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ORGÃO OFICIAL da FEDERAÇÃO de MOTOCICLISMO de PORTUGAL Federação de Motociclismo de Portugal, Largo Vitorino Damásio, 3 C - Pavilhão 1 - 1200 - 872 Lisboa Tel: 213936030/Fax: 213971457 www.fmportugal.pt [email protected] 218 Novembro 2012 Neste número da Moto Portugal, poderão apreciar a nova sede da F.M.P., por sinal a primeira que podemos considerar mesmo como uma "sede" e não apenas um mero escritório. Penso que esta "vossa casa" transmite os valores que sempre nortearam a nossa política para a federação: modernidade e transparência! De facto, e numa feliz coincidência, conseguimos uma sede que, pela sua arrojada arquitec- tura e design de interiores, está totalmente de acordo com a ideia que pretendemos transmitir para o Motociclismo. Era, talvez, a última promessa que faltava cumprir pela actual equipa dirigente federativa, após o primeiro título mundial recentemente alcançado. Entretanto, estivemos muito, muito perto de alcançar a primeira vitória numa das classes de MotoGP, neste caso em Moto 3 através de Miguel Oliveira! Não foi ainda desta, mas não tenho qualquer dúvida que essa vitória vai inevitavelmente surgir, dadas as qualidades de pilotagem e de fazer evoluir o seu material, por parte do nosso jovem representante. Verão, talvez já no próximo ano, que não estou enganado... Entretanto, chegou-nos a mais brutal das notícias: o nosso amigo Luís Carreira deixou-nos! Ficou apenas a sua memória, mas todos os que gostamos de motos e de Velocidade em particular ainda não queremos acreditar, pois o Luís era mesmo um bom homem e um grande piloto! Jorge Viegas Editorial

MotoPortugal Nº 218- Novembro de 2012

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Federação de Motociclismo de Portugal

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ORGÃO OFICIAL da FEDERAÇÃO de MOTOCICLISMO de PORTUGAL

Federação de Motociclismo de Portugal, Largo Vitorino Damásio, 3 C - Pavilhão 1 - 1200 - 872 LisboaTel: 213936030/Fax: 213971457

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Neste número da Moto Portugal, poderão apreciar a nova sede da F.M.P., por sinal a primeira que podemos considerar mesmo como uma "sede" e não apenas um mero escritório. Penso que esta "vossa casa" transmite os valores que sempre nortearam a nossa política para a federação: modernidade e transparência! De facto, e numa feliz coincidência, conseguimos uma sede que, pela sua arrojada arquitec-tura e design de interiores, está totalmente de acordo com a ideia que pretendemos transmitir para o Motociclismo. Era, talvez, a última promessa que faltava cumprir pela actual equipa dirigente federativa, após o primeiro título mundial recentemente alcançado.Entretanto, estivemos muito, muito perto de alcançar a primeira vitória numa das classes de MotoGP, neste caso em Moto 3 através de Miguel Oliveira! Não foi ainda desta, mas não tenho qualquer dúvida que essa vitória vai inevitavelmente surgir, dadas as qualidades de pilotagem e de fazer evoluir o seu material, por parte do nosso jovem representante. Verão, talvez já no próximo ano, que não estou enganado...Entretanto, chegou-nos a mais brutal das notícias: o nosso amigo Luís Carreira deixou-nos! Ficou apenas a sua memória, mas todos os que gostamos de motos e de Velocidade em particular ainda não queremos acreditar, pois o Luís era mesmo um bom homem e um grande piloto!

Jorge Viegas

Editorial

Noticiário

A NOTÍCIA CHEGOU BRUTAL, NA MANHÃ DE 15 DE NOVEMBRO: LUÍS CARREIRA HAVIA SOFRIDO UM GRAVE ACIDENTE NA QUALIFICAÇÃO PARA O GRANDE PRÉMIO DE MACAU, VINDO A FALECER EM CONSEQUÊNCIA DOS FERIMENTOS.O piloto de Albufeira participava pela sétima vez no G.P. de Macau, onde já havia terminado por três vezes no “top 10”, salientando-se o 4º posto obtido em 2008.Luís Filipe de Sousa Carreira era um dos mais bem sucedidos pilotos nacionais de Velocidade, numa carreira desenvolvida a partir de 1998. Conquistou o seu primeiro êxito em 2000, ao vencer o Troféu Hornet, e no passado seguinte ganhou o Troféu Honda CBR 600. A partir de 2002 concentrou a sua participação no principal Campeonato da modalidade, tendo sido quatro vezes campeão nacional – em 2005, 2008, 2009 e 2010 – na classe de Stocksport 1000. Na presente temporada o piloto de Albufeira não disputou o Campeonato Nacional, pois entretanto radicou-se em Angola.Luís Carreira foi também o nosso pioneiro no “road racing”, contando com quatro participações consecutivas no Tourist Trophy da Ilha de Man, desde a sua estreia em 2009, ano em que foi reconhecido como o “Rookie do Ano” naquela prova lendária, e um dos melhores estreantes de sempre. Foi também o primeiro português a alinhar na Northwest 200, na Irlanda do Norte, em 2011.O desaparecimento de Luís Carreira constitui uma perda irreparável para o motociclismo nacional, que assim perde um dos seus maiores expoentes, mas igualmente uma pessoa reconhecida pelo seu trato afável e conciliador.Nesta hora difícil, a Federação de Motociclismo de Portugal envia as suas mais sentidas condolências à família enlu-tada, na certeza de que Luís Carreira permanecerá na nossa memória.

Adeus Adeus Luís CarreiraLuís Carreira

O desporto nacional ficou de luto com o falecimento de Luís Carreira em Macau, no passado dia 15 de Novembro.

Luís Carreira contava com um dos melhores currículos da Velocidade nacional

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Noticiário

MIGUEL OLIVEIRA VOLTOU A SUBIR AO PÓDIO EM MOTO3, AGORA EM 2º LUGAR. ENTRETANTO, A ÉPOCA DE 2013 FICOU DEFINIDA.Dando sequência a uma boa segunda metade do Campeonato, sempre com classificações regulares dentro do top 10, Miguel Oliveira veio mesmo a dar “show” nas últimas ron-das da temporada. Na Austrália conseguiu mesmo o seu segundo pódio do ano, após o 3º lugar na Catalunha. Desta feita o piloto português subiu mais um degrau e foi 2º colocado, após boa luta com o Campeão Mundial Sandro Cortese.Na ronda final, em Valência, Miguel Oliveira começou por assegurar a sua melhor qualifi-cação de sempre, com um 2º lugar na grelha de partida. Na corrida, com o piso molhado, o

português sempre entre os homens da frente. A nove voltas do fim, integrava o grupo da frente com Efren Vazquez e Sandro Cortese, e seguia no 2º posto, quando Vazquez falhou uma travagem e caiu, levando consigo a Suter Honda de Miguel Oliveira rumo à gravilha. Um final inglório para uma corrida onde a vitória não estava longe.Entretanto, e no fim de semana da prova valenciana, Miguel Oliveira já havia anun-ciado a sua ligação para 2013 à Mahindra Racing, e terá a seu lado justamente Efren Vazquez. A equipa indiana aposta forte para o próximo ano, tendo investido bastante numa nova estrutura, que passará a estar sedeada na Suiça, e em estreita colaboração com a Suter, que estará fortemente empenhada na vertente técnica do projeto.

Ainda mais alto!

FICHA TÉCNICAEdição: Direção da Federação de Motociclismo de Portugal; Fotografia: Arquivo Motociclismo; Produção: Motorpress Lisboa; Impressão e Distribuição; Lidergraf; Tiragem: 1700 exemplares

CONFORME É DO CONHECIMENTO GERAL, DE 16 DE SETEMBRO A 1 DE OUTUBRO DO CORRENTE ANO DECORRERAM NA ALEMANHA, mais precisamente em Sachsenring, os ISDE (International Six Days Enduro), a maior e mais antiga com-petição por Selecções Nacionais orga-nizada pela Federação Internacional de Motociclismo.A Federação de Motociclismo de Portugal, como vem sendo hábito nos últimos anos,

esteve representada pela Selecção Nacional Junior, composta por 4 pilotos numa comi-tiva com um total de 16 elementos, obtendo a excelente classificação de 5º lugar entre 17 selecções/Países – conforme puderam ler na anterior edição desta revista.Vem esta Federação agradecer assim o apoio da companhia EUROPCAR, na ce-dência de uma das viaturas utilizadas para o transporte de motos e material diverso da comitiva.

Europcar com a FMP

FORAM LEVADOS A CABO CONTRO-LOS ANTI DOPAGEM NAS SEGUINTES MODALIDADES:Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno - em Idanha-a-Nova no dia 29 de Setembro de 2012;Campeonato Nacional de Supercross - na

Poutena no dia 5 de Agosto de 2012.Os controlos foram efectuados pela Federação de Motociclismo de Portugal com o Conselho Nacional de Antidopagem.Não foram detectadas quaisquer subs-tâncias proibidas ou evidência de uso de métodos proibidos, nas amostras re-

colhidas, específicas dos regulamentos do motociclismo.Os pilotos controlados foram:Todo-o-Terreno - Mário Patrão, Luís Filipe Ferreira e Hélder Rodrigues.Supercross – Hugo Basaúla, Paulo Alberto e Luís Correia.

Os números de 2012Provas 17Corridas nos pontos 11Pódios 2Posições no “top 5” 5Posições no “top 10” 11Qualificações na 1ª fila 4Total de pontos 114Posição final 8º lugar

Comunicado da Comissão Médica

Outra vez no pódio, agora com o 2º lugar na Austrália

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A FEDERAÇÃO DE MOTOCICLISMO DE PORTUGAL tem uma nova "casa", uma verdadeira sede, ali bem perto do edifício onde fun-cionava a FMP nos últimos anos, a Santos, em Lisboa. Trata-se de um espaço moderno e de linhas simples mas arrojadas que, como nos diz o Presidente da FMP, Jorge Viegas, no seu Editorial desta edição, espelha e "transmite os valores que sempre nortearam a nossa política para a federação: modernidade e transparência.A nova sede, que já se encontrava em funcionamento há algum tempo, foi agora inaugurada oficialmente, no passado dia 24 de Outubro, numa ocasião em que fomos honrados com presença do Secretário de Estado da Juventude e Desportos, Alexandre Mestre, bem como vários outros convidados, que puderam assim visitar as novas instalações, incluindo o auditório, onde o Presidente da FMP e o Sr. Secretário de Estado proferiram algumas palavras perante a imprensa presente.Regressando o Editorial desta edição, e quando faltam poucos meses para que se realizem eleições para os orgãos sociais da FMP, Jorge Viegas recorda que esta era "talvez, a última promessa que faltava cumprir pela actual equipa dirigente federativa, após o primeiro título mundial recentemente alcançado."E não se esqueçam: esta casa é também a vossa casa. Apareçam para nos fazer uma visita!

Fotos: Vítor Martins e J.C. Oliveira

As novas instalações da Federação de Motociclismo de Portugal foram inauguradas no passado dia 24 de Outubro.

A casa novaA casa novada FMPda FMP

Novas instalações

De linhas modernas, limpas mas arrojadas, a nova sede da FMP espelha os ideais desta instituição

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A 26ª EDIÇÃO DA BAJA DE PORTALEGRE FECHOU AS CONTAS DO CAMPEONATO NACIONAL DE TODO-O-TERRENO 2012, CONSAGRANDO UMA VEZ MAIS MÁRIO PATRÃO (SUZUKI) COMO CAMPEÃO ABSOLUTO, enquanto, nos quads, Roberto Borrego (Yamaha) terminava o Campeonato invicto, após conseguir a sua terceira vitória consecutiva em Portalegre.Nem Portalegre, e depois da vitória no prólogo para Luís Oliveira (Yamaha), a chuva e a lama foram os companheiros do pelotão no sábado, dia da prova. Largando no primeiro grupo, rapidamente Hélder Rodrigues (Honda) passou a rodar isolado na frente da corrida, situação que se manteve até aos derradeiros quilómetros, altura em que foi alcançado por António Maio (Yamaha), que tinha saído de Portalegre nove minutos depois do piloto da Honda. Os dois terminaram a prova juntos e Mário Patrão (Suzuki) acabou por chegar a seguir. Nas contas finais, António Maio conseguia a sua quinta vitória na Baja Portalegre, tornando-se assim no recordista absoluto de triunfos na prova, com Mário Patrão a terminar em segundo e Hélder Rodrigues em terceiro. Pedro Afonso e Luís Oliveira fechavam o top 5.

Texto e fotos: Moto Portugal

Maio venceu novamente em Portalegre, e Mário Patrão conquistou mais dois títulos (Absoluto e TT2) no Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno.

Os suspeitosdo costumedo costume

Nacional de TT

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Nos quads, Roberto Borrego (Yamaha) impôs-se a Rui Cascalho (Yamaha) e André Mendes (Suzuki). Finalmente, na classe destinada aos Buggys/UTV, o estreante David Além surpreendeu todos os “habitués” com a vitória nesta Baja Portalegre, batendo João Lopes, acompanhado por Bruno Santos, que se sagrou Campeão. O espanhol Teofilo Viñarás completou um pódio totalmente composto por UTV’s Polaris RZR.

Regressando às motos, Hélder Rodrigues afirmou que já estava com a cabeça no Dakar sul-americano: “Andei depressa, sobretudo até à pri-meira assistência, mas é mais cansativo rodar sozinho e logo a abrir a pista. Estou contente por ter sido terceiro, cumpri os objetivos traçados, claro que gostava de ganhar, mas nesta altura não posso colocar em causa a presença no Dakar. Andei a 70% a pista estava muito compli-cada nesta última parte e cair era tudo o que não queria” explicou na chegada a Portalegre.Na corrida dos Quads o avassalador domínio de Roberto Borrego ao

A BAJA DE PORTALEGRE INTEGROU TAMBÉM A TAÇA DO MUNDO DE BAJAS, QUE ALI TINHA A SUA DERRADEIRA PROVA, PARA OS PILOTOS INSCRITOS PARA O EFEITO. Hélder Rodrigues foi o vencedor na classe de motos até 450cc, Roberto Borrego dominou as operações entre os Quad e Liliana Calado arrebatou o troféu de Senhoras.Esta foi a primeira edição da Taça do Mundo de Bajas, que reuniu algumas das mais im-portantes provas do género realizadas na Europa – Bajas de Itália, Hungria, de Aragon e Portalegre – e uma paralela ao Rali de Marrocos. Cinco jornadas ao todo, a inaugurar uma competição que no futuro deve granjear maior adesão de participantes.Encerrada a competição, Hélder Rodrigues e Roberto Borrego ficaram em 5.º lugar da Taça do Mundo nas respectivas categorias, enquanto Liliana Calado pontuou em duas ocasiões e foi 2.ª na Taça de Senhoras.

Taça do mundo de Bajas

António Maio tornou-se no novo recordista de triunfos na Baja Portalegre, com cinco vitórias na mais reputada prova do Todo-o-Terreno nacional

Com o triunfo entre os Quads na Baja Portalegre, Roberto Borrego revalida o título de Campeão Nacional com uma temporada 100% vitoriosa

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Nacional de TT

longo do ano confirmou-se em Portalegre, e nem um toque numa pedra na fase inicial impediu a terceira vitória. “Foi uma corrida muito dura. Eu de cada vez que ganho a Baja Portalegre 500 digo que fui sempre uma prova mais dura que a do anterior, e desta vez isso não exceção. Foi para mim a corrida mais dura que fiz aqui. O terreno estava muito difícil, com muita lama, muitos buracos. Logo na fase inicial, perto de Nisa, dei um toque numa pedra e empenei um tirante da direção. Parei para reparar e com isso perdi vários lugares. No entanto, depois forcei o ritmo e ganhei pela terceira vez, o que me deixou muito satisfeito. O meu objetivo para este ano era ganhar seis corridas em seis e foi isso que consegui hoje”, referiu. João Lopes perdeu em Portalegre mas alcançou o maior objetivo, ser campeão. “A maior meta era essa. Na parte final fomos surpreendidos pelo David. Parabéns para ele, que fez uma grande prova e espero que para o ano esteja connosco mais vezes. Fizemos uma corrida com ca-beça, a pensar no título. Podia ter dado para ganhar, mas na parte final apanhámos um quad atascado e o meu navegador teve de sair para o ajudar”, explicou no final João Lopes. O outro candidato ao título, Jorge Monteiro, foi apenas quinto, atrás de Teófilo Viñarás que fechou o pódio e João Guilherme. Quanto a Mário Patrão, fez jus ao apelido para liderar uma vez mais uma temporada do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno, com a renovação dos títulos do piloto de Seia nas categorias Absoluto e TT2. O piloto da Suzuki afirmou no final que “sabia que bastava terminar dentro dos dez primeiros para poder renovar os meus títulos! Inicialmente, ainda apostei em levar de vencida a Baja Portalegre 500, mas com as difíceis condições climatéricas senti diferentes problemas de visibilidade e tudo se tornou mais complicado… Acabei por gerir a corrida e sair com mais dois triunfos para o meu palmarés, os quais dedico a toda a minha equipa, aos meus patrocinadores e a todos os meus apoiantes!” Mário Patrão detém o título na categoria TT2 ininterruptamente desde 2004, somando assim atualmente nove conquistas. No Absoluto, triunfa pela quinta vez, uma série iniciada na temporada de 2008.

Luís Oliveira voltou a ser rapidíssimo em Portalegre com a sua YZ 125, tendo ganho o prólogo. Em cima, Hélder Rodrigues foi terceiro na Baja, mesmo a "poupar-se" para o Dakar

João Lopes (em baixo) e Jorge Monteiro (em cima), 1º e 2º colocados no Nacional UTV/Buggy

Campeonato Nacional de TT - Absoluto

Moto Pontos1º Mário Patrão (Suzuki) 972º Luís Ferreira (Husqvarna) 843º David Megre (KTM) 594º Luís Teixeira (Husqvarna) 565º Paulo Felícia (Husqvarna) 48

Quads Pontos1º Roberto Borrego (Yamaha) 1002º André Mendes (Suzuki) 773º Miguel Rocha (Suzuki) 684º António Moreira (Polaris) 585º Rui Cascalho (Yamaha) 56

UTV/Buggy Pontos1º João Lopes (Polaris) 912º Jorge Monteiro (Polaris) 803º António Esteves (Can-Am) 514º Jorge Branco (Polaris) 415º Avelino Luís (Rage) 41

Classificações finais

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FALAMOS DOS “BRAVOS DO PELOTÃO”, QUE BATALHAM JORNADA A JORNADA, UNS PARA OBTEREM PONTOS PARA O RESPECTIVO TROFÉU, OUTROS APENAS PARA TERMINAR A COMPETIÇÃO E VENCEREM O DESAFIO DE UMA PROVA DE ENDURO.Este ano, conforme foi decerto do vosso conhecimento, algumas al-terações foram introduzidas no Campeonato, tendo como objectivo e preocupação principal combater a difícil situação financeira que toda a Europa enfrenta, e que, obviamente, se esperava ver reflectida no número de participações ao longo do ano desportivo. Começámos a temporada com uma jornada de um dia que completou a 9ª edição do Enduro de Góis. E que bom começo, pois na nossa opinião esta edição foi das mais conseguidas edições já organizadas. Marcaram presença um total de 68 pilotos à partida e um total de 57 à chegada – Verdes 1 – 15/14; Verdes 2 – 12/10; Veteranos – 17/12 e Hobby – 24/21.A segunda ronda era a estreia de 2012 e um teste às capacidades tanto organizativas como geográfico/materiais do clube Ecomotor. Foi uma excelente jornada de Enduro, tudo funcionando muito bem, tanto especiais, alternativas e tempos dos CHs. Um total de 123 pilotos à

Texto: Pedro Mariano Fotos: Luís Pedro Norte

Findo o 22º Campeonato Nacional de Enduro, é tempo de passar em revista as acesas competições nos Troféus Nacionais englobados neste.

Os bravosdo pelotãodo pelotão

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Carlos Pinho

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partida e 89 à chegada - Verdes 1 – 16/13; Verdes 2 – 14/13; Veteranos – 20/18; Hobby – 73/45).Rumámos à prova mais a Norte do calendário de 2012, onde o Motor Clube de Guimarães organizava a sua 10ª prova e a única de dois dias. O percurso era muito exigente, e devido às condições atmosféricas a sua degradação sentia-se de volta para volta, fazendo que aqueles que verdadeiramente gostam de Enduro ficassem 100% satisfeitos. A nível desportivo foi uma excelente jornada de Enduro. Um total de 70 pilotos à partida e 67 à chegada - Verdes 1 – 11/10; Verdes 2 – 10/8; Veteranos – 13/13; Hobby – 46/36).Voltámos ao Centro do País para a quarta prova, o XXVII Enduro da Figueira da Foz, que foi, como habitualmente, organizado pelo Moto Clube da Figueira da Foz, este ano com falhas não habituais nesta instituição. Um total de 139 pilotos à partida e 127 à chegada - Verdes 1 – 14/11; Verdes 2 – 14/10; Veteranos – 14/14; Hobby – 97/82).A quinta ronda foi um pouco mais a Sul, sendo o anfitrião o Moto Clube de Rio Maior, com o seu 3º Enduro, organizando porventura a sua me-lhor edição. Foi uma excelente jornada de Enduro, funcionando tudo muito bem, principalmente as especiais e os tempos dos dois CH´s bem distribuídos. Um total de 67 pilotos à partida e um total de 56 à chegada - Verdes 1 – 07/06; Verdes 2 – 12/10; Veteranos – 13/12; Hobby – 45/28).O ano acabaria em Ourém como o Natureza Acer a realizar o seu 13º

À esquerda, Duarte Morgado. À direita, Bernardo Megre.Na foto de baixo, Tiago Caetano

À esquerda, Arsénio Miranda

Nuno Santos

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Enduro, onde, apesar de termos sido forçados a alterar o programa oficial devido a um corte nas verbas por parte da Câmara, acabou por ser uma excelente prova para finalizar o Campeonato. Esta situação levou a reequacionar toda a prova, tendo sido combinado com a comis-são que esta passaria a um dia de duração e que não se realizaria a especial nocturna.Um total de 73 pilotos à partida e um total de 66 à chegada - Verdes 1 – 04/04; Verdes 2 – 09/09; Veteranos – 12/10; Hobby – 48/43).

VERDES IA Classe Verdes I foi dominada por Bernardo Megre, que levou de vencida 5 dos 7 resultados possíveis, deixando apenas para Stefan Pinheiro e Filipe Saúde a possibilidade de saborear a vitória nas restantes jornadas. Destes dois, Stefan ainda conseguiu uma segunda posição e dois terceiros lugares, enquanto Filipe ficou com dois segundos, dois terceiros e dois quartos lugares. Paulo Vieira conseguiu três segundos e um terceiro, faltando depois às últimas provas, enquanto Fausto Frade foi muito irregular, conseguindo ainda assim dois quartos e mais dois sextos como melhores resultados.Pilotos como Nuno Filipe, Nuno Barros, João Silva, Ricardo Pereira, Salvador Vargas, Carlos Serralheiro e Nelson Tomás foram aparecendo sem regularidade, justificando-se assim as suas pontuações finais.

VERDES IINa Classe Verdes II houve quatro vencedores distintos. Com efeito, foi Arturo Iglesias quem começou a ganhar, conseguindo ainda nova vitó-ria, dois segundos e quatro terceiros lugares. Outro vencedor foi Bruno Rocha que, além de ter saboreado a vitória duas vezes, conseguiu dois segundos, um terceiro, um sétimo e um nono lugar. Ivo Pinto teve duas vitórias e um segundo lugar nas poucas provas onde esteve presente, assim como Gonçalo Gomes com dois segundos e um quarto. Tanto o Espanhol Javi Quintas como Ricardo Vide foram muito irregulares, obtendo dois terceiros e mais dois quintos para o primeiro e entre quartos e nono para o segundo. A marcarem pontos estiveram também Marco Fidalgo, Fernando Silva, Luís Simões, Tiago Couto e Pedro Vide.

VETERANOSNa Classe dos mais velhinhos, os Veteranos, o grande dominador foi Paulo Miranda, que saboreou a vitória em cinco dias de sete possíveis. Arsénio Miranda venceu um dia, conseguindo três segundos, um terceiro e um quarto posto, sendo logo seguido pelo outro vencedor Carlos Pinho, que arrecadou ainda dois terceiros, dois quintos, e dois sétimos. O conhecido Mané Teixeira ficou-se por três segundos e dois terceiros, enquanto que o vencedor de 2011, António Carmo, não foi além de um terceiro, três quartos e um sexto nas corridas em que marcou presença. A marcarem pontos para este Troféu estiveram ainda os espanhóis Saul Viso, António Sanches Lopez e Ruben Perez, e ainda José Carlos Fraga, Fernando Sousa (pai), Rui Costa e José Alvoeiro.

HOBBYA classe Hobby - novidade e aposta de 2012 - contou com a presença de 24 pilotos em Góis, 73 em Torres Vedras, 46 em Fafe, 97 na Figueira

da Foz, 45 em Rio Maior e 48 em Ourém. Com o principal objectivo de dar uma oportunidade aos enduristas dos locais onde as provas se vão desenrolando, não é mais que um excelente meio de motivação a que os praticantes de fim-de-semana venham experimentar a competição, por menos importante que esta seja. Com efeito, foram surgindo um maior número de pilotos e equipas que mais não querem que passar um dia a competir e confraternizar na nossa modalidade de eleição. Alguns sacrifícios são pedidos a nível regulamentar a estes amadores, é certo, mas a competição e a lei assim o exigem (por exemplo, a clas-sificação final não poder ser homologada) e será sempre para o bem da modalidade. Confesso que é muito bom ouvir as críticas que até agora chegaram desta classe. Vários nomes conhecidos de outrora têm também aderido a esta inicia-tiva, destacando-se António Lopes, António Silva, Paulo Marques e José Santos, entre muitos amadores que fizeram questão de marcar presença. Para o ano lá os esperamos, comprometendo-nos a não cometer alguns erros que possam ter surgido. Os meus mais sinceros agradecimentos às organizações, bem como aos elementos da Comissão, e parabéns pelo trabalho e resultados alcançados por todos os pilotos. Um último agradecimento, em nome pessoal e da comissão, à MASAC/MSC por, mais uma vez, cederem os produtos DRENALINE e PUTOLINE, AUTO JARDIM, AJP, IRMÂOS SOUSA LDA, POLISPORT e GAS GAS por se terem associado ao Campeonato.Viva o Enduro!

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Em cima, Filipe Saúde. Em baixo, Paulo Vieira

Bruno Rocha (esquerda), Arturo Iglesias (direita)