MUSCULAÇÃO DO INICIANTE AO AVANÇADO MOD. II

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    Curso

    MUSCULAO: DO INICIANTE AOAVANADO.

    MDULO II

    Ateno: O material deste mdulo est disponvel apenas como parmetro de estudos paraeste Programa de Educao Continuada. proibida qualquer forma de comercializao domesmo. Os crditos do contedo aqui contido so dados aos seus respectivos autoresdescritos na Bibliografia Consultada.

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    MDULO II

    5. FORA MUSCULAR E SUAS SUBDIVISES

    Segundo Kraemer e Hakkinen (2004), fora muscular pode ser definida

    como quantidade de tenso que um msculo ou grupamento muscular pode gerar

    dentro de um padro especfico e com determinada velocidade de movimento.

    Existem diversos tipos de fora subdivises nomenclaturas o que muitas

    vezes leva a uma grande confuso a este respeito. Portanto, vamos trabalhar com

    os tipos de fora mais utilizadas em sala de musculao que so: fora mxima oupura, fora rpida ou explosiva e fora de resistncia.

    Fora Pura ou Fora mxima: de acordo com (Nett, 1970; apud Barbanti,

    1979), " a maior fora muscular possvel que um atleta pode desenvolver,

    independente de seu peso corporal". Segundo Weineck (1999), a fora mxima

    representa a maior fora disponvel, que o sistema neuromuscular pode mobilizar

    atravs de uma contrao mxima voluntria.

    Fora rpida (explosiva): tambm conhecida como potncia. SegundoWeineck (1999), compreende a capacidade do sistema neuromuscular de

    movimentar o corpo ou parte do corpo (braos, pernas) ou ainda objetos (bola,

    pesos, esferas, discos, etc.) com uma velocidade mxima.

    Movimentos com fora rpida so programados, ou seja, so processados

    atravs do sistema nervoso central, o termo utilizado para manifestaes da fora

    que envolve grande velocidade de contrao. Esta forma de manifestao de fora

    muito utilizada em atividades que tm por objetivo desenvolver altos graus de foracom elevada velocidade de movimentos, como por exemplo, em atletas velocistas,

    lanadores e arremessadores.

    Fora de Resistncia: para (Stubler e colaboradores, apud Barbanti, 1979)

    a capacidade que os msculos ou grupos musculares tm para resistir contra o

    cansao com repetidas contraes dos msculos. (Harre, 1976; apud Weineck,

    1999) define a resistncia de fora como a capacidade de resistncia a fadiga em

    condies de desempenho prolongado de fora.

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    Esta forma de manifestao de fora requerida nas atividades do dia-a-dia,

    principalmente para os indivduos que tm em sua atividade profissional a repetio

    sistemtica de movimentos. Outra aplicao da fora de resistncia encontrada

    nas atividades desportivas que tm por objetivo manter esforos contnuos durante

    perodos de tempo prolongados.

    IMPORTANTE. O Treinamento Resistido com Pesos na Forma

    Dinmica tambm conhecido como Treinamento Contra Resistncia

    Dinmica.

    6. COMPORTAMENTO DA FORA MUSCULAR NAS DIVERSAS

    POPULAES

    6.1 Diferenciao da Fora Muscular em Relao a Homens e Mulheres.

    Quando a fora muscular considerada em escores absolutos, em geral oshomens so mais fortes que as mulheres. Essa caracterizao sexual da fora

    muscular verdadeira, independentemente do dispositivo usado para medi-la

    (McArdle e colaboradores, 1998). No entanto, o percentual superior verificado nos

    homens manifesta-se de forma diferenciada quando so considerados distintos

    grupamentos musculares. Dados apresentados por (Hollmann e Hettinger 1983),

    relatam que em mdia, a fora da mulher equivale aproximadamente a cerca de 70%

    da apresentada pelos homens, em todos os grupamentos musculares.Um fator que contribui para a diferena na fora de homens e mulheres

    relaciona-se com a rea de seo transversa do msculo, geralmente menor nas

    mulheres. Entretanto, Holloway e Baech (1990) destacam que o tecido muscular

    feminino, unidade por unidade, no difere em potencial de fora do tecido muscular

    masculino. Conclui-se que a quantidade e localizao do tecido muscular so

    importantes determinantes da fora absoluta, quando se comparam homens e

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    mulheres. Isto explica em parte, algumas das diferenas de fora encontradas entre

    os sexos, nos diversos segmentos corporais (Monteiro, 1997).

    Tem sido observado que esta diferena diminui quando comparado tanto a

    fora absoluta como relativa em membros inferiores. Provavelmente um dos motivos

    seja ao fato da treinabilidade. Neste contexto comum vermos as mulheres se

    dedicarem mais ao treinamento dos segmentos inferiores do corpo, o que

    provavelmente leva a uma melhora tanto dos fatores neurais como hipertrficos,

    ocasionando esta reduo nos escores obtidos nos testes de fora entre os dois

    gneros.

    A fora relativa tem sido comumente expressa em relao ao peso corporale massa corporal magra, em homens e mulheres.

    0'Shea & Wegner (1981), observaram que as mulheres eram mais fracas em

    1RM no exerccio de rosca bceps e agachamento do que os homens, tanto em fora

    absoluta quanto relativa ao peso corporal, antes e depois de nove semanas de

    treinamento contra resistncia.

    Dados idnticos foram verificados por (Morrow e Hosler 1981, apud Monteiro

    1997) comparando jogadoras de basquete e voleibol, com homens destreinados.Achados distintos foram relatados por (Bond e colaboradores 1985 apud Monteiro

    1997), tambm em estudo comparativo, utilizando mulheres fisiculturistas e homens

    destreinados. Neste caso, foi evidenciado que as fisiculturistas eram mais fracas em

    fora absoluta nos membros superiores, porm iguais na fora absoluta nos

    membros inferiores. Porm, no havia diferena significativa entre os sexos, para a

    fora relativa, quando expressa em funo do peso corporal. Possivelmente, esta

    diferena em relao aos estudos apresentados anteriormente pode ser atribuda ssolicitaes dirias de esforos exigidos no treinamento de fisiculturistas, que

    diferenciam esta populao das demais, principalmente no que tange massa

    corporal magra (Monteiro, 1997).

    Segundo Anderson e colaboradores (1989), quando a fora expressa por

    quilograma de massa corporal, as diferenas entre os sexos so reduzidas, podendo

    ainda no haver nenhuma diferena no caso da fora de pernas. Dados que

    confirmam esta premissa foram verificados por Wilmore (1974), medindo a fora

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    relativa massa corporal magra. Este autor constatou que os homens possuam

    maior fora nos membros superiores, porm valores semelhantes em membros

    inferiores, quando comparados com mulheres. Tal achado, combinado com a

    observao de que a fora por unidade de rea transversa similar em homens e

    mulheres, sugere que a diferena sexual da fora est relacionada quantidade e

    no qualidade do tecido muscular (Sale, 1991).

    Quando se criam escores de relao entre a fora muscular e algumas

    dimenses corporais, de fato a diferena entre homens e mulheres tende a diminuir.

    Heyward e colaboradores (1986), conduzindo um estudo neste sentido, verificaram

    que as diferenas sexuais eram minimizadas quando expressas em relao massacorporal magra, distribuio da massa muscular e gordura subcutnea, nos

    segmentos superiores e inferiores do corpo. Apesar de esta investigao ter sido

    realizada com sujeitos fisicamente ativos, acredita-se que seus resultados possam

    ser generalizados, pois na caracterizao da amostra, no foi evidenciada nenhuma

    prtica de atividade envolvendo trabalho excessivo de fora. O que tenderia a gerar

    um problema de ordem metodolgica quanto validade externa do estudo

    (Monteiro, 1997).

    6.2 Comportamento da Fora em Crianas e Adolescentes

    Segundo Simo (2004), o treinamento de fora, musculao para crianas e

    adolescentes vem ganhando aceitabilidade nos ltimos anos, embora ainda no seja

    unnime esta forma de treinamento por parte de alguns professores de educao

    fsica e mdicos.Segundo Naughton (2000), o atleta antes de ganhar velocidade, ser bom no

    arremesso, de chutar uma bola, este precisa ser forte, portanto estes fatores

    mostram a importncia do treinamento resistido com pesos para evitar possveis

    leses para praticantes de modalidades esportivas.

    Um dos argumentos por parte de profissionais que so contrrios ao

    treinamento de fora/musculao nessa faixa etria, que esta forma de

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    crianas em fase pr-puberal e puberal os ganhos de fora so decorrentes de

    fatores neurais e no hipertrficos Simo e colaboradores (2001).

    Evidncias cientficas apontam que, em virtude de um sistema hormonal em

    desenvolvimento, limitando as possibilidades de sntese protica para hipertrofia

    muscular, os ganhos de fora em crianas na fase pr-puberal e puberal so obtidos

    principalmente devido ao aprimoramento do componente neural (Weltman e

    colaboradores, 1986; Blinkie e colaboradores, 1989; Ozmun e colaboradores, 1994;

    Blinkie e Bar-Or, 1996; Stringer e colaboradores, 1998).

    J com a chegada da puberdade, inicia-se um perodo de franca

    diferenciao da fora em favor do sexo masculino, devido ao andrognica datestosterona (Oliveira e Arajo, 1985; Beunen e Malina, 1988, Farinatti, 1995,

    Froberg e Lammert, 1996). J para o sexo feminino, o pico de fora seria constatado

    logo aps a puberdade, sem ganho significativo a partir da (Malina e Bouchard,

    1991).

    6.4 Manifestao da Fora em Indiv duos Adultos e da Terceira Idade

    Montoye e Lamphier (1977) relatam que nos indivduos do sexo masculino, o

    pico da razo entre massa corporal e fora ocorre no incio dos vinte anos. Em

    contraste, a razo da massa corporal com a fora em mulheres pode ter seu pico

    antes da puberdade.

    Fisher e Birren (1947) colocam que o pico de fora absoluta em homens e

    mulheres destreinados ocorre em torno dos vinte e cinco anos, decrescendo

    gradualmente, de modo que aos sessenta e cinco anos, 80% do pico de fora aindaso mantido. Dados semelhantes foram relatados por Berger (1982), reiterando que

    o pico da fora mxima atingido entre os vinte e trinta anos de idade, declinando

    gradualmente at que na idade de sessenta e cinco anos, a fora 20% menor.

    No entanto, acredita-se que para o sexo feminino, valores mximos de

    desenvolvimento de fora tendem a ocorrer na maior parte dos casos, antes dos

    vinte e cinco anos (Montoye e Lamphier, 1977; Branta e colaboradores 1984).

    Independentemente da faixa etria, o grau de treinamento um fator que deve ser

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    levado em considerao quando se analisa o desenvolvimento da fora. A partir da,

    podem-se esperar valores mximos diferentes dos padres citados anteriormente. O

    mesmo pode se dizer em relao ao decrscimo da fora, bastante influenciado pelo

    treinamento (Monteiro e colaboradores1997).

    A perda da fora muscular est relacionada diretamente com a reduo da

    massa corporal magra (Grimby e colaboradores, 1982; Fleg e Lakata, 1988;

    Shephard, 1991). Tal perda no ocorre de forma uniforme em todos os grupamentos

    musculares. H evidncias de que os membros inferiores so mais atingidos que os

    membros superiores (Murray e colaboradores, 1985a; Spirduso, (1995). Outro

    aspecto importante relacionado perda da fora, diz respeito sua diferenciaoquanto ao comportamento esttico e dinmico. A fora esttica em geral mais

    preservada que a fora dinmica e esforos de contrao excntrica parecem ser

    mais bem mantidos que os de contrao concntrica (Monteiro, 1997).

    Aoyagi & Shephard (1992), numa tentativa de explicar uma possvel relao

    causal entre o enfraquecimento e a reduo da massa muscular, sugerem que tal

    processo pode ser decorrente de fatores como o declnio do nmero de fibras,

    reduo na rea de seo transversa ou ambos os aspectos. Subordinada a estesaspectos, os autores tambm citam uma provvel desenervao em funo da morte

    de neurnios motores, com uma reinervao subseqente de um menor nmero de

    fibras.

    7. HIPERTROFIA E HIPERPLASIA MUSCULAR

    Hipertrofia um aumento na seco transversa do msculo, e isso significa

    aumento do tamanho e no nmero de filamentos de actina e miosina e adio de

    sarcmeros dentro das fibras musculares j existentes (Fleck e colaboradores 1999).

    A magnitude deste aumento de massa muscular depende de vrios fatores: como

    resposta individual ao treinamento, intensidade e durao do programa de treino e

    estado prvio do indivduo para o incio do programa. Outros fatores podem ser

    destacados neste processo: gentica, alimentao, descanso entre outros.

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    Segundo Badillo & Gorostiaga (2001) e Dantas (1998), intensidades

    compreendidas entre 60% e 80% de 1-RM so possveis realizar 6 a 12 repeties

    por srie. A intensidade mnima que pode ser usada para executar uma srie at a

    fadiga voluntria momentnea, que possa resultar em um aumento da fora

    muscular e hipertrofia muscular, de 60 a 65% de 1-RM (Mcdonagh e Davies apud

    Fleck e Kraemer 1999, p.22).

    De acordo com a hiptese energtica a taxa de degradao protica uma

    funo do peso levantado: quanto maior o peso maior a taxa de degradao da

    protena (Zatsiorsky, 1999, p.150). Por serem sintetizadas mais protenas contrteis,

    durante o perodo de anabolismo, a densidade dos filamentos aumenta.Segundo Guedes Jnior (2003), Santarm (1999), Zatsiorsky (1999) e Tous

    (1999), o aumento da sntese de protenas contrteis, estimulado pelo treinamento

    de fora, promove o aumento do tamanho e do nmero de miofibrilas por fibra

    muscular. A essa adaptao d-se o nome de hipertrofia miofibrilar, e o estmulo

    capaz de causar tal adaptao seria a sobrecarga tensional, relacionada com o alto

    nvel de tenso imposto ao msculo graas ao peso elevado a ser vencido. Nos

    exerccios resistidos quanto maior a carga maior a sobrecarga tensional. Grandessobrecargas tensionais implicam em baixas repeties e um curto tempo de

    execuo de cada srie de um exerccio.

    Para Santarm (1999), o aumento de tenso muscular durante os exerccios

    caracteriza uma sobrecarga tensional e diretamente proporcional resistncia

    oposta ao movimento. O mesmo autor, ainda cita que o treinamento tpico para

    aumento de fora enfatiza a sobrecarga tensional, com pouca nfase na sobrecarga

    metablica. Bompa (2000) cita que a hipertrofia miofibrilar, estimulada pelasobrecarga tensional mais estvel e duradoura.

    7.2 Hipertrof ia Metablica

    A sobrecarga metablica traz as clulas musculares um maior estresse

    bioqumico, pelo maior tempo de execuo de uma srie, mas em compensao

    com um menor nmero de carga do que a sobrecarga tensional.

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    Segundo Guedes Jnior (2003), Santarem (1999), Zatsiorsky (1999) e Tous

    (1999), durante as contraes musculares prolongadas ocorrem um aumento de

    atividade dos processos de produo de energia, caracterizando uma sobrecarga

    metablica do tipo energtica. Essa sobrecarga metablica contribui para o aumento

    de volume muscular atravs do aumento de substratos energticos localizados no

    sarcoplasma: CP-supercompensao e o aumento das reservas de glicognio, uma

    resposta adaptativa ao consumo aumentado dessa substncia altamente hidratada

    (super-hidratao). O outro mecanismo extracelular, e consiste no aumento de

    vascularizao do tecido muscular. A isso se pode chamar de hipertrofia

    sarcoplasmtica ou volumizao celular, estimulada pela sobrecarga metablica,caracterizada pelo elevado nmero de repeties e pelo tempo prolongado de

    execuo de cada srie de um exerccio.

    Do ponto de vista prtico, a sobrecarga metablica aumenta nos exerccios

    com pesos na medida em que aumentamos as repeties e/ou diminumos os

    intervalos de repouso. Assim sendo, a sobrecarga metablica inversamente

    proporcional sobrecarga tensional (Santarm, 1999, p.39).

    7.3 Hiperplasia Muscular

    Hiperplasia Muscular se traduz por um aumento no nmero de clulas, neste

    caso as clulas (ou fibras) musculares em relao ao original. interessante

    observar, entretanto, que estes relatos foram feitos em estudos utilizando animais de

    laboratrio, como: aves e mamferos. Mas, em seres humanos? Seria possvel

    estabelecer esta relao? Os resultados encontrados em animais poderiam serrelacionados com os encontrados em humanos submetidos ao treinamento de fora?

    H vrios estudos sugerindo que sim.

    7.4 Provveis Mecanismos da Hiperplasia Muscular

    Apesar dos fatores responsveis pela provvel ocorrncia do aumento do

    nmero de fibras musculares ainda permanecem obscuros, sobrecargas crnicas,

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    impostas ao msculo esqueltico de vrias espcies animais, parece estimular o

    surgimento de novas fibras atravs de dois mecanismos: A partir das clulas

    satlites (Salleo e colaboradores, 1980) e por meio da ciso longitudinal da fibra

    muscular (Gonyea e colaboradores, 1986).

    As clulas satlites (CS) so estruturas de reserva no funcionais e

    especializadas, tambm conhecidas por clulas tronco miognicas. Estas clulas

    ficam localizadas na periferia da fibra muscular, mais especificamente entre a lmina

    basal e a membrana plasmtica, tambm conhecida por plasmalema. Estas clulas

    so mioblastos que se encontram normalmente em estado quiescente.

    Sabe-se que as CS exercem um papel primrio no processo regenerativo dotecido muscular esqueltico lesionado, e em resposta aos possveis processos

    adaptativos estimulados pelo treinamento de fora (Putman e colaboradores 1999 e

    Yan 2000). Aps a hipertrofia inicial da fibra muscular, uma grande demanda

    mecnica, como a imposta pelo treinamento de fora, estimularia a formao de

    novas fibras, uma vez que os danos fibra. Provocados por este estmulo,

    resultariam na liberao de fatores miognicos de crescimento, como os FCF

    (fatores de crescimento fibroblastos) e subseqentemente as CS (Mikesky ecolaboradores, 1991).

    De fato verificaram-se um aumento na ativao das CS necessrias para

    reparao das fibras que sofreram microtraumatismos, ou danos, induzidos pelo

    exerccio fsico (Darr, 1987). Estes danos induzem a ativao e proliferao das CS

    que podem tanto substituir as fibras que foram danificadas (caso a extenso do dano

    tenha provocado a necrose deste tecido), ou fundir-se a estas fibras (caso o dano

    seja extenso, mas no chegue a provocar a necrose tecidual). Entretanto, ahiperplasia poder no acontecer caso a necrose da fibra muscular, provocada pelo

    exerccio, ocorrer na mesma proporo da proliferao das CS( Kadi 2000).

    7.5 Hiperplasia em Seres Humanos

    Embora no seja um fenmeno constatado de fato na espcie humana, a

    hiperplasia muscular parece no ser uma adaptao improvvel nestes indivduos.

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    fisiculturistas apresentou a rea mdia da fibra muscular menor do que nos sujeitos

    controle.

    Quando comparado o tamanho do bceps braquial entre fisiculturistas de

    elite do sexo masculino e feminino, (Alway e colaboradores1989) demonstraram que

    a rea de seco transversa do msculo em questo estava correlacionada, tanto

    rea da fibra muscular quanto ao seu nmero. Permitindo-nos considerar que o

    maior tamanho da musculatura poderia ser resultado de uma hiperplasia.

    Outro importante fator a se considerar o uso de esterides anablicos

    andrognicos por estes atletas, uma vez que estas drogas podem aumentar a

    proliferao de clulas satlites, como observado por (Joubert e colaboradores 1989e Kadi e colaboradores1999), exercendo um papel fundamental no processo

    hiperplsico da fibra muscular. Enfim, ocorrendo ou no a hiperplasia, o indivduo

    que deseja maximizar seus ganhos em massa muscular deve participar de um

    programa de treinamento inteligentemente elaborado, respeitando todas as variveis

    intervenientes deste programa.

    8. SOBREPESO E OBESIDADE

    8.1 Sobrepeso

    O termo sobrepeso e obesidade, muitas vezes so utilizados com o mesmo

    sinnimo, porm, devem ser conceituados e tratados de formas diferentes.

    Sobrepeso segundo (Wilmore e Costil, 2001) definido como um peso corporal que

    ultrapassa a referncia do peso normal de um indivduo, baseando-se na suaestatura e constituio fsica.

    Por muito tempo e infelizmente ainda hoje em dia so utilizadas tabelas que

    relacionam estatura e peso corporal para classificao das pessoas quanto

    constituio morfolgica.

    Tal procedimento na maioria das vezes proporciona uma classificao

    errnea, j que no possvel a estratificao do peso corporal em seus diversos

    componentes. Desta forma muitas pessoas que so inseridas em padres de peso

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    acima dos ideais possuem percentual de gordura igual ou abaixo de outras que so

    classificadas com peso aceitvel, embora muitas vezes possuam percentuais de

    gordura elevados.

    8.2 Obesidade

    Este termo segundo (Wilmore e Costil, 2001) refere-se condio em que

    um indivduo apresenta uma quantidade de gordura corporal excessiva. Segundo

    estes autores os indivduos classificados como obesos devem ter sua quantidade

    real de gordura ou porcentagem estimado.No h padres exatos de gordura, percentuais, porm existe um consenso

    que homens com mais de 25% e mulheres com mais de 35% de gordura devem ser

    considerados obesos. Segundo Wilmore e Costil, (2001) homens e mulheres com

    valores relativos de gordura entre 20 a 25% e 30 a 35% respectivamente devem ser

    considerados obesos limtrofes.

    Como visto anteriormente a relao estatura/peso no deve ser utilizada

    para classificar um indivduo quanto a sobrepeso ou obesidade.Segundo Nahas (2003 p. 24) no basta simplesmente determinar o

    percentual de gordura, preciso verificar a caracterizao do padro de obesidade:

    central (andride ou ma) e perifrica (ginecide ou pra), pois dependendo da

    regio onde a gordura est acumulada existe uma maior ou menor prevalncia de

    determinadas doenas como: hipertenso, colesterol, diabetes, etc.

    8.3 ndices para Determinao de Obesidade e Sobrepeso.

    Um padro bastante aceito, mas que tambm possui limitaes o IMC,

    ndice de massa corporal. Este ndice obtido pela diviso do peso em quilogramas

    pelo quadrado da estatura em metros.

    Segundo a OMS, 1997 citado por Nahas (2003 p.23), um indivduo

    considerado obeso quando apresenta IMC superior a 30. Este autor relata que a

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    obesidade considerada um problema mundial, pois est relacionada diretamente

    com vrias doenas e morte prematura.

    Tabela 1 - Classificao do IMC e risco para a Sade Segundo a (OMS

    1997)

    IMC (Kg/m2) Classificao Risco para a sade

    Menos que 18,5 Baixo peso Baixo a Moderado

    18,5 24,9 Faixa recomendvel Muito Baixo

    25 29,9 Sobrepeso Baixo

    30 34,9 Obesidade I Moderado +

    35 39,9 Obesidade II Alto

    40 ou mais Obesidade III Muito Alto

    O IMC deve ser usado com cautela em trabalhadores braais, e em especial

    para pessoas que praticam musculao com o objetivo de hipertrofia.

    Outro indicador bastante aceito para determinar o padro de obesidade arelao entre a medida da cintura e do quadril (Nieman, 1998 citado por Nahas,

    2003 p.23). Este ndice obtido pela diviso do permetro da cintura pelo permetro

    do quadril. Conforme os valores abaixo so possveis avaliar os riscos.

    Homens: RCQ > 0,95

    Mulheres: RCQ > 0,85Risco Aumentado

    8.4 O controle do Peso Corporal

    Este controle feito basicamente atravs de trs componentes: taxa

    metablica de repouso, efeito trmico de uma refeio e efeito trmico da atividade

    fsica.

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    45Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    A taxa metablica de repouso (TMR) a taxa obtida no incio da manh,

    aps um jejum noturno com 8 horas de sono que representa a quantidade mnima

    de energia para os processos fisiolgicos bsicos. Esta taxa responsvel por 60 a

    75% de todo gasto calrico dirio de um indivduo.

    Muitos estudos tm relatado que a TMR diminui com a idade (Poehlman e

    colaboradores, 1990 e Van Pelt e colaboradores, 2001) atribuda a fatores tais como:

    a quantidade diminuda de massa magra e ao concomitante aumento da massa

    gorda (Fukagawa e colaboradores, 1990).

    Segundo Ravussin e colaboradores, (1998) e Ravussin e colaboradores,

    (1993) apud Antunes (2005) tem havido crescente preocupao com o estudo dataxa metablica basal, devido sua relao com os riscos de ganho de massa

    gorda. Esta preocupao tende a aumentar especialmente em idosos, uma vez que

    uma baixa taxa metablica pode contribuir para a prevalncia de altas taxas de

    sobrepeso e obesidade neste grupo etrio (Piers e colaboradores, 1998).

    O Efeito trmico da refeio (ETR)representa o aumento da taxa metablica

    associado digesto, absoro, ao transporte, ao metabolismo e ao

    armazenamento do alimento ingerido. O ETR responsvel por aproximadamente10% de nosso gasto calrico dirio. Acredita-se que o ETR possa ser defeituoso em

    indivduos obesos levando a um acmulo de gorduras.

    O efeito trmico da atividade fsica (ETA) a energia gasta acima da taxa

    metablica de repouso para realizar qualquer atividade fsica, como por exemplo, o

    escovar dos dentes, ou uma sesso de musculao. O ETA representa em mdia 15

    a 30% do gasto calrico dirio.

    O corpo humano tem um grande poder para adaptar-se aos aumentos ouredues de energia provocada por cada um desses trs componentes.

    Segundo Wilmore e Costil, (2001) com o jejum ou dietas extremamente

    hipocalricas, todos os trs componentes diminuem. Segundo os mesmos autores

    aps uma dieta hipocalrica ou jejum h uma reduo mdia de 20 a 30% da taxa

    metablica de repouso e o contrrio tende a acontecer em dietas hipercalricas.

    Todas estas adaptaes parecem estar sob controle do sistema nervoso simptico.

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    46Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    8.5 Etiologia da Obesidade

    Por muitos anos considerou-se que a obesidade era causada por

    desequilbrios hormonais, e em outros momentos da histria que seria causada por

    dietas hipercalricas. Atualmente, acredita-se que a obesidade seja multifatorial.

    Nos ltimos anos vrios fatores tm contribudo para a reduo de atividade

    fsica: equipamentos eletrnicos com controle remoto, veculos com alta tecnologia,

    melhora no transporte coletivo, falta de reas destinadas prtica de atividade fsica

    e at mesmo a violncia em especial nos grandes centros urbanos.

    A alimentao tambm sofreu alteraes, cada vez mais alimentosrefinados, com alto teor de gordura animal, refrigerantes e salgadinhos tm

    substitudo uma alimentao saudvel.

    8.6 Tratamento Geral da Obesidade

    Num primeiro momento o controle do peso corporal, parece ser uma conduta

    bastante simples, bastando ter um controle entre o consumo de calorias e o gastodestas. Devemos lembrar que este gasto o resultado de trs fatores aqui j citados

    que so: TMR, ETR e ETA. Segundo Wilmore e Costil, (2001) esta viso deve ser

    revista, j que estudos tm demonstrado ter havido diferena no ganho de peso

    entre gmeos monozigotos e a mesma quantidade de calorias ingeridas.

    Em um estudo conduzido por (Bouchard e colaboradores, 1990 citado por

    Wilmore e Costil, 2001) foram analisados 12 pares de gmeos monozigticos

    (idnticos) adultos do sexo masculino, estes indivduos foram acomodados em umdormitrio, mantidos sob observao e confinados durante 120 dias.

    As dietas destas pessoas foram monitoradas durante os primeiros 14 dias a

    fim de determinar a ingesto calrica bsica. Nos 100 dias seguintes, eles foram

    alimentados com 1.000 calorias a mais que a ingesto bsica e os nveis de

    atividade fsica foram monitorados/controlados rigorosamente. O ganho de peso

    entre os indivduos variou de 4,2 a 13,3 kg. As principais diferenas ocorreram entre

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    47Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    pares diferentes de gmeos. Isto mostra que a gentica deve ser levada em conta,

    pois indivduos com o mesmo tratamento tendem a terem respostas diferentes.

    Segundo Pi-Sunyer (1994) apud Nahas (1999), um estilo de vida saudvel,

    atravs da prtica da atividade fsica contribui significativamente para equilibrar ou

    aumentar o gasto energtico com o intuito de reduzir ou manter o peso corporal.

    8.7 O Controle da Obesidade e do Sobrepeso Atravs do Exerccio

    Fsico

    O gasto energtico dirio pode ser dividido em trs componentes: TMR (taxametablica de repouso), efeito trmico do alimento e gasto energtico associado

    com a atividade fsica (Levine e colaboradores, 2001). A atividade fsica promove

    aumento do gasto energtico total tanto de forma aguda quanto de forma crnica. A

    primeira condio refere-se ao prprio gasto energtico durante a realizao do

    exerccio e durante a fase de recuperao, j a segunda refere-se s alteraes da

    taxa metablica de repouso TMR (Hill e colaboradores 1995).

    No que diz respeito ao efeito agudo, est bem estabelecido que, aps otrmino do exerccio, o consumo de O2 no retorna aos valores de repouso

    imediatamente. Essa demanda energtica durante o perodo de recuperao aps o

    exerccio conhecida como consumo excessivo de oxignio aps o exerccio, ou

    ainda, excess posterxercise oxygen consumption EPOC (Gaesser e colaboradores

    1984).

    Vrios trabalhos tm analisado a contribuio do EPOC em programas de

    emagrecimento, visto que este o resultado de um balano energtico dirionegativo entre consumo e gasto energtico (Hunter e colaboradores 1998).

    Bahr e colaboradores (1987) j haviam considerado o EPOC como um

    importante fator no controle do peso, uma vez que o exerccio demanda uma energia

    alm da prevista na atividade fsica. Em corroborao, outros estudos relataram que

    a magnitude do metabolismo elevado durante a recuperao tem implicao

    importante na prescrio de programas de reduo ponderal (Quinn e colaboradores

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    48Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    1994 Gore e colaboradores 1990, Laforgia e colaboradores 1997, Hunter e

    colaboradores1998, Brockman e colaboradores 1993).

    A reduo ponderal tambm est relacionada s alteraes crnicas da

    atividade fsica, ou seja, da taxa metablica de repouso (TMR). A TMR definida

    como o gasto energtico necessrio manuteno dos processos fisiolgicos no

    estado ps-absortivo, chegando a compreender at 60-70% do gasto energtico

    total, dependendo do nvel de atividade fsica (Meirelles e colaboradores 2004).

    O EPOC aumenta linearmente com a durao do exerccio (Bahr e

    colaboradores 1994). Porm, a intensidade do exerccio parece afetar tanto a

    magnitude quanto a durao do EPOC, j a durao do exerccio afeta apenas adurao do EPOC (Gore e colaboradores 1990).

    Dessa forma, os estudos tm sugerido que o exerccio de maior intensidade

    produz elevao mais prolongada no EPOC do que exerccios de intensidades

    menores (quando possuem volume equivalente). Devido ao fato de este causar

    maior estresse metablico, sendo necessrio ento, maior dispndio de energia para

    retornar condio de homeostase (Thorton 2002, Laforgia e colaboradores 1997,

    Short e colaboradores 1997).A taxa de oxidao de lipdios maior aps exerccio de alta intensidade.

    Alguns trabalhos analisaram o EPOC e o gasto energtico comparando

    protocolos de exerccio contnuo e intervalado submximos (Brockman e

    colaboradores1993, Kaminsky e colaboradores1990), e exerccio contnuo

    submximo e intervalado supramximo (Laforgia e colaboradores 1997). Todos

    esses estudos demonstraram maior gasto energtico para os exerccios mais

    intensos.Partindo-se do princpio de que possvel realizar mais minutos a alta

    intensidade com o exerccio intermitente se comparado com o exerccio contnuo

    (Laforgia e colaboradores 1997). Pessoas com sobrepeso podem exercitar-se por

    tempo menor a uma intensidade que produza um EPOC maior, visto que na maioria

    das vezes essas pessoas, alm de descondicionadas, tm averso atividade

    fsica.

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    49Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Porm, devem ressaltar que o EPOC relativamente curto aps exerccios

    de intensidade e durao moderada, 60 minutos e/ou com intensidade > que 70% do Vo2mx. Parecem estar

    relacionados a um EPOC prolongado (Bahr e colaboradores1991, Borsheim e

    colaboradores1994, Bahr e colaboradores1987, Gore e colaboradores1990 Laforgia

    e colaboradores1990). Tem sido proposto ainda, que para as pessoas que querem

    emagrecer, a magnitude do EPOC (custo energtico) mais importante que adurao (Imamura e colaboradores 2004).

    8.8 Efeito do EPOC no aumento do gasto energtico dirio total com o

    exerccio resistido

    Os estudos que compararam o exerccio resistido com o aerbio( Ryan e

    colaboradores 1995, Burleson e colaboradores1998) enfatizaram que o treinamentoresistido com pesos, provavelmente, causaria maior distrbio na homeostase que o

    exerccio aerbio. Sugerindo que este, devido s altas intensidades envolvidas,

    poderia requerer maior gasto energtico, tanto durante o exerccio quanto durante a

    recuperao. Alm disso, analisando agora somente o exerccio resistido, tambm

    sugerido que um protocolo mais extenuante mais eficaz no controle de peso

    (Schuenke e colaboradores 2002).

    Dois fatores tm sido atribudos ao fato de o exerccio resistido produzirmaior EPOC. O primeiro fator refere-se s respostas hormonais que podem alterar o

    metabolismo, especificamente catecolaminas, cortisol e GH (Kraemer e

    colaboradores 1990, Kraemer e colaboradores 1992). O segundo refere-se ao dano

    tecidual acompanhado do estmulo para a hipertrofia tecidual (Kraemer e

    colaboradores 1992), pois a sntese de protena diminuda durante o exerccio em

    si, mas aps o exerccio existe um fenmeno compensatrio, em que o turnover de

    protena parece ser estimulado. Alm disso, o processo de sntese de protena exige

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    50Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    uma alta demanda energtica (6 ATP por mol de peptdio formado). Esse

    mecanismo pode tambm contribuir para uma longa estimulao do gasto energtico

    aps o exerccio (Bielinski e colaboradores 1985).

    O efeito do exerccio resistido sobre o EPOC foi verificado em homens de 22

    a 40 anos previamente treinados com exerccio resistido, em que foi observado que,

    aps uma sesso de 90 minutos, a taxa metablica permaneceu elevada por mais

    que duas horas aps o exerccio (Melby e colaboradores1993). Em outro estudo

    (Binzen e colaboradores 2001) investigou o efeito de 45 de exerccio resistido em

    mulheres treinadas sobre o EPOC. Aps 120 minutos de recuperao, observou-se

    elevao de 18,6% no metabolismo de repouso, se comparado com o controle.Em contraposio aos trabalhos mencionados anteriormente, um estudo de

    (Melby e colaboradores 1992) analisou seis homens adultos por 42 minutos durante

    exerccio de levantamento de peso (12RM), observando-os nos 60 minutos iniciais

    da recuperao. A taxa metablica estava significativamente elevada ao final dos 60

    minutos, porm, apenas 19 kcal adicionais foram despendidos. Os autores

    ressaltaram que esse gasto energtico de recuperao teria pouco efeito na

    regulao do peso. No entanto, o fato de o consumo de oxignio ter permanecidoelevado aps o controle de uma hora impossibilitou que esses autores

    determinassem a verdadeira durao do EPOC e o verdadeiro gasto energtico

    durante esse perodo. Visto isso, o consumo de oxignio poderia ter retornado aos

    valores de repouso imediatamente aps esse perodo, como pode ter permanecido

    elevado por horas.

    Um grupo de 15 mulheres foi submetido a um treinamento de peso e

    aerbio, no qual se verificou um GE (gasto energtico) maior durante o EPOC notreinamento resistido se comparado com o aerbio quando as sesses foram

    equivalentes em VO2 e durao (95 kcal e 64 kcal, respectivamente, em 30 de

    recuperao) (Burleson e colaboradores 1998). Entretanto, esses autores ressaltam

    que muitos fatores contribuem para a recuperao do exerccio resistido que, por

    outro lado, no ocorrem aps o exerccio aerbio. Estudos indicam que alteraes

    hormonais, particularmente das catecolaminas, cortisol e GH, podem ser

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    51Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    substanciais, especialmente se as repeties por srie forem altas (> 5) e o intervalo

    entre a srie for menor que um minuto (Kaminsky e colaboradores1990).

    Alm disso, a maior oxidao de lipdios pode ser um importante fator

    decorrente da adaptao ao treinamento. Indivduos treinados utilizam mais gordura

    no perodo de recuperao que os no treinados (Kaminsky e colaboradores1986).

    8.9 TMR: efeitos agudos e crnicos do exerccio

    A TMR o maior componente do gasto energtico dirio (Ryan e

    colaboradores 1995, Speakman e colaboradores2003), sendo modificada pordiversos fatores como: hora do dia, temperatura, ingesto de alimentos, ingesto de

    cafena, tipo de exerccio e estresse (Gore e colaboradores1990).

    A TMR diminui com a idade e reduo da massa corporal, isso se deve, em

    parte, diminuio na massa magra e da atividade do sistema nervoso simptico

    (Ryan e colaboradores 1995).

    Com relao aos efeitos agudos do exerccio, (Osterberg e Melby 2000)

    verificaram que o exerccio resistido aumenta a TMR por 16 horas aps o exerccioem aproximadamente 4,2%, sugerindo aumento de aproximadamente 50 kcal/dia na

    TMR com o exerccio fsico (Ryan e colaboradores1995).

    Outro estudo (Melby e colaboradores1993) verificou que a TMR na manh

    seguinte aps um exerccio resistido foi 4,7% maior que o mensurado na manh

    antes do exerccio.

    Para analisar o efeito crnico do exerccio, mulheres obesas na ps-

    menopausa foram acompanhadas por 16 semanas de treinamento resistido. Osresultados demonstraram aumento significativo (aproximadamente 4%) da TMR e da

    massa muscular em ambos os grupos de obesas e no-obesas (Ryan e

    colaboradores1995).

    Alm disso, as pessoas obesas obtiveram reduo significativa da massa

    corporal, massa gorda e percentual de gordura, indicando que o exerccio resistido

    pode ser um importante componente integrado a programas de emagrecimento em

    mulheres ps-menopausa. Esse estudo acrescenta um aspecto importante na

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    52Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    literatura ao demonstrar que o treinamento resistido acompanhado de reduo na

    massa corporal no resultou em reduo da TMR. Corroborando esse resultado, foi

    encontrado aumento de 7,7% da TMR em homens idosos com um protocolo similar (

    Pratley e colaboradores1994).

    Entretanto, alguns autores (Ballor e colaboradores 1996) analisaram os

    efeitos de 12 semanas (3 x por semana) de exerccio aerbio e resistido no peso

    corporal, composio corporal e TMR em 18 idosos (aproximadamente 61 anos) que

    tiveram reduo da massa corporal de 9Kg com 1kg em 11 semanas. Os

    resultados indicaram que nenhum dos dois tipos de exerccio conseguiu reverter a

    diminuio da TMR de aproximadamente 15% (260 kcal/dia) ou a oxidao degordura como conseqncia da reduo da massa corporal anterior. Da mesma

    forma, dois grupos de mulheres no-obesas foram treinadas. Um grupo com

    exerccio resistido e outro com exerccio aerbio por seis meses. O gasto energtico

    dirio foi mensurado 10 dias aps os seis meses. Concluiu-se que os benefcios do

    treinamento fsico no aumento do gasto energtico so primariamente decorrentes

    do efeito do exerccio e no de elevao crnica do gasto energtico dirio em

    mulheres no-obesas (Poehlman e colaboradores 2002).Contudo, deve-se ressaltar que os dados sobre os efeitos do treinamento em

    longo prazo sobre a TMR so contraditrios. Isso pode ser devido ao fato de ser

    difcil quantificar o tempo exato da recuperao de um treinamento prvio, quando

    se pretende mensurar apenas o efeito crnico do treinamento, excluindo o efeito

    agudo da ltima sesso (para no superestimar a TMR).

    9. FINALIDADES DA MUSCULAO

    a)Esttica: Desenvolvimento e manuteno da esttica corporal. (hipertrofia

    emagrecimento e tonificao muscular).

    b) Teraputica: Correo e/ou estabilizao de desvios e disfunes

    orgnicas, reabilitao, etc.

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    53Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    c) Profiltica: Preveno de desvios posturais e distrbios funcionais

    oriundos de hipocinesias e leses atlticas.

    d) Preparao Fsica: Desenvolvimento e aprimoramento das qualidades

    fsicas relacionadas s estruturas neuromusculares.

    e) Competitiva: Levantamentos Bsicos, Olmpicos, Fisiculturismo

    f) Especiais: Aplicada na infncia e adolescncia, 3 idade, Hipertensos,

    Cardiopatas, Diabticos, Gestantes, etc.

    IMPORTANTE: Todas as finalidades citadas acima possuem uma

    correlao direta com a melhora da qualidade de vida/sade, desde que sejam

    respeitados os princpios do treinamento desportivo.

    10. PRINCPIOS DO TREINAMENTO DESPORTIVO

    Individualidade Biolgica

    Especificidade

    Sobrecarga Progressiva

    Continuidade

    10.1 O Princpio da Individualidade Biolgica

    Determina que nenhum ser igual ao outro. Segundo Wilmore e Costil,

    (2001), nem todos os seres foram criados com a mesma capacidade de adaptao

    ao treinamento fsico, sendo que a gentica tem um papel importante em relao

    capacidade de um determinado organismo, adaptao a um programa de

    exerccios fsicos. Segundo estes mesmos autores isto explica porque indivduos

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    54Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    que so submetidos s mesmas condies de treinamento e alimentao

    apresentam diferenas em relao s respostas fisiolgicas.

    Neste contesto devemos entender que cada ser precisa de um treinamento

    que v ao encontro de suas capacidades fisiolgicas. Chiesa (2004) cita que o ser

    humano a unio entre as caractersticas do gentipo que so as cargas

    hereditrias e do fentipo que so as cargas impostas ao indivduo aps o

    nascimento como, por exemplo, atravs do treinamento fsico.

    10.2 O Princpio da Especificidade

    Determina que os treinamentos sejam altamente especficos ao volume e

    intensidade de cada exerccio. Isto explica porque o corredor de baixa intensidade

    como maratonistas no devem enfatizar um treinamento de alta intensidade, bem

    como porque os levantadores de potncia no apresentam nveis aerbicos

    superiores do que pessoas no treinadas Wilmore e Costil, (2001). Portanto se

    pretendemos ter um aumento do volume muscular, o treinamento tem que ser

    baseado em estmulos que proporcionem a hipertrofia muscular.

    10.3 O Princpio da Sobrecarga

    Tambm conhecido como o princpio da elevao progressiva da carga,

    relaciona-se s adaptaes sofridas pelo organismo em conseqncia aos estmulos

    de treinamento (esforo fsico).

    preciso ter o entendimento que o aumento da sobrecarga se d atravs damanipulao das variveis de intensidade e volume. Portanto, quando diminumos o

    perodo recuperativo, aumentamos a amplitude articular, reduzimos a velocidade do

    movimento muscular estamos proporcionando um aumento desta sobrecarga, e no

    somente por meio da elevao do peso. O aumento regular e progressivo da carga

    (total) de trabalho que possibilitar a almejada melhoria de rendimento.

    O perodo de intervalo entre os treinos possui uma relao direta com este

    princpio. Dosar bem todo esse processo fundamental, pois um perodo de

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    55Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    recuperao demasiadamente longo no levar a modificaes favorveis do

    desempenho, j um perodo de recuperao insuficiente fatalmente levar a um

    estado de strain (Carlyle 1967, apud Tubino 1984) ou supertreinamento (Weineck

    1989), evidenciando conseqentemente sintomas de exausto. Segundo Dantas

    (1985) o processo de exausto possui um carter progressivo e exponencial.

    Sobre o tempo mdio desse intervalo de recuperao, que inclui uma

    perfeita interao ente o sono (descanso) e a nutrio (alimentao), Matveev (1981

    apud Gomes 1992) preconiza um intervalo mdio de 48 horas para estmulos de

    treinamento com altas intensidades.

    10.4 Princpio da Continuidade

    O treinamento baseia-se na aplicao de cargas crescentes,

    progressivamente assimiladas pelo organismo. Portanto, o treinamento precisa ser

    continuado para que seja possvel manter os ganhos adquiridos durante este

    processo. As contuses, as faltas freqentes e os perodos muitos longos de

    recuperao, segundo Gonzles (1985), so as principais causas que atuamnegativamente sobre o processo de treinamento.

    11. ESTRUTURA DOS PROGRAMAS DO TREINAMENTO RESISTIDO

    COM PESOS PR-REQUISITOS.

    Antes de iniciar um programa regular de exerccios fsicos, algumas

    condutas devem ser observadas, oferecendo deste modo maior segurana para aprescrio do treinamento.

    11.1 Exame mdico

    Sempre que possvel realizado por um mdico com formao em medicina

    esportiva. Na ausncia deste profissional um cardiologista e/ou ortopedista seriam

    os mdicos mais indicados para realizarem este procedimento.

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    56Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    11.2 Anamnese

    A palavra anamnese vem do grego e significa recordar. A anamnese pode

    ser realizada de forma oral ou escrita. Existem vrios tipos e cabe ao professor

    determinar o modelo que melhor se adapta a sua realidade.

    Exemplo:

    Nome:_________________________ Data do Nascimento: __ /__ /__

    Idade:_____anos Sexo: ( ) M ( ) F Profisso:____________Telefone: ____________ E-mail________________________

    Objetivos do aluno:______________________________________

    Passado de atividade fsica: ______________________________

    Atividades fsicas atuais: _________________________________

    Esportes e/ou atividades fsicas preferidas:___________________

    Quais as refeies que voc normalmente realiza ao dia?

    ( ) caf ( ) colao ( ) almoo ( ) lanche ( ) jantar ( ) ceia

    Fatores de risco

    ( ) Fumo ( ) Hipertenso Arterial

    ( ) Diadetes Mellitus ( ) Estresse Familiar

    ( ) Sedentarismo ( ) Menopausa

    ( ) Contraceptivo oral ( ) Outros

    Obs.: _______________________________________________________Foi referido pelo seu mdico algum problema sseo, articular ou muscular

    que possa ser agravado pela prtica de atividades fsicas?

    ( ) Sim( ) No Se sim, qual (ais)? _________________________________

    Voc j se lesionou praticando exerccios? ( ) Sim ( ) No

    Se sim, qual (ais) a(s) leso(es) e h quanto tempo?_________________

    _____________________________________________________________

    Atualmente voc est utilizando alguma medicao?

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    58Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    11.4 Exame postural

    Este exame que faz parte da avaliao morfolgica de extrema

    importncia, porm, muitas vezes no realizado por falta de conhecimento do

    professor. Atravs deste teste possvel verificarmos a existncia de alteraes nos

    seguintes segmentos corporais: Coluna vertebral: Hipercifose, Hiperlordose,

    Escoliose, Costas Plana. Joelhos: Genovaro, Genovalgo, Genoflexo, Genorecurvado

    e Ps: Plano, Cavo, Convergente ou Aduto, Abduto, Equino e Calcneo.

    IMPORTANTE: devemos observar atentamente a execuo dos exercciosdurante a sesso e reavaliar periodicamente os resultados. (conversar com o aluno,

    saber como est se sentindo, dor muscular, articular, desconforto durante algum

    exerccio e verificar a tcnica de execuo dos movimentos).

    12. PESOS LIVRES X MAQUINRIOS.

    Provavelmente esta uma das grandes dvidas dos praticantes de

    musculao e de muitos profissionais que atuam nesta rea, saber o que provoca

    maiores ganhos de fora e hipertrofia Mquinas ou Pesos Livres? Segundo Monteiro

    (1997) o treinamento de fora geralmente conduzido atravs de pesos livres ou

    mquinas, e apesar de algumas controvrsias que envolvem a utilizao destas

    duas formas para exercitar os msculos, no h nenhuma diferena documentadaem aumentos relativos de fora e hipertrofia.

    Lillegard & Terrio (1994) destacam que a deciso acerca do sistema a ser

    utilizado deve basear-se nas preferncias individuais.

    Outros fatores devem ser levados em conta para esta tomada de deciso,

    como por exemplo: nvel de familiarizao com a atividade em questo, pessoas que

    nunca praticaram musculao mais prudente iniciar esta atividade com

    maquinrios, j que este tipo de instrumento requer menor coordenao motora e

  • 7/28/2019 MUSCULAO DO INICIANTE AO AVANADO MOD. II

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    equilbrio. J crianas devido estatura e por no existirem no Brasil maquinrios

    que se adaptem a este pblico, os pesos livres so mais aconselhados, o mesmo

    ocorre com indivduos muito altos com grande estatura, e pessoas obesas que

    tambm tendem a terem dificuldade na utilizao de determinadas mquinas.

    12.1 Vantagens e Desvantagens Entre Mquinas e Pesos Livres.

    PESOS LIVRES MAQUINRIOS

    Pesos livres exigem uma

    ateno minuciosa da tcnica e, svezes, dependem de uma pessoa

    para fazer a segurana nas ltimas

    repeties principalmente quando o

    treinamento baseado na falha

    concntrica.

    A troca de pesos pode ser

    modificada rapidamente emmaquinrios, o que possibilita uma

    sesso mais rpida de treinamento.

    Pesos livres so mais fceis

    de obter, exigem menor quantidadede espao e permitem o movimento

    do msculo que est se exercitando

    em mltiplos planos.

    Exigem uma maior rea

    para a sua instalao, so maisdispendiosas e, em geral, permitem

    a aplicao da resistncia em um

    nico plano.

    ------------------FIM DO MDULO II-----------------