Música

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  • Msica

    A msica (do grego - musik tchne, aarte das musas)[1] uma forma de arte que se constitui nacombinao de vrios sons e ritmos, seguindo uma pr-organizao ao longo do tempo.[2]

    considerada por diversos autores como uma prticacultural e humana. No se conhece nenhuma civilizaoou agrupamento que no possua manifestaes musicaisprprias. Embora nem sempre seja feita com esse obje-tivo, a msica pode ser considerada como uma forma dearte, considerada por muitos como sua principal funo.A criao, a performance, o signicado e at mesmo adenio de msica variam de acordo com a cultura e ocontexto social. A msica vai desde composies forte-mente organizadas (e a sua recriao na performance),msica improvisada at formas aleatrias. Pode ser divi-dida em gneros e subgneros, contudo as linhas divis-rias e as relaes entre gneros musicais so muitas vezessutis, algumas vezes abertas interpretao individual eocasionalmente controversas. Dentro das "artes", a m-sica pode ser classicada como uma arte de representa-o, uma arte sublime, uma arte de espetculo.Para indivduos de muitas culturas, a msica est extre-mamente ligada sua vida. A msica expandiu-se aolongo dos anos, e atualmente se encontra em diversas uti-lidades no s como arte, mas tambm como a militar,educacional ou teraputica (musicoterapia). Alm disso,tem presena central em diversas atividades coletivas,como os rituais religiosos[3], festas e funerais.H evidncias de que a msica conhecida e praticadadesde a pr-histria. Provavelmente a observao dossons da natureza tenha despertado no homem, atravsdo sentido auditivo, a necessidade ou vontade de umaatividade que se baseasse na organizao de sons. Em-bora nenhum critrio cientco permita estabelecer seudesenvolvimento de forma precisa, a histria da msicaconfunde-se, com a prpria histria do desenvolvimentoda inteligncia e da cultura humana.[4]

    1 DenioDenir a msica no tarefa fcil porque apesar de serintuitivamente conhecida por qualquer pessoa, difcilencontrar um conceito que abarque todos os signicadosdessa prtica. Mais do que qualquer outra manifestaohumana, a msica contm e manipula o som e o organizano tempo. Talvez por essa razo ela esteja sempre fu-gindo a qualquer denio, pois ao busc-la, a msica j

    Concerto (1485-95), quadro a leo de Lorenzo Costa (m. 1535).

    se modicou, j evoluiu. E esse jogo do tempo simulta-neamente fsico e emocional. Como arte do efmero, amsica no pode ser completamente conhecida e por isso to difcil enquadr-la em um conceito simples.A msica tambm pode ser denida como uma forma delinguagem que se utiliza da voz, instrumentos musicais eoutros artifcios, para expressar algo algum.

    Recreao, desenho em mural por Charles Sprague Pearce.

    1

  • 2 1 DEFINIO

    Umdos poucos consensos que ela consiste em uma com-binao de sons e de silncios, numa sequncia simultneaou em sequncias sucessivas e simultneas que se desenvol-vem ao longo do tempo. Neste sentido, engloba toda com-binao de elementos sonoros destinados a serem perce-bidos pela audio. Isso inclui variaes nas caracters-ticas do som (altura, durao, intensidade e timbre) quepodem ocorrer sequencialmente (ritmo e melodia) ou si-multaneamente (harmonia). Ritmo, melodia e harmoniaso entendidos aqui apenas em seu sentido de organiza-o temporal, pois a msica pode conter propositalmenteharmonias ruidosas (que contm rudos ou sons externosao tradicional) e arritmias (ausncia de ritmo formal oudesvios rtmicos).E nesse ponto que o consenso deixa de existir. Asperguntas que decorrem desta simples constatao en-contram diferentes respostas, se encaradas do ponto devista do criador (compositor), do executante (msico), dohistoriador, do lsofo, do antroplogo, do linguista oudo amador. E as perguntas so muitas:

    Toda combinao de sons e silncios msica? Msica arte? Ou de outra forma, a msica sem-

    pre arte? A msica existe antes de ser ouvida? O que faz

    com que a msica seja msica algum aspecto ob-jetivo ou ela uma construo da conscincia e dapercepo?

    Cariocas jogam entrudo durante o Carnaval do Rio de Janeiroem 1822, por Augustus Earle.

    Mesmo os adeptos da msica aleatria, responsveis pelamais recente desconstruo e reformulao da prticamusical, reconhecem que a msica se inspira sempre emuma matria sonora, cujos dados perceptveis podemser reagrupados para construir uma matria musical,que obedece a um objetivo de representao prprio docompositor, mediado pela tcnica. Em qualquer formade percepo, os estmulos vindos dos rgos dos sentidosprecisam ser interpretados pela pessoa que os recebe. As-sim tambm ocorre com a percepo musical, que se dprincipalmente pelo sentido da audio. O ouvinte nopode alcanar a totalidade dos objetivos do compositor.

    Por isso reinterpreta o material musical de acordo comseus prprios critrios, que envolvem aquilo que ele co-nhece, sua cultura e seu estado emocional.Da diversidade de interpretaes e tambm das diferen-tes funes em que a msica pode ser utilizada se concluique a msica no pode ter uma s denio precisa, queabarque todos os seus usos e gneros. Todavia, poss-vel apresentar algumas denies e conceitos que funda-mentam uma "histria da msica" em perptua evoluo,tanto no domnio do popular, do tradicional, do folclricoou do erudito.O campo das denies possveis na verdade muitogrande. H denies de vrios msicos (como Mozart,Beethoveen, Schnberg, Stravinsky, Varse, Gould, JeanGuillou, Boulez, Berio e Harnoncourt), bem como demusiclogos como Carl Dalhaus, Jean Molino, Jean-Jacques Nattiez, Clestin Delige, entre outros. Entre-tanto, quer sejam formuladas por msicos, musiclogosou outras pessoas, elas se dividem em duas grandes clas-ses: uma abordagem intrnseca, imanente e naturalistacontra uma outra que a considera antes de tudo uma artedos sons e se concentra na sua utilizao e percepo.

    1.1 A abordagem naturalista

    De acordo com a primeira abordagem, a msica existeantes de ser ouvida; ela pode mesmo ter uma existnciaautnoma na natureza e pela natureza. Os adeptos desseconceito armam que, em si mesma, a msica no cons-titui arte, mas cri-la e express-la sim. Enquanto ouvirmsica possa ser um lazer e aprend-la e entend-la sejafruto da disciplina, a msica em si um fenmeno naturale universal. A teoria da ressonncia natural de Mersennee Rameau vai neste sentido, pois ao armar a naturezamatemtica das relaes harmnicas e sua inuncia napercepo auditiva da consonncia e dissonncia, ela es-tabelece a preponderncia do natural sobre a prtica for-mal. Consideram ainda que, por ser um fenmeno natu-ral e intuitivo, os seres humanos podem executar e ouvir amsica virtualmente em suas mente semmesmo aprend-la ou compreend-la. Compor, improvisar e executar soformas de arte que utilizam o fenmeno msica.Sob esse ponto de vista, no h a necessidade de comuni-cao ou mesmo da percepo para que haja msica. Eladecorre de interaes fsicas e prescinde do humano.

    1.2 A abordagem funcional, artstica e es-piritual

    Para um outro grupo, a msica no pode funcionar a noser que seja percebida. No h, portanto, msica se nohouver uma obra musical que estabelece um dilogo entreo compositor e o ouvinte. Este dilogo funciona por inter-mdio de um gestomusical formante (dado pela notao)ou formalizado (por meio da interpretao). Neste grupo

  • 1.4 Denio social 3

    Alegoria da Msica, por Filippino Lippi.

    h quem dena msica como sendo a arte de manifestaros afetos da alma, atravs do som (Bona). Esta expres-so informa as seguintes caractersticas: 1) msica arte:manifestao esttica, mas com especial inteno a umamensagem emocional; 2) msica manifestao, isto ,meio de comunicao, uma das formas de linguagem aser considerada, uma forma de transmitir e recepcionaruma certa mensagem, entre indivduos considerados, ouentre a emoo e os sentidos do prprio indivduo queentona uma msica; 3) utiliza-se do som, a ideia de queo som, ainda que sem o silncio pode produzir msica, osilncio individualmente considerado no produz msica.Para os adeptos dessa abordagem, a msica s existecomo manifestao humana. atividade artstica por ex-celncia e possibilita ao compositor ou executante com-partilhar suas emoes e sentimentos. Sob essa ptica, amsica no pode ser um fenmeno natural, pois decorrede um desejo humano de modicar o mundo, de torn-lo diferente do estado natural. Em cada ponta dessa ca-deia, h o homem. A msica sempre concebida e re-cebida por um ser humano. Neste caso, a denio damsica, como em todas as artes, passa tambm pela de-nio de uma certa forma de comunicao entre os ho-mens. Como no pode haver dilogo ou comunicaosem troca de signos, para essa vertente a msica umfenmeno semitico.

    1.3 Denio negativa

    Uma vez que difcil obter um conceito sobre o que amsica, alguns tendem a deni-la pelo que no :

    A msica no uma linguagem normal. Amsica no capaz de signicar da mesma formaque as lnguas comuns. Ela no um discursoverbal, nem uma lngua, nem uma linguagem nosentido da lingustica (ou seja uma dupla articu-lao signo/signicado), mas sim uma linguagempeculiar, cujos modos de articulao signo musi-cal/signicado musical vm sendo estudados pelaSemitica da Msica.

    A msica no rudo. O rudo pode ser um com-ponente da msica, assim como tambm um com-ponente (essencial) do som. Embora a Arte dos ru-dos teorizasse a introduo dos sons da vida coti-diana na criao musical, o termo rudo tambmpode ser compreendido como desordem. E a msica uma organizao, uma composio, uma constru-o ou recorte deliberado (se considerarmos os ele-mentos componentes do som musical). A oposioque normalmente se faz entre estas duas palavraspode conduzir confuso e para evit-la precisose referir sempre ideia de organizao. QuandoVarse e Schaeer utilizam rudos de trfego namsica concreta ou algumas bandas de Rock indus-trial, como o Einstrzende Neubauten, utilizam sonsde mquinas, devemos entender que o rudo sele-cionado, recortado da realidade e reorganizado setorna msica pela inteno do artista.

    A msica no totalizante. Ela no tem o mesmosentido para todos que a ouvem. Cada indivduousa a sua prpria emotividade, sua imaginao, suaslembranas e suas razes culturais para dar a ela umsentido que lhe parea apropriado. Podemos armarque certos aspectos da msica tm efeitos semelhan-tes em populaes muito diferentes (por exemplo, aacelerao do ritmo pode ser interpretada frequente-mente como manifestao de alegria), mas todos osdetalhes, todas as sutilezas de uma obra ou de umaimprovisao no so sempre interpretadas ou sen-tidas de maneira semelhante por pessoas de classessociais ou de culturas diferentes.

    A msica no sua representao grca. Umapartitura um meio eciente de representar a ma-neira esperada da execuo de uma composio,mas ela s se tornamsica quando executada, ouvidaou percebida. A partitura pode ter mritos grcosou estticos independentes da execuo, mas no ,por si s, msica.

    1.4 Denio socialPor trs da multiplicidade de denies, se encontra umverdadeiro fato social, que coloca em jogo tanto os cri-trios histricos, quanto os geogrcos. A msica passatanto pelos smbolos de sua escritura (notao musical),como pelos sentidos que so atribudos a seu valor afe-tivo ou emocional. por isso que, no ocidente, nunca

  • 4 2 HISTRIA DA MSICA

    parou de se estender o fosso entre as msicas do ouvido(prximas da terra e do folclore e dotadas de uma certaespiritualidade) e as msicas do olho (marcadas pela es-critura, pelo discurso). Nossos valores ocidentais privile-giam a autenticidade autoral e procuram inscrever a m-sica dentro de uma histria que a liga, atravs da escrita, memria de um passado idealizado. As msicas noocidentais, como a africana apelam mais ao imaginrio,ao mito, magia e fazem a ligao entre a potencialidadeespiritual e corporal. O ouvinte desta msica, bem comoo da msica folclrica ou popular ocidental participa di-retamente da expresso do que ouve, atravs da dana oudo canto grupal, enquanto que um ouvinte de um con-certo na tradio erudita assume uma atitude contempla-tiva que quase impede sua participao corporal, como ses a sua mente estivesse presente ao concerto. O desen-volvimento da notao musical e a constituio articialdo sistema de temperamentos consolidou na msica, odualismo corpo-mente tpico do racionalismo cartesiano.E de tal forma esse movimento se fortaleceu que mesmoa msica popular ocidental, ainda que menos dualista, serendeu sistematizao, na qual se mantm at hoje.

    1.4.1 Msica: um fenmeno social

    A ala de baianas da Imperatriz Leopoldinense no carnaval 2008,Rio de Janeiro.

    As prticas musicais no podem ser dissociadas do con-texto cultural. Cada cultura possui seus prprios tipos demsica totalmente diferentes em seus estilos, abordagense concepes do que a msica e do papel que ela deveexercer na sociedade. Entre as diferenas esto: a maiorpropenso ao humano ou ao sagrado; a msica funcionalem oposio msica como arte; a concepo teatral doConcerto contra a participao festiva da msica folcl-rica e muitas outras.Falar da msica de um ou outro grupo social, de uma re-gio do globo ou de uma poca, faz referncia a um tipoespecco de msica que pode agrupar elementos total-mente diferentes (msica tradicional, erudita, popular ouexperimental). Esta diversidade estabelece um compro-

    misso entre o msico (compositor ou intrprete) e o p-blico que deve adaptar sua escuta a uma cultura que eledescobre ao mesmo tempo que percebe a obra musical.Desde o incio do sculo XX, alguns musiclogos esta-beleceram uma antropologia musical, que tende a pro-var que, mesmo se algum tem um certo prazer ao ou-vir uma determinada obra, no pode viv-la da mesmaforma que os membros das etnias aos quais elas se des-tinam. Nos crculos acadmicos, o termo original paraestudos da msica genrica foi musicologia compara-tiva, que foi renomeada em meados do sculo XX para"etnomusicologia", que apresentou-se, ainda assim, comouma denio insatisfatria.Para ilustrar esse problema cultural da representaodas obras musicais pelo ouvinte, o musiclogo Jean-Jacques Nattiez (Fondements dune smiologie de la mu-sique 1976) cita uma histria relatada por Roman Jakob-son em uma conferncia de G. Becking, linguista e musi-clogo, pronunciada em 1932 no Crculo Lingustico dePraga:

    2 Histria da msicaA histria da msica o estudo das origens e evoluoda msica ao longo do tempo. Como disciplina histricainsere-se na histria da arte e no estudo da evoluocultural dos povos. Como disciplina musical, normal-mente uma diviso da musicologia e da teoria musical.Seu estudo, como qualquer rea da histria trabalho doshistoriadores, porm tambm frequentemente realizadopelos musiclogos.[5]

    Este termo est popularmente associado histria damsica erudita ocidental e frequentemente arma-se quea histria da msica se origina na msica da Grcia antigae se desenvolve atravs de movimentos artsticos associa-dos s grandes eras artsticas de tradio europeia (comoa era medieval, renascimento, barroco, classicismo, etc.).Este conceito, no entanto equivocado, pois essa ape-nas a histria da msica no ocidente. A disciplina, noentanto, estuda o desenvolvimento da msica em todasas pocas e civilizaes, pois a msica um fenmenoque perpassa toda a humanidade, em todo o globo, desdea pr-histria.Em 1957 Marius Schneider escreveu: At poucas dca-das atrs o termo histria da msica signicava mera-mente a histria da msica erudita europeia. Foi apenasgradualmente que o escopo da msica foi estendido paraincluir a fundao indispensvel da msica no europeiae nalmente da msica pr-histrica.H, portanto, tantas histrias da msica quanto h cul-turas no mundo e todas as suas vertentes tm desdobra-mentos e subdivises. Podemos assim falar da histriada msica do ocidente, mas tambm podemos desdobr-la na histria da msica erudita do ocidente, histria damsica popular do ocidente, histria da msica do Brasil,

  • 3.1 Anlise musical 5

    histria do fado e assim sucessivamente.

    3 Teoria musicalTeoria musical o nome que dado a qualquer sistemadestinado a analisar, compreender e se comunicar a res-peito da msica. Assim como em qualquer rea do co-nhecimento, a teoria musical possui vrias escolas, quepodem possuir conceitos divergentes. Sua prpria divi-so da teoria em reas de estudo no consenso, mas deforma geral, qualquer escola possui ao menos:

    Anlise musical, que estuda os elementos do som eestruturas musicais e tambm as formas musicais.

    Esttica musical, que inclui a diviso da msica emgneros e a Crtica musical.

    Notao musical.

    3.1 Anlise musicalApesar de toda a discusso j apresentada, a msicaquando composta e executada deliberadamente consi-derada arte por qualquer das faces. E como arte, cria-o, representao e comunicao. Para obter essas na-lidades, deve obedecer a um mtodo de composio, quepode variar desde o mais simples (a pura sorte na msicaaleatria), at os mais complexos. Pode ser composta eescrita para permitir a execuo idntica em vrias oca-sies, ou ser improvisada e ter uma existncia efmera. Amsica dos pigmeus do Gabo, o Rock and roll, o Jazz, amsica sinfnica, cada composio ou execuo obedecea uma esttica prpria, mas todas cumprem os objetivosartsticos: criar o desconhecido a partir de elementos co-nhecidos; manipular e transformar a natureza; moldar ofuturo a partir do presente.

    Grupo de msica erudita apresentando algumas composies deMozart.

    Qualquer que seja o mtodo e o objetivo esttico, o ma-terial sonoro a ser usado pela msica tradicionalmente

    dividido de acordo com trs elementos organizacionais:melodia, harmonia e ritmo. No entanto, quando nosreferimos aos aspectos do som nos deparamos com umalista mais abrangente de componentes: altura, timbre,intensidade e durao. Eles se combinam para criar ou-tros aspectos como: estrutura, textura e estilo, bem comoa localizao espacial (ou o movimento de sons no es-pao), o gesto e a dana.Na base da msica, dois elementos so fundamentais: Osom e o tempo. Tudo na msica funo destes dois ele-mentos. comum na anlise musical fazer uma analogiaentre os sons percebidos e uma gura tridimensional. Asinestesia nos permite ver a msica como uma constru-o com comprimento, altura e profundidade.O ritmo o elemento de organizao, frequentementeassociado dimenso horizontal e o que se relacionamais diretamente com o tempo (durao) e a intensidade,como se fosse o contorno bsico da msica ao longo dotempo. Ritmo, neste sentido, so os sons e silncios quese sucedem temporalmente, cada som com uma duraoe uma intensidade prprias, cada silncio (a intensidadenula) com sua durao. O silncio , portanto, compo-nente damsica, tanto quanto os sons. O ritmo s perce-bido como contraste entre som e silncio ou entre diver-sas intensidades sonoras. Pode ser peridico e obedecera uma pulsao denida ou uma estrutura mtrica, mastambm pode ser livre, no peridico e no estruturado(arritmia). Tambm possvel que diversos ritmos se so-breponham na mesma composio (polirritmia). Essasso opes de composio. Enm interessante lembrarque, embora pequenas variaes de intensidade de umanota seguinte sejam essenciais ao ritmo, a variao deintensidade ao longo da msica antes de tudo um com-ponente expressivo, a dinmica musical.A segunda organizao pode ser concebida visualmentecomo a dimenso vertical. Da o nome altura dado aessa caracterstica do som. O mais agudo, de maiorfrequncia, ditomais alto. Omais grave mais baixo. Oelemento organizacional associado s alturas a melodia.A melodia denida como a sucesso de alturas ao longodo tempo, mas estas alturas esto inevitavelmente sobre-postas durao e intensidade que caracterizam o ritmoe portanto essas duas estruturas so indissociveis. Outrametfora visual que frequentemente utilizada a da cor.Cada altura representaria uma cor diferente sobre o de-senho rtmico. No toa que muitos termos utilizadosna descrio das alturas, escalas ou melodias tambm sousados para as cores: tom, tonalidade, cromatismo. Tam-bm no deve ser fruto do acaso o fato de que tanto ascores como os sons so caracterizados por fenmenos f-sicos semelhantes: as alturas so variaes de frequnciasem ondas sonoras (mecnicas). As cores so variaes defrequncia em ondas luminosas (eletromagnticas). As-sim como o ritmo, a melodia pode seguir estruturas de-nidas como escalas e tonalidades (msica tonal), que de-terminam a forma como a melodia estabelece tenso erepouso em torno de um centro tonal. O compositor tam-

  • 6 3 TEORIA MUSICAL

    Msico de rua em Pequim.

    bm pode optar por criar melodias em que a tenso e orepouso no decorrem de relaes hierrquicas entre asnotas (msica atonal).A terceira dimenso a harmonia ou polifonia. Visual-mente pode ser considerada como a profundidade. Tem-poralmente a execuo simultnea de vrias melodiasque se sobrepem e se misturam para compor um sommuito mais complexo (contraponto), como se cada me-lodia fosse uma camada e a harmonia fosse a sobreposi-o de todas essas camadas. A harmonia possui diversaspossibilidades: uma melodia principal com um acompa-nhamento que se limite a realar sua progresso harm-nica; duas ou mais melodias independentes que se entre-laam e se completam harmonicamente; sons aleatriosque, nos momentos que se encontram formam acordes; eoutras tantas em que sons se encontram aomesmo tempo.O termo harmonia no absoluto. Manipula o conjuntodas melodias simultneas de modo a expressar a vontadedo compositor. As dissonncias tambm fazem parte daharmonia tanto quanto as consonncias. Adicionalmente,pode-se criar harmonias que obedeam a duas ou maistonalidades simultaneamente (politonalismo - usado comfrequncia em composies de Villa-Lobos).Cada som tocado em umamsica tem tambm seu timbrecaracterstico. Denido da forma mais simples o timbre a identidade sonora de uma voz ou instrumento musi-cal. o timbre que nos permite identicar se um pianoou uma auta que est tocando, ou distinguir a voz dedois cantores. Acontece que o timbre, por si s, tam-bm um conjunto de elementos sequenciais e simult-

    neos. Uma srie innita de frequncias sobrepostas quegeram uma forma de onda composta pela frequncia fun-damental e seu espectro sonoro, formado por sobretonsou harmnicos. E o timbre tambm evolui temporal-mente em intensidade obedecendo a uma gura chamadaenvelope. como se o timbre reproduzisse em escalatemporal muito reduzida o que as notas produzem emmaior escala e cada nota possusse em seu prprio tecidouma melodia, um ritmo e uma harmonia prprias.Segundo o tipo de msica, algumas dessas dimenses po-dem predominar. Por exemplo, o ritmo bem marcado efortemente peridico tem a primazia na msica tradici-onal dos povos africanos. Na maior parte das culturasorientais, bem como na msica tradicional e popular doocidente, a melodia que representa o valor mais desta-cado. A harmonia, por sua vez, o ideal mais elevado damsica erudita ocidental.Estes elementos nem sempre so claramente reconhec-veis. Onde estar o ritmo ou a melodia no som de umaserra eltrica includa em uma cano de rock industrialou em uma composio eletroacstica? Mas se conside-rarmos apenas o jogo dos sons e do tempo, a organizaodo sequencial e do simultneo e a seleo dos timbres, amsica nestas composies ser to reconhecvel quantoa de uma cantata barroca.

    3.2 Gneros musicais

    Assim como existem vrias denies para msica, exis-tem muitas divises e agrupamentos da msica em gne-ros, estilos e formas. Dividir a msica em gneros umatentativa de classicar cada composio de acordo comcritrios objetivos, que no so sempre fceis de denir.Uma das divises mais frequentes separa a msica emgrandes grupos:

    Msica erudita - a msica tradicionalmente ditacomo culta e no geral, mais elaborada. Tambm conhecida como msica clssica, especicamentea composta at o Romantismo por ter sobrevividoao tempo ao longo dos sculos, no mesmo sentidoem que se fala de literatura clssica. Pode ser ditotambm de msica clssica, obras que so bem fa-miliares e conhecidas, ao ponto de serem assoviadaspelas pessoas, algo mais popular assim como a lite-ratura. Seus adeptos consideram que feita para du-rar muito tempo e resistir moda e a tendncias. Emgeral exige uma atitude contemplativa e uma audi-o concentrada. Alguns consideram que seja umaforma de msica superior a todas as outras e queseja a real arte musical. Porm, deve tambm serlembrado que mesmo os compositores eruditos v-rias vezes utilizaram melodias folclricas (determi-nada regio) para que em cima dela fossem compos-tas variaes. Alguns compositores chegaram at aapenas colocar melodias folclricas como o segundo

  • 3.2 Gneros musicais 7

    sujeito de suas msicas (como Villa-Lobos fez ex-tensamente). Os gneros eruditos so divididos so-bretudo de acordo com o perodos em que foramcompostas ou pelas caractersticas predominantes.

    Msica popular - associada a movimentos culturaispopulares. Conseguiu se consolidar apenas aps aurbanizao e industrializao da sociedade e se tor-nou o tipo musical icnico do sculo XX. Se apre-senta atualmente como a msica do dia a dia, to-cada em shows e festas, usada para dana e soci-alizao. Segue tendncias e modismos e muitasvezes associada a valores puramente comerciais,porm, ao longo do tempo, incorporou diversas ten-dncias vanguardistas e inclui estilos de grande so-sticao. um tipo musical frequentemente asso-ciado a elementos extramusicais, como textos (letrade cano), padres de comportamento e ideologias. subdividida em incontveis gneros distintos, deacordo com a instrumentao, caractersticas mu-sicais predominantes e o comportamento do grupoque a pratica ou ouve.

    Msica folclrica ou msica nacionalista - associ-ada a fortes elementos culturais de cada grupo so-cial. Tem carter predominantemente rural ou pr-urbano. Normalmente so associadas a festas fol-clricas ou rituais especcos. Pode ser funcional(como canes de plantio e colheita ou a msica dasrendeiras e lavadeiras). Normalmente transmitidapor imitao e costuma durar dcadas ou sculos.Incluem-se neste gnero as cantigas de roda e deninar.

    Msica religiosa, utilizada em liturgias, tais comomissas e funerais. Tambm pode ser usada paraadorao e orao ou em diversas festividades re-ligiosas como o natal e a pscoa, entre outras. Cadareligio possui formas especcas de msica religi-osa, tais como a msica sacra catlica, o gospel dasigrejas evanglicas, a msica judaica, os tamboresdo candombl ou outros cultos africanos, o canto domuezim, no Islamismo entre outras.

    Cada uma dessas divises possui centenas de subdivises.Gneros, subgneros e estilos so usados numa tentativade classicar cada msica. Em geral possvel estabele-cer com um certo grau de acerto o gnero de cada peamusical, mas como a msica no um fenmeno estan-que, cada msico constantemente inuenciado por ou-tros gneros. Isso faz com que subgneros e fuses se-jam criados a cada dia. Por isso devemos considerar aclassicao musical como um mtodo til para o estudoe comercializao, mas sempre insuciente para contercada forma especca de produo. A diviso em gnerostambm contestada assim como as denies de msicaporque cada composio ou execuo pode se enquadrarem mais de um gnero ou estilo e muitos consideram queesta uma forma articial de classicao que no res-

    As apresentaes musicais so cada vez mais realizadas pelomundo, seja em datas festivas, ou em compromissos de artistas.A msica sempre foi uma atrao, desde a antiguidade.

    peita a diversidade da msica. Ainda assim, a classica-o em gneros procura agrupar a msica de acordo comcaractersticas em comum. Quando estas caractersticasse misturam, subgneros ou estilos de fuso so utilizadosem um processo interminvel.Os estilos musicais ao entrar em contato entre si produ-zem novos estilos e h uma miscigenao entre culturaspara produzir gneros transnacionais. O blues e o jazzdos Estados Unidos,[6] por exemplo, tm elementos vo-cais e instrumentais das tradies anglo-irlandesas, esco-cesas, alems e afro-americanas que s podem ser frutoda produo do sculo XX"(20).Outra forma de encarar os gneros consider-los comoparte de um conjunto mais abrangente de manifestaesculturais. Os gneros so comumente determinados pelatradio e por suas apresentaes e no s pela msica defato. O Rock, por exemplo, possui dezenas de subgne-ros, cada um com caractersticas musicais diferentes mastambm pelas roupas, cabelos, ornamentao corporal edanas, alm de variaes de comportamento do pblicoe dos executantes. Assim, uma cano de Elvis Presley,um heavy metal ou uma cano punk, embora sejam to-das consideradas formas de rock, representam diversasculturas musicais diferentes.Tambm a msica erudita, folclrica ou religiosa pos-suem comportamentos e rituais associados. Ainda queo mais comum seja compreender a msica erudita comoa acstica e intencionada para ser tocada por indivduos,muitos trabalhos que usam samples, gravaes e aindasons mecnicos, no obstante, so descritas como eru-ditas, uma vez que atendam aos princpios estticos doerudito. Por outro lado, uma trecho de uma obra erudita

  • 8 5 ATUAO / PERFORMANCE

    como os Quadros de uma Exposio deMussorgsky to-cado por Emerson, Lake and Palmer se torna Rock pro-gressivo no s por que houve uma mudana de instru-mentao, mas tambm porque h uma outra atitude dosexecutantes e da plateia.

    3.2.1 Mtodos de composio

    Cada gnero dene um conceito e um mtodo de compo-sio, que passa pela denio de uma forma, uma instru-mentao e tambm um processo que pode criar sonsmusicais. A gama de mtodos muito grande e vai desdea simples seleo de sons naturais, passando pela compo-sio tradicional que utiliza os sistemas de escalas, tonali-dades e notao musical e varia at a msica aleatria emque sons so escolhidos por programas de computador,obedecendo a algoritmos programados pelo compositor.

    3.3 Crtica musical

    Crtica musical uma prtica utilizada, sobretudo pelosmeios de comunicao para comentar o valor esttico deuma obra, intrprete ou conjunto musical. Um texto cr-tico frequentemente refere-se a um espetculo ou lbumna poca de seu lanamento. O assunto complexo e po-lmico, pois, desde os tempos em que a sua prtica eralevada a cabo por curiosos frequentadores da vida sociale, consequentemente, dos espetculos musicais, nunca setornou claro qual o seu objetivo principal, nem mesmoquais os destinatrios - o pblico, o artista ou ambos.Ao longo do sculo XX, notou-se que, mesmo sem na-lidade ou utilidade aparente, a crtica musical passou adespertar forte curiosidade nos que no frequentavam osespetculos musicais e assim se apropriavam dos pontosde vista emanados nas crticas. Com o estabelecimentodo comrcio musical, os msicos e produtores musicais,em nome da captura das plateias e dos compradores, pas-saram amanipular seu contedo com diversos tipos de fa-vorecimento aos crticos. Com a vulgarizao desta pr-tica, a iseno da crtica passou a ser questionada. Aindaassim, ela consegue inuenciar o pblico e uma crticaem um veculo respeitado pode, dentro de certos limites,promover o sucesso ou o fracasso dos artistas, lbuns eespetculos.A indstria cultural alm de lanar tendncias atravs debandas pagas, agrupadas por redes de comunicao, tam-bm faz uso da crtica para vender sua mercadoria comartigos pagos, manipulao dos meios de comunicao ea massicao de determinados estilos musicais. A pr-tica de comprar a execuo de uma msica em horriosde grande audincia chamada no Brasil de jabacul"ou simplesmente jab".

    4 Educao musicalEducao musical o conjunto de prticas destinadas atransmitir atravs da vivncia musical a teoria e prticada msica nas correntes geraes e inclui:

    Musicalizao - mtodos destinados a iniciar o estu-dante na prtica ou leitura musical. Hmuitos mto-dos de musicalizao, sendo Dalcroze, Kodly, Ore Suzuki os mais conhecidos.

    Percepo auditiva - treinamento da percepo rt-mica, meldica (relativa a alturas e intervalos), e po-lifnica (harmnica).

    Teoria musical - ensino da teoria musical, ritmos,escalas, contraponto, harmonia, melodia e notaomusical.

    Histria da msica.

    Prtica vocal - ensino e treinamento de tcnicas vo-cais. Inclui o canto coral e o canto orfenico.

    Prtica instrumental - ensino e treinamento de tcni-cas especcas de cada instrumento de forma grupale/ou individual.

    Composio e Regncia - Curso voltado para pes-soas que gostariam de ser compositores ou regentes,tambm um curso superior destinado formao deregentes.

    5 Atuao / Performance

    O cantor jamaicano Bob Marley durante uma apresentao emZurich (Sua) em 1980.

    Amsica s existe quando executada ou reproduzida, porisso a atuao seu aspecto mais importante. Enquantono executada amsica apenas potencial. na execuo

  • 5.3 Composio audiovisual 9

    que ela se torna um existente. A atuao pode se esten-der da improvisao de solos s bem organizadas apre-sentaes repletas de rituais, como o moderno concertoclssico, o concerto de rock ou festividades religiosas. Oexecutante o msico, que pode ser um instrumentista oucantor.

    5.1 Solos e conjuntos

    A execuo pode ser feita individualmente e neste caso chamada de solo, palavra que vem do italiano e signicasozinho. O extremo oposto a execuo em conjuntosvocais, instrumentais ou mistos.Muitas culturasmantm fortes tradies nas atuaes solocomo, por exemplo, na msica clssica indiana, enquantoque outras, como em Bali, tm nfase nas atuaes deconjuntos. Mas o mais comum uma uma mistura dasduas. Conjuntos podem ter solistas permanentes (comoo vocalista ou guitarrista principal da banda de rock) ouocasionais (como o solista do concerto erudito). Solistasso os encarregados de reproduzir a linha meldica queguia a msica naquele instante.A variedade de conjuntos existentes imensa e as combi-naes possveis so ilimitadas. comum classicar osgrupos pelo nmero de participantes: duos, trios, quar-tetos, quintetos, sexteto, heptetos e octetos so os maiscomuns. Grupos com mais de oito executantes so clas-sicados por sua funo: coros, grupo de cmara, bandas,orquestras. Certos grupos tm um nome especco, comoo gamelo, conjunto instrumental tpico da msica deBali. Outros podem partilhar o nome com outros conjun-tos e neste caso so identicados geralmente pelo gnero:Orquestra sinfnica, orquestra de baile, banda de blues,banda de jazz.

    5.2 O evento musical

    A execuo musical pode ocorrer em um contexto ntimoou mesmo solitrio, mas comum que ocorra dentro deum evento ou espetculo. Entre os eventos mais comunsesto as festas, concertos,[7] shows, peras, espetculosde dana, entre outros. Cada evento tem caractersticasprprias e normalmente obedece a um ritual especco.Eventos mais teatrais como o concerto e a pera exi-gem do pblico uma atitude contemplativa e silenciosaenquanto que um show de rock ou uma roda de sambapresumem a participao ativa do pblico na forma docanto e dana.

    5.2.1 Festivais de msica

    Alm dos prprios shows e eventos feitos por algumasbandas e grupos isolados, existem tambm os festivaisde msica, onde so apresentados diversos grupos e ar-tistas, na maioria das vezes com o mesmo gnero, mas

    A cantora britnica Amy Winehouse em um festival musical naFrana em 2007

    muitas vezes com gneros diversos. Podem ocorrer umanica vez ou periodicamente. Um dos festivais mais co-nhecidos foi o de Woodstock, tradicional festival de rocknos Estados Unidos. Alguns festivais como o Live 8 tmabrangncia global, outros so limitados regio em queocorrem, como os brasileiros Chivas Jazz Festival, SoPaulo Mix Festival, Abril Pro Rock e Festival Pr Amp eo portugus Super Bock Super Rock. Em alguns casos,um evento planejado para ter abrangncia local ganha im-portncia e extrapolado para outras localidades, comoo famoso Rock in Rio que aps trs edies no Rio de Ja-neiro passou a ter edies no exterior, como a de 2004 emLisboa e as que aconteceram em 2006 e 2007 em Lisboae Sydney.Existem muitos festivais de msica que celebram gne-ros particulares de msica. Um dos melhores exemplos o Festival de Bayreuth que se dedica exclusivamente soperas de Richard Wagner. Tambm podem ser consi-derados festivais eventos que englobam outras manifes-taes, como o Carnaval do Brasil ou o Mardi-Gras emNova Orleans.

    5.3 Composio audiovisual

    Composio audiovisual um tipo especco de com-posio musical que envolve recursos cnicos ou visuais,tais como a msica para dana, a pera, videoclipe, abanda sonora (ou trilha sonora), entre outras.

    5.3.1 Banda sonora

    Chama-se Banda sonora ou trilha sonora ao conjuntodas peasmusicais usadas numlme. Pode incluir msicaoriginal, criada de propsito para o lme, ou outras peasmusicais, canes e excertos de obras musicais anterioresao lme.

  • 10 10 LIGAES EXTERNAS

    6 Estudo da msica Musicologia Antropologia Etnologia Etnomusicologia Acstica Musicoterapia

    7 Prosses da msica Msico Intrprete Cantor Instrumentista Compositor Arranjador Improvisador Maestro DJ Produtor musical Edio: mixagem e masterizao Luthier Musiclogo Teorista Professor

    8 Ver tambm lbum musical Cano Canto Cifra (msica) Instrumento musical Musicalismo Msica clssica Msica e matemtica Nota

    Pauta (msica) Tempo (msica) Terminologia musical

    Listas de msica

    Lista de bandas do Brasil Lista de gneros musicais Canes Outras listas

    9 Referncias[1] Mousike, Henry George Liddell, Robert Scott, A Greek-

    English Lexicon, at Perseus

    [2] Dicionrio Aurlio do Sculo XXI

    [3] A Theatre Before the World: Performance History atthe Intersection of Hebrew, Greek, and Roman ReligiousProcessional The Journal of Religion and Theatre, Vol.5, No. 1, Summer 2006.

    [4] Nattiez, Jean-Jacques. Music and discourse: toward asemiology of music. [S.l.]: Princeton University Press,1990. 48, 55 p. ISBN 0691027145

    [5] Wilkinson, Endymion Porter. Chinese history. [S.l.]: Har-vard University Asia Center, 2000.

    [6] Alyn Shipton, A New History of Jazz, 2nd. ed., Conti-nuum, 2007, pp. 45

    [7] BaroqueMusic by Elaine Thornburgh and Jack Logan, Ph.D.

    10 Ligaes externas Academia Brasileira de Msica Diviso de Msica da Biblioteca Nacional do Brasil Museu da Msica (Portugal) Escola Superior de Msica de Lisboa Ensino de Teoria Musical

  • 11

    11 Fontes, contribuidores e licenas de texto e imagem11.1 Texto

    Msica Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica?oldid=42550296 Contribuidores: Amorim Parga, Jorge~ptwiki, Robbot,EduardoCruz, Plataformista, Hashar, Ellery Souza, Manuel Anastcio, Webkid~ptwiki, Scott MacLean, Parakalo, Muriel Gottrop, Ms-chlindwein, Yosri, Rui Malheiro, Gbiten, E2m, NH~ptwiki, Osias, Ahoerstemeier, E2mb0t, Juntas, Chico, LeonardoRob0t, Sr X, Diotti,Lusitana, Santana-freitas, Whooligan, Nuno Tavares, Get It, Lafraia, Diego Paiva, NTBot, RobotQuistnix, JP Watrin, Rei-artur, Leslie,Sturm, Cralize, BitOcas, Epinheiro, Carlosguitar, Tschulz, 333~ptwiki, Joo Carvalho, Andr Koehne, Tiagopassos, Vincius de MouraMancuso, Daniloprates, Inner~ptwiki, Agil, OS2Warp, 555, FML, Adailton, Zwobot, Jorunn, Lijealso, Vmadeira, Fasouzafreitas, Yurik-Bot, Fbio Sold, Danprata, Fernando S. Aldado, Gpvos, Bons, Marcos FMA, Santosga, RobotJcb, Alcalino3, Rhe, Lus Felipe Braga,Mosca, MalafayaBot, Gabrielt4e, Chlewbot, Dantadd, Eufrasioprates, Salgueiro, Leonardo.stabile, Dirceu Jnior, Waltter Manoel da Silvawppt, LijeBot, Lucasfpaixao, Rcaterina, DCandido, Jo Lorib, Iemai, Reynaldo, Nice poa, Gilblack1234, GoEThe, FSogumo, Marcelo Vic-tor, Paulagoes, Felips, Yanguas, Thijs!bot, Rei-bot, Felipesantos, Escarbot, RoboServien, Belanidia, BOT-Superzerocool, JSSX, JAnDbot,Alchimista, Rafa1801, MarceloB, Delemon, Bisbis, Talita Lima, Baro de Itarar, CommonsDelinker, Maxtremus, Guilherme JL, Galgani,Alexanderps, Eric Du, Rjclaudio, Idioma-bot, EuTuga, Der kenner, Luckas Blade, Mibaango, Carlos28, TXiKiBoT, Tumnus, Gunnex,Aibot, VolkovBot, Xhades~ptwiki, SieBot, Luther Blissett. Y, Synthebot, Lechatjaune, Rossano~ptwiki, YonaBot, Teles, BotMultichill,AlleborgoBot, GOE, Prioboe, Danilo P, PipepBot, Leandro Drudo, Jcegobrain, Aurola, Kim richard, Arthemius x, Amats, Marina mas-carin, Arthurlol, Heiligenfeld, Sutherland Forum, Taikanatur, DragonBot, Alexandrepastre, Georgez, RafaAzevedo, Jcrasecster, LP SrgioLP, Ruy Pugliesi, Edviges, Pedrob666 66, BodhisattvaBot, MP4 S.A., Kelvis, Pietro Roveri, ThiagoEnrique, Musicgyn, OsBlink, VitorMazuco, Maurcio I, Louperibot, NjardarBot, ChristianH, Thrasherbermensch, Luckas-bot, LinkFA-Bot, Loko99, MystBot, Nallimbot,Lucia Bot, Giovanidasilvaesouza, Eamaral, Marcos-molz, Eduardofeld, V3193, Salebot, DHhenrique, ArthurBot, Jessica lepturty, Vi-torvicentevalente, Rafgco, Mvbill, Xqbot, GhalyBot, JotaCartas, Gean, LucienBOT, RibotBOT, Lo Cebin, Ts42, MauritsBot, Laumaia,Lcmessina, MastiBot, Rick Rocha, Kyuubi 360, TobeBot, Lucas RdS, Braswiki, Stegop, Dinamik-bot, Marcos Elias de Oliveira Jnior, Ka-mikazeBot, HVL, Viniciusmc, Capito Pirata Bruxo, Mathonius, Ligeirinhoph, Le3A, Defender, Aleph Bot, EmausBot, Franzr, ZroBot,rico Jnior Wouters, Lilin, Salamat, Impro, Averaver, RickJ~ptwiki, Stuckkey, WikitanvirBot, Fernandobrasilien, CocuBot, Markinhomalandro, Cristiano.ms.lipe, Leytor, PedR, Colaborador Z, Joo Paulo Tinoco Alvarenga, Cokz, Rsaltiel, MerlIwBot, Antero de Quintal,PauloEduardo, Musiconia, pico, DARIO SEVERI, Alexandre.loureiro1, Shgr Datsgen, Zoldyick, Matheus Faria, Vitor Souza Pereira,Christian9775, Raul Caarvalho, Leon saudanha, Michely20, Prima.philosophia, Legobot, Danielctupan, Kabalions, Marcos dias de oli-veira, Catherine ferrari, Brunashimidt, MarioSnchezAlba, Tsloxxxx, Filipa.Tavares.1992, Rodrigolopesbot, Danilo.CV, Leobaphomet1,O revolucionrio aliado, Mauro Melot, Wikimasterbz, Jhgsrysthsthg, Cidades Aparte1 e Annimo: 546

    11.2 Imagens Ficheiro:Amy_Winehouse_Eurockeennes_2007.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/dc/Amy_Winehouse_

    Eurockeennes_2007.jpg Licena: CCBY 2.0 Contribuidores: AmyWinehouse | Eurockennes 2007Artista original: Festival Eurockennes Ficheiro:August_Macke_023.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fd/August_Macke_023.jpg Licena: Pu-

    blic domain Contribuidores: The Yorck Project: 10.000 Meisterwerke der Malerei. DVD-ROM, 2002. ISBN 3936122202. Distributed byDIRECTMEDIA Publishing GmbH. Artista original: August Macke

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    Ficheiro:Bob-Marley-in-Concert_Zurich_05-30-80.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3a/Bob-Marley-in-Concert_Zurich_05-30-80.jpg Licena: CC-BY-SA-3.0 Contribuidores: http://www.drjazz.ch/album/bobmarley.htmlArtista original: Ueli Frey

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  • 12 11 FONTES, CONTRIBUIDORES E LICENAS DE TEXTO E IMAGEM

    Ficheiro:Games_during_the_carnival_at_Rio_de_Janeiro.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/76/Games_during_the_carnival_at_Rio_de_Janeiro.jpg Licena: Public domain Contribuidores: National Library of Australia Artistaoriginal: Augustus Earle (in English); Augustus Earle (em Portugus)

    Ficheiro:Magnifying_glass_01.svg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3a/Magnifying_glass_01.svg Licena:CC0 Contribuidores: ? Artista original: ?

    Ficheiro:Mozarteum_grosser_saal_buehne_mit_orchester.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f4/Mozarteum_grosser_saal_buehne_mit_orchester.jpg Licena: CC-BY-SA-3.0 Contribuidores: ? Artista original: ?

    Ficheiro:Music_lesson_Staatliche_Antikensammlungen_2421.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/9b/Music_lesson_Staatliche_Antikensammlungen_2421.jpg Licena: Public domain Contribuidores: User:Bibi Saint-Pol, own work, 2007-02-10 Artista original: Phintias

    Ficheiro:Noia_64_apps_kcmmidi.png Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/83/Noia_64_apps_kcmmidi.png Li-cena: LGPL Contribuidores: ? Artista original: ?

    Ficheiro:Portal.svg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c9/Portal.svg Licena: CC BY 2.5 Contribuidores: Portal.svg

    Artista original: Portal.svg: Pepetps Ficheiro:Recreation-Pearce-Highsmith-detail-1.jpeg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/33/

    Recreation-Pearce-Highsmith-detail-1.jpeg Licena: Public domain Contribuidores: Library of Congress, Prints & PhotographsDivision, LC-DIG-highsm-02031 (original digital le), uncompressed archival TIFF version (88 MB), cropped and converted to JPEGwith the GIMP 2.4.5, image quality 88. Artista original: Artist is Charles Sprague Pearce (18511914). Photographed 2007 by CarolHighsmith (1946), who explicitly placed the photograph in the public domain.

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    11.3 Licena Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0

    Definio A abordagem naturalista A abordagem funcional, artstica e espiritual Definio negativa Definio social Msica: um fenmeno social

    Histria da msica Teoria musical Anlise musical Gneros musicais Mtodos de composio

    Crtica musical

    Educao musical Atuao / Performance Solos e conjuntos O evento musical Festivais de msica

    Composio audiovisual Banda sonora

    Estudo da msica Profisses da msica Ver tambm RefernciasLigaes externas Fontes, contribuidores e licenas de texto e imagemTextoImagensLicena