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NORMA PETROBRAS N-464 CONSTRUÇÃO, MONTAGEM E CONDICIONAMENTO DE DUTO TERRESTRE Elaborada em outubro / 2001 por Paulo M. De F. Montes Tel: 816-5736 / 886-7114 Email: [email protected] Revisada em junho / 2003 por Carlos A. C. Manzano Tel: 816-3703 / 886-6351 Email: [email protected] 1a. Parte

N-464 1a parte

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NORMA PETROBRAS N-464

CONSTRUÇÃO, MONTAGEM E CONDICIONAMENTO DE

DUTO TERRESTREElaborada em outubro / 2001 por Paulo M. De F. Montes

Tel: 816-5736 / 886-7114

Email: [email protected]

Revisada em junho / 2003 por Carlos A. C. Manzano

Tel: 816-3703 / 886-6351

Email: [email protected]

1a. Parte

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SUMÁRIO

1. OBJETIVO

2. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

3. PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS

4. QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

6. INSPEÇÃO DO REVESTIMENTO EXTERNO ANTICORROSIVO APÓS A COBERTURA

7. CONDICIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES

8. MONTAGEM E INSTALAÇÃO DE COMPLEMENTOS

9. DOCUMENTAÇÃO “CONFORME CONSTRUÍDO”

ANEXOS, FIGURAS E TABELAS

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CAPÍTULO 1:OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para construção, montagem, teste, condicionamento e aceitação de dutos terrestres.

1.2 Esta Norma se aplica a projetos iniciados a partir da data de sua edição e também a instalações já existentes, quando da sua manutenção.

1.3 Esta Norma contém requisitos Técnicos e Prática Recomendada

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CAPÍTULO 2 :DOCUMENTOS

COMPLEMENTARES

. Ministério do Trabalho e Ministério do Exército

. PETROBRÁS

. ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)

. ABENDE (Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos)

. FBTS (Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem)

. API (American Petroleum Institute)

. ASME (American Society of Mechanical Engineers)

. MSS (Manufacturers Standartization Society of the Valve and Fittings Industry)

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CAPÍTULO 3:PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS

3.1 Devem ser emitidos procedimentos executivos específicos para cada fase da obra, segundo as especificações técnicas definidas no projeto de cada duto bem como, recomendações relacionadas nesta Norma.

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CAPÍTULO 3:PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS

3.2 Devem ser emitidos procedimentos executivos para no mínimo:a) característica dos equipamentos a serem utilizados nas diferentes fases da construção;b) locação da faixa de domínio;c) terraplanagem, incluindo: acesso, abertura de pista, desmatamento, corte, aterro e desmonte de rocha;d) abertura e preparação da vala;e) manuseio, transporte e distribuição dos tubos;f) curvamento dos tubos;g) concretagem dos tubos;h) ajustagem, alinhamento e fixação dos tubos e acessórios para soldagem;l) procedimento de soldagem e respectivos registros de qualificação;j) inspeção por ensaios não-destrutivos;

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k) revestimentos anticorrosivo e de concreto em tubos, juntas e componentes de tubulação; reparos nos revestimentos;l) travessias e cruzamentos;m) abaixamento e cobertura na vala, inclusive proteção da vala;n) detecção de amassamento e limpeza interna dos tubos pela passagem de "pigs";o) interligações ("tie-in") e instalação de complementos;p) teste hidrostático;q) proteção e restauração da pista;r) sinalização da faixa de domínio de dutos;s) organização e execução do Livro de Projeto (“Data Book”) incluindo desenhos de fabricantes, manuais e desenhos “conforme construído”;t) condicionamento das instalações;u) sistema de proteção catódica.

CAPÍTULO 3:PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS

(CONTINUAÇÃO):

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4.1 Soldadores – API STD 1104 ou ASME Seção IX

4.2 Inspetores de Soldagem – FBTS N-001

4.3 Inspetores de Dutos (ID) – Anexo A desta Norma

4.4 Inspetores de Ensaios Não Destrutivos (END) – ABENDE DC-001 e NA-001

CAPÍTULO 4:QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL

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ANEXO A - TABELASTABELA A-1 - ATIVIDADES EXERCIDAS PELO

INSPETOR DE DUTOS TERRESTRES

Modalidade Atividades

ID-01

- Inspeção de Recebimento de Materiais

- Armazenamento e Preservação de Materiais

- Transporte, Distribuição e Manuseio de Tubos e Materiais

- Curvamento de Tubos

ID-02

- Locação, Marcação e Abertura de Pista

- Abertura e Preparação de Vala

- Cobertura de Vala

- Restauração e Limpeza de Pista

ID-03

- Revestimento Externo das Juntas Soldadas e Reparos no Revestimento

- Abaixamento de Dutos na Vala

- Cobertura de Vala

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ANEXO A – TABELAS TABELA A-1 - ATIVIDADES EXERCIDAS PELO

INSPETOR DE DUTOS TERRESTRES (CONTINUAÇÃO)

Modalidade Atividades

ID-04 - Concretagem de Tubos e Bases

ID-05

- Jateamento e Pintura

- Montagem e Instalação de Complementos de Dutos

- Armazenamento e Preservação de Materiais

ID-06

- Atividades de ID-02 e ID-03

- Cruzamento de Dutos, Rodovias, Ferrovias e Instalações

Subterrâneas

- Travessia de Rios, Riachos, Lagos, Açudes e Regiões Alagadas

- Obras Especiais (“Tie-in”, etc.)

- Teste Hidrostático de Dutos

Nota: Como pré-requisito para ID-6, o profissional deve ser aprovado em ID-2 e ID-3.

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ANEXO A - TABELASTABELA A-2 – PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO

PARA O INSPETOR DE DUTOS

ITEM ASSUNTOMODALIDADE - ID

01 02 03 04 05 06

01

Cálculos

- Perímetros, áreas, volumes.

- Operações com ângulos.

- Relações no triângulo retângulo.

- Relações trigonométricas.

x x x x x x

02

Unidades de Medidas Lineares,

Angulares e Arredondamento

- Sistema Internacional de Unidades (SI).

- Sistema inglês.

- Sistema angular.

- Conversão de unidades.

- Arredondamento.

x x x x x x

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ANEXO A – TABELAS TABELA A-2 - PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO PARA O INSPETOR DE DUTOS (CONTINUAÇÃO)

ITEM ASSUNTOMODALIDADE - ID

01 02 03 04 05 06

03

Noções de Física- Propriedades térmicas dos materiais.

- Graus Celsius e Fahrenheit.

- Hidrostática.

x

x

04

Desenho Técnico

- Execução e interpretação de desenho

mecânico.

- Execução e interpretação de desenhos

na construção civil.

x

x x x

x x

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ANEXO A – TABELAS TABELA A-2 - PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO PARA O INSPETOR DE DUTOS (CONTINUAÇÃO)

ITEM ASSUNTOMODALIDADE - ID

01 02 03 04 05 06

05

Instrumentos Básicos - Trena.

- Régua.

- Nível de bolha.

- Prumo.

- Paquímetro.

- Goniômetro.

x x x x x x

06

Aparelhos/Testes - Higrômetro.- Ap. medição de películas.- “Holiday-Detector”.- Balança de peso morto. - Manômetros.

x x

x x

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ANEXO A – TABELAS TABELA A-2 - PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO PARA O INSPETOR DE DUTOS (CONTINUAÇÃO)

ITEM ASSUNTOMODALIDADE - ID

01 02 03 04 05 06

07Sistemas de Qualidade- Conceitos básicos.

x x x x x

08

Acessórios de Tubulação

- Classificação dos acessórios de

tubulação.

- Acessórios para solda de encaixe.

- Acessórios rosqueados.

- Acessórios flangeados.

x x

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ANEXO A – TABELAS TABELA A-2 - PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO PARA O INSPETOR DE DUTOS (CONTINUAÇÃO)

ITEM ASSUNTOMODALIDADE - ID

01 02 03 04 05 06

09

Válvulas

- (a) Classificação das válvulas:

- (b) Tipos de válvulas e suas aplicações:

- Gaveta.

- Esfera.

- Globo.

- Retenção.

- Segurança.

x x x

10Tubulação

- Classificação e especificação x

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ANEXO A – TABELAS TABELA A-2 - PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO PARA O INSPETOR DE DUTOS (CONTINUAÇÃO)

ITEM ASSUNTOMODALIDADE - ID

01 02 03 04 05 06

11

Pintura

Noções e finalidade:

- Análises dos certificados.

- Preparação da superfície.

- Manuseio.

- Aplicação.

- Teste de aderência.

- Medição da película de tinta.

- Teste de continuidade.

x

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ANEXO A – TABELAS TABELA A-2 - PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO PARA O INSPETOR DE DUTOS (CONTINUAÇÃO)

ITEM ASSUNTOMODALIDADE - ID

01 02 03 04 05 06

12

Revestimento

Noções e finalidade:

- Análise dos certificados.

- Preparação da superfície.

- Manuseio.

- Aplicação.

- Teste de aderência.

- Medição da película de revestimento.

- Teste de continuidade.

x x

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ANEXO A – TABELAS TABELA A-2 - PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO PARA O INSPETOR DE DUTOS (CONTINUAÇÃO)

ITEM ASSUNTOMODALIDADE - ID

01 02 03 04 05 06

13

Concreto - Tubos/Bases

Materiais constituintes do concreto:

- Agregados.

- Cimento.

- Água.

- Aditivos.

- Aços e emendas.

Propriedades do concreto

x x

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ANEXO A – TABELAS TABELA A-2 - PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO PARA O INSPETOR DE DUTOS (CONTINUAÇÃO)

ITEM ASSUNTOMODALIDADE - ID

01 02 03 04 05 06

13 (Cont.)

Concreto - Tubos/Bases

Controle de produção do concreto:

- Verificação dos equipamentos.

- Controle da mistura.

- Controle do concreto fresco.

- Verificação das formas e armação.

- Controle de transporte e lançamento.

- Controle de adensamento.

- Controle de cura.

- Desforma.

x x

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ANEXO A – TABELAS TABELA A-3 – REQUISITOS MÍNIMOS DE

ESCOLARIDADE EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

INSPETOR DE DUTOS TERRESTRES

ESCOLARIDADEEXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

Modalidades 01 a 06

- Eng. ou curso de Escola Técnica (ver Notas)

6 meses

- 2° grau completo 18 meses

Notas: 1) Mecânica, naval, metalúrgica, soldagem, edificação, estradas, agrimensura, elétrica e eletrônica.

2) Os inspetores já qualificados e em situação regularizada, que constam no Cadastro de Pessoal Qualificado, gerenciado pela PETROBRAS/SEQUI e não atendem ao requisito de escolaridade, permanecem no cadastro e devem comprovar a continuidade de suas atividades; a não comprovação implicará em perda da qualificação.

3) O requisito de escolaridade deve ser aplicado a todo novo exame ou re-exame.

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CAPÍTULO 5:CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1.1 Geral5.1.2 Tubos5.1.3 Flanges5.1.4 Conexões5.1.5 Válvulas5.1.6 Juntas de Vedação5.1.7 Parafusos e Porcas5.1.8 Tampões de Fecho Rápido5.1.9 Amostragem

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5.1.1 Geral

5.1.1.1 Deve ser elaborado um procedimento de inspeção de materiais, observando os critérios desta Norma.

5.1.1.2 Os materiais devem ser inspecionados logo após o seu recebimento e antes de sua aplicação na montagem e devem estar de acordo com os documentos de compra e especificações de projeto.

5.1.1.3 Todos os materiais devem ser identificados e certificados. A identificação deve permitir a rastreabilidade até o certificado de qualidade do material.

5.1.1.4 Todos os materiais metálicos, quando não identificados e não certificados, devem ser submetidos aos ensaios de reconhecimento de aços e ligas metálicas, confrontando o seu resultado com a especificação solicitada.

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5.1.2 Tubos5.1.2.1 Devem ser verificados se todos os tubos estão identificados

conforme os critérios da norma API Spec.5L.

5.1.2.2 Deve ser verificado, conforme o item 5.1.9, se as seguintes características dos tubos estão de acordo com as especificações indicadas no projeto ou normas referenciadas:

a) espessura, ovalização e diâmetro, segundo a norma API Spec.5L;b) chanfro e ortogonalidade, segundo a norma

API Spec.5L;c) estado das superfícies interna e externa,

segundo critérios da especificação do material;d) empenamento, segundo a norma API

Spec.5L;e) estado do revestimento, segundo critérios da especificação de projeto.

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5.1.2 Tubos(CONTINUAÇÃO)

5.1.2.3 Os critérios e exigências para aceitação e reparo de defeitos superficiais da fabricação dos tubos devem estar de acordo com os critérios das normas ASME B 31.4, para oleodutos, e ASME B 31.8, para gasodutos.

5.1.2.4 Os tubos recebidos na obradevem ser identificados, por códigode cores, quanto a sua espessura deparede. A pintura deve ser aplicada em forma de anel, em uma das extremidades, sobre o revestimentoanticorrosivo.

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Inspeção de Revestimento

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5.1.3 Flanges

5.1.3.1 Deve ser verificado se os flanges possuem identificação estampada com as seguintes informações: tipo do flange, tipo de face, especificação e grau do material, diâmetro nominal, classe de pressão e diâmetro do furo e atendendo a sua norma de fabricação.

5.1.3.2 Os certificados de qualidade de material de todos os flanges devem estar de acordo com a especificação ASTM pertinente.

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5.1.3 Flanges(CONTINUAÇÃO)

5.1.3.3 Deve ser verificado se as seguintes características dos flanges devem estar de acordo com as especificações indicadas no projeto ou com as normas referenciadas:

a) diâmetro interno, segundo as normas ASME B 16.5 ou MSS SP-44;

b) espessura do bisel nos flanges de pescoço de acordo com as especificações de projeto;c) altura e diâmetro externo do ressalto, segundo as normas

ASME B 16.5 ou MSS SP-44;d) acabamento da face de contato segundo a norma MSS SP-6;e) dimensões de face de flanges segundo as normas ASME B 16.5

ou MSS SP-44;f) dimensões de extremidades para solda de topo, encaixe para

solda ou rosca (tipo e passo), segundo as normas ASME B 16.5 ou MSS SP-44;

g) dimensões da face para junta de anel, segundo a norma ASME B16.5.

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5.1.3 Flanges(CONTINUAÇÃO)

5.1.3.4 Deve ser verificado em todos os flanges se existem trincas, dobras, mossas, rebarbas, corrosão e amassamentos, bem como o estado geral da face e ranhura, sem presença de agentes causadores de corrosão, segundo critérios das normas ASME B 16.5, MSS SP-6 ou MSS SP-44

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5.1.4 Conexões

5.1.4.1 Deve ser verificado se as conexões estão identificadas por pintura ou puncionamento pelo fabricante, com os seguintes dados: especificação completa do material, diâmetro, classe de pressão ou espessura, tipo e marca do fabricante.

5.1.4.2 Os certificados de qualidade do material devem estar de acordo com as especificações ASTM ou ASME aplicáveis.

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5.1.4 Conexões(CONTINUAÇÃO)

5.1.4.3 Deve ser verificado se as seguintes características das conexões estão de acordo com as especificações indicadas pelo projeto:

a) diâmetro nas extremidades;b) circularidade;c) distância centro-face;d) chanfro, encaixe para solda ou rosca (tipo e passo);e) espessura;f) angularidade das curvas 45° e 90°;g) estado da superfície quanto a amassamentos, corrosão, trincas e soldas provisórias.

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5.1.5 Válvulas

5.1.5.1 Deve ser verificado se todas as válvulas estão embaladas e acondicionadas de acordo com a norma PETROBRAS N-12.

5.1.5.2 Deve ser verificado se todas as válvulas estão identificadas por plaqueta, de acordo com a codificação de projeto.

5.1.5.3 Em todas as válvulas dotadas de acionadores, devem ser realizados, previamente à montagem, testes de funcionamento. Quando aplicável, deve ser verificada a calibração do curso do obturador.

Válvula EsferaTopentry

VálvulaMachoTwinblock

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5.1.5 Válvulas(CONTINUAÇÃO)

5.1.5.4 Os certificados de qualidade do material devem estar de acordo com a especificação ASTM aplicável, e em conformidade com a especificação do projeto.

5.1.5.5 Deve ser verificado se as seguintes características das válvulas estão de acordo com as especificações no projeto:

a) espessura do corpo;b) flanges (item 5.1.3);c) distância entre flanges;d) diâmetro interno;e) dreno, suspiro e alívio do corpo.

Válvula Esfera Trunnion

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5.1.5 Válvulas(CONTINUAÇÃO)

5.1.5.6 O estado da superfície do corpo da válvula deve ser verificado quanto à corrosão, amassamento e falhas de fundição, empenamento da haste e aspecto geral do volante, segundo critérios da norma MSS SP-55.

5.1.5.7 Devem ser realizados na obra, logo após o recebimento, os testes hidrostáticos do corpo e da sede para todas as válvulas de bloqueio conforme procedimento do fabricante. A pressão de teste deve estar de acordo com a norma API Spec.6D.

5.1.5.8 Imediatamente após o teste hidrostático na obra, as válvulas devem ter os seus internos (inclusive a cavidade interna do corpo) drenados e secos, com utilização de nitrogênio ou ar seco e mantidas limpas, secas, engraxadas e protegidos. As hastes devem ser condicionadas e protegidas mecanicamente.

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5.1.6.1 Deve ser verificado se todas as juntas estão identificadas, contendo as seguintes características: material, tipo de junta, material de enchimento, diâmetros, classe de pressão e o padrão dimensional de fabricação.

5.1.6.2 As juntas de tipo anel (RTJ) não devem apresentar corrosão, amassamento, avarias mecânicas e trincas.

5.1.6 Juntas de Vedação

Juntas metálicas tipo Anel

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5.1.6.3 Deve ser verificado se as seguintes características das juntas estão de acordo com as especificações indicadas no projeto ou normas referenciadas:

a) não-metálicas: - espessura, diâmetros externo e interno segundo critérios da norma ASME B 16.21;

b) metálicas: - espessura, diâmetro externo e interno, passo (juntas espiraladas ou corrugadas) e dureza (anel) segundo critérios da norma ASME B 16.20.

5.1.6 Juntas de Vedação (CONTINUAÇÃO)

Juntas Dielétricas

Juntas para Face Plana

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5.1.7.1 Deve ser verificado se todos os lotes de parafusos e porcas estão identificados com as seguintes características: especificação, tipo de parafuso e dimensões.

5.1.7.2 Deve ser verificado se os certificados de qualidade do material de todos os lotes de parafusos e porcas estão de acordo com as especificações ASTM aplicáveis.

5.1.7 Parafusos e Porcas

Parafusos Estojo

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5.1.7.3 Deve ser verificado, conforme o item 5.1.9, se as seguintes características das porcas e parafusos estão de acordo com as especificações adotadas pelo projeto ou as normas referenciadas:

a) comprimento do parafuso, diâmetro do parafuso e porca, altura e distância entre faces e arestas da porca e tipo e passo da rosca, segundo os critérios das normas ASME B 1.1, ASME B 16.5 ou MSS SP-44;

b) parafusos devidamente protegidos, livres de amassamentos, trincas e corrosão.

5.1.7 Parafusos e Porcas (CONTINUAÇÃO)

Porcas Diversas

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5.1.8 Tampões de Fecho Rápido5.1.8.1 Deve ser verificado se todos os tampões de fecho rápido

para lançadores ou recebedores de “pigs” estão identificados, de acordo com as especificações do projeto.

5.1.8.2 Os certificados de material devem estar em conformidade com a especificação do projeto.

5.1.8.3 Deve ser verificada se as seguintes características estão de acordo com o projeto:

a) diâmetro interno;b) chanfro;c) integridade do anel de vedação e sede;d) classe de pressão;e) material.

Page 39: N-464 1a parte

TAMPÕES DE FECHO RÁPIDO

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5.1.9 Amostragem5.1.9.1 O plano de inspeção para verificação das características de

inspeção por amostragem conforme as normas ABNT NBR 5425, ABNT NBR 5426 e ABNT NBR 5427 deve ser o seguinte:

a) tubos: nível geral de inspeção II, QL 15, plano de amostragem simples e risco do consumidor 5 %;b) parafusos e porcas: nível geral de inspeção II, QL 10, plano de amostragem simples e risco do consumidor 5 %.

5.1.9.2 O plano de inspeção para verificação das características de inspeção por amostragem para consumíveis deve ser o seguinte:

a) eletrodos: conforme a norma PETROBRAS N-133;b) embalagem de tintas de acordo com a norma ABNT

NBR 5427;c) materiais de revestimento anticorrosivo: conforme a norma PETROBRAS N-2238.

Page 41: N-464 1a parte

Norma PETROBRAS N-115TABELA A-1 – CLASSES DE INSPEÇÃO

Notas:

1) Sempre que requerido o teste de impacto na qualificação do procedimento de soldagem, a linha deve ser incluída na classe de inspeção IV.

2) Para fluidos não enquadrados em Categoria D.

Page 42: N-464 1a parte

Norma PETROBRAS N-115ANEXO B - AMOSTRAGEM

Determinação do tamanho da amostragem e valores máximos para aceitação ou rejeição do lote:

Exemplo:

- Válvulas gaveta de 3/4” 800 - Encaixe para solda.- Tamanho do lote: 200;- Nível de Inspeção II;- QL = 10;- Plano de Amostragem Simples;- Risco do Consumidor 5 %.

Page 43: N-464 1a parte

Norma PETROBRAS N-115ANEXO B - AMOSTRAGEM

Determinação do tamanho da amostragem e valores máximos para aceitação ou rejeição do lote:

a) o código literal do tamanho de amostra é obtido na TABELA B-1 baseado no tamanho do lote (200) nível de inspeção (II), obtém-se o código “G”.

Page 44: N-464 1a parte

Norma PETROBRAS N-115ANEXO B - AMOSTRAGEM

Determinação do tamanho da amostragem e valores máximos para aceitação ou rejeição do lote:

b) como o risco do

consumidor é 5 %,

deve-se utilizar a

TABELA B-2,

para QL = 10 e para

o código “G” conclui-se

que:

- tamanho de amostra = 32;

- Re = 1;

- Ac = 0.

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5.2 Armazenamento e Preservação

5.2.1 Tubos

5.2.2 Flanges e Tampões de Fecho Rápido

5.2.3 Válvulas

5.2.4 Parafusos e Porcas

5.2.5 Juntas de Vedação

5.2.6 Conexões

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5.2.1.1 O armazenamento dos tubos deve obedecer ao disposto nas seguintes normas:

a) para tubos não revestidos: norma PETROBRAS N-683;

b) para tubos revestidos: conforme a norma ou especificação definida pelo projeto;

c) para tubos isolados com poliuretano: norma PETROBRAS

N-556;

d) para tubos concretados: norma PETROBRAS N-1502.

5.2.1 Tubos

Page 47: N-464 1a parte

5.2.1.2 Para movimentação de tubos devem ser usados dispositivos de suspensão (patolas) que acomodem perfeitamente as extremidades dos tubos, numa extensão mínima equivalente a 1/8 do seu perímetro, de modo a assegurar a integridade dos chanfros e evitar a sua ovalização.

5.2.1.3 Os tubos devem ser mantidos permanentemente limpos, evitando-se a deposição de materiais estranhos em seu interior. Em nenhuma hipótese os tubos devem ser usados como local de armazenamento para ferramentas ou qualquer outro material.

5.2.1.4 Os chanfros dos tubos e conexões devem ser protegidos com verniz à base de resina vinílica após a sua limpeza manual ou mecânica que elimine gordura e pontos de corrosão.

5.2.1 Tubos (CONTINUAÇÃO)

Page 48: N-464 1a parte

TRANSPORTE DE TUBOS DESDE A FÁBRICA

Page 49: N-464 1a parte

ÁREA DE ARMAZENAMENTO DE TUBOS

Page 50: N-464 1a parte

BERÇOS PARA APOIO DOS TUBOS

Page 51: N-464 1a parte

DESCARREGAMENTO DE TUBOS DE 6 POL

Page 52: N-464 1a parte

DESCARREGAMENTO DE TUBOS DE 32 POL

Page 53: N-464 1a parte

DESCARREGAMENTO DE TUBOS DE 32 POL

Page 54: N-464 1a parte

MANUSEIO DE TUBOS DE 32 POL

Page 55: N-464 1a parte

5.2.2.1 As faces de assentamento dos flanges devem ser protegidas contra corrosão com aplicação de graxa anticorrosiva não solúvel em água. Os flanges e tampões de diâmetro acima de 8” devem ser armazenados e manuseados sobre estrados de madeira (“pallets”), de modo a protegê-los contra avarias. Todos os flanges e tampões devem ser protegidos e abrigados.

5.2.2 Flanges e Tampões de Fecho Rápido

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5.2.2.2 Os chanfros dos flanges devem ser protegidos com verniz à base de resina vinílica.

5.2.2.3 O anel de vedação dos tampões deve ser protegido com vaselina e armazenado em embalagem plástica.

5.2.2 Flanges e Tampões de Fecho Rápido (CONTINUAÇÃO)

Page 57: N-464 1a parte

5.2.3.1 Devem ser armazenadas e preservadas de acordo com a norma PETROBRAS N-12.

5.2.3.2 As válvulas com extremidades para solda de topo, devem ter os biséisprotegidos com verniz à base de resinavinílica após a sua limpeza manual oumecânica que elimine gordura e pontosde corrosão.

5.2.3 Válvulas

Válvula Esfera tipo Top Entry para solda de topo

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5.2.4 Parafusos e Porcas

5.2.4.1 Devem ser protegidos contra corrosão pela aplicação de graxa anticorrosiva não solúvel em água.

5.2.4.2 Devem ser armazenados em locais protegidos das intempéries, identificados e sem contato direto com o solo.

5.2.4.3 As porcas devem ser armazenadas rosqueadas nos parafusos.

Parafuso Estojo com Porcas

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5.2.5.1 As juntas de amianto e tipo anel devem ser armazenadas em superfícies planas, em locais abrigados das intempéries.

5.2.5.2 As superfícies metálicas das juntas devem ser protegidas com graxa anticorrosiva não solúvel em água.

5.2.5 Juntas de Vedação

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5.2.6.1 As conexões devem ser mantidas em suas embalagens originais, devidamente identificadas e abrigadas em ambiente fechado.

5.2.6.2 As conexões para solda de topo devem ter os chanfros protegidos por verniz à base de resina vinílica.

5.2.6 Conexões

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5.2.6.3 As roscas das conexões devem ser protegidas por meio de graxa anticorrosiva não solúvel em água ou verniz removível à base de resina vinílica.

5.2.6.4 O armazenamento deve ser feito de modo a evitar acúmulo de água dentro das conexões e o contato direto entre elas ou com o solo.

5.2.6.5 As conexões de diâmetro até 6” devem ser armazenadas sobre prateleiras e separadas por tipo, diâmetro, espessura e demais características.

5.2.6 Conexões (CONTINUAÇÃO)

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5.3 Projeto Executivo

5.3.1 São considerados projetos executivos, de responsabilidade da executante, todos os projetos de detalhamento necessários à execução dos serviços de construção e montagem.

5.3.2 Os documentos técnicos devem ser executados conforme a norma PETROBRAS N-2047 e codificados conforme a norma PETROBRAS N-1710.

5.3.3 Todos os documentos de projeto devem ser executados em meio digital, com o emprego de “softwares” definidos pelo projeto.

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N 1710 CODIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

TÉCNICOS DE ENGENHARIA

DIRETRIZ BÁSICA

No número codificado, os grupos básicos têm uma ordenação no sentido do mais geral para o particular.

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5.4 Locação e Marcação da Faixa de Domínio e da Pista

5.4.1 A faixa de domínio e a pista devem ser demarcadas a partir da diretriz estabelecida nos documentos de projeto e de

acordo com as seguintes condições:a) as laterais da faixa de domínio e da pista devem ser identificadas no máximo a cada 50m;b) as testemunhas devem ser colocadas nas laterais da faixa de domínio, em locais de fácil visibilidade;c) sinalização de referência provisória, deve ser fixada a cada quilômetro;d) os pontos de inflexão horizontais devem ser marcados.

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5.4 Locação e Marcação da Faixa de Domínio e da Pista

(CONTINUAÇÃO)

5.4.2 Somente em condições excepcionais, quando for concluída pela total inviabilidade na manutenção da diretriz projetada esta pode ser alterada, desde que a modificação seja previamente aprovada, e analisada as conseqüências no dimensionamento hidráulico e mecânico do duto. O levantamento topográfico planialtimétrico, cadastral e jurídico da faixa de domínio e apresentação de resultados da diretriz modificada devem ser executados de acordo com as normas PETROBRAS N-2624 e N-2180.

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5.4 Locação e Marcação da Faixa de Domínio e da Pista

(CONTINUAÇÃO) 5.4.3 A locação da posição de outros dutos existentes, em

relação ao eixo da faixa, deve ser feita de acordo com os seguintes critérios:

a) consulta aos desenhos “conforme construído” e ao cadastro das concessionárias de serviços públicos;

b) localização dos dutos existentes com o emprego de detector de tubos elétrico-magnético;

c) sondagem adicional com o emprego de detector de tubos tipo georadar, em caso de haver necessidade de se obter, de forma contínua, a cota de enterramento dos dutos existentes;

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d) colocação de sinalização provisória, com a indicação da cobertura sobre os dutos existentes, com

espaçamento máximo de 20m; nas curvas essa distância deve ser reduzida para 2m;

e) sinalização e proteção adequada dos “vents”, pontos de testes e peças especiais existentes, leitos de anodos e cabos do sistema de proteção catódica;

f) identificação e sinalização dos trechos onde for detectada baixa cobertura dos dutos existentes, de forma a alertar os operadores de equipamentos sobre

a impossibilidade de trânsito nestes locais.

5.4 Locação e Marcação da Faixa de Domínio e da Pista

(5.4.3 CONTINUAÇÃO)

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Picada

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Teodolito e Mira

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GPS e Estação Total

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5.5 Abertura da Pista

5.5.1 Somente em condições excepcionais, quando for concluído pela total inviabilidade técnica dos serviços de montagem, são permitidos cortes que alterem os perfis – transversal e longitudinal - originais do terreno; todos os cortes devem ser executados de acordo com um projeto de terraplenagem específico.

5.5.2 Nas faixas de dutos existentes, somente deve ser permitido o trânsito de equipamentos sobre os dutos, quando verificada a necessidade de implementar medidas de proteção, tais como execução de sobrecobertura ou estiva, dimensionadas de acordo com as tensões que podem ser provocadas pelas cargas externas previstas.

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5.5 Abertura da Pista (CONTINUAÇÃO)

5.5.3 Os raios de curvatura horizontais e verticais da pista devem estar compatíveis com o método previsto para a mudança de direção do duto, procurando-se, sempre que possível, respeitar os limites para curvamento a frio dos dutos revestidos, conforme definido no item 5.8.4. No caso de construção de dutos para produtos aquecidos, devem ser observados os raios mínimos de curvatura, estabelecidos pelo projeto.

5.5.4 A camada vegetal, quando removida, deve ser estocada para posterior reposição nos taludes de corte, aterros, pistas, caixas de empréstimo ou bota-fora, quando da restauração.

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5.5 Abertura da Pista (CONTINUAÇÃO)

5.5.5 O bota-fora, inclusive o rochoso, quando ocorrer, deve ser disposto em local adequado, preferencialmente fora da faixa de servidão, com a prévia autorização dos proprietários, envolvendo as autoridades competentes, e com inclinações compatíveis com a natureza do material constituinte, de modo que seja evitado qualquer dano a terceiros e obstrução ou poluição de mananciais.

5.5.6 Independente dos serviços de proteção e drenagem definitiva que são realizados na pista, serviços necessários de drenagem e proteção provisórios em áreas críticas devem ser imediatamente realizados, de modo a não expor a riscos, a pista e as propriedades adjacentes.

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5.5 Abertura da Pista (CONTINUAÇÃO)

5.5.7 Deve ser evitado que os talvegues originais dos cursos d’água interceptados sejam assoreados pelo material da terraplenagem, com o conseqüente lançamento do duto em cota superior à linha do talvegue original.

5.5.8 Os acessos de serviço somente podem ser executados com a autorização formal dos proprietários e autoridades competentes.

5.5.9 Nas travessias de cursos d'água, a abertura da pista deve ser feita de forma a evitar o represamento ou diminuição da seção de escoamento.

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5.5 Abertura da Pista (CONTINUAÇÃO)

5.5.10 Tanto quanto possível deve ser evitada a realização de aterros na pista, os quais quando necessários devem ser realizados de forma controlada de modo a ser obtido um grau de compactação no mínimo igual ao das condições locais.

5.5.11 Deve ser executada uma drenagem provisória da pista. As saídas de água sobre as saias dos aterros devem ser evitadas; quando indispensáveis, a região atingida do aterro deve ser adequadamente protegida.

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5.5 Abertura da Pista (CONTINUAÇÃO)

5.5.12 Os cursos d’água que originalmente escoem para ou sobre a pista devem ser desviados e canalizados. Nos casos em que não for possível executar o desvio dos cursos d’água ou em que a abertura da pista interferir com mananciais, devem ser executadas as obras que se fizerem necessárias para evitar o arraste de material, a erosão da pista ou a destruição do manancial.

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5.5 Abertura da Pista (CONTINUAÇÃO)

5.5.13 Quando a faixa atravessar áreas ocupadas por vegetações arbóreas onde for autorizada a supressão vegetal, devem ser tomados os seguintes cuidados:

a) o tombamento das árvores deve ser sobre a faixa;

b) as árvores de grande porte devem sofrer desgalhamento prévio de modo a não atingir a vegetação fora da faixa;

c) devem ser executados o destocamento e a remoção de raízes ao longo do eixo da vala;

d) os tocos e raízes existentes na pista devem ser removidos, de modo a permitir o livre trânsito de equipamentos.

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5.5 Abertura da Pista (CONTINUAÇÃO)

5.5.14 Quando a diretriz atravessar pomares, jardins, matas, reservas florestais e áreas de reflorestamento, a pista deve ser aberta com a largura estritamente necessária ao lançamento da linha e de modo a não ocasionar o rebaixamento do greide existente.

5.5.15 Devem ser pesquisadas, materializadas e perfeitamente identificadas, antes da abertura da pista, as interferências com vias, tubulações de água, esgoto e gás, cabos elétricos e telefônicos, drenos, valas de irrigação, canais e outras instalações superficiais e subterrâneas.

5.5.16 Se for necessário o uso de material explosivo para remoção de rochas, raízes e outros obstáculos existentes na pista, devem ser observadas as disposições da norma NR-19 - Explosivos e das normas de Segurança para Armazenamento, Descontaminação e Destruição de Explosivos, do Ministério do Exército.

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5.5 Abertura da Pista (CONTINUAÇÃO)

5.5.17 Todas as providências devem ser tomadas de modo a minimizar as interferências e os possíveis prejuízos que possam advir, em decorrência da execução dos serviços, às atividades desenvolvidas pelo proprietário da área, ou pelo Órgão Governamental, tais como:

a) nenhum trabalho deve ser iniciado sem o conhecimento do proprietário;

b) nenhuma remoção de instalações de terceiros pode ser feita sem a autorização dos proprietários;

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5.5 Abertura da Pista (CONTINUAÇÃO)

5.5.17 Continuação

c) em caso de cercas a serem removidas, deve ser construída uma provisória, até a sua reconstrução definitiva; a cerca provisória deve ser mantida fechada sempre que a passagem não estiver sendo utilizada;

d) devem ser executados todos os serviços complementares considerados necessários à segurança, à proteção pessoal e às atividades econômicas desenvolvidas na área atravessada, como, por exemplo:

- cercas de proteção em taludes, principalmente em áreas de criação de animais;

- sinalização de alerta para movimentação de equipamentos.

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5.5 Abertura da Pista (CONTINUAÇÃO)

5.5.18 Os blocos de rocha que se apresentam em posição perigosa nas laterais da pista devem ser removidos ou estabilizados.

5.5.19 As testemunhas e demais sinalizações provisórias removidas durante a abertura da pista devem ser recompostas.

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Supressão Vegetal

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Cat D-8 limpando a pista

Page 84: N-464 1a parte

Pista sendo aberta

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Escavadeira Hidráulica destocando

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Pista Aberta

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5.6 Abertura e Preparação da Vala5.6.1 Na execução dos serviços de abertura da vala devem

ser consideradas as seguintes informações fornecidas pelo projeto:

a) posição do eixo da vala, em relação à linha de centro da faixa de servidão;

b) dimensões da seção da vala;

c) raios de curvatura permitidos, para cada diâmetro e espessura da linha, conforme item 5.8.4;

d) interferência com instalações existentes;

e) raios mínimos de curvatura para dutos para produtos aquecidos.

5.6.2 Devem ser estaqueados, a cada 2 m, os locais com curvas horizontais executadas mecanicamente.

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5.6 Abertura e Preparação da Vala (CONTINUAÇÃO)

5.6.3 Deve ser mantida uma equipe de topografia, com a finalidade de locar o eixo e de fazer o levantamento planialtimétrico do fundo da vala, necessário à preparação do programa de curvamento dos tubos.

5.6.4 Nos pontos onde o tubo deve ser curvado, a vala deve ser pelo menos 30cm mais larga (curvas horizontais) ou mais profunda (curvas verticais) do que as dimensões originais, a fim de permitir acomodação da tubulação.

5.6.5 Devem ser removidas todas as irregularidades existentes no fundo da vala, de forma a garantir o apoio contínuo da linha; as pontas de rocha ou matacões devem ser cortadas, no mínimo, 20cm abaixo da cota do fundo da vala. No caso de terrenos moles ou compressíveis, essa altura deve ser aumentada para 50cm.

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5.6 Abertura e Preparação da Vala (CONTINUAÇÃO)

5.6.6 Na abertura da vala, devem ser observadas as seguintes recomendações:a) a técnica de desmonte a ser adotada para valas em rocha sã ou fraturada deve garantir a geometria fixada no projeto e atender ao item 5.5.16;b) a ocorrência de surgências, infiltrações e percolações devem ser investigadas e cadastradas; devem ser previstos meios adequados para a sua drenagem no fundo da vala, tais como: colchão de areia e dreno cego;c) as valas devem ser abertas somente após a preparação da coluna para abaixamento e devem ser cercadas e sinalizadas, em áreas habitadas ou nas suas proximidades;d) em áreas urbanas ou junto a faixas de rodovias as valas abertas, além das cercas previstas na alínea c), devem dispor de sinalização luminosa para uso noturno;e) em áreas rurais, onde houver a possibilidade de cruzamento de animais sobre a faixa de servidão, devem ser previstas passagens provisórias sobre a vala.

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5.6 Abertura e Preparação da Vala (CONTINUAÇÃO)

5.6.7 A abertura da vala deve atender às autorizações emitidas pelo órgão responsável ou proprietário, tais como: sinalização, tapumes, remanejamento, passagens provisórias, escoramentos, proteções de estruturas e edificações adjacentes. O material proveniente das escavações deve ser disposto de modo a não causar obstruções a terceiros.

5.6.8 Nas transições entre diferentes profundidades de vala, recomenda-se que a concordância do fundo da vala seja compatível com o curvamento natural do tubo utilizado.

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Valetadeira

Page 92: N-464 1a parte

Valetadeira

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Vala Aberta

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Martelete hidráulico removendo rocha na vala

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Preparação para detonação de rocha na vala

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Instalação do cordel da dinamite

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5.7 Transporte, Distribuição e Manuseio de Tubos e Outros Materiais

5.7.1 As operações de transporte dos materiais, especialmente tubos, devem ser realizadas de acordo com as disposições das autoridades responsáveis pelo trânsito na região atravessada. As ruas, rodovias federais, estaduais e municipais, ou estradas particulares não devem ser obstruídas durante o transporte e este deve ser feito de forma a não constituir perigo para o trânsito normal de veículos.

5.7.2 No transporte de tubos, as cargas devem ser dispostas de modo a permitir amarração firme e a não danificar o tubo ou seu revestimento. Antes de efetuar o desamarramento da pilha para descarga, deve ser feita uma inspeção visual, a fim de verificar se os tubos estão convenientemente apoiados, sem risco de rolamento.

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5.7 Transporte, Distribuição e Manuseio de Tubos e Outros Materiais

(CONTINUAÇÃO)

5.7.3 Devem ser mantidos nos locais de armazenamento e nos de distribuição de tubos ao longo da faixa, pessoal e equipamentos adequados ao manuseio dos tubos, conforme norma PETROBRAS N-1965, bem como à manutenção, segurança e limpeza permanente da área.

5.7.4 Os tubos devem ser distribuídos ao longo da faixa, de maneira a não interferir no uso normal dos terrenos atravessados.

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5.7 Transporte, Distribuição e Manuseio de Tubos e Outros Materiais

(CONTINUAÇÃO)

5.7.5 Os tubos devem ser distribuídos, após a aprovação da planilha de distribuição baseada em projeto. A planilha de distribuição deve conter, no mínimo, os seguintes dados: material, diâmetro, espessura, revestimento anticorrosivo, isolamento, raio de curvatura, revestimento de concreto e número do tubo (conforme seqüência de montagem).

Nota: Caso seja adotada numeração seqüencial do tubo para montagem, deve haver uma correlação com o número do fabricante.

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5.7 Transporte, Distribuição e Manuseio de Tubos e Outros Materiais

(CONTINUAÇÃO)

5.7.6 A estocagem ao longo da faixa e a movimentação de tubos revestidos ou isolados deve obedecer ao disposto nas seguintes normas:

a) para tubos não revestidos: norma PETROBRAS N-683;

b) para tubos revestidos: conforme norma ou especificação definida pelo projeto;

c) para tubos isolados com poliuretano: norma PETROBRAS N-556;

d) para tubos concretados: norma PETROBRAS N-1502.

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5.7 Transporte, Distribuição e Manuseio de Tubos e Outros Materiais

(CONTINUAÇÃO)

5.7.7 Para o manuseio dos tubos durante carregamento ou descarregamento, devem ser usadas cintas de largura apropriada ou ganchos especiais (patolas) para evitar danos nos tubos. Estes ganchos devem ser revestidos de material mais macio que o material do tubo, sendo os ganchos projetados para conformar-se à curvatura interna dos tubos, devendo também apoiar um mínimo de 1/8 da circunferência do tubo.

5.7.8 Para o descarregamento de feixes de tubos não revestidos devem ser utilizadas cintas de náilon. Tais cintas devem ajustar-se ao feixe, de modo a impedir movimentos relativos entre os tubos.

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5.7 Transporte, Distribuição e Manuseio de Tubos e Outros Materiais

(CONTINUAÇÃO)

5.7.9 Os equipamentos utilizados na distribuição dos tubos devem ter as suas lanças protegidas com borracha, feltro ou material similar.

5.7.10 Nos trechos em que for necessário o emprego de explosivos, a distribuição de tubos deve ser executada após a escavação.

5.7.11 Em rampas íngremes, deve ser executada uma ancoragem provisória dos tubos distribuídos na pista para evitar o seu deslizamento ou rolamento.

5.7.12 Quando distribuídos, os tubos devem ser apoiados com cuidado, de forma a impedir a ocorrência de danos no bisel e no revestimento anticorrosivo. Os tubos devem ser apoiados sobre sacos com material selecionado e ficar no mínimo a 30 cm do solo.

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Transporte para o Desfile

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Desfile de tubos de 24 pol

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Side Boom Movimentando Tubos

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Desfile e Solda

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Carregamento no Dolly

Page 108: N-464 1a parte

Desfile Multiplo em Aclive

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5.8 Curvamento

5.8.1 O curvamento de tubos deve obedecer ao disposto nas seguintes normas:

a) para oleodutos: norma ASME B 31.4;

b) para gasodutos: norma ASME B 31.8 e ABNT NBR 12712.

5.8.2 Deve ser verificada a adequação dos equipamentos de curvamento ao tubo a ser curvado.

5.8.3 Para adequação ao projeto de terraplenagem e abertura da vala, no que se refere aos raios horizontais e verticais, o raio mínimo de curvatura do tubo deve ser previamente verificado, através de um teste de qualificação, utilizando-se os tubos a serem aplicados, preservando-se o disposto no item 5.8.1.

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5.8 Curvamento (CONTINUAÇÃO)

5.8.4 O método de curvamento deve ser previamente aprovado e satisfazer às seguintes condições mínimas de inspeção:

a) a diferença entre o maior e o menor dos diâmetros externos, medidos em qualquer seção do tubo, após o curvamento, não pode exceder 2 1/2 % do seu diâmetro externo especificado na norma dimensional de fabricação;

b) não são permitidos enrugamento e danos mecânicos no tubo e no revestimento;

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5.8 Curvamento (CONTINUAÇÃO)

5.8.4 Continuação c) o tubo com grau de curvatura igual ou superior a 50 % do

grau máximo de curvatura, estabelecido no seu procedimento de curvamento, deve ser inspecionado por passagem de gabarito interno para verificar se a ovalização está dentro do prescrito no item 5.8.4 alínea a); para a determinação do diâmetro da placa do gabarito deve ser utilizada a seguinte fórmula:

DP = 0,975 x D - 2 x e

Onde:DP = diâmetro externo da placa;e = espessura nominal de parede do tubo;D = diâmetro externo do tubo.

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5.8 Curvamento (CONTINUAÇÃO)

5.8.4 Continuação

d) o tubo, mesmo com grau de curvatura inferior a 50% do grau máximo de curvatura, que após inspeção visual apresentar indícios de ovalização maior do que a indicada na alínea a) deve ser submetido a inspeção por passagem de gabarito interno;

e) deve ser feita inspeção visual em toda a superfície do tubo para verificar possíveis danos nos biséis, corpo e no revestimento anticorrosivo;

f) a curvatura deve ser distribuída, o mais uniformemente possível, ao longo do comprimento do tubo;

g) em cada extremidade do tubo a ser curvado deve ser deixado um comprimento reto mínimo determinado na qualificação;

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5.8 Curvamento (CONTINUAÇÃO)

5.8.4 Continuação

h) nos tubos com costura, não é permitida a coincidência da solda longitudinal com a geratriz mais tracionada ou mais comprimida, devendo o curvamento ser executado de forma que a solda longitudinal seja localizada o mais próximo possível do eixo neutro do tubo curvado, com uma tolerância de 30° ;

i) nos curvamentos de tramos que contenham uma solda circunferencial, deve ser deixado um comprimento reto mínimo de 1 m para cada lado desta; caso isto não seja possível, o curvamento pode ser realizado, desde que a solda circunferencial seja totalmente radiografada após o curvamento; não é admitido o reparo da solda;

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5.8 Curvamento (CONTINUAÇÃO)

5.8.4 Continuação

j) o curvamento de tubos com costura deve ser realizado de modo

a evitar, durante a soldagem, a coincidência das soldas longitudinais;

k) antes do curvamento a geratriz que vai ser mais comprimida deve ser marcada a tinta;

l) devem ser marcadas a tinta as seções do tubo a serem golpeadas durante o curvamento;

m) o tubo já curvado não pode ter aumentado o seu raio de curvatura;

n) o tubo curvado deve ter a posição de sua geratriz superior marcada junto às extremidades.

5.8.5 Quando for utilizado o curvamento natural, este não deve ultrapassar o limite elástico do material, fixado pelo projeto.

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5.8 Curvamento (CONTINUAÇÃO)

5.8.6 O raio mínimo de curvatura, para curvamento natural, para linhas trabalhando com produtos a temperatura ambiente, deve ser calculado pela seguinte fórmula:

Ec . D / 2R = --------------------------------- 0,9 Sy – 0,7 P . D / 2 . e

Onde:R = raio mínimo de curvatura para curvamento natural, em cm;Ec = módulo de elasticidade do material, em MPa;Sy = tensão mínima de escoamento especificada, em MPa;D = diâmetro externo do tubo, em cm;e = espessura nominal da parede do tubo, em cm;P = pressão de projeto do duto, em MPa.

Nota: Ec = 2,00 x 105 MPa para aço-carbono a temperatura ambiente de 21 °C.

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5.8 Curvamento (CONTINUAÇÃO)

5.8.7 O curvamento a quente só pode ser empregado quando seu método de execução previr aquecimento uniforme por indução elétrica de alta-freqüência e resfriamento controlado. O raio da curva obtido deve atender a limitação definida pelo projeto, quanto ao raio mínimo para a passagem de “pig” instrumentado.

5.8.8 Os tubos curvados devem ser marcados com pintura externa com as seguintes informações:a) ângulo/raio da curva;b) posição da geratriz superior (na montagem);c) local de aplicação;d) sentido de montagem.

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Curvamento de tubo de 6 pol

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Curvadeira para 32 pol

Page 119: N-464 1a parte

Curvadeira com tubo

Page 120: N-464 1a parte

Teste de Curvamento

Page 121: N-464 1a parte

5.9 Soldagem

5.9.1 A soldagem deve ser executada de acordo com as normas PETROBRAS N-133, ASME B 31.4 e ASME B 31.8.

5.9.2 Para dutos a qualificação dos procedimentos de soldagem deve ser feita de acordo com a norma API STD 1104. Para complementos, como alternativa, pode ser usada a norma ASME Seção IX.

Nota: Para a soldagem de “tie-ins” deve ser qualificado um procedimento específico, de acordo com a norma API STD 1104, prevendo obrigatoriamente a execução do passe de raiz pelo processo TIG.

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5.9 Soldagem (CONTINUAÇÃO)

5.9.3 A preparação e detalhamento de chanfros e ajustagem das peças devem ser verificados por meio de gabaritos apropriados aferidos e estar de acordo com as normas ASME B 31.8 para gasodutos e ASME B 31.4 para oleodutos.

5.9.4 Quando for necessária a remoção de uma solda circunferencial, esta deve ser feita através de um anel cujo corte esteja no mínimo a 50mm de distância do eixo da solda.

5.9.5 Todas as extremidades biseladas para soldagem devem ser esmerilhadas e as bordas dos tubos devem ser escovadas numa faixa de 50mm em cada lado da região do bisel, externa e internamente, ao tubo. Se houver umidade, a junta deve ser seca por uso de maçarico, com chama não concentrada (chuveiro).

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5.9 Soldagem (CONTINUAÇÃO)

5.9.6 Antes do acoplamento dos tubos, deve ser feita inspeção e limpeza interna, para verificação de presença de detritos ou impurezas, que possam prejudicar a soldagem ou passagem dos “pigs” de limpeza e detecção de amassamento. Deve-se na oportunidade identificar, nas extremidades, a posição da solda longitudinal.

5.9.7 Antes do acoplamento dos tubos, suas extremidades não revestidas devem ser inspecionadas interna e externamente, verificando-se descontinuidades, como defeitos de laminação, mossas, amassamentos, entalhes ou outras descontinuidades superficiais.

5.9.8 Não são permitidos amassamentos e entalhes no bisel com mais de 2 mm de profundidade; caso ocorram, tais defeitos devem ser removidos por métodos mecânicos de desbaste ou pela retirada de um anel. Mesmo critério aplica-se para válvulas e conexões.

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5.9 Soldagem (CONTINUAÇÃO)

5.9.9 Todos os biséis de campo dos tubos devem ser feitos de acordo com os critérios de acabamento previstos na norma API Spec.5L.

5.9.10 Devem ser utilizados, preferencialmente, acopladores de alinhamento interno.

5.9.11 Os acopladores de alinhamento interno não devem ser removidos antes da conclusão do primeiro passe.

5.9.12 Quando for usado acoplador de alinhamento externo, o comprimento do primeiro passe de solda deve ser simetricamente distribuído em pelo menos 50% da circunferência antes de sua remoção.

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5.9 Soldagem (CONTINUAÇÃO)

5.9.13 O tubo não deve ser movimentado antes da conclusão do primeiro passe ou após o seu lixamento. Neste caso, deve-se concluir a execução do segundo passe para permitir sua movimentação. No caso de tubos concretados ou colunas que possam ser submetidas a tensão durante a soldagem, a movimentação só deve ser feita após a conclusão do segundo passe.

5.9.14 No acoplamento de tubos de mesma espessura nominal, o desalinhamento máximo permitido é de 20 % da espessura nominal, limitando-se a 1,6 mm. Para tubos de espessuras diferentes devem ser usados os padrões das normas ASME B 31.4 e ASME B 31.8, sendo preferível o uso de “niple” de transição.

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5.9 Soldagem (CONTINUAÇÃO)

5.9.15 O preaquecimento, quando aplicável, deve-se estender por pelo menos 100 mm de ambos os lados do eixo da solda.

5.9.16 A temperatura de preaquecimento, estipulada no procedimento de soldagem qualificado, deve ser mantida durante toda a soldagem e em toda a extensão da junta e verificada através de lápis de fusão ou pirômetro de contato, na superfície diametralmente oposta à incidência da chama de aquecimento.

5.9.17 No preaquecimento de tubos, é permitido o uso de maçarico, com chama não concentrada (chuveiro).

5.9.18 O intervalo de tempo entre os passes de solda, deve atender ao especificado no procedimento de soldagem qualificado, conforme norma API STD 1104.

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5.9 Soldagem (CONTINUAÇÃO)

5.9.19 Na montagem devem ser observados os seguintes cuidados adicionais:

a) manter fechadas, através de tampões, as extremidades dos trechos soldados, a fim de evitar a entrada de animais, água, lama e objetos estranhos; não é permitida a utilização de pontos de solda para fixação destes tampões;

b) recolher as sobras de tubos e restos de consumíveis de soldagem, bem como de quaisquer outros materiais utilizados na operação de soldagem, os quais devem ser transportados para o canteiro da obra;

c) reaproveitar sobras de tubos, desde que estejam em bom estado;

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5.9 Soldagem (CONTINUAÇÃO)

5.9.19 Continuação

d) já que não são permitidos entalhes metalúrgicos provocados pela abertura de arco de soldagem em tubulações onde a máxima pressão de operação (MPO) provoque tensões circunferenciais iguais ou superiores a 40 % da tensão mínima de escoamento especificada; qualquer vestígio deste defeito deve ser eliminado de acordo com as normas ASME B 31.4 e ASME B 31.8;

e) devem ser iniciados os passes de solda em locais defasados em relação aos anteriores e o início de um passe deve sobrepor o final do passe anterior;

f) não é permitido o puncionamento das soldas para sua identificação;

g) não é permitido reparo em áreas de solda anteriormente reparadas;

h) não é permitido o reparo de raiz e enchimento em solda de “tie-in”.

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Solda com eletrodo revestido

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Solda automática

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Acopladeira interna

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Junta acoplada,

com primeiro passe iniciado

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Solda Semi -automática

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Abrigo para solda

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Side boom suportando a coluna

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Solda por eletrodo revestido

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Ajuste do acoplamento

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Solda por eletrodo revestido

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5.10 Inspeção após Soldagem

5.10.1 Os critérios de aceitação de descontinuidades de soldagem e reparo de dutos e seus complementos, quando da inspeção das soldas por ensaios não-destrutivos, devem seguir os requisitos da norma API STD 1104.

5.10.2 Quando for iniciada a soldagem de um duto ou quando houver mudança no procedimento de soldagem, devem ser inspecionadas as 50 primeiras juntas em toda a circunferência, para avaliação do processo de soldagem.

Nota: Se adotado o processo de soldagem manual por eletrodo revestido, a inspeção acima mencionada deve ser por radiografia ou ultra-som. Caso seja adotado qualquer outro processo de soldagem a inspeção deve ser por radiografia e ultra-som.

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5.10 Inspeção após Soldagem (CONTINUAÇÃO)

5.10.3 Completada a soldagem do trecho inicial citado no item 5.10.2; só deve ser reiniciada a soldagem após o resultado dos ensaios não-destrutivos previstos nesta Norma.

5.10.4 Se o índice de rejeição for inferior ou igual a 10 % das juntas soldadas, a partir do trecho ensaiado devem ser usados os critérios previstos nos itens 5.10.6 e 5.10.7.

5.10.5 Se o índice de rejeição for superior a 10 %, um trecho seguinte de igual número de juntas conforme item 5.10.2 deve ser inspecionado pelo mesmo método, em toda a circunferência. Caso, no segundo trecho, a rejeição continue superior a 10 % deve ser feita a análise da causa da rejeição, englobando: soldadores, material, consumíveis, máquina de solda, condições ambientais e outros. Após ação corretiva no processo deve ser inspecionado um novo trecho de igual número de juntas ao inicial e assim sucessivamente.

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5.10 Inspeção após Soldagem (CONTINUAÇÃO)

5.10.6 Para oleodutos, a extensão dos ensaios não-destrutivos a serem aplicados é a seguinte:

a) inspeção visual:

- 100 % das juntas, em toda a circunferência conforme norma PETROBRAS N-1597;

b) inspeção por ensaio radiográfico ou ultra-som:

- 100 % das juntas, em toda a circunferência.

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5.10 Inspeção após Soldagem (CONTINUAÇÃO)

5.10.7 Para gasodutos, a extensão dos ensaios não-destrutivos é a seguinte:

5.10.7.1 Gasodutos com tensão circunferencial, produzida pela máxima pressão de operação, maior ou igual a 20 % da tensão mínima de escoamento especificada:

a) inspeção visual:

- 100 % das juntas, em toda a circunferência, conforme norma PETROBRAS N-1597;

b) inspeção por ensaio radiográfico ou ultra-som:

- juntas de cruzamentos, travessias, estações de compressão, “tie-ins” e trechos especiais indicados no projeto: 100 % das juntas, em toda a circunferência;

- juntas de tubulações de lançadores, recebedores de “pigs” e complementos: 100 % da junta, em toda a circunferência;

- demais juntas: 100 % da junta, em toda a circunferência.

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5.10 Inspeção após Soldagem (CONTINUAÇÃO)

5.10.7.2 Gasodutos com tensão circunferencial, produzida pela máxima pressão de operação, menor que 20% da tensão mínima de escoamento especificada:

a) inspeção visual:

- 100% das juntas, em toda a circunferência, conforme norma PETROBRAS N-1597;

b) inspeção por ensaio radiográfico ou ultra-som:

- juntas de cruzamentos, travessias, estações de compressão, “tie-ins” e trechos especiais indicados no projeto: 100% das juntas, em toda a circunferência;

- juntas de tubulações de lançadores, recebedores de “pigs” e complementos: 100% das juntas, em toda a circunferência;

c) demais juntas: 10%.

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5.10 Inspeção após Soldagem (CONTINUAÇÃO)

5.10.8 O ensaio por ultra-som deve gerar um registro gráfico ou digital abrangendo 100 % da circunferência da junta inspecionada.

5.10.9 Durante a execução dos serviços de construção do duto, deve ser realizado um acompanhamento do “Índice de Juntas Reprovadas” calculado para cada quilômetro do duto soldado, conforme abaixo:

Total de Juntas Reprovadas por END no Quilômetro Índice de Juntas = -------------------------------------------------------------------------Reprovadas Total de Juntas Inspecionadas por END no Quilômetro

Nota: Quando o índice de juntas reprovadas for superior a 10 % aplica-se o disposto no item 5.10.5.

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Equipe de gamagrafia

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Contador de radioatividade

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Posicionamento da pastilha

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END por ultrasom