trata-se, pois, de uma
metodologia dinâmica que possibilita ao cursista detectar problemas fundamentados
em dados estatísticos, imagens, filmes, músicas e outros recursos disponíveis. O
resultado é a criação de um curso de qualidade, permitindo colocar em prática os
fundamentos teóricos do trabalho de planejamento de um curso virtual e atendendo
aos requisitos de design instrucional desde a utilização de recursos como o mapa
de atividades, a matriz de DI e o storyboard, até o planejamento das atividades
teóricas e práticas. Mesmo havendo muitos pontos fortes ou positivos e alguns
fracos ou negativos, o DI do curso elaborado enseja constante monitoramento nas
etapas de planejamento e execução, permitindo o seu sucesso.
Palavras-chave: Design Instrucional – Práxis Educacionais – Metodologia Socio-
interacionista.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Storyboard da Aula 1
Figura 2 – Storyboard da Aula 1
Figura 3 – Storyboard da Aula 2
Figura 4 – Storyboard da Aula 2
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Cronograma das Atividades para Implantação do Curso Nossas Raízes
Ancestrais
Quadro 2 – Composição do custo total do Curso virtual Nossas Raízes Ancestrais
Quadro 3 - Mapa de Atividades do Curso Virtual Nossas Raízes Ancestrais
Quadro 4 – Matriz de Design Instrucional da Atividade 11
Quadro 5 – Matriz de Design Instrucional da Atividade 29
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância
ABNT – Associação Brasileira de Normas e Técnicas
AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem
BrOffice – O BrOffice é o nome do LibreOffice no Brasil. É uma suíte de aplicações
de escritório destinada tanto à utilização pessoal quanto profissional.
CNE – Conselho Nacional de Educação
DI – Design Instrucional EaD – Educação a Distância HTP – Hora de trabalho pedagógico IE – Instituição de Ensino JPEG – Joint Photographic Expert Group. É uma extensão de arquivo de imagem
fotográfica utilizada na Internet
MEC – Ministério da Educação e Cultural
Microsoft – Empresa fundada em 1975 por Bill Gates e Paul Allen NAPP – Núcleo de Apoio Pedagógico ao Professor PDF – Portable Document Format SEED - Secretaria de Educação a Distância TelEduc – Plataforma Virtual para desenvolvimento de cursos a distância TICs – Tecnologias de Informação e Comunicação UAB – Universidade Aberta do Brasil UNIFEI – Universidade Federal de Itajubá WEB – World Wide Web ZDP – Zona de Desenvolvimento Proximal ZDR – Zona de Desenvolvimento Real
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13
1 APRESENTAÇÃO DO CURSO E DO DESIGN INSTRUCIONAL ..................... 16
1.1 DADOS GERAIS DO PROJETO ............................................................ 16
1.1.1 Dados da organização / Instituição ....................................................... 16
1.2 DADOS ESPECÍFICOS DO PROJETO ................................................. 17
1.2.1 Tema .................................................................................................... 17
1.2.2 Justificativa ......................................................................................... 17
1.2.3 Objetivos gerais ................................................................................... 18
1.2.4 Público alvo ......................................................................................... 19
1.2.5 Conteúdo.. ........................................................................................... 19
1.2.5.1 Ementa .............................................................................................. 19
1.2.5.2 Tema .................................................................................................. 19
1.2.5.3 Metodologia ....................................................................................... 21
1.2.5.4 Avaliação .......................................................................................... 22
1.2.5.5 Cronograma ...................................................................................... 22
1.2.5.6 Orçamento ........................................................................................ 24
1.3 RECURSOS DE DESIGN INSTRUCIONAL VIRTUAL DO CURSO ...... 26
1.3.1 O Profissional Designer Instrucional ..................................................... 26
1.3.2 Mapa de Atividades .............................................................................. 28
1.3.3 Matriz de Design Instrucional ............................................................... 29
1.3.4 Storyboard ............................................................................................ 29
2 ANÁLISE DO DESIGN INSTRUCIONAL DO CURSO ....................................... 47
2.1 PLANEJAMENTO .................................................................................. 47
2.1.1 Teoria Pedagógica do Curso ............................................................... 47
2.1.2 Recursos Midiáticos .............................................................................. 49
2.1.3 Diversidade de Atividades, Papel do Designer Instrucional e Estilos de
Aprendizagem ....................................................................................... 51
2.1.4 Avaliação .............................................................................................. 54
2.2 RECURSOS DE DESIGN ................................................................... 57
2.2.1 O Mapa de Atividades .......................................................................... 58
2.2.2 A Matriz de Design Instrucional ........................................................... 60
2.2.3 O Storyboard ........................................................................................ 61
2.3 DIFERENCIAIS E RISCOS ................................................................. 62
2.3.1 Potencialidades .................................................................................... 64
2.3.2 Riscos .................................................................................................. 65
2.3.3 Recomendações pertinentes ............................................................... 65
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 67
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 70
13
INTRODUÇÃO
A expansão da Educação a Distância é reflexo de um contexto marcado
pelos fenômenos da Globalização e da Revolução Técnico-Científica, criando, dessa
forma, profundas transformações nas relações sociais e no mercado de trabalho,
gerando a necessidade pela busca de novas qualificações profissionais,
representando a crescente demanda em cursos de formação continuada, formação
técnica, graduação e pós-graduação.
Com o advento das novas tecnologias de informação e comunicação (TICs), a
Educação a Distância pode ser concebida como aquela que propicia a construção
do conhecimento valendo-se das potencialidades e recursos midiáticos,
especialmente os ofertados pela informática e internet. Diante de tal realidade,
FONSECA afirma que:
Hoje o áudio, o vídeo e a informática abrem espaço a outros instrumentos de
mediação. A Educação à Distância é frequentemente apresentada como
sinônimo de ensino a distância, educação aberta e a distância, ensino aberto,
flexível ou distribuído. Contudo com alguns autores, estas designações ainda
apresentam dificuldades em descrever com exatidão educação a distância. O
ensino está associado normalmente às atividades de transmissão de
informação, adestramento e treinamento. A educação enquadra-se numa
visão mais ampla, num processo ensino-aprendizagem que conduz o aluno a
participar ativamente na construção do conhecimento e no seu
desenvolvimento de seus potenciais intelectuais, laborais e sociais
(FONSECA, 2010, s/p.).
Esta monografia é uma proposta de planejamanto de design instrucional que
visa o desenvolvimento, a implementação e a avaliação de um curso virtual voltado
para a formação continuada de professores da rede municipal de ensino de Mont
Blanc (nome fictício). Nele serão desenvolvidas competências e habilidades
pedagógicas para aplicar a Lei 11.645 de 2008 na sala de aula, com a
implementação da história e cultura afro-brasileira e indígenas nas escolas de
Ensino Fundamental.
Trata-se, pois, de um projeto de grande relevância educacional e, por ser um
curso semi-presencial, com a maior parte da carga horária oferecida a distância,
representa uma nova possibilidade de estudo nos moldes da Educação a Distância.
14
Um fator importante a ser levantado aqui é a importância de se buscar
sempre uma qualidade educacional melhor, tal como ocorre nos cursos presenciais,
mas atentemos para o seguinte aspecto:
No que se refere aos sistemas de ensino à distância tradicionais, partimos
da evidência comprovada de que estão longe de ser prazerosos e lúdicos;
antes, pelo contrário, por sua própria estrutura organizativa, pede-se dos
estudantes muita força de vontade, sacrifício, disponibilidade e hábitos de
estudo. Para que funcione tal qual está estruturado, o ensino à distância
apela e tem de contar com a responsabilidade, e a capacidade de
autonomia e autocontrole, a liberdade, a independência e o desejo de se
comprometer do estudante (GUTIERREZ e PRIETO, 1994,p. 58).
Apoiada nos princípios teóricos e práticos da EaD, esta monografia tem como
objetivo geral apresentar e discutir o Design Instrucional de um curso virtual na
modalidade semi-presencial, como requisito de conclusão do curso de
Especialização em Design Instrucional para EaD Virtual da UNIFEI – Universidade
Federal de Itajubá – em parceria com a UAB – Universidade Aberta do Brasil.
Na elaboração do presente projeto instrucional foram desenvolvidas todas as
etapas necessárias, desde o planejamento até a implementação e avaliação.
Envolvendo uma equipe multidisciplinar atuando ao longo do projeto, destaca-se o
Designer Instrucional, profissional responsável pela mediação em todas as etapas,
desde o início até a sua conclusão.
O Design Instrucional aqui pode ser concebido como
a ação intencional e sistemática de ensino, que envolve o planejamento, o
desenvolvimento e a utilização de métodos, técnicas, atividades, materiais,
eventos e produtos educacionais em situações didáticas específicas, a fim
de facilitar a aprendizagem humana a partir dos princípios de aprendizagem
e instrução conhecidos (FILATRO, 2007, p.65).
Além disso, este projeto instrucional parte de uma abordagem socio-
interacionista e fundamenta-se no processo de ensino-aprendizagem do aluno por
meio do trabalho colaborativo, mediante o emprego de competências e critérios
específicos, utilizando critérios de qualidade. Neste caso, o que se quer,
efetivamente, é o êxito do projeto, uma vez que
15
Ao se desenhar um projeto de EAD, deve ser levado em conta [...] além da
forma, funcionalidade e qualidade dos materiais didáticos, produtos e
serviços oferecidos, que estes precisam provocar emoções e conquistar
pela originalidade (BITTENCOURT e OROFINO, 2006, p.39).
Para finalizar, a estrutura desta monografia apresenta as seguintes partes:
introdução, capítulo 1 (onde se faz uma apresentação dos dados gerais e
específicos do curso e do design instrucional), o capítulo 2 (onde se faz uma
apresentação da análise do design instrucional do curso, abordando o seu
planejamento, estilos de aprendizagem, formas de avaliação, recursos de DI, bem
como os diferenciais e riscos) e as considerações finais (onde são feitas algumas
sugestões relevantes para o aprimoramento do projeto instrucional e algumas
reflexões acerca dos resultados e aprendizagens adquiridas com a elaboração deste
projeto).
.
16
1 APRESENTAÇÃO DO CURSO E DO DESIGN INSTRUCIONAL
1.1 DADOS GERAIS DO PROJETO
1.1.1 Dados da organização / Instituição
O projeto referente ao curso Nossas Raízes Ancestrais será desenvolvido
junto à Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura Municipal de Mont Blanc
(nome fictício). A finalidade é atender aos seus professores da Educação
Fundamental num curso de formação continuada para instrumentalizá-los na
aplicação da Lei 11.645 de 2008 na sala de aula.
Para essa rede de ensino, o processo educacional fundamenta-se no conceito
de Durkheim, ao afirmar que:
Educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre aquelas que ainda não se encontram preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e desenvolver na criança um certo número de estados físicos, intelectuais e morais reclamados pela sociedade política, no seu conjunto, e pelo meio especial a que a criança, particularmente, se destina. (Durkheim 1978, p. 41).
Assim, a ação educacional deve convergir para certos aspectos considerados
essenciais à plena realização do ser humano, principalmente no que tange à
inserção:
no mundo das relações sociais regidas pelo princípio de igualdade e de
justiça social;
inserção no mundo das relações simbólicas, de forma a produzir e usufruir do
conhecimento, bens e valores culturais.
Na implementação da ação educacional citada anteriormente, a EaD
representa uma possibilidade a mais para os professores dessa rede de ensino,
que buscam formação pedagógica continuada, preferencialmente no horário de
serviço (HTP – hora de trabalho pedagógico) e ou então através da Internet, na
modalidade a distância.
A Prefeitura de Mont Blanc possui um espaço adequado para o
desenvolvimento, implementação e gestão do curso Nossas Raízes Ancestrais.
Trata-se do Núcleo de Atendimento Pedagógico ao Professor (NAPP). Nele atua
17
uma equipe multidisciplinar com formadores pedagógicos de todas as disciplinas
que compõem a matriz curricular do Ensino Fundamental. Além disso, há um
secretário e um técnico em informática.
Quanto a infraestrutura, o NAPP apresenta:
um amplo laboratório de informática com trinta computadores de última
geração, todos equipados com webcam, microfone, leitor e gravador de
CD/DVD e acesso à Internet, através de banda larga;
um auditório com capacidade para cento e cinqüenta pessoas;
uma biblioteca com cerca de mil e duzentos livros e mesas para leitura e
atividades em grupo;
sala de atendimento aos cursistas;
sala para reuniões administrativas e pedagógicas;
rampa de acesso para cadeirantes.
Contando com os recursos humanos e infraestrutura disponíveis no NAPP, o
projeto referente ao Curso Virtual Nossas Raízes Ancestrais tem plenas condições
para ser desenvolvido e implementado, pois, apesar de possuir maior parte da carga
horária a distância, seus cursistas poderão utilizar os espaços físicos e
computadores com Internet em encontros presenciais.
1.2 DADOS ESPECÍFICOS DO PROJETO
1.2.1 Tema
Entitulado “Nossas Raízes Ancestrais”, o curso virtual aborda a necessidade
de implementação da Lei 11.645 de 2008, tendo a vista a obrigatoriedade da
inclusão do estudo da história e da cultura afrobrasileira e indígena nas escolas de
educação básica em todo o país.
1.2.2 Justificativa
A nação brasileira é multirracial e, portanto, multicultural. Tal diversidade
mostra um país onde há uma fabulosa riqueza cultural, manifestada em diversos
segmentos, tais como a literatura, a música, as artes plásticas, a culinária, a
religiosidade, o vocabulário (expressões linguísticas), moda e outros, mas, aos
18
mesmo tempo, esconde uma dura realidade, camuflada pela ideia equivocada de
uma democracia racial no Brasil. No entanto, as estatísticas revelam outra realidade:
negros, pardos e indígenas apresentam indicadores sociais em notável discrepância
com o que ocorre com os brancos, evidenciando situações de preconceito e
discriminação e discriminação étnico e socioeconômico.
Somente o quadro de exclusão social e seu reflexo econômico na população
brasileira não dê conta da explicação dos “porquês” da situação prevalente de
vulnerabilidade na qual se encontram as populações negra e indígena no Brasil.
Por conta dessa e de outras tantas questões, o presente curso vem propor
uma revisão de conceitos a respeito desses grupos populacionais – negros e índios
– buscando, por meio de um debate amplo e fundamentado nos referenciais críticos
e pós-críticos, alternativas de desconstrução e reconstrução das práxis educacionais
que permeiam o cotidiano pedagógico de todos os professores participantes.
Diante da realidade acima descrita, é que a lei 11.645 de 2008 está
alicerçada, assumindo o papel de legitimar de reconhecer e resgatar o valor da
contribuição de afrodescendentes e indígenas na construção da nação brasileira. E
isso deve ser assumido através da educação em seus diversos níveis de
estruturação e desenvolvimento. A melhor maneira de formar consciência cidadã de
respeito e valorização às diferentes etnias é através da escola.
1.2.3 Objetivos gerais
Analisar os preceitos contidos na Lei 11.645 de 2008 e regulam a
implementação do estudo da história e da cultura afrodescendente e indígena nas
escolas de educação básica no território brasileiro. A partir de tal análise, o curso
objetiva instrumentalizar professores que se tornarão multiplicadores de novos
conceitos e visões que contribuirão para a desconstrução de mitos acerca da
condição social de descendentes de negros de origem africana e de indígena no
Brasil. Ao mesmo tempo, tais professores terão condições de promover atividades e
discussões no ambiente escolar e na comunidade onde está inserido, visando a
mudança de postura por parte não só dos alunos e seus familiares mas,
principalmente, de toda a comunidade escolar, englobando aí os professores, equipe
de gestores técnico-pedagógicos, funcionários.
19
1.2.4 Público alvo
O público alvo é interno, ou seja, formado por professores de História,
Geografia, Artes e Língua Portuguesa do Ensino Fundamental , da rede municipal
de ensino de Mont Blanc (nome fictício). Nenhum dos professores tem necessidades
especiais, tanto do ponto de vista físico (auditivo ou visual) como também mental.
1.2.5 Conteúdo
1.2.5.1 Ementa:
O curso aborda a história e a cultura afrodescendente e indígena e, para isso,
constrói conceitos fundamentais que desmistificam a visão européia imposta pelas
elites dominantes ao longo da história brasileira, visando instrumentalizar seus
participantes na implementação da Lei 11.645 de 2008.
1.2.5.2 Tema:
O curso tem como tema a História e Cultura Afro-brasileira e Indígena. Ele tem
36 horas está organizado em 5 aulas a seguir:
Aula 1 - Formação docente continuada na EaD (4 horas)
Sub-temas:
Os desafios da Educação a Distância na formação docente
Recursos de ensino e aprendizagem do TelEduc disponíveis em seu AVA
Aula 2 – Convivendo com as diferenças: integração étnico-racial no Brasil
(8 horas)
Sub-temas:
Conceito de etnia, raça, preconceito e discriminação
O exercício da alteridade
O mito da “democracia racial” no Brasil
20
A lei 11.645 de 2008 e sua implementação nas escolas de Educação Básica
no Brasil
Aula 3 - História e cultura dos povos indígenas no brasil (6 horas)
Sub-temas:
Construção das Sociedades Indígenas: O Brasil antes de Cabral
Construção das Sociedades Indígenas: Descoberta ou invasão?
Construção das Sociedades Indígenas:
Tutela, invasões e reconhecimento
Aula 4 - História e cultura afro-brasileira (9 horas)
Sub-temas:
O tráfico negreiro para o Brasil e a escravidão
Os povos africanos e a cultura afro-brasileira na construção do país: heranças
culturais
Abolicionismo e Lei Áurea: da rebeldia escrava à abolição e suas
consequências nos dias atuais
Fim do escravismo: da discriminação e exclusão à luta pela igualdade e
representatividade
Os quilombos ontem e hoje: de Palmares às comunidades quilombolas
remanescentes
Ancestralidade e religiosidade: a alma da África no Brasil e o entendimento
dos sincretismos
Aula 5 - Realidade atual e a construção do futuro (9 horas) Sub-temas:
Construir o próprio futuro: conclusão
Auto-avaliação e avaliação do curso
21
1.2.5.3 Metodologia
Baseia-se na análise do processo de ensino e aprendizagem da educação
para as relações etnicorraciais no Brasil, observando os elementos historicamente
empoderados que determinaram a construção desses conhecimentos por ora
validados no currículo de educação básica.
A metodologia desse curso fundamenta-se em pressupostos construtivistas,
de cunho sociointeracionista. Assim, sua concepção é que nenhum conhecimento é
algo acabado e imutável. Na realidade, o cursista constrói significados e define
sentidos a partir da sua própria realidade, considerando suas experiências de vida.
Dessa forma, ele pode produzir novos significados, ampliando o seu nível de
conhecimento.
Trata-se, pois, de uma metodologia ativa que possibilita ao cursista detectar
problemas fundamentado em dados estatísticos, imagens, filmes, músicas e outros
recursos disponíveis e relatos de experiências.
Temos como eixo fundamental o pensamento reflexivo, crítico, produtivo e
articulado à realidade, sempre de forma contextualizada.
O material didático e as atividades propostas distribuem-se ao longo das
cinco aulas estruturadas numa abordagem interdisciplinar.
O ambiente virtual de aprendizagem propicia uma constante interação, tendo
em vista o material didático disponibilizado, tais como textos e vídeos. Da mesma
forma, são propostas de atividades práticas tais como fóruns de discussão,
produções textuais, análise de imagens, pesquisas bibliográficas e demais recursos
disponíveis, buscando atender aos diversos estilos de aprendizagem, definidos por
Alonso; Gallego e Honey, (2002) como o estilo ativo que valoriza dados da
experiência, entusiasma-se com tarefas novas e é muito ágil; o estilo reflexivo que
atualiza dados, estuda, reflete e analisa; e o estilo teórico que é lógico, estabelece
teorias, princípios, modelos, busca a estrutura, sintetiza e o estilo pragmático, pois
aplica a idéia e faz experimentos.
O feedback aos alunos e a interatividade serão realizados mediante a atuação
de tutores a distância, os quais acompanharão a trajetória dos cursistas,
estimulando-os na participação dos fóruns de discussão e auxiliando-os no
manuseio do ambiente virtual de aprendizagem, nas instruções simplificadas para a
22
realização das atividades práticas, bem como o cumprimento dos prazos, conforme
calendário previsto no curso.
1.2.5.4 Avaliação
A avaliação é parte integrante da proposta do Curso sendo realizada ao longo
do processo, com base nos critérios previamente apresentados aos cursistas nas
atividades propostas ao longo dos seis módulos.
Em cada módulo os cursistas terão atividades avaliativas individuais e em
equipe. Nas atividades individuais serão avaliados o atendimento à proposta
formulada, a coerência e a coesão na produção textual, a utilização da norma culta
da Língua Portuguesa, a citação de fontes e a utilização da normas da ABNT.
A avaliação do aluno será expressa em uma nota de 0 a 100, de acordo com
os critérios abaixo e será considerado aprovado o aluno que obtiver nota superior a
70.
As atividades teóricas, apesar de não avaliativas, são pré-requisito para a
elaboração satisfatória e eficiente das atividades práticas que são todas obrigatórias.
1.2.5.5 Cronograma
O curso tem seu projeto estruturado num cronograma que prevê cinco fases:
a análise, o design, o desenvolvimento, a implementação e avaliação em vinte
semanas, conforme o que se observa na tabela referente ao Quadro 1.
A identificação das necessidades de aprendizagem e do público-alvo devem
ser concluída em uma semana. A fase do design, ou seja, o desenvolvimento do
mapa de atividades,da matriz de design instrucional e a elaboração do storyboard
devem ser concluída em três semanas. A fase do desenvolvimento, ou seja,
produção do material didático e a adaptação dos recursos para o ambiente virtual
devem ser concluída em até oito semanas. A fase da implementação, ou seja, da
disponibilização das unidades de aprendizagem de ser concluída em nove semanas.
E, finalmente, a fase da avaliação da efetividade do curso deve ser concluída em
duas semanas.
23
Quadro 1 - Cronograma das Atividades para Implantação do Curso
Atividades
SEMANAS
01
02
03
04
05
06
07
08
09
110
111
112
113
114
115
116
117
118
119
220
221
222
223
Fase 1 - Análise
Identificação das necessidades de
aprendizagem e do público-alvo
XX
X
Fase 2 - Design
Desenvolvimento do mapa de atividades
X X
X X
Desenvolvimento da matriz de design
instrucional
XX
X X
Elaboração do storyboard
X
X X X
Fase 3 - Desenvolvimento
Produção do material didático
X
X X
X X
X X
X X
X
Adaptação dos recursos para o ambiente virtual
X
X X
X X
X X
X X
X X
X X
X
Fase 4 - Implementação
Disponibilização das unidades de
aprendizagem X X
XX
XX
XX
XX
XX
XX
XX
XX
XX
X
Fase 5 - Avaliação
Avaliação da efetividade do curso
X X
X X
X
24
1.2.5.6 Orçamento
A previsão orçamentária desse curso está estimada em R$ 40.690,00
(quarenta mil e seiscentos e noventa reais), conforme as especificações constantes
no Quadro 2. Esse valor estimado levou em consideração os valores de mercado
relativos aos recursos humanos e despesas com implementação, infraestrutura e
gestão do curso.
A instituição a que se destina o curso é a Secretaria de Educação da
Prefeitura Municipal de Mont Blanc. A carga horária total é de 36 horas, ofertando
um total de 40 vagas e com previsão de duração de dois meses.
Quadro 2 – Composição do custo total do curso Nossas Raízes Ancestrais
INSTITUIÇÃO: Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal de
Mont Blanc
CURSO: Nossas Raízes Ancestrais
RESPONSÁVEL: Elísio Vieira NÚMERO DE VAGAS: 40
CARGA HORÁRIA TOTAL: 36 horas DURAÇÃO TOTAL: 2 meses
ITEM QUANT. VALOR
UNITÁRIO
VALOR
FINAL
Des
ign
/
Des
en
vo
lvim
en
to
Designer Instrucional 1 4.000,00 4.000,00
Professor Conteudista 2 1.500,00 3.000,00
Web designer 1 1.200,00 1.200,00
Ilustrador 1 1.200,00 1.200,00
Roteirista 1 1.200,00 1.200,00
Revisor 1 1.200,00 1.200,00
Produtor de Mídias 1 1.200,00 1.200,00
25
Imp
lem
en
taç
ão
Professor Conteudista 2 1.500,00 3.000,00
Designer Instrucional 1 3.000,00 3.000,00
Tutor 2 1.500,00 3.000,00
Suporte TI 1 1.200,00 1.200,00
Revisor 1 1.200,00 1.200,00
Capacitação equipe 1 1.200,00 1.200,00
Transporte 0 0 0
Diárias 0 0 0
Infr
ae
str
utu
ra d
e T
I
Servidor / Hospedagem 1 90,00 90,00
Computador 3 1.100,00
Software / Licença 1 650,00 650,00
Equipamentos de Comunicação 2 300,00 600,00
Impressora 1 500,00 500,00
Ge
stã
o /
Ad
min
istr
aç
ão
Administrador 1 2.800,00 2.800,00
Coordenador EaD 1 2.800,00 2.800,00
Coordenador Pedagógico 1 2.800,00 2.800,00
Secretária 1 1.200,00 1.200,00
Financeiro 1 1.200,00 1.200,00
Marketing 1 1.200,00 1.200,00
Des
pesa
s d
e F
un
cio
nam
en
to Material de Escritório 1 250,00 250,00
Certificados 40 180,00 180,00
Telefone 1 120,00 120,00
Energia Elétrica 0 150,00 150,00
Água 5 0 0
Correio 0 0 0
Serviço de Limpeza 2 550,00 550,00
Aluguel de Salas 0 0 0
CUSTO TOTAL: 40.690,00
26
1.3 RECURSOS DE DESIGN INSTRUCIONAL VIRTUAL DO CURSO
1.3.1 O profissional Designer Instrucional
O Designer Instrucional é o responsável em propor soluções educacionais
específicas para a Educação a Distância, com propostas de ensino adequadas aos
ambientes virtuais de aprendizagem e na produção de materiais didáticos para a
educação a distância online e offline. Trata-se, pois, do profissional com
conhecimentos pedagógicos e que compreende a linguagem própria da EaD, ou
seja, os diversos métodos de instrução que facilitam o aprendizado humano (Charles
Reigeluth, 1999).
Para Amaral (2007), são competências inerentes ao exercício da função de
Designer Instrucional:
ter conhecimentos específicos em educação a distância;
aplicar tecnologias interativas em processos de ensino e aprendizagem, tais
como jogos educativos, vídeos, textos colaborativos etc.;
colaborar com a equipe de profissionais para o entendimento necessidades
do projeto e quais seus os requisitos necessários para sua implementação;
ser pró-ativo;
ter forte senso de auto-motivação e saber trabalhar em equipe exercendo
papel de articulador;
conhecer as diversas concepções de aprendizagem de adultos, de currículo,
e de produção de material de aprendizagem online e impresso.
Em sua formação, segundo Amaral (2007), o designer instrucional deve ter,
conforme as exigências do mercado, ensino superior completo, preferencialmente
em Pedagogia, Jornalismo, Letras, Comunicação ou Cinema. Além disso, é
desejável que ele tenha pós-graduação em EaD, especificamente em Designer
Instrucional e ou em Planejamento, Implementação e Gestão da EaD. Outra
exigência, é que ele tenha conhecimento em informática e de ferramentas Web, tais
27
como navegadores, e-mails, chats, fóruns e blogs) e aplicativos da Microsoft e ou do
BrOffice.
O Designer Instrucional é uma atividade profissional que está em crescente
expansão no mercado, uma vez que a educação a distância vem conquistando um
espaço cada vez maior, não somente no Brasil mas em diversos países.
De acordo com o Relatório Analítico da Aprendizagem a Distância no Brasil,
organizado pela ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância), o designer
instrucional pode exercer suas funções nas seguintes instituições:
Fornecedores de produtos e serviços para instituições que praticam EaD;
Instituições que praticam cursos livres;
Instituições credenciadas pelo Sistema Nacional de Educação – Ministério da
Educação (MEC) e Conselho Nacional de Educação (CNE) – nos níveis de
graduação e pós-graduação;
Empresas que praticam educação corporativa na formação de seus próprios
funcionários e colaboradores.
Para Filatro (2004) o designer instrucional planeja, desenvolve e utiliza
métodos, técnicas, atividades materiais, eventos e produtos educacionais a partir de
determinados princípios de aprendizagem e instrução.
Outrossim, o DI é um integrador multidisciplinar, com grande capacidade de
coordenação entre os diversos profissionais envolvidos em projetos educacionais
voltados para a modalidade a distância, utilizando para isso, recursos de design na
aplicação estratégica no planejamento e implementação de cursos em EaD.
A produção e apresentação de material didático apresenta diversos modelos
utilizados em EaD. No caso do Brasil, o modelo mais adotado é aquele que começa
com o professor conteudista, o qual tem a responsabilidade de produzir o conteúdo
que é trabalhado pelo designer instrucional e pelo webdesigner. Este tem a função
focada no projeto de criação do web site e de todos os documentos e recursos
disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem na web.
A etapa final é a disponibilização de tudo o que foi produzido para o aluno, o
qual conta com o apoio de um tutor. Apesar da existência de diversos modelos, é
comum haver mais de um profissional envolvido em cada etapa na criação de um
28
curso. De qualquer forma, é importante ressaltar que numa equipe multidisciplinar,
deve-se respeitar as competências e especificidades de cada profissional, havendo
entre eles um constante exercício de cooperação e colaboração no processo de
produção do material didático e do curso a distância como um todo.
Além do professor conteudista, do designer instrucional e do webdesigner,
outros profissionais compõem a equipe multidisciplinar: o tutor (presencial e ou a
distância), o coordenador geral, o coordenador pedagógico, o revisor linguístico e o
suporte técnico.
São ferramentas do Designer Instrucional o Mapa de Atividades, a Matriz de
Design Instrucional e o Storyboard. Elas têm a finalidade de simplificar a aplicação
de estratégias e de planejamento em cursos a distância. Elas visam integrar as
ações da equipe multidisciplinar, organizando e facilitando o produção de atividades
pedagógicas apropriadas ao projeto educacional.
1.3.2 Mapa de Atividades
O planejamento de um curso a distância exige bastante cuidado em seu
processo didático-pedagógico, pois este deve ser estruturado em diversos níveis de
hierarquia, como a sua concepção, o conteúdo adequado,o tratamento pedagógico e
favorecimento das diferentes atividades (RUIZ e CORDEIRO, 1997), além do
processo de avaliação do cursista.
Assim, o mapa de atividades torna-se uma ferramenta que representa as
ações estratégicas adotadas no curso a distância. Nele é possível visualizar
informações indispensáveis para que o processo de ensino e aprendizagem seja
conduzido com eficiência e eficácia, pois mostra todos as etapas de criação de
atividades, bem como seus recursos e ferramentas. Além disso, ele orienta e
descreve o resultado a ser atingido pelos alunos. As atividades práticas nele
indicadas devem ser criativas, contextualizadas e bem definidas em seus critérios.
Por sua vez, as atividades teóricas devem atender as especificidades da EaD,
mediante o emprego de diversas técnicas e estratégias, com a inclusão de recursos
verbais e não verbais como potencializadores de uma educação bem sucedida. Com
isso, a equipe multidisciplinar que planeja o curso, avança no seu trabalho aplicando
o modelo traçado pelo mapa de atividades, mediante o emprego de recursos
29
tecnológicos adequados para dar suporte ao curso, em qualquer AVA onde ele seja
desenvolvido e implementado.
1.3.3 Matriz de Design Instrucional
Nessa ferramenta as atividades dinâmicas do curso são detalhadas e facilitam
a interpretação dos diversos objetivos especificados nas atividades práticas. Além
disso, apresenta um desmembramento das atividades práticas citadas no Mapa de
Atividades, visando orientar a equipe multidisciplinar quanto a aplicação correta das
mesmas. Nesse sentido, FILATRO afirma que:
“A matriz de DI tem como finalidade definir quais atividades serão
necessárias para atingir os objetivos, bem como elencar quais conteúdos e
ferramentas serão precisos para a realização das atividades. Podemos
também estabelecer como se dará a avaliação do alcance dos objetivos. A
matriz permite ainda verificar quais serão os níveis de interação entre o
aluno e os conteúdos, as ferramentas, o educador e os outros alunos e que
tipo de ambiente virtual será necessário para o desempenho das
atividades”. (FILATRO, 2004, p.104).
Outrossim, na matriz de design instrucional é possível definir a duração e o
período das atividades teóricas e práticas propostas no curso.
1.3.4 Storyboard
É a ferramenta produzida pelo designer instrucional que nos dá uma visão
nítida do ambiente virtual de aprendizagem do curso, representando sua
visualização estratégica num sentido amplo (macro) ou restrito (micro). Nesse
sentido, considera-se que:
A prática de conceber e implementar soluções educacionais ocorre em
diferentes níveis. No nível macro, define-se uma direção comum a todas as
experiências de aprendizagem de uma instituição, departamento ou
programa (expresso, por exemplo, no projeto pedagógico) ou ainda, se
pensarmos nas ações governamentais, definem-se as diretrizes que serão
adotadas em âmbito nacional, estadual ou municipal. No nível meso, o
design instrucional se ocupa da estruturação de programas, cursos ou
30
disciplinas. Por fim, no nível micro, ele trabalha com o design fino das
unidades de estudo.
Fonte: Filatro, Andrea – Design Instrucional na Prática: pgs. 3 e 4.
Partindo da perspectiva do projeto instrucional do curso, o storyboard
possibilita o seu gerenciamento, pois mantém os custos sob controle, diminui os
riscos de replanejamento, torna uniforme a comunicação com a equipe
multidisciplinar e, para o DI, é um valioso recurso.
O storyboard mostra a organização e possibilita melhor compreensão de
todas as etapas de produção de um curso, com informações necessárias para a
equipe multidisciplinar de produção. Seu layout é bastante flexível, mas sua marca
registrada é a linguagem visual, com a utilização de cores, símbolos ou ícones,
imagens, gráficos e tabelas. Seu objetivo maior é garantir a qualidade do material
didático e, principalmente, do curso planejado.
. Dessa forma, no curso Nossas raízes ancestrais: história e cultura afro-
brasileira e indígena, foram desenvolvidas essas três ferramentas de Design
Instrucional, propiciando as diversas etapas do seu planejamento.
O Mapa de Atividades do curso está estruturado, conforme o quadro 3, em
cinco aulas a saber:
1 - Formação docente continuada na EaD
2 - Convivendo com as diferenças: integração étnico-racial no Brasil
3 - História e cultura dos povos indígenas no Brasil
4 - História e cultura afro-brasileira
5 - Realidade atual e a construção do futuro
Ao longo das cinco aulas há um total de trinta e duas atividades teórico-
práticas.
31
Quadro 3 - Mapa de Atividades do Curso Nossas Raízes Ancestrais
Aula / Período
(duração)
Unidade (Tema
principal)
Sub-unidades (Sub-temas)
Objetivos específicos
Atividades teóricas e recursos/ferramentas de
EaD
Atividades práticas e recursos/ferramentas de
EaD
Aula 1
4 h
(5 dias)
FORMAÇÃO DOCENTE
CONTINUADA NA EaD
- Os desafios da Educação a Distância na formação docente - Recursos de ensino e aprendizagem do TelEduc disponíveis em seu AVA
- Compreender os desafios da EaD na formação docente - Conhecer os recursos de ensino e aprendizagem disponíveis no AVA do TelEduc
Atividade 1 – Assistir ao vídeo “TV Sala - EAD e a Formação de professores”. Recurso: Vídeo da Web disponível no link http://www.youtube.com/watch?v=sRB6fPsl6Ac&feature=related
Ferramenta: Material de Apoio
Atividade 2 - Preenchimento do perfil do aluno e inclusão de foto (não avaliada) Ferramenta: Configurar Avaliativa: Não / Duração: 3 dias Atividade 3 - Fórum de apresentação e expectativas em relação ao curso: “Quem sou eu e o que espero deste curso de formação continuada em EaD?” Ferramenta: fóruns de discussão Duração: 3 dias / Avaliativa: Sim Valor: 10 pontos (peso 1) Critérios: - postar mensagem com até 70 palavras; - utilizar a norma culta da Língua Portuguesa. Atividade 4 - Produção textual sobre o título: Formação continuada através da EaD – prós e contras, com publicação no portfólio individual Ferramenta: material de apoio portfólio
32
Aula / Período
(duração)
Unidade (Tema
principal)
Sub-unidades (Sub-temas)
Objetivos específicos
Atividades teóricas e recursos/ferramentas de
EaD
Atividades práticas e recursos/ferramentas de
EaD
Duração: 3 dias / Avaliativa: Sim Valor: 10 pontos (peso 2) Critérios: - seguir folha modelo disponibilizada na ferramenta Material de Apoio - produção textual com coerência e coesão; - seguir a norma culta da Língua Portuguesa.
Aula / Período
(duração)
Unidade (Tema principal)
Sub-unidades (Sub-temas)
Objetivos específicos Atividades teóricas e
recursos/ferramentas de EaD Atividades práticas e
recursos/ferramentas de EaD
Aula 2
8 h (12 dias)
CONVIVENDO COM AS
DIFERENÇAS: IINTEGRAÇÃO
ÉTNICO-RACIAL NO BRASIL
- Conceito de etnia, raça,preconceito e discriminação - O exercício da alteridade - O mito da “democracia racial” no Brasil - A lei 11.645 de 2008 e sua implementação nas
- Conceituar, mediante pesquisas, os conceitos de etnia, raça, preconceito e discriminação
- Analisar as diversas formas de preconceito e discriminação étnico-racial em nossa sociedade - Apontar situações do nosso cotidiano onde o
Atividade 5 - Assistir ao vídeo “Relações Étnico-raciais Recurso: vídeo da Web ” disponível no link http://www.youtube.com/watch?v=NmdS9a7tt6w
Ferramenta: Material de Apoio Atividade. 6 – Leitura do texto “A Questão Racial na Escola”
Atividade 9 - Pesquisa em dupla na internet: conceitos de etnia, raça, preconceito e discriminação. Publicar no portfólio da dupla. Ferramenta: Material de Apoio e Portfólio Duração: 7 dias / Avaliativa: Sim Valor: 10 pontos (peso 2) Critérios: - seguir folha modelo disponibilizada na ferramenta Material de Apoio;
33
Aula / Período
(duração)
Unidade (Tema principal)
Sub-unidades (Sub-temas)
Objetivos específicos Atividades teóricas e
recursos/ferramentas de EaD Atividades práticas e
recursos/ferramentas de EaD
escolas de Educação Básica no Brasil
exercício da alteridade serve para diminuir a intolerância étnico-racial - Discutir, mediante a citação de exemplos reais, a existência da “aparente democracia racial” no Brasil - Explicar a necessidade iminente da aplicação e implementação da Lei 11.645 de 2008 na sala de aula e na escola
Recurso: texto em pdf Ferramenta: Material de Apoio Atividade. 7 – Visualização e leitura crítica da charge sobre o racismo no Brasil Recurso: imagem em jpeg
Ferramenta: Material de Apoio Atividade 8 – Ouvir a música “Lavagem Cerebral” Recurso: letra e música da Web disponível no link http://www.youtube.com/watch?v=GbvAJPT3vjw
Ferramenta: Material de Apoio
- pesquisar em duas fontes diferentes (no mínimo); - citar as fontes consultadas; - seguir a norma Culta da Língua Portuguesa. Atividade 10 - Fórum de discussão: “A questão racial na escola” Ferramenta: Fóruns de Discussão Duração: 4 dias / Avaliativa: Sim Valor: 10 pontos (peso 2) Critérios: - postar mensagem inicial com até 70 palavras; - interagir com outros dois alunos diferentes postando mensagem de até 50 palavras; - utilizar a norma culta da Língua Portuguesa. Atividade 11 – produção de álbum com imagens coletadas na Internet transformando a música “Lavagem Cerebral! em linguagem pictórica. Ferramenta: Atividades e Portfólio Duração: 3 dias / Avaliativa: Sim Valor: 10 pontos (peso 2) Critérios: - em equipe de dois ou três cursistas; - mínimo de uma imagem para cada
34
Aula / Período
(duração)
Unidade (Tema principal)
Sub-unidades (Sub-temas)
Objetivos específicos Atividades teóricas e
recursos/ferramentas de EaD Atividades práticas e
recursos/ferramentas de EaD
verso da letra da música; - inserir legenda explicativa para todas as imagens; - criar slides em Power Point; - publicar o álbum no portfólio da equipe Atividade 12 - Palavras cruzadas com base no texto “A questão racial na escola” Ferramenta: Exercícios Duração: 2 dias / Avaliativa: Sim Valor: 10 pontos (peso 1) Critérios: - resolução da atividade somente após leitura do texto indicado; - serão permitidas apenas duas tentativas, considerando-se apenas a nota mais alta.
35
Aula /
Período (duração)
Unidade (Tema principal)
Sub-unidades (Sub-temas)
Objetivos específicos Atividades teóricas e
recursos/ferramentas de EaD Atividades práticas e
recursos/ferramentas de EaD
Aula 3
6 h
(8 dias)
HISTÓRIA E CULTURA DOS
POVOS INDÍGENAS NO
BRASIL
- Construção das Sociedades Indígenas:
O Brasil antes de Cabral - Construção das Sociedades Indígenas:
Descoberta ou invasão? - Construção das Sociedades Indígenas:
Tutela, invasões e reconhecimento
- Listar os diversos aspectos que marcaram o primeiro contato entre indígenas e portugueses - Descrever a construção histórica do Brasil antes e depois da chegada dos portugueses - Descrever a construção histórica do Brasil antes e depois da chegada dos portugueses
Atividade 12 – Visualização e leitura do mapa das tribos indígenas no século XVI Recurso: imagem jpeg
Ferramenta: material de apoio Atividade13 – Leitura do texto “Sociedades Indígenas e a Ação do Governo” Recurso: texto em pdf
Ferramenta: Material de Apoio Atividade 14 – Assistir ao vídeo “Cultura Indígena” Recurso: vídeo da Web disponível no link http://www.youtube.com/watch?v=uNgbcMQPBAI
Ferramenta: material de apoio
Atividade 15 – Pesquisa (em dupla) de três imagens retratando o contato entre indígenas e portugueses a partir do século XVI. Produção de texto (para cada imagem) analisando as consequências desse contato para os indígenas. Ferramenta: Atividades, Material de Apoio e Porffólio de grupo Duração: 5 dias / Avaliativa: Sim Valor: 10 pontos (peso 2) Critérios: - seguir folha modelo disponibilizada na ferramenta Material de Apoio; - pesquisar em duas fontes diferentes (no mínimo); - citar as fontes consultadas; - seguir a norma Culta da Língua Portuguesa. Atividade 16 - Fórum de discussão: A desconstrução das sociedades indígenas a partir da colonização portuguesa“ Ferramenta: Fóruns de Discussão Duração: 3 dias / Avaliativa: Sim Valor: 10 pontos (peso 2) Critérios: - postar mensagem inicial com até 70 palavras; - interagir com outros dois alunos diferentes
36
Aula / Período
(duração)
Unidade (Tema principal)
Sub-unidades (Sub-temas)
Objetivos específicos Atividades teóricas e
recursos/ferramentas de EaD Atividades práticas e
recursos/ferramentas de EaD
Aula 4
9 h
(15 dias)
HISTÓRIA E CULTURA
AFRO-BRASILEIRA
- O tráfico negreiro para o Brasil e a escravidão - Os povos africanos e a cultura afro-brasileira na construção do país: heranças culturais - Abolicionismo e Lei Áurea: da rebeldia escrava à abolição e suas consequências nos dias atuais - Fim do escravismo: da discriminação e exclusão à luta pela igualdade e representatividade - Os quilombos ontem e hoje: de Palmares às comunidades quilombolas remanescentes
- Criticar a prática do tráfico negreiro ocorrida ao longo de mais de três séculos - Identificar os contrastes sócio-culturais e étnicos nos povos africanos
- Compreender como ocorreu a construção do Brasil a partir da influência africana - Analisar, de forma crítica as consequências da Lei Áurea para os negros até os dias atuais - Compreender a real situação das comunidades quilombolas no Brasil - Justificar a legimitidade das comunidades quilombolas como meio de preservação da cultura afro-
Atividade 17 – Leitura do texto “ Viajando pela África e Conhecendo O Brasil: Os Desafios No Percurso De Implantação Da Lei 11645/08 Nos Anos Iniciais” Recurso: texto em pdf
Ferramenta: Material de Apoio Atividade 18 – Visualização e leitura do mapa do tráfico negreiro da África para as Américas Recurso: imagem jpeg
Ferramenta: Material de Apoio Atividade 19 – Visualização e leitura do mapa da escravidão no Brasil Recurso: imagem jpeg
Ferramenta: Material de Apoio Atividade 20 – Vídeo “Vista a minha pele” Recurso: vídeo da Web. disponível nos links http://www.youtube.com/watch?v=fNssyjM3_Y8 (1ª parte) http://www.youtube.com/watch?v=h_5MpJS6cKg&feature=related (2ª parte) http://www.youtube.com/watch?v=anBESp9o_G4&feature=related
Atividade 24 – Criação história em quadrinhos analisando as consequências do tráfico negreiro para África e as Américas, especificamente o Brasil. (avaliada). Publicar arquivo em pdf ou Power Point no portfólio da dupla Ferramentas: Atividades, Material de Apoio e Portfólio Duração: 4 dias / Avaliativa: Sim Valor: 10 pontos (peso 1) Critérios: - em dupla ou trio; - seguir folha modelo disponibilizada na ferramenta Material de Apoio; - produção textual em até 2 folhas; - seguir a norma culta da Língua Portuguesa; - trocar com o outro integrante da dupla, versões preliminares do texto através da ferramenta “Correio” -citar as fontes consultadas. Atividade 25 - Fórum de discussão: O exercício da alteridade a partir da situação abordada pelo vídeo Vista a minha pele“ Ferramenta: Fóruns de Discussão Duração: 3 dias / Avaliativa: Sim
37
- Ancestralidade e religiosidade: a alma da África no Brasil e o entendimento dos sincretismos
descendente no Brasil - Explicar os diversos elementos marcantes das religiões afro-descendentes e a ocorrência do sincretismo religioso
(3ª parte) Ferramenta: material de apoio Atividade 21 – Leitura do texto “Quilombos - espaço de resistência de homens e mulheres negras Recurso: texto em pdf
Ferramenta: Material de Apoio Atividade 22 – Visualização e leitura da tabela sobre a percepção da discriminação racial no Brasil Recurso: texto em pdf Ferramenta: Material de Apoio Atividade 23 – Assistir ao vídeo “O xadrez das cores” Recurso: vídeo da Web Disponível no link http://www.youtube.com/watch?v=mWL5bbbL3f4
Ferramenta: Material de Apoio
Valor: 10 pontos (peso 2) Critérios: - postar mensagem inicial com até 70 palavras; - interagir com outros dois alunos diferentes postando mensagem de até 50 palavras; - utilizar a norma culta da Língua Portuguesa Atividade 26 - Chat: a partir do vídeo “O xadrez das cores” , discutir a questão do preconceito racial no Brasil. Ferramenta: Bate papo Duração: 1h30m / Avaliativa: Sim Valor: 10 pontos (peso 2) Critérios: - postar mensagem inicial expressando suas ideias iniciais - interagir, no mínimo, com outros dois alunos diferentes; - respeitar o tempo de início e finalização do chat; - permitido o uso de linguagem informal de comunicação. Atividade 27 - Campo Minado com base no texto texto “A face Negra do Brasil Multicultural” Ferramenta: exercícios Duração: 2 dias Avaliativa: Sim Valor: 10 pontos (peso 1) Critérios: - resolução da atividade somente após leitura do texto indicado; - serão permitidas apenas duas tentativas, considerando-se apenas a nota mais alta.
38
Atividade 28 – Produzir um vídeo clipe sobre religiões africanas e o sincretismo religioso no município de Mont Blanc. Publicar vídeo produzido no site www.youtube.com no portfólio do grupo Ferramentas: Atividades, Material de Apoio e Portfólio Duração: 4 dias / Avaliativa: Sim Valor: 10 pontos (peso 2) Critérios: - formação de equipes de dois ou três cursistas; - tempo de duração do vídeo 3 a 5 minutos; - inserir pequenas frases explicativas; Atividade 29 – Produção de um Jornal Mural (em equipe de até 3 cursistas) retratando a situação atual das comunidades quilombolas no Brasil. Recurso: Publisher ou Power Point Ferramentas: Material de Apoio e Portfólio Duração: 2 dias / Avaliativa: Sim Valor: 10 pontos (peso 2) - seguir folha modelo disponibilizada na ferramenta Material de Apoio; - incluir imagens com legendas; - seguir a norma Culta da Língua Portuguesa; -citar as fontes consultadas.
39
Aula / Período
(duração)
Unidade (Tema principal)
Sub-unidades (Sub-temas)
Objetivos específicos Atividades teóricas e
recursos/ferramentas de EaD Atividades práticas e
recursos/ferramentas de EaD
Aula 5
9 h
(15 dias)
REALIDADE ATUAL E A
CONSTRUÇÃO DO FUTURO
- Construir o próprio futuro: conclusão - Auto-avaliação e avaliação do curso
- Planejar ações pedagógicas que conduzam à implementação da Lei 11.645 de 2008 na escola e, em especial, na sala de aula
- Produzir projeto pedagógico específico envolvendo escola e comunidade - Avaliar o desempenho do próprio aluno ao longo do curso
- Avaliar o curso quanto aos conteúdos, atividades e outros aspectos relevantes
Atividade 30 – Leitura do Texto Novas bases para o ensino da história da África no Brasil – Livro Educação Anti-racista Recurso: texto em pdf
Ferramenta: material de apoio
Atividade 31 – Projeto de Ação Pedagógica para implementar a Lei 11.645 de 2008 na escola e na sala de aula – Elaborar em grupo de até 5 participantes. Recurso: texto em doc ou pdf. Ferramentas: Atividades, Material de Apoio e Portfólio Duração: 7 dias / Avaliativa: Sim Valor: 10 pontos (peso 4) Critérios: - seguir folha modelo disponibilizada na ferramenta Material de Apoio; - pesquisar recursos didáticos, textos de apoio e imagens em duas fontes, no mínimo; - produção textual com coesão e coerência; - seguir a norma culta da Língua Portuguesa; - citar as fontes consultadas. Atividade 32 – Questionário de Avaliação do Curso e Auto avaliação. Recurso: texto em doc ou pdf. Ferramentas: Atividades, Material de Apoio e Portfólio Duração: 2 dias / Avaliativa: Sim Valor: 10 pontos (peso 1) Critério: - seguir folha modelo disponível na ferramenta Material de Apoio
40
A Matriz de Design Instrucional do curso, conforme os dados contidos no
Quadro 4, contém o detalhamento de duas atividades dinâmicas virtuais, dentre
aquelas propostas no mapa de atividades, sendo uma individual (atividade 29) e
outra em grupo (atividade 11). A atividade individual trata-se de uma produção
textual e a atividade em grupo refere-se à construção de um texto colaborativo, com
posterior publicação no portfólio do grupo.
Quadro 4 – Matriz de Design Instrucional da Atividade 11
Identificação da Atividade
Detalhamento da Atividade
Atividade 11
Descrição/ proposta da dinâmica: O grupo deverá produzir um álbum com imagens coletadas na Internet transformando a música “Lavagem Cerebral! em linguagem pictórica. Depois de concluída a atividade, um dos integrantes deverá publicar o álbum no portfólio da equipe. O álbum deverá ter como título: Música Lavagem Cerebral: retratos da aparente democracia racial no Brasil.
Objetivo: Registrar, mediante a inclusão de imagens específicas, a existência da “aparente democracia racial” no Brasil.
Critérios / avaliação: - A atividade tem o valor 10 (peso 2) , atribuídos considerando:
em equipe de dois ou três cursistas;
mínimo de uma imagem para cada verso da letra da música;
inserir legenda explicativa para todas as imagens;
criar slides em Power Point;
publicar o álbum no portfólio da equipe
Tipo de interação: em grupo de até 3 alunos
Prazo: 3 dias (de 21/03/11 a23/03/11) Ferramenta: Atividades e Portfólio
Conteúdo(s) de apoio e complementares: - O mito da “democracia racial” no Brasil - A lei 11.645 de 2008 e sua implementação
Produção dos alunos / avaliação:
Produção de álbum em equipe seguindo os critérios previamente estabelecidos.
Feedback: - Até 7 dias após a publicação do texto colaborativo no portfólio do grupo - Os comentários e a avaliação final serão comunicados aos alunos através da ferramenta “correio”
41
Quadro 5 – Matriz de Design Instrucional da Atividade 29
Identificação da Atividade
Detalhamento da Atividade
Atividade 29
Descrição/ proposta da dinâmica:
Após leitura do texto “Quilombos - espaço de resistência de homens e mulheres
negras” disponibilizado na Ferramenta Material de Apoio, os cursitas deverão formar
equipes de até 3 integrantes. A seguir, deverão coletar dados para a produção de
um Jornal Mural entitulado: “Meu Quilombo, minhas origens”. O jornal deverá
conter, obrigatoriamente, gêneros textuais diversos: notícia, poema, biografia,
anúncio publicitário e crônica. Tal dinâmica de trabalho exige que os integrantes
busquem orientações sobre gêneros textuais e diagramação de jornal mural.
Objetivo:
Discutir sobre a legitimidade das comunidades quilombolas como meio de
preservação da cultura afro-descendente no Brasil.
Critérios / avaliação: - A atividade tem o valor 10, atribuídos considerando:
* Coesão = 2 pontos
* Norma culta da Língua Portuguesa = 2 pontos
* Criatividade = 4 pontos
Tipo de interação: Individual
Prazo: 5 dias (de 02/05/11 a 06/05/11) Ferramenta: Portfólio
Conteúdo de apoio e complementar:
Os quilombos ontem e hoje: de Palmares às comunidades quilombolas
remanescentes
Produção dos alunos / avaliação: Organização e apresentação do Jornal Mural seguindo os critérios estipulados.
Feedback: - Até 7 dias após a publicação do texto colaborativo no portfólio individual do aluno - A avaliação final será comunicada aos alunos através da ferramenta
42
O storyboards apresentados a seguir referem-se às aulas 1 e 2 do curso
conforme os dados contidos nas Figuras 1 a 4. Eles contêm o detalhamento
das atividades teóricas e práticas e as respectivas ferramentas de Educação a
Distância disponíveis no TelEduc.
43
Figura 1 – Storyboard da Aula 1
Título: FORMAÇÃO DOCENTE CONTINUADA NA EaD tela: 01
Designer Instrucional: Francisco Carlos Pereira Data: 11/ 06/ 11
Informações para a equipe de produção:
- webdesigner:
selecionar imagem pertinente à Educação a Distância, fonte e símbolos (gifs) para composição do layout da aula 1
produzir tutorial orientando o cursista quanto ao preenchimento correto do seu perfil, bem como a inclusão de foto
AULA 1 FORMAÇÃO DOCENTE CONTINUADA NA EaD (4 horas) 1º Encontro Presencial
Orientações
sobre a dinâmica
do curso e da
aula 1
Login e Senha de acesso
ao curso
Preenchimento do perfil
do cursista e inclusão de
foto de rosto (ativ. 2)
Mensagem no fórum de
apresentação (ativ. 3)
44
Título: FORMAÇÃO DOCENTE CONTINUADA NA EaD tela: 02
Designer Instrucional: Francisco Carlos Pereira Data: 11/ 06/ 11
Informações para a equipe de produção:
- Professor conteudista: selecionar e ou produzir texto abordando a formação de professores em Educação a Distância (atividade 1 / não avaliativa) e propor atividade avaliativa correspondente (atividade 4); - Revisor: ler o texto produzido pelo professor conteudista e fazer as intervenções pertinentes.
Figura 2 – Storyboard da Aula 1
Atividades online
Atividade 1:
Assistir ao vídeo
“TV Sala - EAD e a Formação de professores”.
Disponível em Material de Apoio
Atividade 4:
Produção textual
sobre o título:
Formação continuada
através da EaD – prós
e contras, com
publicação no portfólio
( individual
45
Título: FORMAÇÃO DOCENTE CONTINUADA NA EaD tela: 01
Designer Instrucional: Francisco C. Pereira Data: 11/ 06/ 11
AULA 2 - CONVIVENDO COM AS DIFERENÇAS: INTEGRAÇÃO
ÉTNICO-RACIAL NO BRASIL
Informações para a equipe de produção:
- webdesigner:
selecionar imagem pertinente ao estudo das diferenças étnico-raciais no Brasil , fonte e símbolos (gifs) para composição do layout da aula 2;
produzir tutorial orientando o cursista quanto a realização das atividades teóricas da aula 2.
- Professor conteudista: selecionar e ou produzir textos abordando as questões étnico-raciais no Brasil (atividades teóricas 5 a 8 / não avaliativas) a serem disponibilizados na ferramenta Material de Apoio. - Revisor: ler os textos produzidos pelo professor conteudista e fazer as intervenções pertinentes. - Designer instrucional: avaliar as atividades teóricas e práticas, buscando adequá-las ao contexto da Educação a Distância e à proposta sócio-interacionista do curso.
Figura 3 – Storyboard da Aula 2
ATIVIDADES TEÓRICAS (não avaliativas)
disponíveis em Material de Apoio
Atividade 5:
Vídeo “Relações
Étnico-raciais”
disponível no link
http://www.youtube.com
/watch?v=NmdS9a7tt6w
Atividade 6:
Leitura do texto
“A Questão
Racial na
Escola”
Atividade 7:
Visualização e leitura crítica da charge sobre o
racismo no Brasil de Apoio
Atividade 8: Ouvir a
música “Lavagem
Cerebral” disponível no
link
http://www.youtube.com/
watch?v=GbvAJPT3vjw
46
Título: FORMAÇÃO DOCENTE CONTINUADA NA EaD tela: 01
Designer Instrucional: Francisco C. Pereira Data: 11/ 06/ 11
AULA 2 - CONVIVENDO COM AS DIFERENÇAS: INTEGRAÇÃO
ÉTNICO-RACIAL NO BRASIL
Informações para a equipe de produção:
- webdesigner: selecionar gifs animados para composição do layout das atividades práticas disponibilizadas na ferramenta Atividades; - Professor conteudista: propor atividades avaliativas relacionadas ao vídeo e textos das atividades teóricas; - Revisor: ler os textos selecionados e ou produzidos pelo professor conteudista e fazer as intervenções pertinentes; - Designer instrucional: avaliar as atividades práticas considerando a proposta sócio-interacionista do curso.
Figura 4 – Storyboard da Aula 2
ATIVIDADES
PRÁTICAS
(AVALIATIVAS)
Atividade 9 Pesquisa em dupla na internet: conceitos de etnia, raça, preconceito e discriminação
(Publicar no portfólio da dupla)
Atividade 10 Fórum de discussão: “A questão racial na
escola”
ATIVIDADES
TEÓRICAS
47
2 ANÁLISE DO DESIGN INSTRUCIONAL DO CURSO
2.1 PLANEJAMENTO
2.1.1 Teoria Pedagógica do Curso
Embora haja outras teorias que embasam o complexo processo de ensino e
aprendizagem, a linha de pensamento pedagógico que melhor subsidia o
planejamento do curso Nossas Raízes Ancestrais é a criada por Lev Semenovich
Vygotsky. Trata-se, pois, da teoria pedagógica sociointeracionista, na qual apóia-se
o curso em questão.
Para Vygostsky, o ser humano é essencialmente social e sua formação ocorre
num ambiente definido sob os pontos de vista cultural e histórico. Assim,
determinados conceitos resultam da incorporação de fatores sociais, formados
individualmente por cada sujeito na forma de pseudoconceitos. Na medida em que
eles vão sendo compartilhados dentro de um determinado agrupamento humano,
passam por uma mediação cultural através de diversas formas de interação e
convívio, permitindo a existência da vida social. Por isso, é de extrema importância a
integração social como fonte do conhecimento. Então, mediante o auxílio de outros
indivíduos, é possível ampliar o desenvolvimento humano para além do seu estágio
atual. Portanto, o desenvolvimento humano tem uma gênese social, ocorrendo de
fora para dentro, mediante a influência cultural nesse processo.
Aqui, a aprendizagem fomenta o desenvolvimento, estabelecendo então qual
o caminho que o desenvolvimento humano pode acontecer. A partir disso, surgem
os conceitos de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), onde o indivíduo é capaz
de solucionar problemas desde que assistido por alguém e Zona de
Desenvolvimento Real (ZDR), onde o indivíduo consegue, por si só, avançar
cognitivamente, sem precisar de auxílio para isso.
Filatro (2007) avalia a zona de desenvolvimento proximal ,defendida pela
teoria de Vygotsky como
48
“distância entre o nível de desenvolvimento atual, determinado pela solução
independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial,
determinado pela solução de problemas sob orientação de adultos ou em
colaboração com pares mais capazes (FILATRO, 2007, p.85)”.
Em sua teoria, Vygostsky apresenta então dois níveis de desenvolvimento: o
real e o potencial. O desenvolvimento real pode ser concebido como aquele já
consolidado pelo indivíduo, tornando-o capaz de solucionar problemas utilizando seu
conhecimento com autonomia. Por sua vez, o desenvolvimento potencial pode ser
compreendido como aquele onde o indivíduo só consegue construir conhecimento
e resolver problemas desde que auxiliados por outros com mais experiência e
autonomia intelectual. Isso não significa que ele não possa atingir esse mesmo
patamar de autonomia, pois tem potencialidade para atingi-la em outro momento.
Os estudos de Vygostky baseiam-se, fundamentalmente na função
mediadora, presente na relação existente entre o ser humano e o meio social onde
vive, com vínculo entre os instrumentos (auxiliares do homem nas ações concretas)
e os signos (relacionados às ações mentais de cada indivíduo).
[...] O instrumento é provocador de mudanças externas, pois amplia a
possibilidade de intervenção na natureza [...]. Com o auxílio dos signos, o
homem pode controlar voluntariamente sua atividade psicológica e ampliar
sua capacidade de atenção, memória e acúmulo de informações [...]
(REGO, 2009, pp. 51-52).
Para Rego (2009), o desenvolvimento do psiquismo humano é
constantemente mediado pelo seu semelhante, ou seja, entre as pessoas do mesmo
grupo social, indicando, delimitando e atribuindo significados vinculados à realidade.
Isso quer dizer que o ser humano realiza, gradativamente, sozinho o que antes só
era possível mediante o auxílio de outras pessoas com maior experiência e
conhecimento.
Portanto, é zona de desenvolvimento proximal que sinaliza os indícios de
potencialidade, propiciando a atuação sistemática e individualizada dos processos
educativos.
A teoria pedagógica acima fundamentada está presente nas diversas
atividades propostas ao longo do curso Nossas Raízes Ancestrais, privilegiando
através de situações criativas e motivadoras, a transposição da zona de
desenvolvimento proximal para a zona de desenvolvimento real, o que, na prática,
49
significa a construção do conhecimento com a autonomia intelectual. Esse processo
pode ser observado, ao longo do curso, em seu mapa de atividades, através das
diversas atividades colaborativas, tais como os fóruns de discussão e trabalhos em
grupo, onde os alunos têm a possibilidade de cooperação mútua, mediados
constantemente pelos respectivos tutores.
2.1.2 Recursos Midiáticos
Os recursos midiáticos encontrados nas Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs) são instrumentos pedagógicos que permitem aproximar o
virtual ao real e, ao mesmo tempo, proporcionam um ambiente de ensino e
aprendizagem onde é possível construir conhecimento mediante a troca de
experiências e atividades colaborativas. Com isso, é possível vivenciar novos
contextos, atribuindo-lhes significados mais complexos.
Para Vygostky, a aprendizagem desencadeia diversos processos internos de
desenvolvimento mental, tornando-se real quando há interação do indivíduo com
objetos e outros indivíduos, sempre em forma de cooperação. Quando
internalizados, tais processos tornam-se parte da aquisição de conhecimento.
O afastamento entre o aluno e seu professor existente na educação assistida
por meios interativos, faz com que os recursos midiáticos tornem-se meios
facilitadores no processo de construção do conhecimento, para que haja relação
interativa entre os alunos no ambiente virtual de aprendizagem (AVA) e, além disso,
possibilitem interagir com o tutor na resolução de dúvidas. Assim, Rumble sustenta
que:
[...] o aluno se envolve na atividade de aprendizagem um local onde o
professor não está fisicamente presente. Por causa desse afastamento
entre professor e aluno a educação a distância precisa se apoiar em alguns
tipos de meios e no uso de tecnologias para transmitir a mensagem do
professor para o aluno (RUMBLE, 2000).
Trata-se, pois, de uma realidade imposta pela necessidade de saber utilizar o
computador e ter conhecimentos básicos em informática e internet para que o
processo de ensino-aprendizagem ocorra na modalidade a distância. Nesse sentido,
Kenshi considera as novas tecnologias como recursos interativos afirmando que:
50
Saber usar o computador nos dias atuais é uma questão de necessidade,
pois devido as transformações tecnológicas da atualidade impõem novos
ritmos e dimensões a tarefa de ensinar e aprender. Portanto é preciso estar
em permanente estado de aprendizagem e de adaptação ao novo (KENSKI,
2004).
No curso Nossas Raízes Ancestrais os recursos midiáticos estão
disponibilizados especialmente em forma de atividades teóricas na ferramenta
material de apoio, conforme o mapa de atividades apresentado no capítulo anterior.
Serão utilizados, ao longo das cinco aulas os seguintes recursos: texto em pdf para
as atividades teóricas (leitura) e em doc para as atividades práticas (digitação de
textos para publicação em fórum e portfólio), vídeo da web e imagem jpeg.
Nas atividades teóricas os cursistas utilizarão os recursos midiáticos citados
(textos,vídeos da web e imagens) como forma de apropriação do conhecimento
teórico acerca da proposta do curso que é conhecer o teor da lei 11.645 de 2008
para implementá-la em sala de aula. Esses mesmos recursos midiáticos servirão de
embasamento para a resolução das atividades práticas, cujo recurso midiático
utilizado é a digitação de textos no formato doc para publicação nos fóruns de
discussão e nos portfólios individual e em grupo.
Os textos em pdf são indicados como fonte básica de leitura individual. Eles
são diversificados quanto a sua extensão, sendo alguns mais curtos e outros mais
longos, equivalendo a determinados capítulos de livros digitais. A vantagem é que os
cursistas podem fazer quantas leituras forem necessárias. No entanto, somente nas
atividades práticas (interação nos fóruns de discussão e elaboração das atividades
individuais e em equipe) é que essas leituras assimiladas em forma de
conhecimento adquirido. O mesmo acontece com os vídeos da web e com as
imagens em linguagem jpeg. Para que sua compreensão se torne em conhecimento
assimilado, é necessário aplicá-la nas atividades práticas. Os vídeos e imagens
facilitam uma rápida leitura, mas não favorecem o aprofundamento teórico, como
ocorre nos textos escritos.
51
2.1.3 Diversidade de Atividades, Papel do Designer Instrucional e Estilos de
Aprendizagem
Num curso a distância, o design instrucional pode ser considerado o elo entre
a teoria de aprendizagem e a prática educacional e pedagógica. Nesse sentido, o
embasamento é dado pelas teorias, o designer é o meio ou recurso humano e a
tecnologia (TICs) é o suporte para essa prática educacional.
Na EaD deve haver integração e comunicação entre todos os profissionais
envolvidos nela e a aprendizagem colaborativa através do computador e da internet
torna-se o seu ponto central. Aqui o designer instrucional exerce um papel de
extrema importância, cuja responsabilidade consiste em planejar atividades e todo o
projeto do curso a ser ofertado. É ele quem decide sobre as técnicas mais
apropriadas e quais as ferramentas mais adequadas no controle das avaliações.
Para que um curso seja desenvolvido de forma satisfatória, o designer instrucional
precisa levar em consideração os seguintes aspectos: objetivos pedagógicos claros,
definidos no Plano Político Pedagógico; material didático objetivo e interativo; uso
racional do tempo; ambiente virtual de aprendizagem agradável e de fácil
operacionalização e custo-benefício eficiente.
O designer instrucional, ao receber o material produzido pelo professor
conteudista, assume a função de transformá-lo em materiais instrucionais
adequados ao conteúdo a fim de promover um ensino efetivo e de qualidade. Para
potencializar a qualidade final do projeto, ele deve aplicar testes de validação
envolvendo todos os membros da equipe. A sua finalidade é utilização correta do
material instrucional, dos recursos midiáticos e das atividades propostas.
A partir de tais pressupostos, o curso Nossas Raízes Ancestrais apresenta
planejamento de atividades tanto teóricas quanto práticas, conforme o que consta no
respectivo mapa de atividades apresentado no capítulo anterior.
Ao longo das cinco aulas planejadas, inicialmente o cursista deve realizar as
atividades teóricas que consistem em leitura de textos literários, legislação,
reportagens e imagens, além de vídeos da web. Depois de realizadas as atividades
teóricas, a etapa seguinte é a realização das atividades práticas. Estas consistem
em atividades individuais e atividades interativas (fóruns de discussão) e
colaborativas (trabalhos em equipe).
52
Num curso virtual é de suma importância a inserção de atividades teóricas,
mesmo que as mesmas não sejam pontuadas. O cursista deve ser orientado sobre a
necessidade de realização das mesmas, pois serão a base para a produção das
atividades práticas. Além disso, a própria situação de distanciamento físico com o
professor conteudista e das explicações pertinentes ao perfil da educação
presencial, fazem com que a leitura do material didático disponibilizado no ambiente
virtual de aprendizagem (AVA) seja imprescindível para a apropriação de novos
conceitos e a aplicação dos mesmos nas diversas atividades propostas. É óbvio que
nesse momento é comum surgir dúvidas que podem e devem ser dirimidas pelo
tutor (presencial e ou a distância) que acompanha a trajetória do aluno ao longo do
curso.
O ponto chave são as atividades colaborativas, em consonância com a teoria
sociointeracionista que embasa o processo de ensino e aprendizagem em todo o
curso Nossas Raízes Ancestrais. A interação entre os alunos e entre eles e o tutor
deve ser uma constante, pois é dessa maneira que a construção autônoma do
conhecimento deve acontecer.
A criatividade na proposição das atividades teóricas e práticas levam em
consideração as ferramentas e recursos disponibilizadas pela plataforma TelEduc,
onde o curso em questão será ofertado virtualmente. Assim, o design instrucional
ora apresentado busca contemplar os diferentes estilos de aprendizagem.
Inicialmente, é preciso compreender que estilo de aprendizagem é um meio
ou método pessoal para a aquisição de conhecimento de modo individualizado. O
foco não está no que se aprende, mas sim no comportamento do indivíduo ao longo
da aprendizagem. Portanto, os estilos são únicos e personalizados, pois cada
pessoa apresenta dificuldade em determinados estilo, mas destaca-se, com
facilidade em outros. Se os estilos de aprendizagem são o modo como aprendemos,
as inteligências múltiplas são as habilidades que dispomos para aprender qualquer
coisa, havendo, pois, íntima relação entre tais estilos e as respectivas inteligências
múltiplas. Nesse sentido, Gardner (1994) afirma que:
“a teoria das inteligências múltiplas sugere abordagens de ensino que se
adaptam às ‘potencialidades’ individuais de cada aluno, assim como à
modalidade pela qual cada um pode aprender melhor (citado por Schaffner
& Buswell in Stainback & Stainback, 1999, p. 81).
53
Cada indivíduo tem a possibilidade de utilizar diversos estilos de
aprendizagem, mas é mais provável que ele tenha um estilo primário, que é o
dominante, e outro secundário.
Para Gardner (1995), há diversos estilos de aprendizagem, mas os mais
citados são o auditivo, o visual, os cinestésico e o artístico. Segundo ele:
- No estilo auditivo o indivíduo aprende ouvindo e falando. Ele é capaz de
lembrar melhor tudo o que ouviu anteriormente. Por isso, sua aprendizagem é mais
eficaz em atividades onde é possível entrevistar, debater e em qualquer situação
onde seja possível exercitar a oralidade;
- No estilo visual o indivíduo aprende melhor aquele que pode ver, tais como
assistir a um vídeo e observar uma imagem. Sua memória consiste naquilo que foi
visto, especialmente as instruções escritas. Tem maior facilidade para realizar leitura
silenciosa e preferem receber informações através de recursos visuais, tais como os
vídeos. Aprende melhor em atividades com gráficos, tabelas, mapas, desenhos,
cartazes e textos repletos de imagens;
- No estilo cinestésico o indivíduo aprende melhor quando assiste a uma
palestra e, ao mesmo tempo, executa alguma atividade prática, tal como escrever o
que ouve. Em outras palavras, ele precisa estar em movimento corporal para
aprender;
- E, no estilo artístico ou tátil, o indivíduo aprende melhor ao tocar em objetos.
Por isso, é fundamental que exerçam atividades em forma de desenho, pintura,
canto, dramatização e jogos.
O curso Nossas Raízes Ancestrais apresenta atividades que contemplam
quase todos os estilos acima citados, com exceção do estilo artístico ou tátil.
As atividades em forma de vídeo da web (atividades 5, 14, 20 e 23) são as
mais adequadas para o aluno cujo estilo de aprendizagem é o auditivo.
As atividades em forma de textos em pdf, imagem jpeg (atividades 1,6, 7, 8,
12,13, 17, 18, 19, 21, 22 e 30) mostradas no quadro 3, são as ideais para o aluno
cujo estilo de aprendizagem é o visual.
As atividades que exigem várias ações ao mesmo tempo, tais como
leitura e digitação, visualização e audição, planejadas em forma de atividades
práticas (atividades 2, 3, 4, 9, 10, 11, 12, 15, 16, 24, 25, 26, 27, 28, 29 e 31)
54
mostradas no quadro 3, são as mais adequadas para o aluno cujo estilo de
aprendizagem é o cinestésico.
2.1.4 Avaliação
A avaliação na Educação a Distância, em sua essência, não diverge do que
ocorre na Educação Presencial. Independentemente da modalidade de ensino, o
que deve ser levado em consideração é o que e como avaliar.
Por ser um tema polêmico em suas discussões, o que é possível constatar é
a incapacidade dela em formar plenamente indivíduos autônomos e promover o ser
humano em sua plenitude, sendo essa a essência do significado da Educação. Isso
ocorre porque a avaliação ainda é concebida diretamente com a idéia de
mensuração do conhecimento diante das diversas etapas do desenvolvimento
humano. Tal abordagem fortalece apenas o aspecto quantitativo, em detrimento do
qualitativo.
Para o senso comum, o ato de avaliar significa atribuir valor a um objeto ou a
um indivíduo. Assim, ela pode ser compreendida como o ato de verificar, medir,
calcular, classificar, diagnosticar, entre outros.
No aspecto teórico, numa perspectiva pedagógica, a avaliação tem outra
acepção. Segundo Luckesi (1998), a avaliação da aprendizagem deve ter um caráter
qualitativo, mediante um caráter dinâmico, tendo como objetivo final a tomada de
decisões que visem direcionar o aprendizado para o desenvolvimento pleno do
indivíduo. Ou seja, avaliar e ter a capacidade de acompanhar o processo de
construção do indivíduo (educando) para que ele superar obstáculos de
aprendizagem. Nesse sentido, a avaliação da aprendizagem:
“deverá ser assumida como um instrumento de compreensão do estágio
de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar
decisões suficientes e satisfatórias para que se possa avançar no seu
processo de aprendizagem” (Vygostsky, 1987).
O ato de avaliar deve levar em consideração não somente a aprendizagem,
mas valorizar o aluno e propiciar seu desenvolvimento como indivíduo e cidadão.
Para isso, a avaliação deve estar pautada numa prática pedagógica contextualizada,
inovadora e inclusiva.
55
Vygostsky, através do conceito de zona de Desenvolvimento Proximal, nos
conduz a compreensão de que a avaliação não é um momento pontual e isolado,
sendo aplicada apenas ao final de um processo de aprendizagem. Ao contrário, ela
deve ser aplicada continuamente, valorizando não o que já foi avaliado, mas sim a
aprendizagem que ainda está em construção, respeitando os limites e potenciais do
educando. Em outras palavras: o foco da aprendizagem tem que ser o aluno.
Na concepção sociointeracionista de Vygostsky (2003), a avaliação deve
centrar-se no processo, sem que haja referência comparativa com padrões externos.
Nesse sentido, o erro adquire uma conotação de indicador de caminhos para futuras
intervenções, levando o educando a adquirir a capacidade de fazer com autonomia.
Por isso, é fundamental a prática da auto-avaliação de cada um dos elementos
pertinentes ao processo de ensino e aprendizagem.
O processo de avaliação, segundo Vygostsky (2003), deve assumir o papel
de potencializar a aprendizagem do educando, não considerando somente o
conhecimento verificado em determinados momentos avaliativos. Aqui deve ser
considerada a capacidade que ele tem para resolver situações propostas utilizando
suas experiências vivenciadas previamente. Para isso, a avaliação deve ser
dinâmica, contextualizada e motivadora.
Para Bloom (1956), a avaliação tem papéis diferenciados, ou seja, pode ser
classificada em diagnóstica, formativa e somativa. Segundo ele:
- A avaliação diagnóstica tem o objetivo de detectar a presença ou ausência
de conhecimentos e habilidades, como forma de pré-requisitos para que a
aprendizagem se efetue. Ela pode ser aplicada em qualquer momento do processo
para detectar problemas de aprendizagem, motivação e aproveitamento;
- A avaliação formativa tem um caráter processual, ou seja, ocorre ao longo
do processo de ensino e aprendizagem, permitindo modificações em qualquer etapa,
orientando o professor no replanejamento de conteúdos e ações pedagógicas;
- E a avaliação somativa é aquela realizada no final do processo de ensino e
aprendizagem, visando a decisão de aprovar ou reprovar o educando. É a decisão
que leva em conta a mera soma de um ou mais resultados.
No curso Nossas Raízes Ancestrais, as atividades avaliativas planejadas levam
em consideração as alegações de Vygostsky e Luckesi. Assim, as atividades
propostas têm um caráter mais qualitativo do que quantitativo, consideram o
56
conhecimento prévio do educando e valoriza suas potencialidades.
Todas as atividades teóricas são individuais e não são avaliativas. Portanto, não
recebem pontuação. Apesar disso, elas são imprescindíveis para que o cursista
tenha condições necessárias para a realização das atividades práticas.
Por outro lado, todas as atividades práticas são obrigatórias e pontuadas,
podendo ser classificadas, segundo Bloom, em sua maioria, como formativas.
Conforme o mapa de atividades apresentado no capítulo anterior, apenas a
atividade 3 tem caráter diagnóstico e a atividade 32 um caráter somativo.
As atividades práticas 2 e 3 serão realizadas num encontro presencial que é a
aula inaugural do curso, cujo comparecimento é obrigatório.
A atividade 31 é, na realidade, o trabalho de conclusão de curso, consistindo na
apresentação de um projeto pedagógico a ser apresentando, obrigatoriamente, no
encontro presencial final. Todas as demais atividades planejadas serão realizadas
online.
57
2.2 RECURSOS DE DESIGN
Nos dados gerais do curso Nossas Raízes Ancestrais, é possível encontrar
informações organizadas e detalhadas pelo DI, tais como a ementa, os objetivos, o
público alvo, os conteúdos, o cronograma e as formas de interação entre o aluno e
seus formadores. Essas informações encontradas nas ferramentas do design
instrucional permitem a sua análise, buscando apontar seus pontos fortes, ou seja,
aqueles que conduzem o projeto ao sucesso, bem como os pontos negativos, ou
seja, aqueles que exigem maior cuidado, com alternativas que sanem os problemas
detectados.
Como foi mencionado no capítulo 1, o Mapa de Atividades, a Matriz de Design
Instrucional e o Storyboard são ferramentas do Design Instrucional. A finalidade
delas é simplificar a aplicação de estratégias e de planejamento em cursos a
distância e, além disso, objetivam integrar as ações da equipe multidisciplinar,
organizando e facilitando o produção de atividades pedagógicas apropriadas ao
projeto educacional. Tais ferramentas foram produzidas a partir das necessidades
apresentadas pelo Núcleo de Apoio Pedagógico ao Professor, subordinado à
Secretaria Municipal de Educação de Mont Blanc e compõem o projeto do curso
Nossas Raízes Ancestrais. O trabalho de DI desenvolvido a partir de tal projeto tem
uma proposta coerente e apropriada às necessidades educacionais da rede
municipal de ensino de Mont Blanc.
No planejamento da proposta do referido curso, o objetivo foi estruturar um curso
virtual significativo e adequado à Educação a Distância, com atividades, recursos
didáticos acessíveis e métodos avaliativos voltados para a formação continuada de
professores.
As ferramentas acima mencionadas tornam fácil o trabalho da equipe
multidisciplinar. É um ponto forte do projeto a especificação clara do público alvo,
considerando seu perfil, condições de acessibilidade e competências e habilidades
requeridas. Além disso, tais informações propiciam o planejamento de estratégias
pedagógicas ao longo do curso. Conforme o que dispõe o mapa de atividades
apresentado no capítulo anterior, é possível ter uma visão panorâmica do curso e,
com isso, articular conteúdos e materiais didáticos que propiciem a construção do
conhecimento no ambiente virtual de aprendizagem (AVA) do TelEduc, onde o curso
será ofertado. Outrossim, o design instrucional considera um curso que propõe
58
atividades teóricas (sempre individuais) e práticas (individuais e coletivas) sempre
mediadas pela atuação constante de tutores. Convém ressaltar que a
desconsideração dessas peculiaridades da Educação a Distância comprometem a
qualidade do curso e provocam evasão.
O desenvolvimento e a implementação da proposta do curso ofertado refletem
um planejamento coerente, pois seus critérios são claros e objetivos, facilitando a
sua execução. No entanto, é imprescindível o acompanhamento constante de todo o
processo a fim de apontar e solucionar prontamente os problemas para não
comprometer a qualidade do curso.
2.2.1 O Mapa de Atividades
A produção do mapa de atividades e de outros recursos de DI deve considerar
sempre atentar para o fato de que a proposta pedagógica não pode ser aplicada da
mesma forma como é na modalidade presencial. As ações e reflexões devem
contemplar essa diferenciação. Nesse contexto, Behar (2009) afirma que:
Uma das características que definem a EaD é que ela é constituída por um conjunto de sistemas que partem do princípio de que os alunos estão separados do professor em termos espaciais e, muitas vezes ou na maioria das vezes, temporais. Essa distância não é somente geográfica, mas vai além, configurando-se em uma distância transacional, “pedagógica”, a ser gerida por professores,alunos,monitores/tutores. Assim,o papel das TICs e contribuir para “diminuir” essa “distância pedagógica”, assegurando formas de comunicação e interação entre os “atores envolvidos no processo de construção de conhecimento pela EaD BEHAR, 2009, p. 23).
O Mapa de Atividades é uma ferramenta alternativa do DI que representa as
ações estratégicas adotadas no curso a distância. Nela é possível visualizar
informações indispensáveis para que o processo de ensino e aprendizagem sejam
conduzidos com eficiência e eficácia, pois mostra todos as etapas de criação de
atividades, bem como seus recursos e ferramentas. Além disso, ele orienta e
descreve o resultado a ser atingido pelos alunos. As atividades práticas nele
indicadas devem ser criativas, contextualizadas e bem definidas em seus critérios.
Por sua vez, as atividades teóricas devem atender as especificidades da EaD,
mediante o emprego de diversas técnicas e estratégias, com a inclusão de recursos
verbais e não verbais como potencializadores de uma educação bem sucedida.
59
Ao ser elaborado, o Mapa de Atividades deve estar em perfeita sintonia com os
objetivos propostos no curso, desde que atendendo para os seguintes tópicos:
Periodicidade das aulas;
Temas e ou conteúdos de cada unidade e aula;
Sub-temas abordados em cada aula;
Objetivos específicos das atividades e de cada unidade;
Atividades teóricas e suas ferramentas / recursos;
Atividades práticas e suas ferramentas / recursos.
Para que esses tópicos sejam desenvolvidos com êxito, é imprescindível que
o cliente forneça o maior número possível de informações que permitem a produção
de um mapa de atividades compatível com a proposta pedagógica do curso.
Na prática, o desejado é que a periodicidade das atividades teóricas e práticas
não tenha prazos muito longos mas que, por outro lado, favoreçam a construção do
conhecimento mediante a apropriação de referenciais teóricos e a interação entre os
alunos e entre eles e seus tutores. Além disso, é fundamental que as atividades
propostas contemplem ações individuais (especialmente as teóricas) e coletivas
(sempre em forma de trabalho colaborativo). E é dessa forma que ocorre no mapa
de atividades do curso Nossas Raízes Ancestrais, onde as produções colaborativas
superam as individuais.
O mapa de atividades apresentado no capítulo anterior (quadro 1) tem as quatro
primeiras aulas voltadas para a ambientação do aluno no AVA e, além disso,
objetivam compreender os desafios que o docente (público alvo do curso) vai
enfrentar na Educação a Distância. Na aula 1 há um encontro presencial como
forma de abertura do curso onde as atividades 2 e 3 possam ser realizadas nesse
momento. A intenção aqui é familiarizar os alunos no ambiente virtual do TelEduc,
bem como com a equipe de tutores que atuará junto a eles. Além disso, as
atividades desenvolvidas no encontro presencial não são pontuadas, mas sua
duração em horas contabiliza a carga horária total do curso que é de 36 horas
conforme o planejamento apresentado naquele mapa de atividades.
Outro aspecto relevante a ser considerado é de que o objetivo maior do curso é
60
capacitar professores para aplicarem na prática a Lei 11.645 de 2008 na sala de
aula e também em toda a comunidade escolar onde está inserido. Para tal, foi
elaborado um cronograma distribuído em 5 aulas cuja duração vai de 5 a 17 dias. A
primeira aula tem a duração de 5 dias, a segunda aula tem a duração de 15 dias, a
terceira aula tem a duração de 12 dias, a quarta aula tem a duração de 17 dias e,
finalmente, a quinta aula tem a duração de 13 dias. A previsão total de duração é de
60 dias, desde a aula inaugural até a apresentação dos trabalhos finais. Em cada
tema serão disponibilizados materiais didáticos em forma de textos, vídeos e
músicas, sempre acessíveis através do AVA.
As atividades teorias (leituras) e práticas, tais como fóruns, pesquisas e
produções textuais individuais e coletivas estarão disponíveis sempre no início de
cada aula, de modo que haja condições de o aluno organizar seu tempo de estudo e
interagir com seus colegas e tutores no AVA do curso. Dessa forma, o curso vai
proporcionar a esse aluno condições para a troca de experiências e aprofundamento
do seu conhecimento, sempre dentro de um espírito colaborativo e medianhte a
prática da proatividade.
2.2.2 A Matriz de Design Instrucional
Nessa ferramenta as atividades dinâmicas do curso são detalhadas e facilitam a
interpretação dos diversos objetivos especificados nas atividades práticas. Além
disso, apresenta um desmembramento das atividades práticas citadas no Mapa de
Atividades, visando orientar a equipe multidisciplinar quanto a aplicação correta das
mesmas. Dessa forma, são criadas condições para que não somente o Designer
Instrucional, mas toda a equipe multidisciplinar e o próprio cliente possam ter uma
visão panorâmica e clara do que se propõe ao longo do curso a fim de atingir os
objetivos e critérios de avaliação traçados inicialmente.
Nesta monografia, a matriz de DI apresentada ao longo do capítulo anterior
(quadros 4 e 5) apresenta detalhes das aulas 2 e 4 , onde estão, respectivamente,
as atividades 11 e 29. A escolha de tais atividades leva em consideração o fato de
serem desafiadoras e motivadoras. Além disso, a atividade da aula 11 é um bom
exemplo do que é trabalho colaborativo e, por sua vez, a atividade da aula 29 atende
aos diversos tipos de cursista, conforme os diversos estilos de aprendizagem.
O detalhamento feito em cada uma delas demonstra, de forma criteriosa, quais são
61
as informações necessárias para a realização delas dentro da respectiva unidade de
aprendizagem. Na matriz de DI é fundamental apresentar todo o percurso ser
percorrido, tais como os objetivos, os prazos, os recursos e ferramentas utilizadas,
as fontes de consulta, bem como a forma de interação e de avaliação, devendo
haver entre todos esses elementos citados uma perfeita sintonia.
Como afirma Filatro (2008), a matriz de DI deve esclarecer ao aluno, se a
proposta do curso é clara e se os elementos apresentados estão conectados e
colaboram para que os objetivos educacionais das etapas citadas sejam atingidos.
Para o formador, a matriz de DI tem a função de facilitar a identificação dos aspectos
que favorecem o ritmo de aprendizagem dos alunos ao longo do curso, desde o
começo ao fim.
2.2.3 O Storyboard
Segundo Filatro (2007), o storyboard é a ferramenta produzida pelo designer
instrucional que nos dá uma visão nítida de todo o ambiente virtual de
aprendizagem do curso, mostrando sua organização e possibilitando melhor
compreensão de todas as etapas de produção, com informações necessárias para a
equipe multidisciplinar de produção. Seu layout é bastante flexível, mas sua marca
registrada é a linguagem visual, com a utilização de cores, símbolos ou ícones,
imagens, gráficos e tabelas. Seu objetivo maior é garantir a qualidade do material
didático e, principalmente, do curso planejado.
O Storyboard é uma importante ferramenta para o designer instrucional
estruturar a proposta do curso de formação na modalidade a distância. Nele é
possível registrar cada etapa do fluxo dos conteúdos, aulas, atividades, material
didático, mídias e ferramentas tecnológicas. Corroborando com essa finalidade,
Filatro enfatiza que:
O importante, de fato, é comunicar à equipe de produção as ideias e a
perspectiva visual sobre o produto final, deixando o mínimo de decisões
para o acaso, e ter sempre em mente que o SB funciona como
documentação das decisões relacionadas ao design instrucional, base para
a gestão, o controle e a comunicação do projeto e (3) demonstração do
produto final para os diversos interessados (FILATRO, 2008, p.61).
62
No capítulo anterior foram produzidos dois storyboards referentes às aulas 1 e 2
do Mapa de Atividades do curso Nossas Raízes Ancestrais. Em sua elaboração,
houve uma apresentação sequenciada das etapas das duas aulas mencionadas
contendo o que deve ser feito nas atividades propostas.
2.3 DIFERENCIAIS E RISCOS
Amparada pelas novas tecnologias de informação e comunicação (TICs), a
educação a distância utiliza as potencialidades e os recursos disponibilizados pela
Internet nos diversos ambientes virtuais de aprendizagem (AVA). Esse ambientes
propiciam o trabalho colaborativo entre todos os envolvidos no processo de
construção do conhecimento na EaD.
Assim, nesse sentido, é possível ressaltar que:
Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por
tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ ou
temporalmente... É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não
estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados,
interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas. (MORAN,
2008, s. p.).
Para que a implementação da educação a distância seja norteada por ações que
primem pela qualidade e excelência, é preciso atentar para as forças ou seja, as
possibilidades e diferenciais apresentados que conduzam ao êxito do projeto
instrucional. No entanto, outro aspecto crucial que deve estar em pauta é o que diz
respeito aos limites, ou seja, as fraquezas ou deficiências apresentadas.
É possível constatar que ao longo da história, projetos de design instrucionais
fracassam devido, basicamente, aos problemas de implementação.
Com frequência, a tentativa é implementar inovações sem considerar
importantes aspectos físicos, organizacionais e culturais do ambiente nos
quais a inovação está sendo implementada. Ao conceber e implementar
ambientes construtivistas de aprendizagem, é importante acomodar fatores
contextuais para uma implementação bem-sucedida. (JONASSEN 1988,
p.7).
63
Tendo em vista as novas tecnologias de informação e comunicação cada vez
mais acessíveis, é possível que o design instrucional de um curso a distância seja
flexível e de fácil compreensão e manuseio pelo aluno.
Em um curso tradicional, há pouco ou nenhum espaço para a escolha do
aluno: usualmente, os dados dos cursos são fixos, o conteúdo é
predeterminado, as abordagens instrucionais já estão selecionadas
e os materiais de aprendizagem são preparados com antecedência;
a organização do curso é predefinida. Isso é um extremo. Na outra ponta
do continuum está uma aprendizagem just-in-time, baseada no mundo
do trabalho e voltada para a solução de problemas, a respeito da qual o
aluno toma as decisões-chave e que ocorre ao longo de toda a vida.
(NIKOLOVA & COLLIS, 1988, pp. 60-62).
O design instrucional de cursos, especialmente os planejados para a
modalidade a distância, precisa ser concebido sob a ótica da contextualização, como
afirma Filatro (2004): “...utilizamos o termo “design instrucional contextualizado” para
descrever a ação intencional de planejar, desenvolver e aplicar situações didáticas
específicas que, valendo-se das potencialidades da Internet, incorporem, tanto na
fase de concepção como durante a implementação, mecanismos que favoreçam a
contextualização e a flexibilização.” Dessa forma, Filatro afirma que a
contextualização efetiva-se através de mecanismos que têm como características:
maior personalização aos estilos e ritmos individuais de aprendizagem;
adaptação às características institucionais e regionais;
atualização a partir de feedback constante;
acesso a informações e experiências externas à organização de
ensino;
possibilidade de comunicação entre os agentes do processo
(professores, alunos, equipe técnica e pedagógica, comunidade); e
monitoramento automático da construção individual e coletiva de
conhecimentos.
No planejamento da proposta do curso Nossas Raízes Ancestrais, o objetivo foi
estruturar um curso virtual com design instrucional significativo e adequado à
64
Educação a Distância, com atividades, recursos didáticos acessíveis e métodos
avaliativos voltados para a formação continuada de professores. A partir desse
planejamento, apontamos então os pontos fortes (potencialidades) e fracos
(deficiências).
2.3.1 Potencialidades
Os documentos referentes ao projeto do curso Nossas Raízes Ancestrais, mais
especificamente o Mapa de Atividades, a Matriz de DI e os Storyboards facilitam as
ações da equipe multidisciplinar, incluindo os professores conteudistas e os tutores.
As ferramentas de DI mencionadas anteriormente, tornam fácil o trabalho da
equipe multidisciplinar. É um ponto forte do projeto a especificação clara do público
alvo, considerando seu perfil, condições de acessibilidade e competências e
habilidades requeridas. Além disso, tais informações propiciam o planejamento de
estratégias pedagógicas ao longo do curso.
As atividades teóricas (leituras) e práticas, tais como fóruns, pesquisas e
produções textuais individuais e coletivas estarão disponíveis sempre no início de
cada aula, de modo que haja condições de o aluno organizar seu tempo de estudo e
interagir com seus colegas e tutores no AVA do curso. Dessa forma, o curso vai
proporcionar a esse aluno condições para a troca de experiências e aprofundamento
do seu conhecimento, sempre dentro de um espírito colaborativo e mediante a
prática da proatividade.
Outro aspecto positivo é que a teoria de aprendizagem sociointeracionista de
Vygostsky, na qual fundamenta-se o projeto desse curso, está presente em muitas
atividades propostas, favorecendo o trabalho colaborativo e, portanto, uma
constante interação sócio-afetiva entre os alunos e entre eles e os seus tutores.
Por último, é possível também citar como aspectos positivos é a qualificação dos
profissionais envolvidos no projeto do curso, todos com formação universitária e
experientes em suas áreas de atuação.
65
2.3.2 Riscos
Em relação aos riscos, ou seja, as deficiências ou pontos fracos citamos os
seguintes:
a substituição de algum membro da equipe multidisciplinar durante as
fases de projeção e implementação do curso, demandando aumento
nos gastos com contratação e alteração dos prazos;
recursos tecnológicos com problemas de manutenção e ou
desatualizados para acompanhamento dos alunos em atendimentos
presenciais no Núcleo de Apoio Pedagógico ao Professor da Secretaria
Municipal de Educação de Mont Blanc;
falta de recurso humano permanente com preparo técnico para lidar
com os recursos tecnológicos disponíveis no Núcleo de Apoio
Pedagógico ao Professor da Secretaria Municipal de Educação de
Mont Blanc;
Problemas de adaptação dos alunos no ambiente virtual de
aprendizagem do TelEduc exigindo acompanhamento intensivo dos
tutores.
2.3.3 Recomendações pertinentes
Para minimizar os riscos que podem conduzir ao insucesso do projeto
instrucional, é preciso:
ter equipe multidisciplinar permanente em todas as etapas de
realização do projeto instrucional;
ter efetiva atuação do designer instrucional, como um grande
articulador entre todos os profissionais que compõem a equipe
multidisciplinar;
66
capacitar, previamente, os tutores que atuarão junto aos alunos,
evitando um número elevado de alunos para cada tutor;
oferecer suporte aos alunos com dificuldade de acesso ao ambiente
virtual de aprendizagem para evitar que este sinta-se desestimulado e
desista do curso;
reavaliar, continuamente, todas as etapas de realização do projeto e
tomar as providências necessárias num curto espaço de tempo.
67
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta monografia foi feita análise de um Design Instrucional direcionado para
o planejamento e implementação de curso semi-presencial voltado para professores
da rede municipal de ensino de Mont Blanc (nome fictício).
Entitulado Nossas Raízes Ancestrais, o curso buscou instrumentalizar seu
público-alvo quanto a implementação da Lei 11.645 de 2008, considerando a
obrigatoriedade da inclusão do estudo da história e da cultura afrobrasileira e
indígena nas escolas de educação básica no Brasil.
Ao longo do projeto foram apontados fatores fundamentais tais como o
público-alvo, a teoria pedagógica seguida, os recursos humanos disponíveis (equipe
multidisciplinar), infraestrutura física e tecnológica, os custos financeiros, o ambiente
virtual de aprendizagem TelEduc onde o curso foi desenvolvido e ofertado, os
recursos de Design Instrucional, como o mapa de atividades, a Matriz de DI e o
storyboard.
Em todas as etapas deste minucioso projeto houve um constante olhar para o
levantamento dos pontos fortes ou positivos que garantissem o seu sucesso. O
mesmo ocorreu em relação aos pontos fracos ou negativos que pudessem colocar
em risco a sua implementação, exigindo, então, um replanejamento de estratégias e
ações visando à melhoria de resultados.
Levando-se em consideração os fatores do curso apontados anteriormente,
além da acessibilidade e possibilidade de estudos em horários alternativos, já que a
maior parte da carga horária foi planejada para ser desenvolvida na própria
plataforma virtual de aprendizagem, podemos afirmar que eles contribuem bastante
para o sucesso do curso.
Além disso, trata-se de um curso de formação continuada gratuita onde o
professor pode se inscrever opcionalmente, conforme o seu perfil e nível de
interesse pelo tema proposto. Ele busca revisar conceitos sobre a formação étnico-
racial brasileira mediante o emprego de metodologia que procurou analisar, de forma
crítica e interativa, os elementos históricos que influenciaram diretamente na
construção de um currículo escolar que não valorizou todas as etnias presentes em
nosso país.
68
Trata-se, pois, de um tema relevante e necessário para que o professor possa
desenvolver novas práticas pedagógicas no seu cotidiano a fim de garantir a
implementação da Lei 11.645 de 2008, considerando o contexto onde a maioria dos
seus alunos são multiétnicos, sobretudo, afrodescendentes.
Outro aspecto importante para a garantia do sucesso do projeto é ter seu
embasamento na teoria de aprendizagem sociointeracionista de Vygostsky, com
aplicação ao longo das aulas planejadas, especialmente naquelas que envolvem
práticas interativas entre cursistas e tutor, bem como entre os próprios cursistas,
mediante a construção do conhecimento com autonomia. E isso ficou evidente nas
atividades propostas ao longo do curso, onde cada cursista inicia a aula com as
leituras de textos e imagens sugeridas e assistindo vídeos indicados. A seguir,
interage com seus pares nas atividades de pesquisa e produção textual, bem como
na troca de conhecimentos e experiências nos fóruns de discussão. Por último, cada
cursista, já mais seguro sobre o que aprendeu, encontra-se apto a realizar as
atividades individuais com autonomia. O intuito maior foi sempre o de atender a
expectativa pedagógica pretendida através de formas de aprendizagem concretas e
significativas.
A possibilidade de oferta desse curso para novas turmas enseja a prática de
avaliação visando à melhoria operacional, englobando nesse processo o professor
conteudista, os tutores, o web designer e outros profissionais, sempre mediados
pelo Design Instrucional. Os conteúdos podem e devem ser atualizados para evitar
que fiquem desatualizados e descontextualizados.
Finalmente, mesmo havendo muitos pontos fortes ou positivos e alguns fracos
ou negativos, é imprescindível que o projeto desse curso seja constantemente
monitorado em suas etapas de planejamento e execução, pois somente assim o seu
sucesso será possível. E isso significa beneficiar não somente os professores que
atuam na sala de aula, mas a sociedade como um todo.
Quanto ao professores, o benefício é a possibilidade de realizar formação
continuada gratuita de boa qualidade a fim de ampliar seus conhecimentos em
Educação a Distância e Mídias Interativas, bem como a melhoria de sua prática
pedagógica em sala de aula. Quanto às comunidades escolares, significa a
possibilidade de ter uma educação de melhor nível e com respeito e valorização de
cada indivíduo na sua condição de cidadão pleno.
A elaboração deste projeto resultou na criação de um curso que atende aos
69
requisitos de um design instrucional de qualidade, pois foi possível planejar
atividades teóricas e práticas utilizando conhecimentos técnicos inerentes ao
exercício do designer instrucional, tais como o mapa de atividades, a matriz de DI e
o storyboard.
No entanto, é importante ressaltar aqui que o projeto de DI em questão não
pode ser visto, conforme afirma Filatro (2007), como uma ciência simplista, onde os
resultados de aprendizagem observáveis se sobrepõem às aprendizagens mais
complexas. Isso significa que o DI não se restringe apenas à seleção de recursos
audiovisuais e formas interativas de comunicação, equivocando-se com a
concepção de que problemas inerentes ao processo de ensino-aprendizagem são
simplesmente solucionados com escolhas adequadas de mídias e uma competente
gestão de informação.
O Design Instrucional elaborado para atender a uma necessidade específica
da instituição a que se destinou permitiu por em prática os fundamentos teóricos do
trabalho de planejamento de um curso virtual. Foi possível desenvolver o curso em
suas minúcias considerando, o tempo todo, elementos essenciais como a
afetividade, a relação interativa entre cursista e tutor, onde o feedback seja rápido e
eficaz, recursos midiáticos contextualizados,dentre outros, tendo o foco sempre na
aprendizagem do cursista.
Portanto, considerando todo o processo de elaboração vivenciado neste
Design Instrucional, ficou evidente a importância da participação ativa do designer
instrucional no contexto da EaD, ensejando a busca de outros conhecimentos
aprofundados acerca das ações pedagógicas específicas para essa modalidade de
ensino e aprendizagem, bem como os campos de atuação desse profissional.
70
REFERÊNCIAS
ALONSO, C. M.; GALLEGO, D. J.; HONEY, P. Los estilos de aprendizaje:
procedimientos de diagnóstico y mejora. Madrid: Mensajero, 2002.
AMARAL, M. M.. Proposta de mapeamento de competência para atuação de
designers educativos. Dissertação. Mestrado em Educação e Cultura
Contemporânea. Universidade Estácio de Sá – UNESA, Rio de Janeiro, 2007.
BEHAR, P. A. (Org.). Modelos pedagógicos em Educação a Distância. Porto Alegre:
Artmed, 2009. 309 p.
BELISÁRIO, A. O material didático na educação a distância e a constituição de
propostas interativas. IN: Silva, M. (Org.) Educação Online. São Paulo: Edições
Loyola, 2003.
BELLONI, M. L. Educação a Distância. 3ª ed. - Campinas, SP: Autores associados,
2003.
BITTENCOURT, D. F. de; OROFINO, M. I. Design e projetos em educação à
distância. Palhoça, UnisulVirtual, 2006.
BLOOM, B. et al. Taxonomy of Educational objectives. Hand Book I, Nova
Iorque, 1956.
CORRÊA, J; RIBEIRO, V. M. B. Competências, planejamento e avaliação. In:
SENAC. Rio de Janeiro: SENAC. Versão 3.0. 2004.
CRESCITELLI, M. F. de C. & CAMPOS, K. S. da R. A escrita do material didático
virtual. Disponível em:
71
<http://www.pucsp.br/pos/lgport/downloads/publicacao_docentes/escrita_mercedes_
karlene.pdf>. Acesso em 11 jul 2008.
DURKHEIM. E. Educação e sociologia. São Paulo: Melhoramentos, 1978, 41 p.
FILATRO, A. Design instrucional na prática. São Paulo: Pearson Education do Brasil,
2004.
FILATRO, A. Design Instrucional Contextualizado: educação e tecnologia. 2ª edicão.
ed. São Paulo: Senac, 2007.
FILATRO, A. Design instrucional na prática. São Paulo: Pearson Education do Brasil,
2008.
FONSECA, J. J. S. da. Sejam Bem Vindos. Educação e Cidadania, 2010. Disponível
em: <http://joaojosefonseca1.blogspot.com/ >. Acesso em 11 ago 2011.
GARDNER, H. Inteligências múltiplas: A teoria na prática. Porto Alegre: Artmed,
1995, 257 p.
JONASSEN, D. "Designing constructivist learning environments". In: REIGELUTH, C.
M. Instructional theories and models. 2nd. ed. Mahwah, NJ:Laurence, Erlbaum,
1998.
72
KENSKI, V. M. Tecnologia e ensino presencial e à distância. Campinas, SP: Papirus
2ª edição 2003.
LUCKESI, C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. Apontamentos sobre a pedagogia
do exame. Revista de Tecnologia Educativa, ABT ano XX, nº 101, jul/ago, 1991.
LUCKESI, C. Avaliação: Otimização do Autoritarismo. Equívocos Teóricos na prática
educacional, Rio de Janeiro, ABT, 1984.
MEDEIROS, M. F. de; Herrlein, M. B. P. ; Colla, A. L. Movimentos de um paradigma
em EAD: um cristal em seus desdobramentos e diferenciações. IN: Medeiros, M. F.
de; Faria, E. T. (Orgs.) Educação a distância: cartografias pulsantes em movimento.
Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003.
MORAN, J. M. O que é educação a distância. Disponível em:
<http://www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm> . Acesso em: 06 jul 2011.
NIKOLOVA, I. & COLLIS, B. (1998). “Flexible learning and design of instruction”. In:
British Journal of Educational Technology. vol. 29, n. 1, pp. 59-7.
OLIVEIRA, M. V. et ali. Design Instrucional e Comunicação Visual: Fazendo a
Diferença na Educação a Distância. Disponível em:
<http://forum.ulbratorres.com.br/2009/mesa_texto/MESA%204%20C.pdf>. Acesso
em 10 jun 2011.
REGO, T. C. Vygotsky: Uma perspectiva histórico-cultural da educação. 20 ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. (Educação e conhecimento).
73
REIGELUTH, C. M. (1999) Design Instrucional Teorias do site. Disponível em:
< http://www.indiana.edu/ idtheory ~ / home.html>. Acesso em 10 jun 2011.
RUIZ, T. B.; CORDERO, J. M. Guia para el diseño, elaboración y evaluación de
material escrito. Brasília/Madrid, UnB/UNED, 1997.
SILVA, K. F. Design Instrucional na Formação de Professores para Educação a
Distância (Ead). Monografia do curso de Especialização em Design Instrucional para
EaD Virtual: Tecnologias e Metodologias. Universidade Federal de Itajubá.
Novembro de 2009. Disponível em:
<http://ketiuce.hdfree.com.br/Unifei/TCC_FINAL_Ketiuce.pdf>. Acesso em 01 jul
2011.
TELEDUC - Educação a Distância. Disponível em <www.teleduc.org.br>. Acesso
em: 07 set 2011.
TORRES, P. L.; Alcantara, P. R.; Irala, E. A. F. Grupos de consenso: uma proposta
de aprendizagem colaborativa para o processo de ensinoaprendizagem. Revista
Diálogo Educacional. Curitiba, v. 4, n. 13, 2004.
VYGOTSKY, L. S. Psicologia Pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2003.