33
Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído, política, estética e eticamente, por nós, mulheres e homens. (Paulo Freire)

Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

 Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído, política, estética e eticamente, por nós, mulheres e homens. (Paulo Freire)

Page 2: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

- 2007 as plenárias municipais e, posteriormente, em doze Conferências Regionais.

- Em janeiro de 2008, realizamos a I Conferência Estadual de Educação.

- Em abril deste 2008, a Secretaria Adjunta de Ensino, realizou a I Reunião de Trabalho:“A Educação Básica no Estado do Pará: elementos para uma política educacional democrática e de qualidade Pará Todos”. (Vol.I)

- - Seminários (I Seminário Estadual de Ensino Médio Integrado, I Seminário e Educação Infantil, I Seminário do Ensino Fundamental, Fórum Estadual do Ensino Médio, I Seminário de Educação Escolar Indígena, e os Seminários da Educação para a Diversidade, Inclusão e Cidadania. (Vol. II)

- No segundo semestre de 2008, esses documentos, e mais o relatório final da I Conferência Estadual, foram socializados com a rede escolar pública estadual para apreciação e contribuições, que resultam neste documento.

Page 3: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

Princípios:• Educação como direito universal básico, bem social público e como condição para

a emancipação humana;

 

• O homem como sujeito de direito à cidadania plena e ao desenvolvimento de suas amplas capacidades físicas, intelectuais e afetivas;

 

• A educação pública orientada pela busca da qualidade socialmente referenciada;

• A gestão democrática da Educação e o fortalecimento dos instrumentos de controle social;

 

• A gestão compartilhada entre os entes federados;

 

• Uma educação voltada para o desenvolvimento sustentável, afirmando as diversidades étnico-raciais, de gênero, de orientação sexual e religiosa.

 

Page 4: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

- Ensino Público de Qualidade PARÁ Todos;

- Escola Espaço de Cidadania PARÁ Todos;

- Gestão Democrática e Participativa PARÁ Todos;

- Valorização PARÁ Todos os trabalhadores da Educação.

Page 5: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

1- A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA PÚBLICA:

A Escola como agente da emancipação dos sujeitos na perspectiva da

construção de uma sociedade democrática que valorize a vida.

Com responsabilidade de fertilizar o processo educativo de desejo e luta

por uma sociedade ética, cidadã e humanizada.

Educação, enquanto prática social deve ocorrer num espaço relacional que

possibilite a participação efetiva e a integração entre os sujeitos, transcendendo a

concepção de mero mecanismo de reprodução da sociedade.

Page 6: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

a) Produzir a humanização e desbarbarizar a sociedade do preconceito, da opressão, do genocídio,da tortura, entre outras atrocidades;

b) Proporcionar uma revolução cultural orientada para o desenvolvimento da ominilateralidade humana;

 

c) Promover a socialização dos saberes sociais que permitam a inserção autônoma dos indivíduos na vida social, no mundo do trabalho, das artes, da ciência, dos esportes e da política;

 

d) Formar para a democracia e para a vida solidária;

e) Constituir-se como direito universal, com qualidade e gratuidade para todos.

Page 7: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

Concebe-se a educação como ato intencional e processo dinâmico

de humanização. Fundamentado numa perspectiva crítica, entende-se o

homem em sua totalidade, nas suas dimensões biológicas,cognitivas,

estéticas e éticas, como ser construído na materialidade da vida em um

processo histórico de transformação da natureza, de auto-criação e de

humanização permanente.

A escola deve manter-se aberta às várias possibilidades das

práticas dialógicas. Para isso , espaços devem ser criados ao debate, à

defesa de idéias, à construção coletiva e à socialização de saberes, na

perspectiva da interação entre o saber popular e o saber científico,

promovendo, pois, a interação dos saberes historicamente produzidos

pela humanidade.

Page 8: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

• O Projeto Político Pedagógico seja construído, pensado e avaliado por todos e referenciado nos interesses da maioria da população escolar;

 

• O currículo seja um instrumento que contenha um conjunto de experiências que possa favorecer o desenvolvimento da cidadania plena dos sujeitos;

 

• O ato pedagógico promova práticas educativas coletivas, ativas, racionais e transformadoras da prática social global;

 

• O espaço relacional escolar promova a sociabilidade, embora se constitua como lugar de amplas disputas, assegurando a veiculação de idéias, comportamentos e valores que reflitam a diversidade de nosso país e favoreçam a construção de uma sociedade democrática, solidária e com soberania popular;

 

• O espaço físico escolar proporcione as condições necessárias para a oferta de um ensino digno com qualidade social;

Page 9: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

A educação concebida como direito universal básico e como um bem social público, sendo, pois, a condição para a emancipação.

 Postula-se uma política educacional capaz de superar:

• A descontinuidade;

• O assistencialismo;

• O experimentalismo;

• A competitividade.

Atuando-se, isto sim, no sentido de uma educação orientada pelos interesses da maioria da população brasileira e amazônida, que seja:

• Integral;

• Inclusiva;

• Descentralizada;

• Com qualidade e controle social;

• Democratizante.

Page 10: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

Uma política pedagógica e administrativa voltada para a participação e autonomia das comunidades local e escolar, devendo ser encaminhada para:

 

a) O entendimento de democracia em sua processualidade;

b) A ampliação do poder coletivo – gestão democrática e participativa;

c) A existência de condições que assegurem a igualdade e a participação coletiva para ampliação de melhorias na qualidade administrativa;

d) A existência de canais de comunicação claros, transparentes e que cheguem a todos.

Page 11: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

Na Constituição (art. 206) como um dos sete princípios fundamentais para se ministrar o ensino e, por extensão, para gerir as escolas públicas.

 

Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), o princípio da gestão democrática está regulamentado nos artigos 14 e 15, sendo pautada:

 -a) - pelo envolvimento dos profissionais da educação na elaboração

coletiva de projetos pedagógicos;

-b) - pela a ampliação da participação das comunidades escolar e local nas diferentes representações colegiadas/equivalentes;

c) - pelos graus progressivos de autonomia no campo pedagógico, administrativo ou financeiro; neste último caso, de acordo com as diretrizes públicas traçadas.

Page 12: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

• Defesa da idéia de democracia participativa e compreensão da participação coletiva como ponto central deste processo;

 • Controle social da educação; • Efetivação da autonomia das unidades escolares sem

prejuízo de diretrizes comuns, da construção coletiva do projeto Político-Pedagógico e dos Regimentos Escolares, fortalecimento dos Conselhos Escolares e Grêmios Estudantis;

 • Democratização das formas de acesso ao cargo de diretor

com a garantia de participação dos diferentes segmentos; • Espaços de deliberação coletiva entre o sistema de ensino

estadual e as escolas da cidade, do campo, indígenas, ribeirinhos, quilombolas...

Page 13: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

• Criação de fóruns permanentes de discussão e mobilização da comunidade local e escolar visando a participação, o acompanhamento, discussão das políticas educacionais do Estado, no que diz respeito à formulação, efetivação no cotidiano das escolas públicas;

 

• Articulação entre as diferentes etapas da Educação Básica e os diferentes níveis de ensino nas ações de planejamento, coordenação e avaliação;

 

• Reconhecimento e afirmação da diversidade cultural e social dos povos do campo, da floresta, ribeirinhos, quilombolas, indígenas, mulheres, crianças, jovens, idosos, GLBT e pessoas com necessidades especiais;

 

• Estabelecimento de políticas de incentivo à formação inicial e continuada dos trabalhadores da educação em parceria com as instituições públicas de ensino.

Page 14: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

Numa concepção de educação democrática e com qualidade social

o currículo assumem papel central, por constituir-se na materialização dessa

mesma concepção no espaço escolar.

“ ... O currículo é, em outras palavras, o coração da escola, o espaço

central em que todos atuamos, o que nos torna, nos diferentes níveis do

processo educacional, responsáveis por sua elaboração. O papel do

educador no processo curricular é, assim, fundamental. Ele é um dos

grandes artíficies, queira ou não, da construção dos currículos que se

materializam nas escolas e nas salas de aula.”

Antonio Flavio Moreira

Page 15: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

...é instrumento de disputa hegemônica para a consolidação de uma

cultura, no sentido de possibilitar uma sociedade democratizante e

inclusiva, atenta à diversidade cultural, de modo, pois, a promover a

emancipação dos sujeitos

...não se pode conceber o currículo como tão somente um conjunto de

disciplinas, mas como uma série de diretrizes voltadas para a organização

da práxis educativa, conforme Bellerate (In Barth, 1971, apud MELANDRINI,

1993),

Page 16: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

• Ao projeto político de uma sociedade democrática, fraterna e solidária;

• Ao reconhecimento da necessária construção coletiva do processo;

• Ao reconhecimento de que os saberes necessários à apreensão crítica

da cultura, do trabalho, da ciência e dos desportos é condição necessária

para a formação de sujeitos autônomos, capazes de assumirem o papel de

dirigentes da sociedade ou de controlar a quem dirige;

Page 17: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

• Ao reconhecimento da necessária superação das dicotomias entre saber

popular e saber científico, saber prático e saber teórico, saber popular e

saber erudito, saber para o fazer e saber para o pensar;

• A busca do desenvolvimento sustentável e as especificidades regionais;

• Ao respeito à pluralidade e às diferenças étnicas, raciais, de gênero e aos

portadores de necessidades especiais;

• À idéia de flexibilização, reconhecendo a necessária reavaliação

permanente do projeto curricular,tendo em vista as demandas para a

humanização.

Page 18: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

Segundo a LDB é garantido aos sistemas educativos, e às escolas, o

direito de decidir sobre qual deverá ser o currículo adotado e quais as

diretrizes que o constituirão, de acordo com o que é estabelecido na base

comum nacional.

Entretanto, com Os PCNs dá-se o contrário: devendo apenas servir

como parâmetro curricular, passaram a ser adotados como balizadores das

práticas e constituições curriculares. O que nasceu parâmetro passou a ser

adotado como diretriz, sem de fato ser instrumento legal para tal fim,

favorecendo com que a pluralidade curricular, o respeito às especificidades

e às diferenças, a partir da idéia de flexibilização, passassem a ser vistas

como mais um dos instrumentos de apropriação do capital...

Page 19: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

...a elaboração do currículo deve estar voltado para a promoção do

pensamento científico, o reconhecimento da diversidade étnica e cultural

existente na sociedade e para o desenvolvimento da sociedade

democrática, articulando o local ao universal, o senso comum com a

ciência, o erudito com o popular, o fazer com o pensar numa perspectiva

dialética, orientando-se pela utopia de uma sociedade justa.

Page 20: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

A legislação anterior - Lei Nº 5692/71 -, concebia o currículo como

um rol de disciplinas que deveriam compor um dado curso...

A LDB adota uma concepção de currículo como expressão de

princípios e metas a que se propõe a educação e, mais especificamente, o

projeto educativo que a persegue. A idéia de flexibilização presente na

proposta é fundamental para que os sistemas educacionais, escolas e os

(as) próprios (as) educadores (as) possam promover discussões,

reelaborações e adequação necessária a cada realidade.

Page 21: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

-Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB):-- no artigo 9º, inciso quarto, fica estabelecido que a União, em colaboração

com os estados, Distrito Federal e os municípios, deve estabelecer competências e diretrizes para a educação básica, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, assegurando, dessa forma, a formação básica comum.

- - no seu Artigo 26, aponta para a obrigatoriedade de uma base nacional comum, devendo ser complementada por uma parte diversificada, levando-se em consideração as características regionais e locais da sociedade, da cultura e da economia.

-no seu Artigo 27, os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes:

• A difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;

• Consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento;

• Orientação para o trabalho;• Promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não

formais.

Page 22: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

• Garantir o empoderamento dos sujeitos da educação no processo de definição das prescrições curriculares;

• Assegurar o acesso à cultura, à ciência, ao trabalho e aos desportos a todos os indivíduos, promovendo a sua humanização e a sua capacidade de dirigir a sociedade ou de controlar a quem dirige;

• Qualificar e promover todos os sujeitos envolvidos com a elaboração, gestão, acompanhamento e avaliação do currículo, por meio de ações formativas que contribuam para o processo de mudança da cultura institucional no que diz respeito à definição, planejamento, gestão e avaliação curricular;

Page 23: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

• Possibilitar a criação de projetos curriculares antidiscriminatórios;

• Possibilitar novas formas de organização do currículo, para além da organização disciplinar,orientando-se pela perspectiva de integração entre ciência, trabalho e cultura, teoria e prática, saber e fazer, ciência e senso comum;

• Garantir as adaptações curriculares necessárias às especificidades das diferentes modalidades de ensino (EJA, educação do campo, educação especial, educação indígena, educação carcerária, classes hospitalares, etc).

Page 24: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

PONTOS BÁSICOS

Concebe-se uma política de inclusão, de reconhecimento e legitimação da diversidade que:

• Favoreça a universalização do acesso, permanência e progressão para o diferente;

 

• Promova a estruturação de espaços físicos e o fomento de recursos necessários para que os processos de inclusão, de fato, sejam viabilizados;

 

• Confronte com as práticas promotoras das injustiças sociais;

 

• Possibilite um reordenamento curricular, assimilando-se os princípios da diversidade e das diferenças, o que pressupõe uma articulação de metodologias, conteúdos e professores a partir de “diferentes diferenças”

 

Page 25: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

 • Fortaleça a construção de instâncias colegiadas de discussão acerca da diversidade;

 • Possibilite a implantação e revisão de marcos legais existentes sobre relações étnico-raciais, de modo que se discuta um sistema único de formação nessa área;

 • Estabeleça programas de formação continuada, e inicial, e de redes de pesquisa em torno da questão;

• Implemente a construção de novas condições de infra-estrutura e a obtenção de equipamentos atentos às diversidades;

 

• Promova a profissionalização docente voltada para a relação com a diversidade.

Page 26: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

Toma como trabalhadores da educação o entendimento da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) a partir da categoria trabalho desenvolvido em uma dada instituição educativa:

No caso da SEDUC:

- funcionários;

- especialistas;

- professores.

 

Aspectos da formação e valorização dos trabalhadores da educação

- a formação inicial e continuada dos trabalhadores da educação como um dos pontos centrais na Política de Educação;

- a formação como processo contínuo de aperfeiçoamento profissional e reflexão da sua ação.

Page 27: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

-contemplar não apenas a dimensão objetiva da competência técnica,mas ainda o autoconhecimento, a autonomia e o compromisso político, constituindo-se, enfim, num exercício de cidadania;

-considerar os saberes e experiências dos profissionais, suas capacidades de reflexão da prática e sua participação na organização das propostas de formação, na escola, nas propostas mais amplas da Secretaria.

- integra aos múltiplos determinantes da valorização dos profissionais: as condições de trabalho, a discussão de um plano de carreira e a rediscussão das questões salariais. 

Page 28: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

Acreditamos que a concretização desses princípios possibilitará a construção de ações que melhorarão a educação básica como um todo e, conseqüentemente, o desempenho do Pará no sistema de avaliação nacional. Para tanto, estão definidas as seguintes diretrizes:

• A garantia da democratização da gestão;

• A criação de uma política de avaliação;

• O acesso democrático às escolas e sistemas de ensino;

• O respeito às diversidades étnico-raciais, de gênero, de orientação sexual e religiosas na perspectiva da (re)construção de um sistema nacional de educação;

• Uma concepção de educação que articule o educar e o cuidar como dimensões essenciais para o desenvolvimento e formação global dos alunos;

• Uma política de formação e valorização dos trabalhadores em educação;

• A articulação entre as ações educacionais que envolvam ações do poder público estadual articulado em parceria com os municípios e com a sociedade civil.

Page 29: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

- Reconhecidos os sujeitos como pessoas de direitos e protagonistas da ação educativa.

Por isso:  - Reconhece a participação dos profissionais da educação, da

comunidade, das famílias e dos próprios alunos nas decisões e deliberações relativas à gestão escolar compõe um importante conjunto de experiências para cada participante do processo.

 - Potencializa o diálogo entre os participantes da instituição escolar,

possuidores de diferentes saberes, muitos deles desconsiderados pela chamada “cultura erudita”.

  - Reafirma a especificidade das funções da coordenação pedagógica e

do corpo docente da escola, trazendo para a escola os saberes das famílias, da comunidade, dos outros profissionais que a realizam e que, portanto, são também educadores.

Page 30: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

A LDB - nº 9.394/96 , no artigo 35 (BRASIL, 1996) aponta:

 I - A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

II - A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

III - A aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;

IV - A compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina (BRASIL, 1996). 

Page 31: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

- resgata o sentido de formação integral do homem...

- o desenvolvimento de todas as suas potencialidades ...

- supera as limitações impostas pela vida em sociedade, independente de sua origem de classe...

- romper com o determinismo que impera e propaga aquilo que uns podem aprender e outros não, ...

Trabalho como princípio educativo

 

“O princípio educativo se dá no processo de trabalho, tanto na ação reflexiva, quanto no manuseio do processo de trabalho que visa interagir para a transformação da realidade” Pereira da Silva (2005)

Page 32: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

A qualidade social da educação pressupõe a integralidade da formação e sua referência nas demandas da sociedade.

Indicadores:

-a qualificação profissional como direito de todos os profissionais da educação, o respeito à individualidade;

-o compromisso com práticas democráticas e solidárias, a construção de uma educação profissional orientada para a formação de profissionais conscientes de seu tempo e de seu espaço de trabalho.

- a construção de uma escola atrativa e responsável

Page 33: Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído,

O decreto 5.154/04 acena enfim para sua integração do Ensino Médio, a qual segundo Ramos (2008) deve ser compreendida em três sentidos:

 - O filosófico, baseado numa concepção de formação humana

omnilateral;- O epistemológico baseado numa concepção de conhecimento na

perspectiva de totalidade;- O político baseado na possibilidade de oferecer o Ensino Médio de

forma integrada à Educação Profissional técnica, à construção do Ensino Médio Unitário e Politécnico.

 A relação entre essas dimensões precisa ser enfatizada e materializada

no Ensino Médio, seja no projeto político pedagógico das escolas, na organização curricular, ou mesmo nas práticas cotidianas do universo escolar, para que o trabalho seja compreendido como práxis humana e como práxis produtiva, para que não haja dissociação entre a formação geral e a formação para o trabalho.