Neste boletim - Celpa · 2020. 11. 2. · BOLETIM ESTATÍSTICO / 2019 7 Navigator Pulp Figueira, S.A. Tel. 233 900 100 Navigator Forest Portugal, S.A.Tel. 265 709 000 About the Future,

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BOLETIM ESTATÍSTICO / 2019

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Mensagem do Diretor GeralEmpresas Associadas da CELPADescrição do Setor Pasta, Papel e Cartão Índice

Neste boletim

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PORTUGAL NA LIDERANÇA,TAMBÉM NOAMBIENTE E

SUSTENTABILIDADE

O setor da Pasta e Papel, onde atuam as empresas associadas da CELPA, tem vindo a obter desempenhos ambientais e de sustentabilidade que colocam Portugal na liderança europeia e uma referência internacional.

A prestação ambiental do setor continuou, em 2019, a ser bastante positiva confirmada pela redução de 14% na utilização de água por tonelada de produto produzida, em 38% nas emissões de partículas, e de 14% na emissão de gases acidificantes, quando comparado com os valores de 2018.

As alterações climáticas e a necessidade urgente de implementar as melhores práticas têm motivado, por parte das empresas associadas da CELPA, investimentos continuados na gestão florestal. Além de assegurarem a gestão direta de 190,3 mil hectares de floresta, certificados tanto pelo FSC® como pelo PEFC™, têm vindo a promover programas

de incentivo à adoção das melhores práticas de gestão florestal por parte dos produtores florestais nacionais, de que o programa Limpa & Aduba é apenas um exemplo.

O consumo de energia pelo setor tem também estado no centro dos processos inovativos e de ganhos de eficiência ambiental. Nesse sentido, a aposta nos biocombustíveis, um recurso endógeno e renovável, continuou em 2019, tendo estes representado 69% dos combustíveis consumidos neste setor.

Em 2019, Portugal manteve-se como o 3º maior produtor europeu de pasta, com 7,2% de quota de mercado, apenas atrás da Suécia e da Finlândia, e à frente da Alemanha. O País é também o 3º maior produtor europeu de pastas químicas, com 9,7% da produção deste tipo de pastas. No que diz respeito à produção de papel e cartão não revestido (UWF), Portugal é

Mensagem do Diretor Geral


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o 2º maior produtor europeu de papel e cartão não revestido (UWF), com 17,9% da produção total deste tipo de papel e cartão e o 11º maior produtor europeu de papel e cartão, com 2,5% do total.

A produção nacional de Pastas de Fibra Virgem totalizou, no último ano, 2,8 milhões de toneladas, das quais 1,2 milhões de pasta para integrar e 1,6 milhões de toneladas de pasta para o mercado.

A produção total de Papel, Cartão e Tissue foi, no ano em análise, de 2,0 milhões de toneladas. Os Papéis para Uso Gráfico representaram 71,3% da produção de papel, os papéis para embalagem 19,7% e os Papéis Domésticos 9,0%.

Em 2019, o volume de vendas das empresas associadas da CELPA representou 1,3% do PIB do mesmo período, cifrando-se em 2.791 milhões de euros, sendo o resultado líquido de 320 milhões de euros.

Também o impacte social desta indústria, quer a montante quer a jusante, bem como nas atividades desenvolvidas à volta de cada centro fabril, continua a ser muito significativo. As empresas associadas da CELPA são responsáveis por mais de 4.400 postos de trabalho diretos, sendo os postos de trabalho indiretos e induzidos largas dezenas de milhar.

De uma forma geral, as empresas têm vindo a concretizar processos de rejuvenescimento da sua equipa de colaboradores e a otimizar a organização e os processos, adequando os respetivos recursos humanos em termos de número, de idade e de qualificação. Entre 2010 e 2019, a percentagem de trabalhadores com idade inferior a 45 anos passou de 43% para 58%.

E, assim, é publicada mais uma edição do Boletim Estatístico da CELPA que disponibiliza publicamente informação diversa e transversal sobre o comportamento do setor da pasta, papel e cartão em Portugal, nomeadamente das associadas da CELPA, que contribuem com diversa informação e tornam possível a sua materialização.

Por fim, gostaríamos de, mais uma vez, agradecer a todos os colaboradores e às empresas associadas da CELPA que, mais um ano, se voltaram a empenhar e se mobilizaram para a concretização conjunta de mais uma edição do Boletim Estatístico.

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EMPRESASASSOCIADAS


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Navigator Pulp Figueira, S.A. Tel. 233 900 100Navigator Forest Portugal, S.A.Tel. 265 709 000About the Future, S.A. Tel. 265 709 000Navigator Pulp Aveiro, S.A.Tel. 234 910 600Navigator Paper Figueira, S.A. Tel. 233 900 100www.thenavigatorcompany.com

Celulose Beira Industrial (CELBI), S.A.Tel. 233 955 600www.celbi.pt

Caima - Indústria de Celulose, S.A.Tel. 249 730 000www.caima.pt

Altri Florestal, S.A.Tel. 249 730 000www.altri.pt

CELTEJO - Empresa de CeluloseTel. 272 540 100www.altri.pt

Renova - Fábrica de Papel do Almonda, S.A.Tel. 249 830 200www.wellbeingworld.com

DS Smith Viana Paper Mill Tel. 258 739 600www.dssmith.com/paper/about/paper-mills/viana-pt

The Navigator Company

Altri

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“Indústria Papeleira” é a designação geral dada a um conjunto de entidades relacionadas com a produção de pastas para papel e de diferentes tipos de papéis e cartões. Na realidade, a atividade desta indústria expande-se a todo o ciclo de vida dos produtos de papel, estando envolvida desde a produção de matérias-primas (produção florestal) até ao tratamento dos produtos no fim de vida (através de reciclagem ou valorização energética de papéis velhos). Estamos, portanto, perante um tipo de indústria de caraterísticas únicas, com um modelo de negócio assente na bioeconomia circular, no panorama industrial português e mundial.

A atividade principal desta indústria está relacionada com as várias etapas do processo produtivo do papel, iniciando-se na produção de madeira (a indústria papeleira portuguesa é responsável pela gestão direta de cerca de 190 mil hectares), a sua exploração e transformação em pasta para papel, e a transformação de pasta em diferentes tipos de papel e cartão.

A este circuito principal acrescem diversas atividades de apoio ou de suporte à atividade principal, das quais se destacam:

1.VIVEIROS FLORESTAIS.

Esta atividade destina-se a produzir as plantas de diversas espécies que darão origem à futura floresta.

Esta produção destina-se às matas próprias da indústria e também aos proprietários privados.

2.GESTÃO DAS ÁREAS FLORESTAIS.

A gestão direta de áreas florestais, próprias ou arrendadas, pelas empresas produtoras de pasta, papel e cartão constitui uma forma privilegiada de intervenção no setor florestal. Permite às empresas garantir parte do abastecimento em madeira e intervir ao nível da modernização de práticas, da otimização de recursos e da introdução de técnicas mais eficientes e sustentáveis na gestão da floresta. Utilizada frequentemente como demonstração ou como motor da sua promoção junto de terceiros, a gestão florestal das empresas industriais conduziu ao pioneirismo na adoção voluntária de códigos de boas práticas florestais e no desenvolvimento de programas de l&D em parceria com universidades e outras instituições.

3.ABASTECIMENTO DE MADEIRA.

A maioria da madeira consumida pela indústria é produzida por um grande número de produtores florestais nacionais, com diminutas áreas de intervenção. O impacto desta atividade ao nível do setor de serviços nas áreas da exploração florestal e do transporte é extremamente importante, uma vez que dele depende em grande medida a manutenção da competitividade da indústria nacional.

A INDÚSTRIA DA PASTA, PAPEL E

CARTÃO


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4. CAPTAÇÃO, TRATAMENTO E REJEIÇÃO DE ÁGUA.

Com uma gestão cada vez mais eficiente do uso da água, as unidades de tratamento de água destinam-se a garantir o abastecimento com a qualidade para o processo industrial (água de abastecimento), assim como a garantir que o efluente produzido tem as caraterísticas orgânicas, físicas e químicas especificadas pelas autoridades para cada unidade (efluentes líquidos).

5. PRODUÇÃO DE ENERGIA.

A indústria produz e consome quantidades consideráveis de energia, sob várias formas e ao longo do processo produtivo: no digestor da madeira; na máquina de pasta; na máquina de papel; no tratamento de efluentes líquidos e gasosos; na recuperação de papéis velhos. A maior parte da energia é produzida pelas próprias unidades industriais com recurso à queima de combustíveis. Entre estes destaca-se a utilização de biomassa, resultante da preparação de madeiras (casca e outros desperdícios) e da dissolução da lenhina da madeira (licor negro).

6. RECUPERAÇÃO DE QUÍMICOS.

Na produção de pastas, papéis e cartões são utilizados vários produtos químicos, principalmente no digestor de madeira, nos processos de branqueamento e na máquina de papel. Alguns destes químicos funcionam em circuitos quase fechados, sendo utilizados no processo industrial e seguidamente recuperados para novas utilizações. Deste modo, existem normalmente no parque industrial instalações dedicadas a esta recuperação.

7. SEPARAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS.

Esta indústria não produz resíduos considerados perigosos. Nos últimos anos tem vindo a promover projetos de valorização interna e de redução de produção de resíduos, bem como a trabalhar na sua classificação como subprodutos, numa ótica de circularidade.

As unidades industriais possuem aterros próprios controlados e monitorizados, para uma deposição segura dos resíduos, assim como dispõe de mecanismos para a sua separação por tipos, o que permite o tratamento, reciclagem, reutilização ou valorização energética de parte dos resíduos produzidos, reduzindo deste modo a necessidade de deposições em aterro.

8. RECUPERAÇÃO DE PAPÉIS.

Algumas unidades utilizam como matéria-prima, para além de fibra virgem, fibra proveniente da reciclagem de papéis recuperados, realizada em instalações dedicadas a essa função.

9. CONTROLO DE PROCESSO E DE QUALIDADE.

Dada a complexidade deste tipo de instalações industriais e a necessidade de garantir a articulação de processos e a qualidade de produtos, estão montados complexos sistemas de amostragem e controlo nas principais fases de produção.

10. INVESTIGAÇÃO & DESENVOLVIMENTO.

A evolução constante do perfil de qualidade exigido aos produtos papeleiros, a necessidade de criar e adaptar os produtos às condições e exigências dos principais mercados e utilizações, assim como a necessidade de otimizar de forma crescente os processos produtivos, desde a gestão florestal até à produção industrial, tem ditado a orientação estratégica para uma abundante atividade de investigação e desenvolvimento, realizada com recursos próprios ou recorrendo a parcerias com diversas organizações, como universidades e institutos de investigação.

A articulação entre estas diversas atividades é ilustrada esquematicamente na Figura da página seguinte.

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Índice

01 - Enquadramento Macroeconómico1. O ano de 20192. Projeções para o ano de 20203. O setor da Pasta e do Papel

02 - Indicadores Florestais2.1 Floresta das Associadas da CELPA2.2 Incêndios Rurais2.3 Certificação de Gestão Florestal Sustentável2.4 Investigação e Desenvolvimento Florestal2.5 Formação Profissional Florestal

03 - Indicadores de Produção de Pasta3.1 Consumo de madeira3.2 Consumo de Papel para Reciclar3.3 Produção de Pastas de Fibra Virgem3.4 Produção de Pastas de Fibra Recuperada3.5 Produção Própria para Integrar

04 - Indicadores de Produção de Papel e Cartão4.1 Consumo de Pastas para Papel4.2 Produção de Papel e Cartão

05 - Indicadores de Comércio5.1 Pastas para Papel5.2 Papel para Reciclar5.3 Papel e Cartão5.4 Balança Comercial5.5 Consumo

06 - Indicadores Ambientais6.1 Captação e Utilização de Água6.2 Efluentes Líquidos6.3 Emissões Gasosas6.4 Gases com Efeito de Estufa6.5 Resíduos Sólidos6.6 Certificação de Qualidade, de Ambiente, de Segurança e de Laboratório

07 - Indicadores Energéticos7.1 Consumo de Combustíveis7.2 Produção e Consumo de Eletricidade7.3 Estrutura Energética do Setor Pasta e Papel no Contexto Nacional

08 - Indicadores Sociais8.1 Caraterização do Tecido Laboral8.2 Formação8.3 Segurança Ocupacional8.4 Acidentes de Trabalho

09 - Indicadores Financeiros

10 - O Setor Pasta e Papel na Região CEPI e no Mundo10.1 Pastas para Papel10.2 Papel e Cartão10.3 Papel para Reciclar

11 - Glossário

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ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

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1. O ano de 20191.1. Na Economia Mundial

O ano de 2019 ficou assinalado por uma notória desaceleração do crescimento económico global. Segundo dados do FMI1, o PIB mundial cresceu cerca de 2,9%, o que representa um crescimento inferior ao verificado no período anterior (-0,7 p.p. face a 2018).

Influenciado pelo elevado grau de incerteza causado por tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China2, pelo efeito negativo de medidas protecionistas e pelo enfraquecimento da atividade do setor industrial, registou-se um abrandamento do comércio mundial, com uma taxa de variação de 0,9% (-2,9 p.p. face a 2018), caracterizado pela desaceleração das exportações e importações.

As expectativas negativas dos investidores face ao abrandamento da economia global traduziram-se numa redução do preço do petróleo. Dados de 20193 registam uma descida média de 10,2% e um valor médio anual menor que 70 dólares por barril, inferior a 2018, motivado não só pela desaceleração da economia, mas também pelo excesso de oferta por parte do Irão.

1 Fundo Monetário Internacional (FMI): World Economic Outlook Update, June 20202

Banco de Portugal: Boletim Económico A Economia Portuguesa em 2019, maio 20203

Fundo Monetário Internacional (FMI): World Economic Outlook Update, June 2020

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Portugal União Europeia Mundo

Gráfico 1: Evolução da Taxa de Variação Anual do PIB

. Fonte: World Bank


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4 Comissão Europeia, Summer European Economic Forecast Interim 20205 Comissão Europeia, Key Indicators for the Euro Area 2019. Taxa de variação média anual

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Preço WTI (Doláres por barril) Preço Brent (Doláres por barril)

Gráfico 2: Evolução dos Preços do Petróleo

Fonte: U.S. Energy Information Administration

1.2. Na Europa

Acompanhando a desaceleração global, o crescimento das economias europeias abrandou em 2019, confirmando uma tendência que se tem verificado desde 2017. Segundo a Comissão Europeia4, o PIB da União Europeia em 2019 registou um aumento de 1,5%, inferior ao período anterior (-0,6 p.p.). Este decréscimo do crescimento deveu-se, sobretudo, à desaceleração das exportações, que acompanha o abrandamento do comércio internacional.

No contexto de enfraquecimento da Indústria, setor muito dependente das exportações e da economia mundial (especialmente o setor de automóveis), a produção industrial registou um decréscimo de 1,7%5. Esta queda foi igualmente acompanhada por uma redução do nível de confiança da indústria, tendo-se registado em 2019 uma redução neste indicador, quer ao nível da União Europeia, quer em Portugal.


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6 Associação Alemã da Indústria Automóvel (VDA)

7 Banco de Portugal: Boletim Económico A Economia Portuguesa em 2019, maio 2020

Gráfico 3: Sentimento de Confiança na Indústria (mensal, 2010-2020)

Fonte: Eurostat

Esta tendência de abrandamento observou-se ainda nos principais parceiros comerciais de Portugal. A Alemanha registou o crescimento económico mais lento desde 2013 (crescimento do PIB de 0,6%), tendo sido um dos países europeus mais afetados pelo abrandamento da produção industrial, principalmente devido à queda da produção automóvel (-8,9%6 face a 2018) e ao crescimento lento das exportações. Relativamente à economia francesa, não obstante o aumento significativo do consumo público e privado, verificou-se um crescimento lento (1,5%, -0,32 p.p. face a 2018). A economia espanhola atingiu o crescimento mais lento (1,98%) desde 2016, mas superior ao da Zona Euro.

A procura interna registou um fraco crescimento (1,5%, -1,2 p.p. face a 2018) devido ao abrandamento significativo do consumo privado (maioritariamente em bens duradouros). Verificou-se também uma recuperação do setor externo e um impacto positivo da balança comercial no crescimento económico, devido ao abrandamento das importações e ao impulsionamento das exportações. Apesar da incerteza relativamente ao Brexit, o Reino Unido registou um acréscimo da atividade económica (1,4%), ligeiramente superior ao período anterior. Segundo o Banco de Portugal7, a procura externa de bens e serviços dirigida à economia portuguesa por Itália, Espanha e Alemanha foi a que desacelerou de forma mais acentuada.

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Portugal União Europeia (27 countries)


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As tensões comerciais e políticas a nível mundial e europeu, a incerteza instalada pelo Brexit e a expectativa do abrandamento da economia tiveram impactos negativos nas decisões de investimento e suscitaram comportamentos de aversão ao risco. A expectativa de implementação de políticas monetárias expansivas pelo ECB também contribuiu para a depreciação do euro que, em setembro de 2019, atingiu os 1,089 na taxa de câmbio EUR/USD8, o valor mais baixo desde maio de 2017.

A taxa de inflação na Zona Euro decresceu para 1,4% em 2019. As previsões da Comissão Europeia9 para 2020 reforçam a tendência decrescente com taxas de 0,6% e 0,0% para a União Europeia e Portugal, respetivamente. O comportamento deste indicador acompanha a descida do preço do petróleo que mais do que compensou a subida de preços em bens alimentares.

Gráfico 4: Evolução Índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC).

Fonte: Eurostat

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IHPC, União Europeia IHPC, Portugal

8 Comissão Europeia, Key Indicators for the Euro Area 2019

9 Comissão Europeia, Summer European Economic Forecast Interim 2020


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Gráfico 5: Evolução da taxa de câmbio EUR/USD

Fonte: Banco de Portugal

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1.3. Em Portugal

O ano de 2019 veio confirmar uma trajetória de recuperação na economia nacional. Deste modo, Portugal registou um crescimento do PIB de cerca de 2,2%10. Esta expansão representa um abrandamento da economia relativamente a 2018 (-0,4 p.p.) e pelo segundo ano consecutivo, mas um crescimento superior ao da média da União Europeia. A desaceleração da economia portuguesa deveu-se, em parte, ao abrandamento das exportações de bens e prestação de serviços (+3,7% em 2019, uma desaceleração de 0,8 p.p. face a 2018), que acompanhou o enfraquecimento do crescimento do comércio mundial e dos principais parceiros comerciais.

A taxa de desemprego (6,5%) mantém a tendência descendente desde 2013, mas a um ritmo menos acelerado. À semelhança de outras economias europeias, verificou-se um crescimento mais lento do consumo privado (2,3%, -0,6 p.p. face a 2018), principalmente no consumo de bens duradouros. O investimento registou um crescimento ligeiramente mais acentuado (6,5%), refletindo o aumento mais acelerado da Formação Bruta de Capital Fixo (6,4%, +0,6 p.p. face a 2018).

10 Banco de Portugal: Boletim Económico A Economia Portuguesa em 2019, maio 2020


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Gráfico 5: Evolução do VAB a preços constantes.

Fonte: INE

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2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

PIB, ótica da produção Agricultura, silvicultura e pesca Indústria

Na ótica da produção, em 2019, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) cresceu 2,2%11 (desaceleração de 0,4 p.p. face ao crescimento em 2018). O abrandamento do VAB foi fortemente influenciado pelo decréscimo deste indicador no ramo da Indústria (1,6%), com um contributo para o PIB de 13,85%, que se traduz numa redução de meio ponto percentual face a 2018. O VAB da Agricultura, Silvicultura e Pescas fixou-se em 2,39% do PIB, registando um ligeiro aumento face ao ano anterior (0,03 p.p.).

Os setores de “Energia, água e saneamento” (3,5% do PIB, -0,1 p.p. face a 2018) e “Comércio e reparação de veículos, alojamento e restauração” (19,8% do PIB, -0,1 p.p. face a 2018) também registaram um crescimento menos acentuado: 0,4% de crescimento do VAB (-6,7 p.p.) e 2% de crescimento do VAB (-1,6 p.p.), respetivamente. O setor da construção teve um aumento de 8,7% (+2 p.p. face a 2018) e representou 4,5% do PIB (+0,3 p.p. do que em 2018).

2. Projeções para o ano de 2020A nível global, as previsões macroeconómicas para os próximos anos estão condicionadas pela pandemia da COVID-19 e sujeitas a um nível extraordinário de incerteza.

A crise pandémica representou um choque negativo inédito, não só para a saúde pública como também para a economia mundial, fortemente afetada pela suspensão de algumas atividades económicas devido às medidas de contenção e à incerteza relativamente a decisões de investimento e consumo dos agentes económicos, já sentida em 2019 e que acentua a desaceleração do setor industrial. Segundo previsões do FMI12, estima-se que a economia mundial decresça 4,9% em 2020 e que no ano de 2021 se verifique uma

11 INE

12 Fundo Monetário Internacional (FMI): World Economic Outlook Update, June 2020


8

Tabela 1 - Taxa de Variação do PIB nos países da Zona Euro

recuperação generalizada com um crescimento do PIB de cerca de 5,4%. Apesar de, em meados de 2020, se verificar uma retoma moderada nos mercados financeiros devido ao relaxamento de medidas de contenção e à implementação de políticas fiscais e monetárias sem precedentes nas economias desenvolvidas, as projeções permanecem ainda sujeitas a uma incerteza significativa.

No início de 2020, a incerteza relativamente ao acordo da OPEP+13, a sobrecarga do mercado por produtores da Arábia Saudita em março, a diminuição na procura devido ao lockdown e à contração generalizada das economias mundiais (que não foi correspondida com uma igual diminuição na oferta), levou a uma queda abrupta dos preços do petróleo, tendo o WTI14 atingindo valores negativos em abril.

Em comparação com a economia global, para os Estados-membros da UE prevê-se uma recessão mais profunda no ano de 2020. Segundo previsões da Comissão Europeia é esperada uma queda do PIB na ordem dos 8,3% em 2020. O crescimento económico deverá regressar em 2021, com um crescimento elevado em consequência de uma esperada retoma da atividade económica pós-pandemia, estimando-se que a criação de riqueza venha a aumentar 5,8%.

Países 2018 2019 2020 2021

Alemanha 1,5 0,6 -6,3 5,3

Áustria 2,4 1,6 -7,1 5,6

Bélgica 1,5 1,4 -8,8 6,5

Chipre 4,1 3,2 -7,7 5,3

Eslováquia 3,9 2,4 -9,0 7,4

Eslovénia 4,1 2,4 -7,0 6,1

Espanha 2,4 2,0 -10,9 7,1

Estónia 4,8 4,3 -7,7 6,2

Finlândia 1,5 1,1 -6,3 2,8

França 1,8 1,5 -10,6 7,6

Fonte: CE, European Economic Forecast Summer 2020

Países 2018 2019 2020 2021

Grécia 1,9 1,9 -9,0 6,0

Irlanda 8,2 5,5 -8,5 6,3

Itália 0,8 0,3 -11,2 6,1

Letónia 4,3 2,2 -7,0 6,4

Lituânia 3,6 3,9 -7,1 6,4

Luxemburgo 3,1 2,3 -6,2 5,4

Malta 7,3 4,7 -6,0 6,3

Países Baixos 2,4 1,7 -6,8 4,6

Portugal 2,6 2,2 -9,8 6,0

Zona Euro 1,9 1,3 -8,7 6,1

União Europeia 2,1 1,5 -8,3 5,8

13 Organização dos Países Exportadores de Petróleo e outros países com grande produção de petróleo, como a Rússia.

14 West Texas Intermediate


9

Apesar de os países europeus terem sido afetados por um choque comum, o impacto na produção económica espera-se heterogéneo, refletindo as diferenças na adoção e levantamento de medidas de contenção do vírus e na exposição da economia a setores como o turismo e o lazer. Estima-se, por isso, que a recessão vá atingir de forma mais severa países como Itália, França e Espanha e que a retoma seja mais rápida na Alemanha.

Segundo o Banco de Portugal15, é prevista uma redução de 9,5% do PIB Português em 2020. Previsões do FMI e da Comissão Europeia apontam igualmente para uma recessão considerável, traduzindo-se numa redução de 8% e 9,8%, respetivamente. Face à crise pandémica e à consequente instabilidade económica, as previsões do Banco de Portugal para 2020 apontam para uma redução na procura interna e uma queda ainda mais drástica na procura externa, com o consumo privado a cair 8,9% e as exportações 25,3%. Para o ano de 2021 é esperada uma retoma económica sustentada por um crescimento do PIB de 5,2%. Neste sentido, a economia portuguesa deverá atingir os níveis anteriores à crise apenas em 2022, ano em que se estima um crescimento de 3,8%.

Relativamente ao desemprego, as previsões do Banco de Portugal apontam para uma taxa de 10,1% em 2020 e a OCDE16 prevê que atinja os 12,97%. A contração da atividade económica leva ao inevitável aumento deste indicador, no entanto, a instabilidade do mercado laboral poderá vir a ser atenuada com a adoção de várias políticas governamentais, como o layoff simplificado, vindo mesmo a registar valores mais baixos que outras economias europeias (previsões da OCDE apontam para 20,12% de taxa de desemprego em Espanha, por exemplo).

15 Banco de Portugal: Boletim Económico, maio 2020

16 OCDE, Economic Outlook No 107 - June 2020 Double Hit Scenario


10

Portugal 2017 2018 2019% do PIBem 2019

2020 (p) 2021 (p) 2022 (p)

Produto Interno Bruto (PIB)

3,5 2,6 2,2 100,0 -9,5 5,2 3,8

Consumo Privado 2,1 2,9 2,2 64,1 -8,9 7,7 3,0

Consumo Público 0,2 0,9 1,1 16,9 0,6 0,7 0,8

Formação Bruta deCapital Fixo

11,5 5,8 6,3 18,3 -11,1 5,0 4,5

ProcuraInterna

3,3 3,1 2,8 99,9 -8,2 6,0 2,9

Exportações 8,4 4,5 3,7 43,9 -25,3 11,5 11,2

Importações 8,1 5,7 5,2 43,8 -22,4 13,5 8,5

Contributo para ocrescimento do PIB líquido de importações (em pp):

Procura Interna 1,6 1,6 1,5 -3,2 3,3 1,4

Exportações 1,9 1 0,7 -6,2 1,9 2,4

Emprego 0,8 -4,5 2,0 1,5

Taxa de desemprego 8,9 7 6,5 10,1 8,9 7,6

Balança corrente e de capital (% PIB)

2,2 1,4 0,9 0,3 0,3 0,3

Balança de bens e serviços (% PIB)

1,5 0,7 0,4 -0,5 -1,3 -0,5

Índice harmonizado de preços no consumidor

1,4 1 0,3 0,1 0,8 1,1

Tabela 2 - Enquadramento Macroeconómico Português (Taxas de Variação)

Fonte: Banco de Portugal, Boletim Económico junho 2020


11

3. O Setor da Pasta, do Papel e Cartão Em 2019, o valor total de vendas das empresas associadas da CELPA foi de 2,79 mil milhões de euros (um decréscimo de 4,2% face às vendas de 2018, em preços nominais), o que corresponde a 1,3% do PIB a preços correntes.

A Rendibilidade dos capitais próprios das empresas associadas da CELPA, em 2019, atingiu os 18,0%. A Rendibilidade líquida das vendas foi de 11,5% e a Rendibilidade dos capitais investidos alcançou os 8,0%.

Em 201717, o VAB das empresas associadas da CELPA correspondeu a 37,57% do VAB do setor da “Indústria da madeira, pasta, papel e cartão e seus artigos de impressão”. Ao analisar o setor no ano de 2017, a preços correntes, conclui-se que representa 9,60% do VAB da Indústria Transformadora e 1,37% do VAB nacional. A produção do setor representa 9,38% da produção da Indústria Transformadora, 2,44% da Produção nacional e 4,33% do PIB.

Dados do mesmo ano indicam que a indústria emprega 7,80% do setor da Indústria Transformadora, representando 1,27% do emprego total da economia. Relativamente ao investimento, o setor da “Indústria da madeira, pasta, papel e cartão e seus artigos de impressão” representa 13,15% da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) realizada pelos setores da Indústria Transformadora e 2,42% do total de FBCF em Portugal.

Dados referentes a 201918 indicam que as exportações dos produtos de Pasta, Papel e Cartão representam 4,35% do total das exportações nacionais de bens e o Saldo da Balança Comercial dos mesmos produtos representa 0,65% do PIB, a preços correntes.

Os principais países de destino das exportações portuguesas da Indústria de Fabricação de Pasta, de Papel, de Cartão e seus artigos (em valor) em 2019 foram Espanha (23,2%), seguida de França (10,6%), Alemanha (9,0%), Países Baixos (6,3%) e Reino Unido (5,8%).

17 Valores mais recentes disponíveis no INE

18 INE, Contas Económicas da Silvicultura


12

02

INDICADORESFLORESTAIS

02


2

190,3

100%

mil hectares de território sob gestão

de gestão certificada pelos sistemasFSC® e PEFC™

INDICADORES FLORESTAIS

3

2.1 Floresta das Associadas da CELPA2.1.1 Área Florestal

As empresas associadas da CELPA são responsáveis pela gestão direta de 190,3 mil hectares, em propriedades próprias e arrendadas, o que corresponde a 2,1% do território nacional. Destes, 162,4 mil estão ocupados com floresta, o que representa 5,0% da floresta nacional.

De acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a grande maioria da área florestal no território nacional, cerca de 86%, está na posse de proprietários privados não industriais. A restante área está repartida pelo Estado, cerca de 3%, pelas comunidades locais, os “baldios” (6%), e pelas empresas associadas da CELPA (5%).

Em Portugal continental, as empresas associadas da CELPA são responsáveis pela gestão de 17,2% do eucaliptal, 0,5% do pinhal-bravo, 1,0% do montado de sobro e 0,6% das áreas de outras espécies.

Fonte: CELPA

Tabela 2.1 Ocupação das áreas geridas pelas empresas associadas da CELPA (hectares)

Espécie 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Eucalipto 154 450 155 885 155 612 154 349 155 616 153 256 151 734 149 131 149 894 145 757

Pinheiro-bravo

8 119 7 587 7 097 7 011 6 887 6 434 6 009 4 224 4 008 3 795

Sobreiro 7 198 7 031 7 065 7 076 7 228 7 168 7 227 7 182 7 223 7 286

Outras espécies

10 446 12 217 14 010 15 082 4 175 4 227 4 195 5 377 5 499 5 570

Outros usos 25 129 25 223 24 098 24 191 31 221 30 811 30 069 27 288 27 166 27 844

Total 205 343 207 943 207 882 207 709 205 127 201 896 199 234 193 202 193 790 190 252


4

Fonte: CELPA e ICNF

Fonte: CELPA

Tabela 2.2 Área florestal por tipo de proprietário (1.000 hectares)

Figura 2.1 Áreas sob a gestão da indústria papeleira

Espécie CELPAMatas Nacionais e

Perímetros FlorestaisOutros

proprietáriosTotal

Eucalipto 146 21 678 845

Pinheiro-bravo 4 125 584 713

Sobreiro 7 2 710 720

Outras espécies 6 40 901 946


5

No final de 2019, a gestão do património florestal das empresas associadas da CELPA encontrava-se certificada pelos sistemas FSC® e PEFC™. O interesse da indústria papeleira na certificação da gestão florestal prende-se com a promoção da Gestão Florestal Sustentável da floresta portuguesa e com o acesso a mercados evoluídos que exigem produtos com origem em florestas cuja gestão é certificada por entidades independentes.

2.1.2 Silvicultura e Exploração Florestal

As empresas associadas da CELPA procuram, através de boas práticas no terreno, otimizar o potencial produtivo da estação e, ao mesmo tempo, minimizar potenciais impactes ambientais negativos. Assim, recorrendo às melhores técnicas disponíveis e a intervenções culturais adequadas, procuram criar condições para que os povoamentos, maioritariamente de eucalipto, se desenvolvam e atinjam os objetivos pretendidos.

Em 2019, o esforço de plantação desenvolvido pelas empresas associadas da CELPA foi de 5.661 hectares, tratando-se, na sua maioria, da reflorestação com eucalipto de áreas já ocupadas anteriormente por esta espécie. No entanto, houve também a plantação de sobreiro e de outras espécies.

De acordo com o ICNF, entre 2014 e 2018, último ano completo para o qual existe informação pública, foram aprovadas intenções de (re)arborização para perto de 100 mil hectares. Destas, 35% referem-se a arborizações, ou seja, a nova área de floresta e 65% a rearborizações.

No total dos 5 anos, as associadas da CELPA são responsáveis por 24% da área aprovada.

Tabela 2.3 Área plantada pelas empresas associadas da CELPA (hectares)

Fonte: CELPA

Espécie 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Eucalipto 4 763 5 659 4 297 3 659 4 271 5 981 4 321 4 084 4 962 5 600

Pinheiro-bravo

0 0 0 0 0 2 0 1 75 0

Sobreiro 15 3 2 0 10 22 29 9 10 10

Outras espécies

76 16 33 194 45 18 4 21 30 51

Total 4 854 5 678 4 332 3 853 4 326 6 023 4 354 4 115 5 077 5 661


6

Em 2019, foram fertilizados 25,7 mil hectares, ou seja, 16% da área florestal gerida pelas empresas associadas da CELPA. A maioria do esforço de fertilização foi realizado em ações de manutenção e os adubos mais utilizados foram os compostos ternários (NPK) e os compostos com boro.

No domínio da fertilização, a CELPA tem dinamizado o Programa Limpa & Aduba que, inserido no “Projecto Melhor Eucalipto” e numa parceria conjunta entre a indústria e os produtores florestais, tem como objetivos reduzir o risco de incêndio e melhorar a produtividade florestal.

Neste programa, os proprietários candidatam-se através de um parceiro local, recebem no terreno a visita de um técnico florestal e fazem o controlo da vegetação e seleção de varas conforme recomendado. Por seu lado, o Programa Limpa & Aduba oferece o adubo e apoia o serviço de adubação.

No âmbito do Programa Limpa & Aduba, a CELPA promoveu a adubação de 6 074 hectares na primavera de 2019 e prevê adubar uma área adicional de 12 000 hectares na primavera de 2020 em áreas de eucalipto geridas por proprietários florestais não industriais.

Para saber mais, consulte http://www.celpa.pt/melhoreucalipto/limpaaduba/

Figura 2.2 Percentagem das intenções de (re)arborização das associadas da CELPA no total nacional, por espécie

Tabela 2.4 Áreas fertilizadas pelas empresas associadas da CELPA (hectares)

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

23 267 25 827 20 181 24 783 26 589 26 945 22 371 26 791 25 591 25 737

Fonte: CELPA

Fonte: CELPA e ICNF

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Eucaliptos Pinheiro-bravo Sobreiro Outras espécies Total

2014 2015 2016 2017 2018


7

Em 2019, nas áreas geridas pelas empresas associadas, foram explorados 1,4 milhões de m3 de madeira de eucalipto com casca.

Entre 2010 e 2019, as associadas da CELPA foram responsáveis por 51% das plantas de eucalipto e por 6% das plantas de pinheiro-bravo produzidas no nosso País.

Tabela 2.5 Volume de eucalipto explorado pelas associadas da CELPA (1000 m3 cc)

Figura 2.3 Produção dos viveiros das empresas associadas da CELPA (milhões de plantas)

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

1 838 1 360 1 516 1 456 1 249 1 360 1 340 1 027 1 109 1 410

2.1.3 Produção de Plantas em Viveiros Próprios

A produção de plantas de qualidade, de várias espécies florestais, para arborização e rearborização de áreas próprias e venda a terceiros, é o objetivo principal dos viveiros das empresas associadas da CELPA. Estes viveiros têm delegação de competências, atribuídas pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P., para certificar a qualidade das suas próprias plantas.

A produção dos viveiros das empresas associadas da CELPA cifrou-se, em 2019, nos 12,7 milhões de plantas, o que representa uma quebra de 26% face a 2018. Do total de plantas produzidas, 96% são de eucalipto.

Fonte: CELPA

Fonte: CELPA

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Eucalipto Pinheiro-bravo Outras espécies


8

Tabela 2.6 Ações de silvicultura preventiva das empresas associadas da CELPA

Figura 2.4 Percentagem da produção nacional de plantas de eucalipto e de pinheiro-bravo das associadas da CELPA

2.2 Incêndios Rurais2.2.1 Ações de Prevenção e Combate das Associadas da CELPA

As empresas associadas da CELPA criaram, em 2002, um Agrupamento Complementar de Empresas denominado AFOCELCA, com o objetivo de gerir o combate aos incêndios rurais que ameacem o seu património. De resto, estas empresas, através da CELPA, foram durante anos pioneiras, a nível nacional, na promoção de ações ligadas ao combate de incêndios rurais.

Para além dos meios próprios, as empresas associadas da CELPA contratam e coordenam meios terrestres e aéreos para o combate a incêndios que ameacem o seu património florestal, agindo em áreas próprias ou de outros proprietários, em estreita colaboração com Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Anualmente, as empresas associadas da CELPA levam a cabo ações de silvicultura para prevenção de incêndios que consistem no controlo de vegetação, limpeza de caminhos e aceiros e manutenção e construção da rede viária e divisional. Em 2019, estas ações incidiram sobre uma área de 40,8 mil hectares, ou seja, 23,1% da área de floresta das empresas associadas e representaram um encargo de 4,5 milhões de euros.

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Investimento (mil euros) 2 279 2 387 2 342 2 166 2 370 3 278 3 522 2 778 3 374 4 449

Área alvo de controlo de vegetação (hectares)

21 678 25 707 21 753 24 654 23 466 29 301 30 313 26 016 37 471 40 790

Fonte: CELPA

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Eucalipto Pinheiro-bravo

Fonte: CELPA e ICNF


9

2.2.2 Área ardida das Associadas da CELPA

Em 2019, apenas 18% dos alertas recebidos pela AFOCELCA representaram ocorrências em áreas geridas pelas associadas da CELPA e, destas, só 2% representaram incêndios com dano. De facto, e como acontece todos os anos, a maioria dos alertas recebidos pela AFOCELCA devem-se a situações que acontecem fora das áreas geridas pelas associadas da CELPA, mas que ameaçam o seu património.

Em 2019, arderam 224 hectares ou seja, 0,1% da área florestal gerida pelas empresas associadas da CELPA.

Tabela 2.7 Número de ocorrências das campanhas de prevenção e combate a incêndios florestais da AFOCELCA

Tabela 2.8 Área ardida, por espécie, às empresas associadas da CELPA (hectares)

Ocorrências em áreas próprias (nº)

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Incêndios com dano

167 171 153 143 38 107 126 139 17 57

Incêndios com perigo

464 603 706 1 103 329 730 969 903 536 574

Total 631 774 859 1 246 367 837 1 095 1 042 553 631

Incêndiosparticulares (nº)

3 499 4 048 2 863 2 657 1 171 2 604 2 091 2 456 1 861 1 723

Outros alertas 3 118 6 054 4 402 2 531 1 228 3 511 3 149 3 710 1 978 1 162

Total de alertas recebidos

7 248 10 876 8 124 6 434 2 766 6 952 6 335 7 208 4 392 3 516

Fonte: AFOCELCA

Fonte: AFOCELCA

Área ardida (hectares) 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Eucalipto 987 379 981 2 027 427 636 3 167 10 674 2 110 224

Pinheiro-bravo 276 14 8 221 2 94 180 494 2 1

Outras espécies 0 1 0 0 0 0 0 149 0 0

Outras áreas 670 343 0 0 0 0 0 1 108 0 0

Total área ardida 1 932 737 988 2 247 429 730 3 347 12 425 2 112 224


10

Em média, entre 2010 e 2019, apenas 1,7% da área ardida nacional aconteceu em propriedades geridas diretamente pelas associadas da CELPA, valor que é cerca de metade da percentagem da área nacional de florestas, matos e pastagens que estas empresas gerem.

Em 2019, apenas 0,1% da área sob gestão das empresas associadas da CELPA foi afetada por incêndios. Nos últimos 10 anos, a percentagem média de área ardida nas áreas sob gestão das associadas da CELPA foi de 1,3% (0,7% se não considerarmos o ano excecional de 2017), que comparam com 2,2% da área nacional de floresta, matos e pastagens (1,5% se não contarmos com 2017).

Figura 2.5 Peso da área ardida versus área gerida das associadas da CELPA no total nacional

Fonte: CELPA e ICNF

0%

1%

2%

3%

4%

5%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Área gerida CELPA/Área nacional de floresta, matos e pastagens Área ardida CELPA/Área ardida nacional


11

Figura 2.6 Percentagem de área ardida em relação à área total das associadas da CELPA em Portugal continental

Tabela 2.9 Horas de voo dos helicópteros contratados pelas associadas da CELPA

Os helicópteros ao serviço das empresas associadas da CELPA voaram, nos últimos dez anos, em média, 162,9 horas por campanha, tendo-se registado um máximo em 2017, com 316,9 horas de voo.

Fonte: CELPA e AFOCELCA

Fonte: AFOCELCA

Horas de voo dos helicópteros

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

AFOCELCA 223 130 151 132 179 71 168 196 314 110 150

Outras instituições

0 0 0 2 18 0 4 0 3 4 0

Total de horas de voo

223 130 151 134 196 71 171 196 317 113 150

0%

2%

4%

6%

8%

10%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Área ardida CELPA/Área CELPA Área ardida nacional/Área floresta, matos e pastagens


12

Figura 2.7 Evolução da área florestal com gestão certificada em Portugal

Em 2019, o FSC® continua a ser o esquema com maior área florestal com gestão certificada em Portugal, com 473,2 mil hectares, tendo o PEFC™ 288,3 mil hectares.

Com o aumento da área certificada em Portugal, é notória a diminuição do peso das associadas da CELPA que, em 2019, representaram 40% da área do FSC® e 66% da do PEFC™.

2.3 Certificação de Gestão Florestal Sustentável

2.3.1 Evolução da Certificação Florestal em Portugal

As empresas associadas da CELPA, como transformadores responsáveis de madeira, reconhecem ser da maior importância a Gestão Sustentável dos recursos florestais do País e encontram-se, desde o final da década de 90, ativamente envolvidas no estabelecimento de requisitos de Gestão Florestal Sustentável, na implementação de esquemas de certificação florestal e na comunicação da madeira como uma matéria-prima de excelência.

Fonte: PEFC™ Portugal e FSC® Portugal

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

FSC® PEFC™ FSC® PEFC™ FSC® PEFC™ FSC® PEFC™ FSC® PEFC™ FSC® PEFC™ FSC® PEFC™ FSC® PEFC™ FSC® PEFC™ FSC® PEFC™

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Peso

das a

ssocia

das d

a C

EL

PA

100

0 h

ecta

res

CELPA/FSC CELPA/PEFC


13

Figura 2.8 Evolução do número de certificados de cadeia de custódia/responsabilidade em Portugal

Em 2019, no nosso País, o FSC® detém 333 certificados de Cadeia de Custódia /Responsabilidade e o PEFC™ 176. As empresas associadas da CELPA mantiveram as suas Cadeias de Custódia / Responsabilidade certificadas, tanto pelo FSC® como pelo PEFC™.

2.4 Investigação e Desenvolvimento FlorestalAnualmente, as empresas associadas da CELPA realizam fortes investimentos nos seus programas de investigação e desenvolvimento florestal.

Os objetivos destes programas passam por promover a Gestão Florestal Sustentável, a qualidade da madeira para a produção de pasta para papel e a produtividade dos povoamentos de eucalipto, principalmente através do melhoramento genético, mas também da proteção contra pragas e doenças, da fertilização e nutrição e da eficiência das operações de exploração e transporte.

Em 2019, as associadas da CELPA investiram perto de 5,0 milhões de euros em investigação e desenvolvimento florestal, o que representa uma diminuição de 1,8% face a 2018.

Fonte: PEFC™ Portugal e FSC® Portugal

0%

13%

25%

38%

50%

63%

75%

88%

100%

0

50

100

150

200

250

300

350

400

FSC® PEFC™ FSC® PEFC™ FSC® PEFC™ FSC® PEFC™ FSC® PEFC™ FSC® PEFC™ FSC® PEFC™ FSC® PEFC™ FSC® PEFC™ FSC® PEFC™

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Peso

das a

ssocia

das d

a C

EL

PA

CELPA/FSC CELPA/PEFC


14

Tabela 2.10 Investimento em investigação e desenvolvimento florestal das associadas da CELPA (mil euros)

Tabela 2.11 Formação profissional florestal ministrada pelas associadas da CELPA (horas)

2.5 Formação Profissional FlorestalAs empresas associadas da CELPA tomam a seu cargo a formação e sensibilização para o desempenho dos colaboradores com responsabilidades operacionais, estabelecendo anualmente planos de formação adequados às suas necessidades específicas. Estas ações não se restringem aos seus quadros próprios, estendendo-se a todos os prestadores de serviços, aos fornecedores de madeira e a técnicos das associações de produtores florestais, tendo em vista a melhoria da eficiência das operações, bem como o cumprimento das normas essenciais de segurança e de respeito pelo ambiente.

Assim, em 2019, desenvolveram-se ações de formação, de sensibilização e de divulgação técnica, ambiental e de segurança, maioritariamente a colaboradores internos, mas também com a presença de fornecedores de serviços e de madeira, num total de 9.942 horas, o que representa um aumento de 11% face a 2018.

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

2 500 2 955 3 456 4 458 4 024 3 305 5 648 5 185 5 078 4 989

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

5 425 7 360 4 148 7 426 7 289 5 052 5 777 8 729 8 967 9 942

Fonte: CELPA

Fonte: CELPA

INDICADORESDE PRODUÇÃO

DE PASTA

03


2

30%

66%

-0,7%

de madeira importadaem 2019

da madeira adquirida está certificadapelo FSC® ou pelo PEFC™

de produção nacional de pastas de fibra virgem

INDICADORES DE PRODUÇÃO DE PASTA

3

3.1 Consumo de madeiraEm 2019, o consumo de madeira diminuiu 1,3% face a 2018, graças a decréscimos de 1,3% na madeira de eucalipto e de 0,2% na madeira de pinheiro-bravo.

Em 2019, 66% madeira adquirida pela indústria encontrava-se certificada pelo FSC® ou pelo PEFC™.

Tabela 3.1 Consumo de madeira por espécie (1.000 m3 eq. s/ casca)

Fig.3.1 Taxa de importação total de madeira

Espécie 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Eucalipto 6 400 6 728 7 046 7 498 7 695 7 579 7 768 7 700 7 902 7 796

Pinheiro- bravo

923 1 030 664 713 674 665 675 632 632 631

Total 7 324 7 758 7 710 8 211 8 369 8 244 8 443 8 332 8 534 8 427

Fonte: CELPA

Fonte: CELPA e INE

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019


4

Tabela 3.2 Consumo de papel para reciclar (1.000 t)

Designação 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

NãoEscolhidos

41 46 69 69 71 71 0 0 0 0

13% 14% 25% 19% 20% 19% 0% 0% 0% 0%

Papéis para Cartão Canelado

271 239 173 204 230 241 176 172 193 201

70% 69% 57% 62% 63% 64% 77% 83% 78% 79%

Jornais e Revistas

0 0 1 1 6 20 6 15 28 25

0% 0% 0% 2% 2% 5% 3% 7% 11% 10%

Categorias superiores

65 63 51 55 56 45 46 21 26 29

16% 17% 18% 17% 16% 12% 20% 10% 11% 11%

Total 377 348 294 330 364 377 228 208 247 255

3.2 Consumo de papel para reciclar

Nota: devido a alterações na estrutura associativa da RECIPAC, desde 2016, esta publicação deixou de contar com a incorporação dos dados que com a CELPA eram partilhados, não sendo por isso possível a comparação direta entre o referido ano e os anteriores. Assim, e desde 2017, passamos a apresentar o consumo de papel para reciclar do Universo das Associadas da CELPA.

O consumo de papel para reciclar aumentou 3,2% em 2019 face ao ano anterior.

Fonte: CELPA


5

Tab. 3.3 Produção de pastas de fibra virgem (1.000 t)

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Eucalipto

Produção integrar

965 1 171 1 120 1 163 1 170 1 100 1 109 1 116 1 058 1 010

Produção Mercado

1 074 1 048 1 204 1 288 1 293 1 400 1 454 1 475 1 558 1 587

Produção total

2 039 2 219 2 324 2 451 2 463 2 500 2 563 2 592 2 616 2 597

PinheiroBravo

Produção integrar

163 150 164 170 168 162 166 161 157 157

Produção Mercado

62 81 0 0 0 0 0 0 0 0

Produção total

224 231 164 170 168 162 166 161 157 157

Total

Produção integrar

1 128 1 321 1 284 1 333 1 338 1 262 1 275 1 277 1 215 1 167

Produção Mercado

1 136 1 129 1 204 1 288 1 293 1 400 1 454 1 475 1 558 1 587

Produção total

2 263 2 450 2 489 2 621 2 631 2 662 2 729 2 753 2 773 2 754

3.3 Produção de Pastas de Fibra VirgemEm 2019, a produção nacional de pastas de fibra virgem fixou-se em 2.754 mil toneladas, menos 0,7% do que no ano anterior, resultante da descida de 0,7% na pasta de eucalipto e da subida de 0,3% na pasta de pinheiro-bravo.

Fonte: CELPA


6

Fig. 3.5 Proporção de pastas de fibra virgem para integração

Em 2019, 39% da pasta de eucalipto produzida foi posteriormente integrada em papel na mesma unidade fabril, continuando a pasta de pinheiro-bravo, desde 2012, a ser totalmente integrada em papel e cartão.

3.4 Produção de Pastas de Fibra RecuperadaConforme referido anteriormente, desde 2017 apresentamos apenas a produção de pastas de fibra secundária do Universo das Associadas da CELPA, tendo esta se fixado, em 2019, nas 224 mil toneladas.

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Produção Total

Produção Total

Produção Total

Produção Total

Produção Total

Produção Total

Produção Total

Produção Total

Produção Total

Produção Total

ParaMercado

ParaIntegrar

Destintadas 41 78 34 41 39 41 33 31 38 37 0 37

Não Destintadas 285 242 223 268 262 274 164 159 176 187 0 187

Total 326 320 258 309 301 315 197 191 214 224 0 224

Tab. 3.4 Produção de pastas de papel para reciclar por tipo (1.000 t)

Fonte: CELPA

Fonte: CELPA

47%

53%48% 47% 47%

44% 43% 43%40% 39%

72%

65%

100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Eucalipto Pinheiro-bravo


7

3.5 Produção Própria Para IntegrarEm 2019, a produção própria de pastas para integrar em papel diminuiu 2,7%. Este decréscimo está relacionado com paragens técnicas, essencialmente para melhoria e manutenção de equipamentos.

Tab. 3.5 Produção de pastas para integração em papel (1.000 t)

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Pastas de Fibra Virgem

1 128 1 321 1 284 1 333 1 338 1 262 1 275 1 277 1 215 1 167

Fibra Secundária / Papel para Reciclar

326 320 258 309 301 315 197 191 214 224

Total 1 453 1 641 1 542 1 642 1 639 1 577 1 472 1 468 1 429 1 391

Fonte: CELPA

04

INDICADORESDE PRODUÇÃO

DE PAPEL E CARTÃO

04

Nota: A partir de 2017, a informação aqui disponibilizada apenas reflete o universo

CELPA, pelo que a comparação direta com os anos anteriores não é possível.


2

2 milhões

71,3%

9%

19,7%

de toneladas de produção total de Papel e Cartão

de Papéis para Uso Gráfico

de Papéis para Uso Doméstico

de Coberturas de Cartão Canelado

INDICADORES DE PRODUÇÃO DE PAPEL E CARTÃO

3

4.1 Consumo de Pastas para PapelO consumo de pastas para produção de papel cifrou-se, em 2019, em 1,6 milhões de toneladas, menos 1,9% que no ano anterior.

Em 2019, verificou-se um decréscimo de 3,9% na integração em papel da pasta produzida.

65% da pasta de mercado (fibra virgem) adquirida e integrada é certificada por um esquema internacional de certificação de gestão florestal.

Fig. 4.1 Consumo de pastas para produção de papel por origem

Tab. 4.1 Consumo pastas para produção de papel por origem (Un. 1000 t)

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Pasta integrada 1 127,6 1 320,6 1 284,4 1 332,9 1 337,8 1 261,6 1 274,9 1 277,5 1 215,1 1 167,3

Pasta de mercado (interno e externo)

193,7 175,3 163,4 183,3 176,6 188,5 194,2 151,6 191,2 199,3

Fibra secundária / Papel para reciclar

325,8 296,3 257,7 309,2 301,1 314,6 316,1 190,8 214,2 223,9

Consumo total 1 647,1 1 792,2 1 705,6 1 825,3 1 815,4 1 764,6 1 785,2 1 619,8 1 620,6 1 590,4

1.0

00

t

Fonte: CELPA

Fonte: CELPA

0

200

400

600

800

1 000

1 200

1 400

1 600

1 800

2 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Pasta integrada Fibra secundária / Papel para reciclar Pasta de mercado (interno e externo)


4

0

500

1 000

1 500

2 000

2 500

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Papel para escritório e usos gráficos não revestido (UWF) Coberturas de cartão canelado Papéis sanitários e de usos domésticos

4.2 Produção de Papel e Cartão

A produção total de papel e cartão, em 2019, foi de 2,0 milhões de toneladas, menos 1,7% que o ano anterior.

Tab. 4.2 Evolução da produção de papel e cartão por tipo (Un. 1000 t)

Fig. 4.2 Produção de papel e cartão por tipo

Em 2019, os Papéis para Uso Gráfico representaram 71,3% da produção de papel, as Coberturas de Cartão Canelado representaram 19,7% e os Papéis para uso Doméstico 9,0%.

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Papel para escritório e usos gráficos não revestido (UWF)

1 430,6 1 551,7 1 553,0 1 559,8 1 581,7 1 597,8 1 631,5 1 594,5 1 537,5 1 443,5

72,2% 75,1% 76,1% 75,9% 76,6% 76,1% 76,2% 76,1% 74,6% 71,3%

Papéis sanitários e de usos domésticos

117,4 111,9 92,0 100,5 97,2 106,2 109,5 134,1 142,0 181,4

5,9% 5,4% 4,5% 4,9% 4,7% 5,1% 5,1% 6,4% 6,9% 9,0%

Coberturas de cartão canelado

432,3 402,2 395,4 393,9 386,4 395,7 398,7 366,6 380,6 399,6

21,8% 19,5% 19,4% 19,2% 18,7% 18,8% 18,6% 17,5% 18,5% 19,7%

Total 1 980,2 2 065,8 2 040,4 2 054,2 2 065,2 2 099,7 2 139,8 2 095,2 2 060,1 2 024,5

1.0

00

t

Fonte: CELPA

Fonte: CELPA

INDICADORESDE COMÉRCIO

05

Este capítulo apresenta valores revistos relativamente a edições passadas.


2

+4,8%

+1,3%

51%

160 países

de vendas de pastapara papel

de vendas de papel e cartão

do valor das exportações dos produtos de origem florestal

Exportamos papel e cartão para mais de 160 países

INDICADORES DE COMÉRCIO

3

5.1 Pastas para PapelEm 2019, Portugal, segundo dados do INE, exportou pasta para papel para 31 países. Neste mesmo período, verificou-se um aumento nas vendas totais de pasta para papel, incluindo o Mercado Nacional, de 4,8% face a 2018.

Em média, entre 2010 e 2019, as exportações representam 92% do total de vendas de pasta para papel.

O mercado comunitário, incluindo Portugal, é o principal destino da pasta para papel nacional, absorvendo, em 2019, 72,6% das vendas. Seguem-se o Médio Oriente, a Ásia e a Oceânia com 24,0%.

Fig. 5.1 Vendas totais de pasta para papel

1.0

00

t

Fonte: CELPA e INE

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0

150

300

450

600

750

900

1 050

1 200

1 350

1 500

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

100

0 t

Exportações Mercado Nacional Exportações/Vendas (%)


4

Tab. 5.1 Vendas de pasta para papel (Un. 1000 t)

Destino 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Mercado Comunitário 678,3 873,1 959,6 986,9 912,7 994,9 955,2 920,9 955,1 862,4

Outros Países da Europa 10,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0

Continente Americano 3,5 6,1 4,9 0,1 1,7 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0

Médio Oriente, Ásia e Oceania

50,7 128,0 111,4 158,4 212,2 171,5 277,6 248,1 198,6 328,9

África 9,2 6,6 4,9 20,4 17,6 23,4 6,9 11,9 22,1 46,6

Não especificado 163,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Exportações 915,0 1 013,7 1 080,7 1 165,8 1 144,2 1 190,0 1 239,7 1 180,9 1 175,8 1 237,8

Mercado Nacional 90,2 81,0 74,7 87,5 78,5 106,2 86,5 108,8 133,0 133,5

Vendas 1 005,2 1 094,7 1 155,4 1 253,3 1 222,7 1 296,2 1 326,1 1 289,7 1 308,8 1 371,3

As importações nacionais de pasta para papel desceram em 2019, fixando-se nas 165,5 mil toneladas, ou seja, menos 5,9% que em 2018.

A maior parte da pasta importada é de coníferas (isto é, resinosas) branqueada ao sulfato, que representa 76,2% do total importado e que não se fabrica no nosso País, seguida da pasta branqueada de folhosas ao sulfato, com 20,5%.

Fonte: CELPA e INE


5

0,0%

0,1%

76,2%

2,6%

20,5%

0,2%

0,1%

0,3%Pasta Mecânica e Semi-Química

Pasta Química para Dissolução

Pasta de Coníferas Branqueada ao Sulfato

Pasta de Coníferas Crua ao Sulfato

Pasta de Folhosas Branqueada ao Sulfato

Pasta de Coníferas Branqueada ao Sulfito

Pasta de Folhosas Branqueada ao Sulfito

Outras

Fig. 5.2 Importações de pasta para papel por tipo em 2019

Tab 5.2 Importações de pasta para papel por tipo (Un. 1000 t)

Tipo de pasta para papel 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Pasta Mecânica e Semi-Química 0,3 1,2 1,9 5,8 10,7 3,2 2,4 1,8 0,0 0,1

Pasta Química para Dissolução 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,1 0,1

Pasta de Coníferas Branqueada ao Sulfato 12,6 74,3 70,2 84,4 80,5 90,7 95,2 125,8 130,3 126,1

Pasta de Coníferas Crua ao Sulfato 6,0 5,5 6,3 5,8 4,0 3,9 3,5 2,0 2,5 4,3

Pasta de Folhosas Branqueada ao Sulfato 14,6 12,8 15,5 25,3 26,5 26,9 50,7 41,1 41,9 33,9

Pasta de Coníferas Branqueada ao Sulfito 0,5 0,5 0,4 0,5 0,3 0,1 0,3 0,3 0,3 0,3

Pasta de Folhosas Branqueada ao Sulfito 0,2 0,1 0,1 0,1 0,2 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1

Outras 0,2 0,2 0,1 1,0 1,1 1,9 0,2 0,3 0,5 0,5

Não discriminada 27,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Total 61,8 94,7 94,5 122,9 123,2 126,9 152,5 172,1 175,8 165,5

Fonte: INE

Fonte: INE


6

5.2 Papel para ReciclarA exportação de papel para reciclar diminuiu 3,2% face ao ano anterior, com Espanha a representar o principal destino, com 60,9% do volume total exportado.

5.3 Papel e cartãoEm 2019, Portugal, de acordo com o INE, exportou papel e cartão para cerca de 160 mercados internacionais (países e regiões administrativas), verificando-se um aumento nas vendas de 1,3% face a 2018.

Em média, entre 2010 e 2019, as exportações representam 90% do total de vendas de papel e cartão.

A importação de papel para reciclar também decresceu, em 2019, 5,9% face ao ano anterior.

Tab 5.3 Exportações de papel para reciclar (Un. 1000 t)

Tab 5.4 Importações de papel para reciclar (Un. 1000 t)

Destino 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Mercado Comunitário

398,9 387,0 353,3 338,8 321,2 331,3 332,8 325,0 291,0 277,0

Espanha 347,8 331,2 311,1 312,9 294,7 299,3 267,6 246,6 244,5 245,4

Resto do Mundo 80,4 91,5 58,9 53,9 52,7 28,0 107,1 133,1 125,1 125,9

Total 479,3 478,5 412,2 392,7 373,9 359,3 439,8 458,1 416,1 402,9

Origem 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Mercado Comunitário

36,8 13,7 15,5 20,1 23,4 18,0 18,9 27,5 28,2 27,3

Espanha 36,7 13,6 15,4 19,8 20,5 17,7 18,6 26,2 26,7 25,1

Resto do Mundo 0,3 1,5 2,5 3,6 2,2 0,8 0,0 2,1 1,4 0,5

Total 37,1 15,2 18,0 23,7 25,6 18,9 18,9 29,7 29,6 27,8

Fonte: INE

Fonte: INE


7

Fig. 5.3 Vendas totais de papel e cartão

1.0

00

t

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

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100%

0

250

500

750

1 000

1 250

1 500

1 750

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2 250

2 500

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

100

0 t

Exportações Mercado Nacional Exportações/Vendas (%)

Tal como na pasta para papel, também os principais consumidores do papel e cartão produzido em Portugal são Europeus: Espanha (20,1%), França (10,2%), Portugal (8,3%) e Alemanha (7,6%).

A seguir, e fora da Europa, destacam-se os Estados Unidos da América, com 5,2%.

Fonte: CELPA e INE


8

Tab. 5.5 Vendas de papel e cartão por destino (Un. 1000 t)

Destino 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Mercado Comunitário 1 088,5 1 305,3 1 380,6 1 348,4 1 372,2 1 383,3 1 412,5 1 439,2 1 371,0 1 440,4

Outros Países da Europa 34,3 36,1 37,1 28,9 27,7 30,0 35,7 32,3 25,4 24,9

Continente Americano 48,3 195,2 196,5 234,2 235,9 241,6 210,9 185,5 233,0 194,0

Médio Oriente, Ásia e Oceania

100,0 197,6 142,2 179,4 194,0 181,3 217,0 222,0 196,2 204,0

África 117,4 216,7 220,8 240,1 255,9 258,6 267,0 268,8 300,1 298,0

Não especificado 468,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0

Exportações 1 856,8 1 951,0 1 977,2 2 031,1 2 085,7 2 094,7 2 143,0 2 147,9 2 125,7 2 161,2

Mercado Nacional 269,0 349,0 243,0 179,0 190,0 263,4 263,2 178,7 202,4 196,8

Vendas 2 125,8 2 300,0 2 220,2 2 210,1 2 275,7 2 358,2 2 406,2 2 326,6 2 328,1 2 358,0

As importações de papel e cartão mantiveram-se ao nível de 2018. Tal como em anos anteriores, os tipos de papel e cartão importados correspondem a produtos onde a capacidade de produção nacional é inexistente, caso do papel de jornal, ou inferior às necessidades, como é o caso dos papéis e cartões para embalagem e empacotamento.

Fonte: CELPA e INE


9

5.4 Balança ComercialO saldo da balança comercial de pasta para papel, papel para reciclar e papel e cartão, em valor, é sempre excedentário entre 2010 e 2019, tendo, no seu total, aumentado de 840 milhões de euros em 2010 para 1.384 milhões de euros em 2019.

Tab. 5.6 Vendas de papel e cartão por tipo (Un. 1000 t)

Tipo de papel e cartão 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Papel de Jornal 77,4 69,7 58,6 57,5 49,9 54,7 49,6 50,4 39,1 36,5

Papéis Gráficos com Pasta Mecânica

137,5 115,1 94,3 90,2 95,2 90,2 87,1 74,3 76,1 64,3

Papéis Gráficos sem Pasta Mecânica

151,2 135,2 124,7 112,7 121,4 127,0 117,5 121,0 104,9 119,4

Papéis de Uso Doméstico e Sanitário

103,6 90,6 84,3 77,6 85,2 82,2 64,9 56,5 57,5 60,7

Coberturas de Cartão Canelado

274,6 280,7 274,1 300,7 331,0 332,2 323,7 356,1 367,4 381,4

Papéis e Cartões para Embalagem e Empacotamento

212,5 222,9 221,3 236,8 232,3 258,8 253,9 257,8 285,4 263,6

Outros Papéis e Cartões 163,8 161,7 114,5 113,3 121,9 129,1 135,9 163,1 177,7 181,9

Não Discriminados 3,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Total 1 124,2 1 076,0 971,8 988,7 1 036,9 1 074,2 1 032,6 1 079,2 1 108,2 1 107,8

Fonte: INE


10

Fig. 5.4 Balança comercial de pasta para papel, papel para reciclar e papel e cartão

Assim, a pasta para papel, papel para reciclar e papel e cartão apresentaram, entre 2010 e 2019, uma taxa média de cobertura das importações pelas exportações de 209%, exatamente o mesmo valor dos outros produtos de base florestal.

A pasta para papel, o papel para reciclar, o papel e cartão e os restantes produtos de base florestal são contribuidores líquidos para a balança comercial de bens, com o valor das exportações a ser ligeiramente superior ao dobro das importações entre 2010 e 2019, quando, a nível nacional, as exportações apenas cobriram cerca de 77% do valor dos bens importados.

Fonte: INE

Milh

ões

-2 000 €

-1 500 €

-1 000 €

- 500 €

- €

500 €

1 000 €

1 500 €

2 000 €

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Papel e cartão Pasta para papel Papel para reciclar

Saldo Papel e cartão Saldo Pasta para papel Saldo Papel para reciclar

-2 000 €

-1 500 €

-1 000 €

- 500 €

- €

500 €

1 000 €

1 500 €

2 000 €

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Papel e cartão Pasta para papel Papel para reciclar

Saldo Papel e cartão Saldo Pasta para papel Saldo Papel para reciclar


11

Fonte: INE

Fonte: INE

A pasta para papel, papel para reciclar e papel e cartão representam, em média, entre 2010 e 2019, 51% do valor das exportações dos produtos de origem florestal e 5% do valor total nacional de exportação de bens.

Fig. 5.6 Peso das exportações da pasta, papel e cartão

Fig. 5.5 Taxa de cobertura das importações de bens pelas exportações

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Pasta, papel e cartão/Total Pasta, papel e cartão/Produtos de origem florestal

0%

50%

100%

150%

200%

250%

300%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Pasta, papel e cartão Outros produtos de origem florestal Total nacional

Tab. 5.7 Consumo aparente de papel e cartão (Un. 1000 t)

Tab. 5.8 Consumo de papel e cartão per capita

5.5 ConsumoO consumo aparente de papel e cartão em Portugal, ou seja, a produção nacional somada das importações e subtraída das exportações (sem considerar a variação de stocks) diminuiu 6,9% face a 2018.

Em média, cada português consumiu 94,4 kg de papel e cartão em 2019.

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Consumo de papel e cartão

1 247,7 1 190,7 1 034,9 1 011,8 1 016,5 1 079,2 1 029,4 1 026,5 1 042,6 971,1

Variação 13,4% -4,6% -13,1% -2,2% 0,5% 6,2% -4,6% -0,3% 1,6% -6,9%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

População (mil habitantes)

10 573,1 10 557,6 10 514,8 10 457,3 10 401,1 10 358,1 10 325,5 10 300,3 10 283,8 10 286,3

Consumo de papel e cartão (kg/habitante)

118,0 112,8 98,4 96,8 97,7 104,2 99,7 99,7 101,4 94,4

Fonte: CELPA e INE

Fonte: CELPA e INE

INDICADORES AMBIENTAIS

1

INDICADORESAMBIENTAIS

06

Nota: Com a entrada de mais um centro fabril na estrutura associativa da CELPA em 2018, a

comparação direta com os anos anteriores não será possível neste Boletim.


2

-14%

-11,2%

-14%

-38%

de água por tonelada produzida nos últimos 10 anos

na carga de sólidos suspensos totais nas águas residuais

de gases acidificantes nos efluentes gasosos

na carga total de partículas nos efluentes gasosos


3

6.1 Captação e Utilização de ÁguaA utilização de água por tonelada produzida tem conhecido um sucessivo e consistente decréscimo ao longo dos últimos anos. Nos últimos 10 anos, a mesma quantidade de pasta é produzida com menos 3 m3 de água, o que equivale a uma redução de cerca de 14%.

Em 2019, a captação total de água foi aproximadamente de 102 milhões de m3.

Pode ser encontrada informação ambiental adicional sobre cada uma das empresas associadas da CELPA consultando a base de dados E-PRTR (Registo de Emissões e Transferências de Poluentes) disponível em: http://prtr.ec.europa.eu/#/home.

Com linhas de orientação que privilegiam a sustentabilidade económica, a preservação ambiental e a rigorosa certificação de qualidade, os compromissos ambientais, bem como o respetivo acervo legislativo ambiental a que as empresas estão sujeitas, são cada vez mais exigentes e constantes, obrigando a grandes investimentos, quer na implementação de melhorias em sistemas de gestão eficazes, quer na implementação das melhores técnicas disponíveis, ao nível ambiental, energético, da qualidade e da segurança e higiene no trabalho.

Fig. 6.1 Captação de Água total - Volume Captado Total

0

10

20

30

40

50

0

25

50

75

100

125

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

m3

po

r t

de p

rod

ução

milh

ões

m3

Volume Captado Total Água Captada / t de Produção

Milh

ões

m3

m3

/ t

de p

rod

ução

Fonte: CELPA


4

Em 2019, a água utilizada pela indústria papeleira, à semelhança de anos anteriores, teve origem principalmente em captações superficiais (rios e albufeiras) que representaram mais de 66% do total de água captada.

6.2 Efluentes LíquidosA modernização e a adoção das “Melhores Técnicas Disponíveis” para o setor, bem como o compromisso das empresas associadas da CELPA na melhoria contínua, permitiram que se atingissem níveis bastante positivos do seu desempenho ambiental.

Figura 6.2 Captação de Água Total - Origem da Água

0

10

20

30

40

50

60

70

80

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

milh

ões

m3

Águas Superficiais Águas Subterrâneas

Milh

ões

m3

Fonte: CELPA


5

Sendo que a maioria das associadas da CELPA se concentra junto à costa e no Vale do Tejo, o destino dos efluentes reflete essa mesma localização. Em 2019, 62% dos efluentes líquidos foram descarregados no oceano, 24% em estuários e 14% em rios e albufeiras.

As descargas realizadas no oceano são efetuadas a uma distância considerável da linha de costa com recurso a emissários submarinos, com um fator de diluição muito elevado e eficaz dispersão, reduzindo, assim, o impacto nos ecossistemas locais.

Figura 6.4 Rejeição de Efluentes Líquidos - Destino do Efluente

Figura 6.3 Rejeição de Efluentes Líquidos - Volume total

0

10

20

30

40

0

20

40

60

80

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

m3

/ t

de p

rod

ução

milh

ões

m3

Efluente líquido produzido Efluente liq./ t produção

0

10

20

30

40

50

60

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

1.0

00

m3

Rios, Albufeiras e Lagos Estuários Oceano Redes Municipais

Milh

ões

m3

1.0

00

m3

m3

/ t

de p

rod

ução

Fonte: CELPA

Fonte: CELPA


6

0

1

2

0

1

2

3

4

5

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

kg

/ t

de p

rod

ução

1.0

00

t

Sólidos Suspensos Totais SST / t de Produção

Todo o efluente líquido produzido é previamente tratado antes de ser libertado no meio recetor, traduzindo-se em 99,7% de tratamento primário seguido de um tratamento secundário (tratamento biológico).

O tratamento de águas e efluentes industriais é uma preocupação das empresas associadas da CELPA traduzindo-se no investimento em tecnologias de ponta, como seja a primeira unidade com tecnologia de ultrafiltração aplicada a efluentes industriais na produção de pasta e papel. A ideia por trás destes investimentos é poder fazer a recuperação de efluentes e a sua reutilização no processo de fabrico.

O resultado destes investimentos traduz-se na qualidade do efluente libertado que, em 2019, registou melhorias significativas com reduções de 11,2% na carga (total) de sólidos suspensos totais, de 1,4% na carga orgânica total (medida em Carência Química de Oxigénio) e de 1,1% no teor de fósforo total.

Figura 6.5 Sólidos Suspensos Totais

Figura 6.6 Carência Química de Oxigénio

0

5

10

15

0

15

30

45

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

kg

/ t

de p

rod

ução

1.0

00

t

CQO Cr Carga Total CQO / t de Produção

Fonte: CELPA

Fonte: CELPA

1.0

00

t1.

00

0 t

kg

/ t

de p

rod

ução

kg

/ t

de p

rod

ução


7

Figura 6.7 Carência Bioquímica de Oxigénio

Figura 6.8 Compostos Organoclorados Adsorvíveis

0,00

0,02

0,04

0,06

0,08

0

50

100

150

200

250

300

350

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

kg

/ t

de p

rod

ução

t

AOX Carga Total AOX / t de Produção

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

kg

/ t

de p

rod

ução

1.0

00

t

CB0 Carga Total SST / t de Produção5

Fonte: CELPA

Fonte: CELPA


8

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0

250

500

750

1 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

kg

/ t

de p

rod

ução

t

PM Total Partículas Totais PM / t de Produção

6.3 Emissões GasosasAs principais fontes de emissões gasosas na indústria papeleira estão associadas à necessidade de produção de vapor e de eletricidade, à recuperação de químicos e à produção de cal para o processo.

O indicador “partículas totais” reflete a quantidade de partículas em suspensão na emissão gasosa. Este parâmetro teve uma redução de 38% em termos absolutos, e 37% em termos específicos, face ao ano anterior, denotando uma melhoria significativa.

Figura 6.9 Azoto Total e Fósforo Total

Figura 6.10 Partículas Totais

0

30

60

90

0

100

200

300

400

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

g /

t d

e p

rod

ução

t

Azoto Total Fósforo Total Azoto Total / t produção Fósforo Total / t produção

Fonte: CELPA

Fonte: CELPA

tt

g /

t d

e p

rod

ução

kg

/ t

de p

rod

ução


9

Figura 6.11 Gases Acidificantes Emissões Diretas por Tipo de Poluente

Figura 6.12 Gases Acidificantes, Óxidos de Enxofre (SO2 e SO3)

A mesma tendência se verifica na emissão de gases acidificantes, tendo-se registado, em 2019, uma redução global de cerca de 14%, o que representa uma redução de 12% por tonelada produzida, face a 2018.

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

0,40

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

kg

/ t

de p

rod

ução

1.0

00

to

n

SOx Total Óxidos de Enxofre SOx / t de Produção

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

kg

SO

2 e

q. p

or

t p

rod

ução

1.0

00

t S

O2

eq

.

SO2 Óxidos de Enxofre NOx Óxidos de Azoto H2S Ácido Sulfídrico GA / t de produção

Fonte: CELPA

Fonte: CELPA

1.0

00

t S

O2 e

q.

1.0

00

t

kg

SO

2 e

q. p

or

t p

rod

ução

kg

/ t

de p

rod

ução

SO2 Óxidos de Enxofre NOX Óxidos de Azoto H2S Ácido Sulfífrico GA / t de produção

SOx Total Óxidos de Enxofre SOx / t de Produção


10

0,00

0,01

0,02

0,03

0

25

50

75

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

kg

H2

S /

t d

e p

rod

ução

t d

e H

2S

TRS Carga Total TRS / t de Produção

O processo de produção de pasta para papel utiliza compostos de enxofre com o objetivo de preservar as fibras de celulose durante o cozimento da madeira. Na proximidade de algumas instalações e em condições atmosféricas desfavoráveis pode ocorrer a presença de gases com odor desagradável. Esse facto resulta, principalmente, da emissão de compostos reduzidos de enxofre. De referir que se tratam de compostos para os quais o olfato humano é particularmente sensível, podendo ser detetados com concentrações ínfimas no ar, da ordem de grandeza de partes por bilião. Embora seja difícil a sua completa eliminação, a indústria de pasta tem investido fortemente na redução das emissões deste tipo de gases.

Fig. 6.14 Odores Emissão Direta de Compostos de Enxofre Reduzido

Figura 6.13 Gases Acidificantes Óxidos de Azoto (NO e NO2)

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

0

500

1 000

1 500

2 000

2 500

3 000

3 500

4 000

4 500

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

kg

/ t

de p

rod

ução

t

NOx Óxidos de Azoto NOx / t de Produção

Fonte: CELPA

Fonte: CELPA

t d

e H

2S

1.0

00

t

kg

H2S

/ t

de p

rod

ução

kg

/ t

de p

rod

ução


11

Fig. 6.16 Odores Emissão Direta de Compostos de Enxofre Reduzido

6.4 Gases com efeito de estufaNos Gases com Efeito de Estufa (dióxido de carbono fóssil, metano e óxido nitroso) observou-se, em relação a 2018, um aumento de 2,2%.

Fig. 6.15 Gases com Efeito de Estufa, Emissões Diretas por Tipo de Poluente

0

100

200

300

400

500

0

200

400

600

800

1 000

1 200

1 400

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

kg

CO

2 e

q. p

or

t d

e p

rod

ução

1.0

00

t C

O2

eq

.

CO2 Dióxido de Carbono N2O Óxido Nitroso CH4 Metano GEE / t de Produção

0

200

400

600

800

1 000

1 200

1 400

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

1.00

0 t C

O2

eq.

Combustíveis para produção de vapor e eletricidade Combustíveis para outros usos Emissões de Processo

Fonte: CELPA

Fonte: CELPA

1.0

00

t C

O2 e

q.

1.0

00

t C

O2 e

q.

kg

CO

2 e

q. p

or

t d

e p

rod

ução

CO2 Dióxido de Carbono N2O Óxido Nitroso CH4 Metano GEE / t de Produção


12

Nota: em 2014, a forma de reporte de todos os resíduos de madeira produzidos internamente, provenientes de processos de descasque e preparação de madeira para a produção de pasta, foi alterada. Deste modo, não deve ser feita uma comparação direta com os anos anteriores.

Como destino dos resíduos sólidos destacam-se, em 2019, a aplicação de lamas e cinzas resultantes da queima de biomassa na agricultura e compostagem, correspondente a 25% do total de resíduos, a valorização por outras indústrias que representou 21% do total e a valorização energética que representou 20% do total de resíduos. A deposição em aterro absorveu 23% dos resíduos produzidos.

6.5 Resíduos Sólidos

A produção de resíduos sólidos resultantes do processo industrial está diretamente relacionada com o padrão de produção de pastas e papéis. De destacar que podem ser produzidos outros tipos de resíduos, como sejam os resultantes de ações de demolição e construção de edifícios, implementação de novos projetos, etc., e que apresentam, pelo seu caráter ocasional, variações anuais significativas, mas não inerentes aos processos produtivos.

Fig. 6.17 Produção de Resíduos Sólidos

0

200

400

600

800

1 000

1 200

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

1.0

00

t

Outros resíduos sólidos

Cinzas, escórias e poeiras e Outros resíduos de caldeiras

Lamas

Triagem de papel recuperado e Produção de pasta de papel a partir de papel recuperado

Madeira e descasque de madeira

Fonte: CELPA


13

6.6 Certificação da Gestão de Qualidade, de Ambiente, de Segurança e de Laboratório

A gestão da qualidade foi a primeira prioridade da indústria na certificação dos seus processos de gestão. Atualmente, toda a indústria possui estes certificados.

A gestão dos aspetos ambientais tem assumido um papel crescente na atividade da indústria papeleira nacional. Em consequência dessa ação, surgem, em 1999, as primeiras unidades certificadas pela norma internacional ISO 14.001, e, em 2001, o primeiro certificado EMAS.

Em 2019, 100% da produção oriunda de fábricas associadas da CELPA foi produzida em unidades certificadas pela ISO 14.001 e 46% em unidades certificadas pelo EMAS.A certificação dos laboratórios atesta a qualidade dos processos que aí decorrem. Em 2019, 98,8% da produção oriunda do universo CELPA dispunha destes certificados nos seus laboratórios.

Fig. 6.18 Destino dos Resíduos Sólidos Produzidos

0

150

300

450

600

750

900

1 050

1 200

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

1.0

00

t

Aterro Valorização energética Agricultura e compostagem Valorização por outras indústrias Outros destinos

Fonte: CELPA


14

Fig. 6.19 Produção Papeleira Oriunda de Unidades Certificadas

A certificação de segurança foi o passo natural seguinte, sendo que, em 2018, toda a produção CELPA era já oriunda de unidades fabris que cumprem os requisitos destes certificados.

Também no segmento da energia, houve uma evolução lógica no sentido da certificação, com cerca de 95% da produção das fábricas associadas da CELPA a ter origem em unidades certificadas pela ISO 50.001.

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

ISO 14.001 EMAS ISO 9.001 ISO 45.000/17025 Segurança NP ou OHSAS Energia 50.001

Fonte: CELPA

INDICADORES ENERGÉTICOS

07

Este capítulo apresenta valores revistos relativamente a edições passadas.


2

69%

88%

6,1%

648

combustíveis consumidosde fonte renovável

do total de combustíveis fósseis consumidosé Gás Natural

do total da energia produzidano País

GWh fornecidos à rede elétrica nacional


3

7.1 Consumo de CombustíveisO consumo total de energia manteve-se em níveis próximos dos anos anteriores, tendo-se fixado em 73 088 TJ.

Os biocombustíveis continuam a representar a fração dominante dos combustíveis consumidos por este setor, representando 69% do total. O principal destes combustíveis é a lenhina da madeira – subproduto da produção de pasta – que representou, em 2019, 83% dos biocombustíveis consumidos.

Em 2019, manteve-se a tendência dos anos anteriores no consumo de gás natural, que representa 88% dos combustíveis fósseis. O fuelóleo representou cerca de 6% deste tipo de combustíveis.

Fig. 7.1 Consumo de Biocombustíveis

Fonte: CELPA

0

10

20

30

40

50

60

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

PJ (

1015

Jo

ule

)

Consumo de Biocombustíveis

Licor Negro Casca e resíduos de madeira Outra Biomassa

PJ (

1015

Jo

ule

)

Fonte: CELPA

Fig. 7.2 Consumo de Combustíveis Fósseis

0

5

10

15

20

25

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

PJ (

1015

Jo

ule

)

Fuelóleo Gás Natural Outros Combustíveis

PJ (

1015

Jo

ule

)


4

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

TW

h

Produção e Consumo de Eletricidade

Produção de energia elétrica Consumo de energia elétrica

7.2 Produção e Consumo de EletricidadeEm 2019, este setor manteve-se excedentário na produção de eletricidade, com a produção a ultrapassar o consumo em cerca de 24%.

A produção de eletricidade deste setor cifrou-se, em 2019, em 3,35 TWh, enquanto que o consumo ficou pelos 2,70 TWh. O setor pasta e papel foi, portanto, responsável pelo fornecimento líquido de cerca de 0,65 TWh à rede.

7.3 Estrutura Energética do Setor Pasta e Papel no Contexto NacionalEsta seção pretende contextualizar o desempenho da indústria papeleira na estrutura de produção de energia elétrica do País. Baseia-se exclusivamente na informação disponibilizada pela Direção Geral de Energia e Geologia, mais concretamente, nos Balanços Energéticos Nacionais. Esta informação está disponível em http://www.dgeg.pt/

Ainda não existem dados confirmados para o ano de 2018, pelo que os apresentados neste Boletim são ainda os provisórios disponibilizados pela DGEG (Direção Geral de Energia e Geologia).

A eletricidade produzida neste setor utiliza sistemas de cogeração, onde é feita uma produção combinada de calor para uso industrial e de eletricidade. Esta é uma das formas mais eficientes de utilização de fontes primárias de energia (combustíveis).

O setor pasta e papel tem investido muito nestas tecnologias e é hoje o principal produtor por cogeração, representando cerca de 49% do total nacional de energia produzida com recurso a esta tecnologia.

Fig. 7.3 Produção e Consumo de Eletricidade

Fonte: CELPA


5

Fig. 7.4 Crescimento Absoluto de Produção Elétrica por Cogeração por Setor Cogerador

Fig. 7.5. Produção de Eletricidade em Cogeração

Os setores cogeradores foram responsáveis, em 2018, por cerca de 13% do total da eletricidade produzida no País. O setor pasta e papel foi responsável pela produção de 6,1% do total de energia produzida a nível nacional, conforme ilustra a figura seguinte.

Em termos de autossuficiência em eletricidade (relação entre a eletricidade total produzida pelo setor e o respetivo consumo), este setor perfila-se como um dos poucos a nível nacional com o estatuto de auto-suficiente.

0

25

50

75

100

125

150

175

200

225

250

275

300

325

2009 2010 2011 2012 2013 2014p 2015 2016 2017 2018p

mil

tep

Pasta e Papel Têxteis Refinação Química Elétrico Alimentar Madeira Outros

Pasta e Papel6,1%

Têxteis0,9%

Refinação2,8%

Química0,8%

Elétrico0,3%

Alimentar0,5%

Outros1,2%

Fonte: DGEG

Fonte: DGEG


6

Fig. 7.6. Auto-Suficiência em Energia Elétrica por Setor Industrial Cogerador(Consumo Eletricidade / Produção Elétrica)

O setor pasta e papel é também o que mais biomassa utiliza no seu perfil de combustíveis (73,5%), quer quando comparado com as centrais termoelétricas (7,4%), quer quando comparado com os restantes setores cogeradores (1,4%).

0%

50%

100%

150%

200%

250%

2009 2010 2011 2012 2013 2014p 2015 2016 2017 2018p

Pasta e Papel Têxteis Refinação Química Alimentar Madeira Outros

Fig. 7.7. Perfil de Combustíveis em Cogeração do Setor Pasta e Papel (2018p)

1%

26%

7%

67%

Perfil de Combustíveis em Cogeração do Setor Pasta e Papel (2018p)

Hulha e Antracite Coque Refugos e produtos intermédios GPL

Gasolinas Petróleo Gasóleo Fuelóleo

Nafta Coque de petróleo Gás natural Gases e outros derivados

Lenhas e resíduos vegetais Resíduos sólidos urbanos Licores sulfíticos Biogás

54%

3%

33%

6%

2% 1%

Centrais Termoelétricas

3 ,0 %8 ,6 %

78 ,8 %

6 ,8 %

2,3 %

Centrais Termoelétricas

Cogeração sem Pasta e Papel

Cogeração Setor Pasta e Papel

Fonte: DGEG

Fonte: DGEG


7

Uma consequência direta deste perfil de combustíveis, aliada à elevada eficiência das cogerações, encontra-se no baixo fator de emissão de CO2 de cada kWh produzido no setor pasta e papel, quando comparado com a energia elétrica produzida noutros setores e tecnologias.

O fator médio de emissão elétrico em Portugal foi, em 2018, de 467 gCO2/kWh (valor médio que inclui todas as fontes renováveis de energia).

No setor pasta e papel foram apenas emitidos 63 gCO2/kWh (-75% do que a média nacional). Para produzir a mesma quantidade de energia, nos restantes setores cogeradores, foram necessários 204 gCO2 ( 20% do que a média nacional) e 560 gCO2

(19% acima da média nacional) nas centrais termoelétricas.

Fig. 7.8. Evolução das Emissões de CO2 por kWh em Portugal

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80

2009 2010 2011 2012 2013 2014p 2015 2016 2017 2018p

kg

CO

2 /

kW

h

Centrais Termoelétricas Média Nacional Cogerações sem Pasta e Papel Cogerações Pasta e Papel

Fonte: DGEG

kg

CO

2 /

kW

h


8

08

INDICADORESSOCIAIS

08

Devido a alterações na estrutura associativa da CELPA nos anos 2013,

2015, 2017 e 2019, a comparação direta entre os seguintes indicadores nem

sempre é possível.


2

4.430

58%

24%

238

postos de trabalho diretos

dos colaboradores com idade inferior a 45 anos

dos colaboradores com formação superior

mil horas de formação

INDICADORES SOCIAIS

3

8.1 Caracterização do tecido laboralAs empresas associadas da CELPA, em 2019, foram responsáveis por 4.430 postos de trabalho diretos.

No entanto, o impacte social da indústria de pasta, papel e cartão, quer a montante quer a jusante, bem como nas atividades desenvolvidas à volta de cada centro fabril, é muito significativo, representando largas dezenas de milhar de postos de trabalho indiretos e induzidos.

De uma forma geral, as empresas têm vindo a concretizar processos de rejuvenescimento da sua equipa de colaboradores e a otimizar a organização e os processos, adequando os respetivos recursos humanos em termos de número, de idade e de qualificação.

Num ambiente essencialmente industrial, os trabalhadores diretos do género masculino representam a maioria, sendo responsáveis por 86% do total de postos de trabalho.

Resultante do trabalho de renovação etária do quadro de pessoal, 58% dos colaboradores têm hoje idade inferior a 45 anos quando, em 2010, este valor era de 43%.

Fonte: CELPA

Tabela 8.1 Evolução do número de colaboradores por género

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Homens 2 820 2 738 2 723 2 405 2 404 2 572 2 535 3 026 3 164 3 820

Mulheres 401 392 392 338 339 364 363 476 472 610

Total Emprego Direto

3221 3130 3115 2743 2743 2936 2898 3502 3636 4430

variação anual -0,9% -2,8% -0,5% -11,9% 0,0% 7,0% -1,3% 20,8% 3,8% 21,8%


4

Em termos gerais, ao longo dos últimos 10 anos verifica-se uma maior qualificação dos colaboradores. De facto, em 2019, 24% dos colaboradores diretos têm habilitações de nível superior, contrastando com o ano 2010 em que esse valor era de 19%.

Fonte: CELPA

Fonte: CELPA

Figura 8.1 Evolução da distribuição dos trabalhadores por classe etária

Figura 8.2 Distribuição dos trabalhadores por nível de formação

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

18 a 34 anos 35 a 44 anos 45 a 64 anos mais de 65 anos

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Até ao 3º Ciclo do Ensino Básico Ensino Secundário Ensino Superior

INDICADORES SOCIAIS

5

Em termos nacionais, a CELPA representa 0,5% e 0,1% dos postos de trabalho diretos da indústria transformadora portuguesa e do total da economia, respetivamente, com uma tendência de aumento entre 2010 e 2019.

8.2 FormaçãoAs empresas do setor de pasta e papel e cartão apostam, desde longa data, na qualificação dos seus colaboradores.

O número total de horas de formação rondou as 238 mil horas, fixando-se a taxa de formação, calculada pelo rácio entre o total de horas de formação e o total de horas trabalháveis, em 3,1%.

Fonte: CELPA e INE

Fonte: CELPA

Figura 8.3 Peso da CELPA no emprego direto da indústria transformadora e no total da economia

Tabela 8.2 Evolução das Horas de Formação

0,0%

0,1%

0,2%

0,3%

0,4%

0,5%

0,6%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

CELPA / Indústria transformadora CELPA / Total

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Nº Total de Horas de Formação

112 402 117 895 108 707 114 126 94 076 101 038 129 808 108 626 250 256 238 312

Nº de Horas de Formação por trabalhador

34,9 37,7 34,9 41,6 34,3 34,4 44,8 31,0 68,8 53,8

Taxa de Formação 2,0% 2,1% 1,9% 2,3% 1,9% 2,0% 2,7% 2,3% 3,9% 3,1%


6

Reconhecendo a formação como uma ferramenta fundamental na prevenção de acidentes de trabalho, a CELPA tem vindo a desenvolver um projeto de formação em conjunto com as suas associadas, desde 2012, denominado Cartão de Segurança da Indústria Papeleira (CSIP).

O CSIP é um programa de formação em SST destinado a trabalhadores externos das empresas associadas e tem como referências fundamentais a objetividade de um programa de formação orientado para a indústria de pasta e papel.

Em 2019, foram desenvolvidas 197 ações, tendo sido abrangidos cerca de 8 mil prestadores de serviços externos.

8.3 Segurança ocupacionalAs preocupações com a segurança no trabalho são constantes e bem presentes na gestão diária das empresas. Esta preocupação implica um conjunto de ações de formação sobre os vários aspetos de segurança associado a cada uma das funções com mais risco de acidente, bem como um aumento do investimento na estrutura de medicina do trabalho por parte das empresas.

Em 2019, a despesa com medicina no trabalho fixou-se nos 356 euros por trabalhador, em comparação com 2010 em que este valor foi de 157 euros.

Face a 2019, a taxa de absentismo total aumentou em 2,3 pontos percentuais, para os 7,9%.A principal causa do absentismo verificado são ausências motivadas por doença não profissional, com 46% do valor total de horas. A segunda causa, com cerca de 29% do total, são as ausências autorizadas pelo empregador e, em terceiro lugar, estão as ausências por maternidade e paternidade, com 7% do total de horas. Em 2019, devido a alguma instabilidade social que se verificou em algumas instalações fabris, houve paragens devido a greves, que contabilizam 4,3% do total de horas de ausência do trabalho.

De registar que os acidentes de trabalho representaram, em 2019, apenas 4% do total de horas de ausência do trabalho.

Fonte: CELPA

Tabela 8.3 Indicadores de Saúde Ocupacional

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Despesa com medicina do trabalho (euros)

507 168 848 434 1 141 581 1 023 073 1 044 425 1 060 682 1 065 857 1 092 859 1 402 734 1 577 176

por trabalhador (euros) 157 271 366 373 381 361 368 312 386 356

INDICADORES SOCIAIS

7

0%

1%

2%

3%

4%

5%

6%

7%

8%

9%

10%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Taxa de absentismo total

Fonte: CELPA

Figura 8.4 Taxa de Absentismo Total

8.4 Acidentes de trabalhoA saúde dos colaboradores é uma prioridade para as empresas associadas da CELPA, que têm implementadas políticas de segurança no trabalho que visam a não ocorrência de acidentes, apostando em medidas de prevenção dos mesmos.

Ainda assim, em 2019, verificaram-se 97 acidentes, obrigando, a maioria de cada um destes, a mais de 3 dias de trabalho perdidos.


8

Em 2019, o número de dias perdidos em acidentes de trabalho foi de 3.639, o que se traduz num Índice de Incidência (rácio entre o número acidentes com baixa de mais de 3 dias e o número de empregados multiplicado por 1000) de 20,8.

Figura 8.5 Acidentes de trabalho

Tabela 8.4 Indicadores de Acidentes de Trabalho

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Óbitos 1 a 3 dias de trabalho perdidos Mais de 3 dias de trabalho perdidos

Fonte: CELPA

Fonte: CELPA

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Índice de incidência 26,3 26,2 29,9 23,5 14,5 17,7 25,3 20,8

Dias perdidos 2 975 3 961 4 468 3 577 1 420 1 934 3 872 3 639

INDICADORESFINANCEIROS

09

Este capítulo apresenta valores revistos relativamente a edições passadas e

valores parcialmente estimados.


2

2.791

320

1,3%

milhões de euros de vendas

milhões de euros de resultado líquido

é o peso das Vendas deste setor no PIB

INDICADORES FINANCEIROS

3

9. Indicadores FinanceirosO ano de 2019 foi marcado pela deterioração das condições de mercado, em particular pela queda dos preços de pasta e pelo enfraquecimento da procura no mercado Europeu. A grande criação de stocks, sobretudo na China, no final de 2018 e durante o primeiro semestre de 2019 contribuiu significativamente para a queda dos preços de pasta.

No entanto, apesar deste contexto de mercado difícil, a indústria de pasta, papel e cartão portuguesa continua a contribuir, de forma efetiva, para a Economia Nacional, representando, em 2019, 0,5% do VAB e um volume de vendas equivalente a 1,3% do PIB.

Tabela 9.1 Indicadores financeiros do Setor da Pasta e do Papel (Un 1.000 Euros)

Fonte: CELPA

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Vendas 2 171 118 2 191 877 2 374 662 2 245 738 2 234 905 2 647 336 2 537 875 2 684 268 2 912 847 2 791 275

Resultado Líquido 294 322 244 174 291 468 266 727 224 218 377 919 366 461 371 697 445 225 319 884

Resultado Operacional 437 996 387 682 416 447 345 459 313 944 507 398 391 431 480 469 627 972 456 562

Amortizações 184 211 208 139 178 511 152 285 160 241 195 909 532 168 220 791 228 780 225 715

Ativo Total Líquido 4 183 694 4 265 403 4 238 546 4 266 840 4 145 887 3 948 967 3 773 570 3 908 914 4 193 273 4 005 164

Passivo Total 2 401 872 2 344 786 2 299 726 2 219 409 2 148 585 2 141 297 2 048 462 2 093 846 2 351 986 2 283 111

Capital Próprio 1 833 854 2 062 380 2 080 600 2 098 911 2 054 248 1 881 476 1 787 667 1 892 784 1 885 697 1 778 231

Valor Acrescentado Bruto 798 736 759 562 747 252 647 126 603 343 859 479 934 352 872 486 1 079 886 850 891


4

* LEGENDA:Rendibilidade Líquida das Vendas = Resultado Líquido / VendasRendibilidade dos Capitais Próprios = Resultado Líquido / Capital PróprioEBITA = Resultados Operacionais + AmortizaçõesRendibilidade Operacional das Vendas = EBITA / VendasRendibilidade dos Capitais Investidos = Resultado Líquido / Ativo Total LíquidoProdutividade = VAB / Nº Trabalhadores

Figura 9.1 Produtividade (VAB por tonelada e VAB por colaborador) e Ativo Total Líquido

Tabela 9.2 Indicadores financeiros do Setor da Pasta e do Papel

Fonte: CELPA

Fonte: CELPA

3 000 000

3 500 000

4 000 000

4 500 000

5 000 000

5 500 000

6 000 000

0

50

100

150

200

250

300

350

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Ati

vo

To

tal L

íqu

ido

(m

ilhõ

es

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s)

VA

B/t

on

e V

AB

/co

lab

(m

il eu

ros)

VAB / Tonelada Produzida (euros por tonelada) VAB /Trabalhador Ativo Total Líquido

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Rendibilidade Líquidadas Vendas *

13,6% 11,1% 12,3% 11,9% 10,0% 14,3% 14,4% 13,8% 15,3% 11,5%

Rendibilidade dos Capitais Próprios *

16,0% 11,8% 14,0% 12,7% 10,9% 20,1% 20,5% 19,6% 23,6% 18,0%

Vendas / Capital Próprio 118,4% 106,3% 114,1% 107,0% 108,8% 140,7% 142,0% 141,8% 154,5% 157,0%

Passivo Total /Capital Próprio

131,0% 113,7% 110,5% 105,7% 104,6% 113,8% 114,6% 110,6% 124,7% 128,4%

Rendibilidade Operacional das Vendas *

28,7% 27,2% 25,1% 22,2% 21,2% 26,6% 36,4% 26,1% 29,4% 24,4%

Rendibilidade dosCapitais Investidos *

7,0% 5,7% 6,9% 6,3% 5,4% 9,6% 9,7% 9,5% 10,6% 8,0%

VAB / Tonelada Produzida (euros por tonelada)

180 168 160 138 127 181 192 180 223 178

Produtividade (mil euros por trabalhador) *

255 244 270 236 205 293 322 249 297 192

Capital Próprio / Ativo Total Líquido

43,8% 48,4% 49,1% 49,2% 49,5% 47,6% 47,4% 48,4% 45,0% 44,4%

VA

B/t

e V

AB

/co

lab

(m

il eu

ros)

O SETOR PASTA E PAPEL NA

REGIÃO CEPI E NO MUNDO

10


2

3º

2º

59,8%

produtor europeu de pastas químicas, com 9,7% do total

de taxa nacional de reciclagem de papel em 2018

produtor europeu de papel e cartão não revestido (UWF) com 17,9% do total

SETOR PASTA E PAPEL

3

10. O Setor Pasta e Papel na região CEPI e no MundoCom este capítulo pretende-se dar uma perspetiva geral do desenvolvimento das produções de produtos papeleiros na Europa e no Mundo e do posicionamento de Portugal num mercado cada vez mais global.

Baseia-se exclusivamente em informação disponibilizada pela Confederação Europeia da Indústria Papeleira (CEPI). Mais informação, para além da aqui publicada, está disponível em http://www.cepi.org/

10.1 Pastas para PapelEm 2019, registaram-se aumentos na produção de pastas químicas na Coreia do Sul e nos países que integram a CEPI. A China, cuja informação não especifica o tipo de pasta, registou um aumento de produção total de pasta.

Figura 10.1 – Variação da produção de pasta por tipo e país/região

Fonte: CEPI

Os países que compõem a CEPI, entre os quais se encontra Portugal, diminuíram em 0,7% a produção total de pasta face a 2018, para os 38,1 milhões de toneladas.

Em 2018, a CEPI representou 20,5% da produção e 23,4% do consumo mundial de pasta.

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10

Pasta mecânica e semi-química Pasta química Total

% 2

019/

2018

CEPI EUA (AF&PA) Canadá (PPPC) Japão (JPA) Coreia do Sul (KPMA) Brasil (IBÁ) China (CPA)


4

Figura 10.4 – Evolução da produção total de pasta na região CEPI, por País

Figura 10.2 – Produção de pasta por região

Figura 10.3 – Consumo de pasta por região

Fonte: CEPI

Fonte: CEPI (Nota: os dados mundiais de 2019 não se encontram disponíveis na altura desta edição, pelo que apenas é possível apresentar valores até

2018)

Os principais países europeus produtores de pasta são, de forma destacada, a Suécia e a Finlândia, com 31,7% e 30,0% do total, respetivamente.

0

5 000

10 000

15 000

20 000

25 000

30 000

35 000

40 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

100

0 t

Suécia Finlândia Portugal Alemanha Áustria Espanha Outros CEPI

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Ásia América do Norte

CEPI América Latina

Europa outros Mundo outros

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

América do Norte Ásia



0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Ásia América do Norte



0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

América do Norte Ásia



SETOR PASTA E PAPEL

5

0

5 000

10 000

15 000

20 000

25 000

30 000

35 000

40 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

100

0 t

Pasta química e outras Pasta mecânica e semi-química

Em 2019, Portugal manteve o 3º lugar europeu na produção de pasta, com 7,2% do total.Se considerarmos apenas as pastas químicas, uma vez que Portugal não produz pastas mecânicas, o nosso País é igualmente o 3º produtor europeu, com 9,7% da produção deste tipo de pasta.

Em 2019, 74,9% da produção europeia foram pastas químicas, o que representa um aumento de 1,4% face a 2018. As pastas mecânicas e semi-químicas representaram 25,1% da produção europeia e a sua produção diminuiu 6,0% face a 2018.

Figura 10.5 – Evolução da produção de pasta na região CEPI, por tipo

Figura 10.6 – Origem da pasta de mercado consumida na região CEPI

Fonte: CEPI

Fonte: CEPI

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2014 2015 2016 2017 2018 2019

CEPI Brasil EUA Chile Uruguai Canadá Rússia Outros


6

Cerca de metade da pasta de mercado consumida na região CEPI (49,8%) foi produzida nesta mesma região, sendo a restante originária do Brasil (23,0%), Uruguai (9,5%), EUA (7,3%), Chile (3,7%), Canadá (1,4%) e Rússia (1,2%).

Os países da região CEPI são importadores líquidos de pasta com um balanço negativo a rondar, nos últimos 10 anos, os 4,3 milhões de toneladas anuais.

As principais origens da pasta importada são a América Latina e a América do Norte, sendo a Ásia o principal destino da pasta exportada.

10.2 Papel e CartãoA análise da produção mundial em 2019, comparativamente a 2018, mostra que o papel de jornal e os papéis para usos gráficos registaram quebras em todas as regiões. Nos outros tipos de papéis, e em especial no Brasil, na China e na Coreia do Sul, registaram-se aumentos de produção face a 2018.

Figura 10.7 – Balanço comercial de pasta da região CEPI

Fonte: CEPI

-7 000

-6 000

-5 000

-4 000

-3 000

-2 000

-1 000

0

1 000

2 000

3 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

1000

t

Outros Europa América do Norte América Latina Ásia Resto do Mundo Total

SETOR PASTA E PAPEL

7

Figura 10.8 – Variação da produção de papel e cartão por tipo e país/região

Figura 10.9 – Produção de papel e cartão por região

Figura 10.10 – Consumo de papel e cartão por região

Fonte: CEPI


2018)

Os países que compõem a CEPI, entre os quais se encontra Portugal, registaram em 2019 uma quebra de produção total de 2,8% face ao ano anterior, para os 89,6 milhões de toneladas.

Em 2018, a CEPI representou 22,0% da produção e 18,4% do consumo mundial de papel.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

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100%

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Ásia CEPI

América do Norte América Latina


0%

10%

20%

30%

40%

50%

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80%

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2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Ásia CEPI



0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

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100%

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Ásia CEPI



0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Ásia CEPI



-8,1

-9,1

1,2

-2,3

1,5

-1,3

-4,3 -3

,1

-12,4

-13

,0

0,1

-6,5

-3,9

-0,6

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-10

,8

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0,0

-3,4

1,1

0,0

-8,8

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-5,1

1,6

0,3

-1,1

-1,8

-3,7 -2

,6

-12,6

-0,1

-17,9

5,3

-4,2

8,4

-1,6

-17,8

-4,1

6,2

2,4

0,0

2,8

-3,5

1,0

-1,3

3,6

0,7

3,4

5,5

16,5

3,2

P a p e l d e j o r n a l P a p é i s p a r a u s o s g r á f i c o s

P a p é i s p a r a u s o d o m é s t i c o e

s a n i t á r i o

W r a p p i n g s C a s e M a t e r i a l s O u t r o s p a p é i s e c a r t õ e s p a r a e m b a l a g e m

O u t r o s p a p é i s e c a r t õ e s

T o t a l% 2

019

/20

18


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,1

-12,4

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-4,5

-10

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-8,8

-6,5

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1,6

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-1,1

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-17,8

-4,1

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3,4

5,5

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3,2

P a p e l d e j o r n a l P a p é i s p a r a u s o s g r á f i c o s

P a p é i s p a r a u s o d o m é s t i c o e

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W r a p p i n g s C a s e M a t e r i a l s O u t r o s p a p é i s e c a r t õ e s p a r a e m b a l a g e m

O u t r o s p a p é i s e c a r t õ e s

T o t a l% 2

019

/20

18



8

Figura 10.11 – Evolução da produção de papel e cartão na região CEPI, por país

Fonte: CEPI

Nota-se uma alteração na distribuição do consumo mundial de papel, com a diminuição de representatividade, entre 2009 e 2018, da Europa e Estados Unidos da América e aumentos de todas as outras regiões.

Os principais países europeus produtores de papel e cartão são a Alemanha, a Finlândia e a Suécia, com 24,6%, 10,8% e 10,7% do total, respetivamente.

0

10 000

20 000

30 000

40 000

50 000

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2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

100

0 t

Alemanha Finlândia Suécia Itália França Espanha Portugal Outros CEPI

SETOR PASTA E PAPEL

9

Figura 10.12 – Evolução da produção por tipo de papel na região CEPI

Figura 10.13 – Origem do papel e cartão consumido na região CEPI

Fonte: CEPI

Fonte: CEPI

Em 2019, 54,3% da produção europeia de papel foram papéis para embalagem, que aumentou 0,6% face a 2018. Seguem-se os papéis para usos gráficos, que representam 26,8% do total e cuja produção diminuiu 9,3% em relação a 2018.

0

10 000

20 000

30 000

40 000

50 000

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100 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

100

0 t

Papéis para embalagem Papéis para uso gráfico Papel de jornal Papéis para uso doméstico e sanitário Outros papéis

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

CEPI Brasil EUA Canadá Rússia Outros


10

Figura 10.14 – Balanço comercial de papel da região CEPI

Fonte: CEPI

A maioria do papel consumido, em 2019, na região CEPI (92,7%) foi produzida nesta mesma região, sendo o restante originário dos EUA (1,6%), Rússia (0,8%), Canadá (0,5%) e Brasil (0,3%).

Os países da região CEPI são exportadores líquidos de papel, com um balanço positivo médio, nos últimos 10 anos, de 14,2 milhões de toneladas anuais.

Os principais destinos do papel produzido pelos países da região CEPI são os outros países europeus e a Ásia.

10.3 Papel para reciclarEm 2018, a recolha e a utilização de papel para reciclar no mundo fixaram-se nos 250,2 e 249,2 milhões de toneladas, respetivamente.

-3 000

0

3 000

6 000

9 000

12 000

15 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

100

0 t


-3 000

0

3 000

6 000

9 000

12 000

15 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

100

0 t


SETOR PASTA E PAPEL

11

Figura 10.15 – Recolha de papel para reciclar por região

Figura 10.16 – Utilização de papel para reciclar por região

Figura 10.17 – Taxa de reciclagem por região


2018)

Fonte: CEPI (Nota: os dados mundiais de 2019 não se encontram disponíveis na altura desta edição, pelo que apenas é possível apresentar valores

até 2018)

No geral, nota-se um aumento na taxa de reciclagem em todas as regiões, sendo na região CEPI onde, em 2018, se verifica o valor mais elevado (71,4%), seguida pela América do Norte com 67,8%.

Segundo a CEPI, a taxa de reciclagem de papel em Portugal situou-se nos 59,8% em 2018.

0%

10%

20%

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40%

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2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Ásia CEPI



0%

10%

20%

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60%

70%

80%

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100%

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Ásia CEPI



20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Portugal Ásia América do Norte América Latina África Total CEPI


12

Figura 10.18 - Balanço comercial de papel para reciclar da região CEPI

Fonte: CEPI

Os países da região CEPI são exportadores líquidos de papel para reciclar, com um balanço positivo médio, nos últimos 10 anos, a rondar os 8,0 milhões de toneladas anuais, sendo o principal destino a Ásia, mais concretamente a China.

-2 000

0

2 000

4 000

6 000

8 000

10 000

12 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

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0 t


GLOSSÁRIO

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GLOSSÁRIO

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CAPACIDADE - Valor anual teórico da

produção das máquinas, sem considerar as

condições de mercado.

CEPI - Confederation of European Paper

Industries.

CONSUMO DE PASTAS - Produção

Integrada de Pastas + Vendas no Mercado

Interno + Importações.

CONSUMO DE PAPEL E CARTÃO -

Produção + Importações - Exportações.

EXPLORAÇÃO FLORESTAL - Conjunto de operações necessárias

para a transferência do material lenhoso

produzido até ao local de transformação.

GRUPOS DE PAPÉIS RECUPERADOS, SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO DAS QUALIDADES EUROPEIAS DE PAPÉIS RECUPERADOS (EN 643) -Classe I - Categorias Misturadas: 1.01.00,

1.02.00, 1.03.00, 5.01.01, 5.02.00, 5.03.00,

5.03.01, 5.05.00, 5.05.01, 5.05.02, 5.11.00

Classe II - Cartão Canelado e Kraft: 1.04.00,

1.04.01, 1.04.02, 1.05.00, 1.05.01, 4.01.00,

4.01.01, 4.02.00, 4.03.00, 4.04.00, 4.05.00,

4.06.00,

4.07.00, 4.08.00, 5.04.00, 5.08.00, 5.12.00,

5.12.01, 5.13.00, 5.13.01

Classe III - Jornais e Revistas: 1.06.00,

1.06.01, 1.06.02, 1.07.00, 1.09.00, 1.11.00,

2.01.00, 2.02.00, 2.02.01

Classe IV - Categorias superiores: 2.03.00,

2.03.01, 2.04.00, 2.04.01, 2.05.00, 2.05.01,

2.06.00, 2.06.01, 2.07.00, 2.07.01, 2.08.00,

2.10.00,2.11.00, 2.12.00, 2.13.00, 2.14.00,

2.14.01, 3.01.00, 3.02.00, 3.03.00, 3.03.01,

3.04.00, 3.05.00, 3.05.01, 3.06.00, 3.08.00,

3.09.00, 3.10.00, 3.10.01, 3.11.00, 3.11.01,

3.12.00, 3.13.00, 3.14.00, 3.15.00, 3.15.01,

3.16.00, 3.16.01, 3.17.00, 3.18.00, 3.18.01,

3.18.02, 3.19.00, 3.20.00, 3.20.01, 5.05.03,

5.06.00, 5.06.01, 5.07.00, 5.07.01, 5.09.00,

5.10.00, 5.10.01, 5.14.00, 5.14.01

ICNF - Instituto da Conservação da

Natureza e das Florestas.

INE - Instituto Nacional de Estatística.

PASTA INTEGRADA - Pasta produzida

destinada diretamente à produção de papel

dentro da mesma unidade fabril.

PASTA PARA MERCADO - Pasta

destinada à venda em mercado aberto

nacional e estrangeiro.

PASTA MECÂNICA - Pasta

produzida triturando a madeira em fibras

relativamente curtas. Esta pasta é usada

principalmente para a produção de papel

de jornal.

PASTAS SEMI-QUÍMICAS - Pasta

produzida por um processo com duas

fases que envolve uma digestão parcial

com produtos químicos, seguida por um

tratamento mecânico, em refinador de

disco. Esta pasta é principalmente utilizada

na produção de folhas “fluting” para cartão

canelado.

GLOSSÁRIO

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PASTAS QUÍMICAS AO SULFITO - Pasta produzida pelo cozimento de estilhas

de madeira num ambiente pressurizado

na presença de licor de bissulfito. Os usos

finais incluem papel de jornal, papéis de

escrita, “tissues” e papéis de uso doméstico

e sanitário. Esta pasta pode ser branqueada

ou crua.

PASTAS QUÍMICAS AO SULFATO (OU KRAFT) - Pasta produzida pelo

cozimento de estilhas de madeira num

ambiente pressurizado na presença de um

licor de hidróxido de sódio (soda). Esta

pasta pode ser crua ou branqueada. Os

usos finais são muito numerosos, sendo a

pasta branqueada utilizada em particular

para papéis de usos gráficos, “tissues”

e cartolinas. A pasta crua é utilizada

geralmente para “liner”, para cartão

canelado, papéis de embrulho, papéis de

embalagem (sacos), envelopes e outros

papéis especiais não branqueados.

PASTAS SOLÚVEIS - Estas pastas

podem ser ao sulfito ou ao sulfato

branqueadas, intensamente refinadas

com um alto teor de fibras puras de

alfa-celulose. O seu uso final normal é

a produção de rayon, celofane, acetato,

explosivos, etc., e também usada para

fabrico de papéis especiais.

PAPEL PARA USOS GRÁFICOS NÃO REVESTIDO DE PASTA QUÍMICA (UWF) - Papel próprio para

impressão ou outros fins gráficos em que

pelo menos 90% das componentes fibrosas

consiste em fibras de pasta química. Estes

papéis podem ser fabricados a partir

de diversos componentes com níveis

variáveis de aditivos minerais e uma série

de processos de acabamento tais como

cortes, calandrização, “couché” e marcas

de água. Este tipo inclui a maior parte dos

papéis de escritório, como faturas e outros

formulários, papel de cópia de computador,

de caderneta e de livros. Papéis

pigmentados e normalizados “revestidos”

(com revestimento menor que 5 gramas por

face) estão incluídos neste grupo.

PAPEL PARA USOS GRÁFICOS REVESTIDO - Todos os papéis para

impressão e outros fins gráficos, revestidos

em um ou ambos os lados com minerais

tais como caulino, carbonato de cálcio, etc.

O revestimento pode ser feito nos vários

métodos, quer mecânicos, quer manuais

e pode ser suplementado por super-

calandrização.


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PAPÉIS SANITÁRIOS E DE USOS DOMÉSTICOS - Estes papéis incluem

uma larga gama de papéis tissue para

higiene utilizados em casas de habitação

ou instalações comerciais e industriais.

Exemplos são os papéis higiénicos,

tissues lenços faciais, lenços de bolso,

guardanapos, rolos de cozinha, toalhas e

papéis para limpar, usados na indústria.

Alguns “tissues” são também usados no

fabrico de fraldas para bebés, tampões,

etc. O material original bobinado é feito

de pasta virgem ou de fibras recuperadas

ou de mistura de ambas. É referido nas

estatísticas de produção pelo seu peso em

bobine antes da conversão em produtos

finais. No entanto, estatísticas do comércio

externo consideram dados quer em bobines

quer em produtos acabados.

PAPÉIS E CARTÕES PARA EMBALAGEM E EMPACOTAMENTO

- Papéis (cartolinas) e cartões usados

principalmente no fabrico de cartão

canelado. Eles são obtidos a partir

da combinação de fibras virgens ou

recuperadas e têm boas características

para dobrar, rigidez e possibilidade de

serem cortadas. São principalmente usadas

em caixas para produtos de consumo tais

como alimentos congelados e embalagens

para líquidos.

PAPEL PARA RECICLAR - Papel

e cartão recolhido e separado com a

finalidade de ser reciclado.

RECICLAGEM - Reprocessamento de

papéis recuperados num processo de

produção para o fim original ou outros fins,

incluindo a compostagem, mas excluindo a

recuperação de energia.

RECOLHA - Princípio da política de

gestão de resíduos, incluindo a reutilização,

a reciclagem de materiais, a reciclagem de

lixos orgânicos e a recuperação de energia

(assim como as exportações para fins

similares).

RESÍDUOS - Quaisquer substâncias ou

objetos de que o detentor se desfaz ou tem

a intenção ou a obrigação de se desfazer.

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Lisboa, setembro de 2020.

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