163
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL MUNICIPIO DE LOULÉ CÂMARA MUNICIPAL DE LOULÉ SERVIÇO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO CIVIL 2014

MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

  • Upload
    dinhdan

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL

MUNICIPIO DE LOULÉ

CÂMARA MUNICIPAL DE LOULÉ

SERVIÇO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO CIVIL

2014

Page 2: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Edição Câmara Municipal de Loulé

Elaboração Divisão de Proteção Civil e de Vigilância | Serviço Municipal de Proteção Civil de Loulé

Direção Vitor Manuel Goncalves Aleixo Presidente da Câmara Municipal de Loulé

Coordenação João Matos Lima Coordenador do SMPC

Equipa Técnica Fernando Leandro Hugo Guerreiro Serviço Municipal de Proteção Civil de Loulé

Serviço Municipal de Proteção Civil Loulé Rua Frutuoso da Silva, nº72 8100-657 Loulé Tf: 289 400827 | Fax: 289400907 | [email protected]

Page 3: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 3

ÍNDICE GERAL

Parte I – Enquadramento Geral do Plano

1. Introdução

2. Âmbito de Aplicação

3. Objetivos Gerais

4. Enquadramento Legal

5. Antecedentes do Processo de Planeamento

6. Articulação com os Instrumentos de Planeamento e Ordenamento do Território

7. Ativação do Plano

7.1. Competência para a ativação do PMEPC de Loulé

7.2. Critérios para a ativação do Plano

8. Programa de Exercícios

Parte II – Organização da Resposta

1. Conceito de Atuação

1.1. Comissão Municipal de Proteção Civil

1.2. Sistema de Gestão de Operações

2. Execução do Plano

2.1. Fase de Emergência

2.2. Fase de Reabilitação

3. Articulação e Atuação de Agentes, Organismos e Entidades

3.1. Missão dos Agentes de Proteção Civil

3.2. Missão dos Organismos e Entidades de Apoio

Page 4: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 4

Parte III – Áreas de Intervenção

1. Administração de meios e recursos

2. Logística

2.1. Apoio logístico às forças de intervenção

2.2. Sectorização do teatro de operações

2.3. Apoio logístico às populações

3. Comunicações

3.1. Rede estratégica do plano municipal de emergência de proteção civil de Loulé

4. Gestão da informação

4.1. Gestão da informação entre as entidades envolvidas nas operações

4.2. Gestão da Informação entre as entidades intervenientes no PMEPCL

4.3. Gestão da Informação Pública

5. Procedimentos de Evacuação

5.1. Zonas de concentração local e abrigo temporário

6. Manutenção da ordem pública

7. Serviços Médicos e Transporte de Vítimas

7.1. Apoio social e psicológico

8. Socorro e salvamento

9. Serviços mortuáriosErro! Marcador não definido.

10. Protocolos

Parte IV – Informação Complementar

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I

1. ORGANIZAÇÃO GERAL DA PROTECÇÃO CIVIL EM PORTUGAL

1.1. Estrutura da Proteção Civil

1.2. Estrutura das Operações

1.2.1. Estrutura de Coordenação Institucional

1.2.2. Estruturas de Direção e Comando

2. MECANISMOS DA ESTRUTURA DE PROTEÇÃO CIVIL

Page 5: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 5

2.1. Composição, Convocação e Competências Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC)

2.2. Critérios e Âmbito para a Declaração das Situações de Alerta de Âmbito Municipal

2.2.1. Acidente Grave

2.2.2. Catástrofe

2.3. Sistema de Monitorização, Alerta e Aviso

2.3.1. Sistemas de Monitorização

2.3.2. Rede Nacional de Postos de Vigia (Incêndios Florestais)

2.3.3. Sistema de Sistema de Avisos Meteorológicos (Situações Meteorológicas Adversas)

2.3.4. Sistemas de Alerta

2.3.5. Sistemas de Aviso

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO II

1. CARACTERIZAÇÃO GERAL

2. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA

3. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO ECONÓMICA

3.1. Dinâmica Demográfica

4. CARACTERIZAÇÃO DAS INFRAESTRUTURAS

4.1. Rede Rodoviária

4.2. Rede Ferroviária

4.3. Aeroportos e aeródromos

4.4. Escolas e Estabelecimentos de Ensino

4.5. Lares e Centros de dia

4.6. Rede de Abastecimento de Água

4.6.1. Sistemas Abrangidos e a Abranger pelo Sistema Multimunicipal

4.6.2. Abastecimento de Água Vertente em “Alta”

4.6.3. Abastecimento de Água Vertente em “Baixa”

4.7. Rede de Saneamento

4.7.1. Caracterização da situação atual e evolução recente

4.8. Rede Elétrica

4.8.1. Rede de Muito Alta Tensão

4.8.2. Rede Nacional de Distribuição

Page 6: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 6

4.9. Rede de Telecomunicações – Telefones

4.10. Portos

4.11. Rede de distribuição de combustíveis

4.12. Património arquitetónico e arqueológico

4.13. Zonas Industriais

4.14. Hospitais e Serviços de Saúde

4.15. Instalações dos Agentes de Proteção Civil

4.15.1. Agentes de Proteção Civil (localizados na sede do concelho)

4.15.2. Agentes de Proteção Civil (localizados nas restantes freguesias do concelho)

4.15.3. Organismos e Entidades de Apoio (localizados no concelho)

5. CARACTERIZAÇÃO DO RISCO

5.1. Análise de Riscos

5.1.1. Riscos no concelho de Loulé

5.1.2. Hierarquização dos Riscos

5.2. Análise da Vulnerabilidade

5.3. Estratégias para a Mitigação de Riscos

5.3.1. Legislação

5.3.2. Planos que integram a gestão do risco

5.3.3. Projetos e programas integrados destinados a reduzir o risco

5.3.4. Avaliações de impacte ambiental na vertente de proteção civil

5.3.5. Planos de ordenamento do território

5.3.6. Protocolos

5.3.7. Atividade da Comissão Municipal de Proteção Civil

5.3.8. Atividade das estruturas autárquicas, dos agentes e de organismos de apoio

5.3.9. Ações estratégicas de mitigação do risco

6. CENÁRIOS

7. CARTOGRAFIA

7.1. Índice de Mapas

Page 7: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 7

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR – SEÇAO III

1. INVENTÁRIO DE MEIOS E RECURSOS

1.1. Agentes de Proteção Civil

1.2. Alojamentos Temporários

1.2.1. Escolas

1.2.2. Câmara Municipa

1.2.3. Campismo

1.2.4. Pensões/Residenciais/Hospedaria/Albergaria/Aparthotel/Ald. Turísticos/hotéis

1.3. Alimentação/Confeção de Alimentos

1.4. Combustíveis

1.5. Depósitos de Combustível Móveis

1.6. Oficinas e Pneus

1.7. Agências Funerárias

1.8. Edifícios Camarários com Geradores

1.9. Infraestruturas de Apoio às operações de Proteção Civil

1.10. Contactos das Empresas de Infraestruturas Municipais

1.11. Hipermercados

1.12. Águas e Refrigerantes

1.13. Lares de Idosos

1.14. Farmácias

1.15. Instituições Públicas de Solidariedade Social (IPSS)

1.16. Máquinas e equipamentos

2. LISTA DE CONTACTOS

2.1. Comissão Municipal de Proteção Civil (Restrita)

2.2. Comissão Municipal de Proteção Civil (Alargada)

2.3. Contactos dos Dirigentes da CML

2.4. Contactos dos Coordenadores da CML

2.5. Contactos das Câmaras Municipais limítrofes

2.6. Contactos das Juntas de Freguesia do Concelho

2.6. Contactos de outros organismos e entidades de apoio

3. MODELOS DE RELATÓRIOS E REQUISIÇÕES

3.1. Relatório Imediato de Situação

3.2. Relatório Final

Page 8: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 8

3.3. Modelo de Requisição

4. MODELOS DE COMUNICADOS

4.1. Modelo de Aviso

4.2. Modelo de Comunicado

4.3. Modelo de Declaração de Alerta de Âmbito Municipal

4.4. Modelo de Comunicado do Serviço Municipal de Proteção Civil em caso de ocorrência de Sismo

5. LISTA DE CONTROLO DE ACTUALIZAÇÕES DO PLANO

6. LISTA DE REGISTOS DE EXERCICIOS DO PLANO

7. LISTA DE DISTRIBUIÇÃO DO PLANO

8. LEGISLAÇÃO

9. BIBLIOGRAFIA

10. GLOSSÁRIO

Page 9: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 9

ACRÓNIMOS

AdAlgarve – Adutora do Algarve

AFN – Autoridade Florestal Nacional

AI – Áreas de intervenção

AML – Autoridade Marítima Local

ANPC – Autoridade Nacional de Proteção Civil

APA – Agencia Portuguesa do Ambiente;

APC – Agentes de Proteção Civil

AS – Autoridade de Saúde

AT – Abrigo Temporário

BHSP – Base de Helicópteros em Serviço Permanente

BL – Bombeiros de Loulé

CCBSA – Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Aéreo

CCOD – Centro de Coordenação Operacional Distrital;

CCON - Centro de Coordenação Operacional Nacional;

CDOS – Comando Distrital de Operações de Socorro

CDPC – Comissão Distrital de Proteção Civil;

CMDT – Comandante

CML – Câmara Municipal Loulé

CMPC – Comissão Municipal de Proteção Civil

CNOS – Centro Nacional de Operações de Socorro

CNOS – Comando Nacional de Operações de Socorro;

CNPC – Comissão Nacional de Proteção Civil

CODIS – Comandante Operacional Distrital

CODU – Centro Orientação Doentes Urgentes

COM – Comandante Operacional Municipal

COS – Comandante das Operações de Socorro

CP – Comboios de Portugal

CPX – Comand Post Exercise

CVP – Cruz Vermelha Portuguesa

DCPT - Departamento Central de Policia Técnica

DFCI – Defesa da Floresta Contra Incêndios

DIOPS - Diretiva Operacional Nacional n.º 1 - Dispositivo Integrado das Operações de Proteção e Socorro

DISV – Divisão de Intervenção Social e Voluntariado

DON – Diretiva Operacional Nacional

EAT – Equipas de Avaliação Técnica

ECRA – Equipa Canina de Resgate do Algarve

EDP – Energias de Portugal

Page 10: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 10

EMGFA – Estado Maior General das Forças Armadas

EMIF – Equipa Municipal de Intervenção Florestal;

EN – ESTRADA Nacional

EP – Estradas de Portugal

ERAS – Equipas de Reconhecimento e de Avaliação da Situação

FA – Forças Armadas

GECI – Gabinete de Eventos, Comunicação e Imagem

GIPS – Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro

GNR – Guarda Nacional Republicana

ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas

IM – Instituto de Meteorologia

IMPA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera

INAC – Instituto Nacional de Aviação Civil

INAG – Instituto da Água

INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica

INMLCF – Instituto Nacional de medicina Legal e Ciências Forenses

INSA – Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge;

IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera;

IPSS – Instituição Privada de Solidariedade Social

IPSS – Instituições Públicas de Solidariedade Social

JF – Junta de Freguesia

Livex – Live Exercise

LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil

LPC – Laboratório de Policia Cientifica

MR – Máquina de Rasto

NEP – Norma de execução Permanente

OA- Organismos de Apoio

OCS – Órgãos de Comunicação Social

PC – Posto de Comando

PCMun – Posto Comando Municipal

PCO – Posto de Comando Operacional

PCOC – Posto de Comando Operacional Conjunto

PCT – Posto de Controlo de Trafego

PCTEA – Plano Contingência para Temperaturas Extremas Adversas

PCTEMC - O Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas Modulo Calor;

PDEPCF – Plano Distrital de Emergência de Proteção Civil de Faro

PDM – Plano Diretor Municipal

Page 11: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 11

PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para o Risco Sísmico e de Tsunamis na Região do

Algarve

PGF - Planeamento ou Apoio à Gestão Municipal ou Privada das Áreas Florestais

PMDFCI – Plano Municipal da Defesa da Floresta Contra Incêndios

PMEPC – Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil

PMEPCL – Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PROTAL – Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve

PSP – Policia de Segurança Publica

PT – Portugal Telecom

RCL – Rádio Clube de Loulé

REFER – Rede Ferroviária Nacional

REN – Rede Elétrica Nacional

REPC – Rede Estratégica de Proteção Civil

RNPV - Rede Nacional de Postos de Vigia

ROB – Rede Operacional dos Bombeiros

SAA - Sistemas de Abastecimento de Água

SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras

SGO – Sistema de Gestão das Operações

SIOPS – Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro

SIRESP- Sistema Integrado das Redes de Emergência de Segurança de Portugal

SMPC – Serviço Municipal de Proteção Civil

START – Simples Triagem e Rápido Tratamento

SVPP – Serviço de Vigilância e Proteção do Património

TO – Teatro de Operações

UCI – Unidade de Cooperação Internacional

ZA – Zona de Apoio

ZCL – Zona de Concentração Local

ZCR – Zona de Concentração e Reserva

ZRR – Zona de Receção de Reforços

ZS – zona de Sinistro

Page 12: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 12

Parte I – Enquadramento Geral do Plano

Page 13: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 13

ÍNDICE

Índice de figuras ............................................................................................................................. 13

Índice de tabelas ............................................................................................................................ 13

ÍNDICE

1. Introdução .............................................................................................................................. 15

2. Âmbito de Aplicação ............................................................................................................... 17

3. Objetivos Gerais ...................................................................................................................... 18

4. Enquadramento Legal .............................................................................................................. 19

5. Antecedentes do Processo de Planeamento ............................................................................. 19

6. Articulação com os Instrumentos de Planeamento e Ordenamento do Território ...................... 20

7. Ativação do Plano ................................................................................................................... 23

7.1. Competência para a ativação do PMEPC de Loulé ...................................................................... 23 7.2. Critérios para a ativação do Plano .............................................................................................. 24

8. Programa de Exercícios ............................................................................................................ 27

Page 14: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 14

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1. Critérios para a ativação do plano ..................................................................................... 25

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1. Circunstancias que fundamentam a ativação do PMEPC de Loulé (Grau de Gravidade) . 26

Tabela 2. Circunstâncias que fundamentam a ativação do PMEPC de Loulé (Grau de Probabilidade)

........................................................................................................................................................... 27

Tabela 3. Exercícios e Simulacros...................................................................................................... 29

Page 15: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 15

Introdução

Os riscos naturais e tecnológicos constituem ameaças constantes no quotidiano das populações, logo

existe a necessidade de precaver e mitigar os riscos, o que levou a que a Camara Municipal de Loulé,

através de seu Serviço Municipal de Proteção Civil, que procedesse a revisão, alteração e

operacionalização do antigo Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé datado do ano de

1999.

O Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé (PMEPCL) trata-se de um Plano Geral

elaborado para o Concelho de Loulé. É um documento dinâmico contemplando os riscos e

vulnerabilidades do município, e será atualizado sempre que se justifique. Este Plano foi elaborado para

enfrentar a generalidade das situações de acidente grave ou catástrofe que possam vir a ocorrer no

município de Loulé, exprimindo assim um conjunto de medidas, normas, procedimentos e missões,

relativamente ao modo de atuação dos vários organismos e estruturas a empenhar numa situação de

exceção.

As razões que nos levaram à sua elaboração foram dotar os Serviços Municipais, Autoridade de Proteção

Civil, e entidades cooperantes de um instrumento capaz de minimizar os efeitos de qualquer catástrofe

ou acidente grave, e o restabelecimento da normalidade em situações de Emergência.

Trata-se de um documento formal no qual são definidas as principais orientações relativas ao modo de

atuação dos vários organismos, serviços e estruturas a empenhar em operações de proteção civil.

Os maiores constrangimentos sentidos foram ao nível do planeamento, nomeadamente na

caracterização do território, na medida em que ainda não existem cartas para todos os riscos existentes

no município, devido a sua dimensão. A cartografia existente foi validada em 2009, sendo que o atual

processo de validação ainda se encontra em curso.

Este Plano, é constituído por um conjunto organizado de documentos, que com base na situação

concreta do concelho e dos riscos naturais e tecnológicos a que está sujeito e que possam ocorrer,

define e clarifica missões e fortalece a estrutura global da autarquia no desempenho das actividades de

Proteção Civil.

O Diretor do Plano é o Presidente da Câmara Municipal de Loulé, enquanto Autoridade Municipal de

Proteção Civil, podendo ser substituído pelo Vereador com o Pelouro da Proteção Civil, quando por

algum motivo se encontre impossibilitado de exercer as suas funções.

Page 16: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 16

Salienta-se ainda o facto de o anterior PMEPCL nunca ter sido ativado, o que leva a que não se possa

aferir a eficiente resposta a cada ocorrência.

A organização do PMEPCL divide-se em quatro partes:

Parte I - Apresenta o enquadramento do Plano em termos legais e relativamente a outros

instrumentos de planeamento e gestão do território, e abordam-se as questões relacionadas com a

sua ativação. Definem-se mecanismos que permitem a otimização da gestão dos meios e recursos

existentes no concelho através da organização de exercícios de emergência;

Parte II - Aborda-se o ponto referente à organização da resposta, define-se o quadro orgânico e

funcional da Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC) a convocar na iminência ou ocorrência de

situações de acidente grave ou catástrofe, bem como o dispositivo de funcionamento e

coordenação das várias forças e serviços a mobilizar em situação de emergência;

Parte III - Refere-se as diversas áreas de intervenção, entidades envolvidas e formas de atuação;

Parte IV - Relativa à informação complementar, apresenta-se uma caracterização do concelho.

Identificam-se os diferentes riscos a que o concelho de Loulé se encontra exposto, avaliando-se a

probabilidade da sua ocorrência e os danos que lhe poderão estar associados. Indicam-se os

contactos das várias entidades e respectivos intervenientes, bem como, o inventário de meios e

recursos disponíveis para responder a situações de emergência, para além de modelos a nível

documental de controlo e registo.

Page 17: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 17

Âmbito de Aplicação

O PMEPCL é um plano de âmbito municipal, abrangendo todo o território do município de Loulé no

âmbito das ações de prevenção dos riscos naturais e tecnológicos, e das operações de Proteção Civil

decorrentes de acidentes graves ou catástrofes.

O município de Loulé tem uma área de total de 763,67 Km2, dividido pelas suas 9 freguesias, localiza-se

no distrito de Faro.

O Município está sujeito a diversos riscos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe, neste

sentido os riscos inventariados neste Plano, são os seguintes:

Naturais:

Precipitação intensa

Ciclones e tempestades

Ondas de calor

Vagas de frio

Nevões

Cheias e inundações

Secas

Galgamentos costeiros

Sismos

Tsunamis

Movimentos de massa em vertentes

Erosão costeira/ Instabilidade de arribas

Mistos:

Incêndios Florestais;

Acidentes de poluição

Tecnológicos:

Acidente grave de tráfego rodoviário

Acidente grave de tráfego ferroviário

Acidente grave de tráfego aéreo

Acidente grave de tráfego marítimo

Acidente no transporte de mercadorias

perigosas

Colapso de estruturas

Incêndios em edifícios

Acidente em instalações de combustíveis

Acidente em parques industriais

Colapso de galerias e cavidades de minas

Colapso de túneis, pontes e outras

infraestruturas

Concentrações humanas

Page 18: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 18

Objetivos Gerais

O PMEPCL constitui-se uma plataforma para responder organizadamente aos danos provocados por

situações de acidente grave ou catástrofe, definindo a estrutura de coordenação, direção, comando e

controlo, regulando a forma como é assegurada a coordenação entre as diferentes entidades a envolver

nas operações.

O presente Plano deve ser revisto, no mínimo, bienalmente ou ainda revisto aquando da perceção de

novos riscos ou da identificação de novas vulnerabilidades na área do Município, devendo ainda ser

objeto de exercícios, com a finalidade de testar a sua operacionalidade.

O PMEPCL tem como principais objetivos:

Providenciar, através de uma resposta concertada, as condições e os meios indispensáveis à

minimização dos efeitos adversos de um acidente grave ou catástrofe;

Definir as orientações relativamente ao modo de atuação dos vários Organismos, Serviços e

Estruturas a afetar ou alocar em operações de Proteção Civil;

Definir a Unidade de Direção, Coordenação e Comando das ações a desenvolver;

Coordenar e sistematizar as ações de apoio, promovendo maior eficácia e rapidez de

intervenção das entidades intervenientes;

Inventariar os meios e recursos disponíveis para acorrer a um acidente grave ou catástrofe;

Minimizar as perdas de vidas e bens, atenuar ou limitar os efeitos de acidentes graves ou

catástrofes e restabelecer o mais rapidamente possível, as condições mínimas de normalidade;

Assegurar a criação de condições favoráveis ao empenhamento rápido, eficiente e coordenado

de todos os meios e recursos disponíveis num determinado território, sempre que a gravidade e

dimensão das ocorrências o justifique;

Habilitar as entidades envolvidas no Plano a manterem o grau de preparação e de prontidão

necessário à gestão de acidentes graves ou catástrofes;

Promover a informação das populações através de ações de sensibilização, tendo em vista a sua

preparação, através de uma cultura de autoproteção e o entrosamento na estrutura de resposta

à emergência.

Este Plano Municipal entra em vigor no dia útil a seguir à publicação da respetiva declaração de

aprovação em Diário da República e será atualizado, sempre que se considere necessário, dando

conhecimento a todas as entidades da lista de distribuição.

Page 19: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 19

Enquadramento Legal

O PMEPCL foi elaborado em conformidade com os diplomas legais em vigor na área da proteção civil, nomeadamente:

Legislação Estruturante

Lei nº 65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto – Lei

nº144/2011 de 30 de Novembro – Define o enquadramento institucional e operacional da Proteção

Civil no âmbito municipal, estabelece a organização dos Serviços Municipais de Proteção Civil

(SMPC) e determina as competências do Comandante Operacional Municipal (COM);

Decreto-Lei nº 134/2006, de 25 de Julho - Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro

(SIOPS) com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 144/2011, de 30 de Novembro e pelo

Decreto – Lei nº 72/2013, de 31 de maio;

Lei nº 27/2006, de 3 Julho – Lei de Bases da Proteção Civil (LBPC) com as alterações introduzidas

pela Lei Orgânica nº1/2011, de 30 de Novembro; define os princípios, objetivos e as orientações

para a atividade de proteção civil;

Lei Orgânica nº 1/2011, de 30 de Novembro – Transfere competências dos Governos Civis e dos

Governadores civis para outras entidades da Administração Pública em matérias de reserva de

competência legislativa da Assembleia da República.

Legislação Especifica

Resolução nº 25/2008, de 18 de Julho da Comissão Nacional de Proteção Civil (CNPC) - Define os

critérios e normas técnicas para a elaboração e operacionalização de planos de emergência de

proteção civil.

Antecedentes do Processo de Planeamento

A realização do PMEPCL teve por base o anterior Plano, aprovado em reunião de Câmara no dia 13 de

Janeiro de 1999, elaborado pelo Serviço Municipal de Proteção Civil.

Page 20: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 20

Durante o período em que vigorou o referido Plano, foram efetuadas continuamente atualizações,

nomeadamente ao nível dos contactos e da legislação. Não foi ativado, nem foram realizados quaisquer

exercícios com o intuito de testar a sua operacionalidade.

O presente Plano foi produzido na sequência da publicação da Resolução da Comissão Nacional de

Proteção Civil com o nº 25/2008, no dia 18 de Julho de 2008, iniciando-se assim o processo de

elaboração de uma nova versão do documento.

Esta nova versão do PMEPCL esteve em consulta pública de 2 de Agosto de 2010 a 11 de Janeiro de

2011. A CMPC reuniu no dia 24 de Janeiro de 2011, tendo emitido o parecer favorável para a sua

aprovação.

Foi entregue pelo SMPC, no Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro no dia 31 de

Janeiro de 2011.

Em 13 de Julho de 2012, foi emitido parecer da Comissão Nacional de Proteção Civil para introdução de

medidas corretivas a esta nova versão do PMEPCL.

Em 23 de Junho de 2014, foi emitido parecer favorável da Comissão Nacional de Proteção Civil depois da

introdução das medidas corretivas necessárias, conforme vosso parecer da ANPC.

Articulação com os Instrumentos de Planeamento e Ordenamento do Território

A articulação do PMEPCL com os instrumentos de planeamento e ordenamento do território, baseou-se

no Plano Distrital de Emergência de Proteção Civil de Faro (PDEPCF), Plano Especial de Emergência de

Page 21: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 21

Proteção Civil para o risco Sísmico e de Tsunamis na Região do Algarve (PEERST-Alg), Planos Municipais

de Emergência de Proteção Civil dos concelhos vizinhos (S. Brás de Alportel; Silves; Almodôvar; Tavira,

Alcoutim, Albufeira e Faro), Plano Mar Limpo, Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios

(PMDFCI) de Loulé e Plano Diretor Municipal (PDM) de Loulé.

Plano Distrital de Emergência de Proteção Civil de Faro (PDEPCF) – À data da elaboração do PMEPCL o

PDEPCF encontra-se em fase de revisão, de acordo com a legislação em vigor (Resolução nº 25/2008 de

18 de Julho), assim sendo os conteúdos e a respetiva disposição serão conformes com o PMEPCL.

Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para o risco Sísmico e de Tsunamis na Região do

Algarve (PEERST-Alg) – Neste plano é definido a organização operacional de toda a região do Algarve

face à ocorrência de um sismo de grande intensidade. Esta organização contempla estruturas a dois

níveis em estreita articulação, designadamente:

A nível Municipal a criação de um posto de Comando Municipal, onde é definida a organização e o

funcionamento da CMPC e organismos e entidades de apoio, em caso de ativação do Plano, integrando

assim os princípios previstos no PEERST – Alg. Este Plano sectoriza os Municípios, definindo os concelhos

como um Teatro de Operações (TO), com as respetivas Zonas de Concentração e Reserva (ZCR), pontos

de encontro e apoio às populações e zona de concentração de mortos.

Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) de Loulé – Importante instrumento

de apoio em todas as matérias relacionadas com a Defesa da Floresta Contra Incêndios (DFCI), tais como

a definição de zonas criticas, gestão de infraestruturas, definição de prioridades de ação na defesa,

estabelece os mecanismos e procedimentos para uma ação concertada entre todos os intervenientes na

Defesa da Floresta Contra Incêndios (DFCI). O PMDFCI contempla medidas de prevenção, previsão e

planeamento integrado das intervenções das diversas entidades envolvidas aquando da ocorrência de

incêndios florestais.

Plano Diretor Municipal (PDM) de Loulé – PDM de Loulé aprovado pela Assembleia Municipal de Loulé

em 28 de Janeiro de 2008 e publicado no Diário da República 2.ª Série, Aviso n.º 5374/2008, de 27 de

Fevereiro de 2008, com as alterações introduzidas pelo Aviso n.º 14022/2010, de 14 de Julho de 2010,

publicado igualmente no Diário da República, 2.ª Série.

Planos Municipais de Emergência de Proteção Civil dos Concelhos vizinhos (Albufeira; Alcoutim;

Almodôvar; Faro; Silves; S. Brás de Alportel e Tavira)

A articulação com os PMEPC dos concelhos adjacentes que já estão aprovados pela CNPC é feita em

particular no que se refere aos aglomerados populacionais que se localizam nos limites administrativos,

Page 22: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 22

e que carecem de infraestruturas de apoio, as quais podem ser complementadas com os meios

disponíveis no concelho vizinho.

À data da elaboração do PMEPCL a situação dos Planos Municipais de Proteção Civil (PMEPC) dos

concelhos adjacentes a Loulé é a seguinte:

Albufeira, aprovado pela Comissão Nacional de Proteção Civil (CNPC), no dia 15 de Março de 2012 e

Publicado no Diário da Republica 2ª Série, Resolução nº 23/2012, no dia 20 de Junho de 2012;

Alcoutim, aprovado pela CNPC no dia 14 de Dezembro de 2011 e Publicado no Diário da Republica 2ª

Série, Resolução nº11/2012, no dia 15 de Março de 2012. Encontra-se neste momento em fase de

revisão;

Almodôvar, encontra-se em revisão de acordo com a legislação em vigor (Resolução nº 25/2008, de 18

de Julho);

Faro, aprovado pela CNPC no dia 11 de Dezembro de 2011 e Publicado no Diário da Republica 2ª Série,

Resolução nº 49/2012, no dia 6 de Dezembro de 2012;

Silves, aprovado pela CNPC no dia 29 de maio de 2013 e Publicado no Diário da Republica 2ª Série,

Resolução nº19/2013, no dia 5 de Agosto de 2013;

S. Brás de Alportel, aprovado pela CNPC no dia 26 de Abril de 2012 e Publicado no Diário da Republica

2ª Série, Resolução nº 23/2012, no dia 20 de Junho de 2012;

Tavira, aprovado pela CNPC dia 31 de Maio de 2011 e Publicado no Diário da Republica 2ª Série,

Resolução nº 10/2011, no dia 16 de Junho de 2011.

Na próxima revisão do PMEPCL será realizada a respetiva articulação com os que se encontram em

revisão de acordo com a Resolução nº 25/2008, de 18 de Julho.

Plano Mar Limpo – Este plano foi aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros nº25/93, de 15 de

Abril, o qual estabelece que é a Autoridade Marítima Local (AML) que assume a responsabilidade pela

condução das operações de combate à poluição por hidrocarbonetos e de outras substâncias perigosas

nas águas marítimas, portos e trechos navegáveis dos rios. Está previsto a constituição de um conselho

consultivo, onde poderão estar elementos representantes das autarquias locais das áreas onde ocorram

Page 23: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 23

situações de poluição, o qual será convocado sempre que esteja iminente ou aconteça uma situação

grave de poluição. Este plano define quatro graus de prontidão, sendo que para além das várias

entidades de carácter regional, as autarquias serão alertadas para o segundo grau de prontidão para

eventuais ações no terreno.

Pelas razões expostas, o PMEPCL, deverá articular-se com o Plano Mar Limpo de modo a que em caso de

acidentes que envolvam o transporte de substâncias perigosas por via marítima, nomeadamente, e caso

seja necessário se proceda à mobilização de meios para limpeza das zonas afetadas e de apoio à

população afetada.

Ativação do Plano

A ativação do PMEPCL visa assegurar a colaboração das várias entidades intervenientes, garantindo a

mobilização mais rápida dos meios e recursos afetos ao Plano, e uma maior eficácia e eficiência na

execução das ordens e procedimentos previamente definidos em caso de acidente grave ou catástrofe.

As declarações de situação de contingência ou calamidade poderão também implicar a ativação do

PMEPCL.

A ativação/descativação do PMEPCL será sempre comunicada ao Comando Distrital de Operações de

Socorro (CDOS) de Faro.

Adicionalmente a ativação do Plano será comunicada aos municípios vizinhos.

7.1. Competência para a ativação do PMEPC de Loulé

Tem competência para determinar a ativação e descativação do PMEPCL, a Comissão Municipal de

Proteção Civil (CMPC) de Loulé, sob proposta do Diretor do Plano ou, na sua ausência ou impedimento,

pelo Vereador, designado como substituto nos termos da legislação em vigor.

Na impossibilidade de reunir pelo menos metade dos membros da Comissão em tempo útil, esta

delibera por maioria dos membros presentes e a sua deliberação será retificada pelo plenário, logo que

possível. Tal situação ocorre quando a natureza do acidente grave ou catástrofe assim o justificar, por

razões de carácter de urgência, o Presidente da Câmara Municipal de Loulé ou seu substituto legal, pode

reunir a CMPC de Loulé reduzida.

A desativação do PMEPCL ocorre por deliberação da CMPC e é publicitada com os meios abaixo

descritos, sendo a mesma efetuada apenas quando estiver garantida a segurança das populações e as

condições mínimas de normalidade dos serviços básicos essenciais.

Page 24: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 24

Os meios a utilizar para publicitação de ativação/descativação do PMEPCL são os seguintes:

Site da Camara Municipal, www.cm-loule.pt;

Órgãos de comunicação social (rádios e jornais);

Colocação de edital no Edifício da Câmara Municipal e Juntas de Freguesia.

7.2. Critérios para a ativação do Plano

A ativação do PMEPCL é feita quando existe a necessidade de adotar medidas preventivas ou especiais

de reação que não estejam expressas na atividade normal da proteção civil, ou seja, iminência ou

ocorrência de uma situação de acidente grave ou catástrofe, da qual se prevejam danos elevados para a

população, bens e ambiente, que justifiquem a adoção imediata de medidas excecionais de prevenção,

planeamento e informação.

Embora, dada a transversalidade dos riscos considerados num Plano Municipal de Emergência de

Proteção Civil, seja difícil a definição de parâmetros universalmente aceites e coerentes, consideramos

que os critérios que permitem apoiar a decisão de ativação do Plano Municipal de Emergência de

Proteção Civil são suportadas na conjugação do grau de intensidade das consequências negativas, ou

seja, o grau de gravidade com o grau de probabilidade de consequências negativas (Diretiva Operacional

Nacional Nº1/ANPC/2007, de 16 de Maio).

Os critérios a considerar são os seguintes:

Acidente grave ou catástrofe iminente

Acidente grave ou catástrofe iminente

Page 25: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 25

Figura 1: Critérios para a ativação do plano

Neste sentido, apresentamos de seguida um esquema que representa os mecanismos e as

circunstâncias que fundamentam a ativação do Plano:

Grau de Gravidade

Gravidade Descrição

Residual

Não há feridos nem vitimas mortais;

Não há mudança/retirada de pessoas, ou apenas de um número restrito, por um período

curto – até 12 h;

Pouco ou nenhum pessoal necessário;

Danos sem significado;

Não há, ou há um nível reduzido de constrangimentos na comunidade;

Não há impacte no ambiente;

Não há perda financeira.

Reduzida

Pequeno número de feridos mas sem vítimas mortais;

Algumas hospitalizações;

Retirada de pessoas por um período inferior a 24 horas;

Algum Pessoal de apoio e reforço necessário;

Alguns danos;

Disrupção inferior a 24 horas;

Acentuado ou Crítico

Reduzido ou Residual

Sim

Sim

Não

Não

Grau de probabilidade

elevado?

Entidades de Proteção Civil atuam dentro do

funcionamento normal

Grau de gravidade?

Ativação do Plano Municipal de Emergência

de Proteção Civil

Declaração de situação de alerta

Agravamento previsível da ocorrência?

Moderado

Page 26: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 26

Pequeno impacto no ambiente sem efeitos duradouros;

Alguma perda financeira.

Moderada

Tratamento médico necessário, mas sem vítimas mortais;

Algumas hospitalizações;

Alguns Danos;

Disrupção inferior a 24 horas;

Pequeno impacto no ambiente sem efeitos duradouros;

Alguma perda financeira.

Acentuada

Numero elevado de feridos e hospitalizações;

Numero elevado de retirada de pessoas por um período superior a 24 horas;

Vitimas mortais;

Recursos externos exigidos para suporte ao pessoal de apoio;

Danos significativos que exigem recursos externos;

Funcionamento parcial da comunidade com alguns serviços indisponíveis;

Alguns impactos na comunidade com efeitos a longo prazo;

Perda financeira significativa e assistência financeira necessária.

Crítica

Situação Crítica;

Grande número de feridos e hospitalizações;

Retirada em grande escala de pessoas por uma duração longe;

Significativo número de vítimas mortais. Pessoal de apoio e reforço necessário;

A comunidade deixa de conseguir funcionar sem suporte significativo;

Impacto ambiental significativo e/ou danos permanentes.

Tabela 1. Circunstancias que fundamentam a ativação do PMEPC de Loulé (Grau de Gravidade)

Grau de probabilidade

Probabilidade Descrição

Confirmada Ocorrência real verificada

Elevada

É expectável que ocorre em quase todas as circunstâncias;

Nível elevado de incidentes registados;

Fortes evidências;

Page 27: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 27

Forte probabilidade de ocorrência de um evento;

Fortes razões para ocorrer;

Pode ocorrer uma vez por ano ou mais.

Média - alta

Irá provavelmente ocorrer em quase todas as circunstâncias;

Registos regulares de incidentes e razões fortes para ocorrer;

Pode ocorrer uma vez em cada 5 anos.

Média

Poderá ocorrer em algum momento;

Periodicidade incerta, aleatória e com fracas razões para ocorrer;

Poderá ocorrer uma vez em cada 20 anos;

Média-baixa

Não é provável que ocorra;

Não há registo ou razões que levem a estimar que ocorram;

Pode ocorrer uma vez em cada 100 anos.

Baixa Poderá ocorrer apenas em circunstâncias excecionais;

Poderá ocorrer uma vez em cada 500 anos ou mais.

Tabela 2. Circunstâncias que fundamentam a ativação do PMEPC de Loulé (Grau de Probabilidade)

Programa de Exercícios

De modo a garantir e testar a permanente operacionalidade do Plano e de forma a avaliar os

pressupostos nele contidos, serão realizados exercícios com periodicidade mínima bienal (uma vez em

cada dois anos), os quais poderão envolver o teste da totalidade ou apenas parte do plano.

Em relação ao tipo de exercícios, estes poderão ser caracterizados em dois tipos:

Live Exercise (Livex) - é um exercício de ordem operacional, no qual se desenvolvem missões no

terreno, com meios e equipamento, permitindo avaliar as disponibilidades operacionais e as

capacidades de execução das entidades envolvidas.

Comand Post Exercise (CPX) - é um exercício que se realiza em contexto de sala de operações e

tem como principal objetivo testar o estado de prontidão e a capacidade de resposta de

mobilização dos meios e recursos das diversas entidades ou serviços envolvidos nas operações

de proteção e socorro.

Sem prejuízo da periodicidade referida anteriormente, após a aprovação do Plano deve ser realizado um

exercício no prazo máximo de 180 dias.

Page 28: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 28

Quanto a tipologia dos exercícios escolhidos esta deverá ter em linha de conta os principais riscos

identificados no concelho, assim como, os meios matérias e humanos cuja eficiência e eficácia se

pretenda testar.

Nestes exercícios, são simuladas situações de acidente grave ou catástrofe a diferentes escalas, tendo

como objetivo avaliar no terreno, a capacidade de mobilização, interação e cooperação entre as varias

entidades e serviços com responsabilidades ano nível da proteção civil que intervirão no teatro de

operações.

No final de cada exercício deverá ser realizado um “ debriefing” para avaliar os resultados operacionais

com o objetivo de identificar as principais ações efetuadas, e em particular, os aspetos a melhorar na

próxima ocorrência/exercício do género.

A seleção e calendarização de exercícios constituem uma das responsabilidades da CMPC, logo o

programa de exercício está dependente das deliberações da CMPC de Loulé, que promove a realização

de exercícios, simulacros ou treinos operacionais que contribuam para a eficácia de todos os serviços

intervenientes em ações de proteção civil.

Na realização de exercícios relacionados com a ativação do PMEPCL, existem objetivos que são

transversais, permitindo, uma avaliação, analise e melhoria continuas.

Alguns desses objetivos são:

Avaliar a articulação entre a CMPC;

Avaliar a articulação entre todas as entidades e serviços envolvidos e a capacidade de resposta;

Definir uma estrutura de meios humanos e materiais para fazer face à emergência;

Estabelecer procedimentos para agilizar a coordenação e gestão de meios;

Avaliar, analisar e melhorar a operacionalidade e eficácia dos recursos humanos e materiais;

Articular a atuação com planos de emergência existentes, caso se justifique;

Avaliar zonas de risco, identificando pontos críticos e nevrálgicos relativamente ao acesso

terrestre e aéreo bem como a possível obstrução dos mesmos e à propensão para a queda de

escombros;

Testar, avaliar e prever o tipo de apoio administrativo, logístico, comunicações e transportes;

Verificar a adequabilidade de meios e recursos aos diferentes tipos de emergência;

Avaliar as necessidades de formação e de realização de novos exercícios.

Page 29: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 29

O SMPC prepara e propõe a execução de exercícios e simulacros que contribuam para uma atuação

eficaz de todas as entidades intervenientes nas ações de proteção civil, tendo deste modo previsto a

seguinte tabela:

PERÍODO TIPO DE EXERCÍCIO RISCO OBSERVAÇÕES

180 dias após

aprovação do Plano CPX

Incendio

Florestal

O exercício deverá centrar-se na avaliação da capacidade de

comunicação entre os diferentes agentes de proteção civil e

entidades de apoio.

1º Semestre de

2015

Livex

Incendio

Florestal

Deverá ter como principal objetivo avaliar a eficácia nas ações

de evacuação de locais mais sensíveis (devido ao facto das

habitações estarem inseridos em espaços florestais).

Deverá ter-se prioridades o controlo da progressão da frente

do incendio, mobilização de máquinas, recorrendo a diferentes

itinerários de emergência, colocação de meios de transporte,

controlo do processo de evacuação (movimento ordeiro das

populações e evitando-se o pânico), registo das pessoas

deslocadas, apoio social e alimentação, e aferição do tempo

das operações.

Nota: Deverá ser equacionado um exercício para o Risco de Tsunami, devido aos 14km de costa existentes no nosso concelho, essencialmente

como forma de teste aos procedimentos de alerta à população.

Tabela 3. Exercícios e simulacros

Page 30: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Parte II – Organização da Resposta

Page 31: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 2

ÍNDICE

Índice de figuras .............................................................................................................................. 3

ÍNDICE

1. Conceito de Atuação ................................................................................................................. 4

1.1. Comissão Municipal de Proteção Civil ........................................................................................... 6

1.2. Sistema de Gestão de Operações.............................................................................................. .... 8

2. Execução do Plano................................................................................................................... 10

2.1. Fase de Emergência ...................................................................................................................... 10

2.2. Fase de Reabilitação ..................................................................................................................... 12

3. Articulação e Atuação de Agentes, Organismos e Entidades ..................................................... 13

3.1. Missão dos Agentes de Proteção Civil .......................................................................................... 14

3.2. Missão dos Organismos e Entidades de Apoio............................................................................. 19

Page 32: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 3

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Organização das Comunicações em caso de Emergência ................................................... 4

Page 33: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 4

1. Conceito de Atuação

O conceito de atuação visa estabelecer os princípios orientadores a aplicar numa operação de

emergência de proteção civil, definindo a missão, tarefas e responsabilidades dos diversos agentes,

organismos e entidades e identificando as respetivas regras de atuação e ordem a assegurar a criação de

condições favoráveis ao empenhamento, rápido e eficiente, dos recursos disponíveis e tipificar as

medidas adotar para resolver ou atenuar os efeitos decorrentes de um acidente grave ou catástrofe.

A atuação das entidades que ao nível do concelho possuem responsabilidades na área da proteção civil

compreende necessariamente três fases: a fase de normalidade, caracterizada por pré-acidente grave

ou catástrofe, onde as várias entidades desenvolvem a sua atividade de forma regular e de acordo com

o estipulado na sua estrutura de comando e direção interna; a fase de emergência, onde se torna

necessária uma atuação articulada entre os agentes de proteção civil, que atuam ao nível do concelho e

as entidades e organismos de apoio e por fim a fase de reabilitação que consiste no restabelecimento

da normal atividade da comunidade afetada.

Atendendo ao referido anteriormente e tendo em conta o ciclo de desenvolvimento de uma

emergência, as diversas entidades com responsabilidade no âmbito da proteção civil, deverão basear a

sua atuação em três eixos fundamentais de ação: Prevenção e Planeamento, Socorro e Assistência e

Reabilitação, tendo em conta o ciclo da emergência, o qual se representa na seguinte figura.

Figura 1 – Ciclo de Emergência

Page 34: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 5

Este Plano visa criar e assegurar as condições para uma rápida e eficiente coordenação tanto dos meios

e recursos disponíveis no município, como também dos meios que porventura lhe sejam

disponibilizados para as operações de proteção civil em situação de emergência, incluindo as ações de

planeamento e preventivas, de modo a assegurar as condições para prevenir riscos, atenuar ou limitar

os seus efeitos e socorrer e assistir as pessoas em perigo e repor a normalidade e a sua reabilitação.

O Diretor do Plano é o Presidente da Câmara Municipal de Loulé que assume a direção das atividades de

proteção civil. Neste sentido, é intenção do Diretor do Plano:

Promover, de forma articulada e permanente as medidas adequadas para prevenir os riscos

previsíveis e atenuar os seus efeitos, mantendo-os em níveis aceitáveis;

Promover através do SMPC uma informação atualizada e em tempo, em termos de previsão,

levantamento, e avaliação dos riscos e vulnerabilidades do município que persistam;

Assegurar o enquadramento institucional e operacional da proteção civil no âmbito

municipal, com base na CMPC, SMPC e COM;

Promover uma atuação oportuna, concertada e adequada na eventualidade de acidente

grave ou catástrofe;

Promover a análise conjunta da situação, em caso de acidente grave ou catástrofe, tendo em

vista a eventual decisão de ativação do PMEPCL, através da CMPC;

Assegurar que o sistema de gestão das operações considere a doutrina e terminologia

padronizada no Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS), no que

respeita à organização dos Teatros de Operações (TO) e dos Postos de Comando (PC) e do

desenvolvimento da Cadeia de Comando;

Declarar, quando a natureza dos acontecimentos a prevenir ou enfrentar e a gravidade e

extensão dos seus efeitos atuais ou potenciais o justificarem, a situação de Alerta.

Na inexistência de meios adequados para uma resposta eficiente, o Diretor do PMEPCL,

poderá solicitar apoio ao CDOS (principio da subsidiariedade);

Em caso de emergência o Diretor do PMEPCL e a CMPC, manterão um contacto permanente

com o CDOS, de modo a garantir a eficácia e eficiência das ações a implementar, assim como

a permanente atualização da informação disponível;

Exercer as demais competências que lhe advenham da lei ou regulamento no âmbito da

proteção civil municipal.

Page 35: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 6

1.1. Comissão Municipal de Proteção Civil

De acordo com o constante no artigo 3º, da Lei nº 65/2007, de 12 de Novembro, a Comissão Municipal

de Proteção Civil (CMPC) é presidida pelo Presidente da Camara Municipal (ou seu substituto legal), é o

órgão que assegura que todas as entidades e instituições do município imprescindíveis às operações de

proteção e socorro, emergência e assistência previsíveis ou decorrentes de acidente grave ou catástrofe

se articulam entre si, garantindo os meios considerados adequados à gestão da ocorrência em cada caso

concreto.

A CMPC é constituída pelos seguintes elementos:

Presidente da Câmara Municipal de Loulé que preside;

Vice-Presidente com o pelouro da Proteção Civil;

Comandante Operacional Municipal (COM);

Um elemento do comando do corpo de Bombeiros de Loulé (BL);

Representante do Gabinete de Eventos, Comunicação e Imagem (GECI);

Chefe de Divisão de Proteção Civil e de Vigilância;

Autoridade Marítima Local (AML);

Guarda Nacional Republicana (GNR);

Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF);

Autoridade de Saúde do Município (AS);

Cruz Vermelha Portuguesa (CVP);

Diretor Executivo do Aces Central;

Diretor do Centro Hospitalar do Algarve;

Representante dos Serviços de Segurança Social e Solidariedade;

Representante das Forças Armadas;

Presidente de Junta em Representação das Juntas de Freguesia.

À CMPC estão atribuídas as seguintes competências:

Acionar a elaboração do Plano Municipal de Emergência, acompanhar a sua execução e remetê-

-lo para aprovação pela Comissão Nacional de Proteção Civil (CNPC);

Acompanhar as políticas diretamente ligadas ao sistema de proteção civil que sejam

desenvolvidas por agentes públicos;

Avaliar a situação tendo em vista o acionamento do Plano Municipal de Emergência;

Determinar o acionamento do Plano Municipal de Emergência quando tal o justificar;

Page 36: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 7

Garantir que as entidades e instituições que integram a CMPC acionam, ao nível municipal, no

âmbito da sua estrutura orgânica e das suas atribuições, os meios necessários ao

desenvolvimento das ações de proteção civil;

Gerir a participação operacional de cada força ou serviço nas operações de socorro a

desencadear;

Difundir comunicados e avisos às populações e às entidades e instituições, incluindo os órgãos

de comunicação social;

Preparar e realizar exercícios de treino, testando a operacionalidade do PMEPCL.

Quanto ao princípio de atuação da CMPC, deverá promover a diminuição de riscos nas fases que

decorrerem dos acidentes graves ou catástrofes, garantir uma atuação articulada e eficiente de todas as

entidades que a compõem durante as situações de emergência, promovendo no mais curto espaço de

tempo a regeneração da situação de normalidade da população civil do concelho ou freguesia atingida.

Local de funcionamento da CMPC:

As reuniões da CMPC serão convocadas pelo Presidente, e terão lugar no Edifício Eng.º Duarte Pacheco

(Sala da Assembleia Municipal) ou no Salão Nobre do edifício Paços do Concelho, em caso de

emergência ou impedimento do mesmo, o local alternativo será no Quartel de Bombeiros de Loulé

(Salão Nobre), em virtude do gerador existente no mesmo.

Os elementos da CMPC serão informados no prazo máximo de 3 horas após o acidente grave ou

catástrofe, ou outras ocorrências que, pela sua dimensão ou consequência, justifiquem uma eventual

convocação da CMPC. Findo esse prazo, na ausência de qualquer contacto, deverão os elementos da

CMPC dirigir-se ao local de funcionamento da respetiva Comissão.

1.2. Centros de Coordenação Operacional

Face à legislação em vigor não esteja previsto a constituição de um centro de coordenação operacional

municipal, o facto é que o artigo 11º da Lei nº65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações

introduzidas pelo Decreto-Lei 114/2011 de 30 de Novembro, indica que as comissões municipais de

proteção civil asseguram ao nível municipal a coordenação institucional (para além da coordenação

politica), sendo deste modo responsável pela gestão da participação operacional de cada força ou

serviço nas operações de socorro a desencadear.

Page 37: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 8

Da mesma forma, a Diretiva Operacional Nacional nº 1/2010 da Autoridade Nacional de Proteção Civil

(Dispositivo Integrado das operações de Proteção e Socorro) indica que a Comissão Municipal de

Proteção civil assume, par além da coordenação política da atividade de proteção civil de municipal, o

papel de coordenação institucional.

Assim, considerando o estabelecido na legislação acima mencionada, verifica-se que em caso de

emergência a CMPC assume o papel de coordenação institucional das forças e serviços empenhados nas

operações de socorro. No ponto 1 da Secção I – Parte IV descreve-se pormenorizadamente o

enquadramento da CMPC no âmbito da organização geral da proteção civil em Portugal.

1.3. Sistema de Gestão de Operações

O Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS) é o conjunto de estruturas, normas e

procedimentos que asseguram que todos os Agentes de Proteção Civil (APC) atuam no plano

operacional, articuladamente sob um comando único, sem prejuízo da respetiva dependência

hierárquica e funcional, tendo em vista uma plena operacionalização deste sistema em qualquer Teatro

de Operações (TO).

O Sistema de Gestão de Operações (SGO) é uma forma de organização operacional que se desenvolve

de uma forma modular e evolutiva de acordo com a importância e o tipo de ocorrência.

Sempre que uma força de socorro de uma qualquer das organizações integrantes do SIOPS seja

acionada para uma ocorrência, o chefe da primeira força a chegar ao local assume de imediato o

comando da operação e garante a construção de um sistema evolutivo de comando e controlo da

operação.

A decisão do desenvolvimento da organização é da responsabilidade do comandante das operações de

socorro, designado por COS, que a deve tomar sempre que os meios disponíveis no ataque inicial e

respetivos reforços se mostrem insuficientes.

O comando das operações deve ter em conta a adequação técnica e a capacidade operacional dos

agentes presentes no teatro das operações e a sua competência legal.

Sem prejuízo do disposto na legislação em vigor, o desenvolvimento e a simbologia do sistema de

gestão de operações é estabelecido por despacho do Presidente da ANPC, sob proposta do comandante

nacional.

O Posto de Comando Operacional (PCO) é o órgão diretor das operações no local da ocorrência

destinado a apoiar o COS na tomada das decisões e na articulação dos meios no teatro de operações.

Page 38: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 9

A Zona de Sinistro (ZS) é a superfície na qual se desenvolve a ocorrência, de acesso restrito, onde se

encontram exclusivamente os meios necessários à intervenção direta e com missão atribuída, sob a

responsabilidade do COS.

A Zona de Apoio (ZA) é uma zona adjacente à Zona de Sinistro, de acesso condicionado, onde se

concentram os meios de apoio e logísticos estritamente necessários ao suporte dos meios em operações

e onde estacionam meios de intervenção para resposta imediata.

A Zona de Concentração e Reserva (ZCR) é uma zona do TO onde se localizam temporariamente meios

e recursos disponíveis sem missão imediata e onde se mantém o sistema de apoio logístico às forças.

Page 39: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 10

2. Execução do Plano

O plano Municipal de Emergência de Proteção Civil define a organização geral das operações de

proteção civil, de modo assegurar a criação das condições favoráveis ao empenhamento rápido,

eficiente e coordenado, de todos os meios e recursos disponíveis, bem como dos meios de reforço

externos que venham a ser obtidos.

No desencadear do processo de execução do PMEPCL, terão que se efetuar e verificar os seguintes

procedimentos:

1º Acidente grave ou catástrofe (ocorrência ou iminência da ocorrência)

2º Declaração ou não da situação de Alerta

3º Convocação da CMPC

4º Ativação do PMEPCL

O diretor do Plano presidente da Câmara Municipal de Loulé ou o seu substituto legal, assume a direção

das atividades de proteção civil, nos termos da lei e preside a CMPC, competindo-lhe assegurar a

conduta da mesma.

A execução do plano compreende duas fases distintas: a fase de emergência e a fase de reabilitação.

A primeira fase tem por objetivo executar as ações de resposta e a segunda as ações e medidas de

recuperação destinadas à reposição urgente da normalidade. Em qualquer destas fases, deve ser dada

prioridade na manutenção, execução das operações e segurança dos elementos envolvidos na

intervenção, a qual deverá ser objeto de atenção redobrada ao longo de toda a cadeia de comando

operacional.

2.1. Fase de Emergência

Na Fase de Emergência, pretende-se promover a avaliação e compatibilização das tarefas inter-

relacionadas, preparar as operações de proteção civil a desencadear e estabelecer as prioridades a

atribuir aos pedidos recebidos, em função das informações disponíveis.

Nesta fase, o Diretor do Plano pode convocar para a reunião da CMPC, coordenadores, técnicos ou

delegados de outras entidades ou organismos, tendo em conta a tipologia do risco em questão e cuja

competência seja essencial para a tomada de decisão sobre a conduta das operações de socorro.

Page 40: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 11

Deste modo, as ações imediatas a adotar para a proteção de pessoas, bens e ambiente, no sentido de

criar resposta sustentada às solicitações decorrentes de situação acidente grave ou catástrofe são:

Convocar de imediato a CMPC;

Difundir, de forma reservada pelos coordenadores das Áreas de Intervenção, a informação

obtida;

Disponibilizar pelo SMPC os inventários de meios e recursos;

Ativar os meios humanos e materiais adicionais (da Camara e/ou organismos e entidades de

apoio) que se verifiquem ser necessários face a natureza da ocorrência;

Alertar as entidades/serviços de apoio para que estas se encontrem em estado de prevenção

(nomeadamente as que possam prestar apoio nos centros de acolhimento temporário);

Difundir, através dos Órgãos de Comunicação Social (OCS) ou de outros meios, os conselhos e

medidas de auto proteção a adotar pelas populações em risco;

Mobilizar prioritariamente os meios e recursos do setor publico, tendo em consideração fatores

como a localização dos recursos face ao local de sinistro, disponibilidade e eficácia dos mesmos;

Acionar os pedidos de meios e reforços das diversas entidades, nos termos da lei;

Coordenar e promover a atuação dos meios de intervenção, de modo a possibilitar, o mais

rapidamente possível, o controlo da situação e a prestação do socorro às pessoas em perigo,

através das ações de proteção, busca, salvamento, combate e mortuária adequada;

Promover a evacuação dos feridos e doentes para os locais destinados à prestação de cuidados

médicos;

Coordenar e promover a evacuação das populações sedeadas nas zonas em risco, bem como as

medidas destinadas ao seu alojamento, alimentação e agasalho;

Assegurar a manutenção da lei e da ordem, garantindo a circulação nas vias de acesso

necessárias à movimentação dos meios de socorro e evacuação das populações em risco;

Assegurar o transporte de pessoas, bens, água potável e combustível;

Garantir as ações adequadas a minimizar as agressões ao ambiente, bem como à salvaguarda do

património histórico e cultural;

Proceder às ações de desobstrução, reparação e restabelecimento do fornecimento de água e

energia;

Informar da situação o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro e solicitar os

apoios e meios de reforço que considere necessários;

Declarar o final da emergência;

Aceder a fundos de emergência.

Page 41: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 12

2.2. Fase de Reabilitação

A fase de reabilitação caracteriza-se pelo conjunto de ações e medidas de recuperação destinadas à

reposição urgente da normalização das condições de vida das populações atingidas, ao rápido

restabelecimento das infraestruturas e dos serviços públicos e privados essenciais. Neste sentido é

necessário tipificar as ações a concretizar, identificando as autoridades, organismos e entidades a

envolver e respetiva cadeia de responsabilidades. Assim nesta fase compreenderá as seguintes ações:

Adotar as medidas de reabilitação necessárias à urgente normalização da vida das populações

atingidas, procedendo ao rápido restabelecimento dos serviços públicos essenciais,

fundamentalmente os abastecimentos de água e saneamento básico, energia e comunicações;

Promover a demolição, desobstrução e remoção dos destroços e obstáculos, a fim de evitar o

perigo de desmoronamento e restabelecer a circulação;

Promover a reunião das famílias atingidas e o regresso das populações, bens e animais

deslocados;

Prestar apoio psicossocial da população afetada (principalmente à família das vitimas e dos

elementos das equipas de intervenção);

Elaborar um relatório circunstanciado relativo a todas as operações de socorro e assistência

desenvolvidas;

Realizar um estudo sobre a possibilidade de adotar medidas de segurança complementares que

permitam reduzir a ocorrência de outras situações idênticas;

Proceder à avaliação e quantificação dos danos pessoais e materiais, assim como à elaboração

do relatório previsto no Ponto 3.1 da Secção III- Parte IV;

Proceder à distribuição e controle de meios e subsídios a conceder.

A fase de reabilitação destina-se ao restabelecimento das infraestruturas, de modo a repor as condições

mínimas de normalidade e funcionamento. Considera-se que esta fase se mantém até que todas as

redes técnicas essenciais voltem a funcionar corretamente.

A curto prazo, a reabilitação trata de repor as redes técnicas vitais de apoio à vida das populações. A

longo prazo – que pode durar anos – a reabilitação procura repor as condições existentes antes da

catástrofe, tendo a preocupação de aproveitar a oportunidade para adotar soluções que, na medida do

possível, minimizem os efeitos de nova ocorrência.

Page 42: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 13

3. Articulação e Atuação de Agentes, Organismos e Entidades

Os agentes de proteção civil (APC), as estruturas autárquicas, os organismos e as entidades de apoio

com competências e atribuições próprias no âmbito da proteção civil, em situação de iminência ou de

ocorrência de acidente grave ou catástrofe, devem articular-se nos termos do Sistema Integrado de

Operações de Proteção e Socorro (SIOPS), de modo a garantir que as operações se realizam sob um

comando único (COS – Comandante das Operações de Socorro), mas sem prejuízo das estruturas de

direção, comando e chefia das diferentes instituições.

Deste modo, é a articulação entre os diversos agentes, organismos e entidades empenhadas nas

operações de proteção civil que ditam o sucesso das operações de salvamento.

A CMPC assegura que todos os APC, organismos e entidades de apoio de âmbito municipal com

responsabilidades nas operações de proteção e socorro, emergência e assistência decorrentes de

acidente grave ou catástrofe se articulam entre si, assegurando os meios adequados à gestão da

ocorrência em cada situação.

Nos termos da Lei de Bases da Proteção Civil são APC, de acordo com as suas atribuições próprias:

Os Corpos de Bombeiros;

As Forças de Segurança;

As Forças Armadas;

As Autoridades Marítima e Aeronáutica;

O instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e demais serviços de saúde;

Os Sapadores Florestais;

A Cruz Vermelha Portuguesa exerce, em cooperação com os demais agentes e de harmonia com

o seu estatuto próprio da intervenção, apoio, socorro e assistência sanitária e social.

Têm especial dever de cooperação, com os APC, os Serviços e Instituições, Públicos ou Privados, com

competências específicas em domínios com interesse para a prevenção, a atenuação e o socorro às

pessoas, aos bens e ao ambiente. Entre eles contam-se:

Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses;

Instituições de Segurança Social;

Instituições com fins de socorro e de solidariedade;

Organismos responsáveis pelas florestas, conservação da natureza, industriais e energia,

transportes, comunicações, recursos hídricos e ambiente;

Serviços de segurança e socorro privativos das empresas públicas e privadas.

Page 43: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 14

3.1. Missão dos Agentes de Proteção Civil

Os agentes de proteção civil tanto na fase de emergência como para a fase de reabilitação são entidades

que exercem funções de proteção civil acordo com as suas competências e especificidades, previamente

definidas, ou outras atividades no âmbito das suas competências, fornecendo ainda dentro das suas

disponibilidades, o apoio que lhe for solicitado.

Neste sentido, são atribuídas as seguintes missões:

3.1.1. Bombeiros de Loulé (BL)

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Avaliar a situação e identificar o tipo de ocorrência, o local e a extensão, o número potencial de vítimas e os

meios de reforço necessários;

Mobilizar os meios adequados à intervenção;

Combater incêndios florestais e urbanos;

Socorrer as populações em caso de incêndios, inundações e desabamentos;

Realizar ações de busca e salvamento;

Promover o abastecimento de água às populações necessitadas;

Colaborar nas ações de aviso às populações;

Assegurar a evacuação primária das vítimas e no transporte de pessoas, animais e bens;

Socorrer náufragos e proceder a buscas subaquáticas;

Socorrer e transportar acidentados e doentes, incluindo a urgência pré-hospitalar;

Colaborar nas ações de mortuária;

Apoiar a GNR na evacuação das populações e colocam os meios próprios disponíveis à disposição da

evacuação das populações com necessidades especiais;

Dispensar o pessoal de reforço necessário ao funcionamento das comunicações no SMPC;

Elaborar Relatório de Situação Imediatos, periódicos, finais, enviando-os à CMPC, de forma a mantê-la

sempre informada sobre a situação e sua evolução;

Integrar a CMPC de modo a contribuir na definição de estratégias de intervenção;

Exercem quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

FASE DE REABILITAÇÃO

Proceder as operações de rescaldo de incêndios;

Apoiar nas operações de reabilitação das redes e serviços públicos, procedendo a escoramentos,

demolições e desobstruções;

Apoiar as ações de instalação e gestão dos centros de acolhimento provisório, bem como a assistência e

bem-estar e normalização da vida das populações afetadas;

Apoiar o transporte de regresso de pessoas, animais e bens deslocados;

Page 44: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 15

Colaborar nas ações de mortuária (transporte de vitimas para o local de reunião de mortos);

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências;

Elaborar Relatório de Situação Imediatos, periódicos, finais, enviando-os à CMPC, de forma a mantê-la

sempre informada sobre a situação e sua evolução.

3.1.2. Autoridade Marítima Local (Delegação de Quarteira)

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Atuar no âmbito do alerta, aviso, intervenção, busca e salvamento no espaço de jurisdição marítima, no

contexto dos riscos marítimos, solicitando quando necessário a colaboração do SMPC;

Assumir o comando das operações de socorro no espaço de jurisdição marítima, articulando-se com o

SMPC, com o CDOS na condução das operações e atua de acordo com os dispostos na Diretiva Operacional

Nacional nº 1/2010 – Dispositivo Integrado de Operações de Proteção e Socorro;

Integrar a CMPC de modo a contribuir na definição de estratégias de intervenção;

Colaborar com o SMPC fora do espaço de jurisdição marítima sempre que se torne necessário, articulando-

se no teatro de operações com o COS;

Desenvolver operações conducentes à contenção e recolha de hidrocarbonetos derramados;

Propor, em caso de acidente grave ou catástrofe no espaço de jurisdição marítima (ex. Maré negra de

grande dimensão), em sede de Comissão Municipal de Proteção Civil medidas conducentes à contenção e

recolha de hidrocarbonetos derramados;

Garantir a manutenção da lei, ordem e segurança de pessoas e bens no espaço de jurisdição marítima;

Proceder ao resgate e encaminhamento, de acordo com a lei, de cadáveres encontrados no espaço de

jurisdição marítima;

Difundir alerta de emergência e aviso às populações relativamente à segurança nas praias;

Prestar auxílio a náufragos e embarcações;

Proceder ao reconhecimento e avaliação de danos no espaço de jurisdição marítima, iniciando pelos pontos

e instalações críticas;

Elaborar Relatório de Situação Imediatos, periódicos, finais, enviando-os à CMPC, de forma a mantê-la

sempre informada sobre a situação e sua evolução;

FASE DE REABILITAÇÃO

Promover ações, de modo a garantir a manutenção da lei e ordem e segurança de pessoas e bens no

espaço de jurisdição marítima;

Difundir alerta de emergência e aviso às populações relativamente à segurança nas praias;

Disponibilizar meios para apoio às operações nas zonas sinistradas;

Prestar auxílio a náufragos e embarcações;

Proceder ao resgate e encaminhamento, de acordo com a lei, de cadáveres encontrados no espaço de

jurisdição marítima;

Page 45: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 16

Proceder no âmbito das suas competências (sinalização marítima, balizagem, atividades técnico-

administrativas, etc.), em articulação com outras entidades, na recuperação da normalidade das atividades

marítimo-portuárias;

Coordenar eventuais operações de combate à poluição marítima por hidrocarbonetos ou outras

substâncias perigosas conforme previsto no Plano Mar Limpo.

Elaborar Relatório de Situação Imediatos, periódicos, finais, enviando-os à CMPC, de forma a mantê-la

sempre informada sobre a situação e sua evolução;

3.1.3. Guarda Nacional Republicana (GNR) de Loulé

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Desenvolver as ações para promover a segurança e ordem pública, movimentação de meios e Evacuação

das populações;

Integrar a CMPC de modo a contribuir na definição de estratégias de intervenção;

Assegurar a operacionalidade permanente dos meios necessários à manutenção da segurança e evacuação

das populações, bem como da movimentação dos organismos e entidades de apoio operacionais, assim

como o controlo de tráfego;

Colaborar em ações de busca e salvamento;

Colaborar no apoio logístico às populações afetadas;

Assegurar a operacionalidade permanente dos equipamentos de comunicações das respetivas unidades;

Prevenir atividades criminosas;

Garantir, em caso de necessidade, um serviço de estafetas;

Assegurar as radiocomunicações entre os centros de acolhimento provisório e o SMPC;

Assegurar a participação na difusão de avisos e informação pública às populações, através de veículos

próprios com equipamentos adequados;

Garantir a segurança no Teatro de Operações;

Garantir a segurança de pessoas e bens, nomeadamente nas ZS, ZA e ZCR, bem como nas áreas e centros de

acolhimento provisório e armazéns de emergência;

Controlar o acesso aos postos de triagem, assistência pré-hospitalar, evacuação secundária, locais de

concentração de mortos e morgues provisórias;

Garantir a segurança de edifícios públicos considerados vitais (Centro de Saúde de Loulé, Câmara Municipal

de Loulé (CML), Tribunal), proteção de infraestruturas fixas e temporárias (Zonas de Concentração Local e

abrigos Temporários) e de instalações de interesse público ou estratégico;

Garantir o controlo do trafego e manter desobstruído os corredores de circulação de emergência e

evacuação;

Inspecionar objetos e equipamentos suspeitos de conter engenhos explosivos;

Detetar e inativar engenhos explosivos;

Page 46: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 17

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

Elaborar Relatório de Situação Imediatos, periódicos, finais, enviando-os à CMPC, de forma a mantê-la

sempre informada sobre a situação e sua evolução.

FASE DE REABILITAÇÃO

Colaborar nas ações de identificação das vítimas, desalojadas e de mortuária;

Garantir a segurança de edifícios públicos considerados vitais (Centro de Saúde de Loulé, CML), Tribunal,

proteção de infraestruturas fixas e temporárias (Zonas de Concentração Local e abrigos Temporários) e de

instalações de interesse público ou estratégico;

Impedir o acesso a zonas acidentadas onde a segurança para o público ainda não esteja garantida;

Controlo do trânsito nas zonas acidentadas para facilitar o acesso e o trabalho de maquinaria pesada;

Exerce quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências;

Elaborar Relatório de Situação Imediatos, periódicos, finais, enviando-os à CMPC, de forma a mantê-la

sempre informada sobre a situação e sua evolução.

3.1.4. Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Articular-se, no cumprimento de todas as missões de apoio e assistência no local da ocorrência com o COS;

Integrar a CMPC de modo a contribuir na definição de estratégias de intervenção;

Constituir e coordenar postos de triagem e de primeiros socorros;

Prestar ações de socorro médico no local da ocorrência;

Realizar o transporte assistido das vítimas para unidades de saúde adequadas;

Prestar o necessário apoio psicossocial às vítimas;

Montar postos médicos avançados;

Colaborar nas ações de mortuária;

Elaborar Relatório de Situação imediatos, periódicos ou finais, enviando-os à CMPC.

FASE DE REABILITAÇÃO

Desenvolver as atividades próprias das suas competências no apoio às populações afetadas.

Coordenar as atividades de saúde e evacuação secundária, assegurando uma única cadeia de comando para

as áreas de intervenção médica e sanitária;

Organizar o registo de feridos e mortos;

Assegurar os cuidados sanitários nos centros de acolhimento provisório;

Providenciar as medidas de proteção da saúde pública na área do sinistro;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

Efetuar relatórios conjuntos da ocorrência;

Adotar as medidas necessárias à reposição da normalidade;

Page 47: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 18

Atuam dentro da sua orgânica na reabilitação de acordo com o acidente grave ou catástrofe;

Elaborar Relatório de Situação, imediatos, periódicos ou finais, enviando-os à CMPC.

3.1.5. Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) delegação de Almancil

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Atuar nos domínios de intervenção, apoio, busca, salvamento e socorro, assistência sanitária e psicossocial,

de acordo com o seu estatuto próprio e disponibilidades próprias, em coordenação com os demais Agentes

de Proteção Civil;

Integrar a CMPC de modo a contribuir na definição de estratégias de intervenção;

Colaborar na montagem de postos de triagem e administração de estruturas de apoio ao alojamento

temporário, agasalho, bem-estar e alimentação da população deslocada;

Colabora na evacuação e transporte de desalojados e ilesos;

Colaborar na identificação das vítimas, sua recolha e destino;

Colabora no sistema de recolha e armazenamento de dádivas;

Exerce quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências;

Articular-se, no cumprimento de todas as missões de apoio e assistência no local da ocorrência com o COS;

Elaborar Relatório de Situação, imediatos, periódicos ou finais, enviando-os à CMPC.

FASE DE REABILITAÇÃO

Colabora de acordo com as suas atribuições e disponibilidade, o apoio que for solicitado pela CMPC.

Apoia o regresso das populações, nomeadamente no transporte de acidentados e doentes;

Apoio psicossocial;

Colabora na distribuição de roupas e alimentos às populações;

Colabora nas ações de mortuária;

Elaborar Relatório de Situação, imediatos, periódicos ou finais, enviando-os à CMPC.

3.1.6. Sapadores da Associação de Produtores Florestais da Serra do Caldeirão

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

A colaboração dos Sapadores Florestais da associação dos produtores florestais da serra do Caldeirão, será

requerida quando a situação assim o exija;

Elaborar Relatório de Situação, imediatos, periódicos ou finais, enviando-os à CMPC.

Apoiar o combate aos incêndios florestais e as subsequentes operações de rescaldo e vigilância;

Colaborar nas ações de aviso às populações;

Disponibilizar veículos todo-o-terreno ou Máquinas de Rasto (MR), e ferramentas manuais, nomeadamente,

motosserras e outro tipo de equipamento, que possam apoiar uma operação de proteção e socorro;

Page 48: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 19

Apoiar as ações de evacuação;

Intervir e atuar nos domínios do apoio e assistência a operações de proteção e socorro, de acordo com o

seu estatuto, com as suas disponibilidades e em coordenação com os demais APC e CMPC;

Articular-se, no cumprimento das missões de intervenção, no âmbito do DIOPS, no local da ocorrência, com

o COS;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

FASE DE REABILITAÇÃO

Dentro da sua orgânica cumprir com o plano de reabilitação a elaborar de acordo com o acidente grave ou

catástrofe;

Apoiar as operações de rescaldo dos incêndios florestais;

Desenvolver as atividades próprias das suas competências em apoio das populações afetadas;

Elaborar Relatório de Situação, imediatos, periódicos ou finais, enviando-os à CMPC.

3.1.7. Forças Armadas

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

A colaboração das Forças armadas em ações de proteção civil será solicitada quando a gravidade da

situação assim o exija, ao Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA), através do Centro de

Situação e Operações Conjunto (CSOC), pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), de acordo com a

disponibilidade e prioridade de emprego dos meios militares, mas sempre enquadrada pelos respetivos

comandos militares e legislação específica;

A colaboração das Forças Armadas (FFAA) é concretizada através das ações previstas na legislação aplicável

e de outras que, em termos genéricos, podem englobar as seguintes:

Patrulhamento, vigilância, prevenção, deteção, rescaldo e vigilância pós-incêndio florestal;

Reforço de pessoal civil nos campos da salubridade e da saúde, nomeadamente na triagem, cuidados

médicos de emergência e na hospitalização e evacuação de feridos e doentes;

Ações de busca e salvamento;

Disponibilização de equipamentos e apoio logístico, quer para aa operações, quer para a população

afetada. Pode incluir fornecimento de alimentação (eventualmente confeção) e distribuição de

abastecimentos, nomeadamente medicamentos, agua e combustíveis;

Fornecimento temporário de alojamento, na sua capacidade sobrante, ou com possibilidade de recurso a

tendas;

Trabalho indiferenciado com pessoal não especializado, incluindo montagem de acampamentos de

emergência;

Reabilitação de infraestruturas e/ou ações de apoio técnico;

Prestação de apoio em comunicações;

Contribuir na preparação e implementação dos planos de emergência, elaborados aos diferentes níveis,

(nacional, regional, distrital e municipal), nos termos da legislação em vigor.

Page 49: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 20

FASE DE REABILITAÇÃO

Patrulhamento, vigilância, prevenção, deteção, rescaldo e vigilância pós-incêndio florestal;

Reforço de pessoal civil nos campos da salubridade e da saúde, nomeadamente na triagem, cuidados

médicos de emergência e na hospitalização e evacuação de feridos e doentes;

Ações de busca e salvamento;

Disponibilização de equipamentos e apoio logístico, quer para aa operações, quer para a população

afetada. Pode incluir fornecimento de alimentação (eventualmente confeção) e distribuição de

abastecimentos, nomeadamente medicamentos, agua e combustíveis;

Fornecimento temporário de alojamento, na sua capacidade sobrante, ou com possibilidade de recurso a

tendas;

Trabalho indiferenciado com pessoal não especializado, incluindo montagem de acampamentos de

emergência;

Reabilitação de infraestruturas e/ou ações de apoio técnico;

Prestação de apoio em comunicações;

Contribuir na preparação e implementação dos planos de emergência, elaborados aos diferentes níveis,

(nacional, regional, distrital e municipal), nos termos da legislação em vigor.

3.2. Missão dos Organismos e Entidades de Apoio

Os organismos e entidades de apoio são todos aqueles que apesar de não serem agentes de proteção

civil podem fornecer informação de carácter técnico e científico, apoio logístico aos APC e população,

assistência sanitária, socorro, serviços médicos e de saúde, apoio social, organização e gestão dos

centros de alojamento, radiocomunicações de emergência, educação e informação pública e gestão de

voluntariado.

A definição do âmbito de atuação de cada um dos organismos e entidades de proteção civil é essencial

para que estes se possam articular de forma eficaz e otimizada nas ações conjuntas a desenvolver quer

na fase de emergência quer na fase de reabilitação, devem elaborar Relatório de Situação, imediatos,

periódicos ou finais, enviando-os à CMPC, de forma a mante-la sempre informada sobre a situação e sua

evolução, conforme previsto neste PMEPC.

Page 50: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 21

3.2.1. Autoridade de Saúde (AS)

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Prestar os cuidados médicos às vítimas até ao limite da sua capacidade, ou seja garante a máxima assistência

médica possível nas instalações do centro de saúde;

Garantir a ligação com os hospitais de evacuação que forem estabelecidos;

Mobilizar os meios próprios necessários à intervenção;

Assegurar a montagem de postos de triagem, de assistência pré hospitalar e de evacuação secundária, em

estreita colaboração com o INEM;

Colaborar com as Juntas de Freguesia na identificação dos munícipes cujas incapacidades físicas levam à

necessidade do emprego de meios especiais em caso de evacuação;

Dirigir as ações de saúde pública;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

FASE DE REABILITAÇÃO

Desenvolve as ações de mortuária em estreita colaboração com o Ministério Público;

Organizar o registo de feridos e mortos;

Assegurar os cuidados sanitários nos centros de acolhimento provisório;

Providenciar as medidas de proteção da saúde pública na área do sinistro;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências;

Elaborar Relatório de Situação, imediatos, periódicos ou finais, enviando-os à CMPC.

3.2.2. Centro Hospitalar do Algarve, EPE- Unidade de Faro

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Garantir a máxima assistência médica possível nas instalações do hospital;

Garantir uma reserva estratégica de camas disponíveis para encaminhamento de vítimas;

Garantir um reforço adequado de profissionais de saúde;

Prestar assistência médica às populações evacuadas;

Avaliar os recursos do hospital e propõe a sua afetação, em conformidade com os objetivos definidos;

Elaborar Relatório de Situação, imediatos, periódicos ou finais, enviando-os à CMPC;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

FASE DE REABILITAÇÃO

Efetuar relatórios conjuntos da ocorrência;

Adotar as medidas necessárias à reposição da normalidade;

Atuam dentro da sua orgânica na reabilitação de acordo com o acidente grave ou catástrofe.

Page 51: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 22

3.2.3. ACES Central

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Assegurar uma permanente articulação com o Centro Hospitalar do Algarve, (Hospital da área de influência

do município de Loulé) e com os centros de saúde da sua área de jurisdição com vista a garantir a máxima

assistência médica possível nas instalações dos mesmos;

Garantir, em todas as unidades de saúde, que se encontrem operativas, quer na ZS, quer nas áreas

adjacentes, uma reserva estratégica de camas disponíveis para encaminhamento de vítimas;

Garantir um reforço adequado de profissionais de saúde em todas as unidades de saúde que se encontrem

operativas, quer na ZS, quer nas áreas adjacentes;

Mobilizar e destacar para o INEM os médicos disponíveis para fins de reforço dos veículos de emergência

médica, postos médicos avançados e hospitais de campanha;

Propor critérios de articulação entre as instituições e serviços prestadores de cuidados de saúde;

Propor e executar ações de vacinação nas zonas consideradas de risco;

Avaliar os recursos do sector da saúde e propõe a sua afetação, em conformidade com os objetivos definidos;

Coordenar as atividades das instituições e serviços prestadores de cuidados de saúde integrados no Serviço

Nacional de Saúde.

FASE DE REABILITAÇÃO

Prestar assistência médica às populações evacuadas;

Coordenar a recuperação psicológica das populações afetadas;

Efetuar relatórios conjuntos da ocorrência;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências;

Elaborar Relatório de Situação, imediatos, periódicos ou finais, enviando-os à CMPC.

Adotar as medidas necessárias à reposição da normalidade.

3.2.4. Ministério Público

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Gerir as ações de mortuária;

Garantir a autorização de remoção de cadáveres para autópsia.

FASE DE REABILITAÇÃO

Gerir as ações de mortuária;

Garantir a autorização de remoção de cadáveres para autópsia.

Page 52: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 23

3.2.5. Policia Judiciária

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Apoiar nas ações de combate à criminalidade;

Proceder à identificação das vítimas através do Departamento Central de Policia Técnica (DCPT) e do

Laboratório de Policia Científica (LPC);

Acionar a Unidade de Cooperação Internacional (UCI) para obtenção de dados para identificação de vítimas

de nacionalidade estrangeira.

FASE DE REABILITAÇÃO

Apoiar nas ações de combate à criminalidade;

Proceder à identificação das vítimas através do Departamento Central de Policia Técnica (DCPT) e do

Laboratório de Policia Científica (LPC);

Acionar a Unidade de Cooperação Internacional (UCI) para obtenção de dados para identificação de vítimas

de nacionalidade estrangeira.

3.2.6. Instituto de Registos e Notariado

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Proceder ao assento de óbitos e garantir toda a tramitação processual e documental associada.

FASE DE REABILITAÇÃO

Proceder ao assento de óbitos e garantir toda a tramitação processual e documental associada..

3.2.7. Equipa Canina de Resgate do Algarve

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Colaboram nas buscas e salvamento, sob coordenação da GNR;

FASE DE REABILITAÇÃO

Colaboram nas buscas e salvamento, sob coordenação da GNR;.

3.2.8. Águas do Algarve

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Garantir a avaliação de danos e intervenções prioritárias para o rápido restabelecimento do abastecimento

de água potável ao município;

Garantir a operacionalidade de piquetes de emergência, para eventuais necessidades de intervenção na rede

em alta e nas estações de tratamento;

Page 53: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 24

Repor com caráter prioritário, a prestação do serviço nos pontos de entrega ao município.

FASE DE REABILITAÇÃO

Garantir a operacionalidade de piquetes de emergência para eventuais necessidades de reposição do serviço;

Assegurar o controlo da qualidade da água na rede em alta e na entrega ao município;

Repor com caráter prioritário, a prestação do serviço nos pontos de entrega do município:

3.2.9. Empresas com Maquinaria

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Apoiar logisticamente as forças de intervenção através da disponibilização de maquinaria.

FASE DE REABILITAÇÃO

Apoiar logisticamente as forças de intervenção através da disponibilização de maquinaria.

3.2.10. Empresas de Bens de Primeira Necessidade

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Apoiar logisticamente as forças de intervenção através da disponibilização de bens de primeira necessidade;

Colaborar na distribuição de alimentos e outros bens essenciais às populações deslocadas.

FASE DE REABILITAÇÃO

Colaborar na distribuição de alimentos e outros bens essenciais às populações deslocadas.

3.2.10.1. Empresas de Construção Civil

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Colaborar, disponibilizando os meios disponíveis de modo a mitigar os efeitos associados ao acidente grave

ou catástrofe;

Colaborar na realização de obras de emergência como sejam desobstruções de vias, estabilizações e

demolições de emergência;

Apoiar logisticamente as forças de intervenção;

Auxiliar na reparação e recuperação das de infraestruturas afetadas.

FASE DE REABILITAÇÃO

Colaborar na realização de obras de emergência, tais como desobstrução de vias, estabilização de

emergência e demolição.

Page 54: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 25

3.2.11. Empresas de Venda de Combustíveis

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Disponibilizar combustíveis para as viaturas e maquinaria empregue em ações de emergência.

FASE DE REABILITAÇÃO

Disponibilizar combustíveis para as viaturas e maquinaria empregue em ações de emergência.

3.2.12. Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC)

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Promover a segurança aeronáutica;

Participar nos sistemas nacionais de coordenação civil e militar em matéria de utilização do espaço aéreo;

Participar nos sistemas nacionais de coordenação civil e militar em matéria dessegurança interna e de

Proteção Civil;

Colaborar na resposta de proteção civil e socorro, de acordo com as missões operacionais legalmente

definidas;

Cooperar com a entidade responsável pela prevenção e investigação de acidentes e incidentes com

aeronaves civis.

FASE DE REABILITAÇÃO

Colaborar na resposta de proteção civil e socorro, de acordo coma s missões operacionais legalmente

definidas;

Participar nos sistemas nacionais de coordenação civil e militar em matéria de utilização do espaço aéreo.

3.2.13. Órgãos de Comunicação Social

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Assegurar a divulgação de informação pública disponibilizada pela CMPC.

FASE DE REABILITAÇÃO

Assegurar a divulgação de informação pública disponibilizada pela CMPC.

3.2.14. Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF)

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Mobilizar, em caso de incêndio florestal nas áreas protegidas, técnicas de apoio à gestão técnica da

ocorrência;

Apoiar com meios próprios as ações de 1ª intervenção;

Page 55: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 26

Produzir cartografia para apoio ao planeamento de operações de combate a incêndios;

Colaborar nas ações de socorro e resgate, nas áreas protegidas;

Colaborar nas ações de informação Pública.

FASE DE REABILITAÇÃO

Apoiar com meios próprios as ações de vigilância e rescaldo a incêndios;

Apoiar na execução de planos de estabilização de emergência e reabilitação dos espaços florestais;

Desencadear ações necessárias à reposição da normalidade nas áreas protegidas;

Adotar medidas de recuperação das áreas afetadas;

Colaborar nas ações de informação pública.

3.2.15. Missão das Estruturas Autárquicas

As estruturas autárquicas assumem um papel preponderante no apoio às operações a desenvolver no

caso de ocorrência de acidente grave ou catástrofe, garantindo a mobilização de todos os meios

públicos e/ou privados, considerados uteis às operações em curso ou em pré definição. Tais como a

Câmara Municipal com os seus Departamentos, Divisões e Serviços e Empresas Municipais.

Neste quadro o SMPC assume um papel de relevo uma vez que lhe compete, em conjunto com a CMPC,

acionar e coordenar os meios e recursos necessários para apoio nas fases de emergência e de

reabilitação.

De referir ainda, as juntas de freguesia, que pela sua proximidade às populações desempenham um

papel fundamental, e também elas prestando apoio ao SMPC, agentes de proteção civil, entidades e

organismos de apoio.

3.2.15.1. Câmara Municipal de Loulé

Gabinete Eventos, Comunicação e Imagem

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Assegurar a operacionalidade permanente dos meios humanos e materiais à disposição da CMPC;

Elaborar e difundir os comunicados resultantes das informações recebidas do SMPC;

Estabelecer a ligação com os órgãos de comunicação social (OCS), com vista à difusão da informação;

Atuar como porta-voz para os OCS, em nome do Diretor do Plano e da CMPC;

Assegurar a informação às populações deslocadas;

Estabelecer e informar sobre o local das conferências com os OCS;

Divulgar avisos e informações às populações, no âmbito da sua missão de serviço público;

Redige e emite comunicados de imprensa.

Page 56: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 27

FASE DE REABILITAÇÃO

Assegurar a operacionalidade permanente dos meios humanos e materiais à disposição da CMPC;

Elaborar e difundir os comunicados resultantes das informações recebidas do SMPC;

Estabelecer a ligação com os órgãos de comunicação social (OCS), com vista À difusão da informação;

Assegurar a informação Às populações deslocadas;

Estabelecer e informar sobre o local das conferências com os OCS;

Divulgar avisos e informações às populações, no âmbito da sua missão de serviço público;

Redige e emite comunicados de imprensa.

Direção Municipal e de Administração Geral MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Através da Divisão Jurídica e do Contencioso

Prestar apoio e assessoria jurídica ao Diretor do plano e à CMPC;

Emitir pareceres de natureza jurídica;

Monitoriza a conformidade dos atos administrativos municipais;

Colaborar com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) na emissão de certificados de registo de cidadãos;

Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo

desempenho da sua missão no apoio à CMPC;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

Através da Divisão de Informática e Administração de Sistemas

Prestar apoio informático à CMPC, ao SMPC, e PCO, nomeadamente na instalação do software aplicacional

integrado nos sistemas de informação, promovendo a sua interligação funcional;

Disponibilizar em permanência apoio técnico à gestão da emergência;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

FASE DE REABILITAÇÃO

Através da Divisão Jurídica e do Contencioso

Exercer as competências de âmbito jurídico, solicitadas pelo Presidente da Câmara Municipal.

Através da Divisão de Informática e Administração de Sistema

Prestar apoio informático à CMPC, ao SMPC, e PCO, nomeadamente na instalação do software aplicacional

integrado nos sistemas de informação, promovendo a sua interligação funcional;

Colaborar no desenvolvimento do Sistema de Informação Geográfica do Município;

Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo

desempenho da sua missão;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

Page 57: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 28

Departamento de Administração e Finanças

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Através da Divisão de Gestão de Pessoas e da Qualidade

Praticar todos os atos necessários e inerentes, ao cabal e completo desempenho da sua missão e que visem a

colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

Através da Divisão de Finanças, Património e Aprovisionamento

Assegurar a operacionalidade permanente dos meios humanos e materiais à disposição da CMPC;

Controlar o sistema de requisições feitas aos armazéns de emergência;

Proceder à liquidação das despesas suportadas pela CMPC;

Gerir a prestação de serviços por parte de entidades privadas contratadas no âmbito da ativação do PMEPCL;

Proceder à aquisição de bens e serviços requisitados pelo SMPC;

Propor a constituição, gestão e controlo dos armazéns de emergência;

Propor as medidas indispensáveis à obtenção de fundos externos.

Elaborar Relatório de Situação Imediatos, periódicos, finais, enviando-os à CMPC, de forma a mantê-la

sempre informada sobre a situação e sua evolução;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

Através da Divisão de controlo de Atividades Económicas e Fiscalização

Constituir Equipas de Reconhecimento e Avaliação de Situação (ERAS) e informar o Posto de Comando

Operacional relativamente aos danos sofridos na zona avaliada;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

FASE DE REABILITAÇÃO

Através da Divisão de Gestão de Pessoas e da Qualidade

Exercer quaisquer atividades no âmbito das suas competências.

Através da Divisão de Finanças, Património e Aprovisionamento

Assegurar a operacionalidade permanente dos meios humanos e materiais à disposição da CMPC;

Administrar os donativos, subsídios e outros apoios materiais e financeiros recebidos;

Proceder à liquidação das despesas suportadas pela CMPC;

Proceder à aquisição de bens e serviços requisitados pelo SMPC;

Propor as medidas indispensáveis à obtenção de fundos externos.

Controlar o sistema de requisições feitas aos armazéns de emergência;

Page 58: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 29

Gerir a prestação de serviços por parte de entidades privadas contratadas no âmbito da ativação do PMEPCL;

Elaborar Relatório de Situação Imediatos, periódicos, finais, enviando-os à CMPC, de forma a mantê-la sempre

informada sobre a situação e sua evolução;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

Através da Divisão de Controlo de Atividades Económicas e Fiscalização

Colaborar na avaliação e quantificação de danos;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

Departamento de Planeamento e Administração do Território

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Através da Divisão de Planeamento e de Informação Geográfica e Cadastro

Apoiar no sistema de informação geográfica a CMPC, ao SMPC, e PCO, nomeadamente na operacionalização

do software aplicacional integrado nos sistemas de informação, promovendo a sua interligação funcional;

Disponibilizar em permanência apoio técnico à gestão da emergência;

Constituir Equipas de Avaliação Técnica (EAT) e informar o Posto de Comando Operacional relativamente às

infraestruturas afetadas nomeadamente quanto à estabilidade e operacionalidade das mesmas;

Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo

desempenho da sua missão e que visem a prossecução dos objetivos;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

Através da Divisão de Urbanização e Edificação

Constituir Equipas de Avaliação Técnica (EAT) e informar o Posto de Comando Operacional relativamente às

infraestruturas afetadas nomeadamente quanto à estabilidade e operacionalidade das mesmas;

Prestar apoio técnico e logístico por determinação do presidente da Câmara ou do vereador com

competência delegada;

Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo

desempenho da sua missão e que visem a prossecução dos objetivos;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

FASE DE REABILITAÇÃO

Através da Divisão de Planeamento e de Informação Geográfica e Cadastro

Apoiar com o sistema de informação geográfica ao SMPC, e outras entidades de acordo com as solicitações;

Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo

desempenho da sua missão e que visem a prossecução dos objetivos;

Colaborar na avaliação e quantificação de danos;

Page 59: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 30

Prestar apoio técnico e logístico por determinação do presidente da Câmara ou do vereador com

competência delegada.

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências

Através da Divisão de Urbanização e Edificação

Desenvolver medidas para a reabilitação e requalificação urbana;

Contactar os proprietários de edifícios degradados, situados preferencialmente em zonas históricas,

propondo uma utilização que conciliem a defesa do património com o interesse particular, coordenando e

preparando candidaturas para financiamento de obras particulares;

Colaborar na avaliação e quantificação de danos;

Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo

desempenho da sua missão;

Prestar apoio técnico e logístico por determinação do presidente da Câmara ou do vereador com

competência delegada;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

Departamento de Obras e Gestão de Infraestruturas Municipais

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Divisão de Edifícios, de Equipamentos e Energia

Constituir Equipas de Avaliação Técnica (EAT) e informar o Posto de Comando Operacional relativamente às

infraestruturas afetadas nomeadamente quanto à estabilidade e operacionalidade das mesmas;

Prestar apoio técnico e logístico por determinação do presidente da câmara ou do vereador com

competência delegada;

Apoiar logisticamente a manutenção das operações de proteção civil e socorro, colocando todos os

equipamentos e máquinas à disposição para uma rápida e eficaz intervenção, de acordo com as

necessidades;

Proceder ao escoramento de edifícios em risco de desabamento em coordenação com outras entidades

competentes;

Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo

desempenho da sua missão e que visem a colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC;

Constituir Equipas de Reconhecimento e Avaliação de Situação (ERAS) e informar o Posto de Comando

Operacional relativamente aos danos sofridos na zona avaliada;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

Divisão de Saneamento Básico, Rede Viária e Trânsito

Mobilizar os meios próprios necessários à intervenção;

Promover e garantir com equipamentos específicos a sinalização de infraestruturas, nomeadamente

Page 60: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 31

rodoviárias nas vias da sua responsabilidade, para prevenção e proteção dos cidadãos e para uma utilização

mais rápida e eficaz por parte dos meios de intervenção;

Garantir toda a sinalização para a proteção de pessoas e bens, que por precaução seja necessária, devido a

acidentes ou fenómenos meteorológicos, indicando também os caminhos alternativos;

Apoiar logisticamente a manutenção das operações de proteção civil e socorro, colocando todos os

equipamentos e máquinas à disposição para uma rápida e eficaz intervenção, de acordo com as

necessidades;

Garantir o apoio na resposta às ocorrências, através do envolvimento de elementos, no terreno, para o

reconhecimento e orientação;

Garantir a manutenção e a reparação do equipamento existente na rede de distribuição de água ao

Concelho;

Assegurar a operacionalidade permanente dos meios humanos e materiais à disposição da CMPC;

Assegurar com equipamentos específicos, a proteção e manutenção das infraestruturas rodoviárias das

áreas/locais afetados por um acontecimento, bem como a respetiva recuperação;

Acautelar a prestação de serviços de saneamento básico às populações;

Disponibilizar os meios, recursos e pessoal para a resposta operacional, de acordo com as missões

legalmente definidas ou aquelas que lhe forem solicitadas;

Colaborar nas ações de gestão de emergência, sempre que necessário, em estreita colaboração com o

Serviço Municipal de Proteção Civil;

Providenciar equipamento e pessoal destinados a inspeção, escoramento e demolição de estruturas,

desobstrução de vias e remoção de destroços;

Prestar apoio nas ações necessárias à evacuação das populações no que se refere à criação de barreiras e

sinalização de trânsito;

Prestar apoio logístico quer às forças de intervenção quer à população;

Prestar colaboração na manutenção e reparação de equipamentos;

Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo

desempenho da sua missão e que visem a colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC;

Assegurar as operações de reabastecimento de combustíveis e lubrificantes às viaturas afetas ao teatro de

operações;

Constituir Equipas de Reconhecimento e Avaliação de Situação (ERAS) e informar o Posto de Comando

Operacional relativamente aos danos sofridos na zona avaliada;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

FASE DE REABILITAÇÃO

Divisão de Edifícios, de Equipamentos e Energia

Proceder à avaliação dos estragos sofridos pelas infraestruturas e apoiar a sua reabilitação;

Proceder ao escoramento de edifícios em risco de desabamento em coordenação com outras entidades

competentes;

Page 61: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 32

Procede à reparação das infraestruturas afetadas pelo evento;

Coordenar a reabilitação das redes e serviços públicos, nomeadamente abastecimento de energia elétrica,

gás, água e telefones;

Apoiar logisticamente a manutenção das operações de proteção civil e socorro, colocando todos os

equipamentos e máquinas à disposição para uma rápida e eficaz intervenção, de acordo com as

necessidades;

Prestar apoio técnico e logístico por determinação do presidente da Câmara ou do vereador com

competência delegada.

Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo

desempenho da sua missão e que visem a colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

Divisão de Saneamento Básico, Rede Viária e Trânsito

Proceder à avaliação dos estragos sofridos pelas infraestruturas e apoiar a sua reabilitação;

Proceder à reparação das infraestruturas afetadas pelo evento;

Colocar os meios próprios

Proceder à reposição das condições de normalidade;

Colaborar nas ações de gestão de emergência, sempre que necessário, em estreita colaboração com o

Serviço Municipal de Emergência;

Colaborar no levantamento e inventário dos prejuízos causados pela emergência e inerentes aos trabalhos

de restabelecimento;

Assegurar as operações de reabastecimento de combustíveis e lubrificantes às viaturas afetas ao teatro de

operações;

Proceder à recolha de resíduos, destroços e demais detritos resultantes do acidente grave ou catástrofe;

Prestar apoio técnico e logístico por determinação do presidente da Câmara ou do vereador com

competência delegada.

Prestar o apoio logístico quer às forças de intervenção quer à população;

Prestar colaboração na manutenção e reparação de equipamentos;

Mobilizar os meios próprios necessários à intervenção;

Garantir a avaliação e quantificação dos danos;

Coordenar a reabilitação das redes e serviços públicos, nomeadamente saneamento básico;

Mobilizar os meios próprios necessários à intervenção;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

Page 62: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 33

Departamento de Ambiente e Serviços Urbanos

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Através da Divisão de Ambiente, Espaços Público e de Transportes

Exercer apoio técnico nas ações a desenvolver para a preservação do património ambiental;

Colaborar no transporte da população a evacuar colocando à disposição as viaturas de passageiros que

possui;

Mobilizar os meios próprios necessários à intervenção;

Colaborar na manutenção e limpeza dos locais de alojamento temporário;

Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo

desempenho da sua missão e que visem a colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC;

Assegurar as operações de reabastecimento de combustíveis e lubrificantes às viaturas afetas ao teatro de

operações;

Constituir Equipas de Reconhecimento e Avaliação de Situação (ERAS) e informar o Posto de Comando

Operacional relativamente aos danos sofridos na zona avaliada;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

Através da Divisão de Higiene Pública e Resíduos Sólidos

Prestar apoio técnico nas áreas da sua especialidade, designadamente ao nível da higiene pública veterinária,

sanidade animal, inspeção, controlo e fiscalização higieno-sanitária, profilaxia e vigilância epidemiológica;

Promover a captura, remoção, apanha, tratamento e detenção de animais, nos termos da lei;

Apoiar ações de deslocação e alimentação de animais;

Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo

desempenho da sua missão e que visem a colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC.

FASE DE REABILITAÇÃO

Através da Divisão de Ambiente, Espaços Público e de transportes

Mobilizar os meios próprios necessários à intervenção;

Colaborar no transporte de regresso de pessoas, animais e bens deslocados, colocando à disposição as

viaturas que possui;

Assegurar as operações de reabastecimento de combustíveis e lubrificantes às viaturas afetas ao teatro de

operações;

Apoiar ações de deslocação e alimentação de animais;

Prestar apoio técnico e logístico por determinação do presidente da Câmara ou do vereador com

competência delegada.

Page 63: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 34

Através de Higiene Pública e Resíduos Sólidos

Mobilizar os meios próprios necessários à intervenção;

Colaborar na manutenção e limpeza dos locais de alojamento temporário;

Indicar os locais do concelho com elevado número de animais e proceder à avaliação fitossanitárias dos

mesmos;

Apoiar ações de deslocação de animais e alimentação de animais;

Prestar apoio técnico e logístico por determinação do presidente da Câmara ou do vereador com

competência delegada.

Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo

desempenho da sua missão e que visem a colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

Departamento de Educação e Desenvolvimento Sociocultural

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Através da Divisão de Educação

Disponibilizar meios e recursos necessários à ocorrência;

Coordenar a interligação com as escolas do concelho;

Constituir Equipas de Reconhecimento e Avaliação de Situação (ERAS) e informar o Posto de Comando

Operacional relativamente aos danos sofridos na zona avaliada;

Praticar todos os atos necessários e inerentes, ao cabal e completo desempenho da sua missão e que visem a

colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC.

Através da Divisão de Intervenção Social e Voluntariado

Garantir, na medida do possível, o realojamento dos deslocados;

Colaborar nas ações de instalação e gestão dos campos de deslocados bem como no apoio social a

desenvolver nas ações de realojamento;

Participar na recolha, armazenamento e distribuição de bens necessários às populações desalojadas;

Garantir a prestação de apoio psicossocial à população afetada articulando-se com o INEM, instituições

religiosas e o instituto de segurança Social – Centro Distrital de Faro;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

Através da Divisão de Bibliotecas Arquivo e Documentação

Praticar todos os atos necessários e inerentes, ao cabal e completo desempenho da sua missão e que visem a

colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

Page 64: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 35

Através da Divisão de Cultura e Património

Disponibilizar meios e recursos necessários à ocorrência;

Acompanhar a evolução do estado, de todo o património cultural, histórico e arquitetónico;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

Através da Divisão de Desporto e Saúde

Colaborar nas ações de instalação e gestão dos locais de deslocados;

Disponibilizar meios e recursos necessários à ocorrência;

Praticar todos os atos necessários e inerentes, ao cabal e completo desempenho da sua missão e que visem a

colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC.

Constituir Equipas de Reconhecimento e Avaliação de Situação (ERAS) e informar o Posto de Comando

Operacional relativamente aos danos sofridos na zona avaliada;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

FASE DE REABILITAÇÃO

Através da Divisão de Educação

Disponibilizar meios e recursos necessários à ocorrência;

Coordenar a interligação com as escolas do concelho;

Praticar todos os atos necessários e inerentes, ao cabal e completo desempenho da sua missão e que visem a

colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC.

Através da Divisão de Intervenção Social e Voluntariado

Participa na recolha, armazenamento e distribuição de bens necessários às populações afetadas;

Garante o apoio psicológico de continuidade às vítimas;

Garantir a prestação de apoio psicossocial de continuidade à população afetada articulando-se com o

Instituto de Segurança social de Faro e instituições religiosas;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

Através da Divisão de Bibliotecas Arquivo e Documentação

Praticar todos os atos necessários e inerentes, ao cabal e completo desempenho da sua missão e que visem a

colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

Através da Divisão de Cultura e Património

Disponibilizar meios e recursos necessários à ocorrência;

Acompanhar a evolução do estado, de todo o património cultural, histórico e arquitetónico;

Page 65: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 36

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências;

Através da Divisão de Desporto e Saúde

Disponibilizar meios e recursos necessários à ocorrência;

Praticar todos os atos necessários e inerentes, ao cabal e completo desempenho da sua missão e que visem a

colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC.

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

Serviço Municipal de Proteção Civil

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Disponibilizar (dentro das possibilidades verificadas) os meios e recursos solicitados pelo Comandante das

Operações de Socorro (COS);

Apoiar as ações de evacuação;

Cooperar com as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) no realojamento da população

deslocada;

Coordenar as ações de estabilização de infraestruturas, desobstrução de vias, remoção de destroços,

limpeza de linhas de água;

Apoiar a sinalização das estradas e caminhos municipais danificados, assim como, vias alternativas;

Apoiar as ações de aviso às populações;

Proceder, de forma contínua, ao levantamento da situação nas zonas afetadas e remeter os dados

recolhidos para o Diretor do Plano;

Colaborar nas ações de mortuária.

FASE DE REABILITAÇÃO

Avaliar e quantificar os danos pessoais e materiais;

Auxiliar na tarefa de definição de prioridades de intervenção e acompanhar as obras de reconstrução e

reparação de estruturas e equipamentos atingidos;

Promover o restabelecimento dos serviços essenciais junto dos organismos responsáveis (água, eletricidade,

gás e comunicações);

Organizar o transporte e regresso de pessoas, animais e bens deslocados;

Colaborar nas ações de mortuária (transporte de vítimas e operacionalização de locais para o seu armazenamento temporário).

Page 66: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 37

3.2.15.2. Empresas Municipais (Infra-Quinta, Infra-Moura, Infra-Lobo e LC Global)

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Constituir Equipas de Apoio ao SMPC;

Constituir Equipas de Reconhecimento e Avaliação de Situação (ERAS) e informar o Posto de Comando

Operacional relativamente aos danos sofridos na zona avaliada;

Apoiar com meios próprios as ações de proteção civil;

Auxiliar logisticamente, na medida das suas possibilidades, o apoio à população afetada;

Apoiar as ações de evacuação na sua área de intervenção, para os centros de acolhimento provisório;

Colaborar com na distribuição de alimentação e água potável;

Disponibilizar todas as informações consideradas úteis ou requisitadas pelo SMPC, COS e CMPC;

Divulgar informação junto da população local;

Colaborar no sistema de recolha e armazenamento de dádivas;

Colaborar na avaliação e quantificação dos dados;

Cooperar com o SMPC e CMPC, na sinalização das estradas e caminhos municipais afetados, assim como, na

sinalização das vias alternativas, no respetivo espaço geográfico;

Elaborar Relatório de Situação Imediatos, periódicos, finais, enviando-os à CMPC, de forma a mantê-la sempre

informada sobre a situação e sua evolução.

FASE DE REABILITAÇÃO

Auxiliar na reparação das infraestruturas afetadas pelo evento;

Colaborar com na distribuição de alimentação e água potável;

Mobilizar os meios e recursos necessários à intervenção;

Colaborar na assistência e bem estar das populações evacuadas;

Informar a CMPC de todas as questões pertinentes para a reposição das condições de normalidade;

Elaborar Relatório de Situação Imediatos, periódicos, finais, enviando-os à CMPC, de forma a mantê-la

sempre informada sobre a situação e sua evolução;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

3.2.15.3. Juntas de Freguesia

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Constituir Equipas de Reconhecimento e Avaliação de Situação (ERAS) e informar o Posto de Comando

Operacional relativamente aos danos sofridos na zona avaliada;

Apoiar com meios próprios as ações de socorro;

Auxiliar logisticamente, na medida das suas possibilidades, a população afetada;

Organizar-se de forma a apoiar o SMPC;

Apoiar as ações de evacuação na sua área de intervenção, para os centros de acolhimento provisório;

Promover a identificação dos munícipes com incapacidade física ou outras;

Page 67: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 38

Colaborar com na distribuição de alimentação e água potável;

Disponibilizar todas as informações consideradas úteis ou requisitadas pelo SMPC, COS e CMPC;

Divulgar informação junto da população local;

Gerir sistemas para atuação imediata de emergência ao nível da avaliação de danos, em particular os danos

humanos;

Colaborar no sistema de recolha e armazenamento de dádivas;

Gerir os sistemas de voluntariado;

Colaborar no recenseamento e registo da população deslocada e ou afetada;

Colaborar na avaliação e quantificação dos dados;

Cooperar com o SMPC e CMPC, na sinalização das estradas e caminhos municipais afetados, assim como, na

sinalização das vias alternativas, no respetivo espaço geográfico.

FASE DE REABILITAÇÃO

Auxiliar na reparação das infraestruturas afetadas pelo evento;

Colaborar com na distribuição de alimentação e água potável;

Promover ações destinadas à obtenção e gestão de fundos externos, recolha e armazenamento de donativos;

Mobilizar os meios e recursos necessários à intervenção;

Apoiar os APC no regresso das populações;

Colaborar na assistência e bem estar das populações evacuadas;

Colaborar na avaliação e quantificação dos dados;

Coordenar os postos locais de recenseamento de voluntários;

Informar a CMPC de todas as questões pertinentes para a reposição das condições de normalidade;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

3.2.16. Entidades de Apoio

3.2.16.1. Agrupamento de Escolas do Concelho

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA /REABILITAÇÃO

Disponibilizar as instalações escolares em situações de acidente grave ou catástrofe, sempre que

necessário;

Estabelecem planos de segurança e evacuação da comunidade escolar em situação de emergência;

Colaborar na receção da população deslocada;

Sensibilizam a população escolar para as ações de proteção civil;

Disponibilizar todas as informações que contribuam para a implementação de procedimentos

conducentes ao bom acolhimento das populações deslocadas.

Page 68: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 39

3.2.16.2. Empreendimentos Turísticos

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA/REABILITAÇÃO

Apoiar e disponibilizar meios para a receção temporária de pessoas deslocadas.

3.2.16.3. Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) que atuam no Concelho

(Identificadas na parte IV – Secção III) MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Acolher temporariamente a população desalojada;

Apoiar psicologicamente a população afetada;

Colaborar na instalação e organização de abrigos para a população deslocada (zonas de concentração Local);

Disponibilizar o cadastro/lista atualizados de população desprotegida no concelho (idosos sem apoio familiar,

doentes inválidos e sem abrigo;

Prestar apoio domiciliário à população desprotegida (com residência);

Realizar ações de apoio de rua direcionadas aos sem-abrigo;

Participar nas ações de apoio logístico às operações de proteção civil;

Colaborar nas ações de mortuária.

FASE DE REABILITAÇÃO

Apoiar as ações de instalação e gestão dos centros de acolhimento provisório, bem como a assistência e bem-

estar das populações;

Prestar apoio domiciliário à população desprotegida;

Realizar ações de apoio de rua direcionadas aos sem-abrigo;

Colaborar nas ações de mortuária;

Apoiar psicologicamente a população afetada;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

3.2.16.4. Radioamadores Locais

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA/REABILITAÇÃO

Cooperar com as entidades locais oficiais de forma a reforçar o sistema de comunicações via rádio, ou

substitui-lo em caso de inoperacionalidade;

Proceder de acordo com o protocolo estabelecido com o SMPC.

Page 69: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 40

3.2.16.5. Restaurantes

(Identificados na parte IV – Secção III)

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Apoiar logisticamente as forças de intervenção através da disponibilização de alimentação e água potável;

Colaborar na distribuição de alimentação às populações deslocadas.

FASE DE REABILITAÇÃO

Colaborar na distribuição de alimentação às populações deslocadas.

3.2.16.6. Farmácias

(Identificados na parte IV – Secção III)

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA /REABILITAÇÃO

Apoiar e auxiliar as atividades de assistência medica através da disponibilização de medicamentos;

3.2.17. Missão dos Organismos

3.2.17.1. Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF)

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Assumir a investigação forense para identificação dos corpos, tendo em vista a sua entrega aos familiares;

Mobilizar a Equipa Médico-legal de Intervenção em Desastres;

Realizar autópsias com a celeridade necessária para garantir a saúde pública (despiste de doenças inoficiosas

graves).

FASE DE REABILITAÇÃO

Assumir a investigação forense para identificação dos corpos, tendo em vista a sua entrega aos familiares.

3.2.17.2. Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF)

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Coordenar a cooperação entre as forças e serviços de segurança nacionais e de outros países em matéria de

circulação de pessoas, do controlo de estrangeiros;

Assegurar a realização de controlos moveis e de operações conjuntas com serviços ou forças de segurança

congéneres;

Autorizar e verificar a entrada de pessoas a bordo de embarcações e aeronaves;

Proceder à identificação de cadáveres de cidadãos estrangeiros;

Proceder à avaliação dos decorrentes cenários de risco, no âmbito das suas competências;

Proceder à investigação dos crimes de auxilio à imigração ilegal, bem como investigar outros com ele conexos,

Page 70: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 41

sem prejuízo da competência de outras entidades;

Orientar os cidadãos estrangeiros, presentes na área do sinistrada, sobre procedimentos a adoptar;

Estabelecer os contactos eventualmente necessários com os diferentes Consulados e Embaixadas;

Impedir o desembarque de passageiros e tripulantes de embarcações e aeronaves que provenham de pontos

ou aeroportos de risco, no aspeto sanitário, sem prévio assentimento das competentes autoridades

sanitárias.

FASE DE REABILITAÇÃO

Coordenar a cooperação entre as forças e serviços de segurança nacionais e de outros países em matéria de

circulação de pessoas, do controlo de estrangeiros;

Assegurar a realização de controlos moveis e de operações conjuntas com serviços ou forças de segurança

congéneres;

Autorizar e verificar a entrada de pessoas a bordo de embarcações e aeronaves;

Proceder à identificação de cadáveres de cidadãos estrangeiros;

Proceder à avaliação dos decorrentes cenários de risco, no âmbito das suas competências;

Proceder à investigação dos crimes de auxilio à imigração ilegal, bem como investigar outros com ele conexos,

sem prejuízo da competência de outras entidades;

Orientar os cidadãos estrangeiros, presentes na área do sinistrada, sobre procedimentos a adoptar;

Estabelecer os contactos eventualmente necessários com os diferentes Consulados e Embaixadas;

Impedir o desembarque de passageiros e tripulantes de embarcações e aeronaves que provenham de pontos

ou aeroportos de risco, no aspeto sanitário, sem prévio assentimento das competentes autoridades

sanitárias.

3.2.17.3. Misericórdias

As misericórdias existentes no Concelho são a Santa Casa da Misericórdia de Loulé e Santa Casa da

Misericórdia de Boliqueime.

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Reforçar a capacidade de prestação de cuidados de saúde e assistência social;

Disponibilizar as instalações para diversos fins de assistência humanitária, de acordo com as orientações da

CMPC;

Apoiar as ações de gestão de abrigos, bem-estar das populações, de pesquisa e reunião de desaparecidos,

de gestão de desalojados e na distribuição de alimentos e agasalhos.

Acolher temporariamente a população desalojada;

Apoiar psicologicamente a população afetada;

Colaborar na instalação e organização de abrigos para a população deslocada (zonas de concentração

Local);

Disponibilizar o cadastro/lista atualizados de população desprotegida no concelho (idosos sem apoio

familiar, doentes inválidos e sem abrigo;

Page 71: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 42

Prestar apoio domiciliário à população desprotegida (com residência);

Realizar ações de apoio de rua direcionadas aos sem-abrigo;

Colabora na receção, seleção e encaminhamento de voluntários de acordo com as indicações da CMPC;

Participar nas ações de apoio logístico às operações de proteção civil;

Colaborar no sistema de recolha de dádivas.

FASE DE REABILITAÇÃO

Reforçar a capacidade de prestação de cuidados de saúde e assistência social;

Prestar apoio à população afetada no sentido desta recuperar a normalidade.

Prestar apoio domiciliário à população desprotegida (com residência);

Acolher temporariamente a população desalojada;

Disponibilizar as instalações para diversos fins de assistência humanitária, de acordo com as orientações da

CMPC;

Colaborar na receção, seleção e encaminhamento de voluntários de acordo com as indicações da CMPC;

Apoiar as ações de gestão de abrigos, bem-estar das populações, de pesquisa e reunião de desaparecidos,

de gestão de desalojados e na distribuição de alimentos e agasalhos;

Apoiar psicologicamente a população afetada;

Colaborar no sistema de recolha de dádivas.

3.2.17.4. Portugal Telecom (PT) e Operadores de Redes móveis

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Assegurar o restabelecimento e funcionamento das comunicações telefónicas, em situação de emergência

nas suas áreas de intervenção;

Garantir prioridades de acesso, em situação de emergência, aos endereços correspondentes a serviços e

entidades essenciais;

Colocar à disposição da direção do Plano os meios e recursos para cumprimentos das ações que lhe foram

cometidas.

FASE DE REABILITAÇÃO

Colocar à disposição da direção do Plano os meios e recursos para cumprimentos das ações que lhe foram

cometidas;

Executar, dentro das suas competências, as medidas necessárias à normalização dos efeitos do sinistro.

Page 72: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 43

3.2.6.4. Energias de Portugal (EDP)

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Assegurar o restabelecimento e funcionamento de energia elétrica, em situação de emergência;

Exercer assessoria técnica especializada à direção do Plano;

Apoiar as ações de proteção e socorro que exijam a inativação de linhas elétricas em zonas de sinistro.

Colocar à disposição da direção do plano os meios e recursos para o cumprimento das ações que lhe foram

cometidas;

FASE DE REABILITAÇÃO

Executar, dentro das suas competências, as medidas necessárias à normalização dos efeitos do sinistro;

Colocar à disposição da direção do plano os meios e recursos para o cumprimento das ações que lhe foram

cometidas.

3.2.6.5. Estradas de Portugal (EP)

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Presta assessoria técnica especializada;

Executar com os meios e recursos disponíveis as ações de recuperação das vias de comunicação de acordo

com as prioridades de emergência estabelecidas;

Colaboram nas ações de prevenção e controlo de tráfego em situação de emergência, tais como itinerários

alternativos balizagem e sinalização.

FASE DE REABILITAÇÃO

Presta assessoria técnica especializada;

Colaboram nas ações de prevenção e controlo de tráfego em situação de emergência, tais como itinerários

alternativos balizagem e sinalização;

Executar, dentro das suas competências, as medidas necessárias à normalização dos efeitos do sinistro,

tendo em vista o restabelecimento da normalidade.

3.2.6.6. Rede Ferroviária Nacional (Refer)

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Assegurar a disponibilidade de técnicos e operacionais, com responsabilidade nas infraestruturas afetadas,

para integrar equipas técnicas de avaliação;

Gestão da capacidade operacional de toda infraestrutura;

Garantir, em permanência meios materiais (maquinaria pesada e ligeira de trabalhos na via) e humanos

(próprios ou de prestadores de serviço), fora da zona do sinistro, para manutenção corretiva;

Elaboração da regulamentação para a circulação de comboios.

Page 73: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 44

FASE DE REABILITAÇÃO

Repõem o normal controlo de trafego ferroviário sinalizando convenientemente todos os condicionalismos

de circulação das vias afetadas;

Assegura a gestão da capacidade operacional de toda infraestrutura;

Executar, dentro das suas competências, as medidas necessárias à normalização dos efeitos do sinistro.

3.2.6.7. Rádio Local (Rádio Restauração Algarve Stars)

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA / FASE DE REABILITAÇÃO

Divulgar avisos e informações às populações, no âmbito da sua missão de Serviço Público;

Assegurar a divulgação de informação pública disponibilizada pela CMPC, nomeadamente nos avisos e

medidas de auto proteção e outras informações relevantes;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

3.2.6.8. Segurança Social

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Prestar assessoria técnica e especializada à CMPC e ao Diretor do Plano;

Apoiar as ações de instalação e gestão dos centros de acolhimento provisório e proceder ao registo das

famílias e dos munícipes aí instalados;

Colaborar na assistência e bem-estar das populações evacuadas para os centros de acolhimento provisório;

Prestar o necessário apoio social e psicológico à população afetada;

Colaborar na alimentação, agasalhos e distribuição de água à população afetada;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

FASE DE REABILITAÇÃO

Prestar assessoria técnica e especializada ao SMPC e à CMPC;

Prestar o necessário apoio social e psicológico de continuidade à população afetada;

Proceder ao registo das famílias e dos munícipes desalojados, bem como à sua reabilitação social;

Colaborar na alimentação, agasalhos e distribuição de água à população afetada;

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

3.2.6.9. Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS)

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Disponibilizar a instalação e gestão dos centros de acolhimento provisório, bem como a assistência e

bem-estar das populações desalojadas.

Page 74: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 45

FASE DE REABILITAÇÃO

Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

3.2.6.10. Tribunal de Loulé

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Colaborar nos serviços de mortuária.

FASE DE REABILITAÇÃO

Efetuar relatórios conjuntos da ocorrência.

3.2.6.11. Corpo Nacional de Escutas – Agrupamento 290 Loulé

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA

Apoiar a instalação e organização dos centros de acolhimento da população deslocada, prestar o apoio com

meios humanos e materiais de acordo com os seus estatutos, para o cumprimento de ações que lhe forem

atribuídas, quando solicitado, designadamente na recolha e distribuição de agasalhos, roupas e bens

alimentares;

Colaborar no salvamento de animais afetados pela contaminação do meio ambiente;

Apoiar as atividades das entidades com responsabilidade nas ações de proteção civil, nomeadamente a

realização de ações de estafeta.

FASE DE REABILITAÇÃO

Apoiar a instalação e organização dos centros de acolhimento da população deslocada, prestar o apoio com

meios humanos e materiais de acordo com os seus estatutos, para o cumprimento de ações que lhe forem

atribuídas, quando solicitado, designadamente na recolha e distribuição de agasalhos, roupas e bens

alimentares;

Colaborar com as entidades, tendo em vista o apoio de regresso das pessoas ao local de origem, assim

como os animais à sua exploração.

3.2.6.12. Párocos e Representantes de outras Religiões

MISSÃO

FASE DA EMERGÊNCIA / REABILITAÇÃO

Acompanhar e apoiar a população afetada pelo acidente grave ou catástrofe;

Colaborar no âmbito das suas disponibilidades com a CMPC.

Page 75: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 46

3.2.6.13. Outras Organizações

As entidades que possuam meios de proteção e socorro desenvolvem, de forma coordenada, todas as

ações de forma a potenciar, permanentemente, a sua atuação articulada no dispositivo, informando o

Posto de Comando Operacional Conjunto (PCOC);

Todos os organismos, serviços e entidades públicas, de utilidade pública ou privados cujos fins estejam

relacionados com a resposta ao socorro e emergência no âmbito das operações de proteção e socorro,

nas áreas da prevenção, vigilância e intervenção, consideram-se para todos os efeitos colaboradores

nestas atividades, contribuindo com os seus efetivos e meios sempre que mobilizados para o DIOPS e

para desenvolver de forma coordenada todas as ações que permitam potenciar permanentemente a sua

atuação articulada;

Articulam-se no cumprimento das missões de intervenção, no âmbito do DIOPS, no local da ocorrência,

com o COS;

Exercem quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.

3.2.6.14. Funcionários e agentes do Estado e das pessoas coletivas de direito público, membros dos órgãos de gestão das empresas públicas

Tem o dever especial de colaboração com os organismos de proteção civil, a violação do dever especial

de colaboração em situação de alerta implica, consoante os casos, responsabilidade criminal e

disciplinar, nos termos da lei.

3.2.6.15. Cidadãos e demais entidades privadas, responsáveis pela administração, direção ou chefia de empresas privadas

Os responsáveis pela administração, direção ou chefia de empresas privadas cuja laboração, pela

natureza da sua atividade, esteja sujeita a qualquer forma específica de licenciamento, devem

colaboração especial com os órgãos e agentes de proteção civil.

A violação do dever especial de colaboração em situação de alerta implica, consoante os casos,

responsabilidade criminal e disciplinar, nos termos da lei.

Devendo assim, colaborar na prossecução dos fins da proteção civil; Conhecer as disposições

preventivas das leis e regulamentos; Acatar ordens, instruções e conselhos dos órgãos e agentes

responsáveis pela segurança interna e pela proteção civil; Satisfazer prontamente as solicitações que

justificadamente lhes sejam feitas pelas entidades competentes e colaborar pessoalmente naquilo que

pelo Presidente da CML, ou seu substituto legal, lhes for requerido, respeitando as ordens e orientações

que lhes forem dirigidas e correspondendo às respetivas solicitações.

Page 76: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Parte III – Áreas de Intervenção

Page 77: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 2

ÍNDICE

Índice de figuras .............................................................................................................................. 3

Índice de tabelas ............................................................................................................................. 3

ÍNDICE

1. Administração de meios e recursos ............................................................................................ 4

2. Logística .................................................................................................................................... 9

2.1. Apoio logístico às forças de intervenção ................................................................................... 10

2.2. Sectorização do teatro de operações ........................................................................................ 13

2.3. Apoio logístico às populações ................................................................................................... 14

3. Comunicações ......................................................................................................................... 19

3.1. Rede estratégica do plano municipal de emergência de proteção civil de Loulé ..................... 20

4. Gestão da informação ............................................................................................................. 25

4.1. Gestão da informação entre as entidades envolvidas nas operações ...................................... 27

4.2. Gestão da Informação entre as entidades intervenientes no PMEPCL .................................... 28

4.3. Gestão da Informação Pública .................................................................................................. 29

5. Procedimentos de Evacuação .................................................................................................. 31

5.1. Zonas de concentração local e abrigo temporário.................................................................... 33

6. Manutenção da ordem pública ................................................................................................ 38

7. Serviços Médicos e Transporte de Vítimas ............................................................................... 41

7.1. Apoio social e psicológico ......................................................................................................... 46

8. Socorro e salvamento .............................................................................................................. 50

9. Serviços mortuários ................................................................................................................. 55

10. Protocolos ........................................................................................................................... 59

Page 78: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 3

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Organização das Comunicações em caso de Emergência ............................................... 200

Figura 2 - Organograma do sistema de Comunicações do PMEPCL ............................................... 211

Figura 3 - Organização da Gestão de Informação do PMEPCL ........................................................ 266

Figura 4 - Procedimentos de Evacuação ........................................................................................... 34

Figura 5 - Procedimentos de Evacuação Médica ............................................................................ 433

Figura 6 - Organização das Entidades Responsáveis pelas Ações de Socorro e Salvamento .......... 511

Figura 7 - Organização Funcional dos Serviços Mortuários ............................................................ 566

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Procedimentos para administração de meios e recursos .................................................. 8

Tabela 2 - Procedimentos de apoio logístico às forças de intervenção .......................................... 133

Tabela 3 - Procedimentos de apoio logístico às populações ............................................................ 18

Tabela 4 – Indicativos Municipais da Rede de Rádio ...................................................................... 211

Tabela 5 – Indicativos ANPC – Distrito Faro .................................................................................... 211

Tabela 6 – Indicativos dos Bombeiros Municipais de Loulé da Rede de Rádio ............................... 222

Tabela 7 – Indicativos BHSP e CMA - Distrito Faro .......................................................................... 222

Tabela 8 – Indicativos de outros agentes de proteção civil - Distrito Faro ..................................... 222

Tabela 9 - Procedimentos relativos às comunicações .................................................................... 224

Tabela 10 - Procedimentos para a gestão da informação entre entidades envolvidas nas

operações ........................................................................................................................................ 288

Tabela 11 - Procedimentos para a gestão da informação entre entidades intervenientes no

PMEPCL. ............................................................................................................................................ 29

Tabela 12 - Procedimentos para a gestão da informação pública .................................................. 311

Tabela 13 - Zonas de concentração local e abrigo temporário ....................................................... 333

Tabela 14 - Procedimentos de evacuação ....................................................................................... 377

Tabela 15 - Procedimento para a manutenção da ordem pública .................................................. 400

Tabela 16 - Procedimentos de triagem de feridos – START ............................................................ 411

Tabela 17 - Procedimento para os serviços médicos e transporte de vítimas.................................. 46

Tabela 18 - Procedimentos para o apoio social .............................................................................. 477

Tabela 19 - Procedimentos para o apoio psicológico ....................................................................... 49

Tabela 20 - Procedimentos para o socorro e salvamento ............................................................... 540

Tabela 21 - Procedimento para os serviços mortuários.................................................................. 588

Page 79: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 4

1. Administração de Meios e Recursos

A área de intervenção de administração de meios e recursos estabelece os procedimentos e

instruções de coordenação quanto às atividades de gestão administrativa e financeira, inerentes à

mobilização, requisição e utilização dos meios e recursos utilizados aquando da ativação do Plano de

Emergência de Proteção Civil.

Tem como funções principais:

Responsabilidade da gestão financeira e de custos;

Supervisão das negociações contratuais;

Gestão dos tempos de utilização dos recursos e equipamentos;

Gestão dos processos de seguros.

No caso de acidente grave ou catástrofe no município de Loulé, a estrutura municipal de proteção civil

mais adequada na resposta, será a Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC) devido à proximidade

às populações, conhecimento do meio, assim como pela rapidez na mobilização dos meios e recursos.

Caso os meios e recursos postos à disposição da CMPC, não sejam suficientes, cabe ao Presidente da

Câmara Municipal de Loulé, requisitar os meios adicionais a entidades públicas e/ou privadas para

uma adequada resposta, dentro das suas disponibilidades financeiras.

Os meios e recursos requeridos devem-se adequar ao objetivo e deve ser dada preferência à utilização

de meios públicos, sobre os privados, conforme constante no nº3 do artigo 10º da Lei nº27/2006, de 3

de Julho – Lei de Bases da Proteção Civil (LBPC), com as alterações introduzidas pela Lei Orgânica n º

1/2011, de 30 de novembro.

Os responsáveis por cada uma das Áreas de Intervenção (AI) devem inventariar os meios e recursos

indispensáveis ao cumprimento das missões e à articulação das restantes AI, executando as tarefas

que lhes estão atribuídas neste Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil (PMEPC).

Caso o acidente grave ou catástrofe seja posteriormente declarado pelo governo situação de

calamidade, a autarquia poderá de acordo com o Decreto-Lei nº 225/2009 de 14 de Setembro

candidatar-se a auxílios financeiros. Sem prejuízo deste apoio a autarquia pode ainda recorrer ao

fundo de emergência municipal, gerido pela Direção – Geral das Autarquias Locais.

Page 80: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 5

Os subsídios e donativos recebidos em dinheiro, com destino às operações de proteção e socorro, são

administrados pela CML através da sua conta especial de emergência criada para o efeito.

No caso de catástrofe ou calamidade a autarquia pode ainda, articular-se com a ANPC, de modo a

recorrer à conta de emergência titulada pela ANPC, (Decreto-Lei nº 112/2008, de 1 de Julho), neste

caso específico é necessário despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas Finanças

e pela Administração Interna.

Os responsáveis de cada APC, entidades, organizações públicas e privadas têm o dever de conhecer o

conteúdo deste PMEPC, para o desempenho das missões previstas e prossecução dos respetivos

objetivos.

Os responsáveis de cada Agente de Proteção Civil (APC), entidades, organizações públicas e privadas

intervenientes neste PMEPC devem promover exercícios particulares de simulação de situação de

emergência para preparação do pessoal, treino de comunicações e execução de procedimentos

operacionais, contando com o apoio do Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) de Loulé.

No decurso das operações, as estruturas integrantes deste PMEPCL deverão acautelar os períodos de

descanso e a rotatividade dos seus recursos humanos.

Todas as organizações integrantes deste PMEPCL devem, ao seu nível, no âmbito das ações a

desenvolver em prol do presente PMEPCL, promover ações de sensibilização junto dos intervenientes

e da população, tendo em vista a sua preparação e integração na estrutura de resposta à emergência.

ADMINISTRAÇÃO DE MEIOS E RECURSOS

Entidade Coordenadora:

Responsável: Presidente da CML

Substituto: Vice-presidente da CML

ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL

Câmara Municipal de Loulé (SMPC, Direção

Municipal de Administração Geral,

Departamento de Administração e Finanças,

Departamento de Planeamento e

Administração do Território, Departamento

de Obras Municipais e Gestão de

Infraestruturas, Departamento de Ambiente

e Serviços Urbanos e Departamento de

Águas do Algarve

EDP

REN

Empresas com maquinaria

Empresas de bens de primeira necessidade

Empresas de construção civil

Estradas de Portugal

Empresas de venda de combustíveis

Page 81: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 6

Educação e Desenvolvimento Sociocultural)

Juntas de Freguesia

Bombeiros de Loulé

GNR

Autoridade Marítima Local

Centro de Saúde de Loulé

INEM

Cruz Vermelha Portuguesa

Autoridade de Saúde do município

Santa Casa da Misericórdia

Instituto de Segurança Social – Centro

Distrital de Faro

Agrupamento de Escolas do concelho

REFER

Forças Armadas

CDOS de Faro

IPSS que atuam no concelho

PRIORIDADES DE AÇÃO

Assegurar as atividades de gestão administrativas e financeiras inerentes à mobilização, requisição, e

utilização dos meios e recursos necessários à intervenção, de forma racional e eficiente;

Supervisionar as negociações contratuais;

Gerir o controlar os tempos de utilização de recursos e equipamentos;

Gerir os processos de seguros.

INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS

Gestão de Meios

Os meios e recursos pertencentes aos agentes de proteção civil e aos organismos e entidades de apoio

serão colocados à disposição dos Postos de Comando Operacional, e CMPC, que os afetarão de acordo com

as necessidades verificadas a cada momento, sendo dada sempre preferência à utilização de meios

públicos, sobre os privados, conforme consta no nº 3 do artigo 10º da Lei nº 27/2006, de 3 de julho – Lei de

Bases da Proteção Civil (LBC) com as alterações introduzidas pela Lei Orgânica nº 1/2011, de 30 de

novembro;

Deverá ser dada preferência à utilização de meios e recursos pertencentes a entidades públicas (ou detidos

por entidades com as quais tenha sido celebrado protocolo de utilização) em detrimento de recursos

privados;

A CMPC e o Posto de Comando são autónomos para a gestão de meios existentes, assim como para a

gestão de meios de reforço que lhes forem atribuídos;

Todos os pedidos adicionais que as entidades intervenientes necessitem, deverão ser requisitados através

do modelo próprio patente na Parte IV, Secção III;

O SMPC, apoiando-se na Divisão de Finanças, Património e Aprovisionamento, controla os tempos utilizados

pelas diferentes equipas (pertencentes à CMPC; públicas e privadas), nos vários locais de forma a garantir a

maximização da sua eficácia e eficiência (a listagem de meios encontra-se na Secção III- Parte IV).

Page 82: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 7

Gestão de Pessoal

A coordenação dos meios materiais e humanos a empregar deverá ser efetuada pelos Postos de Comando

Operacional (PCO) na sua área de intervenção e pela CMPC de acordo com a organização prevista na Parte

II do Plano Municipal de emergência de Proteção Civil de Loulé (PMEPCL);

A mobilização do pessoal pertencente a organismos ou entidades públicas, será realizada conforme o

previsto na Lei nº 59/2008, de 11 de Setembro – Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas;

No decorrer das operações, os agentes de proteção civil e as entidades e organismos de apoio deverão

acautelar os períodos de descanso e a rotatividade dos seus recursos humanos empenhados nas mesmas.

Gestão de Finanças

Cada entidade ou organismo interveniente nas operações de emergência será responsável pela gestão

financeira e de custos associados aos meios e recursos próprios empenhados;

Caso haja necessidade de se recorrer a meios privados, a gestão financeira associada à requisição dos

mesmos será assegurada pela Câmara Municipal de Loulé (CML) através da Divisão de Finanças Património

e Aprovisionamento;

Os agentes de proteção civil e entidades e organismos de apoio, envolvidos nas operações de emergência,

caso afiram a necessidade de aquisição/contratação de bens e serviços a entidades privadas e não

disponham de recursos próprios para o fazer, deverão endereçar ao diretor do PMEPCL uma requisição

para o efeito.

Comissão Municipal de Proteção Civil

O SMPC, com o apoio do Departamento de Obras Municipais e Gestão de Infraestruturas e Departamento

de Ambiente e Serviços Urbanos, em articulação com o diretor do PMEPCL, ficará responsável pela

definição de meios e recursos necessários, negociações contratuais com entidades privadas, pela gestão

dos processos de seguro e controlo e gestão dos tempos. Os contactos e meios mobilizáveis encontram-se

na Secção III – Parte IV;

O controlo e registo da utilização dos meios públicos e privados requisitados (localização dos mesmos e

tempos de utilização) serão assegurados pelo SMPC, com o apoio do Departamento de Obras Municipais e

Gestão de Infraestruturas e Departamento de Ambiente e Serviços Urbanos;

Para as ações de âmbito supra Distrital, é a entidade coordenadora que realiza a supervisão das

negociações contratuais e a gestão dos processos de seguro;

A existência de despesas excecionais por parte dos agentes de proteção civil ou organismos de apoio, que

não tenham capacidade financeira para reparar os equipamentos em tempo útil, poderão solicitar apoio ao

diretor do PMEPCL, o qual apoiado no Departamento de Administração e Finanças, disponibilizará as

Page 83: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 8

verbas ou os meios oficinais para estes casos excecionais e pontuais. A CMPC recorrerá a meios próprios

ou, em último caso a estabelecimentos privados presentes no concelho;

Todo o pessoal integrado nos serviços, agentes e entidades deste plano, mesmo os requisitados continuam

a ser renumerados pelos organismos de origem, não podendo ser prejudicados de qualquer forma, nos

seus direitos;

A declaração de calamidade por parte do governo permitirá à CMPC, candidatar-se a auxílios financeiros

como o descrito no Decreto-Lei nº 112/2008, de 1 de Julho. Nas situações em que o governo tenha

declarado a situação de catástrofe ou calamidade, a autarquia deverá articular-se com a Autoridade acional

de Proteção Civil (ANPC) no sentido de recorrer à conta de emergência, titulada pela ANPC, de forma a se

apoiar a reconstrução e reparação de habitações, unidades de exploração económica e outras

necessidades sociais prementes. A autarquia poderá ainda recorrer ao Fundo de Emergência Municipal

gerido pela Direção- Geral das Autarquias Locais.

Bolsa de Voluntariado e Bolsa de Colaboradores Internos

O SMPC recorrerá a uma bolsa de voluntariado e uma bolsa de colaboradores interna para apoiar as

diferentes áreas de intervenção caso se verifique necessário.

O pessoal voluntário, cuja colaboração seja aceite a título benévolo, deverá participar a ser coordenado

pelo SMPC, devendo este serviço indicar o local onde os voluntários devem reunir, as suas missões e

disponibilizar-lhes a alimentação, sempre que necessário;

Cabe ao SMPC coordenar as atividades dos colaboradores internos.

O SMPC mantém atualizada a lista de voluntários e colaboradores disponíveis e empenhados nas ações de

emergência;

O SMPC mantem a CMPC informada sobre as atividades desenvolvidas pelos voluntários.

Tabela 1 - Procedimentos para administração de meios e recursos

Page 84: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 9

2. Logística

No apoio logístico às operações definem-se os procedimentos e instruções de coordenação. E

identificam-se os meios e as responsabilidades dos serviços, agentes de proteção civil, organismos e

entidades de apoio, quanto às atividades de logística destinadas a apoiar as forças de intervenção e a

população.

Quanto ao apoio prestado às forças de intervenção em caso de emergência, subsistem diferentes

necessidades logísticas essenciais para a prossecução das missões a decorrer no terreno, atendendo

ao tipo de situação de emergência. Na Tabela 2 apresentam-se entidades responsáveis pela

coordenação do apoio logístico às forças de intervenção, as entidades e organismos intervenientes, as

prioridades de ação e os procedimentos de coordenação.

Nas situações em que se verifique a necessidade de solicitar outro tipo de equipamento para além dos

previstos no PMEPCL e que tais não se encontrem disponíveis no concelho, poderão ser requisitados

ao Diretor do Plano, fazendo referência à sua necessidade para a continuidade das operações de

proteção civil em desenvolvimento. O SMPC e a Divisão de Ambiente Espaço Publico e Transportes,

estabelecerão os necessários procedimentos e normas de mobilização e transporte dos meios

solicitados, cooperando e articulando-se com os vários agentes de proteção civil, entidades e

organismos intervenientes. Conforme indicado anteriormente, será dada preferência à utilização de

meios e recursos públicos, sobre os privados.

Quanto ao apoio logístico a prestar às populações, compete à CML assegurar a disponibilização dos

meios e bens essenciais, e em caso de necessidade, alojamentos temporários para a população

deslocada, recorrendo ao auxílio de entidades de apoio.

Em caso de evacuação será necessário transporte para deslocar a população para as Zonas de

Concentração Local (ZCL). Os respetivos procedimentos de coordenação e movimentação encontram-

se descritos mais adiante (Ponto 5).

Durante a fase de reabilitação poderá ser útil recorrer à bolsa de voluntariado e de colaboradores

internos, para promover ações de obtenção de donativos bem como fundos externos de apoio à

população.

Na Secção III – Parte IV, é apresentada uma listagem completa de meios e recursos dos organismos e

entidades de apoio a que se poderá recorrer para adquirir os recursos ou serviços de apoio às

populações e forças de intervenção.

Page 85: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 10

2.1. Apoio logístico às forças de intervenção

APOIO LOGÍSTICO ÀS FORÇAS DE INTERVENÇÃO

Entidade Coordenadora:

Responsável: Comissão Municipal de Proteção Civil

Substituto: O CDOS de Faro, caso a CMPC não apresente

condições mínimas de operacionalidade.

ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL

Câmara Municipal de Loulé (SMPC, Direção

Municipal de Administração Geral,

Departamento de Administração e Finanças,

Departamento de Planeamento e

Administração do Território, Departamento

de Obras Municipais e Gestão de

Infraestruturas, Departamento de Ambiente

e Serviços Urbanos e Departamento de

Educação e Desenvolvimento Sociocultural)

Juntas de Freguesia

Bombeiros de Loulé

Cruz Vermelha Portuguesa (Delegação de

Almancil)

Santa casa da misericórdia de Loulé

IPSS que atuam no concelho

Agrupamento de Escuteiros de Loulé

Águas do Algarve

EDP

REN

REFER

CDOS de Faro

Empresas com maquinaria

Empresas de venda de combustíveis

Empresas de construção civil

Estradas de Portugal

Forças armadas

Empresas de bens de primeira necessidade

Operadoras de telecomunicações

Industrias

Restaurantes

PRIORIDADES DE AÇÃO

Assegurar as necessidades logísticas das forças de intervenção, nomeadamente quanto a alimentação,

distribuição de água potável, combustível, transportes, material sanitário e outros artigos essenciais à

continuidade das missões de socorro, salvamento e assistência;

Garantir o contacto com entidades que comercializem bens de primeira necessidade e a entrega de

mercadorias necessárias;

Prever a confeção e distribuição de alimentação ao pessoal envolvido em ações de socorro;

Organizar a instalação e montagem de cozinhas e refeitórios de campanha para assistência à emergência.

INSTRUÇÕES ESPECIFICAS

Alimentação, Água Potável e Alojamento

Nas primeiras 24 horas a satisfação das necessidades logísticas das equipas envolvidas nas operações

estará a cargo dos próprios agentes de proteção civil, organismos e entidades de apoio;

Após as primeiras 24 horas as necessidades poderão ser suprimidas através dos serviços da CML, caso

Page 86: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 11

tenha sido requerido pelos agentes de Proteção civil, entidades e organismos de apoio que se encontrem

no terreno;

A distribuição de alimentação e água potável ao pessoal envolvido nas operações de socorro poderá ser

efetuada pelos serviços da CML, apoiando-se, em caso de necessidade, nas Instituições Particulares de

Solidariedade Social (IPSS) que atuam no concelho e em bolsa de voluntariado;

A alimentação dos elementos que integram a CMPC será responsabilidade da CMPC, a qual se apoiará no

SMPC, sempre que não se encontrar estabelecido outro procedimento acordado entre os elementos da

CMPC;

Deverão ser considerados como principais infraestruturas de apoio as cantinas de instalações públicas. Mas

em caso de necessidade deverá recorrer-se a restaurantes do concelho e a empresas de catering;

Na eventualidade dos serviços da CML requeiram apoio nas ações de apoio logístico aos agentes de

proteção civil e entidades de apoio, estes poderão apoiar-se na Santa Casa da Misericórdia de Loulé e

restantes IPSS do concelho e ainda em bolsa de voluntariado e na bolsa de colaboradores.

Combustíveis e Lubrificantes

Os agentes de Proteção Civil, as entidades e organismos de apoio, ficarão responsáveis pelo abastecimento

das suas viaturas e equipamentos, quanto a combustíveis e lubrificantes;

Os combustíveis deverão ser adquiridos nos postos de combustível do concelho (listagem de meios Secção

III - Parte IV);

A CML poderá auxiliar os agentes de proteção civil e as entidades e organismos de apoio na obtenção de

combustíveis e lubrificantes em situações pontuais, recorrendo para tal a meios próprios e aos

estabelecimentos privados presentes no concelho.

Manutenção e reparação de material

Os agentes de Proteção Civil, as entidades e organismos de apoio, ficarão responsáveis pela reparação das

suas viaturas e equipamentos;

Caso se verifique que os agentes de proteção civil, as entidades e os organismos de apoio não tenham

capacidade para reparar os seus equipamentos e caso estes sejam essenciais para as ações de socorro em

desenvolvimento, poderão solicitar auxílio à CML para que esta acione meios que permitam a sua

reparação;

A reparação das infraestruturas básicas essenciais para a atividade dos agentes de proteção civil,

organismos e entidades de apoio será responsabilidade das entidades responsáveis pelas mesmas (Energias

de Portugal (EDP), operadoras de comunicações, etc.).

Page 87: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 12

Material Sanitário:

A disponibilização e distribuição de material sanitário ficarão a cargo dos APC, entidades e organismos de

apoio (OA);

As entidades que compõem a CMPC deverão disponibilizar instalações próximas do teatro de operações,

como edifícios pertencentes à administração pública, de modo a propiciar instalações sanitárias às várias

entidades envolvidas nas ações de emergência.

Maquinaria e Equipamentos

O (s) comandante das Operações de Socorro (COS), solicita (m) através de requisição à CMPC os meios

considerados necessários (maquinaria para remoção de escombros, estabilizações/demolições de

emergência, geradores elétricos, iluminação exterior, etc.). Os Bombeiros de Loulé participam nas

estabilizações de emergência;

Na eventualidade dos meios solicitados pelo COS não se encontrem disponíveis nas entidades que

compõem a CMPC, esta procederá à sua mobilização recorrendo aos meios públicos e privados definidos

na Secção III da Parte IV do PMEPCL e às várias entidades de apoio previstas para esta área de intervenção;

A CML apoia-se no SMPC e nos serviços técnicos para proceder aos contactos a estabelecer com as

empresas e outras entidades que possuam equipamentos úteis para fazer frente à situação de emergência;

Estes serviços municipais ficarão ainda responsáveis por coordenar estes meios e proceder ao seu

transporte caso se verifique necessário.

Serviços Técnicos

Os serviços técnicos da CML, em coordenação com o COS, avaliam os danos sofridos em reservatórios de

combustíveis líquidos e gasosos, edifícios e noutras infraestruturas;

Os serviços técnicos da CML, em articulação com o Diretor do PMEPCL, apoiam o COS nas ações de

estabilização, demolição ou desativação de infraestruturas;

Os serviços técnicos da CML deverão auxiliar a CMPC a definir medidas de emergência a tomar nas áreas

afetadas (estabilização de edifícios e demolições de emergência, desativação de reservatórios de

combustíveis líquidos ou gasosos, etc.);

Os serviços técnicos da CML indicam a necessidade ou não de se recorrer a serviços técnicos externos à

CML, ficando o pagamento destes serviços a cargo da CML;

Os serviços técnicos da CML em articulação com o Diretor do PMEPCL, ficarão responsáveis por contactar

as entidades públicas e privadas que poderão prestar apoio na definição das estratégias de intervenção a

operacionalizar;

Na fase de reabilitação caberá ainda aos serviços técnicos da CML apresentar estratégias de ação de modo

a reativar os serviços essenciais do concelho (água, eletricidade, saneamento, etc.; Parte II do PMEPCL).

Material de Mortuária

Os equipamentos e materiais que se verifique serem necessários para o cumprimento das ações de

mortuária, deverão ser acionados pela Autoridade de Saúde do Município, a qual se deverá apoiar

Page 88: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 13

principalmente nas estruturas de saúde do concelho (Centro de Saúde de Loulé).

A Autoridade de Saúde (AS) do Município poderá requisitar, caso verifique a necessidade, materiais e

equipamentos ao Diretor do PMEPCL.

Alojamento

O alojamento do pessoal envolvido nas operações de emergência ficará a cargo das entidades a que

pertencem;

Em caso de necessidade, as entidades envolvidas nas ações de emergência deverão requisitar auxílio à

CML, a qual deverá recorrer de preferência a instalações públicas para alojar temporariamente o pessoal

envolvido ou em alternativa, às instalações dos empreendimentos turísticos existentes no concelho que

não tenham sido afetados de forma grave pelo acontecimento.

Serviços de Saúde

No caso de existência de acidente, os elementos empenhados nas operações de socorro recorrerão à área de

saúde existente no concelho e à rede hospitalar existente nos concelhos vizinhos. No entanto, esta poderá ser

reforçada por estruturas móveis privadas ou militares ou ainda por postos avançados de triagem e socorro

montados pelo INEM, Cruz Vermelha Portuguesa (CVP)(Delegação de Almancil) ou pelas forças Armadas em

colaboração estrita com a CMPC, (vide área de intervenção de Socorro e Salvamento).

Tabela 2 - Procedimentos de apoio logístico às forças de intervenção

2.2. Sectorização do Teatro de Operações

Um teatro de operações (TO) organiza-se em setores a que correspondem zonas geográficas ou

funcionais conforme o tipo de ocorrência e as opções estratégicas consideradas. Cada setor do TO

tem um responsável que assume a definição de comandante de setor.

1. Zona de Sinistro (ZS) – A zona de sinistro é a superfície na qual se desenvolve a ocorrência, de

acesso restrito, onde se encontram exclusivamente os meios necessários à intervenção direta

e com missão atribuída, sob responsabilidade do COS.

2. Zona de Apoio (ZA) – A zona de apoio (ZA) é uma zona adjacente à ZS, de acesso condicionado,

onde se concentram os meios de apoio e logísticos estritamente necessários ao suporte dos

meios em operação e onde estacionam meios de intervenção para resposta imediata.

3. Zona de Concentração e Reserva (ZCR) – A zona de concentração e reserva é uma zona do

teatro de operações onde se localizam temporariamente meios e recursos disponíveis sem

missão imediata e onde se mantém o sistema de apoio logístico às forças.

4. Zona de Receção de Reforços (ZRR) – A zona de receção de reforços é uma zona de controlo e

apoio logístico, sob a responsabilidade do comandante operacional distrital da área onde se

desenvolve o sinistro, para onde se dirigem os meios de reforço atribuídos pelo Centro de

Coordenação Operacional Nacional (CCON) antes de atingirem a ZCR no teatro de operações.

Page 89: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 14

2.3. Apoio Logístico às Populações

No apoio logístico às populações está prevista a forma de coordenação da assistência àqueles que não

tenham acesso imediato aos bens essenciais de sobrevivência, como por exemplo, água potável.

Prevê-se ainda o alojamento temporário das populações evacuadas ou desalojadas, a realizar fora das

zonas de sinistro e apoio. Os procedimentos têm em conta a alimentação e agasalho das populações

acolhidas em Zonas de Concentração e Apoio à População. Este apoio fica a cargo da Segurança Social

de Faro.

As Zonas de Concentração e Apoio à População, a classificar como de curta ou de longa duração,

deverão satisfazer as seguintes condições mínimas:

Zonas de concentração e apoio à população de curta duração (algumas horas):

Lugares sentados;

Sanitários;

Água;

Alimentação ligeira (eventualmente);

Parqueamento.

Zonas de concentração e apoio à população de média duração (mais de 24 horas):

Dormida;

Higiene pessoal;

Alimentação;

Parqueamento.

Sempre que necessários os centros de alojamento funcionarão como pontos de reunião para controlo

dos residentes e despiste de eventuais desaparecidos.

As Zonas de Concentração e Apoio à população são ativadas por decisão do Diretor do Plano, em

função da localização das áreas evacuadas e das suas condições de utilização, optando-se,

preferencialmente, pelos definidos no inventário de meios e recursos.

A atividade de apoio logístico às populações inclui a criação e a gestão de ações destinadas à obtenção

de fundos externos, recolha e armazenamento de donativos, bem como o controlo e emprego de

pessoal.

Page 90: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 15

APOIO LOGÍSTICO ÀS POPULAÇÕES

Entidade Coordenadora:

Responsável: Comissão Municipal de Proteção Civil

Substituto: O CDOS de Faro, poderá substituir-se à

CMPC caso esta não tenha as condições mínimas de

operacionalidade.

ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL

Câmara Municipal de Loulé (SMPC, Direção

Municipal de Administração Geral, Departamento

de Administração e Finanças, Departamento de

Planeamento e Administração do Território,

Departamento de Obras Municipais e Gestão de

Infraestruturas, Departamento de Ambiente e

Serviços Urbanos e Departamento de Educação e

Desenvolvimento Sociocultural)

Juntas de Freguesia

Bombeiros de Loulé

Cruz Vermelha Portuguesa (Delegação de Almancil)

GNR

INEM

Autoridade de Saúde do Município

Autoridade Marítima Local

Santa Casa da Misericórdia

Instituto de Segurança Social – Serviço Local

(Delegação de Loulé)

Centro de Saúde de Loulé

IPSS que atuam no Concelho

Agrupamento de Escolas

Sapadores Florestais

Empresas de bens de primeira necessidade

Empresas com maquinaria

Empreendimentos turísticos

Farmácias

Restaurantes

Indústrias

EDP

Portugal Telecom

Forças Armadas

CDOS de Faro

PRIORIDADES DE AÇÃO

Assegurar as necessidades logísticas da população deslocada, nomeadamente quanto a alimentação

distribuição de água potável, agasalhos, transporte, material sanitário e outros artigos essenciais ao seu

bem-estar;

Garantir a receção, registo, pesquisa, diagnóstico de necessidades e assistência individual a deslocados e

vítimas;

Garantir a ativação dos meios materiais e humanos necessários para o acolhimento da população

deslocada;

Manter atualizado o registo do número de pessoas assistidas e com necessidade de continuidade de

Page 91: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 16

acompanhamento;

Assegurar a ativação de ZCL e de abrigos temporários da população deslocada e informar as forças de

socorro e os cidadãos da sua localização através dos canais disponíveis e mais apropriados;

Garantir a segurança das Zonas de Concentração Local e dos abrigos temporários da população deslocada.

Garantir o registo de todos os indivíduos que se encontram nas Zonas de Concentração Local (ZCL) e nos

abrigos temporários;

Garantir a segurança das ZCL e dos abrigos temporários da população;

Garantir o contacto com entidades que comercializem alimentos confecionados, bens de primeira

necessidade e assegurar a entrega dos bens e mercadorias necessárias nas zonas de concentração local

(locais para onde se deslocou temporariamente a população residente nos locais mais afetados);

Organizar a instalação e montagem de cozinhas e refeitórios de campanha para assistência à emergência.

INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS

Alimentação, Água Potável

A satisfação das necessidades da água potável e alimentação ficará a cargo da CML;

Serão estabelecidos programas de atuação de serviços técnicos, no âmbito da reabilitação dos serviços

mínimos essenciais em consonância com as entidades e organismos essenciais;

A distribuição de alimentos e água potável ao pessoal envolvido nas ações de acolhimento da população

deslocada ficará a cargo da CML. No entanto as entidades e organismos de apoio sempre que possam

deverão recorrer a meios próprios, não sobrecarregando assim a organização logística de emergência;

Deverão ser consideradas como principais estruturas de apoio as cantinas de instalações públicas, no caso

de se verificar a necessidade deverá recorrer-se a restaurantes do concelho e a empresas de catering.

Agasalhos

A distribuição de agasalhos pela população deslocada será responsabilidade da CML;

A CMPC deverá numa primeira fase avaliar a disponibilidade de distribuição de agasalhos por parte de

Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), Instituto de Segurança Social I.P – Serviço Local

(Delegação de Loulé) e Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) (Delegação de Almancil). No caso em que se tenha

recorrido a entidades e organismos e não se tenha conseguido o número suficiente de agasalhos para

satisfazer as necessidades apuradas, deverá recorrer-se a entidades privadas.

Zonas de Concentração Local e Abrigos Temporários (Identificadas no Anexo IV – III – II)

A definição de Zonas de Concentração Local (ZCL) e de abrigos temporários da população deslocada deverá

ser feita pela CMPC, ficando a operacionalização destas zonas sob responsabilidade da CML, recorrendo a

entidades de apoio (Santa Casa da Misericórdia, IPSS, juntas de freguesia, etc.);

Os locais escolhidos para ZCL, deverão apresentar um mínimo de condições, nomeadamente dormida,

alimentação e higiene pessoal, bons acessos e parqueamento;

A CMPC define para cada ZCL um elemento que ficará responsável por coordenar as várias atividades

necessárias. Este elemento deverá encontrar-se em permanente ligação com a CMPC;

O elemento responsável por ZCL, deverá manter um registo dos meios disponíveis e dos necessários;

Page 92: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 17

Os elementos responsáveis por cada uma das ZCL, deverão manter um registo atualizado das pessoas que

se encontram na ZCL;

Para além da utilização de instalações sob administração pública e de empreendimentos turísticos poderá

recorrer-se à montagem de tendas de campanha, recorrendo-se para tal à CVP (Delegação de Almancil) e às

Forças Armadas (FA);

As ZCL e os abrigos temporários deverão ter disponíveis balneários e instalações sanitárias e locais amplos

para a distribuição de colchões;

As ZCL deverão ter um limite máximo de 100 pessoas (recomendações surgidas após o sismo de Aquila

Itália em 2009, onde campos que continham mais de 150 pessoas tornavam-se de difícil gestão);

Garantir o fornecimento de eletricidade à ZCL, recorrendo em caso de necessidade a geradores

disponibilizados pelos agentes de proteção civil e CML.

A CMPC avalia a necessidade de ativar um local de armazenamento temporário de bens de primeira

necessidade a distribuir pela população necessitada, em ZCL e/ou em zonas afetadas;

A CMPC, através do SMPC, deverá ponderar a necessidade de recorrer a bolsa de voluntariado e

colaboradores para recolha de dádivas (bens alimentares, de higiene, vestuário e agasalhos). A bolsa de

voluntariado poderá ainda auxiliar nas várias tarefas associadas à atividade das ZCL e executar ações de

estafeta transportando bens e pessoas.

Transporte

O transporte da população afetada para as ZCL e para os abrigos temporários será responsabilidade da

CMPC, a qual deverá recorrer aos meios próprios da CML e Juntas de Freguesia (JF);

Em caso de necessidade a CMPC deverá recorrer ao aluguer de viaturas privadas para garantir o transporte

da população afetada para as ZCL e para os abrigos temporários.

Material Sanitário

A distribuição deste material será assegurada pela CML, podendo esta recorrer a entidades de apoio para

esta tarefa, banco de voluntários ou bolsa de colaboradores;

A CML deverá em primeiro lugar recorrer aos meios disponíveis na Câmara Municipal e aos fornecedores

habituais para este tipo de material;

Caso se verifique a necessidade, a CML poderá recorrer a superfícies comerciais para se abastecer, ficando

responsável por suportar os custos associados;

Em caso de necessidade de instalações sanitárias adicionais, a CMPC deverá recorrer a sanitários portáteis.

A CMPC poderá solicitar ao CDOS apoio para esta tarefa.

Acompanhamento Médico

Solicitar à AS do município que garanta o acompanhamento clínico da população deslocada;

Solicitar à AS do município para avaliar a necessidade de se prestar apoio psicológico à população afetada,

principalmente aos elementos mais jovens, idosos, deficientes e no caso de terem ocorrido vítimas mortais,

a elementos que perderam familiares. Os psicólogos necessários para esta tarefa serão disponibilizados

pelo Instituto de Emergência Médica (INEM) e pela CML;

Page 93: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 18

A distribuição de medicamentos pela população deslocada será responsabilidade da Autoridade de Saúde

do município, coordenando-se com a CMPC;

Caso se verifique a incapacidade por parte da AS de suportar os custos associados a esta tarefa poderá esta

entidade, solicitar à CML que suporte os mesmos.

Bolsa de Voluntariado

A CMPC avalia a necessidade de se ativar ou não a bolsa de voluntariado de modo a se recolher bens de

primeira necessidade (em armazéns, instalações comerciais ou provenientes de doação) e distribui-los pelas

ZCL.

Tabela 3 - Procedimentos de apoio logístico às populações

Page 94: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 19

3. Comunicações

Em situações de pré-emergência ou de emergência, as comunicações assumem um papel

preponderante. No decorrer de uma situação de emergência é fundamental ter o conhecimento

concreto da situação real, por forma a transmitir essa informação rapidamente à CMPC, de forma

precisa, coerente e concisa, para que se possam colocar os recursos necessários para o

restabelecimento das normais condições de vida da população. O sucesso das operações de socorro

depende, entre outros fatores, de um eficaz funcionamento das comunicações do teatro de

operações.

A nível nacional, a organização das comunicações assenta no princípio da intercomunicabilidade entre

o CNOS e o CDOS, e entre estes e os postos de comando operacional, sendo a centralização da

informação realizada nos CDOS. Assim, garante-se a hierarquização da ligação de todos os postos de

comando instalados no teatro de operações, veículos não integrados em teatros de operações,

responsáveis operacionais aos diferentes níveis, oficiais de ligação das diversas entidades públicas e

com as equipas de apoio de outras entidades privadas, tal como, esquematicamente, se apresenta na

Figura 2.

O sistema de Comunicações Operacionais de Proteção Civil visa assegurar as ligações entre os Serviços,

Agentes, Entidades e Organizações de Apoio que participam nas atividades previstas no PMEPC de

Loulé. O PMEPC utiliza os meios das telecomunicações públicas e privadas, nomeadamente as redes

telefónicas fixas e móveis, a Rede Estratégica de Proteção Civil (REPC), e a rede privada da CML.

A REPC é uma rede VHF/FM, interligada por repetidores e links, de cobertura nacional, com

interligação entre os Serviços Municipais de Proteção Civil (SMPC’s) e ainda os diferentes Agentes de

Proteção Civil (APC’s). Têm acesso à REPC, no respeito pelos procedimentos estabelecidos na sua

utilização os SMPC’s, os Corpos de Bombeiros, bem como outras entidades especificamente

autorizadas pela ANPC para o efeito.

No teatro de operações compete ao comandante das operações de socorro estabelecer o plano de

comunicações e definir, em articulação com o CDOS, os respetivos canais de comando, táticos e de

manobra. Cada teatro de operações deverá ser considerado como uma zona isolada, sendo que

qualquer contacto rádio, com e a partir do mesmo será feito em exclusivo através do Posto de

Comando de Operacional e pelo CDOS.

O COS deverá ainda ter sempre em conta as normas técnicas para a utilização da Rede Estratégica de

Proteção Civil (REPC), a qual permitirá a ligação com a CMPC (via SMPC), Agentes da proteção Civil

(APC) e organismos e entidades de apoio em situações de emergência.

Page 95: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 20

A rede privada da CML é composta por uma estação de base fixa com frequência de emissão 162.7750

MHz, 2 bases móveis com frequência de emissão 158.1750 MHz, vários rádios portáteis que cobrem

todo o concelho através de três repetidores instalados em Alfeição, nos Cavalos e Malhão.

Encontra-se também disponível a Rede Operacional dos Bombeiros (ROB), controlada pelo CDOS.

Segundo a ANPC, esta rede divide-se em 4 conjuntos canais, os distritais, de comando, táticos, e de

manobra.

Os canais de comando distrital e de comando, operam no modo semi-duplex, os canais comando

táticos e de manobra em simplex, com 3,5 e 7 canais respetivamente. Para além dos Corpos de

Bombeiros, têm acesso à ROB em canal de manobra e outras entidades, especificamente autorizadas

pela ANPC, que possuam meios de combate a incêndios, e que estejam empenhadas em operações

conjuntas com os Corpos de Bombeiros. As Normas de Execução Permanente (NEP) nº

NEP/8/NT/2010, DE 10 de Dezembro, definem os procedimentos e normas de exploração de redes de

emergência da ANPC (REPC e ROB).

Rede SIRESP - Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal, trata-se de uma

rede com um sistema único de comunicações, baseado numa só infraestrutura de telecomunicações

nacional, partilhado, que deve assegurar a satisfação das necessidades de comunicações das forças de

segurança e emergência, satisfazendo a intercomunicação e a interoperabilidade entre as diversas

forças e serviços e, em caso de emergência, permitir a centralização do comando e da coordenação.

3.1. Rede estratégica do plano municipal de emergência de proteção civil de Loulé

Legenda: CNOS – Comando Nacional de Operações de socorro; CDOS – Comando Distrital de Operações de Socorro; CMPC – Comissão Municipal de Proteção Civil; PCO – Posto de Comando Operacional. *Estas comunicações serão estabelecidas por iniciativa do PCO

Figura 1 - Organização das Comunicações em caso de Emergência

CNOS

CDOS

Posto Comando Municipal

Posto Comando Operacional

Posto de Comando Municipal

Oficiais de Ligação Veículos

CMPC Agentes de proteção

civil e organismos e

entidades de apoio

Representantes de Entidades que poderão ser chamadas a intervir

Page 96: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 21

Figura 2 - Organograma do sistema de Comunicações do PMEPCL

INDICATIVOS MUNICPAIS DA REDE DE RÁDIO

CONCELHO CENTRAL DO SMPC (MIKE)

VEICULOS DE COMANDO E

COMUNICAÇÕES (VCOC)

CENTRO DE OPERAÇÕES

AVANÇADAS (RUBI)

PRESIDENTE DA CÂMARA (AS)

VEREADOR DO PELOURO

(SENA)

COORDENADOR DO SMPC

(QUINA)

COORDENADOR ADJUNTO DO SMPC (QUADRA)

MÓVEL PORTÁTIL COM

ALBUFEIRA MIKE 8.1 VCOC 8.10 RUBI 8.1 AS 8.1 SENA 8.1 QUINA 8.1 QUADRA 8.1 MÓVEL 8.1.1

A 8.1.N PORTATIL 8.1.1 A

8.1.N COM 8.1

ALCOUTIM MIKE 8.2 VCOC 8.20 RUBI 8.2 AS 8.2 SENA 8.2 QUINA 8.2 QUADRA 8.2 MÓVEL 8.2.1

A 8.2.N PORTATIL 8.2.1 A

8.2.N COM 8.2

ALJEZUR MIKE 8.3 VCOC 8.30 RUBI 8.3 AS 8.3 SENA 8.3 QUINA 8.3 QUADRA 8.3 MÓVEL 8.3.1

A 8.3.N PORTATIL 8.3.1 A

8.3.N COM 8.3

CASTRO MARIN MIKE 8.4 VCOC 8.40 RUBI 8.4 AS 8.4 SENA 8.4 QUINA 8.4 QUADRA 8.4 MÓVEL 8.4.1

A 8.4.N PORTATIL 8.4.1 A

8.4.N COM 8.4

FARO MIKE 8.5 VCOC 8.50 RUBI 8.5 AS 8.5 SENA 8.5 QUINA 8.5 QUADRA 8.5 MÓVEL 8.5.1

A 8.5.N PORTATIL 8.5.1 A

8.5.N COM 8.5

LAGOA MIKE 8.6 VCOC 8.60 RUBI 8.6 AS 8.6 SENA 8.6 QUINA 8.6 QUADRA 8.6 MÓVEL 8.6.1

A 8.6.N PORTATIL 8.6.1 A

8.6.N COM 8.6

LAGOS MIKE 8.7 VCOC 8.70 RUBI 8.7 AS 8.7 SENA 8.7 QUINA 8.7 QUADRA 8.7 MÓVEL 8.7.1

A 8.7.N PORTATIL 8.7.1 A

8.7.N COM 8.7

LOULÉ MIKE 8.8 VCOC 8.80 RUBI 8.8 AS 8.8 SENA 8.8 QUINA 8.8 QUADRA 8.8 MÓVEL 8.8.1

A 8.8.N PORTATIL 8.8.1 A

8.8.N COM 8.8

MONCHIQUE MIKE 8.9 VCOC 8.90 RUBI 8.9 AS 8.9 SENA 8.9 QUINA 8.9 QUADRA 8.9 MÓVEL 8.9.1

A 8.9.N PORTATIL 8.9.1 A

8.9.N COM 8.9

OLHÃO MIKE 8.10 VCOC 8.100 RUBI 8.10 AS 8.10 SENA 8.10 QUINA 8.10 QUADRA 8.10 MÓVEL 8.10.1

A 8.10.N PORTATIL 8.10.1

A 8.10.N COM 8.10

PORTIMÃO MIKE 8.11 VCOC 8.110 RUBI 8.11 AS 8.11 SENA 8.11 QUINA 8.11 QUADRA 8.11 MÓVEL 8.11.1

A 8.11.N

PORTATIL 8.11.1 A 8.11.N

COM 8.11

S. BRÁS ALPORTEL

MIKE 8.12 VCOC 8.120 RUBI 8.12 AS 8.12 SENA 8.12 QUINA 8.12 QUADRA 8.12 MÓVEL 8.12.1

A 8.12.N

PORTATIL 8.12.1 A 8.12.N

COM 8.12

SILVES MIKE 8.13 VCOC 8.130 RUBI 8.13 AS 8.13 SENA 8.13 QUINA 8.13 QUADRA 8.13 MÓVEL 8.13.1

A 8.13.N PORTATIL 8.13.1

A 8.13N COM 8.13

TAVIRA MIKE 8.14 VCOC 8.140 RUBI 8.14 AS 8.14 SENA 8.14 QUINA 8.14 QUADRA 8.14 MÓVEL 8.14.1

A 8.14.N PORTATIL 8.14.1

A 8.14.N COM 8.14

VILA DO BISPO MIKE 8.15 VCOC 8.150 RUBI 8.15 AS 8.15 SENA 8.15 QUINA 8.15 QUADRA 8.15 MÓVEL 8.15.1

A 8.15.N PORTATIL 8.15.1

A 8.15.N COM 8.15

VILA REAL DE STº ANTONIO

MIKE 8.16 VCOC 8.160 RUBI 8.16 AS 8.16 SENA 8.16 QUINA 8.16 QUADRA 8.16 MÓVEL 8.16.1

A 8.16.N PORTATIL 8.16.1

A 8.16.N COM 8.16

Tabela 4 – Indicativos Municipais da Rede de Rádio

Page 97: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 22

Tabela 5 – Indicativos ANPC – Distrito Faro

BOMBEIROS DE LOULÉ

COMANDANTE 2º COMANDANTE BASE

LOBO 8 LOBO 8.1 Central Bombeiros de Loulé

Tabela 6 – Indicativos dos Bombeiros de Loulé da Rede de Rádio

BHSP e CMA - DISTRITO DE FARO

ENTIDADE CARGOS / INDICATIVOS

BHSP LOULÉ BHSP LOULÉ

CMA CACHOPO CMA CACHOPO

CMA MONCHIQUE CMA MONCHIQUE

Tabela 7 – Indicativos BHSP e CMA - Distrito Faro

OUTROS AGENTES DE PROTECÇÃO CIVIL

ENTIDADE / ORGANISMOE POSTOS FIXOS MÓVEIS OU PORTATEIS

ARMADA BASE NAVAL (LOCAL) FOCA 8 a 8.N

AUTORIDADE MARITIMA CAPITANIA (LOCAL) LANCHA 8 a 8.N

EXÉRCITO QUARTEL (LOCAL) PARDAL8 a 8.N

FORÇA AÉREA

BASE AÉREA (LOCAL) ÁGUIA 8 a 8.N

GNR - COMANDO TERRITORIAL

COMANDO TERRITORIAL (LOCAL) TIGRE8 a 8.N

PSP - COMANDO DISTRITAL PSP (LOCAL) ORCA8 a 8.N

CVP CRUZ VERMELHA (LOCAL) GAIO8 a 8.N

INEM CODU (LOCAL) MÉDICO8 a 8.99

Tabela 8 – Indicativos de outros agentes de proteção civil - Distrito Faro

INDICATIVOS ANPC – DISTRITO FARO

ENTIDADE COMANDANTE OPERACIONAL

DISTRITAL (FALCÃO)

2º COMANDANTE OPERACIONAL

DISTRITAL (FALCÃO)

COMANDO DISTRITAL DE OPERAÇOES DE SOCORRO DE FARO

(SALOC-CDOS)

VEÍCULO DE PLANEAMENTO,

COMANDO E COMUNICAÇÕES (VPCC)

EQUIPAMENTO PORTÁTIL DO CDOS

(PORTATIL)

CDOS FARO CODIS 1 FARO CODIS 2 FARO CDOS FARO VPCC 8 A 8.9 PORTATIL 8.1 A 8.N

Page 98: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 23

COMUNICAÇÕES

Entidade Coordenadora:

Responsável: Comandante das

Operações de Socorro (COS) Substituto:

Comandante Operacional Municipal

(COM)

ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL

Câmara Municipal de Loulé (SMPC, Direção Municipal de Administração

Geral, Departamento de Administração e Finanças, Departamento de

Planeamento e Administração do Território, Departamento de Obras

Municipais e Gestão de Infraestruturas, Departamento de Ambiente e

Serviços Urbanos e Departamento de Educação e Desenvolvimento

Sociocultural)

Bombeiros de Loulé

GNR

Autoridade Marítima Local

INEM

Operadores de telecomunicações

(rede fixa e móvel)

CDOS de Faro

Forças Armadas

Radioamadores locais

PRIORIDADES DE AÇÃO

Estabelecer um Plano de Comunicações que permita a troca de informação entre todas as entidades intervenientes e,

consequentemente, o efetivo das funções de comando, controlo e coordenação da operação;

Mobilizar e coordenar as ações das associações de radioamadores;

Auxiliar nas ações de operacionalização dos meios de comunicação;

Manter um registo atualizado do estado das comunicações e dos constrangimentos existentes.

INSTRUÇÕES ESPECIFICAS

O sistema de comunicações tem por base os meios dos diferentes agentes de proteção civil, organismos e entidades de

apoio, cabendo a cada um daqueles assegurar as comunicações entre os elementos que os constituem;

Imediatamente após a ocorrência de acidente grave ou catástrofe, devem ser efetuados testes de comunicações em

todos os sistemas e com todas as entidades intervenientes de modo a colocá-las por um lado imediatamente em

estado de prontidão e, por outro, para avaliar constrangimentos;

Os elementos que se apresentem na CMPC estabelecerão contacto com as organizações a que pertencem por canais

próprios ou através dos meios disponíveis nas instalações designadas para a reunião da CMPC (o local de reunião da

CMPC encontra-se indicado no ponto1, da Parte II);

O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) e a CMPC encontram-se permanentemente em contacto entre si;

Compete ao COS estabelecer o plano de comunicações para o teatro de operações tendo em conta a NEP/8/NT/2010

de 10 de dezembro. O Posto de Comando Operacional mantém-se em contacto permanente com a CMPC e CDOS. A

ligação do Posto de Comando Operacional (PCO) com a CMPC será feita via Presidente da CMPC ou, em alternativa via

COM;

Na eventualidade de existirem vários teatros de operações (TO), os respetivos Comandantes de Setor serão

responsáveis pelas comunicações desses TO. Nestes casos, os COS direcionam a informação ao PCO, o qual se articula

com o COM (elemento de ligação com a CMPC) e CDOS;

Page 99: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 24

No Posto de Comando Operacional as ligações entre diferentes entidades (por exemplo entre os corpos de bombeiros,

Autoridade Marítima, GNR e SMPC) poderão ser garantidas através de oficiais de ligação (metodologia que permitirá

ultrapassar as dificuldades de comunicação entre os sistemas privados de radiocomunicações das várias entidades);

No caso de se verificar a necessidade de se evacuarem locais e proceder ao realojamento da população afetada em

abrigos temporários ou em ZCL, as comunicações poderão ser efetuadas através do serviço telefónico (fixo e/ou móvel)

ou, caso se considere ser mais útil ou aquelas infraestruturas se encontrem danificadas, recorrendo à rede das forças

de segurança destacadas para esses locais (equipamento rádio móvel);

As entidades com meios próprios, deverão, caso se verifique útil, disponibilizar meios de comunicação portátil às

entidades previstas no PMEPCL, que mostrem ter dificuldades ao nível das comunicações;

Os operadores das redes comerciais, fixa e móvel, deverão disponibilizar um relatório de situação onde conste

eventuais áreas de cobertura afetada, níveis de saturação e tempos de reposição. Deverão ainda estar preparados para

assegurar o restabelecimento e o reforço das comunicações telefónicas, garantir prioridades de acesso aos endereços

correspondentes a serviços e entidades essenciais e colaborar na redução/eliminação do tráfego existente na (s) zona

(s) de sinistro;

Os operadores das redes comerciais, fixa e móvel, caso necessitem de maquinaria de apoio para o rápido

restabelecimento das infraestruturas afetadas consideradas críticas para as operações de socorro, deverão indicá-lo à

CMPC de modo a que esta possa desencadear os necessários procedimentos para a mobilização dos mesmos;

O pedido de auxílio a radioamadores licenciados poderá ser feito via telefónica, presencial, ou através de comunicados

emitidos pelos principais órgãos de comunicação, do qual se destacam as rádios locais;

Em situações de emergência, onde se verifique o dano ou destruição de importantes infraestruturas de apoio às

comunicações, correndo-se o risco da troca de informações entre os elementos constituintes da CMPC se processar

deficientemente, comprometendo a indispensável cadeia de comando, dever-se-á recorrer a meios provenientes de

entidades privadas, como sejam, radioamadores, rádios locais e/ou estabelecimentos comerciais especializados em

equipamentos de comunicação, de forma a reforçar a rede existente ou substituindo as inoperacionais (consultar

meios e contactos da Secção III -Parte IV);

Em caso de manifesta necessidade, a CMPC poderá recorrer a bolsa de voluntariado ou de colaboradores internos,

para serviço de estafeta, a utilizar como ligação;

O fluxo de informação necessário à ação articulada das várias entidades intervenientes nas ações de socorro (fora dos

TO) será assegurado pelos representantes presentes na CMPC.

Tabela 9 - Procedimentos relativos às comunicações

Page 100: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 25

4. Gestão da informação

A gestão da informação compreende três níveis:

Informação necessária para a gestão dos teatros de operações,

Informação necessária para a atividade da CMPC

Informação pública.

Toda a divulgação de informação tem como finalidade possibilitar uma resposta mais adequada e

eficaz em situações críticas e suprimir as consequências associadas a acidente grave ou catástrofe.

A gestão de informação entre as entidades presentes no (s) teatro (s) de operações é da

responsabilidade do Comandante das Operações de Socorro (COS), o qual irá articular localmente com

os vários agentes de proteção civil a atuar no teatro de Operações (TO), a um nível superior com o

CDOS e a nível municipal com a CMPC e o Presidente da Câmara Municipal. O COS deverá apoiar-se na

célula de Planeamento e Operações do Posto de Comando Operacional. Quanto aos dados a ser

fornecidos ao COS, deverão ser os solicitados por este às entidades que entender ser necessárias ao

desenvolvimento das ações de emergência. O Posto de Comando Operacional deverá preparar e

receber os relatórios imediatos e elaborar um relatório de âmbito geral da situação, devendo ser

estabelecido entre este e o CDOS a periodicidade para a entrega dos referidos relatórios.

A CMPC fica responsável por apoiar o COS nas ações a desenvolver no (s) TO (s) e desencadear outras,

que sejam necessárias para apoio à população afetada, sendo essencial a existência de normas, que

permitam uma eficaz gestão da informação. A informação será recolhida e difundida através de canais

próprios e através da elaboração de relatórios de situação. Para a constituição da informação a CMPC

recorrerá a dados fornecidos pelos vários serviços técnicos disponíveis na CML, e baseando-se nessa

dita informação, em situações de pré-emergência ou emergência, procederá à avaliação dos riscos

associados à situação, os danos causados e as operações a desencadear.

Quanto à informação a disponibilizar à população, importa definir no PMEPCL os procedimentos que

garantirão uma correta informação, no que respeita ao desenvolvimento das ações, localização da

população deslocada, procedimentos de autoproteção a adotar e comportamentos de cooperação

com os agentes de proteção civil a cumprir.

Page 101: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 26

Figura 3 - Organização da Gestão de Informação do PMEPCL

INFORMAÇÃO ANPC INEM

IPMA ICNF GNR APA

Outras entidades

CMPC (Comissão Municipal de

Proteção Civil)

GAB. EVENTOS, COMUNCIÇÃO E

IMAGEM

PRESIDENTE DA CML

TEATRO DE OPERAÇÕES - Informação dos meios utilizados - Avaliação de danos - Solicitação de meios e procedimentos - Informação do decorrer da situação

Conferência de Imprensa

Comunicação a população e

comunicação social

Centro de informação à

população atingida

Outras informações /solicitações

Relatórios imediatos e gerais

de situação

REALOJADOS Registo da população transferida para ZCL

Page 102: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 27

4.1. Gestão da informação entre as entidades envolvidas nas operações

GESTÃO DA INFORMAÇÃO ENTRE AS ENTIDADES ENVOLVIDAS NAS OPERAÇÕES

Entidade Coordenadora:

Responsável: Comandante das Operações de Socorro

Substituto: No teatro das operações existe sempre um

Comandante das Operações de Socorro, o seu substituto

deverá seguir a hierarquia definida na Diretiva Operacional

nº1/2010 da ANPC.

ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL

Câmara Municipal de Loulé /SMPC

Bombeiros de Loulé

GNR

Autoridade Marítima Local

Centro de Saúde de Loulé

Autoridade de Saúde do Município

Sapadores Florestais

CDOS de Faro

ICNF

PRIORIDADES DE AÇÃO

Recolher a informação necessária para os processos de tomada de decisão;

Analisar possíveis cenários e resultados de modelos de previsão;

Analisar dados ambientais e sociais relevantes para o apoio à decisão nas operações de emergência;

Assegurar a notificação e passagem de informação diferenciada às autoridades políticas, CDOS, agentes de

proteção civil, organismos e entidades de apoio;

Elaborar com periodicidade pré- definidos pontos de situação gerais;

Analisar e tratar todas as informações consideradas relevantes.

INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS

O responsável pela gestão de informação no TO é o COS. Deverá transmitir ao Posto de Comando

Operacional os pontos de situação necessários e solicitar os meios necessários, caso se justifique;

No Posto de Comando é competência da célula de Planeamento e Operações a articulação e avaliação da

informação externa e interna (por exemplo, número de vítimas, área afetada, infraestruturas em risco de

colapso, estradas intransitáveis e alternativas, locais de evacuação médica primária, estimativa de número

de pessoas afetadas e de deslocados, etc.). Para tal deverá comunicar quer com os agentes de proteção

civil, organismos e entidades de apoio presentes no terreno, quer com o CDOS e CMPC;

É responsabilidade da Célula de Planeamento receber e processar toda a informação provinda dos escalões

inferiores e do nível político, prestando aconselhamento nesta matéria ao responsável pelo Posto de

Comando;

Os Relatórios Imediatos de Situação poderão ser transmitidos pelo COS ao respetivo Posto de Comando

Page 103: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 28

por via escrita ou, excecionalmente, por via oral, passados posteriormente a escritos no mais curto espaço

de tempo possível. Poderá ser usado como modelo tipo o previsto na Secção III - Parte IV do PMEPCL para a

atividade da CMPC;

Os relatórios gerais de situação serão da responsabilidade do COS, sendo que a sua periodicidade não

deverá ser superior a 4 horas, salvo indicação expressa em contrário;

Poderão ser solicitados pelo COS às entidades envolvidas nas ações, relatórios de situação especial, com a

finalidade de esclarecer os aspetos específicos associados às operações de emergência;

A informação constante nos relatórios deverá ser sobre o ponto de situação das operações em curso, as

forças envolvidas, vítimas humanas, danos materiais em edifícios, vias de circulação, redes e

infraestruturas, avaliação das necessidades e perspetivas de evolução da situação de emergência.

Tabela 10 - Procedimentos para a gestão da informação entre entidades envolvidas nas operações.

4.2. Gestão da Informação entre as entidades intervenientes no PMEPCL

GESTÃO DA INFORMAÇÃO ENTRE AS ENTIDADES INTERVENIENTES NO PMEPCL

Entidade Coordenadora:

Responsável: Diretor do Plano, Presidente da Câmara

Municipal

Substituto: Vice-Presidente da Câmara Municipal

ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL

Câmara Municipal de Loulé / SMPC

Juntas de Freguesia

Bombeiros de Loulé

GNR

Autoridade Marítima Local

Centro de Saúde de Loulé

Autoridade de Saúde do município

Sapadores Florestais

Instituto de Segurança Social – Serviço local (Delegação

de Loulé)

Santa Casa da Misericórdia de Loulé

Agrupamento de escolas do concelho

Corpo de Escutas – agrupamento de Loulé Nº 290

ICNF

INAC

Instituto de Meteorologia

Estradas de Portugal

Órgãos de Comunicação Social

CDOS de Faro

PRIORIDADES DE AÇÃO

Obter e assegurar a informação sobre pontos de situação, junto dos agentes de proteção civil e outras

entidades intervenientes;

Recolher e tratar informação necessária à previsão da evolução da situação de emergência;

Analisar e avaliar dados ambientais e sociais relevantes para o apoio à decisão nas operações de

emergência;

Analisar e avaliar possíveis cenários e resultados de modelos de previsão;

Page 104: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 29

Elaborar com periodicidade pré-definida pontos de situação gerais;

Assegurar a fluência de informação diferenciada entre as entidades intervenientes no PMEPCL,

designadamente autoridades políticas, agentes de proteção civil e organismos e entidades de apoio;

Analisar, avaliar e tratar outras informações relevantes.

INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS

A periodicidade mínima dos pontos de situação a enviar pelos vários agentes de proteção civil e entidades e

organismos de apoio à CMPC não deverá ser superior a 4 horas;

Os agentes de proteção civil e os organismos e entidades de apoio deverão enviar à CMPC pontos de situação

escritos, sempre que forem solicitados. Em situações excecionais deverão ser enviados à CMPC pontos de

situação por via oral, ficando o Gabinete de Comunicação e Imagem responsável por passar a escrito as

informações enviadas;

O SMPC e os serviços técnicos da CML são os responsáveis pela recolha e divulgação de informação necessária

para os processos de tomada de decisão por parte da CMPC (por exemplo, estabilidade dos edifícios,

localização de infraestruturas, dados meteorológicos, etc.;

O SMPC ficará responsável por elaborar relatórios gerais e final de situação de acordo com o modelo presente

na Secção III da Parte IV do PMEPCL;

A CMPC deverá solicitar e divulgar (através de informação disponibilizada pelo CDOS, agentes de proteção

civil e entidades e organismos de apoio) informação relativa a estradas intransitáveis e alternativas, locais

com infraestruturas em risco de colapso, locais com vítimas e locais onde se ativarão Zonas de Concentração

Local, abrigos temporários e outras informações relevantes;

As informações a disponibilizar aos agentes de proteção civil e organismos e entidades de apoio serão

realizadas pelos elementos de ligação presentes na CMPC, ou em alternativa pelo SMPC ou COM;

As entidades de apoio eventual disponibilizam informação de carácter técnico considerada útil pelo

Presidente da Câmara e COS no apoio à decisão, assim como, na gestão das operações de socorro;

A CMPC deverá atualizar a informação útil das entidades que embora ainda não se encontrem a participar nas

ações de emergência, se encontrem em estado de prontidão.

Tabela 11 - Procedimentos para a gestão da informação entre entidades intervenientes no PMEPCL.

4.3. Gestão da Informação Pública

Gestão da Informação Pública

Entidade Coordenadora:

Responsável: Diretor do Plano - Presidente da Câmara

Municipal

Substituto: Vice-Presidente da Câmara Municipal

ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL

Câmara Municipal de Loulé/SMPC

Juntas de Freguesia

Instituto de Segurança Social – Serviço Local (Delegação

de Loulé)

Page 105: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 30

Bombeiros de Loulé

GNR

Centro de Saúde de Loulé

Autoridade de Saúde do Município

Autoridade Marítima Local

Sapadores Florestais

Centro Hospitalar do Algarve (hospital de

referência)

Santa Casa da Misericórdia de Loulé

Agrupamento de escolas do concelho

Corpo de Escutas – agrupamento de Loulé nº 290

ICNF

INAC

Instituto de Meteorologia

Estradas de Portugal

Órgãos de Comunicação Social

CDOS de Faro

IPSS que atuam no município

PRIORIDADES DE AÇÃO

Divulgar informação à população sobre locais de receção de donativos e locais para inscrição para serviço

voluntário;

Assegurar a informação à população de forma continuada, para que esta possa adotar as instruções das

autoridades e as medidas de autoproteção mais convenientes;

Assegurar a divulgação à população da informação disponível, incluindo números de telefone de contacto

(em particular, linhas da Câmara Municipal geridas pelo Gabinete de Eventos Comunicação e Imagem e

SMPC), indicação de pontos de reunião ou centros de deslocados/assistência, listas de desaparecidos,

mortos e feridos, bem como dos locais de acesso interdito ou restrito e outras instruções consideradas

necessárias;

Garantir a ligação com os órgãos de comunicação social e preparar, com periodicidade determinada (inferior

a 24 h), comunicados a distribuir;

Organizar visitas dos órgãos de comunicação social ao TO garantindo a sua receção e acompanhamento;

Organizar, preparar e realizar conferências de imprensa por determinação do Diretor do Plano;

Garantir a articulação entre as informações divulgadas pelo Diretor do PMEPCP e pela ANPC (CDOS ou

CNOS).

INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS

O responsável pela definição dos conteúdos dos comunicados à comunicação social é o Diretor do PMEPCL;

A ligação em permanência do Diretor do PMEPCL com o CDOS garante a uniformização da informação a

disponibilizar aos órgãos de comunicação social;

O Diretor do PMEPCL apoia-se no Gabinete de Apoio ao Presidente, Gabinete de Eventos Comunicação e

Imagem da CML, COM e SMPC para preparação de conferências de imprensa, comunicados à comunicação

social e na divulgação de informação à população através de meios próprios;

Os comunicados a distribuir pelos órgãos de informação deverão ter por base os modelos indicados na

Secção III - Parte IV do PMEPCL. A informação disponibilizada deverá esclarecer a população sobre o evoluir

da situação de emergência e as ações que se estão a desenvolver para a resolução da mesma. Deverá ainda

indicar quais os procedimentos de segurança, autoproteção e de ajuda às ações de socorro a serem

Page 106: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 31

seguidos pela população, bem como os locais de concentração local, números de telefone para a obtenção

de informação, locais de receção de donativos e de inscrição para o serviço de voluntariado;

As conferências de imprensa deverão ser efetuadas pelo presidente da Câmara Municipal ou pelo Vice-

Presidente, em sua representação. Em casos excecionais poderá ser efetuado por um elemento

pertencente aos serviços da CML designado pelo Presidente da Câmara Municipal para o efeito;

A periodicidade dos comunicados será definida pelo Diretor do PMEPCL, devendo ser igual ou superior a

uma hora e inferior a quatro (mesmo que não se tenham verificado alterações relativamente ao evoluir da

situação);

Os meios a utilizar para divulgação de informação serão os órgãos de comunicação social (rádios e

imprensa escrita), página da Internet e linhas telefónicas da Câmara Municipal designadas para o efeito,

viaturas equipadas com megafones e por via pessoal (agentes de proteção civil, SMPC, juntas de freguesia,

entidades e organismos de apoio);

Os comunicados a disponibilizar pelo Gabinete de Eventos Comunicação e Imagem da CML aos órgãos de

comunicação social deverão ir sempre assinados pelo Presidente da Câmara ou seu substituto;

Cada elemento de ligação da CMPC (representante das várias entidades que integram a CMPC) deverá

disponibilizar dados ao da CML com uma periodicidade não superior a duas horas;

Para além de comunicados a distribuir pela comunicação social (rádios e imprensa escrita), a Câmara

Municipal, através do seu Gabinete de Eventos Comunicação e Imagem e/ou SMPC deverá disponibilizar

uma linha telefónica para prestar esclarecimentos à população, e colocar informação na sua página da

Internet (informação útil à população e aos órgãos de comunicação social). Este serviço terá por finalidade

informar se a pessoa desaparecida ou procurada consta dos registos de população alojada em ZCL e em

abrigos temporários, e indicar as ações de autoproteção e de colaboração com os agentes de proteção civil

a adotar;

O Gabinete de Eventos Comunicação e Imagem da CML deve encontrar-se em permanente ligação com o

(s) elemento (s) responsável (eis) pela (s) Zona (s) de Concentração Local, de modo a compilar informação

relativa à identificação das pessoas que foram deslocadas para aquelas instalações, e em permanente

ligação com a Autoridade de Saúde do município de modo a obter e centralizar toda a informação relativa à

identificação e localização de feridos, promovendo os contactos entre familiares;

O SMPC apoia tecnicamente a ação do Gabinete de Eventos Comunicação e Imagem da CML;

O tipo de informação de autoproteção e de apoio à emergência que deverá ser disponibilizada à população

face a ocorrência dos diferentes riscos, está disponível na Secção III, da Parte IV.

Tabela 12 - Procedimentos para a gestão da informação pública

Page 107: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 32

5. Procedimentos de Evacuação

Relativamente aos procedimentos de evacuação, estão estabelecidos os procedimentos e instruções

de coordenação, bem como a identificação dos meios e das responsabilidades dos serviços, agentes de

proteção civil, organismos e entidades de apoio, associados às operações de evacuação e

movimentação das populações, designadamente abertura de corredores de emergência, controlo de

acessos às áreas afetadas e controlo de trafego.

Um acidente grave ou catástrofe é um acontecimento que poderá levar à necessidade de evacuar uma

zona ou mais zonas afetadas, o que poderá implicar o alojamento e realojamento e mobilização da

população em risco. Quando essa necessidade se verificar, compete ao (s) COS fazer uma avaliação dos

riscos associados à ocorrência e as necessidades para desencadear os devidos procedimentos de

evacuação. A evacuação é proposta pelo comandante das operações de socorro, validada pelo

Presidente da Câmara Municipal e coordenada pelas forças de segurança (GNR ou AML), conforme a

sua área geográfica de atuação. Caso se verifique a necessidade extrema, o COS poderá iniciar as ações

de evacuação, comunicando-as de imediato ao diretor do PMEPCL, para que se possam desencadear

os procedimentos necessários ao realojamento (transportes, Zonas de Concentração Local e/ou

abrigos temporários);

A nível operacional são definidos no presente plano dois níveis de evacuação:

A evacuação primária, que ocorre logo após o sinistro e corresponde à retirada da população da

zona em risco ou afetada para um local de segurança nas imediações (ZCL);

A evacuação secundária, que corresponde ao deslocamento da população afetada do local de

segurança para instalações de abrigo, onde poderão garantir as suas necessidades básicas

(alimentação, agasalho e instalações sanitárias).

Pode acontecer, que o local escolhido para a evacuação primária apresente condições para albergar a

população deslocada por um período de tempo mais alargado, fazendo com que não seja necessário

deslocações (evacuação secundária). O processo de evacuação deverá ser realizado de uma forma

ordeira, impedindo situações de pânico entre a população e garantindo a rapidez e fluidez da

operação.

O Concelho de Loulé tem previsto para cada freguesia, Zonas de Concentração Local (ZCL), que

servirão para reunir e acolher pessoas vindas de zonas sinistradas, as quais coincidem com

infraestruturas fixas, de fácil identificação, tais como: campos de futebol, pavilhões gimnodesportivos,

praças públicas, entre outras (Anexo II, da Secção III, da Parte IV).

Page 108: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 33

Quando se verificar a necessidade de realizar uma evacuação primária, seguida de uma evacuação

secundária, a população será acolhida em locais de abrigo temporário, que não permitem a

permanência da população por mais de 24 horas, como por exemplo Juntas de freguesia ou largos nas

povoações, procedendo-se posteriormente à evacuação secundária para ZCL com melhores condições

de acolhimento. No concelho de Loulé, as infraestruturas que poderão ser utilizadas como abrigos

temporários (para um menor número de pessoas) e como ZCL (para um maior número de pessoas)

encontram-se identificadas (Anexo II, da Secção III, da Parte IV).

5.1. Zonas de concentração local e abrigo temporário

Em cada freguesia existem espaços livres destinados à concentração da população das zonas

adjacentes com as seguintes localizações:

ZONAS DE CONCENTRAÇÃO LOCAL E ABRIGO TEMPORÁRIO

LOCAIS MORADA COORDENADAS

DATUM WGS 84

ZONAS

Almancil Largo do mercado, junto ao campo de futebol N 37º 05,014´; W 8º 02,139´. Abrigo Temporário

Alte Parque de estacionamento junto ao cemitério N 37º 1358,1; W 8º 1050,6´. Abrigo Temporário

Ameixial Campo de futebol N 37º 2153,9; W 7º 5731,7´. Zona de Concentração Local

Benafim Campo de futebol na quinta do freixo N 37º 13,305´; W 8º 10.395´. Zona de Concentração Local

Boliqueime Campo de futebol N 37º 07.871´; W 8º 08,768´. Zona de Concentração Local

Quarteira Largo do mercado na Fonte Santa N 37º 426,2;

W 8º 437,4´.

Abrigo Temporário

Querença

Terreno a Norte do Largo de Querença, junto ao

jardim Dr. Manuel Gomes Guerreiro, anexo à

azinhaga com o mesmo nome

N 37º 125,0;

W 7º 5914´.

Abrigo Temporário

Salir Complexo desportivo N 37º 1444; W 8º 258,7´. Zona de Concentração Local

São Clemente Largo mercado abastecedor, junto ao Estádio

Municipal

N 37º 759,5; W 8º 12,6´. Abrigo Temporário

São Sebastião Terreno ente o poço do pez e a Estrada Nacional

270

N 37º 835,9 ; W 8º 33,9´. Abrigo Temporário

Tôr Campo de futebol N 37º 1128,9; W 8º 231,4´. Zona de Concentração Local

NOTA: Existem mais infraestruturas de apoio às operações de Proteção Civil identificadas pelo SMPC.

Tabela 13 - Zonas de concentração local e abrigo temporário

Ainda quanto às ZCL, distinguem-se as que darão resposta a emergência de pequena dimensão, onde

será necessário garantir o alojamento temporário de um número relativamente pequeno de

população, daquelas que deverão ser usadas para acolher um número elevado de população

deslocada. No primeiro caso deverá recorrer-se a empreendimentos turísticos do concelho e no

segundo a instalações de escolas, pavilhões ou campos desportivos (Secção III, Parte IV), ou mesmo

grandes espaços abertos onde se organizarão e implementarão campos de deslocados.

Page 109: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 34

Figura 4 - Procedimentos de Evacuação

Após controlada a situação de emergência e assim que se encontrem reunidas condições suficientes, a

população deslocada deverá ser reconduzida à sua área de residência, caso essas condições não se

verifiquem, a população deslocada deverá prolongar a sua estadia nos locais previamente definidos e

nos empreendimentos turísticos existentes, quando o número de deslocados o permita.

Para além das evacuações necessárias a realizar nas áreas de risco, há a considerar as realizadas no

âmbito da medicina, a serem coordenadas pelo INEM. Estas poderão igualmente compreender duas

fases; uma primária, quando os feridos serão deslocados para hospitais de campanha ou instalações

de apoio temporário e uma segunda, onde os feridos serão transportados dos locais de apoio

temporário para unidades hospitalares. Todos estes procedimentos estão definidos no ponto relativo

aos serviços médicos e transporte de vítimas.

A definição de percursos de evacuação, que garantirão não só a máxima rapidez de deslocação das

forças de socorro (agentes de proteção civil e entidades de apoio), bem como a sua desobstrução de

quaisquer destroços ou viaturas, devendo o acesso a estes itinerários ser controlado pelas forças de

segurança do concelho, revestem-se de preponderantes para garantir uma eficiente evacuação.

OCORRÊNCIA OU IMINÊNCIA DE ACIDENTE GRAVE OU

CATÁSTROFE

DECISÃO DE EVACUAÇÃO (cos + Diretor do PMEPCL)

EVACUAÇÃO IMEDIATA (Perigo iminente)

A População desloca-se para os Locais de segurança definidos no PMEPCL

EVACUAÇÃO PRIMÁRIA (para abrigos temporários que no caso de sismo serão os locais identificados na Tabela 13)

EVACUAÇÃO SECUNDÁRIA Sempre que se verifique existirem locais que apresentem melhores condições para acolher a população deslocada

EVACUAÇÃO SECUNDÁRIA Zonas de concentração local de grande escala: Pavilhões e recintos desportivos

EVACUAÇÃO SECUNDÁRIA Zonas de concentração local de pequena escala: empreendimentos turísticos e similares

Page 110: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 35

Podem ser auxiliadas pelas entidades de apoio, as quais deverão identificar as zonas que foram

afetadas pelo fenómeno (destroços ou viaturas acidentadas) e informar as forças de segurança da sua

localização, por forma a definirem caminhos alternativos.

Na Parte IV; Secção III; Anexo IV; são identificados percursos principais de evacuação do concelho de

Loulé, e na Parte IV; Secção III; Anexo II, a localização das principais ZCL.

Na definição destes percursos foram tidas em conta vários aspetos, como por exemplo: o tipo de via

(traçado e velocidade de circulação) e a sua proximidade às povoações, de modo a maximizar a rapidez

das ações de emergência e evacuação em caso de acidente grave ou catástrofe e minimizar possíveis

perdas de tempo devido a obstruções.

Ao incluir no mapa as ZCL pretende-se facilitar o processo de avaliação conjunta da rede viária que

deverá ser usada em caso de emergência e perspetivar possíveis vias alternativas, bem como da

proximidade destas à população deslocada.

Concluindo: os procedimentos relativos à evacuação das populações de áreas, localidades ou

edificações, devem ser muito concretos. Em geral, a evacuação é validada pela autoridade política de

Proteção Civil. A tarefa de orientar a evacuação e a movimentação das populações, quer seja de áreas,

de localidades ou de edificações, deve ser da responsabilidade das forças de segurança.

PROCEDIMENTOS DE EVACUAÇÃO

Entidade Coordenadora:

Responsável: Forças de segurança: GNR e Autoridade

Marítima Local (cada uma na sua área geográfica de

intervenção)

Substituto: Uma vez que estas ações envolverão

necessariamente forças de segurança não se indica outra

entidade em sua substituição

ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL

Câmara Municipal de Loulé /SMPC

Bombeiros de Loulé

GNR

Autoridade Marítima Local

Juntas de Freguesia

Centro de Saúde de Loulé

Autoridade de Saúde do município

Instituto de Segurança Social, I.P. – Serviço local

(Delegação de Loulé)

Santa casa da misericórdia de Loulé

Agrupamento de escolas do Concelho

Page 111: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 36

Corpo de Escutas – agrupamento de Loulé nº 290

IPSS que atuam no concelho

Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Almancil

Empreendimentos Turísticos

CP – Comboios de Portugal

REFER

Empresas de Transportes de passageiros

Forças Armadas

PRIORIDADES DE AÇÃO

Coordenar as operações de movimentação das populações (evacuação e regresso);

Difundir junto das populações afetadas, recomendações de evacuação;

Definir Zonas de Concentração Local;

Ativar Zonas de Concentração Local;

Definir itinerários primários de evacuação;

Controlar o acesso às zonas afetadas, às ZCL e aos abrigos temporários;

Garantir o controlo das vias de circulação, por forma a não serem afetadas as movimentações das forças de

intervenção nem da população deslocada;

Criar pontos de controlo e barreiras de encaminhamento de tráfego.

INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS

A evacuação é proposta pelo COS e validada pela autoridade politica de proteção civil;

Elaborar, com a máxima urgência, um plano de evacuação onde conste a Zona a evacuar, o tempo estimado para

terminar as operações de evacuação, a estimativa de população deslocada, o método de aviso à população, definição

das instalações temporárias a serem disponibilizadas (ZCL), o transporte a ser disponibilizado aos deslocados e vias

através das quais a população deverá ser encaminhada;

As forças de segurança apoiam-se nos de Bombeiros de Loulé, SMPC e CML;

Depois de identificadas as zonas a evacuar, o tráfego rodoviário deverá ser reencaminhado pelas Forças de Segurança,

que poderão criar barreiras de encaminhamento do tráfego;

Proceder, de imediato, à constituição de um perímetro de segurança através do corte de estradas ao trânsito e ao

desimpedimento de vias que se encontrem obstruídas por viaturas, deverá realizar-se imediatamente após a chegada

ao local o levantamento dos acessos que apresentam constrangimentos;

Nas evacuações primárias deverá recorrer-se apenas a Percursos Primários de Evacuação definidos, nas evacuações

secundárias estes devem ser utilizados preferencialmente;

Informar a população da necessidade de evacuação recorrendo a megafones ou pessoalmente pelas forças de

segurança presentes no local;

Avisar a população para a necessidade de trazerem consigo a sua documentação e medicamentos;

Desencadear as operações de evacuação mantendo permanentemente atualizado o registo das habitações/ruas

evacuadas;

Coordenar o controlo de acessos à zona sinistrada;

Deverá chegar à zona de evacuação, como medida de precaução, uma equipa de emergência médica como medida de

Page 112: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 37

precaução (possibilidade de atropelamentos devido ao pânico gerado);

Disponibilizar meio de transporte para a população que não possua transporte próprio. As forças de segurança

poderão solicitar apoio à CMPC. Caso as entidades que compõe a CMPC não possuam viaturas adequadas ou em

número suficiente, a CMPC procederá ao aluguer de viaturas de transporte recorrendo aos meios identificados no

presente PMEPCL;

Acompanhar e orientar a população que se desloque através de viaturas próprias (deverá ser restringida a sua

utilização, devido ao aumento de tráfego e por inerência o aumento da dificuldade de controlo no TO e nos itinerários

principais de evacuação;

Proceder à desobstrução dos acessos à população a evacuar (caso existam);

Indicar à população que possua viaturas próprias se o local para onde pretendem dirigir poderá ser alcançado em

segurança ou será mais prudente dirigirem-se para uma ZCL;

Acompanhar e escoltar a população ao longo do percurso de forma a garantir a manutenção da ordem na

movimentação. Caso se considere necessário, deverão instalar-se Postos de Controlo de Tráfego (PCT) por parte das

forças de segurança ou Forças Armadas em caso de reforço, para que a zona afetada seja evacuada mais rapidamente;

Garantir o esforço de remoção e salvaguarda de alguns bens da população evacuada cujas habitações se encontram em

maior risco;

De modo a evitar o aumento de emergências em pequena escala, deverá reduzir-se ao mínimo possível o número de

ZCL. Por outro lado, em situações de acidente grave ou catástrofe que envolvam evacuações de grande escala, a

capacidade de pequenos núcleos de realojamento ficarão esgotadas, pelo que a melhor opção é a criação de campos

de deslocados. Estas infraestruturas, uma vez operacionalizadas, dispõem de capacidade para fornecer alimentos,

agasalhos e condições de higiene para um elevado número de deslocados;

Garantir a ligação permanente entre ZCL, os abrigos temporários e o Gabinete de Eventos Comunicação e Imagem, de

forma a facilitar a localização de pessoas e os contactos familiares;

Determinar quais as organizações a contar para prestarem auxílio à população deslocada (Santa Casa da Misericórdia

de Loulé ou Cruz Vermelha Portuguesa, por exemplo);

Organizar a lista de pessoal a contactar para garantir as necessidades básicas da população deslocada (alimentação,

agasalhos e higiene), com especial atenção com crianças, crianças de colo, grávidas, deficientes e idosos;

Fazer chegar à ou às ZCL, equipas de identificação e de apoio a carências ou necessidades da população (alimentos,

agasalhos, alojamento, apoio psicológico e médico), através do SMPC, Autoridade de Saúde do Município, Santa Casa

da Misericórdia de Loulé, IPSS do concelho, Cruz Vermelha;

Proceder à disponibilização de camas e/ou colchões;

Identificar os deslocados, através do preenchimento de uma ficha com a listagem de apoio que cada pessoa recebeu

(alimentos, agasalhos, alojamento, apoio psicológico e médico);

Garantir a comunicação em permanência com o Presidente da Câmara Municipal.

Tabela 14 - Procedimentos de evacuação

Page 113: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 38

6. Manutenção da ordem pública

No que diz respeito à manutenção da ordem pública, estão estabelecidos os procedimentos e

instruções de coordenação destinados a assegurar a manutenção da ordem pública, a limitação do

acesso à zona do sinistro e de apoio e a segurança das infraestruturas consideradas sensíveis ou

indispensáveis às operações de proteção civil (tais como instalações dos agentes de proteção civil,

centros de saúde, escolas, etc.)

A ocorrer um acidente grave ou catástrofe no concelho de Loulé, a segurança das operações de

emergência e a manutenção da ordem pública é garantida pelas forças de segurança presentes no

concelho, nomeadamente a GNR.

Responsável pelas instruções de coordenação destinadas a assegurarem a manutenção da ordem

pública, as forças de segurança têm como principais ações a desenvolver: controlo do acesso às zonas

de sinistro, apoio às entidades responsáveis por cuidados médicos, apoio à população afetada,

proteção das infraestruturas consideradas sensíveis ou indispensáveis às operações de Proteção Civil,

patrulhamento do concelho e articulação com outros serviços de investigação criminal, ou mesmo com

empresas privadas de segurança. No entanto, a sua resposta variará mediante a natureza e efeitos

previstos ou confirmados do acidente grave ou catástrofe.

A atuação dos vários agentes e entidades previstos no âmbito do PMEPCL, deverá ser de forma

articulada, com objetivos comuns, como a conservação do maior número de vidas, o impedimento do

agravamento do desastre e a minimização de prejuízos. Na tabela seguinte (tabela 15), são indicadas

as entidades responsáveis pela coordenação da manutenção da ordem pública, as entidades

intervenientes, as prioridades de ação e os procedimentos e instruções de coordenação.

MANUTENÇÃO DA ORDEM PÚBLICA

Entidade Coordenadora:

Responsável: Forças de segurança: GNR e Autoridade

Marítima Local (cada uma na sua área geográfica de

intervenção)

Substituto: Uma vez que estas ações envolverão

necessariamente forças de segurança não se indica outra

entidade em sua substituição.

ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL

GNR

Autoridade Marítima Local

Câmara Municipal de Loulé (SMPC e Serviço de

Vigilância e Proteção do Património - SVPP)

Page 114: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 39

Serviço de Estrangeiros e Fronteiras

Empresas de segurança privada

Forças Armadas

PRIORIDADES DE AÇÃO

Garantir a manutenção da lei e da ordem, nos termos da lei, em situações de pânico distúrbios e tensões

internas;

Coordenar o acesso às áreas afetadas, incluindo o teatro de operações (TO);

Proteger bens pessoais, evitando roubos e pilhagens;

Garantir a segurança de infraestruturas consideradas sensíveis ou indispensáveis às operações de proteção

civil, tais como: (instalações de agentes de proteção civil, unidades locais de saúde ou Zonas de

Concentração Local e os abrigos temporários de população deslocada);

Controlar acessos nos itinerários de socorro.

INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS

Segurança Pública

A manutenção da ordem pública é competência primária das forças de segurança (GNR ou AML), conforme

a área de jurisdição;

Após a definição da zona de sinistro e de apoio, o tráfego rodoviário deverá ser reencaminhado pelas

forças de segurança, de modo a não interferir com a movimentação das populações a evacuar nem com a

mobilidade das forças de intervenção;

Garantir a segurança das pessoas e bens de zonas afetadas;

Proteger as propriedades afetadas ou que sofreram colapso, por se encontrarem sujeitas a saques ou

outras atividades criminosas;

Deverá ser criado um perímetro de segurança que consiste na separação física de local, espaço ou zona,

assegurada ou não por elementos das forças de segurança (com a eventual colaboração das Forças

Armadas), que visa reduzir, limitar ou impedir o acesso de pessoas, veículos ou outros equipamentos a

locais onde não estão autorizados a permanecer;

Comunicar sempre à CMPC a distribuição dos meios das forças de segurança do concelho pelas diferentes

áreas de intervenção, por forma a poder definir-se estratégias de supressão de carências (recurso a equipas

de segurança privada, por exemplo);

As forças de segurança, para além de garantirem a segurança no (s) TO, na deslocação das populações

afetadas, nas ZCL, nos locais de abrigo temporário e noutras instalações consideradas sensíveis, deverão

ter previstas ações de patrulhamento no concelho de modo a garantir a segurança da população (evitar

alterações da ordem pública);

Assegurar a segurança de instalações sensíveis e vitais às operações de proteção civil tais como a Câmara

Municipal de Loulé, instalações dos agentes de proteção civil (centro de saúde, zonas de concentração

local, zonas de concentração de mortos ou abrigos temporários da população deslocada, GNR, Bombeiros),

e outras que se considerem necessárias;

Page 115: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 40

As zonas onde existam superfícies comerciais ou industriais consideradas críticas, deverão ser alvo de

patrulhamento, sempre que os meios do dispositivo operacional assim o permitam, sendo útil considerar o

recurso a empresas privadas da especialidade;

As forças de segurança poderão recorrer ao auxílio de empresas privadas de segurança e do SVPP da CML,

FA, para ações de proteção a instalações e infraestruturas consideradas sensíveis ou indispensáveis às

operações de proteção civil. As empresas privadas de segurança poderão igualmente apoiar as ações de

patrulhamento de zonas comerciais e zonas sinistradas (efeito dissuasor). Os elementos (vigilantes) de

empresas de segurança privada deverão encontrar-se devidamente identificados e em permanente ligação

com as forças de segurança;

As forças de segurança poderão pedir auxílio a outras entidades (como elementos das FA, do SMPC ou

SVPP, por exemplo), para os auxiliarem em tarefas de vigilância e de encaminhamento da população

deslocada para ZCL;

Controlo dos acessos aos itinerários de socorro;

Vedar o (s) TO recorrendo a barreiras físicas, na medida do possível e onde que considerar pertinente, com

controlo de acesso por parte das forças de segurança territorialmente competentes, permitindo o acesso a

viaturas de emergência e de proteção civil (ANPC e SMPC);

Patrulhamento do (s) TO e condicionamento do trânsito local;

Acompanhar e controlar o acesso ao TO, por parte dos órgãos de comunicação social;

Proceder à desobstrução das vias de socorro que se encontrem condicionadas por viaturas mal

parqueadas;

Apoiar as ações de outros agentes de proteção civil quando solicitado e sempre que tenham

disponibilidade para tal;

Colaborar no aviso às populações coordenando-se com a CMPC e recorrendo a megafones e a ações

presenciais;

Colaborar em ações de identificação de cadáveres, em articulação com o Ministério Público e Instituto de

Medicina Legal;

Impedir ainda, agressões ambientais.

Tabela 15 - Procedimento para a manutenção da ordem pública

Page 116: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 41

7. Serviços Médicos e Transporte de Vítimas

Nos serviços médicos e transporte de vítimas, estão identificados os procedimentos e instruções de

coordenação bem como os meios e as responsabilidades dos serviços, agentes de proteção civil,

organismos e entidades de apoio, quanto às atividades de saúde e evacuação secundária, face a um

elevado número de vítimas.

Conforme o referido na Diretiva Operacional n.º 1/2010 da Autoridade Nacional de Proteção Civil, o

INEM coordena todas as atividades de saúde pré-hospitalar, a triagem, evacuações médicas primárias

(para zonas de triagem) e evacuações médicas secundárias (para unidades de saúde), a referenciação e

transporte de feridos para as unidades de saúde adequadas, a montagem de Postos Médicos

Avançados. Assim, e em caso de emergência deverá existir uma forte articulação entre o INEM (a

quem compete coordenar as ações de saúde em ambiente pré-hospitalar), a autoridade local de saúde

e o centro de saúde de Loulé, tendo como objetivo primordial a maximização da eficiência das

operações.

Para agilizar esta articulação entre as entidades mencionadas, foi tido em conta o modelo START

(Simples Triagem e Rápido Tratamento), que tem como finalidade alocar recursos e hierarquizar o

atendimento de vítimas de acordo com um sistema de prioridades, de forma a possibilitar o

atendimento e o transporte rápido do maior número possível de vítimas, conforme tabela 16.

PROCEDIMENTOS DE TRIAGEM DE FERIDOS – (MÉTODO START)

CÓDIGO DE CORES TIPO TRATAMENTO / PRIORIDADE OBS.

Prioridade baixa Tratamento atrasado / terceira prioridade São as vítimas que apresentam lesões menores ou sinais e sintomas que não requerem atenção imediata.

Prioridade intermedia Tratamento urgente / segunda prioridade

São as vítimas que apresentam sinais e sintomas que permitem adiar a atenção e podem aguardar pelo transporte.

Prioridade imediata Tratamento e transporte imediatos / primeira prioridade:

São as vítimas que apresentam sinais e sintomas que demonstram um estado crítico e necessitam tratamento e transporte imediato.

Prioridade nula A vítima encontra-se cadáver / sem prioridade Não é necessária intervenção médica

Tabela 16 - Procedimentos de triagem de feridos – START

Relativamente a serviços médicos, importa aqui salientar o papel que o Centro Hospitalar do Algarve

(hospital de referência para o concelho de Loulé), que poderá prestar em situações de emergência que

envolvam um elevado número de vítimas.

Para além dos meios existentes no concelho (Secção III – Parte IV), esta estrutura pode em caso de

necessidade, ser reforçada com postos de socorro e triagem montados pelo INEM, Forças Armadas,

Cruz Vermelha Portuguesa (Delegação de Almancil), em colaboração com o Centro de Saúde de Loulé,

garantindo desta forma uma assistência pré-hospitalar à população afetada.

Page 117: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 42

Quanto à estrutura de saúde do concelho, baseia-se no Centro de Saúde de Loulé, sendo que os meios

materiais e humanos dos mesmos poderão prestar apoio em situações de emergência. Em caso de

necessidade os serviços de saúde pública poderão ser complementados por serviços de saúde privados

e farmácias (secção III – Parte IV) ou pela Cruz Vermelha Portuguesa- (Delegação de Almancil).

Relativamente ao transporte de vítimas, esta atividade será igualmente coordenada pelo INEM o qual

recorrerá a meios próprios, podendo no entanto apoiar-se nos meios de outras entidades,

nomeadamente os Bombeiros de Loulé e bombeiros de concelhos vizinhos, Forças Armadas e a Cruz

Vermelha Portuguesa -Delegação de Almancil.

Todas estas entidades independentemente do nível a (que operam municipal e/ou distrital), ficarão

responsáveis por apoiar o INEM, quando solicitado, nas ações de serviços médicos e transporte de

vítimas em caso de emergência. O INEM deverá articular-se com o sistema nacional de proteção civil

para acionar os meios adicionais de apoio, nomeadamente através do CDOS ao nível distrital e através

da CMPC ao nível municipal.

Nos casos em que for ativado o PMEPCL, poderão verificar-se dois cenários:

Cenário 1 – Em que a dimensão do acidente não obriga à criação de um posto de triagem,

sendo os feridos deslocados diretamente do TO, para as unidades hospitalares (ação

coordenada pelo INEM, apoiado ou não nas estruturas de saúde do concelho).

Cenário 2 – Situação em que devido à dimensão do acidente se torna necessário criar postos

de triagem. O INEM, em coordenação com a Autoridade de Saúde do município, criará esses

postos de triagem (que poderão ser nas instalações do centro de saúde), para

encaminhamento dos feridos ligeiros e para estabilizar os feridos graves, que posteriormente

serão encaminhados, de acordo com a disponibilidade de meios, para as unidades hospitalares

(evacuação médica secundária).

Page 118: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 43

Figura 5 - Procedimentos de Evacuação Médica

SERVIÇOS MÉDICOS E TRANSPORTE DE VÍTIMAS

Entidade Coordenadora:

Responsável: INEM.

Substituto: Autoridade de Saúde do município.

ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL

INEM

Centro Hospitalar do Algarve (hospital de

referência)

Centro de Saúde de Loulé

Autoridade de Saúde do município

Bombeiros de Loulé

Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Almancil

Forças Armadas

Outros APC e entidades de apoio, de acordo com

natureza da situação de emergência.

TEATRO DE OPERAÇÕES

AÇÕES DE BUSCA E SOCORRO

MORTOS FERIDOS

ZONA DE TRIAGEM Método START

MORTOS FERIDOS GRAVES

ILESOS E FERIDOS LIGEIROS

TRANSPORTE EVACUAÇÃO MÉDICA (INEM+BML)

(eventualmente Forças Armadas e CVP)

TRNSPORTE (BML+CML)

ZONA DE REUNIÃO DE MORTOS

ZONA DE CONCENTRAÇÃO LOCAL (ZCL)

POSTO MÉDICO AVANÇADO EVACUAÇÃO MÉDICA SECUNDADRIA

UNIDADE HOSPITALAR

Page 119: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 44

PRIORIDADES DE AÇÃO

Garantir a prestação de cuidados médicos de emergência nas áreas atingidas, nomeadamente a triagem,

estabilização e transporte das vítimas para as Unidades de Saúde;

Assegurar, em caso de necessidade, a montagem e funcionamento de Postos Médicos Avançados onde se

processarão as ações de triagem secundária;

Assegurar, em caso de necessidade, a montagem, organização e funcionamento de hospitais de campanha;

Implementar um sistema de registo de vítimas desde o Teatro de Operações até à Unidade de Saúde de

destino;

Inventariar danos e perdas nas capacidades dos serviços de saúde, bem como das que se mantêm

operacionais na Zona de Sinistro;

Organizar o fornecimento de recursos médicos.

INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS

O INEM presta os primeiros socorros às vítimas, que se encontrem nas zonas afetadas pelo acidente grave

ou catástrofe;

No Teatro de Operações são posicionados meios móveis do INEM, para apoio imediato às ações de

socorro;

A triagem primária é da competência da Área de Intervenção de Socorro e Salvamento, sendo em regra

realizada pelos Corpos de Bombeiros. O INEM colabora nessa ação de acordo com as suas disponibilidades;

O INEM determina os hospitais para onde deverão ser transportados os feridos ligeiros e graves;

A localização das zonas de triagem é realizada pelo INEM, apoiando-se nas restantes entidades de saúde do

concelho, devendo encontrar-se tão perto quanto possível das zonas mais afetadas, respeitando as

necessárias distâncias de segurança;

Caso o INEM verifique a necessidade de se ativar uma zona de triagem, deverá ter em consideração aos

meios disponíveis no concelho, articulando-se para tal com a Autoridade de Saúde do município. Deverá

ter ainda em consideração a possibilidade de utilizar o Centro de Saúde como zona de triagem;

As forças de segurança do concelho controlam o acesso e garantem a segurança dos postos de triagem;

A triagem multi-vitimas deverá basear-se na metodologia START sempre que a zona afetada apresente um

número muito elevado de vítimas (superior a 25);

As Forças Armadas colaboram, na medida das suas disponibilidades, na prestação de cuidados de saúde de

emergência;

O INEM, com o apoio das unidades de saúde locais deverá garantir o registo das vítimas desde o teatro de

operações, passando pelas eventuais zonas de triagem até às unidades hospitalares;

As estruturas de saúde poderão recorrer a entidades de apoio como os Bombeiros, entre outros;

O INEM e as estruturas de saúde do concelho procedem ao registo dos sinistrados atendidos e mantêm-nos

permanentemente atualizados. Informação que deverá ser disponibilizada ao Diretor do PMEPCL;

O INEM deverá articular-se com o sistema nacional de proteção civil, para acionar meios adicionais de

apoio (essencialmente meios de ação médica e de transporte de vítimas), nomeadamente o CDOS, a nível

Page 120: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 45

distrital, e através da CMPC a nível municipal;

O transporte da população que apresente ferimentos ligeiros ou que se encontra ilesa é coordenado pela

CMPC (transporte para as respetivas residências ou para Zonas de Concentração Local);

A autoridade de Saúde do município, em articulação com o INEM, Centro de Saúde de Loulé e o Centro

Hospitalar do Algarve (hospital de referência), deverá inventariar, convocar, reunir e distribuir o pessoal

dos serviços de saúde, nas suas diversas categorias, de forma a reforçar e/ou garantir o funcionamento de

serviços temporários e/ou permanentes;

A Autoridade de Saúde deverá recorrer aos meios disponíveis através da CMPC, para junto das populações,

caso seja considerado necessário, recomendações de carácter sanitário (gestão da informação);

Caso se revele necessário, a Autoridade de Saúde do município, em articulação com a CMPC, deverão

mobilizar as farmácias para apoio e auxílio às atividades de assistência médica;

As necessidades básicas das pessoas afetadas e que se encontrem ao cuidado das estruturas de saúde

(água, alimentação, cuidados sanitários, etc.), é da responsabilidade das respetivas entidades. Estas

poderão solicitar apoio nesta matéria ao Diretor do PMEPCL;

As entidades responsáveis pela prestação de cuidados médicos à população estabelecem e coordenam as

ações que visem o controlo de doenças transmissíveis.

SERVIÇOS DE SAÚDE PARA AS FORÇAS DE INTERVENÇÃO

Em caso de acidente, os elementos envolvidos nas ações de socorro recorrerão às equipas do INEM

presentes no teatro de operações;

Caso a dimensão da situação assim, o exija, e se verifique disponibilidade operacional para tal, caberá ao

INEM criar postos de triagem e socorro, os quais prestarão os primeiros socorros à população afetadas e a

elementos das forças de intervenção;

A CMPC deverá verificar a disponibilidade da Cruz Vermelha Portuguesa (Delegação de Almancil) e outras

IPSS do concelho para disponibilizarem na Zona de Concentração e Reserva do Teatro de Operações

serviços de cuidados médicos para pequenos ferimentos que não necessitem de apoio hospitalar;

As estruturas previstas nos dois pontos anteriores poderão ser reforçadas por infraestruturas privadas ou

militares, mediante as necessidades e disponibilidade verificadas, em articulação com a CMPC;

Em caso de ferimentos graves deverá recorrer-se à rede de saúde existente no concelho e à rede hospitalar

dos concelhos vizinhos.

ACOMPANHAMENTO MÉDICO DA POPULAÇÃO DESLOCADA

Solicitar à Autoridade de Saúde do município para garantir o acompanhamento clinico da população

deslocada;

Solicitar à Autoridade de Saúde do município para avaliar a necessidade de se prestar, principalmente aos

elementos mais jovens, idosos, deficientes e no caso de terem ocorrido vítimas mortais, a elementos que

perderam familiares. Os psicólogos necessários para esta tarefa serão disponibilizados pelo INEM, Instituto

de Segurança Social e pela CML;

A distribuição de medicamentos pela população deslocada será da responsabilidade da Autoridade de

Saúde do município, coordenando-se com a CMPC;

Page 121: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 46

Em caso de necessidade, a Autoridade de Saúde poderá solicitar à Câmara Municipal de Loulé para

suportar os custos associados a esta tarefa.

Tabela 17 - Procedimento para os serviços médicos e transporte de vítimas

7.1. Apoio social e psicológico

As ações de apoio social consistirão essencialmente na disponibilização de meios de subsistência para

a população afetada (alimentação, vestuário, abrigo, medicamentos e instalações sanitárias). Serão

distribuídos principalmente nas Zonas de Concentração Local e nos abrigos temporários pela CML, em

articulação operacional com entidades de apoio (Santa Casa da Misericórdia de Loulé, IPSS que atuem

no concelho, etc.).

O apoio psicológico à população afetada por acidente grave ou catástrofe, poderá ser prestado tanto a

vítimas como a familiares ou a agentes de proteção civil, organismos e entidades de apoio envolvidas

nas ações de emergência. Este apoio será prestado por psicólogos, sendo que numa primeira fase as

ações deverão ser coordenadas pelo INEM, o qual se apoiará na Divisão de Intervenção Social e

Voluntariado da CML, e no Instituto de Segurança Social – Centro Distrital de Faro para as ações de

apoio continuado. Para além da disponibilização de psicólogos deverá estar prevista a atuação de

párocos e representantes de outras religiões.

Nas tabelas seguintes (Tabela 18 e 19), estão patentes os procedimentos a adotar por forma a garantir

as ações de apoio social e as ações de apoio psicológico a serem implementadas.

APOIO SOCIAL

Entidade Coordenadora:

Responsável: SMPC

Substituto: Instituto de Segurança Social, I.P. – Serviço local

(Delegação de Loulé)

ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL

Instituto de Segurança Social, I.P. – Centro

Distrital de Faro

Gabinete de Eventos Comunicação e Imagem

CML (Divisão de Intervenção Social e

Voluntariado)

Bombeiros de Loulé

Santa Casa da Misericórdia de Loulé

IPSS que atuam no concelho

Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Almancil

Forças Armadas

GNR

Autoridade de Saúde do município

Centro de Saúde de Loulé

Page 122: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 47

PRIORIDADES DE AÇÃO

Garantir a receção, registo, pesquisa, diagnóstico de necessidades e assistência individual a deslocados e

vítimas;

Garantir a ativação dos meios materiais e humanos necessários para o acolhimento da população

deslocada;

Manter atualizado o registo do número de pessoas assistidas e com necessidade de continuidade de

acompanhamento;

Assegurar a ativação de ZCL e de abrigos temporários da população deslocada e informar as forças de

socorro e os cidadãos da sua localização através dos canais disponíveis e mais apropriados;

Garantir a segurança das Zonas de Concentração Local e dos abrigos temporários da população deslocada.

INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS

As ZCL e os abrigos temporários ativados pela CMPC constituem os locais onde se procede ao apoio da

população afetada;

A GNR garante a segurança da população presente nas ZCL ou nos abrigos temporários;

A primeira ação a desenvolver sempre que alguém dê entrada numa ZCL ou num abrigo temporário é o

registo, de deslocados;

As Forças Armadas, IPSS e organizações não-governamentais apoiam, na medida das suas disponibilidades,

as ações de apoio à população afetada;

Deverão ser constituídos locais de receção de donativos e posteriormente distribuídos pelas ZCL e pelos

abrigos temporários, pelos elementos da bolsa de voluntariado;

A CML, recorrendo a entidades de apoio, assegura a receção, atendimento e encaminhamento da

população deslocada (que tenha chegado a uma ZCL ou a um abrigo temporário por meios próprios ou

através de meios disponibilizados pela CMPC);

Cabe à CMPC mobilizar reservas alimentares e garantir a receção e gestão de bens essenciais (alimentos,

agasalhos, roupas, instalações sanitárias e medicamentos) que sejam entregues nas Zonas de Concentração

Local ou nos abrigos temporários;

O Gabinete de eventos comunicação e imagem coordena-se com o SMPC e com os elementos responsáveis

pelas ZCL e abrigos temporários, de modo a ter acesso à lista de pessoas presente naqueles locais;

O Gabinete de eventos comunicação e imagem gere uma linha de apoio ao munícipe, prestando

informação de natureza diversa (localização da população deslocada, informação sobre o decorrer das

operações de emergência, onde a população se deverá dirigir para pedir apoio, procedimentos a adotar,

locais entrega de donativos, etc.;

Tabela 18 - Procedimentos para o apoio social

Page 123: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 48

APOIO PSICOLÓGICO

Entidade Coordenadora:

Responsável (apoio imediato): INEM

Substituto (apoio imediato): Câmara Municipal de Loulé /

Divisão de Intervenção Social e Voluntariado (DISV)

Responsável (apoio de continuidade): Instituto de

Segurança Social, I.P. – Serviço local (Delegação de Loulé)

Substituto (apoio de continuidade): Câmara Municipal de

Loulé

ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL

INEM

Instituto de Segurança Social, I.P. – Centro

Distrital de Faro

Câmara Municipal de Loulé / DISV

Hospital de Faro, EPE (Hospital de

referência)

Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Almancil

Santa casa da misericórdia de Loulé

Párocos e representantes de outras religiões

IPSS que atuam no concelho

PRIORIDADES DE AÇÃO

Assegurar o apoio psicológico imediato a prestar às vítimas e aos seus familiares;

Assegurar o apoio psicológico a todas as forças presentes no teatro de operações (agentes e entidades) e

que intervenham nas operações de socorro e emergência;

Assegurar o apoio psicológico de continuidade à população presente nas ZCL e nos abrigos temporários;

Caso se revele necessário, deverão ser acionadas zonas de acolhimento dedicadas em exclusivo a prestar

apoio psicológico a vítimas.

INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS

O INEM é a entidade responsável por prestar o apoio psicológico imediato às vítimas, apoiando-se

posteriormente no Instituto de Segurança Social para prestar apoio psicológico nas ZCL e nos abrigos

temporários. O apoio psicológico de continuidade é responsabilidade do Instituto de Segurança Social;

Os agentes de proteção civil e os organismos e entidades que disponham de psicólogos disponíveis para

apoiar o INEM deverão indicá-lo;

As ações de apoio psicológico para os agentes de proteção civil, organismos e entidades de apoio

envolvidos nas operações de emergência serão efetuadas após controlada a situação de emergência;

O apoio psicológico aos agentes de proteção civil, organismos e entidades de apoio envolvidos nas ações

de emergência é responsabilidade primária das respetivas entidades. Em caso de insuficiência, ou ausência

de meios de apoio, este será garantido por psicólogos disponibilizados pelo Instituto de Segurança Social

em instalações apropriadas para o efeito;

Page 124: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 49

O apoio psicológico às vítimas e seus familiares, assim como aos familiares das vítimas mortais aquando da

entrega de cadáveres, será realizado nas ZCL e nos abrigos temporários ou em instalações próprias ativadas

para o efeito;

O apoio psicológico de continuidade a realizar principalmente nas ZCL e nos abrigos temporários, é

coordenado pelo Instituto de Segurança Social, podendo este ser apoiado por psicólogos da Câmara

Municipal, Santa Casa da Misericórdia de Loulé, Cruz Vermelha Portuguesa (Delegação de Almancil) e IPSS

que atuam no concelho. O apoio prolonga-se pela fase de reabilitação (pós-emergência);

Os párocos e representantes de outras religiões apoiam as ações de apoio psicológico coordenadas pelo

INEM e Instituto de Segurança Social;

Deverá estar prevista a atuação de psicólogos ao serviço do INEM ou Instituto de Segurança Social nos

principais locais de culto do concelho para apoiar familiares das vítimas.

Tabela 19 - Procedimentos para o apoio psicológico

Page 125: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 50

8. Socorro e Salvamento

Relativamente ao socorro e salvamento estabelecem-se os procedimentos e instruções de

coordenação, bem como a identificação dos meios e das responsabilidades dos serviços, agentes de

proteção civil, organismos e entidades de apoio, quando às atividades de socorro, busca e salvamento

de vítimas, que podem incluir a extinção de incêndios, o escoramento de estruturas, o resgate ou

desencarceramento de pessoas, a contenção de fugas e derrames de produtos perigosos, etc.

Caso ocorra um acidente grave ou catástrofe no concelho de Loulé, as entidades que prestarão

resposta nas operações de socorro, serão os APC, nomeadamente os Bombeiros, GNR, INEM, e a

Autoridade Marítima Local.

Reveste-se de toda a importância o incremento de ações de informação à população sobre medidas de

autoproteção a adotar face a ocorrência dos diferentes tipos de risco, de modo a se conseguir

minimizar os efeitos dos eventos até se dar a intervenção das forças de socorro.

Na eventualidade de serem necessários meios aéreos, este apoio poderá ser prestado pelos Centros

de Meios Aéreos do Distrito. Nos casos de iminência de acidentes com aeronaves, as entidades de

Proteção Civil devem informar o CDOS e este o CNOS, para que o Centro de Coordenação Operacional

Nacional (CCON) com o apoio do Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Aéreo (CCBSA)

coordene as ações da assistência e/ou socorro.

Na tabela seguinte (Tabela 20), indicam-se os procedimentos adotar no âmbito do socorro e

salvamento.

Page 126: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 51

Figura 6 - Organização das Entidades Responsáveis pelas Ações de Socorro e Salvamento

SOCORRO E SALVAMENTO

Entidade Coordenadora:

Responsável: Comandante das Operações de Socorro

Substituto: O substituto do Comandante das Operações de

Socorro será definido de acordo com o Sistema Integrado

de Operações de Proteção e Socorro.

ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL

Bombeiros de Loulé

GNR

Autoridade Marítima Local

INEM

Câmara Municipal de Loulé (SMPC, Direção Municipal

de Administração Geral, Departamento de

Administração e Finanças, Departamento de

Planeamento e Administração do Território,

Departamento de Obras Municipais e Gestão de

Infraestruturas, Departamento de Ambiente e Serviços

Urbanos e Departamento de Educação e

Desenvolvimento Sociocultural)

Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Almancil

AÇÕES DE SOCORRO E SALVAMENTO NO TEATRO DE OPERAÇÕES

Apoio eventual

Equipas cinotécnicas da GNR

Meios da CML Centro de Saúde Hospital de Faro

CVP INAC

Forças Armadas

COS CMPC

CDOS Faro

Ações de busca, resgate e socorro

Coordenadas pelos COS recorrendo a: Corpos de Bombeiros, GNR, Autoridade

Marítima Local e INEM

Page 127: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 52

Forças Armadas

Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC)

Centro de saúde de Loulé

Hospital de Faro (hospital de referência)

CDOS de Faro

PRIORIDADES DE AÇÃO

Definir as áreas afetadas onde deverão ser desencadeadas ações de busca e salvamento, tendo em conta

as informações disponíveis quanto ao potencial de vítimas e de sobreviventes;

Avaliar objetivamente a situação de emergência, definindo as áreas afetadas onde deverão ser

desencadeadas ações de busca e salvamento, de acordo com a informação disponível quanto ao potencial

número de vítimas;

Planear e executar o socorro às populações, em caso de incêndios, inundações, desabamentos e, de um

modo geral, em todos os sinistros, incluindo o socorro a náufragos e buscas subaquáticas;

Supervisionar e enquadrar operacionalmente equipas de salvamento de entidades de apoio;

Assegurar a coordenação das operações de desencarceramento de vítimas;

Colaborar na determinação de danos e perdas;

Assegurar a minimização de perda de vidas, através da ação concertada entre as entidades intervenientes

nas ações de busca, socorro e salvamento;

Avaliar objetivamente a situação de emergência, definindo as áreas afetadas onde deverão ser

desencadeadas ações de busca e salvamento, de acordo com a informação disponível quanto ao potencial

número de vítimas;

Planear e executar o socorro às populações, em caso de incêndios, inundações, desabamentos e, de um

modo geral, em todos os sinistros, incluindo o socorro a náufragos e buscas subaquáticas;

Supervisionar e enquadrar operacionalmente equipas de salvamento de entidades de apoio;

Assegurar a coordenação das operações de desencarceramento de vítimas.

Colaborar na determinação de danos e perdas;

Acionar e coordenar a atuação das ERAS, a fim de procederem à avaliação imediata dos prejuízos e danos

sofridos e intervenção pertinente;

Proceder à extinção e/ou controle de incêndios decorrentes do acidente grave ou catástrofe, dando

prioridade aos que poderão gerar um maior número de feridos;

Proceder à estabilização de edifícios (escoramento de estruturas, entre outros procedimentos), a

demolições de emergência, à contenção de fugas e derrames e ao combate de incêndios.

INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS

A intervenção inicial face a um acidente grave ou catástrofe cabe, prioritariamente, às forças mais próximas

do local da ocorrência ou que apresentam missão específica mais adequada. De acordo com o Artigo 12º

do Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei 72/2013 o chefe da primeira equipa

de intervenção assume a função de comandante das operações de socorro. De imediato deve avaliar a

Page 128: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 53

situação e identificar o tipo de ocorrência, o local e a extensão, o número potencial de vítimas e os meios

de reforço necessários;

A transferência de comando dar-se-á sempre que a natureza do evento exija a ampliação ou contração da

organização. Ou seja, a transferência de comando dar-se-á sempre que se verifique a necessidade de

coordenar meios distritais através do CDOS, ou quando a situação se encontre controlada passando o

comando do CDOS para o comandante de operações que se encontrava previamente no terreno, ou o

comandante da primeira força local a chegar ao local do sinistro. De forma mais simplificada, poder-se-á

dizer que o comando das operações mudará sempre que a responsabilidade primária de gestão do

incidente muda entre entidades, quando o incidente se torna mais ou menos complexo ou quando se

verifica a rotatividade normal de pessoas. A classificação das ocorrências deverá ser efetuada de acordo

com o disposto na NOP 3101- 2012 de 5 de Junho da ANPC (Classificação de Ocorrências);

Sempre que se verifique a mudança de comando deverá ser realizado um briefing ao próximo Comandante

e informar todos os agentes de proteção civil intervenientes nas operações de emergência relativamente à

mudança de comando efetuada;

As forças de segurança asseguram primariamente as operações de busca e evacuação da população

afetada;

As ações de socorro e salvamento serão coordenadas pelo COS, recorrendo aos corpos de bombeiros

disponíveis e ao INEM (o qual por sua vez se irá articular com as estruturas de saúde locais através da

autoridade de saúde do concelho);

Relativamente à prestação de cuidados médicos e transporte de vítimas aplica-se o definido para a área de

Intervenção de Serviços Médicos e Transporte de Vítimas;

Os bombeiros de Loulé serão responsáveis pelas ações de combate a incêndios

Os Bombeiros de Loulé são responsáveis pelo desencarceramento de vítimas recorrendo a meios próprios

e a meios da Câmara Municipal (solicitados pelo COS à CMPC);

As forças de segurança escoltam e acompanham as equipas da comunicação social que se encontrem no (s)

teatro (s) de operações;

As forças de segurança deslocam para a Zona de Concentração e Reserva do Teatro de Operações viaturas

de reboque para se proceder ao rápido desimpedimento de vias, caso seja necessário. Em caso de

necessidade as forças de segurança poderão pedir apoio nesta tarefa à CMPC;

A GNR recorre a equipas cinotécnicas sempre que for necessário e possível;

Quando houver necessidade as forças de segurança recorrem a entidades para apoio nas ações de busca e

salvamento;

As Forças Armadas participam nas operações de busca e salvamento na medida das suas capacidades e

disponibilidades e caso o seu apoio tenha sido solicitado;

O Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Aéreo assume a coordenação das operações de busca e

salvamento associados a acidente envolvendo aeronaves;

O COS e/ou o COM mantém a articulação operacional permanente com o Comandante Operacional

Page 129: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 54

Distrital (CODIS) Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro e SIOPS;

O COS mantém contacto permanentemente com o diretor do PMEPCL;

O COS propõe à CMPC trabalhos de demolição ou de estabilização de infraestruturas, apoiado nos serviços

técnicos da CML e ou empresas da especialidade que venham a ser solicitadas à CMPC;

A CML, coordenando-se com o (s) COS e sempre que tal faça sentido, deverá enviar de forma célere para a

Zona de Concentração de Reserva do Teatro de Operações maquinaria pesada para auxiliar em eventuais

ações de remoção de destroços;

Os serviços técnicos da CML divulgam ao (s) COS informação de carácter técnico útil para a definição de

estratégias de intervenção no (s) teatro (s) de operações, nomeadamente no escoramento e demolição de

estruturas.

Tabela 20 - Procedimentos para o socorro e salvamento

Page 130: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 55

9. Serviços Mortuários

No que respeita aos serviços mortuários, estão estabelecidos os procedimentos e instruções de

coordenação, bem como identificados os meios e os serviços, agentes de proteção civil, organismos e

entidades de apoio, quanto às atividades de recolha e reunião de vítimas mortais, instalação de

morgues provisorias para identificação e reconhecimento de vítimas mortais e sepultamento de

emergência.

Nos casos em que o número de mortos não seja muito elevado, as vítimas mortais deverão ser

transportadas para a morgue do Centro Hospitalar do Algarve, EPE- Unidade de Faro (hospital de

referência), que limitar-se-á a receber, dentro da sua capacidade no momento. Em situações de

acidente grave ou catástrofe que provoquem um número elevado de vítimas mortais, estas deverão

ser reunidas em locais previamente estabelecidos, dando preferência a estruturas fixas temporárias

(pavilhões desportivos, parques de estacionamento, armazéns, terminais de camionagem, centros de

lazer), com as seguintes características:

Fáceis de limpar;

Em zonas planas e em espaços abertos;

Com boa drenagem;

Com boa ventilação natural;

Com disponibilidade de água corrente;

Com disponibilidade de eletricidade;

Com comunicações;

Com boas acessibilidades

Quando o transporte dos cadáveres para as morgues, durante um determinado período de dias

(dependendo das condições climáticas), não for possível, pode considerar-se a hipótese de se recorrer

a câmaras frigoríficas de superfícies comerciais com área significativa e a indústrias agroalimentares

para posterior realização de autópsias e identificação dos corpos, estabelecendo-se as medidas

sanitárias necessárias.

Todas estas ações deverão ser controladas pelas forças de segurança e a Autoridade de Saúde do

município, as quais em articulação com o Ministério Público e Instituto Nacional de Medicina Legal,

agirão por forma a preservar todas as provas necessárias para determinar as causas dos óbitos,

solicitando os meios considerados necessários à CML.

Na Tabela 21 apresentam-se os procedimentos para os serviços mortuários.

Page 131: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 56

Figura 7 - Organização Funcional dos Serviços Mortuários

SERVIÇOS MORTUÁRIOS

Entidade Coordenadora:

Responsável: Ministério Público (em ligação permanente

com o Instituto de Medicina Legal)

Substituto: Em caso de extrema necessidade serão as

forças de segurança presentes no concelho a assumir a

coordenação desta tarefa - GNR

ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL

GNR

Autoridade Marítima Local

Autoridade de Saúde do município

Hospital de Faro (hospital de referência)

Instituto Nacional de Medicina Legal

Policia Judiciária

Ministério Público

Bombeiros de Loulé

Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Almancil

Forças Armadas

Serviço de Estrangeiros e Fronteiras

Instituto de Registos e Notariado – Ministério da

Justiça

Centro de Saúde de Loulé

PRIORIDADES DE AÇÃO

CDOS CMPC

MINISTÉRIO PÚBLICO, POLÍCIA JUDICIÁRIA E INSTITUTO NACIONAL DE MEDICINA LEGAL

BAIXO Número de

vítimas mortais

ELEVADO Número de

vítimas mortais

Morgue do Hospital de

Faro

Outras instalações com

as condições necessárias

Morgue do Hospital de

Faro

Page 132: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 57

Assegurar a integridade das zonas onde foram referenciados e recolhidos cadáveres com vista a garantir a

preservação de provas, a análise e recolha das mesmas;

Coordenar as ações de mortuária, estabelecendo locais de reunião de mortos e necrotérios provisórios;

Assegurar a presença das Forças de Segurança nos locais onde decorrem operações de mortuária de forma

a garantir a manutenção de perímetros de segurança;

Assegurar o correto tratamento dos cadáveres, conforme os procedimentos operacionais previstos pelas

forças de segurança;

Garantir a eficiência das operações de recolha de informações que permitam proceder à identificação dos

cadáveres;

Garantir a capacidade de transporte de cadáveres ou partes de cadáveres;

Garantir uma correta tramitação processual de entrega dos corpos identificados.

INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS

As ações de mortuária exigem a presença de elementos das forças de segurança e de um médico (o qual

poderá ser designado pela Autoridade de Saúde do município);

Os médicos envolvidos nas ações de mortuária verificam os óbitos dos corpos encontrados sem sinais de

vida e procedem à respetiva etiquetagem em colaboração com elementos da Polícia Judiciária ou, em

alternativa, das forças de segurança presentes no local. Caso sejam detetados indícios de crime, o oficial

mais graduado da força de segurança presente no local poderá solicitar exame por perito médico-legal,

antes da remoção do cadáver;

Caso as autópsias sejam realizadas em instalações do concelho (disponibilizadas pela CMPC), deverá ser

assegurada a presença de representantes do Instituto de Registos e Notariado para proceder ao registo de

óbitos e garantir toda a tramitação processual e documental associada;

A autorização de remoção de cadáveres, ou partes de cadáveres, do local onde foram inspecionados até

uma zona de reunião de mortos, exista ou não suspeita de crime, cabe ao Ministério Público e é solicitada

pelo responsável pelas forças de segurança presentes no local;

A autorização do Ministério Público para remoção de cadáveres é transmitida mediante a identificação do

elemento policial da força de segurança presente no local, dia, hora e local da remoção, conferência do

número total de cadáveres ou partes de cadáveres cuja remoção se solicita, com menção do número

identificador daqueles em relação aos quais haja suspeita de crime;

A remoção e transporte dos cadáveres são promovidos pelas forças de segurança disponíveis, apoiando-se

nas viaturas disponíveis pelos corpos de bombeiros e outras entidades competentes para o efeito. Os

cadáveres, ou partes de cadáveres, deverão encontrar-se devidamente etiquetados e acondicionados em

sacos apropriados para o efeito, também estes devidamente etiquetados;

Os cadáveres presentes em zonas de receção de mortos são posteriormente transportados (assim que

exista capacidade operacional para tal) para instalações do Instituto Nacional de Medicina Legal para

realização de autópsia médico-legal e demais procedimentos tendentes à identificação, estabelecimento

de causa de morte e subsequente destino do corpo ou partes do mesmo;

Page 133: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 58

Os cadáveres que se encontram em hospitais de campanha ou postos médicos avançados são

encaminhados para zonas de receção de mortos, desenvolvendo-se a partir daí os procedimentos já

descritos;

Para os cadáveres que se encontrem em estabelecimentos hospitalares e demais unidades de saúde, cujas

causas de morte decorram de patologias anteriores ao evento que gerou a situação de emergência,

adotam-se os procedimentos habituais de verificação do óbito e, após cumprimento das formalidades

legais internas, entrega-se o corpo à família;

Caso as vítimas sejam de nacionalidade estrangeira (ou assim se suspeite), será acionado o Serviço de

Estrangeiros e Fronteiras e a Unidade de Cooperação Internacional da Polícia Judiciária para obtenção de

dados para a identificação da mesma;

A segurança das zonas ou instalações de receção de mortos é assegurada pelas forças de segurança

presentes no concelho;

A identificação de cadáveres resulta exclusivamente de técnicas médico-legais e policiais, registadas em

formulários próprios;

A identificação das vítimas deverá ser imediatamente disponibilizada às forças de segurança do concelho as

quais procederão ao cruzamento desta informação com a lista de desaparecidos;

A CMPC é responsável por disponibilizar ao Instituto Nacional de Medicina Legal os meios por este

solicitados, como iluminação, mesas de trabalho, sacos de transporte de cadáveres pontos de água e

energia;

As necessidades de transporte de pessoas e equipamentos serão supridos pela CML, de acordo com os

meios disponíveis. Em caso de manifesta necessidade a CML recorrerá a meios privados para a

operacionalização destas ações;

Em caso de necessidade, os cadáveres poderão ser conservados em frio ou mesmo inumados

provisoriamente (se necessário em sepultura comum), assegurando-se a identificabilidade dos mesmos,

até posterior inumação ou cremação;

Em caso de necessidade, poderão ser disponibilizadas instalações no concelho para realização das

autópsias por parte do Instituto Nacional de Medicina Legal. Estes locais serão indicados pela Autoridade

de Saúde do município (que se encontra em permanente ligação com a CMPC), analisados pelos elementos

do Instituto Nacional de Medicina Legal e disponibilizada via CMPC;

As forças de segurança poderão recorrer aos Bombeiros de Loulé, Cruz Vermelha Portuguesa ou Forças

Armadas para o transporte de cadáveres.

Tabela 21 - Procedimento para os serviços mortuários

Page 134: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 59

10. Protocolos

As entidades privadas que têm protocolos com a CML com interesse e importância para a Proteção

Civil no Município são o Clube de Rádio Amadores de Loulé (RCL), os quais cooperam com as

entidades oficiais de forma a reforçar o sistema de comunicações via rádio, ou substitui-lo no caso de

inoperacionalidade e a Equipa Canina de Resgate do Algarve (ECRA).

Em situações de acidente grave, catástrofe ou o desaparecimento de seres humanos, e como os cães

são elementos de reconhecida capacidade de colaboração nas ações de busca e salvamento de

pessoas que se encontrem em perigo ou desaparecidas tanto em meio rural como urbano, contribuem

de forma decisiva neste propósito.

Page 135: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

Parte IV – Informação Complementar

Page 136: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 2

ÍNDICE

Índice de figuras .............................................................................................................................. 3

Índice de tabelas.............................................................................................................................. 4

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I

1. ORGANIZAÇÃO GERAL DA PROTECÇÃO CIVIL EM PORTUGAL ....................................................... 6

1.1. Estrutura da Proteção Civil ............................................................................................................. 7

1.2. Estrutura das Operações .............................................................................................................. 11

1.2.1. Estrutura de Coordenação Institucional ............................................................................... 11

1.2.2. Estruturas de Direção e Comando ........................................................................................ 11

2. MECANISMOS DA ESTRUTURA DE PROTEÇÃO CIVIL ................................................................... 21

2.1. Composição, Convocação e Competências Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC) ........ 21

2.2. Critérios e Âmbito para a Declaração das Situações de Alerta de Âmbito Municipal ................. 23

2.2.1. Acidente Grave ...................................................................................................................... 24

2.2.2. Catástrofe .............................................................................................................................. 24

2.3. Sistema de Monitorização, Alerta e Aviso .................................................................................... 25

2.3.1. Sistemas de Monitorização ................................................................................................... 25

2.3.2. Rede Nacional de Postos de Vigia (Incêndios Florestais) ...................................................... 27

2.3.3. Sistema de Sistema de Avisos Meteorológicos (Situações Meteorológicas Adversas) ........ 27

2.3.4. Sistemas de Alerta ................................................................................................................. 28

2.3.5. Sistemas de Aviso .................................................................................................................. 29

Page 137: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 3

1. ÍNDICE DE FIGURAS

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I

Figura 1 - Representação Esquemática da Estrutura de Proteção Civil em Portugal. ................................. 9

Figura 2 - Esquema da Articulação da Estrutura de Proteção Civil com a Estrutura das Operações. ....... 14

Figura 3 - Esquema da Organização e Comando do Teatro de Operações. ............................................... 18

Figura 4 - Sistema de Monitorização, Alerta e Aviso. ................................................................................ 26

Page 138: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 4

2. ÍNDICE DE TABELAS

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I

Tabela 1 - Competências das Diferentes Entidades, Órgãos e Serviços que Compõem a Estrutura Municipal

de Proteção Civil ........................................................................................................................................ 10

Tabela 2 - Competências das Estruturas de Coordenação Institucional de Nível Municipal..................... 13

Tabela 3 - Grau de Prontidão de Monitorização Associados aos Níveis do Estado de Alerta Especial para o

SIOPS. ......................................................................................................................................................... 19

Tabela 4 - Comissão Municipal de Proteção Civil de Loulé. ....................................................................... 23

Tabela 5 - Critérios e Âmbito para a Declaração da Situação de Alerta e Contingência ........................... 25

Tabela 6 - Cores dos Avisos Meteorológicos, Utilizados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera

(IPMA). ....................................................................................................................................................... 27

Tabela 7 - Critérios de Emissão dos Avisos Meteorológicos, utilizados pelo Instituto Português do Mar e da

Atmosfera (IPMA) para o Distrito de Faro. ................................................................................................ 28

Page 139: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 5

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I

Page 140: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 6

1. ORGANIZAÇÃO GERAL DA PROTECÇÃO CIVIL EM PORTUGAL

De acordo com a Lei de Bases da Proteção Civil (Lei nº 27/2006, de 3 de Julho, alterada pela Lei Orgânica nº

1/2011, de 30 de novembro) a Proteção Civil é definida como a atividade desenvolvida pelo Estado, Regiões

Autónomas e Autarquias Locais, pelos cidadãos e por todas as entidades públicas e privadas, tendo em

vista prevenir riscos coletivos inerentes a acidente grave ou catástrofe, de atenuar os seus efeitos e

proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo, quando aquelas situações ocorram.

A atividade da Proteção Civil tem caráter permanente, multidisciplinar e plurissectorial, cabendo a todos os

órgãos e departamentos da administração pública promover as condições indispensáveis à sua execução e

às entidades privadas assegurar a necessária cooperação.

Objetivos Fundamentais da Proteção Civil Municipal

De acordo com o nº1, do artigo 2º da Lei nº 65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações introduzidas

pelo Decreto-Lei nº 114/2011, de 30 de novembro, os objetivos fundamentais da Proteção Civil Municipal

são:

Prevenir no território municipal os riscos coletivos e a ocorrência de acidente grave ou catástrofe

dele resultante;

Atenuar na área do município os riscos coletivos e limitar os seus efeitos no caso das ocorrências

descritas na alínea anterior;

Socorrer e assistir no território municipal as pessoas e outros seres vivos em perigo e proteger bens

e valores culturais, ambientais e de elevado interesse público;

Apoiar a reposição da normalidade da vida das pessoas nas áreas do município afetadas por

acidente grave ou catástrofe.

Domínio de Atuação da Atividade da Proteção Civil Municipal

De acordo com o nº2, do artigo 2º da Lei nº 65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações introduzidas

pelo Decreto-Lei nº 114/2011, de 30 de novembro, a atividade da Proteção Civil Municipal exerce-se nos

seguintes domínios:

A atividade de proteção civil municipal exerce – se nos seguintes domínios:

Levantamento, previsão, avaliação e prevenção dos riscos coletivos do município;

Análise permanente das vulnerabilidades municipais perante situações de risco;

Informação e formação das populações do município, visando a sua sensibilização em matéria de

autoproteção e de colaboração com as autoridades;

Planeamento de soluções de emergência, visando a busca, o salvamento, a prestação de socorro e

de assistência, bem como a evacuação, alojamento e abastecimento das populações presentes no

município;

Page 141: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 7

Inventariação dos recursos e meios disponíveis e dos mais facilmente mobilizáveis, ao nível

municipal;

Estudo e divulgação de formas adequadas de proteção dos edifícios em geral, de monumentos e de

outros bens culturais, de infraestruturas, do património arquivístico, de instalações de serviços

essenciais, bem como do ambiente e dos recursos naturais existentes no município;

Previsão e planeamento de ações atinentes à eventualidade de isolamento de áreas afetadas por

riscos no território municipal.

Colaboração das Juntas de Freguesia na Atividade da Proteção Civil Municipal

De acordo com o artigo 7º e 8º da Lei nº 65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo

Decreto-Lei nº 114/2011, de 30 de novembro, as juntas de freguesia têm o dever de colaborar com os

serviços municipais de proteção civil, prestando toda a ajuda que lhes for solicitada, no âmbito das suas

atribuições e competências, próprias ou delegadas.

Em função da localização específica de determinados riscos, a comissão municipal de proteção civil pode

determinar a existência de unidades locais de proteção civil de âmbito de freguesia, a respetiva

constituição e tarefas.

1.1. Estrutura da Proteção Civil

De acordo com a Lei de bases da Proteção Civil (Lei nº 27/2006, de 3 de Julho, com as alterações

introduzidas pela Lei Orgânica n.º1, de 30 de novembro) e o Dispositivo Integrado de Operações de

Proteção e Socorro (ANPC, 2010), a Proteção Civil é constituída por três órgãos:

- Direção politica;

- Coordenação politica;

- Execução.

DIREÇÃO POLITICA

Entidades de Direção Política – entidades político-administrativas responsáveis pela prática da proteção civil, são:

Primeiro-ministro (ou Ministro da Administração Interna por delegação do Primeiro-ministro), o qual é

responsável pela política de proteção civil e a quem é incutida a responsabilidade de declarar a situação de

contingência para a totalidade ou parte do território nacional, onde poderá ser abrangido o concelho de Loulé;

Ministro da Administração Interna, ao qual compete ao Ministro da Administração Interna, no exercício de

funções de responsável distrital da política da proteção civil desencadear, na iminência ou ocorrência de

acidente grave ou catástrofe, as ações de proteção civil de prevenção, socorro, assistência e reabilitação

adequadas a cada caso;

Page 142: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 8

Presidente de Câmara Municipal, ao qual compete no âmbito de funções de responsável municipal da proteção

civil desencadear, na iminência ou na ocorrência de acidente grave ou catástrofe, as ações de proteção civil de

prevenção, socorro, assistência e reabilitação adequadas a cada caso. Compete-lhe declarar a situação de alerta

em todo ou em parte do município. É o responsável por convocar a CMPC e coordenar os trabalhos da CMPC

antes, durante e após as situações de emergência.

COORDENAÇÃO POLITICA

Órgãos de Coordenação Politica, são estruturas não permanentes às quais cabe a responsabilidade pela

coordenação da política de proteção civil, e que de acordo com a lei de Bases da Proteção Civil (Lei nº27/2006, de 3

de Julho),com as alterações introduzidas pela Lei Orgânica nº1/2011, de 30 de Novembro são:

Comissão Nacional de Proteção Civil, órgão de coordenação relativamente à proteção civil, a quem compete

apreciar as bases gerais de organização e funcionamento dos organismos e serviços que desempenham funções

de proteção civil e apreciar os planos de emergência, entre outras matérias.

Comissão Distrital de Proteção Civil, órgão Distrital responsável, pelo acionamento dos planos relativamente à

proteção civil de âmbito distrital, a quem compete acompanhar as políticas diretamente ligadas ao sistema de

proteção civil que sejam desenvolvidas por agentes públicos, entre outras matérias.

Comissão Municipal de Proteção Civil, esta comissão assume as competências previstas para as comissões

distritais de proteção civil, adaptadas à realidade do município (Ponto 2.1).

ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO

Órgãos de execução, são organismos técnico-administrativos, os quais segundo a lei de Bases da Proteção Civil (Lei

nº27/2006, de 3 de Julho), com as alterações introduzidas pela Lei Orgânica nº1/2011, de 30 de Novembro são

responsáveis pela execução da politica de proteção civil, constituídos por:

Autoridade Nacional de Proteção Civil, a qual tem por missão planear, coordenar e executar a política de

proteção civil, designadamente na prevenção e reação a acidentes graves e catástrofes, de proteção e socorro

de populações e de superintendência da atividade dos bombeiros, bem como assegurar o planeamento e

coordenação das necessidades nacionais na área do planeamento civil de emergência com vista a fazer face a

situações de crise ou de guerra.

Serviço Municipal de Proteção Civil, tem como responsabilidade a prossecução das atividades de proteção civil

no âmbito municipal, normalmente, acompanhar a elaboração do plano municipal de emergência de proteção

civil, inventariar e atualizar permanentemente os meios e recursos existentes no concelho, planear o apoio

logístico a prestar às vitimas e às forças de socorro em situações de emergência, promover campanhas de

informação e sensibilização e colaborar na elaboração e execução de exercícios e simulacros. O SMPC é dirigido

pelo Presidente da Câmara Municipal, com a faculdade de delegação no vereador por si designado.

Page 143: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 9

Figura 1 - Representação Esquemática da Estrutura de Proteção Civil em Portugal.

De modo a clarificar o papel das diferentes entidades, órgãos serviços que compõem a estrutura municipal

de proteção civil, descrevem-se as respetivas competências na Tabela 1.

ENTIDADES/

ÓRGÃOS/

SERVIÇOS

COMPETÊNCIAS

Direção

Politica

Presidente da

Câmara

Municipal

Compete ao presidente da câmara municipal no exercício de funções de responsável municipal da

política da proteção civil;

Desencadear, na iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe, as ações de proteção civil de

prevenção, socorro, assistência e reabilitação adequadas em cada caso;

Coordenar os trabalhos a serem desenvolvidos pela CMPC antes, durante e após as situações de

emergência;

Declarar a situação de alerta em todo ou em parte do território municipal;

Convocar a CMPC.

ESTRUTURA NACIONAL DE PROTEÇÃO CIVIL

COORDENAÇÃO POLITICA

EXECUÇÃO DIREÇÃO

POLITICA

Governo

CNPC ANPC

1º Ministro

Ministro da Administração

Interna

NA

CIO

NA

L D

ISTR

ITA

L

CDPC ANPC

MU

NIC

IPA

L

CMPC Presidente da câmara Municipal

SMPC

Page 144: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 10

Coordenação

Politica

Comissão

Municipal de

Proteção Civil

As competências das comissões municipais são as previstas para as comissões distritais adequadas à

realidade e dimensão do município, (ponto 2.1), relativo às competências da CMPC.

Execução

Serviço

Municipal de

Proteção civil

Assegurar o funcionamento de todos os organismos municipais de proteção civil, bem como centralizar,

tratar e divulgar toda a informação recebida relativa à proteção civil municipal;

Acompanhar a elaboração e atualizar o plano municipal de emergência e os planos especiais, quando

estes existam;

Assegurar a funcionalidade e a eficácia da estrutura do SMPC;

Inventariar e atualizar permanentemente os registos dos meios e dos recursos existentes no concelho,

com interesse para o SMPC;

Realizar estudos técnicos com vista à identificação, análise e consequências dos riscos naturais,

tecnológicos e sociais que possam afetar o município, em função da magnitude estimada e do local

previsível da sua ocorrência, promovendo a sua cartografia, de modo a prevenir, quando possível, a sua

manifestação e a avaliar e minimizar os efeitos das suas consequências previsíveis;

Manter informação atualizada sobre acidentes graves e catástrofes ocorridas no município, bem como

sobre elementos relativos às condições de ocorrência, às medidas adotadas para fazer face às

respetivas consequências e às conclusões sobre o êxito ou insucesso das ações empreendidas em cada

caso;

Planear o apoio logístico a prestar às vítimas e às forças de socorro em situação de emergência;

Levantar, organizar e gerir os centros de alojamento a acionar em situação de emergência;

Elaborar planos prévios de intervenção e preparar e propor a execução de exercícios e simulacros que

contribuam para uma atuação eficaz de todas as entidades intervenientes nas ações de proteção civil;

Estudar as questões de que vier a ser incumbido, propondo as soluções que considere mais adequadas.

Propor medidas de segurança face aos riscos inventariados;

Colaborar na elaboração e execução de treinos e simulacros;

Elaborar projetos de regulamentação de prevenção e segurança;

Realizar ações de sensibilização para questões de segurança, preparando e organizando as populações

face aos riscos e cenários previsíveis;

Promover campanhas de informação sobre medidas preventivas, dirigidas a segmentos específicos da

população alvo, ou sobre riscos específicos em cenários prováveis previamente definidos;

Fomentar o voluntariado em proteção civil;

Estudar as questões de que vier a ser incumbido, propondo as soluções que entenda mais adequadas;

Assegurar a pesquisa, análise, seleção e difusão da documentação com importância para a proteção

civil;

Divulgar a missão e estrutura do SMPC;

Recolher a informação pública emanada das comissões e gabinetes que integram o SMPC destinada à

divulgação pública relativa a medidas preventivas ou situações de catástrofe;

Promover e incentivar ações de divulgação sobre proteção civil junto dos munícipes com vista à adoção

de medidas de autoproteção;

Indicar, na iminência de acidentes graves ou catástrofes, as orientações, medidas preventivas e

procedimentos a ter pela população para fazer face à situação;

Dar seguimento a outros procedimentos, por determinação do presidente da câmara municipal ou

vereador com competências delegadas.

Tabela 1 - Competências das Diferentes Entidades, Órgãos e Serviços que Compõem a Estrutura Municipal de Proteção Civil

Page 145: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 11

1.2. Estrutura das Operações

A nível nacional as operações de proteção e socorro encontram-se enquadradas pelo decreto-Lei nº

134/2006, de 25 de Julho, que define o Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS),

com as alterações introduzidas pelo decreto-Lei nº 144/2011, de 30 de novembro e pelo Decreto-Lei nº

72/2013, de 31 de maio.

O SIOPS consiste num conjunto de estruturas, normas e procedimentos de natureza permanente e

conjuntural que asseguram que todos os agentes de proteção civil atuam, no plano operacional,

articuladamente sob um comando único, sem prejuízo da respetiva dependência hierárquica e funcional.

O SIOPS visa responder a situações de iminência de acidente grave ou catástrofe, assentando o princípio de

comando único em estruturas de coordenação institucional, onde se compatibilizam todas as instituições

necessárias para fazer face a acidentes graves ou catástrofes. Este princípio assenta também em estruturas

de comando operacional que, no âmbito das competências atribuídas à Autoridade Nacional de Proteção

Civil, agem perante a iminência ou ocorrência de acidentes graves ou catástrofes em ligação com outras

forças que dispõem de comando próprio (GNR, Forças Armadas, etc.).(Fig. 2).

1.2.1. Estrutura de Coordenação Institucional

A coordenação institucional é assegurada pela CMPC, a qual tem a responsabilidade pela gestão da

participação operacional de cada força, entidade ou serviço nas operações de socorro a desencadear.

(conforme artigo 11º, da lei nº 65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-

Lei nº 114/2011, de 30 de novembro). Também a Diretiva Operacional Nacional nº1/2010 da ANPC

(Dispositivo Integrado das Operações de Proteção e Socorro) indica que a CMPC assume para além da

coordenação política da atividade de proteção civil de nível municipal, o papel de coordenação

institucional. Por este facto, a atividade da CMPC na iminência ou ocorrência de acidente grave ou

catástrofe compreenderá também a coordenação institucional entre entidades que a compõem,

articulando-se ainda ao nível do Teatro de Operações (TO) com o Posto de Comando Operacional a nível

distrital com o Centro de Coordenação Operacional Distrital (CCOD).

1.2.2. Estruturas de Direção e Comando

Todas as instituições representadas nos centros de coordenação operacional possuem estruturas de

intervenção próprias que funcionam sob a direção ou comando previstos nas respetivas leis orgânicas.

Relativamente à ANPC, esta dispõe de uma estrutura operacional própria, que se apoia em comandos

operacionais de socorro de âmbito nacional e distrital, competindo a esta estrutura assegurar o comando

operacional das operações de socorro e ainda o comando operacional integrado de todos os corpos de

bombeiros.

Page 146: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 12

1.2.2.1. Comando Nacional de Operações e Socorro

O comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) tem como principais competências garantir a

operatividade e articulação de todos os agentes de proteção civil que integram o SIOPS, assegurar o

comando e controlo das situações que pela sua natureza ou gravidade requeiram a sua intervenção e

coordenar operacionalmente os comandos de agrupamento distrital de operações de socorro.

O Comando Nacional de Operações de Socorro, (CNOS), é constituído pelo comandante operacional

nacional, pelo 2º comandante operacional nacional e por três adjuntos de operações nacionais.

O CNOS compreende a célula operacional de planeamento, operações, monotorização e avaliação do risco

e informações, a célula operacional de logística e comunicações e a célula operacional de gestão de meios

aéreos, dirigidas por chefes de células operacionais.

1.2.2.2. Comando Distrital de Operações de Socorro

Sem prejuízo de outras competências previstas na lei, são competências do Comando Distrital de

Operações de Socorro (CDOS), no âmbito do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro

(SIOPS):

Garantir o funcionamento, a operatividade e a articulação com todos os agentes de proteção civil do

sistema de proteção e socorro no âmbito do distrito;

Assegurar o comando e controlo das situações que pela sua natureza, gravidade, extensão e meios

envolvidos ou a envolver requeiram a sua intervenção;

Mobilizar, atribuir e empregar o pessoal e os meios indispensáveis e disponíveis à execução das operações;

Assegurar a gestão dos meios aéreos a nível distrital;

Assegurar a coordenação, no respeito pela sua direção e comando próprios, de todas as entidades e

instituições empenhadas em operações de socorro;

Apoiar técnica e operacionalmente as comissões distritais de proteção civil;

Propor os dispositivos distritais, os planos de afetação de meios técnicos e humanos e as ordens de

operações.

O 2º comandante operacional distrital depende hierarquicamente do comandante operacional distrital e

exerce as competências e funções que este determinar.

O comandante operacional distrital depende hierarquicamente do comandante operacional de

agrupamento distrital, que no caso da região do Algarve é o mesmo.

1.2.2.3. Comando Municipal de Operações de Socorro

A Lei Nº 65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 114/2011 de 30

de novembro, que define o enquadramento institucional e operacional da proteção civil no âmbito

municipal, estabelece que todos os municípios deverão ter um Comandante Operacional Municipal (COM)

ao qual competirá assumir a coordenação das operações de socorro de âmbito municipal, nas situações

Page 147: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 13

previstas no plano de emergência municipal, bem como a dimensão do sinistro requeira o emprego de

meios de mais um corpo de bombeiros. Sem prejuízo da dependência hierárquica e funcional do Presidente

da Câmara, o COM mantém em permanência a ligação e articulação com o Comandante Operacional

Distrital.

Na figura seguinte (Fig. 3), representa-se esquematicamente a interligação entre a estrutura de proteção

civil e a estrutura das operações (de acordo com a Lei de Bases da Proteção Civil Lei nº 27/2006, de 3 de

julho, alterada pela Lei Orgânica nº1/2011, de 30 de novembro; a Lei nº 65/2007, de 12 de novembro, com

as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 114/2011 de 30 de novembro; o Decreto-Lei nº 134/2006, de

25 de julho), com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 114/2011, de 30 de novembro e pelo

Decreto-Lei nº 72/2013, de 31 de maio.

ÓRGÃO COMPETÊNCIAS

Comissão Municipal

de Proteção Civil

(CMPC)

Gerir a participação de cada força ou serviço nas operações de socorro (ver ponto 1 da

Parte II do PMEPCL).

Comandante

Operacional

Municipal

Assumir a coordenação das operações de socorro de âmbito municipal, nas situações

previstas no plano de emergência municipal, bem como quando a dimensão do sinistro

requeira o emprego de meios de mais de um corpo de bombeiros;

Comparecer no local do sinistro sempre que as circunstâncias o aconselhem;

Acompanhar permanentemente as operações de proteção e socorro que ocorram na

área do concelho;

Promover a elaboração dos planos prévios de intervenção com vista à articulação de

meios face a cenários previsíveis;

Promover reuniões periódicas de trabalho sobre matérias de âmbito exclusivamente

operacional, com os comandantes dos corpos de bombeiros;

Dar parecer sobre o material mais adequado à intervenção operacional no respetivo

município.

Tabela 2 - Competência da Estrutura de Coordenação Institucional de Nível Municipal (CMPC)

Page 148: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 14

Fonte: ANPC 2004

Figura 2 - Esquema da Articulação da Estrutura de Proteção Civil com a Estrutura das Operações.

1.2.2.4. Posto de Comando Municipal

Em caso de ativação do PMEPCL será criado um Posto de Comando Municipal (PCMun) o qual ficará

responsável pela gestão da resposta operacional ao acidente grave ou catástrofe, acionando todos os

meios disponíveis na área do concelho, assim como os meios de reforço que lhe forem enviados pelo

escalão distrital.

Neste sentido, a missão fundamental do PCMun será garantir uma articulação eficiente entre todas as

entidades que integram a CMPC, organismos e entidades de apoio, e assegurar uma correta ligação entre

as estruturas de comando e as várias equipas que se encontram no terreno.

A atividade do PCMun será apoiada por Equipas de Avaliação e Reconhecimento de Situação (ERAS) e

Equipas de Avaliação técnica (EAT) que terão as seguintes missões:

CNPC MAI

COMANDO OPERACIONAL (permanente)

ESTRUTURA POLITICA ESTRUTURA OPERACIONAL (SIOPS)

COORDENAÇÃO EXECUÇÃO DIREÇÃO

COORDENAÇÃO INSTITUCIONAL

(conjuntural)

Primeiro Ministro

Concelho de Ministros

AR

NA

CIO

NA

L

ANPC

CCON

CCOD

CMPC

CNOS

COM

CDOS

AGR. DISTRITAIS

DIS

TRIT

AL

MU

NIC

IPA

L

CMPC PRES CM SMPC

CDPC

Page 149: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 15

ERAS - Proceder a uma avaliação global dos cenários vividos em diferentes zonas do concelho, sendo

constituídas por elementos das Divisões da CML (Controlo de Atividades Económicas e Fiscalização,

Edifícios, Equipamentos e Energia, Saneamento Básico, Rede Viária e Transito, Ambiente, Espaços

Públicos e Transportes, Educação, Desporto e Saúde e Serviço Municipal de Proteção Civil), das

Empresas Municipais: (Infra – Quinta, Infra – Lobo, Infra – Moura e LC Global) e das Juntas de

Freguesia. As ERAS disponibilizam relatórios de situação orais ao PCMun.

Poderão ainda integrar as ERAS outros elementos considerados pelo PCMun.

EAT – Proceder a uma avaliação técnica das condições de segurança de infraestruturas (em especial edifícios), sendo as equipas constituídas por técnicos da CML.

Nota: Importa ressalvar a necessidade de rotação ao nível dos comandos dos vários agentes de proteção

civil e dos responsáveis pelo SMPC. Neste sentido, será necessário que assim que as estratégias de

intervenção se encontrem definidas e em curso (e sempre que o PCMun se encontre a operar há 18 horas),

os elementos que se encontrem no PCMun sejam rendidos por elementos de escalão hierárquico

imediatamente inferior e que permaneçam em descanso por um período nunca inferior a 8 horas.

1.2.2.5. Organização das Operações no Âmbito do PMEPCL

Sempre que aconteça um acidente no concelho a evolução do comando irá seguir o previsto no Sistema

Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS; Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de Julho, com as

alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 144/2011, de 30 de novembro e pelo Decreto-Lei nº 72/2013,

de 31 de maio), ou seja, em caso de acidente, numa primeira fase o comando das operações será

assegurado pelo Comandante das Operações de Socorro, de acordo com o previsto na Diretiva Operacional

N.º1 de 2010. Caso o acidente apresente uma complexidade que assim o exija, o COS deverá montar,

organizar e colocar em funcionamento um Posto de Comando Operacional. Em ocorrências de maior

dimensão, gravidade ou envolvendo várias organizações integrantes do SIOPS, o COS deverão constituir um

Posto de Comando Operacional Conjunto (PCOC) como evolução dinâmica de um Posto de Comando

Operacional (este será tipicamente um cenário que poderá levar à declaração de situação de alerta de

âmbito municipal).

Em caso de ativação do PMEPCL define-se que as ações de socorro serão desenvolvidas em frentes, as

quais poderão ser subdivididas em sectores, que representam áreas geográficas específicas onde se

pretende organizar as várias operações de proteção e socorro (como por exemplo o combate a incêndios) e

operações de apoio (como por exemplo desobstrução de vias, etc.).

Page 150: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 16

1.2.2.6. Posto de Comando Operacional

Quanto às ações no TO, o SIOPS define o sistema de gestão de operações, consistindo, numa organização

operacional que se desenvolve de forma modular, de acordo com a importância e o tipo de ocorrência. Por

este facto, sempre que uma força de socorro integrante do SIOPS seja acionada para uma ocorrência, o

chefe da primeira força a chegar ao local do sinistro, assume a posição de comandante da operação e

garante a construção de um sistema evolutivo de comando e controlo da operação.

Perante o descrito anteriormente, é de referir que é responsabilidade do COS a decisão do

desenvolvimento da organização (recorrer ao auxilio de outras entidades) sempre que os meios disponíveis

no ataque inicial se mostrem insuficientes. De forma a apoiar o COS na preparação das decisões e na

articulação dos meios no teatro de operações, o SIOPS institui um novo órgão designado por Posto de

Comando Operacional (PCO), tendo este as seguintes competências:

A recolha e o tratamento operacional das informações;

A preparação das ações a desenvolver;

A formulação e transmissão de ordens, diretrizes e pedidos;

O controlo da execução das ordens;

A manutenção das operacionalidades dos meios empregues;

A gestão dos meios de reserva.

Quanto ao posto de comando operacional, é composto por três células, (célula de planeamento, célula de

operações, célula de logística), sendo nomeado pelo COS um responsável por cada uma das células, que

assume a designação de oficial de planeamento, oficial de operações e oficial de logística respetivamente.

Estas células são coordenadas diretamente pelo COS, o qual é assessorado por três oficias: um adjunto para

a segurança, um adjunto para as relações públicas e outro para ligação com outras entidades. A

implantação do PCO no teatro de operações deverá ser realizada preferencialmente numa infraestrutura

ou veículo apto para o efeito.

De acordo com a Diretiva Operacional Nacional (DON) – DIOPS n.º 1, de 2010, a responsabilidade da função

do COS cabe:

Ao chefe da primeira equipa a chegar à ocorrência, independentemente do seu posto;

Ao mais graduado dos Bombeiros no teatro de operações;

Ao Comandante do Corpo de Bombeiros da área de atuação;

A um Comandante de Bombeiros designado pelo respetivo CODIS, se a situação o justificar e de

acordo com a DON n.º1, de 2010;

Page 151: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 17

A responsabilidade do comando e controlo de uma operação de proteção e socorro será do

elemento da estrutura e comando operacional distrital da ANPC, da área de jurisdição, se a

situação o justificar.

Em ocorrências de maior dimensão, gravidade ou envolvendo várias das entidades integrantes do SIOPS, o

COS deverá constituir um Posto de Comando Operacional Conjunto, como evolução de um PCO, acionando-

se nestes casos, um elemento do Serviço Municipal de Proteção Civil, técnicos ou oficiais de ligação das

várias entidades, para apoio ao COS na redefinição do plano de Acão e representantes das autarquias

locais.

Para uma maior funcionalidade e operacionalidade o sistema de gestão de operações prevê a sectorização

do teatro de operações em quatro tipos de zonas:

Zona de Sinistro (ZS) – A zona de sinistro é a superfície na qual se desenvolve a ocorrência, de

acesso restrito, onde se encontram exclusivamente os meios necessários à intervenção direta e

com missão atribuída, sob responsabilidade do COS.

Zona de Apoio (ZA) – A zona de apoio (ZA) é uma zona adjacente à ZS, de acesso condicionado,

onde se concentram os meios de apoio e logísticos estritamente necessários ao suporte dos meios

em operação e onde estacionam meios de intervenção para resposta imediata.

Zona de Concentração e Reserva (ZCR) – A zona de concentração e reserva é uma zona do teatro

de operações onde se localizam temporariamente meios e recursos disponíveis sem missão

imediata e onde se mantém o sistema de apoio logístico às forças.

Zona de Receção de Reforços (ZRR) – A zona de receção de reforços é uma zona de controlo e

apoio logístico, sob a responsabilidade do comandante operacional distrital da área onde se

desenvolve o sinistro, para onde se dirigem os meios de reforço atribuídos pelo Centro de

Coordenação Operacional Nacional (CCON) antes de atingirem a ZCR no teatro de operações.

Page 152: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 18

Figura 3 - Esquema da Organização e Comando do Teatro de Operações.

Na figura anterior (Figura 3) apresenta-se esquematicamente a articulação operacional prevista no PMEPCL

entre o Comandante das Operações de Socorro (COS), a Comissão Municipal Proteção Civil (CMPC) e o

Comandante Distrital Operações de Socorro (CODIS).

1.2.2.7. Estado de Alerta Especial para o SIOPS

A Diretiva Operacional Nacional n.º 1/ANPC/2007, de 16 de Maio, estabelece diretrizes de referência para a

ativação do estado de alerta especial para o SIOPS, aplicáveis às entidades integrantes daquele sistema. No

âmbito da monitorização e gestão do risco o SIOPS inclui dois estados de alerta:

O estado de alerta normal, que compreende a monitorização e o dispositivo de rotina, estando ativado nas

situações que não determinem o estado de alerta especial. Este estado de alerta inclui o nível verde.

O estado de alerta especial, que compreende o reforço da monitorização e o incremento do grau de

prontidão das entidades integrantes do SIOPS, com vista a intensificar as ações preparatórias para as

Responsável por

Coordena-se com

POSTO DE COMANDO OPERACIONAL

Comandante das Operações de Socorro

Célula de Planeamento

Célula de Operações

Célula de Logística

Adjunto para a segurança

Adjunto para ligação com outras

entidades

CMPC

Assessorado

TEATRO DE OPERAÇOES

ZONA DO SINISTRO

ZONA DE APOIO

ZONA DE CONCENTRAÇÃO

ZONA DE RECEPÇÃO DE REFORÇOS

COM

CDOS

Adjunto para as

relações públicas

CCOD

Page 153: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 19

tarefas de supressão ou mitigação das ocorrências, colocando meios humanos e materiais de prevenção em

relação ao período de tempo e à área geográfica em que se preveja especial incidência de condições de

risco ou emergência. Este estado de alerta inclui os níveis azuis, amarelo, laranja e vermelho, progressivos

conforme a gravidade da situação e o grau de prontidão que esta exige.

A ativação do estado de alerta especial para o SIOPS, baseia-se numa matriz de risco, a qual é baseada no

grau de gravidade e no grau de probabilidade associados ao evento. O grau de prontidão e de mobilização

dos meios e recursos das entidades integrantes do sistema é determinado de acordo com o nível de estado

de alerta especial decretado (Tabela 3), sem prejuízo do definido em cada plano e ou diretiva da ANPC para

cada situação em concreto, incluindo os meios e recursos de 1ª intervenção/ataque inicial. O grau de

prontidão e de mobilização é apenas aplicável aos meios e recursos a envolver no reforço em cada tipo de

ocorrência ou risco, tendo em consideração a área geográfica e territorial abrangida.

NÍVEL DO ESTADO DE ALERTA ESPECIAL

GRAU DE PRONTIDÃO GRAU DE MOBILIZAÇÃO

(%)

VERMELHO Até 12 horas 100

LARANJA Até 6 horas 50

AMARELO Até 2 horas 25

AZUL Imediato 10

Tabela 3 - Grau de Prontidão de Monitorização Associados aos Níveis do Estado de Alerta Especial para o SIOPS.

Conforme o constante na Diretiva Operacional Nacional n.º 1/2007, de 16 de Maio, a declaração e/ou

cancelamento da ativação do estado de alerta especial para o SIOPS:

É da competência do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON);

Pode ser determinada com aplicação geral a todo o território nacional, região, área ou local;

O presidente da ANPC pode alterar o nível do estado de alerta especial;

O comandante operacional nacional pode, em situações de reconhecida urgência e gravidade,

alterar o nível do estado de alerta especial para o SIOPS, sujeito a posterior e oportuna ratificação

do presidente da ANPC;

Compete ao Comando Nacional de Operações de Socorro da ANPC a transmissão das ordens de

declaração/cancelamento/alteração.

As diferentes entidades integrantes do SIOPS estabelecem, através de regulamentação interna, as medidas

sectoriais a implementar em cada nível, harmonizadas com o estado de alerta especial para o SIOPS.

Page 154: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 20

Quanto aos diferentes estados de alerta do SIOPS, estes assumem grande relevância para o PMEPCL, uma

vez que:

Permitem o alerta a parte das entidades que operam a nível municipal (agentes de proteção civil e

CML) nas situações em que o CCON preveja a possibilidade de virem a ocorrer perturbações no

normal funcionamento do concelho;

Permite que automaticamente os agentes de proteção civil do concelho se encontrem em estado

de prontidão nas situações em que o CCON preveja ou em que se tenha verificado a ocorrência

perturbações no normal funcionamento do concelho;

Garante que em caso de necessidade de ativação de meios supramunicipais, os mesmos sejam

rapidamente disponibilizados pelas entidades coordenadas ao nível do CDOS/CCOD, uma vez que já

se encontravam (em parte ou totalmente) em estado de prontidão.

Page 155: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 21

2. MECANISMOS DA ESTRUTURA DE PROTEÇÃO CIVIL

Com o objetivo de garantir a operacionalidade e coordenação dos agentes de proteção civil, essenciais para

uma resposta rápida e eficiente em situações de acidente grave ou catástrofe, e uma efetiva prevenção de

riscos, a Lei de Bases da Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho) com as alterações introduzidas pela

Lei Orgânica nº1/2011, de 30 de Novembro, prevê a criação de Comissões Municipais de Proteção Civil

(CMPC). Em caso de emergência, ou na sua iminência, compete à CMPC ativar o respetivo Plano de

Emergência que compreende, entre outros elementos, a estrutura organizacional dos diferentes agentes de

proteção civil.

De acordo com a Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei

114/2011 de 30 de novembro, que define o enquadramento institucional e operacional da proteção civil no

âmbito municipal, em cada município existe uma CMPC, organismo que assegura que todas as entidades e

instituições de âmbito municipal imprescindíveis às operações de proteção e socorro, emergência e

assistência previsíveis ou decorrentes de acidente grave ou catástrofe se articulam entre si, garantindo os

meios considerados adequados à gestão da ocorrência em cada caso concreto.

Com a constituição da CMPC garante-se, portanto, a articulação das entidades e instituições de âmbito

municipal imprescindíveis às operações de proteção e socorro, emergência e assistência previsíveis ou

decorrentes de acidente grave ou catástrofe, promovendo-se uma ação concertada ao nível do município e

integrando-se diferentes competências, experiências e conhecimentos, garantindo os meios considerados

mais adequados à gestão e resposta para cada ocorrência.

À CMPC caberá estabelecer um circuito de comunicação entre as diferentes entidades que a compõem, de

forma a tornar eficiente a partilha de informação e operacionalização das ações a realizar. As entidades que

fazem parte da CMPC devem também estabelecer entre si relações de colaboração institucional, no sentido

de aumentar a eficácia e efetividade das medidas tomadas em casos de emergência.

2.1. Composição, Convocação e Competências Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC)

Na Tabela 4 apresentamos a CMPC de Loulé, a sua composição e as suas competências.

COMISSÃO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO CIVIL DE LOULÉ

DESCRIÇÃO Entidades / competências

CONVOCAÇÃO Presidente da Câmara Municipal de Loulé

REUNIÃO

E

MODO

DE CONVOCAÇÃO

O funcionamento da CMPC passará pela definição das responsabilidades de cada uma das entidades e

instituições de âmbito Municipal que a compõe, e necessariamente, pela realização frequente de reuniões

que permitam àquelas entidades acompanhar de perto o evoluir das operações e definir estratégias

conjuntas de ação.

A realização de reuniões possibilita ainda a responsabilização perante a CMPC de cada uma das entidades

Page 156: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 22

que têm a seu cargo ações definidas no PMEPCL, assim como a apresentação e discussão de propostas.

Neste sentido, dada a importância que apresenta a criação de condições que permitam a comunicação

regular entre as entidades com responsabilidades nas operações de proteção e socorro, emergência e

assistência previsíveis ou decorrentes de acidente grave ou catástrofe definiu-se que a CMPC de Loulé

(restrita), reunirá ordinariamente uma vez por semestre, por convocação do Presidente da CML de modo a

garantir o acompanhamento da execução das ações previstas no PMEPCL, bem como a sua monitorização

e definição de estratégias de proteção civil a implementar no concelho.

A convocação dos membros e participantes será realizada através de ofício a remeter via postal com a

antecedência mínima de 10 dias (exceto em situações de manifesta urgência).

A ordem de trabalhos pode incluir outros os assuntos da competência da CMPC, podendo ser indicados

por outros membros, mediante comunicação por escrito a apresentar ao presidente antes de este

convocar a reunião.

A CMPC poderá reunir-se extraordinariamente por convocação:

Do Presidente da Câmara Municipal (ou pelo Vice Presidente caso, se encontre impossibilitado

de exercer as suas funções), como autoridade municipal de proteção civil, em situações de

declaração de alerta, contingência ou calamidade, e/ou outras situações que pelo seu risco

expectável entenda ser prudente adotar medidas extraordinárias;

Por maioria qualificada dos elementos que a constituem.

O modo de convocação extraordinário da CMPC associada à declaração da situação de alerta de âmbito

municipal ou de ativação do PMEPCL será realizado através de envio de SMS ou por contacto via telefónica

(Rede Fixa ou Móvel). A responsabilidade será do Presidente da Camara Municipal de Loulé.

Os elementos da CMPC serão informados no prazo máximo de 3 horas após o acidente grave ou

catástrofe, ou outras ocorrências que, pela sua dimensão ou consequência, justifiquem uma eventual

convocação da CMPC. Findo esse prazo, na ausência de qualquer contacto, deverão os elementos da CMPC

dirigir-se ao local de funcionamento da respetiva Comissão

Nota: A CMPC delibera com a presença da maioria dos seus membros, exceto se for convocada com

caracter de urgência.

COMPOSIÇÃO

O número 3, do artigo 3º, da Lei nº 65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo

Decreto-Lei 114/2011 de 30 de novembro, define que em cada município existe uma comissão municipal

de proteção civil (CMPC), organismo que assegura que todas as entidades e instituições de âmbito

municipal imprescindíveis às operações de proteção e socorro, emergência e assistência previsíveis ou

decorrentes de acidente grave ou catástrofe se articulam entre si, garantindo os meios considerados

adequados à gestão da ocorrência em cada caso concreto. Integram a comissão municipal de proteção civil

de Loulé os seguintes elementos:

Presidente da Câmara Municipal de Loulé que preside;

Vice-Presidente com o pelouro da Proteção Civil;

Comandante Operacional Municipal (COM);

Um elemento do comando do corpo de Bombeiros de Loulé (BL);

Page 157: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 23

Representante do Gabinete de Eventos, Comunicação e Imagem (GECI);

Chefe de Divisão de Proteção Civil e de Vigilância;

Autoridade Marítima Local (AML);

Guarda Nacional Republicana (GNR);

Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF);

Autoridade de Saúde do Município (AS);

Cruz Vermelha Portuguesa (CVP);

Diretor Executivo do Aces Central;

Diretor do Hospital Central de Faro;

Representante dos Serviços de Segurança Social e Solidariedade;

Representante das Forças Armadas;

Presidente de Junta em representação das Juntas de Freguesia.

COMPETÊNCIAS

O número 3, do artigo 3º, da Lei nº 65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo

Decreto-Lei 114/2011 de 30 de novembro, define como competências da CMPC as atribuídas por lei às

Comissões Distritais de Proteção Civil (CDPC) que se revelem adequadas à realidade e dimensão do

município, designadamente as seguintes:

Acionar a elaboração do PMEPCL, acompanhar a sua execução e remetê-lo para aprovação pela

Comissão Nacional de Proteção Civil;

Acompanhar as políticas diretamente ligadas ao sistema de proteção civil que sejam desenvolvidas

por agentes públicos;

Determinar o acionamento do Plano Municipal de Emergência quando tal o justificar;

Garantir que as entidades e instituições que integram a CMPC acionam, ao nível municipal, no âmbito

da sua estrutura orgânica e das suas atribuições, os meios necessários ao desenvolvimento das ações

de proteção civil;

Gerir a participação operacional de cada força ou serviço nas operações de socorro a desencadear;

Difundir comunicados e avisos às populações, às entidades e instituições, incluindo os OCS.

LOCAL DAS

REUNIÕES DA

CMPC

As terão lugar no Edifício Eng.º Duarte Pacheco (Sala da Assembleia Municipal) ou no Salão Nobre do

Edifício Paços do Concelho, em caso de emergência ou impedimento dos mesmos, o local alternativo será

no Quartel de Bombeiros de Loulé (Salão Nobre), em virtude do gerador existente no mesmo.

SECRETARIADO

DA CMPC

De acordo com o nº 1, do artigo 10º, da Lei nº 65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações

introduzidas pelo Decreto-Lei 114/2011 de 30 de novembro, compete ao SMPC assegurar o

funcionamento dos organismos municipais de proteção civil, logo:

Compete ao SMPC assegurar o funcionamento e o secretariado da CMPC.

Tabela 4 - Comissão Municipal de Proteção Civil de Loulé.

2.2. Critérios e Âmbito para a Declaração das Situações de Alerta de Âmbito Municipal

As declarações de situações de alerta, contingência ou calamidade são mecanismos à disposição das

autoridades políticas de proteção civil para potenciar a adoção de medidas preventivas ou reativas a

desencadear na iminência ou ocorrência de um acidente grave ou catástrofe. Tal declaração é realizada de

acordo com a natureza dos acontecimentos a prevenir ou enfrentar e a gravidade e extensão dos seus

Page 158: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 24

efeitos atuais ou potenciais. Relativamente aos fenómenos que podem proporcionar a declaração de

situação de alerta são:

Acidente Grave

É um acontecimento inusitado com efeitos relativamente limitados no tempo e no espaço, suscetível de

atingir as pessoas e outros seres vivos, os bens ou o ambiente.

Catástrofe

É o acidente grave ou a série de acidentes graves suscetíveis de provocarem elevados prejuízos materiais e,

eventualmente, vítimas, afetando intensamente as condições de vida e o tecido socioeconómico em áreas

ou na totalidade do território nacional.

Quanto aos critérios e ao âmbito em que ocorre a declaração da situação de alerta (que leva ao

acionamento do PMEPCL), encontram-se definidas na Lei de Bases da proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3

de Julho, alterada pela Lei Orgânica 1/2011, de 30 de novembro) e são apresentados na Tabela 5.

Ainda em relação à declaração de situação de alerta de âmbito municipal não implica por si só a

necessidade de ativação do PMEPCL, bem como a situação inversa. Isto é, a ativação do PMEPCL não leva à

obrigatoriedade de se proceder à declaração da situação de alerta municipal por parte do Presidente da

Câmara Municipal de Loulé. As situações que poderão justificar a declaração de situação de alerta de

âmbito municipal ou a ativação do PMEPCL têm por base a probabilidade de ocorrência de situação de

emergência e o dano (material e humano) esperado ou verificado. A cadeia de decisão encontra-se

tipificada no Ponto 7.2 da Parte I do PMEPCL.

DESCRIÇÃO DECLARAÇÃO ALERTA (art.º 13º, da Lei nº27/2006)

Quando se declara

Face à ocorrência ou iminência de ocorrência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a

necessidade de adotar medidas preventivas e ou medidas especiais de reação no Município ou em parte

deste.

A declaração será realizada tendo em conta com a especificidade dos acontecimentos, a gravidade e a

extensão dos seus efeitos atuais ou esperados.

A declaração de alerta de âmbito municipal não determina por si só a ativação do PMEPCL. Também a

ativação do PMEPCL, não implica necessariamente a obrigatoriedade de se proceder à declaração da

situação de alerta por parte do Presidente da Câmara Municipal de Loulé, mas se o PMEPCL foi ativado,

parece uma boa conduta que após essa ativação surja uma declaração prévia de alerta de âmbito

municipal.

A necessidade ou não da declaração da situação de alerta de âmbito municipal dependerá da

probabilidade do acidente grave ou catástrofe ocorrer, assim como a gravidade esperada dessa ocorrência

(danos materiais e humanos).

Page 159: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 25

Quem tem

competência para

declarar

Presidente da Câmara Municipal de Loulé

(alerta de âmbito municipal)

Comandante Operacional Distrital

(no todo ou em parte do seu âmbito territorial de competência, precedida da audição, sempre que

possível, dos presidentes das câmaras municipais dos municípios abrangidos)

Ministro da Administração Interna

O que deve

mencionar o ato de

declaração

Para além das medidas especialmente determinadas pela natureza da ocorrência que originou o evento,

a declaração da situação de alerta dispõe expressamente sobre:

O âmbito temporal e territorial;

A estrutura de coordenação e controlo dos meios e recursos a disponibilizar.

Que outros

procedimentos

devem ser

seguidos

A obrigatoriedade da convocação da CMPC;

O estabelecimento dos procedimentos adequados à coordenação técnica e operacional dos serviços

e agentes de proteção civil, bem como dos recursos a utilizar;

O estabelecimento das orientações relativas aos procedimentos de coordenação da intervenção das

forças e serviços de segurança;

A adoção de medidas preventivas adequadas à ocorrência

A obrigação especial de colaboração dos meios de comunicação social, em particular das rádios e das

televisões, assim como a estrutura de coordenação e controlo dos meios e recursos a disponibilizar,

visando a divulgação das informações relevantes relativas à situação;

Tabela 5 - Critérios e Âmbito para a Declaração da Situação de Alerta.

2.3. Sistema de Monitorização, Alerta e Aviso

Os sistemas de monitorização visam uma eficaz vigilância, um rápido alerta aos agentes de Proteção Civil e

entidades envolvidas no PMEPCL e um adequado aviso à população, de modo a garantir que, na iminência

ou ocorrência de um acidente grave ou catástrofe, as entidades intervenientes no plano como as

populações vulneráveis tenham a capacidade de agir de modo a salvaguardar as vidas e a proteção dos

bens.

2.3.1. Sistemas de Monitorização

Os sistemas de monitorização são compostos por um conjunto organizado de recursos humanos e de meios

técnicos, que permitem a observação, medição e avaliação contínua do desenvolvimento de um processo

ou fenómeno, visando garantir respostas adequadas e oportunas. Os sistemas de monitorização em uso

são diferentes conforme as tipologias de risco.

Para a monotorização da situação da tipologia dos riscos no município, os sistemas externos utilizados são:

Sistema de avisos meteorológicos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera;

Sistema de Vigilância e Alerta de Recursos hídricos do Instituto da Água;

Rede Nacional de Alerta de Radio atividade no Ambiente, da Agencia Portuguesa do Ambiente;

Índice Ícaro.

Page 160: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 26

O SMPC de Loulé recebe frequentemente comunicados operacionais do CDOS de Faro com estes conteúdos

de informação relevante.

A nível municipal a monitorização relacionada com a Defesa da Floresta Contra Incêndios (DFCI) existe uma

Equipa Municipal de Intervenção Florestal (EMIF), Equipa de Voluntariado Jovem - Vigilantes Florestais e 2

postos de vigia, coordenados pela GNR, não existindo nenhum outro sistema de monitorização específico

para outros riscos.

Figura 4 - Sistema de Monitorização, Alerta e Aviso.

Para além da informação disponibilizada pelos sistemas atrás referidos, o SMPC recolhe informação

complementar no terreno, tendo como principal objetivo aferir a situação à escala do concelho. O

desencadeamento dos procedimentos de emergência e alerta aos agentes de proteção civil, organismos e

entidades de apoio do concelho, está dependente da informação recolhida pelo SMPC no terreno e na

informação difundida pelo CDOS de Faro (Ponto 2.3.2 - Sistemas de alerta).

Page 161: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 27

2.3.2. Rede Nacional de Postos de Vigia (Incêndios Florestais)

De acordo com o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) de Loulé, no concelho

existem dois postos de vigia pertencentes à Rede Nacional de postos de vigia (RNPV): posto de vigia do

Malhão, posicionado no sítio do Malhão freguesia de Salir, que pela sua localização tem uma excelente

visibilidade, e o posto de vigia do Zebro, também situado na freguesia de Salir.

2.3.3. Sistema de Sistema de Avisos Meteorológicos (Situações Meteorológicas Adversas)

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) mantém e desenvolve sistemas de monitorização,

informação e vigilância meteorológica, sismológica e da composição da atmosfera, relativas a situações

meteorológicas adversas, através do Sistema de Avisos Meteorológicos, possuindo a exclusividade de

emissão de avisos de mau tempo de carácter meteorológico às entidades públicas e privadas. Dispondo de

uma rede de estações meteorológicas e de postos udométricos distribuídos pelo país, procedendo à

monitorização climatológica, nomeadamente, vento, precipitação, queda de neve, trovoada, frio, calor e

nevoeiro.

Ao IPMA compete assegurar a vigilância meteorológica, através do respetivo sistema de monitorização, e

emitir avisos meteorológicos sempre que se preveja ou se observe a ocorrência de fenómenos

meteorológicos adversos. O sistema de avisos meteorológicos tem por objetivo avisar a ANPC, a Direcção-

Geral da saúde e a população em geral para a ocorrência de situações meteorológicas de risco, que nas

próximas 24 horas possam causar danos ou prejuízos a diferentes níveis, dependendo da sua intensidade.

Os avisos são emitidos à escala distrital para diferentes parâmetros meteorológicos, segundo uma tabela

de cores, que reflete o grau de intensidade do fenómeno.

As cores dos avisos meteorológicos devem ser interpretadas conforme as seguintes considerações:

COR DO AVISO CONSIDERAÇÕES

Verde Não se prevê nenhuma situação meteorológica de risco.

Amarelo Situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

Acompanhar a evolução das condições meteorológicas.

Laranja Situação meteorológica de risco moderado a elevado. Manter-se ao corrente da evolução das

condições meteorológicas e seguir as orientações da ANPC.

Vermelho Situação meteorológica de risco extremo. Manter-se regularmente ao corrente da evolução das

condições meteorológicas e seguir as orientações da ANPC.

Fonte: IPMA

Tabela 6 - Cores dos Avisos Meteorológicos, Utilizados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Page 162: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 28

Tendo em conta as diferentes as diferentes características dos fenómenos meteorológicos, incidência e

efeitos causados, foram estabelecidos critérios de emissão para cada situação, conforme se apresenta na

seguinte tabela:

VARIÁVEL CLIMÁTICA

PARÂMETRO AVISO METEOROLÓGICO

UNIDADES NOTAS AMARELO LARANJA VERMELHO

VENTO

Velocidade média do vento

50 - 70 70 - 90 > 90 km/h

Rajada máxima do vento

70 - 90 90 - 130 > 130 km/h

PRECIPITAÇÃO

Chuva/ Aguaceiros 10 - 20 20 - 40 > 40 mm/1h Milímetros

numa hora Chuva/

Aguaceiros 30 - 40 40 - 60 > 60 mm/6 h Milímetros em 6 horas

TROVOADA

Descargas elétricas

Frequentes e dispersas

Frequentes e concentradas

Muito frequentes e

excessivamente concentradas

NEVOEIRO

Visibilidade *≥ 48h *≥ 72h *≥ 96h *duração

TEMPO QUENTE

Temperatura máxima

33 a 37 38 a 41 > 41 ºC

Duração ≥ 48 horas

TEMPO FRIO

Temperatura mínima

4a1 0 a -1 < -1 ºC

Duração ≥ 48 horas

AGITAÇÃO MARÍTIMA

Altura significativa das

Ondas 2-3 3-5 >5 m

Com Ondulação de Sueste na costa Sul do

Algarve

Tabela 7 - Critérios de Emissão dos Avisos Meteorológicos, utilizados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA)

para o Distrito de Faro.

Relativamente ao Índice Meteorológico de Risco de Incendio, o IPMA utiliza o sistema canadiano FWI ( Fire Weather

Index). O índice final FWI é distribuído segundo a escala distrital de risco de incendio por um conjunto de cinco classes

de risco: Reduzido, Moderado, Elevado, Muito Elevado e Máximo.

2.3.4. Sistemas de Alerta

As Autoridades, Organismos e Entidades de apoio são notificados face aos dados disponibilizados pelos

sistemas de monitorização com procedimentos específicos, sendo a prioridade do alerta efetuado

consoante o nível da situação, na iminência ou ocorrência de acontecimentos suscetíveis de provocar

danos em pessoas, bens e no ambiente.

Atualmente a CML como não tem um sistema de monitorização próprio, a difusão de alertas baseia-se na

informação recolhida pelo SMPC e em comunicados difundidos pelo CDOS de Faro (sistema de alerta do

SIOPS).

Assim, sempre que o SMPC recolha informação no terreno ou receba um comunicado de alerta do CDOS,

que possa justificar a declaração de alerta de âmbito municipal ou a ativação do PMEPCL, o SMPC procede

à sua divulgação junto dos agentes de proteção civil do concelho e caso seja ou se considere necessário,

tendo em conta a situação de emergência, junto das entidades de apoio implementadas no concelho.

Page 163: MUNICIPIO DE LOULÉ - cms.cm-loule.ptcms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/files/Agenda... · PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para

___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé

PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 29

Apesar do sistema de alerta do SIOPS compreender a notificação por parte do CDOS aos agentes de

proteção civil do concelho, é entendimento da CMPC, contactar igualmente estas entidades, de modo a dar

início à necessária articulação entre entidades.

A notificação basear-se-á num sistema redundante, isto é, deverá ser emitido através de diferentes meios

de difusão (SMS, Telefone, fax, comunicados e estafetas), de modo a garantir a comunicação.

2.3.5. Sistemas de Aviso

Os avisos à população referem-se a procedimentos de aviso e a mecanismos de informação e formação,

com vista à sensibilização em matéria de autoproteção das populações e de colaboração com as

autoridades.

A população será informada, também de forma redundante através dos OCS, e avisos sonoros difundidos

por altifalantes dos veículos dos agentes de proteção civil.

Estes avisos à população são efetuados em duas fases distintas:

SISTEMA DE AVISO

Fase Pré-Emergência

Os avisos devem ser emitidos com o intuito de promover e implementar uma maior cultura de segurança na

comunidade. Tendo como principal objetivo a sensibilização e formação conducente à adoção de medidas de

autoproteção e colaboração com as autoridades.

Neste âmbito serão realizadas campanhas de sensibilização à população em geral, comunidade escolar e sénior,

distribuição de material pedagógico (publicações, folhetos, cartazes, sitio da internet).

Fase Emergência

A população será informada conforme consta no ponto 4 da Parte III (Gestão da Informação) deste plano. Nesta

fase a informação a divulgar foca-se sobre: As zonas potencialmente afetadas, itinerários de evacuação, a

localização de zonas de concentração local e os locais de abrigo temporário para onde se devem dirigir e o que

devem levar consigo e as medidas de auto proteção que devem seguir.

Os avisos a utilizar nesta fase deverão ser de forma redundante de modo a alcançar o maior número de pessoas

possível, nomeadamente:

Uso de sistema sonoro das viaturas dos Agentes de Proteção Civil;

Comunicados escritos à população;

Órgãos de Comunicação Social (Rádios, Jornais, Tv);

Sítio da internet da CML.