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Contador de visitas ´O monte do patriarca Jacó, fica em Irajá Remanesncente da antiga pedreira do Irajá, que funcionou até os anos 60 do século passado, um pequeno morro virou ponto de peregrinação, e tem atraído centenas de pessoas ao Bairro. Moro lá perto. Meus filhos cresceram brincando lá, subindo e descendo o morro. Agora dizem que era um local perigoso, mas não era bem assim. Nem sempre foi. A 3 décadas passo por ele diariamente, e durante um bom tempo (uns 15 anos) passava por lá de madrugada. Nunca sofri nenhum tipo de violência ou vi alguma coisa estranha que tivesse me Foto feita alguns anos antes da limpesa do monte de Jacó. O local sempre foi muito usado para a realização de “despachos e oferendas” pelo pessoal das religiões espíritas afro brasileiras. Ainda é comum encontrar nas imediações do local restos de alguidás, potinhos e outros apetrechos típicos destes rituais. Nos últimos 10 anos, o tráfico de drogas tomou conta do local. A qualquer hora do dia podia-se ver viciados subindo o monte para consumir drogas. Além dos viciados, casais de namorados. Ás vezes até crianças (meninos e meninas) com uniforme de escola. O fluxo de pessoas que subiam o morro era grande e constante. Foi então que um senhor, presbítero de uma das igrejas da região, se dizendo inspirado por Deus ocupou o morro, ao qual batizou de “Monte escada de Jacó”, o patriarca da Nação dos judeus. De lá para cá, a coisa mudou da água para o vinho. Com a ajuda de fiéis da igreja, O denso matagal desapareceu, o monte foi completamente limpo de todos os tipos de sujeira, as várias pedras que existem no local foram pintadas de branco, aonde foram escritos versículos bíblicos, o local ficou parecendo um parque. Escadas foram improvisadas para facilitar a subida O presbítero Marcelo Flores O monte, que abrigava toda a sorte de vícios, virou local de peregrinação, para onde convergem cristãos evangélicos de várias denominações, em uma grande demonstração de fé. Chegam, às vezes grupos em ônibus de excursão. Em determinados momentos (principalmente à noite) chegam a ficar centenas de pessoas no monte orando e clamando a Deus em altos brados. Apesar de ter na vizinhança que reclame do barulho, a convivência é pacífica. É muito bem vinda a iniciativa do presbítero Marcelo Flores, que além do aspecto religioso promoveu a segurança do local sem dar um tiro, sem usar um caveirão sequer. Afinal de contas, onde há luz, não há trevas. Além disso, ajuda o desenvolvimento da região na medida em que promove o afluxo de pessoas ao bairro. Infelizmente o local carece de infra estrutura básica. A subida ao monte é feita por degraus toscos escavados no barro pelos próprios fiéis; não há iluminação pública no local; não há banheiros para atender ao grande número de pessoas, não há bancos. Principalmente aos domingos, é comum ver famílias inteiras sentadas no chão fazendo a leitura da bíblia. A prefeitura poderia investir no local, para dar mais conforto aos usuários. Assim como gasta milhões em construindo estádios de futebol e sambódromo, poderia talvez criar e administrar um local de culto municipal ao ar livre, democrático aberto para todas as religiões. Quem sabe, a nossa querida vereadora Rosa Fernandes, sempre tão atenta as necessidades e ao desenvolvimento do bairro, não toma uma iniciativa nesse sentido?

Montedejacó

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Matéria sobre o monte e escada de Jacó, criado em Irajá

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Page 1: Montedejacó

Contador de visitas

´O monte do patriarca Jacó, fica em Irajá

Remanesncente da antiga pedreira do Irajá, que funcionou até os anos 60 do século passado, um pequeno morro virou ponto de peregrinação, e tem atraído centenas de pessoas ao Bairro. Moro lá perto. Meus filhos cresceram brincando lá, subindo e descendo o morro. Agora dizem que era um local perigoso, mas não era bem assim. Nem sempre foi. A 3 décadas passo por ele diariamente, e durante um bom tempo (uns 15 anos) passava por lá de madrugada. Nunca sofri nenhum tipo de violência ou vi alguma coisa estranha que tivesse me

Foto feita alguns anos antes da limpesa do monte de Jacó.

O local sempre foi muito usado para a realização de “despachos e oferendas” pelo pessoal das religiões espíritas afro brasileiras. Ainda é comum encontrar nas imediações do local restos de alguidás, potinhos e outros apetrechos típicos destes rituais.

Nos últimos 10 anos, o tráfico de drogas tomou conta do local. A qualquer hora do dia podia-se ver viciados subindo o monte para consumir drogas. Além dos viciados, casais de namorados. Ás vezes até crianças (meninos e meninas) com uniforme de escola. O fluxo de pessoas que subiam o morro era grande e constante.

Foi então que um senhor, presbítero de uma das igrejas da região, se dizendo inspirado por Deus ocupou o morro, ao qual batizou de “Monte escada de Jacó”, o patriarca da Nação dos judeus. De lá para cá, a coisa mudou da água para o vinho. Com a ajuda de fiéis da igreja, O denso matagal desapareceu, o monte foi completamente limpo de todos os tipos de sujeira, as várias pedras que existem no local foram pintadas de branco, aonde foram escritos versículos bíblicos, o local ficou parecendo um parque. Escadas foram improvisadas para facilitar a subida

O presbítero Marcelo Flores

O monte, que abrigava toda a sorte de vícios, virou local de peregrinação, para onde convergem cristãos evangélicos de várias denominações, em uma grande demonstração de fé. Chegam, às vezes grupos em ônibus de excursão. Em determinados momentos (principalmente à noite) chegam a ficar centenas de pessoas no monte orando e clamando a Deus em altos brados. Apesar de ter na vizinhança que reclame do barulho, a convivência é pacífica.

É muito bem vinda a iniciativa do presbítero Marcelo Flores, que além do aspecto religioso promoveu a segurança do local sem dar um tiro, sem usar um caveirão sequer. Afinal de contas, onde há luz, não há trevas. Além disso, ajuda o desenvolvimento da região na medida em que promove o afluxo de pessoas ao bairro. Infelizmente o local carece de infra estrutura básica. A subida ao monte é feita por degraus toscos escavados no barro pelos próprios fiéis; não há iluminação pública no local; não há banheiros para atender ao grande número de pessoas, não há bancos. Principalmente aos domingos, é comum ver famílias inteiras sentadas no chão fazendo a leitura da bíblia. A prefeitura poderia investir no local, para dar mais conforto aos usuários. Assim como gasta milhões em construindo estádios de futebol e sambódromo, poderia talvez criar e administrar um local de culto municipal ao ar livre, democrático aberto para todas as religiões. Quem sabe, a nossa querida vereadora Rosa Fernandes, sempre tão atenta as necessidades e ao desenvolvimento do bairro, não toma uma iniciativa nesse sentido?