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Ano VI . Número 34 . Novembro . 2013 keMA Kema: em Kaingang, “experimentando” Informativo bimestral do Museu Antropológico Diretor Pestana mantido pela Fidene, de Ijuí/RS Rua do Comércio - 1910 Rua do Comércio - 1940 Rua do Comércio - 1980 Rua do Comércio - 2010 anos Museu Antropológico Diretor Pestana Museu Antropológico Diretor Pestana Diversidade Urbana: a cidade de Ijuí 1890-2010 Este é o terceiro ano que o Museu Antropológico Diretor Pestana está disponibilizando a Exposição Itinerante “Diversidade Urbana: a cidade de Ijuí”, projetada no ano de 2010 em parceria com a Associação de Amigos do Museu, o Curso de Geografia da UNIJUÍ e o Centro de Educação Básica Francisco de Assis – EFA. A curadoria da exposição esteve a cargo de Bernadete M. Azambuja, ex-professora da UNIJUÍ. “A exposição Diversidade Urbana homenageia a existência de Ijuí nos seus 120 anos de colonização, evidencia o desenvolvimento e as transformações do espaço urbano, utilizando-se de diversos olhares sobre a paisagem. A diversidade pode ser observada pelas mudanças ao longo do tempo, mas, também, pelas áreas existentes: o tamanho da cidade, as edificações, a densidade de ocupação e o uso do solo urbano, a expansão para novas áreas, as diferenças entre os bairros e o centro da cidade. A Diversidade Urbana no tempo: de Ijuí Colônia ao Município de Ijuí. A Diversidade Urbana no espaço: o centro e os bairros, a periferia rural-urbana, a expansão horizontal e a verticalização na atualidade. A constituição do Centro Histórico: as primeiras edificações, a construção da praça central, de edifícios públicos; as igrejas, no entorno da praça, as ruas abertas. Da retirada da mata original à edificação do núcleo inicial de povoamento, com a definição de lotes urbanos, de construção de casas e demais edificações. A transformação de Vila em Cidade. A expansão da cidade para além dos limites iniciais. A constituição das vilas suburbanas e dos bairros, o papel da ferrovia e das estradas de ligação com a região. A periferia urbana em movimento e configurada mais adiante em nova periferia. O espaço urbano da atualidade: a verticalização em presença, o problema da habitação, a existência ou ausência de infraestrutura e equipamentos; as diferenças sociais e de uso do solo na cidade; a qualidade de vida urbana. A exposição tem fim didático-pedagógico e busca levar à comunidade escolar a história de 120 anos da cidade de Ijuí por meio de fotografias e mapas que representam essa diversidade no tempo e no espaço. Diversidade que está guardada na memória das pessoas e foi captada, principalmente, por meio de instantâneos de vários fotógrafos. A memória guardada do espaço urbano é muito rica e se encontra registrada no Museu Antropológico Diretor Pestana. B. M. Azambuja e G. A. Walker, 2010.” Leve a Diversidade Urbana para a sua entidade A exposição está disponível para empréstimo às escolas e/ou promotores de eventos para que sirva de subsídio didático-pedagógico aos trabalhos desenvolvidos pelos professores nas mais diversas áreas do conhecimento, inclusive trabalhos de educação patrimonial. Contato Museu Antropológico Diretor Pestana Telefone: 55 3332-0257

Museu Antropológico keMA

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Page 1: Museu Antropológico keMA

Ano VI . Número 34 . Novembro . 2013 keMAKema: em Kaingang, “experimentando”Informativo bimestral do Museu Antropológico Diretor Pestana mantido pela Fidene, de Ijuí/RS

Rua do Comércio - 1910

Rua do Comércio - 1940

Rua do Comércio - 1980

Rua do Comércio - 2010

anos

Museu AntropológicoDiretor Pestana

Museu AntropológicoDiretor Pestana

Diversidade Urbana: a cidade de Ijuí 1890-2010

Este é o terceiro ano que o Museu Antropológico Diretor Pestana está disponibilizando a Exposição Itinerante “Diversidade Urbana: a cidade de Ijuí”, projetada no ano de 2010 em parceria com a Associação de Amigos do Museu, o Curso de Geografia da UNIJUÍ e o Centro de Educação Básica Francisco de Assis – EFA. A curadoria da exposição esteve a cargo de Bernadete M. Azambuja, ex-professora da UNIJUÍ.

“A exposição Diversidade Urbana homenageia a existência de Ijuí nos seus 120 anos de colonização, evidencia o desenvolvimento e as transformações do espaço urbano, utilizando-se de diversos olhares sobre a paisagem. A diversidade pode ser observada pelas mudanças ao longo do tempo, mas, também, pelas áreas existentes: o tamanho da cidade, as edificações, a densidade de ocupação e o uso do solo urbano, a expansão para novas áreas, as diferenças entre os bairros e o centro da cidade.

A Diversidade Urbana no tempo: de Ijuí Colônia ao Município de Ijuí. A Diversidade Urbana no espaço: o centro e os bairros, a periferia rural-urbana, a expansão horizontal e a verticalização na atualidade.

A constituição do Centro Histórico: as primeiras edificações, a construção da praça central, de edifícios públicos; as igrejas, no entorno da praça, as ruas abertas. Da retirada da mata original à edificação do núcleo inicial de povoamento, com a definição de lotes urbanos, de construção de casas e demais edificações. A transformação de Vila em Cidade.

A expansão da cidade para além dos limites iniciais. A constituição das vilas suburbanas e dos bairros, o papel da ferrovia e das estradas de ligação com a região. A periferia urbana em movimento e configurada mais adiante em nova periferia. O espaço urbano da atualidade: a verticalização em presença, o problema da habitação, a existência ou ausência de infraestrutura e equipamentos; as diferenças sociais e de uso do solo na cidade; a qualidade de vida urbana.

A exposição tem fim didático-pedagógico e busca levar à comunidade escolar a história de 120 anos da cidade de Ijuí por meio de fotografias e mapas que representam essa diversidade no tempo e no espaço. Diversidade que está guardada na memória das pessoas e foi captada, principalmente, por meio de instantâneos de vários fotógrafos. A memória guardada do espaço urbano é muito rica e se encontra registrada no Museu Antropológico Diretor Pestana.

B. M. Azambuja e G. A. Walker, 2010.”

Leve a Diversidade Urbana para a sua entidade

A exposição está disponível para empréstimo às escolas e/ou promotores de eventos para que sirva de subsídio didático-pedagógico aos trabalhos desenvolvidos pelos professores nas mais diversas áreas do conhecimento, inclusive trabalhos de educação patrimonial.

Contato

Museu Antropológico Diretor PestanaTelefone: 55 3332-0257

Page 2: Museu Antropológico keMA

Informativo bimestral do Museu Antropológico Diretor Pestana

Editorial

Expediente

Projetos

keMA

Presidente da FideneMartinho Luís Kelm

Diretora do MuseuStela Mariz Zambiazi de Oliveira

Coordenadora do Informativo KemaStela Mariz Zambiazi de Oliveira

Projeto GráficoNúcleo de Design Gráfico da UNIJUÍ

Editoração e RevisãoCoordenadoria de Marketing da Fidene

ImagensAcervo Fotográfico MADP

ImpressãoEditora Unijuí

Distribuição gratuitaPeriodicidade bimestral

KEMA - Informativo bimestral do MADPMuseu Antropológico Diretor Pestana, mantido pela Fidene

Rua Germano Gressler, 96Bairro São Geraldo98700-000 - Ijuí-RS-Brasil55 3332 [email protected]/madp

Projeto: “Preservação do Acervo Cartográfico”

Até o final do ano de 2013 estaremos encerrando o projeto “Preservação do Acervo Cartográfico”, encaminhado pela Associação de Amigos do Museu e aprovado pelo Ministério da Cultura, através do Mecenato, PRONAC nº 126290.

Este projeto tem como objetivo aperfeiçoar o processo de acondicionamento do acervo cartográfico salvaguardado no arquivo do Museu Antropológico Diretor Pestana, através da aquisição de mobiliário adequado para o armazenamento e equipamentos para o acompanhamento das variações climatológicas, a fim de garantir a preservação da informação e da memória.

O valor total do projeto corresponde a R$ 51.198,80, sendo que no ano de 2012 foram arrecadados R$ 24.897,00. Desse modo, para a sua conclusão, ainda é necessária a captação de mais R$ 26.301,80 até final do ano.

Para contribuir com a execução deste projeto, basta fazer uma doação ao Museu. É possível destinar parte de seu Imposto de Renda devido a projetos culturais aprovados pelo Ministério da Cultura sem pagar nada por isso. A Pessoa Física que optar pela declaração de renda, pelo formulário completo, pode contribuir com até 6% do imposto devido, e a Pessoa Jurídica com até 4%, ambos beneficiando-se com dedução de 100% do valor doado, uma vez que o projeto aprovado pelo Museu enquadra-se no Art. 18 da Lei de Incentivo que autoriza esta dedução.

Participe! O valor de sua doação será aplicado na preservação da história e cultura de nossa cidade e região.

O prazo para doações é até o dia 19 de dezembro de 2013.

Mais informações no Museu Antropológico Diretor Pestana, pelo telefone (55) 3332-0257 com Sandra ou Stela.

A edição de número 34 do Informativo Kema está repleta de conte-údos interessantes para você, leitor. Na m a t é r i a d e c a p a r e l e m b r a m o s a exposição itinerante “Diversidade Urbana: a cidade de Ijuí 1890 – 2010”, que permite ao Museu resgatar e compartilhar a história da formação de Ijuí com a comunidade. Ainda, nesta edição, você acompanha as novidades do projeto “ P r e s e r v a ç ã o d o Acervo Cartográfico”, que está na reta final neste ano de 2013. Na s e ç ã o A c e r v o , é possível conferir a evolução e as curiosi-dades das imagens em negativo de vidro e, assim, conhecer um pouco mais da história da fotografia. Não deixe de ver também a nossa agenda cultural e o depoimento da C o o r d e n a d o r a d e C u l t u r a d e I j u í , Fernanda Betinelli.

Horário de Atendimento do

Museu: De segunda à sexta-feira, nos períodos

manhã (8h às 11h30min) e tarde (13h30min às

17h). Horários diferenciados mediante agendamento pelo fone

(55) 3332-0257.

Page 3: Museu Antropológico keMA

Período: A Exposição estará aberta até o dia 29 de novembro de 2013

Programação:

Data: 18 de novembro

Cine Debate

P a l e s t r a n t e : R o d r i g o Miguel de Souza - Bacharel e licenciado em S o c i o l o g i a p e l a Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), mestrando em Educação nas Ciências pela Unijuí.

8 horas

Palestra: Reflexões sobre o Negro nas Missões

Local: Auditório da Sede Acadêmica da UNIJUÍ

10 horas

Palestra: Reflexões sobre o Negro nas Missões

Local: Auditório do I. E. M. Guilherme Clemente Koehler - Polivalente

Abertura da Programação

dos 16 Dias de Ativismo

pelo Fim da Violência

contra a MulherFilme: Histórias CruzadasData: 20 de novembroHorário: 14 horasLocal: Auditório do MADP

Informativo bimestral do Museu Antropológico Diretor Pestana

Agenda Cultural

keMAAcervo

Exposição “História e Cultura” Afro-Rio-grandense»

Imagens em negativos de vidro da DIS

As imagens em negativo de vidro são consideradas fontes documentais e, portanto, patrimônio histórico e cultural do país. Atualmente, existem no Brasil, conforme levantamento recente, pouco mais de 10 instituições que preservam o material dentre museus, arquivos e bibliotecas. As coleções mais volumosas chegam entre 12.000 e 15.000 peças e as demais não chegam a 6.000. Hoje, o MADP custodia um volume bem significativo, e que pode ser considerado um dos maiores acervos em relação à média nacional, com o total de 14.383 placas, quantidade essa levantada pela pesquisadora e antiga responsável pelo acervo, a arquivista Cristina Strohschoen.

A placa de vidro e sua evolução

·1848 – Placa de albúmen de Abel Niépce de Saint-Victor: substância proveniente da clara do ovo que formava a camada de fixação da imagem.

·1850 a 1900 – Placa de colódio úmido de Frederich Scott Archer: emulsão de colódio úmido e sais de prata, que ainda no seu estado úmido deveria ser exposta para ocorrer o processo de revelação da imagem. Depois de revelado, o negativo também servia de ambrótipo (negativos sobre fundo negro com molduras ornamentadas para criar o efeito visual de positivos, que eram armazenados em estojos de luxo).

·1871 – Placa de emulsão a seco de Richard Madox: o vidro sustentava os cristais prateados através de uma camada gelatinosa não úmida, que proporcionava mais agilidade ao processo. Esse tipo de emulsão também passou a ser aplicada em papéis e filmes, dando início ao papel fotográfico e ao negativo flexível.

Através da Divisão de Imagem e Som (DIS), preserva-se um acervo composto pela última versão de negativos em vidro, a de emulsão seca, com peças medindo, na grande maioria, 13 x 18 cm. Ainda que boa parte das imagens seja da primeira metade do século XX, fotógrafos como Alfredo Beck utilizaram o vidro até a década de 1950, pois o material permitia a técnica do retoque, que em sua opinião aproximava a fotografia da obra de arte, além de obter imagens mais nítidas para a época. Portanto, para garantir a preservação dos materiais, desde a década de 1980, uma série de projetos proporcionou a higienização, organização, acondicionamento e climatizaçãoComo trata das coleções.

Atualmente, os negativos são organizados e classificados na seguinte estrutura: Coleção Família Beck (CB), Cole ção Eduardo Jaunsem (CJ), Coleção de Ildo Weich (CW) e Arquivo Ijuí (outros fotógrafos). No entanto, nem todos os materiais estão disponíveis para pesquisa, por não terem o processo de tratamento finalizado.

Fontes Pesquisadas

FILIPPI, Patrícia de; FERRAZ DE LIMA, Solange; CARVALHO, Vânia Carneiro. r coleções de fotografias (Projeto como fazer, 4). São Paulo: Arquivo do Estado: Imprensa Oficial do Estado, 2002.

STROHSCHOEN, Cristina. Quando o patrimônio é uma imagem que quebra: políticas de acesso e preservação de coleções fotográficas de negativos de vidro. Dissertação (Mestrado em Patrimônio Cultural) CCSH, Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria: UFSM, 2012.

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Informativo bimestral do Museu Antropológico Diretor PestanakeMA

Evento Comemorativo aos 30 anos da Associação de Amigos do MADP

N o a n o d e 2 0 1 3 a Associação de Amigos do Museu Antropológico Diretor Pestana completa 30 anos de existência. Para comemorar esta data teremos um dia e s p e c i a l n o M u s e u . Confira a programação!

Espetáculo Musical – com Grupo Vocal Viva Voz

Data: 12 de dezembro de 2013

Horário: 18h

Local: Auditório do Museu Após a apresentação do Grupo Vocal Viva Voz será feita a entrega do Título de Sócio Benemérito à primeira diretoria da Associação e, em seguida, será servido um coquetel, encerrando com visita às exposições no Museu.

Promotores:

Associação de Amigos do Museu Antropológico Diretor Pestana e Museu Antropológico Diretor Pestana.

Patrocinadores:

SICREDI e UNIMED

Agenda Cultural

Incentivadores

Depoimento

De todos os bens que possuímos o Patrimônio Histórico talvez seja o mais importante. A frase manjada que versa que um povo só sabe para onde ir se sabe de onde vem, esclarece muito bem aquilo que acredito ser de suma importância preservar, seja nossa cultura, nossa história fotográfica e nossos registros. Em muitas cidades do país a função de abrigar tais riquezas cabe aos museus e, em nossa cidade não é diferente, toda nossa história é abrigada em um prédio mantido em parceria com a Fidene e o Município de Ijuí.

Meu primeiro contato com o Museu Diretor Pestana foi ainda muito pequena, quando minha mãe, então acadêmica do Curso de História da nossa Unijuí, me levou aos arquivos para um trabalho, o cheiro dos jornais, revistas, tecidos e fotos, as peças tão estranhas para minha pequena sabedoria, seres empalhados que, ao mesmo tempo intrigavam e assustavam, a cor amarelada por todos os lados, saber do passado e da historia de tanta gente que construiu este município e o fez grande e pujante, me apaixonei.

Da minha infância aos dias atuais foram muitas mudanças, o Museu ficou mais novo e dinâmico e eu mais velha, mas não menos dinâmica. Atualmente trabalho como Secretária Adjunta de Cultura, Esporte e Turismo e assim me tornei uma mantenedora do Museu, motivo que me enche de orgulho, fazer parte da história de tal entidade me trouxe algumas responsabilidades, mas muitas alegrias, saber que talvez a nossa contribuição, por menor que seja, esteja mantendo viva uma memória, algo tão rico e de valor inestimável, não para mim ou meus filhos, mas para a humanidade.

Vida longa ao Museu!

Fernanda Betinelli Secretária Adjunta de Cultura, Esporte e Turismo

Patrocínio

FUNDAÇÃO DE INTEGRAÇÃO, DESENVOLVIMENTO EEDUCAÇÃO DO NOROESTE DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SUL