4
Edição Especial - Funcionários da Escola Plano já é realidade para os funcionários de escola do PR O dia 26 de agosto de 2008 en- trou, definitivamente, para a história dos educadores paranaenses. Após uma década de luta sem trégua da categoria, a Assembléia Legislativa do Paraná (Alep) finalmente aprovou, por unanimidade e sem emendas, o projeto de lei que criou o Plano de Carreira e Vencimentos dos Funcio- nários da Educação Básica da Rede Pública Estadual do Paraná. A segunda votação da proposta ocorreu no dia 27 e o projeto seguiu, então, para sanção do governador, que também deve sancionar o au- mento de 10% para o magistério. Fruto direto das negociações entre os educadores - organizadas pela APP-Sindicato - e o governo estadual, o plano beneficiará cerca de 15 mil trabalhadores. E os benefícios alcançados com a criação do mesmo são imediatos. Entre eles estão: criação do auxílio- transporte, que será em valores de Esta conquista histórica beneficia 15 mil trabalhadores da rede estadual de ensino Vitória! Funcionários conquistam plano de carreira Enquadramento – Com a aprovação do projeto de lei, os funcionários de escola que hoje pertencem ao Quadro Próprio do Poder Executivo (QPPE) serão enquadrados, automaticamente, no novo plano de carreira nas funções de Agente Educacional I e II. Obs: Para aqueles que quiserem permane- cer sob as regras do QPPE, será dado um prazo de 60 dias para requerer a volta ao mesmo. hoje R$ 188,80 para todos; o direito a gratificação de período noturno, que significará um acréscimo de 26/08/08 - Aprovação do plano na Assembléia Legislativa Foto: Guilherme Artigas Foto: Guilherme Artigas Encontro Estadual dos Funcionários - junho de 2008 Várias mobilizações foram realizadas para que o plano de carreira se tornasse uma realidade. Entre elas, três marchas de Ponta Grossa a Curitiba. Confira esta e outras matérias em nosso site: www.app.com.br 20% sobre as horas trabalhadas após as 18h00. Para quem atua como secretário(a) de escola, uma gratificação no valor de R$ 283,20 (veja outros avanços no box da pá- gina 2). Além desses avanços, lembra o secretário de Funcionários da APP, José Valdivino de Morais, a principal conquista obtida com o plano é a consolidação da carreira. “O plano consolida um processo de valori - zação que inicia pelo ingresso do funcionário, através de um concurso público; pela sua efetivação; por bons salários e, obrigatoriamente, pelo seu reconhecimento enquanto profissional com formação específi- ca”, destaca.

New Edição Especial - Funcionários da Escola Vitória!sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/30... · 2013. 7. 8. · Edição Especial - Funcionários da Escola Plano

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: New Edição Especial - Funcionários da Escola Vitória!sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/30... · 2013. 7. 8. · Edição Especial - Funcionários da Escola Plano

Edição Especial - Funcionários da Escola

Plano já é realidade para os funcionários de escola do PR

O dia 26 de agosto de 2008 en-trou, definitivamente, para a história dos educadores paranaenses. Após uma década de luta sem trégua da categoria, a Assembléia Legislativa do Paraná (Alep) finalmente aprovou, por unanimidade e sem emendas, o projeto de lei que criou o Plano de Carreira e Vencimentos dos Funcio-nários da Educação Básica da Rede Pública Estadual do Paraná.

A segunda votação da proposta ocorreu no dia 27 e o projeto seguiu, então, para sanção do governador, que também deve sancionar o au-mento de 10% para o magistério. Fruto direto das negociações entre os educadores - organizadas pela APP-Sindicato - e o governo estadual, o plano beneficiará cerca de 15 mil trabalhadores.

E os benefícios alcançados com a criação do mesmo são imediatos. Entre eles estão: criação do auxílio-transporte, que será em valores de

Esta conquista histórica beneficia 15 mil trabalhadores da rede estadual de ensino

Vitória!Funcionários conquistam plano de carreira

Enquadramento – Com a aprovação do projeto de lei, os funcionários de escola que hoje pertencem ao Quadro Próprio do Poder Executivo (QPPE) serão enquadrados, automaticamente, no novo plano de carreira nas funções de Agente Educacional I e II.

Obs: Para aqueles que quiserem permane-cer sob as regras do QPPE, será dado um prazo de 60 dias para requerer a volta ao mesmo.

hoje R$ 188,80 para todos; o direito a gratificação de período noturno, que significará um acréscimo de

26/08/08 - Aprovação do plano na Assembléia Legislativa

Foto

: Gui

lher

me

Artig

as

Foto

: Gui

lher

me

Artig

as

Encontro Estadual dos Funcionários - junho de 2008

Várias mobilizações foram realizadas para que o plano de carreira se tornasse uma realidade. Entre elas, três marchas de Ponta Grossa a Curitiba.

Confira esta e outras matérias em nosso

site: www.app.com.br

20% sobre as horas trabalhadas após as 18h00. Para quem atua como secretário(a) de escola, uma

gratificação no valor de R$ 283,20 (veja outros avanços no box da pá-gina 2).

Além desses avanços, lembra o secretário de Funcionários da APP, José Valdivino de Morais, a principal conquista obtida com o plano é a consolidação da carreira. “O plano consolida um processo de valori-zação que inicia pelo ingresso do funcionário, através de um concurso público; pela sua efetivação; por bons salários e, obrigatoriamente, pelo seu reconhecimento enquanto profissional com formação específi-ca”, destaca.

Page 2: New Edição Especial - Funcionários da Escola Vitória!sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/30... · 2013. 7. 8. · Edição Especial - Funcionários da Escola Plano

Jornal 30 de Agosto

Edição Especial

Setembro 200802

Diferenças entre o plano e o QPPE comprovam a evolução da carreiraVitória! Funcionários conquistam plano de carreira | Como era e como será a partir de agora

O projeto do plano aprovado pela Assembléia Legislativa declara como objetivo o “aperfeiçoamento profis-sional contínuo e a valorização do funcionário mediante remuneração digna e, por conseqüência, a melhoria do desempenho e da qualidade dos serviços prestados à população”.

O plano, que traz o desenvolvi-mento na carreira centrado na esco-laridade, define uma nova estrutura de cargos: agente educacional I, que compreende as funções do atual agen-te de apoio (limpeza e manutenção e alimentação escolar) e agente educa-cional II (que hoje são os agentes de execução, que atuam nas secretarias e bibliotecas).

Rememorando como a carreira dos funcionários de escola se es-truturou nas últimas décadas, vale lembrar que muitos são originários

do concurso de 1985. Na época, o ingresso se deu no Quadro Geral do Estado (QGE), instituído pela lei 7.424, de 17 de dezembro de 1980. Estes funcionários não tinham uma carreira, e o único mecanismo de avanço era uma progressão de referência a cada cinco anos, que representava uma diferença de salários de 5%. A maioria que se aposentou neste quadro não conseguia chegar ao final da tabela, que era de 11 referências para cada cargo.

A partir de 5 de julho de 2002, o Estado do Paraná instituiu o primeiro plano de carreira, cargos e vencimen-tos para os fun -cionários públicos estaduais, assim os servidores de todas as secreta-rias do Estado, bem como os funcioná-rios da educação, passaram para este quadro. Os diversos cargos que existiam no antigo QGE foram aglutinados em: agente de apoio, agente de execução e agente profissional.

Pelo QPPE, a promoção do fun-cionário estável ocorreria de quatro em quatro anos. Assim, o primeiro enquadramento se deu em julho de

2002 e, nas disposições transitórias, determinou-se que a primeira pro-moção e progressão aconteceriam 12 meses após o enquadramento a agente de execução. No caso dos agentes de apoio, 18 meses após o enquadramento. Seguindo esta regra, a primeira promoção ocorreu, pela lei, em julho de 2003 para o agente de execução.

As demais estavam previstas para julho de 2007, julho de 2011 e assim sucessivamente, sempre de quatro em quatro anos. Para o agente de apoio, a promoção ocorreu, pela lei, em janeiro de 2004. As seguintes es-tariam previstas para janeiro de 2008, janeiro de 2012, repetindo-se também num período de quatro em quatros anos. Mas estas datas não foram res-peitadas, o que levou a APP a entrar na justiça cobrando a realização das

promoções e também dos respectivos retroativos.

Exemplos - Agora, com aprovação deste projeto, os funcionários têm um plano de carreira na educação, sendo assim reconhecidos como educadores. Para perceber a diferença na evolução na carreira, vejamos um exemplo. Pen-semos numa funcionária de escola que ingressou no último concurso público, em 2007, como agente de apoio (que agora migrará no novo plano para o cargo de Agente Educacional I). Ela tem formação de nível médio e, também, no Profuncionário, além de trabalhar no

período noturno. Neste caso,

esta servidora poderá optar, em janeiro de 2009, por uma das duas formas de avanço disponíveis no seu caso: a formação em Ensino Mé -dio – que significa sete classes – ou

Profuncionário – que significa seis classes. O salário desta funcionária, que é de R$ 629,34, com o avanço passará para – no caso dela optar pelo Ensino Médio – R$ 848,13. Em agosto do mesmo ano, acontecerá a primeira progressão. Ela poderá, então, avan-çar até duas classes: uma por curso

QPPE X plano de carreira: veja as diferenças

Ingresso: mediante aprovação em concurso público.

Estruturação dos cargos: agente de apoio, agente de execução e agente profissional.

Estágio probatório: não pode avançar, mesmo aqueles que já têm tempo de trabalho no Estado superior a três anos.

Progressão: até quatro classes, de quatro em quatro anos. Ela vai considerar: tempo de serviço, avaliação de desempenho e titulação. As regras são as mesmas para os agentes de apoio e de execução.

Promoção: ocorrerá a cada quatro anos, no mes-mo cargo, desde que existam vagas no próximo nível. Atualmente, o quadro de vagas está assim: Agente de apoio - Nível III: 9.864 vagas / Nível II: 3.035 vagas / Nível I: 2.276 vagas; Agente de Execução – Nível III: 15.961 vagas / Nível II: 4.911 vagas / Nível I: 3.684 vagas. Além disso, só pode mudar de nível após ava-liação de títulos, ter um tempo mínimo de dois anos na classe e na função e somente após o estágio probatório.

Vale-transporte: são fornecidos dois vales por dia, desde que o município tenha transporte coletivo, o funcionário receba até três salários mínimos e não more próximo à escola, portanto, nem todos recebem.

Gratificações: • Secretário(a): recebe uma gratificação de R$ 5,63

Ingresso: mediante aprovação em concurso público.

Estruturação dos cargos: define uma nova estrutura de cargos:

• agente educacional I, que compreende as funções do atual agente de apoio e cria as funções de: manutenção de infra-estrutura escolar e preservação do meio ambiente; alimentação escolar e interação com o educando. • agente educacional II, que hoje são os agentes de execução. As funções criadas para este cargo são: administração escolar e operação de multimeios escolares.

Estágio probatório: pode avançar na carreira desde que tenha 3 ou mais anos de serviço como efetivo Paraná Educação, Clad (CLT) e Adeja.

Progressão: no intervalo de cada dois anos, o funcionários poderá progredir até duas classes, sendo uma correspondente a avaliação de desempenho e outra relacionada a atividade de qualificação e capacitação (com no mínimo de 40 horas). A progressão ocorrerá, de dois em dois ano, no mês de agosto. Promoção: a primeira promoção acontecerá no mês de janeiro de 2009, mediante: grau de escolaridade e formação profissional.

• Agente Educacional I – pode optar por avançar sete classes ao completar o en-sino médio ou seis classes ao completar o Profuncionário ou formação profissional na Área 21• Agente Educacional II – pode optar por avançar seis classes ao completar o Profun-cionário ou formação profissional na Área 21, ou cinco ao concluir o curso superior.• De uma promoção para outra tem que respeitar o intervalo de um ano.• Não poderá ser utilizado o mesmo título para mais de uma forma de avanço na car-reira, seja promoção ou progressão.

Auxílio Transporte: corresponde a 20% sobre o vencimento inicial, classe 1, do cargo Agente Educacional II. Em valores de hoje, isso cor-responde a R$ 188,80, e será fornecido para todos, independente da forma de contrato ou salário.

Gratificações:•Diretor ou diretor-auxiliar: no exercício da função de diretor ou diretor auxiliar, com valor igual ao recebido pelo professor da rede estadual de Educação Básica• Secretário(a): valor equivalente a 30% do vencimento inicial, classe 1, nível I, do cargo de agente educacional II. Hoje, corresponde a R$ 283,20• Período Noturno: para o funcionário que trabalhar no período noturno, com valor de 20% sobre as horas trabalhadas a partir das 18h00, considerando-se para o cálculo da gratificação o valor correspondente ao nível e à classe em que se encontra na carreira

QPPE Plano de carreira

Funcionária exercendo seu trabalho

Foto

: Gui

lher

me

Artig

as

Na foto, exemplo de empenho e dedicação

Foto

: Gui

lher

me

Artig

as

Foto

: Gui

lher

me

Artig

as

A Agente de Apoio é agoraAgente Educacional I

Page 3: New Edição Especial - Funcionários da Escola Vitória!sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/30... · 2013. 7. 8. · Edição Especial - Funcionários da Escola Plano

Jornal 30 de Agosto

Edição Especial

Setembro 2008 03

Diferenças entre o plano e o QPPE comprovam a evolução da carreiraComo era e como será a partir de agora | Vitória! Funcionários conquistam plano de carreira

(de no mínimo 40 horas) e outra por avaliação de desempenho. O salário passa, então, para R$ 880,36.

Em janeiro de 2010, essa servido-ra poderá fazer a segunda promoção, o que representará mais seis classes na carreira e o salário aumentará para R$ 1.101,15. E mais: ela já estará rece-bendo, a partir de setembro de 2008, o auxílio-transporte de R$ 188,80 e, como trabalha no período noturno, entre às 18h00 e 22h00, mais 20% sobre estas horas (considerando-se para o cálculo da gratificação o valor correspondente ao nível e à classe em que se encontra na carreira). Assim,

PLANO garante melhorias para salários e carreira

123456789

101112131415161718192021222324252627282930313233343536

123456789

101112131415161718192021222324252627282930313233343536

R$ 629,34R$ 653,25R$ 678,08R$ 703,85R$ 730,59R$ 758,35R$ 787,17R$ 817,08R$ 848,13R$ 880,36R$ 913,82R$ 948,54R$ 984,59R$ 1.022,00R$ 1.060,84R$ 1.101,15R$ 1.142,99R$ 1.186,43R$ 1.231,51R$ 1.278,31R$ 1.326,88R$ 1.377,30R$ 1.429,64R$ 1.483,97R$ 1.540,36R$ 1.598,89R$ 1.659,65R$ 1.722,72R$ 1.788,18R$ 1.856,13R$ 1.926,66R$ 1.999,88R$ 2.075,87R$ 2.154,76R$ 2.236,64R$ 2.321,63

R$ 944,01R$ 979,88R$ 1.017,12R$ 1.055,77R$ 1.095,89R$ 1.137,53R$ 1.180,76R$ 1.225,63R$ 1.272,20R$ 1.320,54R$ 1.370,72R$ 1.422,81R$ 1.476,88R$ 1.533,00R$ 1.591,25R$ 1.651,72R$ 1.714,49R$ 1.779,64R$ 1.847,26R$ 1.917,46R$ 1.990,32R$ 2.065,96R$ 2.144,46R$ 2.225,95R$ 2.310,54R$ 2.398,34R$ 2.489,48R$ 2.584,08R$ 2.682,27R$ 2.784,20R$ 2.890,00R$ 2.999,82R$ 3.113,81R$ 3.232,13R$ 3.354,95R$ 3.482,44

Agente Educacional I Agente Educacional IIClasse ClasseNível Nível

em 2010, considerando os valores de hoje, esta funcionária estará receben-do: R$ 1.400,06 e estará enquadrada na classe 16. No QPPE, ela só poderia ter avanço em 2011 e só teria direito ao avanço de até quatro classes.

Outro exemplo, seria de uma funcionária que ingressou no último concurso de 2006 no cargo de agente de execução (e que, no novo plano, passa a ser enquadrado como Agente Educacional II). Esta exerce a função de secretária da escola. No caso dela, que tem ensino superior e termina o Profuncionário em dezembro deste ano, a primeira promoção da carreira

O plano de carreira consolida a valorização dos funcionários de escola que, na história da educação brasilei-ra, se constituíram de uma forma su-balterna - muitas vezes tratados como apoio ou auxiliares-, numa situação de invisibilidade na educação. No entan-to, este é um segmento que desenvol-ve um trabalho primordial, tendo em vista que, sem eles, o processo educa-cional não aconteceria nas unidades de ensino. Assim, o plano confirma um processo de valorização.

Além do mais, é importante en-xergar o grande avanço alcançado com a criação da área profissional 21, bem como com a formação oferecida hoje, pelo Estado e pelo Ministério da

Plano reforça identidade dofuncionário enquanto educador

A importância do plano

Educação (MEC), através do Profuncio-nário e de outros cursos que podem ser apresentados como de modali-dade presencial. Para o secretário de Funcionários da APP, José Valdivino de Morais, estes pontos foram estra-tégicos.

“Através do Profuncionário, por exemplo, conseguimos convencer o governo e a sociedade que por inter-médio de uma formação específica vamos incrementar nossa participação no processo educacional. Consequen-temente, isto resultará em melhorias para a qualidade da educação, supe-rando uma visão meramente burocrá-tica e avançando para um conceito de profissional da área”, avalia.

Novos desafios – Apesar das recentes conquistas, a categoria deverá, a partir de agora, centrar forças em outros desafios. Segundo a Secretaria de Funcionários da APP, são eles:

* A ampliação de vagas para a formação específica dos funcionários de escola.* O chamamento, e posse, dos aprovados no concurso público 2006/2007.* A criação da área profissional de nível superior, que hoje está sendo en-caminhada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e pelo Ministério da Educação (MEC). Este último, por sinal, tem como prerrogativa solicitar ao Conselho Nacional de Educação a criação da grade curricular do curso.* Continuar na luta pela aprovação do projeto de lei 6.206/2005 (que visa reconhecer os funcionários de escola na Lei de Diretrizes e Bases da Edu-cação Nacional), que tramita no Senado, para a última votação. * Contemplar os funcionários nas diretrizes nacionais de carreira. Isto signi-fica a aprovação do projeto de lei 2.592/03, de autoria de Carlos Abicalil.* Extensão do piso salarial profissional nacional (PSPN) aos funcionários de escola, com regulamentação através do artigo 206 da Constituição Federal.* Garantir que a data-base, instituída em 1º de maio, seja respeitada.

acontecerá em janeiro de 2009. Ela também poderá optar pelo avanço pela graduação ou Profuncionário. Se optar pelo último, irá avançar seis classes e seu salário passará de R$ 944,01 para R$ 1.180,76.

Em agosto, ela também terá a progressão de até duas classes: que pode ser por curso (de no mínimo 40 horas) e outra por avaliação de desempenho. O salário passa, então, para R$ R$ 1.272,20. Em janeiro de 2010, ela fará a segunda promoção, quando poderá usar o curso superior, avançando, então, mais cinco classes. O salário passa a ser R$ 1.533,00.

Como ela é secretária, já recebe, a partir de setembro deste ano, R$ 283,20, mais o auxílio-transporte no valor de R$ 188,80. Como também tra-balha no período noturno, tem direito aos 20% sobre as horas trabalhadas a partir de 18h00, sempre considerando, para o cálculo da gratificação, o valor correspondente ao nível e a classe em que se encontra na carreira. Portanto, o salário dela em 2010, quando ela te-ria o primeiro avanço no QPPE (que se-ria de no máximo quatro classes). Em valores de hoje isto corresponde a R$ 2.160,30. Se permanecesse no QPPE, o seu salário seria R$ 1.083,26.

Page 4: New Edição Especial - Funcionários da Escola Vitória!sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/30... · 2013. 7. 8. · Edição Especial - Funcionários da Escola Plano

Jornal 30 de Agosto

Edição Especial

Setembro 200804

EXPEDIENTE

APP-Sindicato - Filiada à CUT e à CNTE - Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná - Rua Voluntários da Pátria, 475, 14º andar, CEP 80.020-926, Curitiba, Paraná - Fone (41) 3026-9822, Fax (41) 3222-5261 www.app.com.br • Presidente: José Rodrigues Lemos; Sec. Imprensa e Divulgação: Luiz Carlos Paixão da Rocha. Jornalistas: Andréa Rosendo (4962-PR), Edianês Vieira (7704-RS) e Valnísia Mangueira (893-SE) - Projeto Gráfico: Rodrigo Augusto Romani - Impressão: Gráfica World Laser - Tiragem: 10 mil exemplares.

Gestão Independência, Democracia e Luta - 2005-2008José Rodrigues Lemos - Presidente • Idemar Vanderlei Beki- Secretaria Geral • Saionara Cristina Bocalon - Secretaria de Finanças • Janeslei A. Albuquerque- Secretaria Educacional • José Valdivino de Moraes - Secretaria de Funcionários • Miguel Angel Alvarenga Baez -Secretaria de Políticas Sindicais • Élide Bueno - Sec. Adm. e Patrimônio • Edilson Aparecido de Paula - Secretaria de Municipais • Luiz Carlos Paixão da Rocha - Sec. Imprensa e Divulgação • Sérgio Marson - Secretaria de Assuntos Jurídicos • Sabina da Silva Turbay - Secretaria de Aposentados • Silvana Prestes Rodacoswiski - Secretaria de Políticas Sociais • Marlei Fernandes de Carvalho - Secretaria de Organização • Maria Madalena Ames - Sec. de Formação Sindical • José Ueldes Camilo - Secretaria de Sindicalizados

Vitória! Funcionários conquistam plano de carreira | Breve histórico

O esforço pela instituição de um plano de carreira para os funcionários de escolas não começou de agora. Há pelo menos dez anos - desde a unificação entre Sinte/PR e APP-Sin-dicato - que este processo vem sendo construído. Inicialmente, o movimento era para a criação de um plano único para funcionários e professores. No entanto, em 2003, com a aprovação de um plano para o magistério, a luta foi desvinculada e passou-se, então, a ser elaborado uma proposta para os funcionários de escola.

Em 2004, este trabalho ficou sob a responsabilidade de uma comissão mista, formada por membros do sin-dicato e da Secretaria de Estado da Educação (Seed). Na época, a propos-ta elaborada não foi apresentada ao governador. Como alternativa, a APP

Uma década de luta pelo plano de carreira

Na jornada pela criação do plano, diversa mobilizações foram marcan-tes. Entre elas destaca-se a segunda ‘Marcha pela Educação’, que teve como principal mote a defesa da instituição do plano para os funcionários de escola. A atividade ocorreu em 2005, com saída de Ponta Grossa rumo a Curitiba.

No mesmo ano, a direção sindical visitou dois Estados em busca de subsídios para fortalecer a luta pela instituição do plano: Rio Grande do Sul e Mato Grosso. A experiência da profissionalização e a consistência jurídica de enquadramento na educação, principalmente do Estado do Rio Grande do Sul.

Outras duas marchas realizadas nos anos de 1999 e 2006, também reforçaram a luta pelo plano, apesar de terem uma pauta mais ampla, que tratava, entre outros itens, da equiparação salarial e do plano de carreira dos professores.

Momentos importantes

Foto

: Gui

lher

me

Artig

as

Concentração na Praça Santos Andrade

levou a mesma à Assembléia Legisla-tiva do Estado, onde ela foi aprovada. No entanto, quando encaminhada ao governador Roberto Requião, o texto foi vetado. De qualquer forma, a entidade encarou a estratégia como importante, pois permitiu que o gover-nador conhecesse o plano.

Três anos depois, em 2007, a discussão da construção do plano foi retomada ainda com mais força. O resultado foi que em 17 de dezembro do mesmo ano, durante a formatura de 38 turmas do Profuncionário no Paraná – a primeira do Brasil -, após a intervenção da APP, o governador do Estado anunciou publicamente que sua gestão iria implantar um plano de carreira para os funcionários da rede pública estadual de ensino. Na oca-sião, Requião determinou um prazo de

seis meses para que uma comissão mista – nos moldes da que funcionou em 2005 – redigisse a proposta.

Com este prazo em vista, a dire-ção da APP participou, só em 2008, de uma série de reuniões e atuou exaus-tivamente no processo de construção da proposta. Além disso, em junho deste ano, a entidade realizou o III En-contro Estadual de Funcionários(as) de Escola. Na oportunidade, os mais de 600 participantes puderam conhecer melhor o projeto, opinar sobre o mes-mo e sugerir melhorias. O resultado de todo este debate foi levado à mesa de negociação com o governo e o en-

tendimento obtido foi condensado na proposta aprovada pela Assembléia no dia 26 de agosto.

III Marcha estadual dos Trabalhadoresem Educação

Acima, algumas imagens que marcaram a trajetória de lutas e conquistas da categoria.