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Editorial Residência Universitária da UEFS - RESI (www.uefs.br/residencia) Av. Transnordestina, s/n, Campus da UEFS (Próximo ao Museu Casa do Sertão) Fone: 75-32248106 / E-mail: [email protected] / Orkut: [email protected] O DESAFIO DA CONVIVÊNCIA É com dedicação e compromisso que apresentamos a todas e todos a II edição do RESINFORME, o qual está disponível à participação daqueles que queiram contribuir com a divulgação de assuntos que possibilitem a interação e engajamento na Residência. Nesta edição, o tema central é a convivência na Casa, destacado, devido à necessidade constante de melhorarmos nossas experiências e vivências no local onde moramos; a discussão do novo Regimento Interno; e o dever de bom senso e ponderações que mui- tos conviventes deveriam ter e, simplesmente, ignoram ou assassinam o desprestigiado “consenso”, que há muito já fora discutido na Casa: deveras foi enterrado. Como ter boa convivência em um local tão diverso étnico-culturalmente? Como não deturpar o que não con- seguimos depreender da cultura do outro? Não seria me- lhor tornarmos misantropo? Se fechar em nosso mundinho, não ter convivência com outras pessoas? Será mesmo que “o inferno são os outros”, como afirmou o filósofo Sartre? Não pretendemos responder a tais indagações, pois, não sabemos as respostas exatas (se é que elas existem). Toda- via, os textos desta edição revelam, cada um a seu modo, as reflexões de seus autores sobre essa questão. Acredita- mos que é possível, sim, construirmos uma relação saudá- vel em um ambiente tão diverso como a RESI. Para isso, faz -se necessário que cada morador não se torne o “inferno do outro”. Mas, ser responsável e contribuir com sua ex- periência para melhorar a convivência. Ivanete Martins de Jesus Membro do Conselho Editorial Residente e graduanda em Letras Vernáculas na UEFS EXPEDIENTE O RESINFORME é uma publicação da RESI/UEFS, organizado pela Coordenação de Comunicação da mesma; produzido com apoio da Coordenação de Assuntos Estudantis da UEFS CODAE. Conselho Editorial: Ana Célia Coelho; Ivanete Martins de Jesus; Jacilene Marques Salomão; Robson Mattos S. Dantas. Colaboradores desta edição: Textos: Elson C. Cazumbá; Jacilene M. Salomão; Nilcesar Carneiro; Rosane C. Ribeiro; Ualace Roberto de Jesus Oliveira. Poesias: Mônica Nayara da Silva Reis; Vandson de Oliveira Nascimento. Desenho Artístico: Tiago Santos da Silva. Revisão Ortográfica: Ivanete Martins. Diagramação e formação: Ana Célia Coelho. Todas as idéias contidas nesta edição são de inteira responsabilidade de seus autores. Todas as matérias aqui publicadas podem ser livremente reproduzidas, desde que citada a fonte. Sugestões, críticas ou esclarecimentos, entre em contato conosco: e-mail: [email protected] / Tel.: (75) 3224-8106. Tiragem: 400 exemplares Imprensa Universitária da UEFS Nesta Edição RESIAÇÃO Sociedade Misantrópica (Nilcesar Carneiro) Pág. 02 Ponto de vista sobre a RESI (Rosane Cerqueira) Pág. 03 PONTO DE PAUTA A importância do Regimento In- terno da RESI (Elson Cazumbá) Pág. 04 RESIARTE Crônica de Jacilene Salomão; Poesia de Mônica Nayara; Poesia de Vandson Nascimento; Desenho Artístico de Tiago Silva. Pág. 05 e 06 RESIHUMOR Piada e Charges críticas. (Ana Célia) Pág. 07 REFLEXÃO... (Ualace Roberto) Pág. 08 ACONTECE Tudo que está „rolando‟ na RESI Pág. 08 01 Ano II Nº II - Publicação bimestral - Março/Abril de 2011 08 ACONTECE Baba Masculino e Feminino da RESI Toda terça-feira, a partir das 22h00, na Quadra de Esportes da UEFS. ABU- Aliança Bíblica Universitária Dia e horário: Toda terça-feira, das 21h00 às 22h00, na RESI. Inauguração da RESI Reformada: em breve, aguardem! REFLEXÃO... Deus, com sua imponderável sabedoria e onisciência, escreve em sua palavra, a Bíblia Sagra- da, que algo terrível estaria para acontecer: “por se multiplicar a iniqüidade o amor de muitos se esfria- ria”. Vale ressaltar, que tal fato data de dois mil anos atrás. Será que isso é verdade realmente? Sim, é verdade, e é algo tão presente nesses tempos hodiernos, que até mesmo aqueles que não acreditam em Deus devem admitir. Basta ligarmos a TV e assistirmos que foi “Fantástico” o pai ter matado o seu filho e vice-versa, os conflitos bélicos entre nações, a falta de amor para com o próximo e a escalada exponencial da violência. Algo totalmente contrário aos planos Dele quando criou a humanidade. Quando Ele enviou seu Filho, Jesus Cristo fez isso com o intuito de nos salvar, e promover a comunhão com Ele e entre os homens, que ora estava tão comprometida. Por esta razão que a Bíblia diz: “quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união (Salmos 101). “Glória a Deus nas altu- ras e paz na terra aos homens de boa vontade”. (Lucas 2:10) Deus é amor! E como somos obras de suas mãos, devemos proceder de igual maneira para com os nossos semelhantes. Podemos fazer isso ao nosso próximo compartilhando nossos bens, caso tenhamos mais de um, o ajudando nos momentos de dificuldade, ou confor- me as suas necessidades. Lembre-se sempre que a vida dá voltas e voltas, e mais cedo ou mais tarde vamos precisar de ajuda. O verdadeiro amor é de- monstrado com atitudes solidárias, não com palavras vazias. A Aliança Bíblica Universitária (ABU) deseja a todos um semestre na Paz do Senhor. Yesu agapase! Ualace Roberto de Jesus Oliveira Morador da RESI e graduando em Economia na UEFS. ENCE na RESI/UEFS Os preparativos para o Encontro Nacional de Casas de Estudantes (ENCE) na UEFS estão acontecendo. Participem das reuniões. Procure a COARUNI para mais informações. ATENÇÃO: O Site da RESI já está no ar! Foi hospedado dia 17/03/2011 no site da UEFS. Acessem: <www.uefs.br/residencia> e dê sugestões para melhorá-lo (procurar Ana Célia). O principal objetivo deste site é preservar e divulgar a história da RESI, de seus moradores e da própria UEFS.

Nesta Edição EditorialE7o-2011.pdf · assassinam o desprestigiado “consenso”, ... bem público um bem privado, ... e que hoje se configura como um espaço de resistência,

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Editorial

Residência Universitária da UEFS - RESI (www.uefs.br/residencia) Av. Transnordestina, s/n, Campus da UEFS (Próximo ao Museu Casa do Sertão)

Fone: 75-32248106 / E-mail: [email protected] / Orkut: [email protected]

O DESAFIO DA CONVIVÊNCIA

É com dedicação e compromisso que apresentamos

a todas e todos a II edição do RESINFORME, o qual está

disponível à participação daqueles que queiram contribuir

com a divulgação de assuntos que possibilitem a interação

e engajamento na Residência. Nesta edição, o tema central

é a convivência na Casa, destacado, devido à necessidade

constante de melhorarmos nossas experiências e vivências

no local onde moramos; a discussão do novo Regimento

Interno; e o dever de bom senso e ponderações que mui-

tos conviventes deveriam ter e, simplesmente, ignoram ou

assassinam o desprestigiado “consenso”, que há muito já

fora discutido na Casa: deveras foi enterrado.

Como ter boa convivência em um local tão diverso

étnico-culturalmente? Como não deturpar o que não con-

seguimos depreender da cultura do outro? Não seria me-

lhor tornarmos misantropo? Se fechar em nosso mundinho,

não ter convivência com outras pessoas? Será mesmo que

“o inferno são os outros”, como afirmou o filósofo Sartre?

Não pretendemos responder a tais indagações, pois, não

sabemos as respostas exatas (se é que elas existem). Toda-

via, os textos desta edição revelam, cada um a seu modo,

as reflexões de seus autores sobre essa questão. Acredita-

mos que é possível, sim, construirmos uma relação saudá-

vel em um ambiente tão diverso como a RESI. Para isso, faz

-se necessário que cada morador não se torne o “inferno

do outro”. Mas, ser responsável e contribuir com sua ex-

periência para melhorar a convivência.

Ivanete Martins de Jesus

Membro do Conselho Editorial

Residente e graduanda em Letras Vernáculas na UEFS

EXPEDIENTE

O RESINFORME é uma publicação da RESI/UEFS, organizado pela Coordenação de Comunicação da mesma; produzido com apoio da Coordenação de Assuntos Estudantis da UEFS — CODAE.

Conselho Editorial: Ana Célia Coelho; Ivanete Martins de Jesus; Jacilene Marques Salomão; Robson Mattos S. Dantas.

Colaboradores desta edição: Textos: Elson C. Cazumbá; Jacilene M. Salomão; Nilcesar Carneiro; Rosane C. Ribeiro; Ualace Roberto de Jesus Oliveira. Poesias: Mônica Nayara da Silva Reis; Vandson de Oliveira Nascimento. Desenho Artístico: Tiago Santos da Silva. Revisão Ortográfica: Ivanete Martins. Diagramação e formação: Ana Célia Coelho.

Todas as idéias contidas nesta edição são de inteira responsabilidade de seus autores. Todas as matérias aqui publicadas podem ser livremente reproduzidas, desde que citada a fonte. Sugestões, críticas ou esclarecimentos, entre em contato conosco: e-mail: [email protected] / Tel.: (75) 3224-8106.

Tiragem: 400 exemplares Imprensa Universitária da UEFS

Nesta Edição

RESIAÇÃO

Sociedade Misantrópica (Nilcesar Carneiro)

Pág.

02

Ponto de vista sobre a RESI

(Rosane Cerqueira)

Pág.

03

PONTO DE PAUTA

A importância do Regimento In-

terno da RESI

(Elson Cazumbá)

Pág.

04

RESIARTE

Crônica de Jacilene Salomão;

Poesia de Mônica Nayara;

Poesia de Vandson Nascimento;

Desenho Artístico de Tiago Silva.

Pág.

05

e

06

RESIHUMOR

Piada e Charges críticas.

(Ana Célia)

Pág.

07

REFLEXÃO...

(Ualace Roberto)

Pág.

08

ACONTECE

Tudo que está „rolando‟ na RESI

Pág.

08

01

Ano II Nº II - Publicação bimestral - Março/Abril de 2011

08

ACONTECE

Baba Masculino e Feminino da RESI

Toda terça-feira, a partir das 22h00, na Quadra de Esportes da UEFS.

ABU- Aliança Bíblica Universitária

Dia e horário: Toda terça-feira, das 21h00 às 22h00, na RESI.

Inauguração da RESI Reformada: em breve, aguardem!

REFLEXÃO... Deus, com sua imponderável sabedoria e onisciência, escreve em sua palavra, a Bíblia Sagra-

da, que algo terrível estaria para acontecer: “por se multiplicar a iniqüidade o amor de muitos se esfria-ria”. Vale ressaltar, que tal fato data de dois mil anos atrás. Será que isso é verdade realmente? Sim, é verdade, e é algo tão presente nesses tempos hodiernos, que até mesmo aqueles que não acreditam em Deus devem admitir. Basta ligarmos a TV e assistirmos que foi “Fantástico” o pai ter matado o seu filho e vice-versa, os conflitos bélicos entre nações, a falta de amor para com o próximo e a escalada exponencial da violência. Algo totalmente contrário aos planos Dele quando criou a humanidade.

Quando Ele enviou seu Filho, Jesus Cristo fez isso com o intuito de nos salvar, e promover a comunhão com Ele e entre os homens, que ora estava tão comprometida. Por esta razão que a Bíblia diz: “quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união (Salmos 101). “Glória a Deus nas altu-ras e paz na terra aos homens de boa vontade”. (Lucas 2:10)

Deus é amor! E como somos obras de suas mãos, devemos proceder de igual maneira para com os nossos semelhantes. Podemos fazer isso ao nosso próximo compartilhando nossos bens, caso tenhamos mais de um, o ajudando nos momentos de dificuldade, ou confor-me as suas necessidades. Lembre-se sempre que a vida dá voltas e voltas, e mais cedo ou mais tarde vamos precisar de ajuda. O verdadeiro amor é de-monstrado com atitudes solidárias, não com palavras vazias. A Aliança Bíblica Universitária (ABU) deseja a todos um semestre na Paz do Senhor. Yesu agapase!

Ualace Roberto de Jesus Oliveira

Morador da RESI e graduando em Economia na UEFS.

ENCE na RESI/UEFS — Os preparativos para o Encontro Nacional de Casas de Estudantes (ENCE) na UEFS estão acontecendo. Participem das reuniões. Procure a COARUNI para mais informações.

ATENÇÃO: O Site da RESI já está no ar! Foi hospedado dia 17/03/2011 no site da UEFS. Acessem: <www.uefs.br/residencia> e dê sugestões para melhorá-lo (procurar Ana Célia). O principal objetivo deste site é preservar e divulgar a história da RESI, de seus moradores e da própria UEFS.

07 02

RESIHUMOR

Sociedade Misantrópica

dinheiro comanda a convivência humana deixando as relações interpessoais cada

vez mais desprovidas de valores sociais de altruísmo. O ter sobrepõe o ser, o coletivo

fica apenas no discurso. Os bens finitos tornam-se cada vez mais importantes do que os bens infi-

nitos e como se isso não bastasse, existe o socorro miraculoso do Marketing que imprime sedução

a cerveja que alcooliza, concede status ao carro luxuoso, diz que faz bem o refrigerante desqualifi-

cador.

Hodierno, de costas à concretude da existência do próximo e indiferente à sua causa, toma-

mos o egoísmo por realidade. Fazemos de tudo para realizar ideais egocêntricos mesmo que te-

nhamos que passar por cima de tudo e de todos. Enveredamos cada vez mais pela senda do con-

sumo e hoje reter bens materiais é a essência da felicidade.

A Residência parece não fugir muito desses paradigmas, para nós é mais interessante ter-

mos uma roupa de marca, um tênis da moda, um bom notebook do que lutar pela causa do outro.

É notório que a RESI está cada vez mais fragmentada, débil, diante do egoísmo de alguns. Aque-

les valores de solidariedade, de altruísmo, que os idealizadores da RESI tinham quando ocuparam

a creche para lutar pela criação da tão sonhada Residência Universitária da UEFS, definham a u-

ma velocidade assustadora.

Não sabemos onde isso nos levará. Caminhamos para o ápice do egoísmo, fazemos de um

bem público um bem privado, não damos a oportunidade dos “excedentes” dormirem na cama,

mesmo quando não estamos na casa, demonstramos assim a falta de compromisso com o coleti-

vo. O que dizer dos residentes que tratam com hostilidade os “excedentes”? Esses mesmos

“residentes oficiais” vão para a assembléia e pronunciam um discurso muito poético e conspícuo,

mas, como sempre fica apenas no discurso.

A realidade de convivência dos quartos é bem diferente

dos discursos pronunciados nas assembléias. Não se res-

peita o espaço do outro; as suas peculiaridades; enfim as

individualidades dos colegas de quarto. Quase sempre te-

mos razão, sentimos prazer em corrigir o outro; mas, no en-

tanto, não admitimos quando erramos e quando reconhece-

mos, muitas vezes, não temos a capacidade de pedir des-

culpas. Pois, achamos que tal atitude é uma espécie de hu-

milhação; e a cordialidade torna-se oculta.

Então o que fazer diante desse quadro? Quebraremos es-

ses paradigmas? Reviveremos valores deixados pelos idea-

lizadores da RESI ou seremos cada vez mais misantrópi-

cos? De que forma poderei contribuir para que esse quadro

se modifique? A reflexão é o primeiro passo!

Nilcesar Carneiro

Residente e graduando em Administração na UEFS

RESIAÇÃO

RESIARTE

03

CONVIVÊNCIA Conhecer e estar com pessoas, Que coisa boa! Temos qualidades e defeitos Mas, no convívio tornamo-nos quase perfeitos. Alguns críticos, tímidos, sorridentes Cada um do seu jeito! Não é fácil a convivência Mas se é preciso, pra que resistência? No dia-a-dia encontramos Aparência e essência Tudo tem seu lado bom. Cultivemos, em meio às dificuldades Alegria e humor! É fato que um precisa do outro! Há sempre necessidade de se comunicar É bom ter alguém para conversar Quem sabe desabafar e até chorar Eis o mistério de juntos morar. Mônica Reis Residente e graduanda em Educação Física na UEFS.

06

RESIAÇÃO

SER POLÍTICO

Mundo contestável

Vida inconformada

Ser rebelde

Buscar o enfrentamento

Cair no descontentamento

Via desentendimento

Não ao descaso

No uso, discórdia

Construir

Desconstruir

A favor do diálogo

Contra o abandono

Sair da crise

E recomeçar tudo de novo.

Vandson Nascimento

CODAE-UEFS

REMINISCÊNCIA...

Uma das maiores experiências que o estudante da UEFS pode

viver é está inserido no contexto da Residência Universitária. Sair de

casa, geralmente do interior, e dividir espaços com pessoas desco-

nhecidas, lidar com diferentes situações que passam desde as dificul-

dades financeiras, adaptações à universidade e claro, a arte de convi-

ver na RESI.

Desde que cheguei na RESI ouvia de velhos e ex-moradores, saudosamente, a frase: “A

RESI mudou, está tudo tão diferente do tempo em que morei aqui...”. Então nas oportunidades que

tive de estar com tais pessoas, ou quando o assunto da “tal mudança” era tratado, busquei conhe-

cer qual seria esta tão grande diferença da RESI, sentida por estas pessoas. Já estou há algum

tempo na RESI e tenho notado também tais diferenças.

A conquista do Bandejão foi o primeiro grande marco para as diferenças na forma de se

conviver na RESI, pois o Sistema Bandejão do RU (Restaurante Universitário) pôs fim ao Forro-

dência (festa para angariar recursos para alimentação dos residentes) e aos almoços no refeitório

da Casa; as “tias da cozinha” eram tidas como mães, em muitos momentos, o que refletia em mais

entrosamento e socialização entre os moradores da Casa e as pessoas que aqui trabalhavam.

Bom esse tempo já passou... e hoje, com a nova Casa estamos

vivendo um novo momento que, a meu ver, a estrutura arquitetôni-

ca da Casa não contribui para a socialização dos seus moradores.

Vivemos hoje, um momento em que a RESI se resume ao quarto

(isso quando há socialização entre seus moradores). Outro fator

que tem contribuído para o afastamento entre os residentes é o

uso de notebooks e internet, pois as pessoas conversam mais

com “amigos” internautas do que com quem está do lado.

Expresso tal saudosismo das conversas entre residentes, da soli-

dariedade, do acolhimento e das divisões de almoços, mas, não estou reclamando nem afirmando

que outrora era melhor ou pior. Objetivo trazer, apenas, a todos uma reflexão de que não devemos

deixar que os modos de vida da sociedade capitalista massificadora e individualista nos torne indi-

ferentes diante do outro.

Rosane Cerqueira Ribeiro

Residente e graduanda em Engenharia Civil na UEFS .

PONTO DE PAUTA

05 04

RESIARTE

A IMPORTÂNCIA DO REGIMENTO INTERNO DA RESI

Presente texto traz um breve relato de minha experiência enquanto COARUNI

(Comissão Administrativa da Residência Universitária da UEFS) e também, alguns pon-

tos acerca da importância do regimento interno da RESI, os quais considero de maior relevância.

Decidi fazer parte da COARUNI por entender que a Residência é fruto de grandes lutas

históricas, e que hoje se configura como um espaço de resistência, diante da atual conjuntura,

onde o neoliberalismo se apresenta como nova face do capitalismo, retirando cada vez mais, os

direitos conquistados pela classe trabalhadora. E por entender que a Universidade é um espaço

onde se reflete as contradições do capital. Assim, torna-se de fundamental importância disputar

esses espaços para fazer enfrentamento às políticas que vão de encontro aos interesses da ca-

tegoria estudantil. Porém, isso não quer dizer que a luta está restrita a determinados espaços ou

a determinadas entidades, precisamos sim compreender a importância de sempre defendermos

nossos direitos outrora conquistados, e buscando sempre defender uma política de permanência

com qualidade, entendendo que as conquistas desses embates se darão diante da correlação de

forças no momento. No entanto, compreendo que a experiência que tive enquanto COARUNI foi

de grande relevância para minha formação acadêmica, me proporcionando conhecimentos que

vão para além daqueles obtidos nos espaços de sala de aula.

Direcionando para o Regimento Interno da RESI, atualmente estamos passan-

do por um processo complicado, pois, reformulá-lo é algo bastante delicado.

No entanto, torna-se de extrema necessidade, o empenho e dedicação de to-

dos os moradores da casa, para juntos reconstruirmos esse documento; o qual

servirá como um importante instrumento de reorganização dos estudantes resi-

dentes em momento de aparente apatia dos mesmos.

Como foi sinalizado no primeiro parágrafo, adiante destaco alguns pontos do regimento

que considero de grande importância: o primeiro é quanto à necessidade de constar nesse docu-

mento a participação dos residentes nas assembléias e consequentemente nas lutas da casa,

buscando o envolvimento de todos e todas; o segundo, é buscar garantir que a Residência seja,

realmente, um espaço capaz de proporcionar ao estudante a continuidade do seu ensino superi-

or, não sendo voltada para outros fins, havendo um respeito mútuo entre os residentes; o tercei-

ro, refere-se à questão da segurança da casa. Assim, faz-se de fundamental importância que to-

dos residentes compareçam às reuniões/assembléias, pois, precisamos discutir coletivamente

para encontrarmos a melhor forma de contemplar, no nosso Regimento, esses itens, que são de

extrema importância para nossa permanência na casa.

Enfim, gostaria de chamar todos e todas para uma reflexão da gênese desse espaço, on-

de vários estudantes foram à luta para a conquista desse direito, e hoje, nos cabe dar continuida-

de a essa luta, permanecendo constantemente em busca de uma assistência estudantil de quali-

dade.

Elson Correia Cazumbá

Residente e graduando em Educação Física na UEFS.

Será o destino???

Nunca pensei muito sobre o destino. Mas, passei a pensar depois de receber um e-mail que narra uma história, no mínimo interessante. Começa assim...

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Entendeu agora o porquê de pensar sobre o destino?! “Só sei que nada sei” e por tal motivo decidi

publicar esse “emaranhado de lembranças”, mas, como o autor pede sigilo acerca de sua identidade fi-

quemos apenas com a sabedoria de suas memórias.

Jacilene Marques Salomão Membro do Conselho Editorial

Residente e graduanda em Letras Vernáculas na UEFS