50
UNICSUL - UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL José Cláudio Vieira dos Santos Á PRÁTICA DA AVALIAÇÃO ESCOLAR

TCC Claudio[2] 1A Parte

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: TCC Claudio[2] 1A Parte

UNICSUL - UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

José Cláudio Vieira dos Santos

Á PRÁTICA DA AVALIAÇÃO ESCOLAR

Sorocaba/SPAbril/2011

Page 2: TCC Claudio[2] 1A Parte

2

José Cláudio Vieira dos Santos

    

 

Á PRÁTICA DA AVALIAÇÃO ESCOLAR

Professor Orientador: Marcelo Ramalho

Trabalho de Conclusão do Curso – TCC apresentado como requisito parcial para obtenção do diploma em Pós Graduação em Gestão da Educação.

 

Sorocaba/SP

Abril/2011

Page 3: TCC Claudio[2] 1A Parte

3

AGRADECIMENTO

Meu primeiro agradecimento é a minha família, sempre me deu apoio e me

ensinou o verdadeiro significado do sucesso.

Agradeço ainda aos meus professores, sem essa força jamais iria à frente.

Sou grato a meu orientador, professor Marcelo Ramalho, que me enriqueceu

com informações preciosas, me amadureceu e me sensibilizaram com seus

relatos e experiências.

Finalmente agradeço a Deus pela oportunidade concedida, que me permite

construir e aprender.

Page 4: TCC Claudio[2] 1A Parte

4

Dedico,

À Deus, pela oportunidade concedida, que me permite construir e aprender.

Aos meus pais, que me permitiram com a explosão do meu nascimento.

As minhas filhas, Camila e Aline. Pontos de luz no horizonte.

Aos meus professores, companheiros, amigos, irmãos e ao meu próximo, que me

possibilitaram que eu chegasse até aqui.

Enfim, a todos que de alguma forma, perseguem o amadurecimento da vida

pessoal e profissional.

Page 5: TCC Claudio[2] 1A Parte

5

Resumo

A temática “A prática da avaliação escolar” tem ocupado bastante espaço. A

escolha do tema deveu-se justamente pela ênfase dada á está questão ultimamente.

Apresentou-se como questão: É possível articular prática e teoria da avaliação? O

objetivo desse estudo foi buscar e analisar as práticas da avaliação em uso de poder

traçar um esboço da avaliação considerada ideal, fazendo uma analise comparativa,

empregando o método qualitativo fundamentado em entrevistas com professores do

ensino fundamental. De acordo com essa pesquisa de campo, mostrou que com as novas

propostas que tem sido implantadas na educação nos últimos anos, os professores tem

ficado meio perdidos, pois em um momento tem que proceder de uma forma, em outro

muda tudo. E, a partir daí percebe-se que a avaliação junto aos alunos é uma grande

incógnita. Concluiu-se que, a avaliação do ensino não pode nem deve ser concebida à

margem da avaliação da aprendizagem para não se transformar em um ensino formal. É

preciso perceber que se tem que mudar a postura, não adianta apenas mudar a forma.

Tem-se que mudar a concepção e a prática. Não adianta mudar a concepção sem mudar

a prática e vice-versa. Não adianta ter uma prática nova com uma concepção antiga,

porque deturpa a prática. A disposição para acolher é o ponto de partida para qualquer

prática de avaliação.

Palavras-Chaves: Avaliação, Aprendizagem prática e teoria.

Page 6: TCC Claudio[2] 1A Parte

6

Sumário

Introdução..............................................................................................

CAPÍTULO 1 – A LEGISLAÇÃO E A AVALIAÇÃO

1.1 – É possível articular prática e teoria?................................................

1 .2 –A importância da avaliação formativa para o aluno.........................

1.3 – A importância da observação...........................................................

2.3 – O erro e a avaliação na aprendizagem escolar.....................................

CAPÍTULO 2 – A PRÁTICA DA AVALIAÇÃO ESCOLAR

2.1 – Algumas sugestões ...........................................................................

CAPÍTULO 3 – OBSERVAÇÕES EM ESCOLA

3.1 – Pesquisa de Campo................................................................

3.2 – Instrumentos ...........................................................................

3.3 – Análise dos resultados da pesquisa.................................................

3.4 – Resultado da análise ....................................................................

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

Page 7: TCC Claudio[2] 1A Parte

7

INTRODUÇÃO

Pensar em educação no momento histórico atual exige adentrar as peculiaridades

especificidades próprias da etapa da educação. Tentar-se-á situar a educação, iniciando

por uma breve retomada histórica no mundo e, especialmente no Brasil, e tentar

perceber as tendências da sua estruturação em tempos de globalização. E, percorrendo

as tendências ou os desafios, encontrar encaminhamentos para o processo de adaptação

e permanência da criança na escola. Nos últimos anos, as questões referentes à

avaliação passaram a ter um crescente papel de protagonista, até se converterem em um

dos focos prioritários de atenção nas análises, reflexões e debates pedagógicos e

psicopedagógico.

Segundo LUCKESI (1990), o discurso pedagógico e psicopedagógico

atualmente nos oferecem uma série de reflexões e propostas sobre avaliação na

educação, que não são de forma alguma desprezíveis, nem em números, nem em

interesses.

Como parte das reformas dos sistemas de ensino, instalou-se em diferentes

paises sistemas nacionais de avaliação. No Brasil, o Sistema Nacional de Avaliação da

Educação Básica (SAEB) foi criado em meados da década de 80 e tem como respaldo

legal a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que define como

responsabilidade da União a avaliação do rendimento escolar em nível nacional.

Segundo FRANCO & BONINI (2001, p. 18), o objetivo declarado do SAEB

(Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) “é gerir e organizar informações

sobre a qualidade e equidade e a eficiência da educação nacional”.

Expressões e conceitos como os da avaliação inicial, formativa e somatória

passaram a fazer parte, em grande medida, de nossa bagagem profissional. Porém, há

diferentes tipos de avaliações que podem e devem desempenhar funções diferentes e, é

necessário utilizar procedimentos e técnicas de avaliações igualmente diferenciadas.

Page 8: TCC Claudio[2] 1A Parte

8

De acordo com VASCONCELLOS (1993), o que se observa hoje, basicamente,

na escola é um tipo de avaliação tradicional, autoritária, com aquele cunho apenas de

constatar e não intervir para mudar. Por outro lado, as mudanças que vêm ocorrendo,

muitas vezes, são quase imposições das mantenedoras. Sendo assim, observa-se uma

reação muito forte dos professores, porque se sentem atingidos, desrespeitados,

perdendo o poder e a autoridade. É um momento delicado, sobretudo quando se pensa

em termos de sistema público.

De qualquer forma, a temática “A prática da avaliação escolar” tem ocupado

bastante espaço. A escolha do tema deve-se justamente pela ênfase dada a essa questão

ultimamente. Será que isso não pode ser perigoso? Afinal, do ponto de vista da escola, o

mais importante é o projeto político-pedagógico, a questão do desenvolvimento e da

formação humana, da cidadania, da construção do conhecimento.

Por outro lado, do jeito que a avaliação tem sido feita, acaba comprometendo

mesmo a concretização do projeto. Entende-se que o tema precisa ser tratado com muito

critério porque tem muitos desdobramentos.

Para PERRENOUD (1999), a avaliação é uma tortura medieval. É algo mais

tardio, gerada nos colégios por volta do século XVII e tomada indissociável do ensino

em massa que conhecemos deste o século XIX com a escolaridade obrigatória.

O grande problema a partir da sua criação é a consenso, ou sua falta, de como

avaliar, de que maneira ou sobre os níveis de exigência se avaliar? Olhar pesquisador e

vigilante. Saber observar é a chave para uma avaliação realmente formativa. E para

observar bem é preciso ter dois olhares: o de pesquisador e o de vigilante.

Com um olhar pesquisador, o educador planeja o que deve focalizar baseado na

sua ação pedagógica e com o olhar vigilante não procura focos dos problemas já

existentes, mas prevê possíveis problemas e necessidades. Observar bem é, portanto, ter

olhar pesquisador que cerca o foco do problema para chegar a solução, e olhar vigilante,

que está sempre atento ás falha e a iminência de falhas no processo pedagógico. O que e

como olhar?

Segundo SANT”ANNA (2002) a avaliação é a alma do processo educacional. É

um termômetro que permite confirmar o estado que se encontram os indivíduos

Page 9: TCC Claudio[2] 1A Parte

9

envolvidos. É necessário um conscientização para desenvolver avaliações mais justas,

humanas e dignas. A avaliação formativa é da responsabilidade do professor, e consiste

na avaliação destinada a informar o aluno, o seu encarregado da educação e a escola do

estado de cumprimento dos objetivos programáticos do currículo. Assim, questiona-se:

É possível articular prática e teoria na avaliação?

O objetivo desse estudo é buscar analisar as práticas da avaliação em uso para

poder traçar um esboço da avaliação considerada ideal, fazendo uma analise

comparativa, empregando o método qualitativo fundamentado em entrevistas com

professores do ensino fundamental.

As hipóteses norteadoras deste estudo são:

1. Segundo SOUZA(2004), o conceito de avaliação de aprendizagem, que

tradicionalmente tem como alvo o julgamento e a classificação do aluno, necessita ser

redirecionado, pois a competência ou incompetência do aluno resulta, em última

instância, da competência ou incompetência da escola. A avaliação escolar, portanto não

deve restringir-se a um de seus elementos, de forma isolada. Importa, pois, enfatizar a

relação entre avaliação da aprendizagem e avaliação do ensino, considerando-se o

desempenho do aluno de forma relacionada com o desempenho do professor e com as

condições contextuais da própria escola.

2. Já para MORAN, MASETTO e BEHRENS, (2000, p.14), as dificuldades para

mudar na educação são muitas e variadas e uma delas é o gerenciamento emocional,

dificultando o aprendizado rápido. Para eles a aprendizagem integradora, juntando

teoria e prática, aproximando o pensar do viver é muito restrita. Existe uma ética

contraditória entre teoria e prática e fala-se de uma coisa, e pratica outra, tanto no nível

dos governantes, quanto das pessoas. E ainda, segundo eles, faltam pessoas e

instituições que desenvolvem formas avançadas de compreensão e integração. Enfim,

predomina a média, ênfase no intelectual, separação entre teoria e prática.

O primeiro capítulo deste trabalho procede à uma retrospectiva histórica da

educação e apresenta a escolaridade do aluno, o aproveitamento escolar, a legislação e a

função prática da avaliação. O segundo capítulo analisa os procedimentos e

instrumentos de avaliação. Para verificar se captam ou não os progressos realizados por

Page 10: TCC Claudio[2] 1A Parte

10

elas no desenvolvimento e/ou aprendizagem de certas capacidades; se esses

procedimentos e instrumentos permitem relacionar os progressos realizados por eles ao

ensino que está se ministrando e, apresentas algumas sugestões de quais procedimentos

podem ser avaliados pelos professores. E, por fim no terceiro capítulo apresenta-se uma

escola e como a avaliação está sendo aplicada.

CAPÍTULO 1. A LEGISLAÇÃO E A AVALIAÇÃO

Utilizando como referência a legislação que normaliza o ensino

institucionalizado, nota-se que a possibilidade de organização não seriada do ensino está

posta desde de 1961, cujo artigo104 prevê a permissão para organização de cursos ou

escolas experimentais com currículos, métodos e períodos escolar próprio.

Segundo PESTANA ( 1998), na Lei nº 4.024/61 tal possibilidade é posta com o

caráter experimental na Lei nº 5.692 de 1971, uma alternativa, onde se lê no artigo 14,

parágrafo 4º, que verificadas as necessidades condições, os sistemas de ensino poderão

admitir a adoção de critérios dos alunos pela conjugação de idade e aproveitamento.

De acordo com o Parecer do Conselho Federal da Educação, o sistema de

avanços progressivos implica na adequação dos objetivos educacionais às

potencialidade de cada aluno, agrupando por idade e avaliando o aproveitamento do

educando em função de suas capacidades. Não existe reprovação.

A escolaridade do aluno é vista num sentido de crescimento, pelo regime de

avanços progressivos; o aproveitamento escolar independe da escolaridade, ou seja, do

número de anos que a criança freqüenta a escola.

A adoção do sistema de avanços progressivos, possibilidade dada pela

legislação, no qual o aluno caminha de acordo com a sua capacidade, resulta na extinção

da seriação e, em decorrência, da função classificatória da avaliação.

Vale mencionar que no referido parecer são indicadas várias condições a serem

observadas para que tal sistema seja implantado com êxito: agrupamento de alunos;

segundo critério conjugado de idade cronológica e nível de progresso (aproveitamento

escolar); avaliação contínua dos alunos pelo professor e aplicação de diferentes meios

de verificação de aprendizagem; existência de programas diferenciados de acordo com

os grupos de alunos, programas graduados que promovam a diversificação do ensino;

capacidade de adaptação da escola ao nível de desenvolvimento de seus alunos.

Page 11: TCC Claudio[2] 1A Parte

11

Para SILVA (2001), é possível verificar que o sistema de avanços progressivos,

para ser implementado exige a disponibilidade de uma série de recursos, entre eles:

infra-estrutura da escola que permita a formação de diversos agrupamentos de alunos,

considerando os diferentes níveis de aproveitamento escolar apresentados; profissionais

da educação com condições de elaborar instrumentos de avaliação para diagnosticar as

condições do aluno, com vista a propiciar-lhes a convivência com o grupo adequado ao

seu nível de desenvolvimento; disponibilidade de tempo do professor para elaborar

programas de ensino adequados a cada grupo com que trabalha; manutenção de um

registro sistemático do desenvolvimento que cada aluno vem apresentando para ter

condições de emitir julgamento quanto à desejabilidade de tal desenvolvimento, tendo

em vista a programação e reprogramação do trabalho.

Além destes, numa análise mais detalhada, muitos outros recursos poderiam ser

apontados como necessários para a viabilização do sistema de avanços progressivos. Se,

por um lado, é importante notar que a legislação abre a possibilidade de uma

organização do sistema escolar em regime não seriado, no qual a avaliação não

desempenharia uma função preponderante classificatória, por outro lado, registra-se que

algumas das condições que a própria legislação expôs para sua implantação indicam

quão distantes estavam das existentes na rede escolar, o que pode explicar as poucas

iniciativas ocorridas com visita à sua implantação, além das resistências dos

profissionais da educação em reconhecer a lógica dominante na prática escolar.

A perspectiva de uma organização do ensino em moldes que impulsione a

ruptura com uma prática classificatória de avaliação recolocada de modo mais claro na

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de nº 9.394, em vigor desde de 20 de

dezembro de 1966, quando são indicadas diferentes alternativas de organização do

ensino, assim expressa em seu artigo 23:

A educação básica poderá organizar-se em séries

anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de

períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade,

na competência e em outros critérios, ou por forma diversas

de organização, sempre que o interesse do processo de

aprendizagem assim a recomendar. LDB (1996).

Page 12: TCC Claudio[2] 1A Parte

12

Como se vê, são elencadas alternativas à organização anual em séries, a

implantação de formas de atendimento escolar que venham a responder de modo mais

adequado ao processo de desenvolvimento do aluno, organização seriada, mecanismos

de reclassificação dos alunos e de progressão parcial, e que é expressos no parágrafo

primeiro do artigo 23 e nos incisos II e III do parágrafo 24.

Para apreciação de viabilidade das alternativas de organização propostas, onde

se incluía organização em ciclos, cabe verificar quais iniciativas estão sendo tomadas no

âmbito dos executivos estadual e municipal que sejam mobilizadoras de mudanças.

Para SILVA (2001), no caso dos ciclos, além de decretar a sua implantação, é

necessário que sejam criadas circunstâncias de trabalho que favoreçam aos profissionais

da escola, alunos e pais uma reflexão coletiva e a construção de novas propostas

capazes de garantir que uma medida potencialmente tão valiosa garanta a

democratização do ensino sem se traduzir em descompromisso com o processo de

aprendizagem escolar. Neste sentido é imprescindível que articule o debate da

reorganização do ensino, uma análise do papel e função que vem sendo desenvolvido

pelas instâncias governamentais em direção à reconstrução da escola pública.

1.1 É possível articular prática a teoria ?

Falar sobre avaliação é uma tarefa difícil. Difícil por ser assunto que gera

controvérsias entre alunos, professores, diretores e outros indivíduos ligados direta ou

indiretamente ao processo de ensino aprendizagem. As posições são geralmente

radicais: alguns defendem a avaliação como se ela significasse a solução de todos os

problemas educacionais; outros atacam “Morra a Avaliação”, desconsiderando seu

importante papel de informação e orientação para a melhoria do ensino.

Um educador deve se conscientizar das implicações filosófico-políticas que

permeiam o processo avaliativo em uma perspectiva inovadora da avaliação no que diz

respeito à questão da melhoria da qualidade do ensino. Ainda hoje avaliar é confundido

com medir, talvez pela própria origem histórica da avaliação.

O uso da avaliação vem de longa data. Através da EBEL – Encontro Baiano dos

Estudantes de Letras (2001), tem se o relato sobre a presença de exames já em 2.205

a.C. Nesta época, o imperador chinês examinava seus oficiais a cada três anos, com o

fim de promovê-lo ou demiti-los. O regime competitivo da China Antiga tinha como

propósito principal promover o Estado com homens capacitados.

Page 13: TCC Claudio[2] 1A Parte

13

Avançando na História, no século XIX, os Estados Unidos da América criam um

sistema de testagem, sendo dos primeiros nesta área.

A Avaliação inclui;

-Definição de que medidas e critérios abranger;

-Coleta de informações relevantes através de medidas e outros meios;

-Aplicação de critério e outros meios para determinar o mérito.

De acordo com ROMÃO (1998), a ênfase na atribuição de notas (medida) na

avaliação tem provocado alguns desvios significativos,, desconsiderando o aspecto

educativo de orientação do aluno. O aluno é classificado como inferior médio ou

superior quanto ao seu desempenho e muitas vezes fica preso a este estigma, não

conseguindo desvelar seu potencial.

Deixamos de formar um profissional competente se insistirmos na manutenção

de uma prática avaliatória classificatória, aquela comprometida apenas com resultados

numéricos, precisos, terminais. Deixamos muitas vezes de auxiliar o aluno a resolver

suas dificuldades a avançar no seu conhecimento.

SAVIANI (2000, p.41), afirma que o caminho do conhecimento “È perguntar

dentro da cotidianidade do aluno e da sua cultura; mais que ensinar e aprender um

conhecimento, é preciso concretizá-lo no cotidiano, questionando, respondendo,

avaliando, num trabalho desenvolvido por grupos e indivíduos que constroem o seu

mundo e o fazem por si mesmos”.

A ação avaliativa não está no final do processo, mas pretende se fazer presente

entre uma tarefa do aluno e a etapa posterior de construção, por ele, de um saber

enriquecido, complementado.

O significado principal é o de perseguir o envolvimento do aluno, sua

curiosidade e comprometimento sobre o objetivo de conhecimento, refletindo

juntamente com o professor sobre seus avanços e suas dificuldades, buscando o

aperfeiçoamento de ambos.

A imagem que uma pessoa tem de si é, em grande parte, formada a partir da

maneira como ela é vista pelo outro com quem convive; e a opinião do outro tem

influência proporcional ao valor que ele tem de nossa vida. Assim. Quando pessoas que

são importantes para nós nos elogiam, sentimo-nos encorajados a enfrentar desafios,

fortalecendo nossa auto-imagem.

Page 14: TCC Claudio[2] 1A Parte

14

O professor é importante para os alunos e constitui uma referência para a

formação do seu autoconceito, a maneira como se relaciona com eles é fundamental

para que se sintam inteligentes e capazes. Para isso, é bom não só elogiar o aluno na

ocasião adequada, mas também mostrar-lhe, de forma precisa e direta, quais foram suas

conquistas. “Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz

educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão

da prática “. (FREIRE, 1991: 58).

Tais informações ajudam os alunos a tomar consciência de sua própria

aprendizagem e a usar com mais segurança os conhecimentos de que se apropriaram.

Cabe ao professor ajudar os alunos a falar de si, emitir opiniões sobre os acontecimentos

e explicitar suas hipóteses explicativas nas situações de aprendizagem.

É preciso construir uma relação com os alunos e entre eles de forma a criar um

ambiente onde todos sejam respeitados em suas diferenças, não permitindo que zombem

um dos outros; ouvindo suas ideias de cada um com atenção, fazendo com que todos

participem das atividades propostas.

As funções da avaliação são parcialmente duas: a diagnóstica e a classificação.

Da primeira, supõe-se que permita ao professor e ao aluno detectar os pontos fracos e

extrair as conseqüências pertinentes sobre onde colocar posteriormente a ênfase do

ensino e da aprendizagem.

A segunda tem por efeito hierarquizar e classificar os alunos. A avaliação prega

em parte a avaliação com base na primeira, mas a emprega fundamentalmente para a

segunda.

1.2 A importância da avaliação formativa para o aluno

No que diz respeito à avaliação, GARDNER (1995) afirma ser necessário

auxiliar os estudantes a desenvolver suas habilidades intelectuais, explorando ao

máximo as capacidades do indivíduo. Assim, a avaliação deve ser utilizada para

informar ao professor quanto o aluno está aprendendo e para informar ao aluno sobre

suas capacidades individuais, não simplesmente como uma maneira de corrigir, reprovar

ou aprovar o aluno.

O aluno, na Avaliação Formativa, tem um papel diferenciado daquele que lhe é

dado nas formas convencionais de avaliação. Qual é o seu papel ? O de construtor,

Page 15: TCC Claudio[2] 1A Parte

15

avaliador e regulador de seu aprendizado. Na verdade, uma soma de competências que o

torna protagonista de sua formação.

Mas, como a Avaliação Formativa proporciona esse autocontrole? A Avaliação

Formativa é uma ação multifacetada, na qual cada aluno é analisado respeitando-se suas

diferenças individuais. Isso significa que pontos fortes e fracos dos alunos, em cada

assunto, são observados.

A síntese geral não é o resultado de um único instrumento avaliativo, mas de

uma série de avaliações. Ele conhecerá com mais precisão suas deficiências para poder

melhorá-las. Ele também, descobrirá como usar suas habilidades para atingir melhores

resultados. O aluno pode, assim compreender melhor seu desempenho e se conhecer

melhor.

Segundo PERRENOUD (1999) a avaliação formativa permite construir, auto-

avaliar e regular aprendizado. Este é o caminho que o aluno percorre ao saber utilizar os

mecanismos da Avaliação Formativa. O aluno torna-se o agente de seu aprendizado.

O que não exclui a necessidade do educador; afinal é ele que guia o aluno na

busca do conhecimento. É o educador, também, que orienta a visão do aluno para

analisar os resultados e tomar atitudes com base neles.

1.3 A importância da observação

A observação na avaliação é muito importante. Saber observar é a chave para

uma avaliação realmente formativa. E para observar bem é preciso ter dois olhares: o de

pesquisador e o de vigilante.

Com o olhar pesquisador, o educador planeja o que deve focalizar baseado na

sua ação pedagógica e com o olhar vigilante não procura focos de problemas já

existentes, mas prevê possíveis problemas e necessidades.

Observar bem é, portanto, ter olhar pesquisador, que cerca o foco do problema

para chegar à solução, e olhar vigilante, que está sempre atento às faltas e à iminência

de falhas no processo pedagógico.

O que e como olhar ?

Três pontos importantes fazem parte da construção da aula e sobre os quais o

educador focaliza sua ação:

- O foco na aprendizagem individual e coletiva do aluno;

- O foco na construção das interações professor/aluno;

Page 16: TCC Claudio[2] 1A Parte

16

- O foco no desempenho do próprio professor na construção da aula.

Segundo HOFFMANN ((1998), o professor observa, direcionando o foco das

suas atenções a esses três pontos. Como se vê, não é só o aluno que é observado, mas a

também a necessidade da auto-observação.

O bom professor se avalia constantemente. Sabe que ele é parte importante na

aprendizagem. Sabe que precisa construir relacionamentos de confiança. Sem isto, não é

possível construir uma aula eficaz.

No entanto, o focalizar o olhar em determinada parte do processo não exclui a

consciência da multiplicidade de agentes e de ações sobre cada parte. Ações, reações e

relações por parte de educando, educadores e coordenação atuam em conjunto em cada

parte do processo. Mesmo ao focalizar, o campo de visão deve ser sempre amplo.

Portanto, dúvidas, questões, gestos de agrado e desagrado, conversas com

amigos, autocrítica do educador e análise de seu desempenho requerem vigília

constante!

O olhar com intenção formativa não procura localizar o erro para ser assinalado,

mas para compreendê-lo, buscando suas razões. Assim, o professor procura educar o

seu modo de olhar para poder perceber a essência do que acontece nas atividades e

poder encaminhar e otimizar as aprendizagens em andamento.

A partir dos dados que um olhar pesquisador e vigilante registra, o professor

diversifica ritmos, modalidades de atividades, recursos didáticos e formas de expressão.

Não basta mais falar.

É preciso fazer boas perguntas. Só um olhar didaticamente educado levanta

hipóteses para o professor fazer boas perguntas – as que transformam os enganos, as

dúvidas, as incertezas em aprendizado... em crescimento humano.

Segundo MELCHIOR (1994), em processo de educação construtivista, a

avaliação é um elemento indispensável para a reorientação dos desvios ocorridos

durante o processo e para gerar novos desafios ao aprendiz. A avaliação deve ser

resultado de uma discussão de forma honesta e transparente, entre todos os elementos

envolvidos no processo.

O autor ROMÃO (1998) demonstra também as concepções de avaliação, como a

avaliação na concepção Construtivista e na Positivista. N a concepção Construtivista, a

avaliação ocorre subjetivamente através da auto-avaliação. A avaliação é vista de forma

qualitativa, preocupando se tanto com o processo que acaba por desconhecer ou

Page 17: TCC Claudio[2] 1A Parte

17

desqualificar os resultados. Em contrapartida, a avaliação, na concepção Positivista,

ocorre objetivamente através da avaliação final dos alunos. A avaliação se dá, assim de

forma quantitativa, apresentando função classificatória, baseada em padrões científicos

ou culturais, preocupando-se tanto com o fim que acaba por desqualificar o meio, o

processo.

Nos ambientes construtivistas destacam-se a observação, testagem e a auto-

avaliação como as principais técnicas de avaliação.

As observações classificam-se em :

- Observações informais ou ocasionais;

- Observações formais ou sistematizadas;

Com relação à testagem, os testes podem ser agrupados segundo sua finalidade:

- Testes de aptidões especiais;

- Testes de personalidade e interesse;

- Testes de aproveitamento.

1.4 O erro e a avaliação da aprendizagem escolar

Sem dúvida, além de buscar uma nova direção para as finalidades da avaliação

da aprendizagem, é fundamental ampliar a discussão, construindo uma proposta de

avaliação da aprendizagem e de todos os integrantes.

No sistema educacional, hoje, só o aluno é avaliado. É usual atribuirmos a ele as

causas do seu bom ou mau desempenho escolar. Ou seja, de todos os integrantes da

escola, só o aluno é sistematicamente avaliado.

Observo que a competência ou incompetência do aluno resulta, em última

instância, da competência ou incompetência da escola, não podendo, portanto, a

avaliação escolar restringir-se a um de seus elementos de forma isolada.

Tal proposição reflete o entendimento de que a escola deve ser avaliada em sua

totalidade, ou seja, de todos os elementos integrantes da organização devem ser foco de

análise: a atuação do professor e de outros profissionais da escola; os conteúdos e

processos de ensino; as condições, as dinâmicas e as relações de trabalho; os recursos

físicos e materiais disponíveis; a articulação da escola com a comunidade.

Nessa perspectiva, a avaliação da escola constitui um processo de busca de

compreensão da realidade da escola, com a finalidade de oferecer subsídios para a

Page 18: TCC Claudio[2] 1A Parte

18

tomada de decisões quanto ao direcionamento das intervenções, sejam elas de natureza

pedagógica, administrativa ou estrutural.

Segundo MELCHIOR (1994), tem um processo de educação construtivista, a

avaliação é um elemento indispensável para a reorientação dos desvios ocorridos

durante o processo e para gerar novos desafios ao aprendiz. A avaliação deve ser

resultado de uma discussão de forma honesta e transparente, entre todos os elementos

envolvidos no processo.

Apontar simplesmente acertos ou erros é procedimento incompleto e

insuficiente, que pouco faz crescer o aluno. De que vale informar ao aluno que a

resposta no item 1 da prova de Geografia valeu 0,3 ou 0,5 ? As dúvidas continuarão

suspensas. E questões restarão sem solução: o que fez com que minha resposta não

ficasse completamente correta? O conteúdo, a redação, o aprofundamento no tema?

Com a avaliação interpretativa e descritiva, o aluno pode sanar suas dúvidas com

relação ao seu próprio aprendizado e o professor rever seus métodos para melhor ajudá-

lo em sua busca do aperfeiçoamento. O aluno poderá tornar-se mais auto-suficiente,

uma vez que está consciente de seus pontos fracos e o professor aprimorar-se no seu

exercício de mediar o aprendizado.

Em suma, o erro não é simplesmente um não acerto, que deve ser lamentado. O

essencial é ter vontade de compreender os erros para criar situações de superação.

Assim, avaliar é muito diferente de fazer prova. Avaliar formativamente não é limitar-se

a verificar conhecimentos em relação a um modelo de referência (certo ou errado).

E o professor deve avaliar o aluno utilizando vários meios, ao mesmo tempo em

que se auto-avalia. Isso é avaliação formativa, pilar do novo conceito de

ensino/aprendizagem.

CAPÍTULO 2. A PRÁTICA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL

Existe atualmente no Brasil, uma crescente necessidade de rever a prática de

avaliação educacional. O atual quadro no qual se encontra ainda enraizado nos padrões

tradicionais burgueses (salvo raras exceções).

Tal constatação incita que o educador torne o ato de avaliar algo prazeroso, num

processo contínuo e, acima de tudo, que a avaliação se constitua num diagnóstico da

aprendizagem.

Page 19: TCC Claudio[2] 1A Parte

19

Segundo VASCOCELLOS (2001), quando optamos por uma nova postura em

avaliação, terá que haver anteriormente uma mudança interna, pessoal de postura. Ou

seja, temos que mudar nossas velhas verdades e transformá-las. Há uma ansiedade em

se buscar o novo, mas há muito do que se aproveitar daquilo que está em sala, no

cotidiano. Basta recriar...junto com as crianças!

A compreensão que temos hoje do processo de ensino-aprendizagem exige um

outro olhar para o processo de avaliação, que não pode mais se limitar a ser um

procedimento decisório quanto à aprovação ou reprovação do aluno. Aprovação e

reprovação são distorções perversas do conceito de avaliação. A avaliação é um

procedimento pedagógico pela qual se verifica continuamente o processo de

aprendizagem e se decide, se necessário, sobre os meios alternativos de recuperação ao

reforço.

Por que a avaliação na escola ocupa tanto tempo das reuniões pedagógicas, dos

encontros de professores, dos seminários, dos congressos? Porque tem se apresentado

como tema central das conferências e preocupação de estudiosos da Educação? Quanto

tempo da formação dos professores tem sido destinado a compreender a Avaliação

Escolar e seus processos? As opiniões, dúvidas, conclusões a serem expostas neste texto

fazem parte desse amplo movimento que percorre todo o país, em várias redes de ensino

e em todo o mundo. São contribuições, frutos do trabalho de vários educadores, síntese

das reflexões e experiências dos educadores em salas de aula.

Há um certo descompasso entre os princípios e conceitos que nortearam nossa

formação profissional, calcados não só na pedagogia tradicional mas em toda a

representação cultural alicerçada na seleção, na estratificação, na padronização e a real

performance do público que lidamos hoje, ou seja, ele é questionador, resistente o que

lhe agride, crédulo de que pode mudar o rumo das “coisas” quando deseja. Esse

fenômeno tem se manifestado com muita frequência na escola. Isso tem levado os

educadores a se debruçarem sobre o assunto, sem tréguas.

O alargamento do conceito da Avaliação nos faz ver suas diversas faces e como

poder está associado à ela. Mostra o seu fim e os seus meios. Falar da Avaliação no

âmbito da Educação Escolar, no campo da Educação de Direitos, nos leva a pensar a sua

função, o papel social do professor a razão da existência da Escola. Traz a discussão

sobre inclusão e exclusão, privilégios e direitos, direitos e obrigações instrução e

formação, que alunos queremos formar, que escola estamos construindo para a nossa

sociedade.

Page 20: TCC Claudio[2] 1A Parte

20

Como diz LIBÂNEO (1995), a participação é fundamental por garantir a gestão

democrática da escola, pois é assim que todos os envolvidos no processo educacional da

instituição estarão presentes tanto nas decisões e construções de propostas (planos,

programas, projetos, ações, eventos) como no processo de implementação,

acompanhamento e avaliação.

2.1 Algumas sugestões

Assim, poucos professores levam em consideração o fato de a avaliação0 ser um

novo momento de aprendizagem ao não avaliar a produção e os conhecimentos dos

alunos. Quantos conhecimentos poderiam ser avaliados além das provas?

Abaixo HOFFMANN (1998) relaciona alguns:

- Aqueles observados em aulas dialogadas, nas quais o discente demonstra o

conhecimento adquirido: por sua experiência de vida; nos meios de comunicação; em

leituras formais e informai; quando são levados a acoplar seus saberes, às vezes, muito

simples ao novo, exposto pelo professor, no estudo de determinado conteúdo;

- Na síntese de uma unidade de estudo concluída em História, Geografia,

Ciências etc. que se poderiam realizar com a classe. Ocasião em que os alunos seriam

levados a participar, demonstrando tê-la aprendido, sendo capazes de informar aos

colegas e ao professor os conceitos básicos desses conhecimentos, colaborando de

forma solidária para a aprendizagem dos demais colegas, às vezes, desatentos;

- Na concretização desses conteúdos em história em quadrinhos, dramatização e

outros, de fatos históricos, geográficos, científicos, matemáticos; de pequenos

“esquetes”, da utilização de cações da moda, preparadas por grupos de alunos em língua

estrangeira moderna etc.;

- Em numerosas outras formas de avaliação, que o professor poderá criar,

observando e registrando, sistematicamente ( até mesmo no diário de classe), a conduta

e produção intelectual do aluno em suas aulas.

Todos os professores fazem uma avaliação formativa contínua do aluno ao longo

do ano escolar;

O professor observa, direcionando o foco das ações a esses três pontos. Como se

vê, não é só o aluno que é observado, mas há também necessidade da auto-observação.

Page 21: TCC Claudio[2] 1A Parte

21

O bom professor se avalia constantemente. Sabe que ele é parte importante na

aprendizagem. Sabe que precisa construir relacionamentos de confiança. Sem isto não é

possível construir uma aula eficaz.

No entanto, o focalizar o olhar em determinada parte do processo não excluí a

consciência da multiplicidade de agentes e de ações por parte de educando, educadores

e coordenação atuam em conjunto em cada parte do processo, Mesmo ao focalizar, o

campo de visão deve ser sempre amplo. Portanto, dúvidas, questões, gestos de agrado e

desagrado, conversas com amigos, autocrítica do educador e análise de seu desempenho

requerem vigília constante! Um outro olhar.

O olhar com intenção formativa não procura localizar o erro para ser assinalado,

mas para compreendê-lo, buscando suas razões, Assim, o professor procura educar o

seu modo de olhar para poder perceber a essência do que acontece nas atividades poder

encaminhar e otimizar as aprendizagens em andamento.

A partir dos dados que um olhar pesquisador e vigilante registra, o professor

diversifica ritmos, modalidades de atividades, recursos didáticos e formas de expressão.

Não basta mais fala. É preciso fazer boas perguntas. Só um olhar didaticamente educado

levanta hipóteses para o professor fazer boas perguntas, as que transformam os enganos,

as dúvidas, as incertezas em aprendizado... em crescimento humano.

CAPÍTULO 3. OBSERVAÇÃO EM ESCOLAS

De acordo com PELLEGRINI (2002). Toda e qualquer avaliação pressupõe

objetos e critérios. Habitualmente na escola, o único objeto avaliado é o aluno ou, às

vezes, só a sua aprendizagem e, somente enquanto um produto. Mas, no processo de

ensino e aprendizagem deveríamos avaliar também outras questões, tais como: os seus

objetivos, os conteúdos, as propostas de intervenções didáticas com seus materiais e

recursos utilizados. Os critérios são o referencial da avaliação e devem traduzir a

natureza da educação institucionalizada.

A maneira como uma escola avalia é o reflexo da educação que ela valoriza.

Essa prática deve ser capaz de julgar o valor do aluno e possibilitar que ele cresça, como

indivíduo e como integrante de uma comunidade.

Concordamos com LUCKESI (1998) segundo o qual deve se parar de confundir

avaliação de aprendizagem com exames. A avaliação de aprendizagem, por ser

avaliação, é amorosa, inclusiva, dinâmica e construtiva, diversa dos exames, que não

Page 22: TCC Claudio[2] 1A Parte

22

são amorosos, são excludentes, não são construtivos, mas classificatórios. A avaliação,

segundo ele traz para dentro, enquanto que os exames selecionam, excluem,

marginalizam.

Observando como a escola avalia, podemos saber se ela dá condições ou não

para a obtenção de uma melhor qualidade de vida. Se ela estiver assentada sobre a

disposição para acolher os alunos poderão construir qualquer coisa que seja.

Não é possível avaliar um objeto, uma pessoa ou uma ação caso ela seja

recusada ou excluída, desde o início, ou mesmo julgada previamente. A avaliação, a

nosso ver, é uma janela por onde se vislumbra toda a educação e terá seu sentido mais

autêntico e significativo se tiver articulação com o projeto político-pedagógico da

escola. É ele que dá significado ao trabalho docente e à relação professor-aluno.

3.1. Pesquisa de campo

A realização da pesquisa se dará através de coleta de material com profissional

atuante em escola de ensino fundamental, para obtenção de dados específicos relativos a

estrutura e funcionamento da avaliação nesta escola. Engloba a legislação vigente sobre

a qual a avaliação está fundamentada, critérios avaliativos e critérios de aprovação do

aluno.

3.2. Instrumentos

Foi distribuído um questionário com 5 (cinco) questões para 5 (cinco)

professores. Não foram citadas os nomes das escolas e professores a pedido dos

diretores das unidades escolares, pois percebe-se existir uma ética onde todas acabam se

posicionando desta forma.

Prof. 1. Professor de Escola Particular do Ensino Fundamental (3ª série)

Prof. 2. Professor de Ensino Fundamental em Escola Estadual (4ª série)

Prof. 3. Professor de Ensino Particular do Ensino Médio (1ª série)

Prof. 4. Professor de Ensino Fundamental em Escola Estadual (5ª série)

Page 23: TCC Claudio[2] 1A Parte

23

Prof. 5. Professor de Ensino Fundamental em Escola Estadual (8ª série)

Questionário apresentado:

1. N sua opinião, qual o objetivo da avaliação ?

Prof. 1. A avaliação serve para conhecer melhor o aluno e julgar a aprendizagem

durante o processo de ensino.

Prof. 2. A avaliação nos permite conhecer o resultado de nossas ações didáticas e,

por conseguinte, melhorá-las.

Prof. 3. A avaliação implica em julgamento, apreciação, valoração e qualquer ato

que implique em julgar, valorar, implica que quem o pratica tenha uma norma ou

padrão que permita atribuir um dos valores possíveis a essa realidade.

Prof. 4. O objetivo da avaliação é através de um diagnóstico de cada aluno,

identificar as possíveis causas de seus fracassos e/ou dificuldades visando uma

maior qualificação e não somente uma quantificação da aprendizagem.

Prof. 5. A avaliação serve para conhecer melhor o aluno e ensinar melhor. Serve

para conhecer suas competências curriculares, seu estilo de aprendizagem, seus

interesses, suas técnicas de trabalho.

2. Você acredita que a avaliação, realizada em sua escola, é justa e reflete o

conhecimento do aluno ?

Prof. 1. Acredito que a escola ainda segue uma avaliação através de provas, o aluno

é medido somente naquela situação específica, abandonando-se tudo aquilo que foi

realizado em sala de aula antes da prova, apesar da escola veicular que avalia o

aluno por um todo.

Page 24: TCC Claudio[2] 1A Parte

24

Prof. 2. Depende do professor. Eu, por exemplo avalio tudo. A observação é

registrada, é de grande ajuda na realização de um processo de avaliação contínua.

Prof. 3. A avaliação é global. Se realiza em vista as várias áreas de capacidades do

aluno: cognitiva, motora, de relações interpessoais, de atuação etc. e, situação do

aluno nos variados componentes do currículo escolar.

Prof. 4. Na escola onde trabalho a avaliação do processo pedagógico envolve o

Planejamento e o Desenvolvimento do processo de ensino. Neste contexto é

necessário que a avaliação cubra desde o projeto Curricular e a Programação, do

ensino em sala de aula e de seus resultados.

Prof. 5. A escola segue os Parâmetros Curriculares onde a informação sobre os

resultados obtidos com os alunos deve necessariamente levar a um replanejamento

dos objetivos e conteúdos, das atividades didáticas, dos materiais utilizados e das

variáveis envolvidas em sala de aula: relacionamento professor/aluno,

relacionamento entre alunos e entre esses e o professor.

3. Você concorda com a maneira que é feita a avaliação em sua escola ?

Prof. 1. Sou um pouco tradicionalista e acredito que a avaliação de conteúdos deve

sim ser a partir de provas para saber o que realmente o aluno aprendeu. Então

concordo.

Prof. 2. Sim concordo. A avaliação é um elemento indispensável para a reorientação

dos desvios ocorridos durante o processo e para gerar novos desafios ao aprendiz. A

avaliação deve ser resultado de uma discussão de forma honesta e transparente,

entre todos os elementos envolvidos no processo.

Prof. 3. Eu acredito que a escola está seguindo o que lhe é imposto. E, nós

educadores devemos seguir o que a escola impõe. Tanto a escola como os

educadores estão seguindo as novas propostas através da legislação e parâmetros.

Assim, penso que devo procurar pensar como eles e concordar.

Prof. 4. Procuro avaliar o aluno conforme o Planejamento da U.E. Mas, é difícil

seguir o que nos é passado uma vez que é difícil em uma classe de 30 ou 40 alunos

Page 25: TCC Claudio[2] 1A Parte

25

conhecer cada um e avaliar o aluno como um todo. Deixa –se desejar em termos de

conteúdos escolares.

Prof. 5. Eu acho que a escola passa para os professores como deve ser a avaliação

mas, cada um avalia de uma maneira diferente. Falta orientação e, a educação não

tem melhorado em nada com as novas propostas .

4. Aponte fatores que, na sua opinião, poderiam ser melhorados para refletir uma

avaliação mais fidedigna ( em termos técnicos, relativos à escola, e em termos

práticos, relativos a sua atuação).

Prof. 1. A avaliação da maneira como está sendo conduzida no país deixa a desejar

em todos os setores. A escola deveria reivindicar classes com menos alunos, mais

estrutura, mais orientação e reciclagem de professores. Quanto a atuação dos

professores é difícil dizer, uma vez que o seu desempenho depende das condições

que a escola oferece.

Prof. 2. A escola tem que ser um encontro de gerações, direito fundamental do

cidadão ao conhecimento e espaço de formação da pessoa. Minha escola procura

fazer isso e acho que está se saindo bem. Tem vários projetos onde envolve a

direção, o administrativo, os professores, os alunos e a comunidade e isso ajuda para

conhecer o aluno. Sobre a minha atuação gostaria de evitar a improvisação, prever o

futuro, estabelecer caminhos que norteassem mais apropriadamente a execução da

ação educativa, e, ter condições de prever o acompanhamento e a avaliação da

própria ação mas, isso é muito difícil. Faço o que posso.

Prof. 3. A escola deve ter competência e unidade para enfrentar as eventuais

pressões equivocadas dos pais, calcadas na ansiedade de preparar desde cedo os

filhos para as provas. Não discuto a boa intenção dos pais, mas não podemos nos

omitir frente ao seu encaminhamento equivocado. Por mais que eu queira uma

avaliação formativa, cuidando para os alunos se apropriarem de saberes adequados,

minha autonomia como a de todos os professores, é limitada. Siga o que a escola me

impõe.

Prof. 4. A escola deixa a desejar em termos de orientação. Faltam anotações sobre

problemas pessoais do aluno e problemas que o aluno enfrenta em outras

Page 26: TCC Claudio[2] 1A Parte

26

disciplinas. Como avaliá-lo então? Eu, como professor de História, vejo meus

alunos duas vezes por semana. É difícil com esse tempo conhecê-los e avaliá-los

então acho que nas reuniões de HTPCs deveriam servir para fazer uma análise de

cada aluno em todas as disciplinas.

Prof. 5. A escola segue o sistema e passa ao professor o que ela quer que ele faça em

sala de aula, sem muito critério, sem recursos, sem dar condições ao professo. Eu,

me sinto perdida ao ver que a avaliação não está sendo conduzida de uma forma

real. Avaliamos em sala de uma Meira fragmentada.

5. Você tem algumas dúvidas sobre a sua maneira de avaliar ?

Prof. 1. Muitas. Mas sigo o que a escola impõe.

Prof. 2. Tenho muitas. São tantas que vou me limitar a dizer o seguinte: Como

avaliar um aluno indisciplinado, que mostra não ter respeito para o professor e com

os colegas mas, que, ao fazer uma prova mostra que sabe a matéria? Demonstra

saber a essência do conteúdo, mas não quer conversar sobre o assunto? Difícil não?

Prof. 3. Tenho alguns critérios para fazer o relatório. Tendo isso claro, posso dizer

quanto o aluno está se aproximando, ou não, dos objetivos. Mas sempre há dúvidas

se estou ou não avaliando de forma correta.

Prof. 4. Não, porque estou fundamentada dentro das normas pré-estabelecidas, desde

o princípio do ano letivo, no qual foi estipulado dentro do planejamento escolar.

Prof. 5. Sim, pois cada sala tem sua heterogeneidade de alunos onde o rendimento

diferencia-se na hora de avaliar e, isso ocorre às vezes incertezas de estar ou não

avaliando corretamente. Como fazer isso com mais de 40 alunos em classe?

3.2. Análise dos resultados da pesquisa

Essa pesquisa procurou ilustrar como pensa o professor na atualidade sobre a

avaliação, hoje tão falada e comentada. Todos os professores foram unânimes em dizer

Page 27: TCC Claudio[2] 1A Parte

27

que as novas propostas fazem a escola e os professores avaliarem o aluno como um todo

mas, a maneira disso ser feito depende de cada professor.

Segundo os professores entrevistados, a forma que os alunos as vezes é avaliado,

não é a contento do professor, mas eles devem seguir normas pré-estabelecidas pelas

escolas e diretorias de ensino, logo a forma real no qual o aluno deve ser avaliado deixa

de ser satisfatório para o professor envolvido. Procura-se uma interdisciplinaridade, na

hora que é para avaliar o aluno. Essa com certeza tem que ser globalizada, além de tudo

estar baseada no planejamento escolar.

Na questão no qual foi perguntado, se os professores estão de acordo com a

forma como os alunos estão sendo avaliados, todos responderam que seguem os padrões

estabelecidos pelas unidades escolares. Entre os recursos que poderiam melhorar a

avaliação dos alunos os professores defendem que seja colocado em prática a

interdisciplinaridade e a globalização, pois os alunos de hoje, fazem parte dessa nova

aldeia global, que é o mundo que vivemos.

Ao perguntar sobre à forma que cada um avalia seus alunos, há controvérsias nas

respostas, pois uns seguem a cartilha da escola que lecionam, outros acham que estão no

caminho certo.

3.3. Resultado da análise

No geral todos os professores, procura adaptar a realidade de seus alunos dentro

dos subsídios que as escolas oferecem, e tentam ser malabarista, quando a situação é

avaliar o aluno. Sabe-se que o aluno de hoje, é diferente, pois ele vem de uma nova

realidade social, cultural e econômica.

Com as novas propostas que tem sido implantadas na educação nos últimos anos

tem ficado um pouco perdido, pois num momento tem que se proceder de uma forma,

logo muda tudo. Conclui-se que a avaliação junto aos alunos é uma grande incógnita.

Page 28: TCC Claudio[2] 1A Parte

28

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho aqui realizado mostrou que as mudanças na avaliação devem

envolver um novo paradigma da relação professor/aluno, vista uma relação de apoio e

de parceria.

Essas mudanças provocam ansiedade entre os professores que habitualmente

fazem uma avaliação classificatória, que apenas verifica o rendimento escolar para

separar os alunos aprovados e reprovados ao final do processo.

Ao invés disso, é necessário que os professores superem essa posição mais

individualista e possam construir coletivamente novas formas de trabalho docente,

partindo para uma avaliação formativa, capaz de colocar à disposição do professor e da

equipe escolar informações mais precisas, mais qualitativas, sobre os processos de

aprendizagem dos alunos, os quais dependem da estrutura dos conhecimentos a

construir e das habilidades a desenvolver em cada área.

Observou-se que para uma avaliação verdadeiramente formativa, o educador

necessita ter olhar de pesquisador e de vigilante. Contudo esses olhares não são

completos sem exercício de escuta. De nada vale pôr os olhos, quando ao observar, não

se escuta o que o outro tem a dizer, não se está disponível e sensível ao outro.

Escutar requer um abandono de si ao conhecer do outro; um desejo; um interesse

em encontrar o outro. A escuta é, portanto, o resultado da interpretação e compreensão

do falante, com finalidade de que o processo de reciprocidade da Educação possa ser

estabelecido.

Reconhece-se as dificuldades apresentadas por uma avaliação diagnóstica, que

implica em acompanhamento individualizado, com preenchimento de algumas centenas

de fichas por professores do Ciclo II E Ensino Médio, muitas vezes, responsáveis por

400 ou 500 alunos, conforme a disciplina que ministram e jornada de trabalho, que

exercem. Contudo ela é perfeitamente factível para os professores do Ciclo I, que regem

apenas uma classe.

Page 29: TCC Claudio[2] 1A Parte

29

Assim, agindo, estarão os professores dando um passo gigantesco na eliminação

da avaliação classificatória e elevando, sobremaneira, a qualidade de ensino em suas

aulas. O fato de muitos alunos serem promovidos, aleatoriamente deveria ser objeto de

profunda reflexão para nós, educadores, interessados na aprendizagem de nossos alunos.

Partindo das leituras dos PCNS (Parâmetros Curriculares Nacionais) e Lei

9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) conclui-se que a escola,

como entidade, cada vez mais globalizada, poderá ser acometida de uma

marginalização, por não acompanhar as mudanças tecnológicas do seu público alvo e da

sociedade do conhecimento.

O trabalho mostrou ainda que a prática docente e a sua conseqüente avaliação

também necessitam de mudanças significativas, e que a velocidade e a capacidade de se

obter e transmitir informações telemáticas, tornam a aula tradicional menos atrativa

levando ao descrédito o educador e causam, em última instância, evasão e indisciplina.

Precisa-se mudar a retórica, a prática, o planejamento das aulas e

consequentemente a avaliação. Sabemos que a mudança é muitas vezes difícil, mas

necessária. É preciso estabelecer relações entre o novo e o antigo; entre o bom e o mau

aluno (que se constituem em mero juízo de valores); é preciso desvencilharmos de pré-

conceitos e pedir ajuda.

Assim, com humildade intelectual e muita vontade de fazer diferente, estaríamos

formando processos educativos transformadores, pois perceberíamos o fundamental:

seres humanos transformando a qualidade de suas relações.

A avaliação nas escolas ainda precisa ganhar, realmente, a preocupação dos

coletivos constituídos. Sair do campo de preocupação individual, da angústia de cada

um e ganhar as dimensões dos grupos de trabalho dos ciclos, dos turnos de toda escola.

O enfoque sobre os conteúdos, a maneira de professores e alunos se

relacionarem, os projetos de trabalho desenvolvidos, os objetivos do projeto da escola,

pensando este como resultado dos desejos do coletivo, estão ligados à concepção de

avaliação que se vai trabalhar.

Ela é um dos componentes do sistema da escola, não está separada de outros

elementos. Não deve ser discutida em separado, não é mais importante que discutir

Page 30: TCC Claudio[2] 1A Parte

30

regras de convivência ou como criar maneiras mais eficazes de ensinar, ou ainda como

trabalhar a inter-relação das várias áreas do conhecimento.

A avaliação tem esbarrado em um problema crônico na educação: a dificuldade

do trabalho coletivo. E é exatamente na hora que vai se discutir resultados ou normas

que o problema mais aparece.

Nos conselhos de classe e nas reuniões de planejamento (início do ano) os

professores tentam achar critérios comuns, ações conjuntas para valorizar ou punir,

formas únicas de distribuição de créditos. A dificuldade é que, sem aprofundar no

conteúdo do problema, não conseguem seguir em frente.

Então a culpa é da dificuldade de se trabalhar em equipe. É como se isto fosse

impecilho natural dos homens, contrariando todas as conclusões das Ciências Sociais.

Por tudo isso, é preciso reformular o sistema de ensino, começando pelos professores.

A pesquisa de campo realizada para esse trabalho mostrou que com novas

propostas que tem sido implantadas na educação nos últimos anos, os professores tem

ficado um pouco perdidos, pois num momento tem que proceder de uma forma, em

outro muda tudo. E, a partir daí percebe-se que a avaliação junto aos alunos é uma

grande incógnita.

Precisamos desconstruir o que existe para reconstruí-lo mais forte e coerente

com o que se pretende de um sistema educativo de qualidade, valorizando o aluno, mas

também o professor assim como todo o processo de reconstrução de ensino-

aprendizagem no Brasil.

O trabalho em seu conjunto, apontou problemas que a avaliação enfrenta, junto

aos professores, nas escolas, e também surgiu novos caminhos e proposta a serem

pensadas por diretores, coordenadores e professores.

Ao avaliar o aluno, muito mais do que dar nota ou um número no final de

semestre, é saber se o professor conseguiu atingir os objetivos que ele se propôs com o

mesmo.

Page 31: TCC Claudio[2] 1A Parte

31

REFERÊNCIAS

BRASIL. Leis. Decretos. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº 9.394

de 20 de dezembro de 1996. Brasília, 1996.

FRANCO, C., BONAMIN. Avaliação, ciclos e promoção na educação.Porto Alegre:

Artes Médicas, 2001.

GAMA, Zacarias Jaegger. Avaliação na escola de 2º Grau. Campinas: Papirus, 1993.

GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes

Médicas, 1995.

HOFFMANN, Jussara Maria Learch. Pontos e contrapontos: do pensar ao agir em

avaliação. Porto Alegre: Mediação, 1998.

LIBÂNEO, José Carlos. Tendências pedagógicas na prática escolar. Revista ANDE,

1995.

LUCKESI,Cipriano Carlos – Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e

proposições. 8 ed. São Paulo: Cortez, 1998.

MELCHIOR, Maria C.: Avaliação pedagógica. São Paulo: Mercado Aberto, 1994.

MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos T. BEHRENS, Marilda. Novas tecnologia

e mediação pedagógica. São Paulo: Papirus, 2000.

PERRENOUD, Philipphe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens –

entre duas lógicas. Porto Alegre: ArtMed, 1999.

PELLEGRINI, Denise. É hora da recuperação. Revista Nova E Scola. Ed. 154,

agosto de 2002.

PESTANA, M. I. O Sistema de avaliação brasileiro. Revista Brasileira de Estudos

Pedagógicos, v. 79, nº 191, p. 65-73, jan./abr. 1998.

ROMÃO, José Eustáquio, Avaliação Dialógica – Desafios e Perspectiva. São PAULO:

Cortez, 1998.

Page 32: TCC Claudio[2] 1A Parte

32

SANT’ANNA, Ilza Martins. Avaliar Por que? Avaliar Como? – leituras. 6 ed, São

Paulo: Editora Vozes, 2002.

SAVIANI, Demerval. Escola e democracia. São PAULO: Cortez, 1987.

SILVA, Ceris. S. Ribas da Silva. Os ciclos e a avaliação escolar. Presença Pedagógica.

Belo Horizonte: Dimensão, v.7. nº 40. jul/ago, 2001.

SOUZA, Sandra MARIA Zákia Lian. Avaliação da aprendizagem: teoria legislação e

prática no cotidiano de escolas de 1º grau. Série Idéias nº 8. São Paulo: FDE, 1998.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: concepção dialética-libertadora do

processo de avaliação escolar. São Paulo: Salesiana Dom Bosco, 1993.

Mudar a avaliação. Sem essa de exclusão! Revista Mundo Jovem, Porto ALEGRE: Nº

318 DE JULHO 2001.