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Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

Ministro do Planejamento, Orçamento e GestãoPaulo Bernardo Silva

INSTITUTO BRASILEIRO

DE GEOGRAFIA E

ESTATÍSTICA - IBGE

PresidenteEduardo Pereira Nunes

Diretor-ExecutivoSérgio da Costa Côrtes

ÓRGÃOS ESPECÍFICOS SINGULARES

Diretoria de PesquisasWasmália Socorro Barata Bivar

Diretoria de GeociênciasLuiz Paulo Souto Fortes

Diretoria de InformáticaPaulo César Moraes Simões

Centro de Documentação e Disseminação de InformaçõesDavid Wu Tai

Escola Nacional de Ciências EstatísticasSérgio da Costa Côrtes (interino)

UNIDADE RESPONSÁVEL

Diretoria de Geociências

Coordenação de GeodésiaMaria Cristina Barboza Lobianco

Ministério do Planejamento, Orçamento e GestãoInstituto Brasileiro de Geografi a e Estatística - IBGE

Diretoria de GeociênciasCoordenação de Geodésia

Manuais Técnicos em Geociênciasnúmero 10

Orientações para Instalação

de Estações de Monitoramento Contínuo

GNSS Compatíveis com a RBMC

Rio de Janeiro2010

Elaboração do arquivo PDFRoberto Cavararo

Produção de multimídia

Marisa Sigolo MendonçaMárcia do Rosário Brauns

Capa

Ubiratã O. dos Santos/Eduardo Sidney - Coordenação de Marketing/Centro de Documentação e Disseminação de Informações - CDDI

Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística - IBGE

Av. Franklin Roosevelt, 166 - Centro - 20021-120 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil

ISSN 0103-9598 Manuais técnicos em geociênciasDivulga os procedimentos metodológicos utilizados nos estudos e pesquisas de geociências.

ISBN 978-85-240-4171-6 (CD-ROM)

ISBN 978-85-240-4170-9 (meio impresso)

© IBGE. 2010

Sumário

Apresentação

Introdução

Procedimentos para a instalação de uma estação

de monitoramento contínuo compatível com a Rede Brasileira

de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS - RBMC

Reconhecimento e escolha do local

Orientações para aquisição do receptor/antena GNSS

Receptor

Antena

Construção do marco

Instalação dos equipamentos (receptor/antena GNSS)

Informações adicionais

Procedimentos para a integração de uma estação

de monitoramento contínuo GNSS na RBMC

Responsabilidades e política de dados

Centro Operacional

Centro de Controle da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS - Kátia Duarte Pereira

Integrando uma estação GNSS permanente na RBMC

Referências

Anexos

1 Formulário de reconhecimento da estação GNSS permanente

2 Relatório de ocupação da estação GNSS permanente

Apresentação

Este documento tem o propósito de orientar as instituições que pos-suem interesse em instalar uma estação GNSS (Sistemas Globais

de Navegação por Satélites - Global Navigation Satellite Systems) de operação contínua, descrevendo, assim, os requisitos e recomendações mínimas para sua implantação e operação. O mesmo também descreve as principais diretrizes para integrar uma nova estação GNSS perma-nente à Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS – RBMC. Ele foi elaborado com base na bibliografi a existente, e que é usada por várias instituições internacionais, e na experiência adquirida pelo IBGE nos mais de dez anos em que vem implantando e operando a RBMC. A literatura em questão está listada nas Referências, ao fi nal da publicação.

Considerando que a operação da RBMC se baseia na cooperação voluntária com mais de 30 instituições governamentais e acadêmicas, as mesmas devem seguir as normas e ter as condições mínimas que garantam a operacionalidade e a qualidade dos dados produzidos pelas estações, bem como as etapas a serem percorridas na implantação de uma nova estação da RBMC.

A fi m de manter este documento atualizado, o IBGE agradece a colaboração da sociedade com sugestões e comentários sobre o documento, enviando-os para os e-mails: [email protected] e/ou [email protected].

Luiz Paulo Souto FortesDiretor de Geociências

Introdução

O estabelecimento da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS - RBMC foi iniciado no fi nal do ano de 1996,

sendo a estação PARA (Curitiba, PR) a primeira a ser ofi cialmente ins-talada. Antes da estação PARA, somente as estações FORT (Euzébio, CE) e BRAZ (Brasília, DF) haviam sido implantadas em parceria com órgãos internacionais, os quais disponibilizaram equipamentos para as respectivas estações. Neste período, cada estação possuía um receptor e um microcomputador, no qual os dados do receptor eram reformatados e, por uma conexão telefônica, eram transferidos para o Centro de Controle da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS - Kátia Duarte Pereira, doravante denominado CCRBMC. Até o início do ano de 2007, a RBMC possuía 27 estações, a maioria delas com esta confi guração.

Em outubro de 2010, a RBMC é constituída por 80 estações de funcionamento contínuo com coordenadas precisamente conhecidas e monitoradas através do processamento semanal dos seus dados. Com a adoção ofi cial do Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas – SIRGAS2000, no Brasil em 2005, a RBMC assumiu um papel de grande importância, sendo a Rede de Referência do novo referencial geodésico.

Atualmente, a maioria das estações possui receptores de última geração, os quais dispensam o uso de computadores e a sua comuni-cação com o CCRBMC para gerenciamento e transferência dos dados é feita através da Internet. Uma vez confi gurados, os receptores trans-mitem dados diariamente e/ou em tempo real, dependendo da estação.

Com mais de dez anos de operação, a RBMC é hoje uma das principais estruturas geodésicas de referência do país e a mais usada pelos topógrafos e engenheiros nos seus trabalhos de georeferencia-mento e infraestrutura. Além, de apoiar atividades técnicas, que exi-

Orientações para Instalação de Estações

_______________________________________________de Monitoramento Contínuo GNSS Compatíveis com a RBMC

gem posicionamento preciso, subsidia o segmento acadêmico no desenvolvimento de pesquisas científi cas. O sucesso de mais de uma década se deve não somente ao IBGE, mas também às instituições parceiras que contribuem na implementação e operacionalização desta rede. Sendo assim, após a experiência adquirida nos últimos anos com a modernização da rede e sua expansão, verifi cou-se a necessidade da elaboração de um documento que contivesse os requisitos necessários para a insta-lação de uma estação GNSS (Sistemas Globais de Navegação por Satélites - Global Navigation Satellite Systems) de operação contínua e sua integração à RBMC.

Tal integração está condicionada ao cumprimento de uma série de exigências, que vão desde a escolha do local de sua instalação, passando para o tipo de marco e equipamento, até ao tipo de comunicação para a transferência dos dados. Sendo assim, a primeira etapa a ser cumprida é a escolha do local onde será construído o marco geodésico, passando para o tipo de marco e o tipo de equipamento. A qualidade e tipo da comunicação é outro fator de extrema importância para a operação das estações da RBMC, pois é necessário o acesso a qualquer tempo ao receptor, permitindo sua confi guração quando necessário e a transferência de dados. Os itens contidos neste documento descrevem as condições mínimas a serem seguidas conforme a sequência de etapas descritas a seguir.

Procedimentos para a instalação

de uma estação de monitoramento

contínuo compatível com a Rede

Brasileira de Monitoramento Contínuo

dos Sistemas GNSS - RBMC

Reconhecimento e escolha do local

Na etapa de reconhecimento do local da nova estação GNSS permanente, deve-se preencher o formulário constante no ANEXO 1. O local a ser selecionado para a instalação da estação deve atender às seguintes características:

a. A estação deve estar localizada em um bloco da crosta estável, deve-se evitar a proximidade de falhas ativas ou outras fontes de deformação ou subsidência;

b. A estação deve estar localizada em material estável, de preferência rocha. Deve ser desconsiderado o solo vulnerável a deslizamentos de terra, afundamento, mudanças nas águas subterrâneas e qual-quer fator que possa afetar a estabilidade do pilar da estação;

c. A linha do horizonte em torno da estação deve estar livre de obs-táculos em um ângulo de elevação superior a 5 graus. Entre 0 e 5 graus, a presença de obstáculos deve ser mínima e, quando existir, deverá ser mapeada e indicada no formulário presente no ANEXO 2;

d. O local a ser escolhido não deve ser afetado por alterações futuras no seu ambiente, como, por exemplo, plantação de árvores poten-cialmente altas, tais como eucaliptos, construção de edifícios, etc;

e. Deve-se escolher locais livres de interferência de ondas de rádio e de superfícies refl etoras ou outras fontes de sinal refl etido (mul-ticaminho);

f. O local da estação não deve ser afetado por vibração excessiva, seja por causas naturais ou artifi ciais, tais como as marés oceânicas ou o tráfego de veículos pesados;

g. No caso de o local escolhido ser um prédio, deve-se escolher preferencialmente construções que não excedam a dois andares.

Orientações para Instalação de Estações

_______________________________________________de Monitoramento Contínuo GNSS Compatíveis com a RBMC

Deve-se verifi car também se o prédio ultrapassou o período de assentamento ou recalque (normalmente superior a cinco anos após sua construção). Estes prédios não devem apresentar desgastes estruturais, processos de fratura ou afundamento. É necessário que o marco a ser construído coincida com as vigas ou colunas es-truturais do prédio, devendo estar engastado/amarrado à ferragem de uma coluna ou viga de concreto do prédio;

h. Deve-se estimar a distância entre o marco onde será instalada a antena e a sala onde fi cará o receptor GNSS, levando em consideração a altura do pilar, a profun-didade em que o cabeamento estará enterrado e as devidas passagens, portanto,

não é uma distância linear;

i. Deve ser evitado o uso de conexões adicionais no cabeamento que liga a antena ao receptor, pois isso poderá prejudicar a recepção dos sinais dos satélites no receptor. Portanto, deve-se adotar um cabo único;

j. O local onde será instalado o receptor deverá ter fornecimento permanente de energia elétrica durante as 24 horas do dia, nos sete dias da semana. O dimen-sionamento do fornecimento de energia elétrica deve ser avaliado para evitar instabilidades e oscilações de tensão;

k. Para evitar a parada do funcionamento da estação por oscilação ou falta inespe-rada de energia deve ser instalado um sistema no-break ou UPS (Uninterruptible Power Supplies) com autonomia de 72 horas, para manter no mínimo o receptor funcionando. Para casos em que a estação fornecer dados em tempo real, o siste-ma no-break deverá estar dimensionado para também manter em funcionamento, pelo mesmo período, o sistema de comunicação;

l. Uma necessidade primordial para a escolha do local diz respeito à comunicação para a transferência dos dados, gerenciamento e confi gurações do receptor. Sendo assim, o local onde for instalado o receptor deve possuir rede lógica funcionando durante as 24 horas do dia, nos sete dias da semana, com um ponto de Internet disponível para o receptor, preferencialmente com um IP público. Se houver so-mente a possibilidade da utilização de um IP corporativo, será necessário confi gurar um NAT (Network Address Translation). Os endereços IP dos servidores que terão permissão para fazer acesso ao receptor da estação serão informados pelo IBGE. A instituição que abrigará o receptor deverá, em caso de utilização de IP corporativo, fornecer o número do IP público para acesso ao mesmo através do NAT. Deverão ser liberadas, para o envio e recebimento de dados, as seguintes portas: 21, 80, 5017, 5018, 5019, 5021. Em caso de necessidade, será solicitada, pelo CCRBMC, a liberação de portas de acesso adicionais, para realização de testes ou adequação de novas características/padrões de funcionamento das Estações da RBMC.

m. Recomenda-se a construção de dois ou três pontos de controle (Excêntrico) em torno da estação principal (~ 200 m), para que possa ser realizado monitoramento através de levantamentos periódicos nos quais possam ser observados movimen-tos ou deformações locais, em caso de necessidade;

n. O local a ser escolhido deve oferecer segurança ao marco, à antena, ao receptor, ao cabo da antena e demais equipamentos da estação, evitando-se locais suscetíveis a trânsito de pessoas, animais e veículos que possam de qualquer forma causar danos ao marco e aos equipamentos da estação ou provocar obstruções e ruídos

Procedimentos para a instalação de uma estação de monitoramento contínuo

compatível com a Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS - RBMC ________________________

no recebimento dos sinais dos satélites. Além disso, para pessoas autorizadas, o local do receptor e do marco deve ser de fácil acesso; e

o. Deve ser garantida a qualidade dos sinais recebidos pelo receptor GNSS, ou seja, deve-se evitar ao máximo a recepção de sinais eletromagnéticos de outras fontes, tais como: multicaminho, radar, televisão, telefonia móvel, etc. Para isso, deve-se desconsiderar locais próximos a superfícies que podem refl etir os sinais dos satélites e a fontes emissoras de sinais de rádio, principalmente daquelas que transmitem frequências compreendidas entre os intervalos de 1,17 GHz a 1,21 GHz, 1,22 GHz a 1,28 GHz e 1,57GHz a 1,61GHz.

Orientações para aquisição do receptor/antena GNSS

Os equipamentos devem atender às seguintes características:

Receptor

a. No mínimo de 12 canais independentes, para cada tipo de onda portadora e sistema de satélite, com capacidade de rastrear:

» fases completas dos sinais L1, L2 e L5; e

» códigos C/A, P e L2C.

b. Autonomia dos canais em selecionar qual técnica a ser utilizada na observação do sinal emitido pelo satélite, isto é, a possibilidade de observar ao mesmo tempo o código P, quando este não estiver criptografado, e o código Y nos sinais daqueles com implementação de anti-spoofi ng (AS);

c. Possibilidade de rastreio de sinais enviados tanto pelo sistema GPS (Global Positio-ning System), quanto pelo GLONASS (Global Navigation Satellite System) e GALILEO;

d. Recursos que minimizem a radiointerferência, os efeitos de multicaminho (multi-path), assim como os níveis de ruído na aquisição dos sinais de uma forma geral;

e. Possuir no mínimo: duas portas seriais RS232 e uma porta USB para comunicação;

f. Memória com capacidade mínima de armazenamento de 1GB de dados, podendo ser expandida ao menos até 2 GB, através de cartões de memória disponíveis no mercado ou memória sufi ciente para armazenar 30 dias de rastreio a um intervalo de coleta de 1 pulse per second (PPS);

g. Intervalo de gravação de dados variável de até 1 Hz (1 PPS);

h. Bateria interna, autorrecarregável pelo próprio receptor, com autonomia mínima de 14 horas de rastreio, e capacidade de alimentação externa com bateria de 12 V;

i. Suporte para conexão do receptor diretamente à LAN/Internet (interface ethernet) sem necessidade de conectá-lo a um computador;

j. Possibilidade de controle remoto do receptor e de transferência das observações em tempo real através da Internet;

Orientações para Instalação de Estações

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k. Possibilidade de armazenamento das observações na memória interna do receptor ao mesmo tempo em que são transferidas através da Internet para o CCRBMC; e

l. Assistência técnica e manutenção por representante nacional devidamente capa-citado.

Antena

m. Antena geodésica externa capaz de receber sinais em duas1 frequências, com alta resistência ao efeito de multicaminho, do tipo choke ring ou com desempenho equivalente;

n. Técnica de observação do atual sinal L2 que ofereça bom desempenho sob alta atividade ionosférica (isto é, semi-codeless ou equivalente), apresentando uma perda de intensidade de sinal não superior a 14 dB;

o. Possibilidade de rastrear os sinais do GPS Modernizado, além dos sistemas GLONASS e GALILEO;

p. Ser à prova d’água;

q. Suportar temperaturas de operação de -20°C a +60°C;

r. Centro de fase estável com desvio de, no máximo, 1 mm e com valores de calibra-ção divulgados pelo International GNSS Service - IGS; e

s. Cabo com comprimento de pelo menos 30 metros para conectar ao receptor.

Construção do marco

O marco a ser adotado para as estações GNSS permanentes é do tipo pilar de concreto com dispositivo de centragem forçada no seu topo. As especifi cações para a construção deste marco são encontradas no documento do IBGE, Padronização de marcos geodésicos, no item 6.2.2.

Os materiais a serem utilizados na construção do marco e dispositivo de cen-tragem forçada, tais como: concreto, metal, pinturas, etc, devem ser resistentes aos efeitos do ambiente e não serem propensos à oxidação ou erosão.

Alguns detalhes na construção do marco devem ser mencionados, tais como:

a. O dispositivo de centragem forçada a ser fi xado no topo do pilar deve ser padrão RBMC (PADRONIZAÇÃO..., 2008, p. 19-21).

b. Deve-se tirar fotos de todas as etapas da construção do marco, desde o momento da fundação até a pintura;

c. A tubulação para passagem do cabo antena/receptor deve ser de pelo menos 2” (50mm), pois o cabo de alguns receptores possui conectores do tipo “L”, com di-mensão de 1”1/2, em cada uma de suas extremidades;

1 Tripla frequência caso sejam considerados os novos sinais do GPS (onda portadora L5) e GLONASS (onda portadora G3) após suas respectivas fases de modernização e o sinal da portadora E5 do GALILEO que está em fase de implementação.

Procedimentos para a instalação de uma estação de monitoramento contínuo

compatível com a Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS - RBMC ________________________

d. Recomenda-se a vedação, com silicone ou material semelhante, das extremidades da tubulação para passagem do cabo de conexão antena/receptor, evitando assim a entrada de insetos ou água;

e. No momento da fi xação do dispositivo de centragem forçada, deve-se utilizar um dispositivo para centralizá-lo e verticalizá-lo no marco, ou seja, o ponto de referência da antena deve ser posicionado verticalmente à estação. A cabeça do dispositivo deverá fi car entre 5 e 10 centímetros acima da base do marco de concreto, pois algumas antenas possuem o conector inclinado ou direcionado para baixo em sua parte inferior;

f. A antena deve estar horizontalizada e voltada para o norte verdadeiro, utilizando a sua marca de referência. Quando a antena não possuir uma marca de orientação para o norte, deve-se fazer uma sinalização no topo do marco onde o conector da antena deverá fi car posicionado. No caso de uma eventual troca da antena, o conec-tor ou a marca de referência deverá fi car na mesma posição anterior à sua troca; e

g. Para a fi xação do dispositivo de centragem forçada no marco, deve-se utilizar re-sina epóxi do tipo SIKADUR 31 ou SIKADUR 32, ou similar, e esperar no mínimo o período de cura inicial da resina, em condições normais de secagem, para que a antena possa ser instalada.

Instalação dos equipamentos (receptor/antena GNSS)

A descrição da estação e outras informações referentes à instalação devem ser documentadas no relatório de descrição da estação da RBMC, constante no ANEXO 2.

a. A altura da antena deve ser medida na vertical, com precisão milimétrica ou melhor.

b. Nesta etapa, devem ser tirados pelo menos quatro tipos de fotografi as:

» Fotografi as que mostrem o monumento com a antena e seus arredores nas direções Norte/Sul, Sul/Norte, Leste/Oeste e Oeste/Leste;

» Fotografi as que mostrem o dispositivo de centragem forçada, a antena ins-talada, e o cabo da antena/receptor, ou seja, destacando a fi xação da antena ao dispositivo de centragem forçada e a conexão do cabo na antena;

» Fotografi as que mostrem o local e estruturas de apoio (tomadas de energia e rede lógica, no-break, entre outras) onde foi instalado o receptor e as co-nexões de cabos do receptor; e

» Fotografi as que mostrem os modelos e números de séries do receptor, antena e acessórios do receptor;

c. Após a instalação da antena no marco e sua conexão com o receptor, a etapa pos-terior é a instalação do receptor e a confi guração do seu fi rmware. Cada modelo de receptor tem um procedimento específi co de confi guração do seu fi rmware. Neste momento também deve ser feita a confi guração de rede e ser testada a conexão do receptor com o CCRBMC; e

Orientações para Instalação de Estações

_______________________________________________de Monitoramento Contínuo GNSS Compatíveis com a RBMC

d. Recomenda-se proteger a estação contra descargas elétricas instalando um sis-tema de pára-raios, de preferência do tipo ionizantes, evitando, assim, a queima dos equipamentos.

Informações adicionais

Uma vez instalados, os equipamentos não devem ser manuseados, desligados ou trocados de lugar sem que haja justifi cada necessidade. No caso da necessidade de manuseio dos equipamentos ou alteração do local onde estão instalados, deve-se contatar o CCRBMC, para que estas atividades sejam planejadas e acompanhadas.

Cada estação possui três tipos de identifi cação. Uma adotada pelo IBGE no seu Banco de Dados Geodésicos, com cinco dígitos. A segunda identifi cação possui quatro caracteres, que corresponde a uma abreviação do nome da estação, a qual pode ser indicada pelo parceiro2. Sugere-se que os dois primeiros caracteres sejam a sigla do estado e os dois últimos a abreviatura do nome da cidade onde a estação foi instalada. E a terceira identifi cação, denominada de DOMES NUMBER, é indicada pelo International Earth Rotation and References Systems Service - IERS. Sendo assim, deve ser feito um pedido ao IERS.3

Os modelos do receptor e antena GNSS devem, preferencialmente, constar no inventário de receptores e antenas do International GNSS Service - IGS.4

Os operadores da estação devem manter o fi rmware do receptor atualizado. Sempre que esta atualização for feita, deve ser contatado o CCRBMC, informando sobre esta atualização e a data em que este procedimento irá ocorrer.

Em decorrência da evolução tecnológica, recomenda-se a atualização ou a substituição do equipamento para possibilitar o rastreio dos novos sinais GNSS dis-poníveis. No entanto, a mudança dos equipamentos deve ser minimizada para evitar variações signifi cativas nas coordenadas da estação.

2 A fi m de evitar uma duplicação, o identifi cador proposto deve ser consultado no endereço: http://itrf.ensg.ign.fr/select_code.php 3 Este pedido deverá ser feito através da Internet, no endereço: http://itrf.ensg.ign.fr/domes_request.php4 As informações sobre este inventário podem ser encontradas na Internet, no endereço: http://igscb.jpl.nasa.gov/igscb/station/general/rcvr_ant.tab

Procedimentos para a integração

de uma estação de monitoramento

contínuo GNSS na RBMC

Responsabilidades e política de dados

Em primeiro lugar, deve-se identifi car dois segmentos de extrema importância para o sucesso no funcionamento da RBMC, sendo eles os Centros Operacionais e o CCRBMC. Os Centros Operacionais são as instituições parceiras dispostas a fornecer, gratuitamente, dados obser-vacionais de uma ou várias estações GNSS de funcionamento contínuo. Eles são o elo entre as estações da RBMC e o CCRBMC. O CCRBMC é representado pelo IBGE através da Coordenação de Geodésia e é respon-sável pelo recebimento, tratamento e disponibilização dos dados através da Internet. As principais atribuições destes dois segmentos são:

Centro Operacional

a. Prover o local adequado com rede elétrica, refrigeração e mobiliário para manutenção do receptor e antena da estação RBMC;

b. Disponibilizar um ponto (IP público) na rede lógica, visando o con-trole remoto e transferência (permanente) dos dados;

c. Disponibilizar no-break adequado para o desempenho da função estabelecida;

d. Arquivar os dados brutos originais das estações a longo prazo. Todos os dados de observação devem ser preservados, a fi m de torná-los disponíveis para uma eventual necessidade de pesquisa ou dos usuários da RBMC;

e. Os modelos do receptor e antena GNSS devem, preferencialmente, constar no inventário de receptores e antenas do IGS.5

5 As informações sobre este inventário podem ser encontradas na Internet, no endereço: http://igscb.jpl.nasa.gov/igscb/station/general/rcvr_ant.tab

Orientações para Instalação de Estações

_______________________________________________de Monitoramento Contínuo GNSS Compatíveis com a RBMC

f. Devem manter o fi rmware do receptor atualizado. Sempre que esta atualização for feita deve ser contatado o CCRBMC, informando sobre esta atualização e a data em que este procedimento irá ocorrer;

g. Permitir o acesso, em qualquer horário, sempre que houver necessidade, aos ser-vidores do IBGE às instalações da estação RBMC;

h. Designar um técnico responsável pelo suporte operacional da estação RBMC, duran-te o horário de expediente, visando solucionar eventuais problemas na operação;

Centro de Controle da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS - Kátia Duarte Pereira

i. Responsabilizar-se pela operação remota da estação, em caráter permanente;

j. Proporcionar treinamento de técnicos do Centro Operacional, envolvidos na ope-ração local da estação;

k. Executar uma verifi cação da qualidade dos dados antes de disponibilizá-los para os Centros de Processamento. O programa empregado para esta tarefa é o Translation Editing and Quality Check - TEQC.6 A verifi cação mínima consiste de uma análise de: número total de observações, número total de satélites observados, data do registro da primeira observação, nome da estação, modelos receptor / tipos de antena e altura da antena. Arquivos, que não cumpram os mínimos de verifi cação, não serão disponibilizados pelo CCRBMC;

l. Disponibilizar na Internet (no portal do IBGE) os relatórios da estação;

m. Atualizar o relatório da estação da RBMC quando houver qualquer modifi cação no equipamento ou marco, e informar aos usuários sobre esta alteração;

n. Informar qualquer problema operacional (condições anormais) relacionado com a estação, por exemplo, interrupções de dados devido a problemas de equipamentos ou infraestrutura. Este comunicado deverá ser realizado através do portal do IBGE e da mala direta dos usuários da RBMC;

o. Acompanhar, através de visitas técnicas, as condições de instalação e operação da estação; e

p. Disponibilizar através da Internet os arquivos diários de observações GNSS da referida estação.

Integrando uma estação GNSS permanente na

RBMC

Para integrar uma estação à RBMC, será necessário cumprir etapas que estão descritas nos próximos parágrafos.

a. Deve ser feito um contato com o Projeto RBMC através do e-mail: [email protected], informando sobre a intenção de incluir uma estação GNSS ou GPS permanente na RBMC, o calendário de implantação da estação, no caso de a estação ainda não

6 Este programa, para uma grande variedade de plataformas de computadores e sistemas operacionais, está disponível na Internet, no endereço: http://www.unavco.org/facility/software/teqc/teqc.html

Procedimentos para a integração de uma estação

de monitoramento contínuo GNSS na RBMC _______________________________________________________________

ter sido instalada, e preencher o formulário de reconhecimento de uma estação da RBMC. Certifi que-se que a estação satisfaz os requisitos de uma estação da RBMC, descritos neste documento;

b. Preparar o Relatório de ocupação da estação GNSS permanente e encaminhar para o CCRBMC. Um exemplo de relatório de ocupação pode ser encontrado no ANEXO 2;

c. As fotografi as tomadas nos momentos de Reconhecimento e escolha do local, construção das infraestruturas da estação e instalação dos equipamentos, incluindo fotografi as dos arredores do marco e da sala onde será ou está instalado o receptor deverão ser encaminhadas para o CCRBMC;

d. Os códigos de identifi cação da estação serão solicitados e determinados pelo CCR-BMC, caso esta tarefa não tenha sido cumprida pelo parceiro que esteja solicitando a integração da estação na RBMC;

e. Informar ao CCRBMC o IP público ou NAT liberado para a transmissão de dados nas seguintes portas: 21, 80, 5017, 5018, 5019, 5021, visando assim o gerenciamento da estação e a transferência dos dados pelo IBGE. A partir deste momento é iniciada a fase de teste da estação;

f. Depois que a estação passar pelo período de teste de comunicação e avaliação dos dados ela será incorporada de forma operacional na RBMC, para a disponibilização diária dos seus dados; e

g. Qualquer requisito ou necessidade de análise que seja identifi cada durante os processos de avaliação e integração da nova estação à RBMC serão indicados e tratados pelo CCRBMC em conjunto com o parceiro que esteja solicitando a inte-gração da estação na RBMC.

Referências

COMBRINCK, W. L.; SCHMIDT, M. Physical site specifi cations: geodetic site monumentation. Trabalho apresentado no IGS Network Systems Workshop em Annapolis, nov. 1998. Disponível em: <http://www.hartrao.ac.za/geodesy/SITE_MON.HTM>. Acesso em: nov. 2010.

GUIDELINES for establishing and operating a CORS. In: GUIDELINES for new and existing continuously: operating reference stations (CORS). p. 6-14. Silver Spring, MD: National Geodetic Survey – NGS; National Ocean Survey – NOAA, Feb. 2006. Disponível em: <http://www.ngs.noaa.gov/PUBS_LIB/CORS_guidelines.pdf>. Acesso em: nov. 2010.

GUIDELINES for EPN stations & operational centres. Bressels, Belgium: EPN Central Bureau, Mar. 2010. Disponível em: <www.epncb.oma.be/_organisation/guidelines/guidelines_station_operationalcentre.pdf>. Acesso em: nov. 2010.

IGS site guidelines. [Pasadena, CA]: International GNSS Servive - IGS, Central Bureau, 2007. Disponível em: <http://igscb.jpl.nasa.gov/network/guidelines/guidelines.html>. Acesso em: nov. 2010.

MONUMENTATION design and implementation recommendations. [Pasadena, CA]: International GNSS Servive - IGS, Central Bureau, [2010]. Disponível em: <http://igscb.jpl.nasa.gov/network/monumentation.html>. Acesso em: nov. 2010.

PADRONIZAÇÃO de marcos geodésicos. Rio de Janeiro: IBGE, Diretoria de Geociências, 2008. Disponível em: <ftp://geoftp.ibge.gov.br/documentos/geodesia/pdf/Padronizacao_marcos_geodesicos_ago08.pdf>. Acesso em: dez. 2010.

PERMANENT station GPS/GNSS. Monumentation of permanent GPS stations – UNAVCO. Boulder, CO: UNAVCO, [2010]. Disponível em: <http://facility.unavco.org/project_support/permanent/monumentation/monument_table.html>. Acesso em: nov. 2010.

Anexos

1 Formulário de reconhecimento da estação GNSS

permanente.

2 Relatório de ocupação da estação GNSS permanente.

Anexos __________________________________________________________________________________________________

Anexo 1 - Formulário de reconhecimento da estação GNSS permanente

RBMC – Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS

Município: Estado:

Local da Estação: _________________________________________________________

Longitude:____° ____‘ ____“W Latitude:____° ____‘ ____“S

Endereço da Estação: _____________________________________________________

Responsável no local: _____________________________________________________

Endereço: ________________________________________________________________Telefone: ( ) ______________________________________________________________E-mail: ___________________________________________________________________

Responsável técnico para contato: _________________________________________

Endereço: ________________________________________________________________Telefone: ( ) ______________________________________________________________E-mail: ___________________________________________________________________Local seguro? _____________________________________________________________

Disponibilidade de energia elétrica:

Disponibilidade de IP público ou NAT para acessar a estação:

Quem é o Responsável pela informática: Informar distância até a antena (30 metros no máximo):

Que tipo de marco será construído:

Detalhes para a construção: (Tipo do pilar, medidas do pilar após construção e outras informações que o responsável pela instalação da estação julgar importante)

Fotos/croqui da localização:

Orientações para Instalação de Estações

_______________________________________________de Monitoramento Contínuo GNSS Compatíveis com a RBMC

OBS:

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__________________________________________________________________________

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CROQUIS:

Data do reconhecimento: _________________________________________________

Responsável: _____________________________________________________________

Anexos __________________________________________________________________________________________________

Anexo 2 - Relatório de ocupação da estação GNSS permanente

RBMC – Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS

Município: Estado:

Localidade:

Código: Inscrição na chapa:

Data de instalação: Dia do ano: Dia Juliano:

Coordenadas aproximadas:Latitude:____° ____‘ ____“S

Longitude:____° ____‘ ____“W

Obs.: Descrever os acessos e referências que permitam uma boa caracterização e identifi cação da localização

do ponto. Incluir os nomes das localidades, ruas, avenidas, etc. Descrever também todas as referências e visão

geral da área.

Localização:

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Descrição:

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Itinerário:

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Orientações para Instalação de Estações

_______________________________________________de Monitoramento Contínuo GNSS Compatíveis com a RBMC

Equipe Responsável:

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Croqui:

Gráfi co de visibilidade:

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Anexos __________________________________________________________________________________________________

EQUIPAMENTO

Marca ModeloHORÁRIO Instalação

(TUC)

Receptor:

Antena:

INTERVALO DE RASTREIO: segundos

Medidas de altura da antena (vertical)

INÍCIO FIM

1a m m

2a m m

3a m m

ALTURA FINAL � m

OBSERVAÇÕES:

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Diretoria de Geociências

Coordenação de Geodésia

Maria Cristina Barboza Lobianco

Técnicos responsáveis

Jardel Aparecido Fazan

Newton José de Moura Junior

Clinger Penteado de Melo

Marcelo Henrique Ferreira Barbosa

Rodrigo Augusto Quirino

Sonia Maria Alves Costa

Wagner Carrupt Machado

Gerência de Documentação e Informação – GDI

Amauri Silva

Mônica Malaquias de Campos

Programa Editorial

Ceni Maria de Paula de Souza

Jerônimo Pedro Nogueira do Couto

Rubens de Oliveira Theophilo

Copidesque e Revisão

Iaracy Prazeres Gomes

Robson Waldhelm

Projeto Editorial

Centro de Documentação e Disseminação de Informações

Coordenação de Produção

Marise Maria Ferreira

Gerência de Editoração

Estruturação textual

Katia Vaz Cavalcanti

Marisa Sigolo

Equipe técnica

Orientações para Instalação de Estações

_______________________________________________de Monitoramento Contínuo GNSS Compatíveis com a RBMC

Copidesque e revisão

Anna Maria dos Santos

Cristina R. C. de Carvalho

Kátia Domingos Vieira

Diagramação textual

Augusto César Santos da Costa Barros

Programação visual da publicação

Luiz Carlos Chagas Teixeira

Tratamento de arquivos e mapas

Evilmerodac Domingos da Silva

Produção de multimídia

Márcia do Rosário Brauns

Marisa Sigolo

Mônica Pimentel Cinelli Ribeiro

Roberto Cavararo

Gerência de Documentação

Pesquisa e normalização bibliográfi ca

Ana Raquel Gomes da Silva

Aline Oliveira da Rocha (Estagiária)

Bruno Klein

Catia Vasconcellos Marques

Hector Rodrigo Brandão Oliveira (Estagiário)

Lioara Mandoju

Solange de Oliveira Santos

Padronização de glossários

Ana Raquel Gomes da Silva

Elaboração de quartas-capas

Ana Raquel Gomes da Silva

Lioara Mandoju

Gerência de Gráfi ca

Impressão e acabamento

Maria Alice da Silva Neves Nabuco

Gráfi ca Digital

Impressão

Ednalva Maia do Monte