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Edicao especial 35 anos do Hospital do Coracao HCor

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Apenas três décadas e meia foram suficien-tes para que o Hospital do Coração - HCor, se tornasse referencia nacional no tratamento

cardiológico. A Instituição que nasceu das mãos da co-munidade árabe hoje atende mais de 40 especialidades com o mesmo empenho das patologias cardíacas. Como diz o superintendente corporativo, Antonio Carlos Kfouri, “Estamos caminhando para ser um hospital geral”.

O HCor – Hospital do Coração, possui Certificado de Acreditação da Joint Commission International, com foco no setor de cardiologia e medicina do esporte. Nes-ta edição iremos destacar o Instituto de Ensino e Pes-quisa (IEP), dirigido pelo Dr. Otávio Berwanger, Diretor do IEP do Hospital do Coração que tem como diferencial o desenvolvimento, execução e publicação de pesquisas clínicas inéditas nacionais e internacionais de larga es-cala. Na área de esportes e medicina preventiva o HCor oferece um programa de Sport Check-up.

Nesta edição iremos mostrar o que fizeram e ainda fazem o HCor ser referencia em cardiologia filantropia e tecnologia em aparelhos diagnósticos, tornando o hospi-tal não só um trabalho, mas um ideal e parte de suas vi-das como poderemos ver nas entrevistas realizadas com os doutores Adib Jatene, Antonio Carlos Kfouri e Luiz Henrique de Almeida Mota.

Ainda nesta edição estamos lançando uma nova seção “PERFIL” que trará sempre um expoente da me-dicina. neste número focalizado é o Dr. José Eduardo de Sousa, pesquisador emérito em ciencias médicas e he-modinamica. Agradecemos a todos e aguardamos sua correspondência com criticas e sugestões sobre o tra-balho realizado.

Boa leitura.

Os Editores

EDITORIAL

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Volume XV - Nº 34 - 2011

Panorama Atual da Cardiologiano Brasil e no Mundo

Conselho Editorial

Presidente:Dr. Mário F. de Camargo Maranhão

Conselheiros:Dr. Armênio GuimarãesDr. Fabio FernandesDr. Evandro Tinoco MesquitaDr. Jorge Pinto RibeiroDr. Michel BatlouniDr. Miguel Barbero MarcialDr. Nabil Ghorayeb

Uma publicação:Lúcida Artes Gráficas LtdaRua Dra. Maria Augusta Saraiva, 7404545-060 Vl. Olimpia São Paulo SP11-3349-1768 / 3849-2137E-mail: [email protected]

Diretor - Editor ResponsávelDr. J. Márcio da S. Araú[email protected]

Depto ComercialGilberto Cozzuol

AdministraçãoYvete Togni

CirculaçãoVanessa Patricia da Silva

Redação Cassiana Zanini

Agradecimento: Textos e FotosAssessoria de Imprensa do

Hospital do Coração - HCor

As opiniões expressasou artigos assinados são

de responsabilidadedos autores.

06.........................Entrevista Prof. Dr. Adib Domingos Jatene

10............................Cardio News Notícias

18...................Matéria de Capa Especial 35 anos do Hospital do Coração - HCor

42.............................Artigo OprojetodoCoraçãoArtificial Auxiliar (CAA) Eng. Aron José Pazin de Andrade

48 .........Artigo Dr. Mario F. de Camargo Maranhão

50 .........Opinião A mercantilização da Saúde

52........Direitos Sigilo médico...

54.....................Perfil Prof. Dr. José Eduardo Moraes Rego Sousa,

SumárioExpediente

Dr. Adib Jatene

Dr. Antonio C. Kfouri

Dr. Luiz H. Mota

Dr. Otávio Berwanger

Dr. Eduardo Sousa

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Adib Domingos Jatene (Xapuri, 4 de junho de 1929) é um médico (cirurgião toráci-co), professor universitário e cientista brasileiro.

Filho de imigrantes ára-bes, formou-se em medicina na Universidade de São Pau-lo, onde viria se tornar de-pois, professor.

Conhecido e respeitado internacionalmente, além das dezenas de inovações no meio médico, como inven-tor de uma cirurgia do cora-ção, que leva seu nome, para tratamento da transposição das grandes artérias em ré-cem-nascidos, e do primeiro coração-pulmão artificial doHospital das Clínicas. Tra-balhou com o professor Eury-clides de Jesus Zerbini.

Jatene foi secretário estadual de Saúde no governo Paulo Maluf e duas vezes ministro da Saúde, durante o Governo Collor e, a última delas, no governo de Fernando Henrique Cardoso. É membro da Academia Nacional de Medicina.

Dosfilhos,trêstambémtemgrandedestaquenamedicinacardiotorácicabrasilei-ra e mundial: Fabio Jatene (nasceu em São Paulo, 5 de março de 1955), Ieda Jatene (nasceu em Uberaba, 9 de junho de 1956) e Marcelo Jatene (nasceu em São Paulo, 9 de outubro de 1961).

Prof Dr. Adib Domingos Jatene

Entrevista

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Newcor - O Sr. nasceu em Xapuri, no Acre, poderia nos falar um pouco de sua história

Dr. Adib Jatene - Eu nasci em Xapuri, filho de imigrantes libaneses. Meu pai, com espírito pioneiro, estabeleceu-se no Acre como comerciante que aviava seringais. Perdi meu pai vítima de uma hepatite fulminante, quando voltava de viagem aos seringais. Minha mãe viúva aos 28 anos, com quatro filhos, sendo eu o mais novo, decidiu-se a educar os filhos mantidos como modesta comerciante. Em 1939, quando todos já tinhamos terminado o curso primário, veimos para Uber-lândia onde cursei o ginásio e o primeiro científico, vindo em 1946 para São Paulo, terminan-do o colegial no Colégio Bandei-rantes e, em 1948, ingressei na Faculdade de Medicina da USP, graduando-me em 1953. Desde estudante trabalhei com o Prof. Zerbini, com quem fiquei por 11 anos, com intervalo de dois anos e meio quando trabalhei em Uber-aba, onde construi meu primeiro modelo de coração-pulmão artifi-cial e fui professor de Anatomia Topográfica na Faculdade Federal de Medicina do Triângulo Mineiro.

Newcor - Quais são, em sua opinião, as áreas mais promis-soras da Medicina? Como é, atu-almente, a carreira em cardiolo-gia? E quais são as perspectivas profissionais de um cardiologista recém-formado?

Dr. Adib Jatene - Medicina é profissão peculiar, pois possui inúmeras áreas de atuação, to-das atrativas. Hoje temos 54 es-

pecialidades reconhecidas pelo CFM. Como a expectativa de vida já chega próxima dos oitenta anos, são as especialidades liga-das aos idosos como geriatria, cardiologia e oncologia as que oferecem, a longo prazo, maiores oportunidades. Também as áreas que utilizam a alta tecnologia., para imagem e áreas onde existe falta de especialistas. Entretanto, sempre serão atrativas a área de clínica médica capaz de atender as pessoas sem usar a alta tec-nologia recuperando o médico de família. Cardiologia é especiali-dade que exige formação depois de terminado o curso, de pelo me-nos um período adicional de qua-tro anos em residência de clínica médica e de cardiologia, e se desejar se especializar em áreas específicas como hemodinâmica, arritmias, etc., pelo menos mais dois anos.

Newcor - Recentemente a televisão denunciou o caos do atendimento médico no interior do Brasil. O Senhor já tinha essa preocupação desde quando era Ministro. Existe solução para esse problema?

Dr. Adib Jatene - O caos do atendimento no interior deve-se, entre outros fatores, aos baixos valores pagos pelo SUS, que impedem aos hospitais lo-cais, a maioria Santas Casas, de atender convenientemente a clientela SUS. Apenas para avaliar a perda financeira, basta citar que a consulta médica que

“O ensino médicoestá a exigir uma

reformulação desde o padrão

de ensino em mui-tas escolas, a dis-tribuição aleatória

de faculdadespelo País, que de

82 em 1996 já ultra-passa as 180 nos

dias de hoje.”

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o INAMPS pagava na década de 60, valia 5 vezes mais que o valor pago hoje pelo SUS,e esse nível de perda é de, praticamente, todo o atendimento.

Newcor - Como está o panorama geral do ensino médico no País?

Dr. Adib Jatene - O ensino médico está a exigir uma reformulação desde o padrão de ensino em muitas escolas, a distribuição aleatória de faculdades pelo País, que de 82 em 1996 já ultrapassa as 180 nos dias de hoje. A formação também é inadequada, com promoção de especialistas antes do exercício mínimo de atendimento da população, que exige um médico clínico que o acompanhe.

Newcor - Como HCor entrou na sua vida? Fale-nos um pouco sobre o HCor?

Dr. Adib Jatene - O HCor entrou na min-ha vida quando os Drs. Alberto Chap Chap e Fauze Carlos me levaram à presença de D. Nabiha Abdala Chofi, que planejava construir um hospital para tratamento da tuberculose e doenças pulmonares em São Paulo como extensão do Sanatório Sírio, que a Associa-ção, por ela dirigida, mantinha em Campos do Jordão. Já estava praticamente construída a estrutura de concreto quando, graças a novos medicamentos, a tuberculose passou a ser tratada ambulatorialmente com sucesso.

Após discutirmos por várias vezes, com participação de seu filho Sérgio, do engenhei-ro Antonio Carlos Kfouri e do cirurgião Luiz Carlos Bento de Souza, que trabalhava comi-go, decidimos construir um hospital dedicado às doenças cardiovasculares, que diante do avanço da cirurgia e da hemodinâmica era, no nosso entender, uma lacuna que precisava ser corrigida em São Paulo. Ainda não existia o InCor, que só foi inaugurado dois anos depois da inauguração do HCor, em 1976.

O HCor iniciou com uma unidade de 100 leitos, no nº 127 da Desembargador Eliseu Guilherme, seguido pela construção do Centro de Diagnóstico, na esquina com a Rua Abílio Soares. Após aquisição de duas residências, entre o Centro de Diagnósticos e o primeiro bloco, construímos o Bloco II, que represen-tou ampliação significativa. Seguem-se a aquisição do prédio de consultórios na Abílio Soares e a construção do prédio do hospital-dia, na Rua Bernardino de Campos. Atual-mente, onde existia um conjunto de casas, em frente ao Bloco I, que foi adquirido pelo hospital, está sendo erguido Bloco III, que aumentará a capacidade atual de 250 para quase 300 leitos.

Newcor - Há mais alguma coisa que o senhor gostaria de dizer aos nossos leitores?

Dr. Adib Jatene - Apenas que o HCor mantém uma Residência Médica em Cardio-logia, e nas especialidades de Clínica e de Cirurgia Cardíaca, reconhecidas pelo MEC.

No último concurso para o título de es-pecialista da Sociedade Brasileira de Cardio-logia, com índice de aprovação de 32%, todos os nossos residentes que prestaram o con-curso foram aprovados. Esse índice de 100% consolida a qualidade do ensino. Nosso Centro de Ensino e Pesquisa tem obtido sucesso em congressos internacionais da especialidade com o estudo DESIRE, conduzido há nove anos, representando uma referência na Car-diologia mundial. Outras especialidades que compartilham os recursos do hospital, como Ortopedia, Angiologia, Gastroenterologia e On-cologia, Neurologia e Neurocirurgia, entre out-ras, estão transformando lentamente o hos-pital, que continua tendo a Cardiologia como atividade hegemônica, em hospital geral.

Ênfase tem sido dada a cardiopatia con-gênita e neonatal, onde o HCor mantêm-se como referência nacional.

Entrevista

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Mesmo um breve atraso no atendimento médico após um ataque cardíaco pode significar a diferença entre a vida e morte. Um novo estudo sugere que ser casado é fator importante para se conseguir um tratamento mais rápido. Contudo, apenas para o homem.

Pesquisadores do Canadá verificaram o tempo para chegar ao local de tratamento após o início das dores no peito –um dos sintomas de um ataque cardíaco– de 4.401 vítimas de ataques cardíacos, entre elas 1.486 mulheres.

Em um estudo publicado on-line na segunda-feira (25), na revista “The Canadian Medical As-sociation Journal”, cientistas definiram chegada tardia como sendo um atraso de seis horas ou mais contado do começo das dores até o início do tratamento.

Em media, as vítimas casadas de ataque cardíaco chegaram ao hospital meia hora mais cedo do que as solteiras.

No entanto, ao analisar os dados de homens e mulheres isoladamente, os pesquisadores desco-briram que a possibilidade dos homens casados chegarem atrasados era 60% menor. Porém, para

as mulheres não havia dife-rença significa-tiva no atraso de casadas e solteiras“ Com mais frequên-cia, as espo-sas assumem o papel de cuidadoras e a c o n s e l h a m os maridos a ir para a sala de emergência”, afirmou Clare L. Atzema, principal autora do estudo e professora adjunta de medicina de emergência da Universi-dade de Toronto.

“Porém, nas palavras do meu marido, mes-mo se eu não estivesse presente para dizer a ele para ir ao hospital, ele ouviria minha voz dizendo isso. Mesmo quando não estão presentes, as mu-lheres exercem uma influência considerável”.

Homens casados chegam a tratamento para infarto mais rápido

Mulheres raramente têm um ataque cardía-co durante a gravidez ou pouco tempo depois de darem à luz, mas o número de ocorrências cres-ceu nos EUA nos últimos anos, segundo uma pes-quisa recente.

“Esperávamos ver um aumento, mas ficamos surpresos com a quantidade”, comenta a epidemi-ologista autora do estudo, Elena Kuklina, do Centro para Controle e Prevenção, ligado à Divisão para Doenças Coronárias e Prevenção contra Ataques Cardíacos, em Atlanta, na Geórgia.

No biênio 1994-1995, um total de 4.085 grávidas foram hospitalizadas com problemas relacionados ao coração nos EUA. Em 2006-2007, registrou-se um aumento de 54%, passando para 6.293.

As causas ainda não foram identificadas e

são necessárias análises adicionais, mas Kuklina acredita que um fator provável é o aumento de peso das mulheres quando engravidam.

A obesidade pode provocar complicações que vão desde diabetes a pressão alta.

“Quando você está relativamente saudável, o risco não é significativo”, diz. “Mas, agora, mais e mais mulheres que iniciam a gravidez já apresen-tam algum fator de risco para um ataque cardíaco, como obesidade, hipertensão crônica, diabetes ou doença coronária congênita.”

Ela acrescenta que as grávidas são frequen-temente excluídas de triagens clínicas nessa área devido ao feto e sugere a necessidade de se divul-gar informações a respeito para os médicos.

O estudo foi publicado no jornal “American Heart Association”.

Ataque cardíaco entre grávidas aumenta nos EUA

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Neste mês a Sociedade Brasileira de Ar-ritmias Cardíacas (Sobrac) lançou a Campan-ha pulsAção: sentindo o ritmo do seu coração. O objetivo é conscientizar a população quanto aos riscos da doença, que provoca o batimen-to irregular das câmaras superiores do cora-ção. A condição muitas vezes se desenvolve silenciosamente e somente é diagnosticada já em estágio avançado.

Dados da Sobrac mostram que 175 mil-hões de pessoas em todo o mundo sofrem de fibrilação atrial. Estima-se que 10% da popu-lação acima dos 75 anos tenha a condição. Porém, apesar de ser uma doença comum, a maioria das pessoas sabe pouco sobre ela, seu tratamento e a importância de um diag-nóstico precoce.

Assim, a organização espera que a cam-panha possa trazer uma melhor qualidade de vida para pessoas enfrentando a fibrilação atrial e também auxiliar na prevenção e di-agnóstico da doença na população brasileira. Fonte: Blog da Boa Saúde

Anvisa publica hotsite para informar sobre descarte de medicamentos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou nesta sexta-feira (22) um hotsite sobre o descarte de medicamentos. Segundo o órgão, remédios que sobram vão parar no lixo comum. Com isso, podem contaminar o meio ambiente e se tornam um problema de saúde pública. O texto destaca que essas substâncias põem em risco pessoas que vivem nos “lixões” e vivem do reaproveitamento.

O portal tem informações sobre a legisla-ção e a política de resíduos. No entanto, a Polí-ticia Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi fundada só em 2010, e ainda não há uma pro-

posta que normatize o destino de medicamentos vencidos ou sem uso.Segundo a PNRS, a responsabilidade de descartar os remédios de modo seguro fica di-

vidida entre usuários, produtores e o poder público. A ideia é estabelecer regras para reciclar os resíduos que sobram.

Fibrilação atrial

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A segunda edição do Medical Travel Meeting Brazil - pioneiro no país na geração de oportuni-dades de negócios para operadoras de saúde, bro-kers e facilitadores internacionais - reunirá os líderes do segmento no Brasil e no mundo para apresentar e discutir avanços na estruturação da atividade. O MTMB também terá a presença de diversos profis-sionais dos mercados nacional e internacional e os principais players e compradores do segmento.

Entre os confirmados nomes como Alexandre Padilha, ministro da saúde, Caio Carvalho, presidente da SPTuris, David Uip, diretor técnico do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Arthur Porter, diretor geral do Mc Gill University Health Center de Montreal no Canadá, Greg Lindsay, jornalista e palestrante que aborda temas como inovação e o futuro das cidades e José Luiz Gomes do Amaral, presidente da AMB - Associação Médica Brasileira.

"Reuniremos os players mais importantes do setor em nível mundial e apresentaremos os avan-ços da nossa medicina para líderes internacionais que fomentam esse segmento em países estratégi-cos. Também teremos novidades como o projeto de lei proposto pelo congresso para o visto de saúde, a Plataforma Brazil Global Healthcare, uma rede global de players do setor e o Fórum de Discussão Setorial, que reunirá representantes de entidades médicas como, por exemplo, CRM, CFM, Anahp, en-tre outros", afirma Mariana Palha, sócia fundadora da Medical Travel Brasil.

Sobre o Medical Travel Meeting Brazil

Criado em 2010, o Medical Travel Meeting Bra-zil (MTMB) é pioneiro no país na geração de opor-tunidades de negócios para operadoras de saúde, brokers e facilitadores internacionais. A 2ª edição do evento acontecerá nos dias 29 e 30 de agosto no Sheraton WTC, em São Paulo. Entre outros as-suntos, o evento abordará temas como a expansão e os avanços na estruturação da atividade no Bra-sil e o foco nos investimentos. Outra novidade para este ano é a realização do 1º Congresso Brasileiro de Spas, durante o MTMB, com a participação de auto-ridades e empresas líderes no segmento.

Viagem de saúde

É considerada a prática de viajar para outra cidade ou país para receber cuidados médicos para diagnósticos, cirurgias e tratamentos em diferentes especialidades. O Brasil se tornou uma alternativa promissora no roteiro de turismo médico, pois é refer-ência mundial em diversas especialidades médicas e tem muitos hospitais e instituições acreditados por organizações não-governamentais que avaliam os modelos que devem ser adotados pelos serviços médicos como a JCI (Joint Comission International) e Acreditação Canadense.

O setor de turismo médico movimenta no mundo cerca de US$ 60 bilhões. De acordo com o Ministério do Turismo, nos últimos 3 anos aproxima-damente 180 mil estrangeiros vieram ao Brasil para realizar tratamentos de saúde.

Líderes mundiais discutem avanço do turismo médico no Brasil durante o

2º Medical Travel Meeting Brazil

Cardio News

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A SBC foi destaque na reportagem "Os 10 melhores sites de saúde", publicada na edição de Julho da Revista Cláudia, da Editora Abril. A equipe de reportagem pesquisou mais de cem portais na internet e ouviu especialis-tas para eleger os dez sites que apresentam informações de forma mais clara e acessível para a população.

De acordo com a publicação, " o en-dereço da Sociedade Brasileira de Cardiolo-gia ajuda a proteger contra as doenças que

mais matam no Brasil". A matéria destaca as seções Cartilha do Coração, Qualidade de Vida e Receitas Saudáveis como fontes de in-formação de qualidade sobre prevenção.

Os jogos e gibis educativos do Portal Pre-venção também foram citados, assim como o Teste de Risco Coronariano e o Teste do Fumo , que calcula o valor total gasto na compra de cigarros durante a vida de um fumante, com o objetivo de conscientizar a população sobre os males provocados pelo tabagismo.

Portal Cardiol é eleito segundo melhor portal de saúde do Brasil

Lei paulista proíbe médicoseprofissionaisde

saúde de usar jalecos e aventais fora do ambiente de

trabalho

A lei 14.466/11, de autoria do deputa-do Vitor Sapienza (PPS), proíbe os profission-ais da saúde de usarem equipamentos de proteção individual fora do ambiente de tra-balho. Pela nova lei, o profissional que infringir as disposições estará sujeito à multa de 10 (dez) Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (UFESP), aplicada em dobro em caso de rein-cidência.

Renato Lopes é premiado como melhor ori-

entador/mentor da Duke

O cardiologista brasileiro Renato Delas-cio Lopes, da Duke Uni-versity Medical Center, foi premiado como o melhor orientador/mentor da ins-tituição no ano passado. O anúncio da premiação foi feito durante o jantar de graduação dos fellows da Duke, durante o qual Renato recebeu o “Robert M. Califf Best Mentorship Award”.

O prêmio inclui uma carta elogiosa do dire-tor e dos fellows e o nome do médico brasileiro foi também gravado em lugar de honra, na parede junto à entrada da sala do diretor da instituição.

Além de ser o primeiro não americano a re-ceber o prêmio, Renato foi também o premiado mais jovem até agora e o laurel ganha ainda maior importância, por ter terminado seu fellowship há pouco tempo, menos de dois anos. Ao informar à presidência da SBC do prêmio, Renato Lopes disse que o recebeu também como representante do Brasil e da cardiologia do seu país.

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é um dos dez principais pro-blemas de saúde pública no mundo e afeta cerca de 300 milhões de pessoas. Ela é fator de risco para diabetes, doenças cardíacas e diminui con-sideravelmente a expectativa de vida das pessoas. Mas além de dietas e exercícios, um estudo pub-licado no periódico Journal of Behavioral Butrition and Physival Activity aponta que estas pessoas precisam também melhorar a imagem que fazem de si.

“Problemas com a imagem pessoal são co-muns entre pessoas obesas ou com sobrepeso. Geralmente isso as leva a comer emocionalmente e aos mais rígidos padrões de alimentação, que são obstáculos à perda de peso”, explica o autor do estudo Pedro Teixeira, da Universidade Técnica de Lisboa, em Portugal. Segundo Teixeira, inter-venções no sentido de melhorar a imagem que obesos fazem sobre si são mais eficazes na perda e controle de peso do que programas que foquem apenas em dietas e exercícios.

O estudo envolveu mulheres com sobrepe-so e obesidade em um programa de perda de peso com duração de um ano. Metade do grupo

– o grupo controle – recebeu informações sobre saúde em geral, boa nutrição, gerenciamento de estresse e a importância de cuidar de si mesmo. A outra metade frequentou 30 sessões semanais de uma intervenção em grupo, onde foram abor-dadas questões como exercícios, o comer emo-cional, reconhecer e melhorar a imagem corporal, como superar barreiras pessoais à perda de peso e lapsos da dieta.

No grupo de intervenção, houve uma me-lhora considerável na imagem que as mulheres faziam sobre si e sobre a forma de seu corpo. Elas estavam mais capacitadas a autorregular sua ali-mentação e perderam em média 7% de seu peso, em comparação com 2% do grupo controle.

“Nossos resultados mostraram uma forte relação entre a melhora da imagem pessoal, es-pecialmente na redução da ansiedade sobre a opi-nião das outras pessoas e uma mudança positiva no comportamento alimentar”, diz. “Desta forma, acreditamos que todo programa de controle e per-da de peso deve incluir este tipo de intervenção”, conclui.

Melhorar imagem pessoal ajuda na perda de peso

Cardio News

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Ninguém discute mais que o consumo ex-cessivo de sal faz subir a pressão sanguínea. Mas um estudo em grande escala dos efeitos da redução do sal na dieta teve resultados in-conclusivos, informa Ricardo Bonalume Neto em reportagem na Folha deste domingo.

A análise de sete pesquisas internacio-nais, envolvendo 6.257 pessoas, das quais 665 morreram (293 por doenças cardiovasculares) não apontou um elo claro entre a diminuição da pressão resultante do menor consumo de sal e a prevalência dessas doenças, ou a morte causada por elas.

O trabalho foi feito pela Cochrane Colla-boration, uma rede internacional de pesquisa-dores, e publicado na revista médica “American

Elo entre sal e doenças do coração não é automático

Journal of Hypertension”. A equipe, liderada por Rod Taylor, da Universidade de Exeter, Reino Unido, garimpou 3.035 artigos e terminou com apenas sete estudos relevantes.

O estudo não é uma “licença para co-mer salgadinhos”, contudo; ele simplesmente mostrou que a redução do consumo de sódio não é necessariamente boa para todos. Houve até casos em que a redução do consumo foi no-civa em pacientes com insuficiência cardíaca.

O brasileiro consome em média 8,2 gra-mas de sal por dia (3,3 gramas de sódio), mais que as recomendações internacionais de in-gestão de um máximo de 6 gramas (2,4 gramas de sódio), o equivalente a uma colher de chá.

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Matéria de Capa

HCor

A expansão do Complexo Hospitalar HCor

35anosdeExcelênciaem Atendimento Cardiológico

Hospital do Coração

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Quando, em 1918, um grupo de senhoras da comuni-dade árabe se reuniu em torno de um importante projeto elas não poderiam imaginar que aquele trabalho iria frutificar tanto e dar origem ao que é hoje o complexo hospitalar do HCor – Hospital do Coração.

O início desta conquista em-preendedora começou em 1947 com a inauguração do Sanatório Sírio de Campos do Jordão, para tratamento de pacientes tubercu-losos carentes. Quase trinta anos após este grande feito foi inaugu-rado, em 1976, o primeiro hospi-tal em São Paulo, atual sede do complexo, na Rua Desembarga-dor Eliseu Guilherme, no bairro do Paraíso, que se tornou um

importante centro de referência em cardiologia nacional e inter-nacional. “Graças ao empenho dessas senhoras, hoje o HCor é reconhecido pela sua excelência no tratamento de doenças cardía-cas e também em outras espe-cialidades que atendemos com o mesmo padrão de qualidade que marcou o crescimento da ins-tituição”, afirma Antonio Carlos Kfouri, superintendente corpora-tivo do HCor.

Hoje o HCor está em uma fase de plena expansão. No primeiro trimestre de 2012 será inaugurado um novo prédio em frente ao atual complexo hos-pitalar com 13 andares, com destaque para duas salas cirúr-gicas híbridas. Uma delas para

“O HCor tornou-se

referêncianomercado pela alta qualidade da unidade de

diagnóstico por imagem, que

conta com equipamentos

de última geração e

profissionaisaltamente

qualificados.”

Dr. Antonio Carlos Kfouri, superintendente corporativo do HCor.

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procedimentos cardiológicos, integrada à he-modinâmica, e outra destinada à neurocirur-gia, integrada ao equipamento de ressonância magnética. Ambas salas serão polivalentes e funcionarão de acordo com os procedimen-tos necessários. Haverá também 45 aparta-mentos com nível de hotelaria diferenciado, ampliando para 310 o número total de leitos do HCor, centro de convenções com amplo auditório para eventos científicos e estacio-namento com mais de 200 vagas. Este novo prédio terá três ligações diretas com o edifício principal. Duas passarelas e uma passagem subterrânea, que facilitarão a circulação dos colaboradores e pacientes pelo complexo do HCor.

Outra novidade é a inauguração até o final deste ano de um novo Centro de Diag-nósticos, com quase 4 mil metros quadrados, em um dos pontos mais nobres e movimen-tados de São Paulo, a região da Nova Faria Lima. Primeira unidade externa da instituição, o Centro surge para solucionar uma limitação física das instalações atuais, na Rua Desem-bargador Eliseu Guilherme, frente à uma de-manda cada vez maior para agendamento de exames.

“O HCor tornou-se referência no mercado

pela alta qualidade da unidade de diagnóstico por imagem, que conta com equipamentos de última geração e profissionais altamente qualificados. Agora, vamos oferecer todo know how que temos na área neste novo Centro com serviços diferenciados focados em saúde da mulher, check-up clínico e esportivo, re-abilitação cardíaca e pulmonar, colonoscopia e endoscopia, laboratório de análises clínicas, além de uma estrutura completa para exa-mes de imagem”, afirma o superintendente corporativo.

Já para 2013 há um importante projeto em que as obras já se iniciaram. Trata-se do Centro Integrado de Oncologia, que ocupará um prédio inteiro também na Desembargador Eliseu Guilherme e oferecerá tratamento com-pleto por meio de uma equipe multidisciplinar que atuará desde a fase diagnóstica até a eta-pa terapêutica (quimioterapia e radioterapia). Atualmente, o Hospital já oferece tratamento clínico para pacientes oncológicos, mas a ide-ia é expandir significativamente os serviços nesta especialidade. “Toda esta expansão contempla as necessidades dos nossos paci-entes que têm a oportunidade de tratar em um único centro de excelência outras patolo-gias, além da cardiologia”, explica Dr. Kfouri.

HCor amplia estrutura de atendimento e lança novas especialidadesO HCor é classificado pelo Ministério da

Saúde como hospital de excelência no Brasil. A Instituição que é referência no atendimento cardiológico desde a sua fundação, hoje é visto como idealizador e propulsor de novas tecnolo-gias, tratamentos e pesquisas nacionais e interna-cionais na área da saúde por meio do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP).

Desde a sua inauguração, o HCor ampliou de forma significativa os seus serviços, lançando novas especialidades e centros diferenciados. Essa expansão foi pautada por um aprimora-

mento constante na qualidade de atendimento, tanto que em 2009 o hospital ingressou no seleto grupo de instituições reacreditadas pela Joint Comission International (considerada a mais im-portante certificação na área da saúde), com con-formidade total em 98,33% dos 1.138 elementos de mensuração, atendendo aos índices máximos nos padrões de qualidade.

Entre as novas especialidades lançadas pelo HCor destaca-se o Centro de Medicina do Sono, pioneiro na integração entre diagnóstico e trata-mento das diversas patologias ligadas ao sono.

Matéria de Capa

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A instituição lançou também o novo serviço de otorrinolaringologia, que dispõe de diversos recursos que pos-sibilitam o diagnóstico e tratamento clínico e cirúrgico de doenças como obstrução nasal, rouquidão, entre outros. Ainda dentro das novas es-pecialidades, o HCor inovou ao expandir o Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço com uma equipe multidisciplinar composta por espe-cialistas em cabeça e pescoço, en-docrinologistas, otorrinolaringolo-gista e cirurgiões plásticos.

Já em 2011, o hospital inau-gurou o Centro de Obesidade com moderna infraestrutura, que dispõe de uma equipe multidisciplinar para cuidar dos pacientes obesos por

meio de exames diagnósticos de úl-tima geração, orientação nutricional e programas de reabilitação cardio-pulmonar e metabólica.

Em março deste ano, o HCor lançou também o Centro de Medi-cina Reprodutiva com o objetivo de identificar e tratar os problemas que acarretam a infertilidade masculina e feminina, além de realizar proce-dimentos laboratoriais e cirúrgicos para a fecundação de óvulos, bem como o congelamento de óvulos e embriões, entre outros. O Centro reúne diversos serviços como Uni-dade de Medicina Fetal HCor, Car-diologia Pediátrica, equipe de Diag-nóstico por Imagem, ginecologistas e urologistas.

“A Instituição queéreferênciano atendimento

cardiológico desde a sua

fundação, hoje é visto como idealizador e

propulsor de no-vas tecnologias, tratamentos e

pesquisas nacio-nais e interna-cionais na área

da saúde por meio do Institu-to de Ensino e

Pesquisa (IEP)”

Centro de Diagnóstico por Imagem do HCor

é pioneiro na utilização de tecnologias e equipamentos de última geração

Os exames de imagem têm sido essenciais para o diagnóstico precoce de doenças, pois permitem analisar de modo não invasivo a anatomia e o funcionamento de diferentes órgãos do corpo humano. Esse vasto arsenal, que inclui ra-diografia, ultrassonografia, medici-na nuclear, ressonância magnética, tomografia computadorizada, entre outros, fornece informações que permitem confirmar diagnósticos e orientar o tratamento de doenças com precisão e segurança cada vez maiores. Os avanços alcançados no desenvolvimento desses métodos ampliam as possibilidades da pre-

venção nas diferentes especiali-dades médicas.

O HCor – Hospital do Coração, por meio do seu Centro de Diagnós-ticos por Imagem, reúne o que existe de mais avançado em tecnologia de análise anatômica, funcional e me-tabólica, além de profissionais com larga experiência focados em obter diagnósticos eficazes e precisos. A Instituição foi a pioneira na utiliza-ção da tomografia “multislice”, que registra centenas de imagens por segundo, reduzindo o desconforto do paciente, com imagens não in-vasivas das artérias coronarianas e aorta (angiotomografia).

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Entre as várias opções de di-agnóstico, a tomografia das artérias coronárias é um dos exames que está revolucionando o tratamento da doença coronária. Esta tecnolo-gia pioneira foi introduzida no Bra-sil pelo HCor há aproximadamente 10 anos. Com as tomografias de 64 cortes, a tomografia coronária atin-giu sua maturidade, porém com uma carga de radiação que limitava a sua utilização.

Hoje com o Somaton Defini-tion Flash, novo equipamento ad-quirido pelo HCor, a dose de ra-diação equivale a 10 radiografias de tórax ou menos, sendo que os pacientes podem checar suas coro-nárias muito mais cedo, sem os in-convenientes da dose de radiação mais alta dos demais equipamentos, cuja radiação equivale a mais de 200 radiografias de tórax, por exemplo.

O tomógrafo também pode ser uti-lizado para a realização de exames em outras regiões como tórax, ab-dômen, vasos e crânio, entre outras, com os mesmos benefícios e menor dose de radiação e alta velocidade de aquisição de imagens.

“O Centro de Diagnóstico por Imagem do HCor sempre foi o cartão de visita da Instituição com know how e prestação de serviço de excelência aos pacientes. Com a nova equipe de especialistas no setor, contratados no ano passado com garantia de exclusividade na área hospitalar privada, o HCor mantêm o seu pioneirismo, van-guarda e diferencial na área de diag-nóstico por imagem”, explica o Dr. Luiz Henrique de Almeida Mota, Superintendente Médico e de Rela-ções Institucionais do HCor.

“O Centro de Diagnóstico por Imagem do HCor

sempre foi o cartão de visita da Instituição com know how e prestação de

serviço de excelênciaaos

pacientes.”

SomatonDefinitionFlash

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Dentro do Centro de Diagnósticos da Instituição, os pacientes contam com a me-dicina nuclear - especialidade que emprega radioisótopos com finalidade diagnóstica e terapêutica. Os materiais radioativos utiliza-dos têm meia-vida curta, o que significa que os pacientes são expostos a dose mínima de radiação por exame realizado. A radiação emitida é do tipo gama, similar à do raio X. O tempo de permanência dos materiais ra-dioativos no corpo do paciente é bastante reduzido e muitas vezes eles são eliminados rapidamente pelo organismo. O equipamento de medicina nuclear realiza a leitura dos ra-dioisótopos por meio da radiação emitida (cintilografia), fornecendo informações quan-to à função e o metabolismo dos órgãos em avaliação. Essas informações são obtidas sob forma de imagens digitais.

O CD HCor dispõe também da res-sonância magnética - utilizada para diag-nosticar principalmente as doenças na área neurológica, ortopédica e relacionadas ao es-porte, principalmente a coluna vertebral e as articulações como joelho, tornozelo, ombro, quadril, cotovelo e punho. As imagens per-mitem ao médico ver pequenas lesões dentro das articulações, como alterações dos liga-mentos, cartilagem, etc. É bastante útil para diagnosticar e caracterizar infecções e tu-mores, inclusive metástase, envolvendo ossos e articulações. Órgãos do abdômen e mama também podem ser examinados por meio da ressonância magnética, que atualmente está se tornando uma interessante alternativa para o diagnóstico de câncer de mama. Por trabalhar sem nenhuma radiação ionizante (raios x), é utilizada para geração de imagens dos órgãos reprodutores masculinos e femini-nos, envolvendo pélvis, quadris e bexiga.

Além da ressonância magnética, o HCor oferece aos seus pacientes o equipa-mento PET CT – um dos maiores avanços na área de Medicina Nuclear e de Radiologia,

que utiliza a tecnologia agregada em um único equipamento, que tem como finalidade principal possibilitar o diagnóstico de câncer combinado à tecnologia de Tomografia Com-putadorizada (CT) por múltiplos detectores (16 detectores) com a de uma câmara de Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) ultra-rápida e dedicada.

A tomografia computadorizada (CT) fornece dados da anatomia do corpo humano, detalhando a forma, o volume e a alteração de densidade dos diversos órgãos. Embora a detecção de anormalidades estruturais seja extremamente eficiente na confirmação de diversos tumores, por vezes essas mesmas al-terações não são ainda visíveis pelas técnicas mais avançadas atualmente em Tomografia Computadorizada. Contudo, alterações mo-leculares ou funcionais já podem estar pre-sentes nas células acometidas pelo câncer.

Com o uso da Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET), pode-se registrar a anor-malidade funcional com o intuito de identifi-car o local do tumor, antes mesmo que anor-malidades estruturais sejam perceptíveis pela CT. Para a realização deste exame não é necessária a administração de contrastes iodados por via endovenosa, exigindo-se ape-nas a administração de uma quantidade muito pequena de um tipo especial de glicose (açúcar) que, por sua vez, não provoca reações alérgicas ou efeitos colaterais de qualquer na-tureza. Como a maioria dos tumores é ávida por açúcar, pode-se detectar a área acometida pela doença e assim planejar a melhor forma de tratar o paciente.

O ultrassom é solicitado ao paciente com indicação de obter imagens que possi-bilitam o estudo da anatomia e a identifica-ção de doenças em vários órgãos do corpo humano. As ondas de ultra-som emitidas pelo aparelho interagem com os órgãos do corpo humano e retornam ao aparelho que as emi-tiu. Conforme a natureza do órgão sobre o

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qual o ultra-som incide, sua com-posição identifica se há ou não doença, as ondas serão refletidas de maneira distinta e as imagens compostas permitirão ao médico que interpreta realizar diagnós-ticos precisos. A ultra-sonografia é um método seguro, pois as on-das sonoras não promovem nen-hum tipo de agressão as células do corpo humano. Por isso, mul-heres grávidas e crianças podem ser submetidos a exames repeti-dos sem que exista aumento do risco para estes pacientes.

Por outro lado, a ma-

mografia é uma radiografia das mamas sendo o principal mé-todo de imagem para o rastrea-mento populacional do câncer de mama e avaliação das doenças mamárias. Ela é capaz de detec-tar pequenos tumores que não determinam sintomas, o que as-sociado ao tratamento adequado aumentam as chances de cura da doença. Mulheres que realizam mamografias periódicas apre-sentam uma taxa de mortalidade significativamente menor pelo câncer de mama.

“O equipamento de medicina

nuclear realiza a leitura dos

radioisótopos por meio da ra-diação emitida (cintilografia),

fornecendo informações

quanto à função e o metabolismo dos órgãos em

avaliação.”

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Equipamento Somatom DefinitionFlash–Siemens

Exames de alta qualidade para visualização das artérias coronárias com o mínimo de dose de radiação possível são as principais características do mais

novo equipamento de tomografia computadorizada do Hospital do Coração (HCor).Na avaliação das artérias coronárias por

tomografia, a alta qualidade de imagem com grande definição e precisão na definição das lesões necessita de aquisições ultrarrápidas que permitam o congelamento da imagem do coração em movimento. Esta é uma das qual-idades do equipamento Somatom Definition Flash, que tem a maior resolução temporal do mercado, podendo atingir reais 75 milésimos do segundo. Isto só pode ser obtido pela pre-sença de dois tubos de raio-X que funcionam simultaneamente, diminuindo pela metade o tempo de aquisição de imagens.

A aquisição de imagens cobrindo todo o coração é obtida dentro de um único bati-mento cardíaco em um piscar de olhos. Toda esta velocidade permite olhar as artérias cor-onárias que estão em constante movimento rápido e complexo em imagens completa-mente estáticas e com perfeita delimitação das bordas. Isto leva a diagnósticos mais pre-cisos e rápidos das estenoses coronárias.

Os equipamentos antigos de 64 colunas de detectores tinham como característica bási-ca realizar angiotomografias de coronárias com relativamente alta dose de radiação. A alta velocidade de aquisição associada a no-vos processos de aquisição e reconstrução de imagens permitiram a redução drástica da dose de radiação no novo equipamento Defini-tion Flash. As angiotomografias de coronárias podem ser hoje obtidas com doses menores do que 1 mSv, o que equivale a uma redução de mais de 10 vezes a dose de radiação das antigas máquinas de 64 detectores.

Assim, com excelente qualidade de ima-

gem e a muito baixa dose de radiação para o paciente, em protocolos bem desenhados, podemos dar ao paciente o melhor e con-tribuir de forma definitiva para o diagnóstico da doença arterial coronária, estratificação prognóstica e manejo do paciente.

Inovações advindas desta nova tecnolo-gia ainda incluem a possibilidade da realiza-ção de perfusão miocárdica do paciente com doença coronária. Esta técnica permite avaliar e quantificar o déficit de sangue para o mús-culo cardíaco em uma região de uma artéria coronária com obstrução, o que pode ajudar a definir qual tratamento o paciente precisará fazer. Em outras palavras, podemos fornecer um mapa do fluxo de sangue no músculo do coração com alta definição.

A integração das imagens anatômicas e de fluxo do sangue pode fornecer dados com-pletos que permitem ao clínico e cardiologista definir a conduta a ser seguida para o paciente com segurança, rapidez e qualidade.

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Hospital do Coração inaugura UTI Cardiopediátricaeseconsolidacomoreferêncianoatendimento a neonatos e crianças portadoras de

cardiopatiascongênitasAlém do aparato tecnológico, unidade conta com aparelho de assistência circulatória

artificial utilizado a beira do leito, considerado o mais moderno na área pediátrica como suporte artificial coração-pulmão

O HCor inaugurou recentemente, no dia 25 de maio, a UTI Cardiopediátrica para um atendimento humanizado de neonatos, lactentes, crianças e também adolescentes internados para o tratamento clínico e cirúrgi-co de cardiopatias congênitas. A nova unidade conta com equipe especializada para o acom-panhamento de crianças que passaram pelo serviço de cirurgia cardíaca pediátrica – e dis-põe também da mais elevada tecnologia em diagnóstico por imagem seja pré-natal, pré-cirúrgico, intra-operatório ou pós-operatório.

Além de todo aparato tecnológico, o HCor conta com um diferencial na UTI Cardio-pediátrica - o ECMO - aparelho de assistência circulatória artificial utilizado a beira do leito, que é considerado o mais moderno equipa-mento na área pediátrica como suporte arti-ficial coração-pulmão. Para manuseá-lo, foi criado o ECMO Team - time de assistência cir-culatória a beira do leito. A equipe, que rece-beu treinamento em Pittsburgh (EUA) - um dos maiores centros de assistência circulatória mecânica do mundo - tem como objetivo atu-ar sempre que uma grave complicação intra ou pós-operatória colocar em risco a função cardiopulmonar da criança.

“O time composto por médico, enfer-meiro e perfusionista está disponível 24 ho-ras por dia e entra em ação sempre que a as-sistência circulatória mecânica a beira do leito se fizer necessária, além de atuar em tempo integral até a recuperação da função cardíaca

da criança”, explica o coordenador médico re-sponsável pela UTI Cardiopediátrica do HCor, Dr. Carlos Regenga Ferreiro.

Segundo Dr. Ferreiro, no HCor foram op-eradas de 2004 a 2010, 3309 crianças porta-doras de cardiopatias congênitas - com uma

ECMOaparelhodeassistênciacirculatóriaartificial

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média de 472 cirurgias por ano. No ano pas-sado foram realizados 415 procedimentos he-modinâmicos, sendo que aproximadamente 40% deles foram de neonatologia (recém-na-scidos com até um mês de vida).

“As patologias foram as mais variadas, porém 60% delas eram cardiopatias congêni-tas complexas. Dentre os neonatos uma pato-logia frequente foi a síndrome de hipoplasia do coração esquerdo (raro defeito congênito do coração, caracterizado pela não formação do ventriculo esquerdo ), no qual o HCor re-aliza um procedimento híbrido, que envolve a equipe cirúrgica juntamente com a hemo-dinâmica. Esse procedimento, em que a Insti-tuição é referência, evita que o recém-nascido seja submetido a cirurgia com circulação ex-tracorpórea no período neonatal - que é uma das principais causas de desequilíbrio orgâni-co após a cirurgia, o que aumenta considera-velmente a morbi-mortalidade ”, esclarece Dr. Ferreiro.

A nova UTI Cardiopediátrica do HCor foi desenvolvida seguindo um dos mais moder-nos projetos em termos de adequação do es-paço físico às normas estabelecidas em lei, que prevêem um espaço físico distinto e indi-vidualizado para os neonatos, além de uma equipe médica e multidisciplinar também in-dividualizada e especializada para a assistên-cia a este grupo tão especial de pacientes. Um outro ponto importante na nova UTI Cardiope-diátrica do HCor está na arquitetura do local, que foi elaborada seguindo os mais modernos

conceitos de utilização de cores e texturas que, além de diminuir nas crianças o estresse e o medo da internação, permite que o pai ou a mãe acompanhe confortavelmente em tempo integral a criança, enquanto a mesma permanecer na Unidade de Terapia Intensiva.

Com taxas de ocupação média superi-ores a 92% nos últimos quatro anos, a Insti-tuição amplia agora sua capacidade de aten-dimento com a inauguração de uma nova Unidade de Terapia Intensiva Cardiopediátri-ca com 19 leitos individualizados, sendo 11 leitos destinados à lactentes, crianças e ado-lescentes com até 16 anos e oito leitos para neonatos (recém-nascidos com até 30 dias de vida).

Considerado referência no atendimen-to de crianças com cardiopatias congênitas, o HCor apresenta índices de sucesso com-paráveis aos melhores centros de tratamento dessas moléstias no mundo. “Com a inaugu-ração desse novo espaço dedicado exclusi-vamente a crianças e neonatos, a Instituição afirma que essa população infantil contará com estratégias de diagnóstico e terapêutica mais avançadas e adequadas à sua condição, em um ambiente confortável para ela e seus familiares, adicionando a mais alta tecnologia à uma equipe assistencial multiprofissional que atua 24 horas por dia, focada em com-petência aliada à humanização”, explica Dr. Carlos Regenga Ferreiro, coordenador médico responsável pela UTI Cardiopediátrica.

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QUALIDADE

Hospital do Coração, Uma Instituição com Qualidade Internacional InstituiçãoconquistapelasegundavezacertificaçãodaJCIe avança para ser acreditado como instituição que melhor tra-tadoençasdocoraçãocomoInsuficiênciacardíacaeinfartoagudo do miocárdio.

O HCor - Hospital do Coração, em São Paulo, é uma instituição que trabalho continu-amente para garantir as melhores praticas, esta constatação é feita a cada auditoria da JCI - Joint Commission Internacional - um dos mais importantes selos de qualidade e segu-rança do país e do mundo, representada no Brasil pelo Consórcio Brasileiro de Acredita-ção (CBA). nas auditoria são avaliadas confor-midades em 1138 elementos de mensuração com 98,33% de efetividade, um recorde en-tre os acreditados no Brasil.

Acreditado em 2006, 2009 e renovando em 2011, o método segue as recomendações internacionais de segurança e garantia de melhores praticas por meio de analise de indi-cadores referentes a recomendam uma maior interação dos pacientes nas Instituições de saúde, protocolos, procedimentos e rotinas com foco na gestão e no cuidado do paciente e família .

“Este grau de eficiência é possível graças à experiência profissional e qualificação das equipes que trabalham de forma integrada e participativa, capaz de executar suas funções com a qualidade e segurança que caracter-izam o cuidado integrado ao paciente. A cada reacreditação afirma a posição da Instituição entre os melhores Hospitais do país e do mun-do”, explica a Superintendente de Qualidade e Responsabilidade Social do HCor, Bernardete Weber.

A OMS - Organização Mundial da Saúde - definiu programas que permitem reduzir ris-cos à saúde utilizando recursos de segurança, muito simples como evitar quedas, lavar as

mãos, verificar a correta adminis-tração de medi-camentos, uso correto da tec-nologia, entre outras ações que podem aumentar a segurança dos pa-cientes. A segurança, por-tanto, está diretamente associada à qualidade da gestão hospitalar que proporciona uma equipe muito bem preparada, com foco no paciente e na família aliado a um ambiente com recursos necessários para oferecer o tratamento e um relacionamento digno e respeitoso em um ambiente acolhedor e confortável.

“Outra vantagem para a comunidade que utiliza um hospital acreditado como o HCor é o padrão dos colaboradores de todas as áreas que passam pelo crivo dos auditores, onde são validados os diversos programas de capaci-tação e educação ,para garantir eficiência e eficácia no manejo e no cuidado com doente e familia. Alguns padrões, considerados fun-damentais, são reavaliados e aprimorados constantemente no HCor, entre eles, melhoria da qualidade e segurança do paciente, edu-cação e qualificação de profissionais, geren-ciamento do ambiente hospitalar, segurança e da informação, entre outros”, esclarece a Superintendente.

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A Acreditação é uma Metodologia de avaliação que contempla todas as atividades que acontecem dentro de um hospital, e são organizadas para evitar falhas ou erros no cuidado do paciente, desde registros e identi-ficações corretos, cuidados na administração de medicamentos, cirurgias e procedimentos com anestesia seguros, vigilância para a lava-gem de mãos, cuidados com o ambiente e os equipamentos, entre outras medidas descri-tas nos procedimentos operacionais. Tudo isto

controlado por indicadores comparados mel-hores Hospitais do Brasil e do mundo.

“Para nós, o desafio este ano é obter o selo de qualidade como o Hospital que melhor trata as doenças do coração, por meio da cer-tificação dos programas de cuidados clínicos em cardiologia. O que significa estar em con-formidade com os mais avançados padrões internacionais de qualidade técnica em car-diologia”, afirma a Superintendente.

A importância da Acreditação Hospitalar

Hospital do Coração amplia atendimentos de estrangeiros

em busca de tratamentos médicosDe acordo com dados divulgados em

2004 pelo Ministério do Turismo/Embratur, houve um aumento na procura de tratamen-tos médicos no Brasil. Área crescente no país nos últimos seis anos, o chamado “Turismo de Saúde” tem sido uma prática de pacientes es-trangeiros que buscam hospitais e médicos para o diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças.

Segundo o Ministério do Turismo, o es-trangeiro que vem ao Brasil por motivos de saúde é o que permanece por mais tempo no país (cerca de 22 dias), com gasto médio de 120 dólares por dia. Ao todo, aproximada-mente 200 mil estrangeiros já vieram ao Bra-sil nos últimos anos para tratamento médico.

Para atender a esta demanda, muitos hospitais estão se aprimorando. Além de adaptar sua rotina administrativa visando facilitar o atendimento desses pacientes, os hospitais buscam certificações como a Joint

Comission International para obter reconheci-mento da qualidade internacionalmente.

O HCor – Hospital do Coração, conta com um departamento especializado para atender e acompanhar estes pacientes em sua passa-gem pelo hospital. Alocada na Gerência Com-ercial, a Coordenação de Relacionamento com Pacientes Internacionais auxilia em questões culturais como idioma, adaptação ao ambi-ente hospitalar brasileiro e à alimentação, en-tre outras necessidades.

Entre os pacientes estrangeiros mais atendidos estão àqueles vindos de países que compõem a América do Sul e de países da África, como é o caso de Angolanos. De acordo com a Gerente Comercial do HCor, Fer-nanda Crema, houve um aumento na procura por atendimentos especializados no Brasil, por conta da qualidade dos procedimentos re-alizados no país. “Estamos certos que o recon-hecimento do HCor e de seu corpo clínico vem

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também de nossa contribuição científica em nível mundial, in-cluindo publicações de trabalhos, pesquisas e apresentações em congressos internacionais”, expli-ca a Gerente Comercial.

“Nossa meta é manter e ampliar o nosso reconhecimento internacional como um hospital altamente qualificado, no que diz respeito à tecnologia de ponta e assistência diferenciada ao pa-ciente. Para isso, contamos com o auxílio de todos os setores do hos-pital para exercer o atendimento de excelência ao qual nos propo-mos”, relata Fernanda Crema.

Outro atrativo para o Turismo de Saúde é o preço. Países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil investem em novas tec-nologias e buscam difundir novos tratamentos. Prova disso são as

diversas pesquisas clínicas real-izadas no país que são aplicadas e reconhecidas mundialmente. Os tratamentos em sua maioria são considerados mais baratos e trazem em sua bagagem a mes-ma qualidade aplicada em outros países.

O HCor, reacreditado pela Joint Comission International acredita que o selo de certifica-ção auxilia os pacientes interna-cionais na procura de hospitais de excelência e que possui quali-dade necessária para atender esse público. “A certificação pela Joint Comission International ga-rante o padrão de qualidade do atendimento internacionalmente, e faz do HCor um dos destinos mais seguros para tratamentos médico-hospitalares”, completa Fernanda.

Fernanda Crema Gerente Comercial do HCor

“Nossa meta é manter e

ampliar o nosso reconhecimento

internacional como um

hospital alta-mentequalifi-

cado, no que diz respeito à

tecnologia de ponta e

assistênciadiferenciada ao

paciente.”

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Instituto de Ensino e Pesquisa HCor destaca-se por projetos em parceria com o

Ministério da Saúde

IEP

O Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HCor tem como diferencial o desenvolvi-mento, execução e publicação de pesquisas clínicas inéditas nacionais e internacionais de larga escala. Além de seus projetos próprios, o HCor assumiu o papel de coordenador nacio-nal em projetos multicêntricos internacionais de grande porte mediante parceria com Insti-tutos de Pesquisa de Excelência da América do Norte, Europa, Austrália, Nova Zelândia, Ín-dia, entre outros países. O IEP dispõe de uma equipe de médicos pesquisadores e possui uma série de iniciati-vas e apoio das diversas áreas da Instituição como Setor de Arritmias, Hemodinâmica, Cirurgia Cardíaca e não cardíaca, Unidade Coronária, Emergência, Terapia Intensiva, Car-diopediatria, Cardiologia, Setor de Diagnós-tico por Imagem, Nutrição, Psicologia, entre outros. O objetivo do Instituto é ter foco em pesquisa clínica, isto é, identificar quais exa-mes diagnósticos são mais precisos e quais são as curas e tratamentos mais eficazes para as doenças cardiovasculares e não cardiovas-culares. Além de ter como principal parceiro o Ministério da Saúde na condução dos projetos de pesquisas.

O HCor possui convênio de Apoio Insti-tucional ao Sistema Único de Saúde – SUS. Além do atendimento gratuito prestado pela instituição à população mais necessitada na área de cardiologia pediátrica, o HCor con-tribui de forma importante na questão de avaliação de tecnologias em saúde, em pro-gramas de melhoria de qualidade assistencial no SUS, na condução de pesquisa clínica que gere conhecimento relevante para a melho-ria de saúde da população e capacitação de

recursos humanos ligados ao SUS, além de apoiar instituições de ensino comprometidas com igualdade e inclusão social.

Além de qualificar a rede de atendimen-to pré-hospitalar, o HCor investe no aprimora-mento do atendimento de emergência. Assim, a Instituição possui um programa de eficácia de melhoria de qualidade assistencial, de-nominado Bridge, que visa melhorar o atendi-mento de infarto do miocárdio (ataque cardía-co) em emergência da rede pública de todo o País. Com mais de 30 anos de experiência no atendimento deste tipo de doença, o HCor desenvolveu uma série de ferramentas de fá-cil aplicação, as quais garantem que todos os pacientes sejam atendidos de forma rápida e recebam intervenções com benefício compro-vado.

Na área de avaliação de novas tecno-logias, o HCor, em parceria com o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, desenvolveu e testou a eficácia de um coração artificial e de uma bomba centrífuga, ambos com tecno-logia de ponta nacional e que poderão ben-eficiar um grande número de pacientes com doenças cardíacas avançadas. Espera-se que estes dispositivos possam ser oferecidos, em um futuro próximo, para pacientes necessi-tados que normalmente não teriam acesso a este tipo de intervenção, caso o País fosse de-pendente de tecnologia estrangeira.

O IEP idealizou e coordenou de forma inédita e em todo território nacional, o maior estudo clínico da história na área de prevenção de nefropatia (lesão ou doença renal) induzida por contraste, em pacientes submetidos a pro-cedimentos angiográficos (método de visual-ização dos vasos sanguíneos) diagnósticos e

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terapêuticos. O estudo, denominado de ACT Trial, avaliou a eficácia da acetilcisteína (um antioxidante) em prevenir problemas renais que podem acometer pacientes que realizam exames com contraste, como o cateterismo cardíaco. Antes da aplicação do contraste para a realização do cateterismo, são admi-nistradas uma a duas doses de acetilcisteína e, logo após o término do exame, são aplica-dos mais duas a três doses.

O objetivo do estudo ACT Trial é reduzir o risco renal em pacientes com predisposição à doença como diabéticos, maiores de 50 anos e com problemas de insuficiência renal duran-te o uso de contrastes. Segundo o Diretor do IEP HCor, Dr. Otávio Berwanger, pelo número de Instituições envolvidas, este estudo multi-cêntrico representou um dos maiores já rea-lizados em território nacional, principalmente por não contar com o auxílio de Instituições estrangeiras. “Iniciativas como essa colocam o HCor em uma posição de destaque dentro do cenário da pesquisa clínica nacional e in-ternacional”, acrescenta o Dr. Berwanger.

Os pesquisadores do IEP acabaram de finalizar, juntamente com pesquisadores de outros seis países, a fase inicial de um estudo que tem a missão de reunir, em uma única pílula, quatro medicamentos para prevenir doenças cardiovasculares, a principal causa de mortes no Brasil e no Mundo.

Conhecida como polipílula, o medica-mento tem como principal objetivo prevenir problemas de risco cardiovascular moderado, reduzir a pressão arterial e controlar o coles-terol. Ela combina em um único comprimido os compostos da Aspirina (que previne entupi-mento dos vasos sanguíneos do coração)em baixa dosagem, a Sinvastatina (controlador de colesterol) e de dois medicamentos para controle da pressão arterial Lisinopril e Hidro-clotiazida (ou beta-bloqueador). As vantagens desta polipílula para pacientes predispostos a problemas cardiológicos são a adesão ao

tratamento (visto que é necessária uma única dose por dia e portanto facilita a vida dos pa-cientes) e custo (muito inferior ao valor dos quatro medicamentos somados).

Segundo o Dr. Berwanger, a polipílula combina um princípio ativo que evita o entupi-mento de artérias do coração, outro que baixa os níveis de colesterol no sangue e dois para reduzir a pressão.

Considerado referência em cardiologia e cirurgias cardíacas de alta complexidade e atuando há aproximadamente 30 anos em Cardiologia Pediátrica, o HCor – Hospital do Coração firmou no final de 2008 uma parceria filantrópica com o Ministério da Saúde para atender e tratar bebês e crianças portadoras de cardiopatias congênitas graves.

Nesse contexto, a parceria entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e HCor, por meio do Projeto Mãe Paulistana realiza, após triagem feita pela Rede Pública, o diagnóstico precoce e acompanhamento do feto cardio-pata desde a sua formação até o nascimen-to. O atendimento fornecido pelo HCor para fetos e crianças portadoras de cardiopatias congênitas tem o seu início a partir do aten-dimento realizado pelo SUS. Caso os exames realizados pela rede pública durante o pré-natal constatarem problemas cardíacos no feto, a gestante é encaminhada via Central de Regulação para fazer o ecocardiograma fetal. Uma vez confirmada a malformação do coração, gestante e neonato são atendidos no HCor, que prestará a eles todo o atendimento médico especializado, assim como o suporte da equipe multidisciplinar.

Com a finalidade de oferecer aos pa-cientes todo o atendimento e auxílio de que necessitam no que diz respeito ao tratamento cardiológico nas fases pré-natal e pós-parto, a parceria tem como objetivo aumentar a taxa de detecção pré-natal de cardiopatias congênitas tratá-las precocemente e oferecer a gestante, bebê e família um atendimento

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multidisciplinar especializado e hu-manizado.

Investindo na capacitação de bons profissionais, o HCor possui uma parceria com o Instituto Afro Brasileiro de Ensino Superior que oferece gratuitamente cursos téc-nicos em enfermagem. A parce-ria filantrópica tem como objetivo proporcionar uma melhor qualifica-ção profissional e ampliar expres-sivamente as oportunidades de trabalho, por meio de todo aparato tecnológico e científico oferecido pelo HCor e sua equipe.

A Instituição oferece toda a estrutura necessária (logística, tec-nológica e acadêmica) para auxiliar na formação de estudantes afro-de-scendentes. Para isso foram cons-truídas duas salas de aula com ca-

pacidade para 50 alunos, biblioteca especializada, laboratório para au-las práticas com recursos materiais e tecnológicos de última geração como, por exemplo, os manequins de simulação que permitem maior aprendizado do conteúdo aplicado e menores chances de erros na práti-ca assistencial.

Outro diferencial do curso téc-nico em enfermagem é oferecer es-tágios nas áreas do HCor como uni-dade de terapia intensiva adulto e pediátrica, centro cirúrgico, central de material e unidades de interna-ção de longa permanência. Esses alunos poderão usufruir dos mel-hores hospitais do SUS para a habil-itação técnica exigida e necessária na profissão

Dr. Otávio Berwanger, Diretor do IEP HCor.

“HCor, por meio do Pro-

jeto Mãe Paulistana

realiza, após triagem feita

pela Rede Pública, o

diagnóstico precoce e

acompanha-mento do feto

cardiopata desde a

sua formação até o

nascimento.”

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ProjetodefilantropiadoHCorleva segurança e qualidade para UTI’s

dos hospitais públicos do Brasil

Como parte dos projetos filantrópicos dos hospitais de excelência junto ao Ministé-rio da Saúde, desde 2009 o Hospital do Co-ração vem auxiliando alguns hospitais públi-cos do país na padronização do atendimento em suas unidades de terapia intensiva (UTI). Esta ação faz parte da parceria entre o HCor e o Ministério para melhoria de 18 UTI’s das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Conhecido como QUALITI (Aprimora-mento de Qualidade Assistencial em Terapia Intensiva), o Projeto é dividido em quatro fases e teve início com visitas técnicas, seguidas de diversas ações para melhoria de qualidade as-sistencial, incluindo videoconferências, cursos de especialização e pós-graduação promovi-dos por uma equipe do HCor aos profissionais da saúde que lidam diretamente com os pa-cientes de UTI. O QUALITI visa a aprimorar a qualidade assistencial no cuidado a pacientes internados em unidades de tratamento inten-sivo de hospitais em regiões geograficamente distantes no Brasil, pela adoção de práticas médicas baseadas em evidências e adapta-das à realidade local.

A primeira fase do projeto (QUALITI I), foi composta por visitas aos hospitais e UTI’s participantes do projeto, para a avaliação de-talhada das estruturas, processos e resultados trazidos pela UTI, com o objetivo de elaborar proposta de projetos individuais para melho-rias assistenciais nesses locais.

A segunda fase (QUALITI II) está em an-damento com o Programa de Atualização em UTI’s interligando as 18 UTI´s participantes ao

HCor, por meio de videoconferências periódi-cas (a cada 3 semanas) iniciadas em agosto de 2010. Nestas videoconferências são de-batidos temas relacionados à qualidade em UTI e de assistência em medicina intensiva.

Neste ano, a terceira fase do projeto (QUALITI III) prevê a realização dos cursos semipresenciais de pós-graduação lato sensu em medicina intensiva e em terapia intensiva para enfermeiros. Paralelamente, estão sen-do realizados nos locais onde estão as UTI’ s, cursos de FCCS (Fundamental Critical Care Support) e BLS (Basic Life Support), todos promovidos pelo HCor.

“Em abril o HCor recebeu 17 profis-sionais de 9 UTI’s, coordenadores de enferma-gem e médicos das UTI’s participantes, para o “Intercâmbio HCor e UTI’s tuteladas QUALITI: Boas Práticas em Gestão Hospitalar. Em jun-ho, houve o II Intercâmbio com a participação de 30 profissionais das outras 9 UTIs” explica o Coordenador Médico responsável pelo Pro-jeto Qualiti no HCor, Dr. Alexandre Biasi Caval-canti. Nestes eventos os participantes tiveram a oportunidade de assistir a palestras - sobre temas relevantes para boa gestão de uma UTI - ministradas por diversos colaboradores do HCor. Acima de tudo, puderam interagir e conhecer de perto diversas ferramentas úteis de gestão que podem ser aplicadas em suas unidades para melhorar a qualidade assisten-cial.

Desde fevereiro, esse intercâmbio é con-solidado pela visita de alguns dos responsáveis pelo projeto no HCor às UTI’s para o acom-

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panhamento e aplicação dos mé-todos e procedimentos trazidos ao longo do QUALITI. “Os desa-fios serão muitos, mas as poten-cialidades também. O papel das lideranças e dos profissionais en-volvidos no QUALITI é fundamen-tal para o sucesso do programa, que promove o aprimoramento de qualidade e significa uma mu-dança de cultura dos profission-ais da saúde no tratamento aos pacientes em UTI’s”, finaliza Dr. Cavalcanti.

O Programa de Atualização em Terapia Intensiva do QUALITI são reuniões científicas realiza-das a cada 21 dias, envolvendo todas as UTI´s participantes por videoconferência, onde são abor-dados temas importantes da as-sistência em UTI. Os palestrantes são lideranças em UTI com com-

petência nacionalmente reconhe-cida em seus temas. As apresen-tações são sempre dirigidas ao cuidado multidisciplinar integra-do em UTI. Para isso, em cada re-união, temos a apresentação de um médico e de um enfermeiro, fisioterapeuta ou psicólogo que atua em UTI.

“Outro projeto que temos é a avaliação de novas tecnologias também vinculadas a cardio-pe-diatria, que é o uso de algumas tecnologias novas usadas fora do país em que nós estamos tes-tando para ver a adequação de uso ou não ao SUS. Hoje, temos 24 projetos desenvolvidos pelo SUS”, finaliza o Superintendente Médico e de Relações Institucio-nais do HCor, Dr. Luiz Henrique de Almeida Mota.

Dr. Alexandre Biasi Cavalcanti. Coordenador do Projeto Qualiti no HCor

“O QUALITI visa a aprimorar a

qualidade assis-tencial no cuida-do a pacientes internados em

unidades de tratamento intensivo de hospitais em

regiões geogra-ficamentedistantes no Brasil.”

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O HCor – Hospital do Coração está in-gressando em uma nova fase marcada por grandes evoluções. Reconhecido nacional-mente pela excelência na cardiologia, a insti-tuição vem ampliando nos últimos anos seu leque de especialidades e sua estrutura física para poder oferecer aos pacientes o que há de mais avançado na área de saúde. “Esta-mos estendendo toda a qualidade de serviços da instituição para novos segmentos. Nosso carro-chefe continua sendo a cardiologia, pois somos referência nesta especialidade, mas ampliamos expressivamente as áreas de atu-ação”, afirma o superintendente Médico e de Relações Institucionais do HCor, Luiz Henrique de Almeida Mota.

Baseado em um novo posicionamento que será a assinatura do HCor em sua próxima campanha publicitária, “Compromisso com a Vida. Compromisso com a Evolução”, a institu-ição ressalta que além de possuir excelência na cardiologia o hospital oferece também no-vas especialidades focadas nas preocupações da vida moderna e do crescimento acentuado da prática esportiva sem orientação. Na estei-ra destas necessidades é que foram criadas unidades como o Instituto do Joelho, Centro de Obesidade, Instituto do Sono, Medicina Reprodutiva, Centro de Tratamento de Dores na Coluna e, futuramente, um Centro de Aten-ção ao Paciente Oncológico. “Estamos acom-panhando a evolução do mercado de saúde e dando ênfase ao tratamento das patologias de maior incidência”, acrescenta Dr. Mota.

Na área de ensino e pesquisa o HCor também vem se fortalecendo como gerador

de conteúdo científico. Por meio do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP-HCor), a instituição vem ganhando projeção nacional e interna-cional pela coordenação de grandes projetos na área de saúde. Por conta da assinatura do convênio com o Ministério da Saúde de “Apoio Institucional ao Sistema Único de Saúde – SUS”, em novembro de 2008, o Hospital pas-sou a desenvolver vários projetos que impac-tam diretamente a saúde da população como, por exemplo, o sistema de telemedicina para análise de eletrocardiogramas feitos pelas ambulâncias do SAMU em nível nacional.

“Os usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) têm à disposição nas ambulâncias do SAMU um sistema que, por meio de sinais so-noros transmitidos por um telefone celular, re-passa os batimentos cardíacos para uma cen-tral que codifica esses dados e os envia para o HCor. O Hospital por sua vez, por meio de uma equipe de cardiologistas, analisa os traçados da vítima e repassa o laudo para a equipe do SAMU nas ambulâncias. A partir daí os socor-ristas avaliam os procedimentos que devem ser aplicados no paciente no momento do resgate”, explica Dr. Mota. Só para se ter uma ideia do alcance do projeto, entre novembro de 2009 e maio deste ano foram analisados quase 7 mil eletrocardiogramas.

Outro projeto filantrópico que propor-ciona um aprimoramento significativo na área da saúde pública é o Qualiti (Qualidade em Terapia Intensiva), que leva capacitação profissional e segurança para as UTIs de 18 hospitais das regiões Norte, Nordeste e Cen-tro-Oeste. Por meio de um programa de atu-

“Compromisso com a vida. Compromisso com a evolução”

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alização científica desenvolvido pelo HCor e oferecido aos profis-sionais que atuam nessas uni-dades, o Qualiti visa à melhoria da qualidade assistencial no cui-dado a pacientes internados em unidades de tratamento intensivo de hospitais em regiões geografi-camente distantes no Brasil. “Es-tamos disseminando o conheci-mento e levando a excelência do HCor para várias regiões do país”, afirma Dr. Mota.

Mesmo com novos projetos de alcance nacional na área de filantropia, o HCor mantém sua vocação na área de cardiopedia-tria com o atendimento de cri-anças cardiopatas. Considerado uma das principais referências nesta especialidade, o hospital realizou 3309 cirurgias de alta

complexidade em crianças com cardiopatias congênitas, entre 2004 e 2010, sem contar os 415 procedimentos hemodinâmicos feitos só no ano passado, sendo que 40% deles foram de neona-tologia (recém-nascidos com até um mês de vida).

Ainda direcionado à filan-tropia, o HCor está criando o In-stituto Social Hospital do Cora-ção, que possibilitará atuar na gestão de hospitais públicos de São Paulo e levar seu padrão de qualidade para o atendimento de pacientes das redes municipais e estaduais. Com isso, a instituição reafirma ainda mais seu compro-misso com a saúde da população. Compromisso com a vida, com-promisso com a evolução.

Dr. Luiz Henrique de Almeida Mota Superintendente Médico e de

Relações Institucionais do HCor

“HCor mantém sua vocação na área de cardio-pediatria com o atendimento

de crianças car-diopatas. Consi-derado uma das principais refe-rênciasnesta

especialidade”

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O projeto do CoraçãoArtificialAuxiliar (CAA)

Dr. Eng. Aron José Pazin de Andrade,

1. Introdução

1.1AssistênciaVentricularO projeto do Coração Artificial Auxiliar (CAA) teve início em Setembro de

1997 no Instituto “Dante Pazzanese” de Cardiologia (IDPC) como resultado da cooperação entre o Instituto e o Baylor College of Medicine de Houston (Texas), Estados Unidos. Utilizou-se como base a tecnologia do Coração Artificial Total desenvolvida e testada pelo Baylor College. A proposta de desenvolvimento de um Coração Artificial Auxiliar que pudesse ser implantado em paralelo ao co-ração natural do paciente é inédita e inovadora. O CAA eletromecânico poderá ser totalmente implantável e, desta forma, poderá ser utilizado por até cinco anos. A maioria dos pacientes cardíacos, possíveis candidatos a um transplante poderão ser beneficiados com o CAA a um custo inferior aos similares com propulsão eletromagnética ou pneumática. Além disto, com o Coração Auxiliar não existe a necessidade da retirada do coração natural, como é o caso da utilização do Coração Artificial Total, evitando, assim, a eliminação de todo o balanço e controle fisiológico das pressões e fluxos sangüíneos que é realizado pelo coração natural (Andrade, 1998).

1.2 Suporte Biventricular como Ponte para Transplante e

CoraçãoArtificial

Atualmente, o transplante cardíaco é re-conhecido como sendo a melhor terapia em casos terminais de doenças cardíacas graves. Todavia, devido às dificuldades encontradas no sistema de captação de órgãos, muitos can-didatos a receberem um transplante cardíaco morrem enquanto esperam por um doador. Esta discrepância entre possíveis receptores e doadores disponíveis gera uma grande ne-cessidade de dispositivos de assistência circu-latória para suporte à vida destes pacientes

enquanto esperam pelo transplante cardíaco. A assistência circulatória mecânica foi usada inicialmente em falência cardíaca no pós-op-eratório, porém mais recentemente, este tipo de equipamento tem sido usado para suporte cardíaco (ponte para transplante), até que um doador de coração se torne disponível para a realização do transplante.

O primeiro uso clínico de um coração arti-ficial como ponte para transplante foi realiza-do em 1969 por Cooley, quando ele implantou um dispositivo suportando a vida do paciente por 64 horas até que um doador cardíaco se tornasse disponível para o transplante.

Artigo

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1.3 Descrição Coração ArtificialAuxiliar

O Coração Artificial Auxiliar (CAA) é um dispositivo eletromecânico, em que o fluxo obtido é pulsado através de ejeção alternada das câmaras de bombeamento, esquerda e direita. A ejeção é realizada por um motor “Brushless” (sem escovas) de corrente con-tínua (BLDC) que é acondicionado em um cor-po central de alumínio. O motor BLDC trabalha em ambos os sentidos de rotação e através de um atuador mecânico, um parafuso plane-tário de roletes, seu movimento de rotação é transformado em deslocamento linear dos di-afragmas (Andrade, 1998).

O projeto CAA é composto de três módu-los ou Sub-Sistemas:

1) A unidade de bombeamento (Sub-Siste-ma CAA) é composta de: duas câmaras de bombeamento de sangue com placas propul-soras e diafragmas, um atuador mecânico que movimenta os diafragmas e um conversor de

energia composto por motor elétrico sem es-covas de corrente contínua (BLDC).

2) O dispositivo de volume variável (Sub-Sistema Câmara de Complacência) previne sucção ou aumento da pressão no espaço entre os diafragmas, esquerdo e direito, das câmaras de bombeamento de sangue. Estas variações nas pressões podem ocorrer devido a diferenças na velocidade de enchimento e de ejeção das duas câmaras.

3) O terceiro módulo (Sub-Sistema Elétrico) é composto de todos os componentes elétri-cos do CAA, sendo um conjunto de baterias e um controlador (Andrade, 1998).

Os principais componentes do Sub-Sistema CAA são:

a) As bombas esquerda e direita;b) O corpo central;c) O sistema de acionamento eletromecânico;d) A placa suporte e o parafuso de roletes;e) As placas propulsoras e os diafragmas;f) Os conectores de entrada e de saída, con-

forme a Figura 1.

Câmera esquerda

Diafragma

Placa Propolsoraesquerda

Placa SuporteEixo Estabilizador

Sensor Hall para placa suporte

Imã

Bucha guia estabilizadora

Placa Propulsora Direita

Câmara Direita

Rotor do Motor

Estator do Motor

Sensor Hall para placa propulsora esquerda

Parafuso de Roletes

Imã

Figura 1. Desenho Esquemático da montagem dos componentes do Coração Artificial Auxiliar (CAA).

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2. Ensaios Realizados2.1Testes“InVitro”

Os testes “in vitro” realizados estão

descritos a seguir:

2.1.1 Ensaios hemo-dinâmicos – realizados com o objetivo de: determinar volume de ejeção estática versus o deslocamento do di-afragma; simular sistema cir-culatório humano; comparar os resultados com outros tipos de bombas; verificar a resposta da bomba para a operação com enchimento limitado ao invés dos modos de enchimento completo; verificar o desempenho hidrô-dinamico; estudar o funcio-namento geral do CAA como Dispositivo de Assistência Ventricular Esquerda (DAV); verificar a capacidade de res-posta ao enchimento; Identifi-car possíveis vazamentos nas conexões ou defeitos de fabri-cação; verificar alterações na relação pressão e vazão (fluxo ou débito cardíaco em fun-ção da pré-carga) operando em frequência variável e em frequência fixa de 100, 200, 130 e 140 bpm.

2.1.2 Ensaios de hemólise – realizados com o objetivo de: analisar o desem-penho do CAA como disposi-tivo de assistência ventricular

e avaliar o impacto do dispos-itivo em relação à hemólise. Nesses testes foram obtidos valores de Índice Normaliza-do de Hemólise (NIH) do CAA com 3 diferentes velocidades do motor (720, 900 e 1.200 rpm). O CAA apresentou baix-os índices hemolíticos para todas as velocidades do mo-tor estudadas.

2.1.3 - Ensaios de visualização de fluxo - As características do fluxo de sangue exercem um papel importante na sobrevida dos pacientes receptores de um coração artificial. É muito im-portante evitar-se áreas de estagnação de fluxo que po-dem facilitar a deposição de sangue criando uma potencial embolização. Por isso foram realizados estudos a fim de analisar o comportamento do fluxo de sangue no dispositivo CAA.

Os resultados dos en-saios mostraram que o CAA possui excelentes caracterís-ticas hidrodinâmicas, não apresentando áreas de estag-nação do fluxo, regiões de re-circulação ou turbulência no seu interior.

2.1.4 Testes de durabili-dade – realizados a fim de ob-

ter dados de durabilidade dos componentes e do sistema como um todo.

Na primeira etapa de testes, para verificar a du-rabilidade de cada parte ou componentes do CAA, foram realizados testes de durabili-dade sob condições semel-hantes às fisiológicas, por um período total de 4 meses. Foi possível analisar a geração e a dissipação de calor.

Na segunda etapa, foram construídos circuitos de testes compostos por: um CAA con-figurado como DAV esquerdo, um controlador eletrônico (não implantável), uma fonte de alimentação, uma caixa de acrílico com duas câmaras, um fluxômetro e um moni-tor multiparâmetro. Foram contabilizadas 200 horas de ensaio o que corresponde a 960.000 ciclos e nenhuma ocorrência de falhas mecâni-cas, elétricas ou de funciona-mento do CAA foram registra-das.

2.1.5 Ensaios de Segu-rança Elétrica

Os ensaios de seguran-ça em equipamentos eletro-médicos têm como objetivo, verificar se as condições que geram riscos elétricos ao pa-ciente estão dentro de limites

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de segurança, onde não pos-sam causar riscos a saúde do paciente.

2.1.5.1 Correntes de fuga: Foram realizados os en-saios de correntes de fuga per-manentes e auxiliares como

ensaios preliminares de segu-rança elétrica, com objetivo de verificar riscos de choques elétricos ao paciente.

2.1.5.2 Rigidez dielétri-ca: Em todos os pontos sub-metidos às tensões não houve

registro de centelhamento ou ruptura do dielétrico. Os resul-tados são considerados satis-fatórios e não houve falha de isolamento. A Figura 2 mostra o DAV, o controlador eletrôni-co e a bateria utilizados nos testes.

Figura2.FotodoDispositivodeAssistênciaVentricular(DAV),do controlador eletrônico e da bateria.

2.2.Avaliação“InVivo”A fim de viabilizar a apli-

cação do dispositivo, foram realizados novos estudos com implante paracorpóreo do dispositivo, permitindo a visualização do funciona-mento do dispositivo e de-tecção de possíveis coágulos no seu interior; monitorar a

temperatura do dispositivo; verificar o funcionamento das válvulas cardíacas artificiais e possibilitar uma rápida tro-ca do dispositivo em caso de falhas; avaliar as alterações causadas pelo Dispositivo de Assistência Ventricular (DAV) ao organismo do animal e

analisar o desempenho do DAV funcionando em conjun-to com o coração natural do animal.

A Figura 3 mostra o dis-positivo implantado em um animal, após 30 dias de ex-perimento

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Figura 3. Dispositivo implantado em um bezerro de forma paracorpórea, após 30 dias de experimento

Foram realizados seis experimentos com implan-te paracorpóreo, utilizando bezerros com características definidas e previamente sele-cionados.

Durante todo o experi-

mento, foram realizados exa-mes pré-operatórios e pós-operatórios. Após o óbito, foi realizada a necropsia do ani-mal.

Analisando os resultados

obtidos pode-se concluir que os dispositivos funcionaram corretamente e não causaram danos aos animais, estando aptos para utilização nas próximas fases de estudo, ou seja, em avaliações clínicas.

3.Referências ANDRADE, Aron. Projeto, Protótipo e Testes “In Vitro” e “In Vivo” de um Novo Modelo de Coração Artificial Toatl (TAH) por Princípio Eletro-Mecânico de Funcionamento. Tese de Doutorado, Campinas, 1998

Outras Informações:

Dr. Eng. Aron José Pazin de Andrade, Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia / Departamento de Bioengenharia Av. Dr. Dante Pazzanese, 500, Ibirapuera, São Paulo, SP - CEP: 04012-180 Fone: 11-50856230 ou 11-50856041

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Controle dos Fatores de Risco Sem Medicamentos:

PapeldoEstilodeVidaSaudaveldePrevenção das Doenças Cardiacas.

Um pequeno percentual da população dispende a maior parte da verba existente na assistência médica para as populações brasileira e mundial, com doenças devidas ao estilo de vida inadequado e maus hábitos. Isto é, as pessoas adoecem pela maneira que escolheram viver e não por situações inde-pendentes de sua vontade, como genética ou meio ambiente.

Vários estudos científicos, demonstra-ram que 80% dos problemas de saúde se deve à problemas como tabagismo, inativi-dade física, alimentação incorreta, estresse emocional e do alcoolismo, levando não só a pandemia global das doenças cardiovascu-

lares, diabetes, obesidade, e do câncer pros-tático ou de mama, os quais são amplamente preveniveis e mesmo reversíveis, com adoção de hábitos saudáveis.

Com relação à doença coronária, a maio-ria dos pacientes mostra obstruções que fa-talmente levam ao infarto agudo do miocár-dio e à morte súbita. Procedimentos como angioplastia coronária e cirurgia de revascu-larização miocárdica, com pontes de safena ou mamária, custam mais de 100 bilhões de dólares somente nos Estados Unidos. Apesar disso, as pontes arteriais ou venosas podem estar bloqueadas em alguns anos, e as arté-rias coronárias, em alguns meses após a an-gioplastia.

Geralmente os médicos recomendam aos pacientes, após tais procedimentos, ado-tar um estilo de vida saudável, para evitar novos episódios ou para retardar o progresso da doença, como por exemplo, abandonar o cigarro, equilibrar a alimentação, praticar ex-ercícios moderados e procurar conviver com o estresse psicológico. Apenas 10% deles, se-guem as recomendações.

Muitos acreditam que a solução dos problemas está no progresso da medicina, em novos medicamentos ou em técnicas sofisti-cadas e de alta complexidade, mas que rep-resentam igualmente custos elevados, e es-

Dr. Mario F. de Camargo Maranhão,

médico cardiologista e Presidente do Instituto Qualivitae.

Artigo

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quecem que simples escolhas em suas vidas, são igualmente poderosas como drogas ou cirurgias, ou ainda melhores, como compro-vou o cardiologista Dean Ornish, fundador do Instituto de Medicina Preventiva e Pesquisa e da Universidade da Califórnia de San Francis-co. www.pmri.org

Tais escolhas são particularmente efica-zes em Cardiologia e estudos clínicos envol-vendo grande numero de pacientes, demons-traram que as alterações no estilo de vida, podem prevenir até 90% das doenças cardio-vasculares, com redução na perda de vidas preciosas e ajudando a controlar os custos na

saúde pública universal.

Recentemente, o mesmo pesquisador e seus associados , publicaram o primeiro estu-do, demonstrando que a adoção de hábitos saudáveis estimulam a expressão dos genes que previnem doenças, além de inibir aqueles que os promovem em apenas três meses. Por outro lado, a adoção de hábitos saudáveis pro-move aumentos significativos da telomerase e o comprimento dos telomeros, que são ter-minações de nossos cromossomos, ajudando a controlar o envelhecimento e prolongar a vida.

• Professor de cardiologia da UFPR e Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná.

• Fundador e Presidente do Instituto Qualivitae – www.qualivitae.org

• Ex-Presidente das Sociedades Brasileira, Interamericana e Federação Mundial de Cardiologia

• Presidente do Conselho Editorial desta revista

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A saúde suplementar brasileira, que tem 45,5 milhões de usuários e movimenta mais de R$ 60 bilhões por ano, está à beira de uma grave crise. Indignados com a conduta abusiva das op-eradoras e cansados das improdutivas negocia-ções por reajuste de honorários, médicos de diver-sas especialidades em todo o país têm avaliado a possibilidade de suspensão do atendimento a vários planos de saúde. Este cenário é resultado da intransigência das operadoras que ameaçam os médicos de descredenciamento, cancelam ou atrasam o pagamento de serviços previamente autorizados, interferem na autonomia do médico, negam autorização de procedimentos essenci-ais para o paciente e recusam as propostas de reajuste anual de honorários.

A adesão de grande parte dos 160 mil médi-cos credenciados a planos de saúde à paralisação nacional de atendimentos eletivos no último dia 7 de abril expôs o grau de insatisfação da categoria. Pressionadas pela opinião pública, as operadoras reagiram ao movimento. Curvando-se subservi-entemente aos interesses destas empresas, a Sec-retaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça lançou uma arbitrária nota técnica que proibia as entidades médicas de liderar movimen-tos de paralisação. Esta afronta ao legítimo direito dos médicos de reivindicação por melhor remune-ração foi prontamente cassada na Justiça. O juiz considerou que a SDE não tinha competência so-bre a atividade médica e suas entidades, pois não se tratam de empresas, mas, sim, de profissionais liberais e seus representantes.

É importante ressaltar que os constantes aumentos das mensalidades não refletem em au-mento do valor pago ao médico. Não é mera coin-cidência que as operadoras estejam nas mãos dos empresários mais ricos do país, que até figuram como novos bilionários em listas de revistas inter-nacionais de economia. Com a omissão da Agên-cia Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão regulador que deveria atuar em defesa do usuário, estas empresas aplicam sucessivos reajustes às mensalidades com a justificativa de variação de custos "médicos". Sem contar que, atualmente, só credenciam os médicos como pessoa jurídica, burlando a legislação tributária. Com o discurso

de que os reajustes liberados pelo ANS são insufi-cientes para cobrir seus custos, elas arrocham os honorários médicos para manterem seus lucros intocáveis. Entre 2000 e 2009, estes reajustes acumularam 133%. Realidade completamente oposta à dos médicos, que não recebem reajuste anual e ainda têm gastos crescentes, como impos-tos, salários e informatização dos consultórios.

Sem forte fiscalização da agência regulado-ra, a saúde suplementar é terra de empresários que tratam o bem-estar da população brasileira como negócio e promovem desmandos econômi-cos como monopolização e cartelização do mer-cado. Dentre as novas tendências deste setor está a compra da carteira de clientes de operadoras pequenas e de rede de hospitais, além da criação de planos populares a preços acessíveis com rede credenciada e coberturas reduzidas. Com o slo-gan "os melhores médicos pelo preço que você pode pagar", alguns planos - que cobram R$ 35 por mês - iludem os usuários insinuando que eles terão todo o tipo de atendimento necessário.

Em vez de questionar a criação de planos populares com rede credenciada reduzida, a ANS determinou recentemente prazos máximos de atendimento para consultas e exames. Tal norma está sendo questionada na Justiça pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), porque vai interferir na relação entre médico e paciente. Isto porque o usuário certa-mente cobrará que o médico tenha agenda livre para cumprir a determinação da ANS. O critério usado para definição destes prazos, inclusive, deve ter sido um mero exercício de criatividade.

Medicina não é ciência exata e o tempo da consulta médica depende de cada paciente. Não se pode tratar a agenda do consultório médico como a linha de produção de uma fábrica. Este tipo de pressão da ANS e das operadoras faz com que o paciente entenda que há uma relação de "consumo" com o seu médico, que deveria se pre-ocupar apenas em atender o seu paciente com qualidade, presteza e atenção.

A mercantilização da Saúde Dra. Márcia Rosa de Araujo

presidente do Cremerj.

Opinião

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Sigilo médico deve ser respeitado em requisição judicial

Quando o médico recebe requisição judicial para apresentar prontuário, deve apresentar resposta ao ofício, esclarecendo que este documento é revestido de sigilo profissional, conforme determina o art. 73 do Capítulo X, do Código de Ética Médica (Resolução CFM nº 1.897/09), orienta o departamento jurídico do Cremesp.

Se houver autorização do paciente para o envio do prontuário para sua defesa em juízo, a vedação do sigilo é relativizada e, neste caso, o médico pode en-viar o documento. Porém, deverá solicitar ao juiz que o prontuário médico seja colocado à disposição de um perito nomeado.

Se não houver autorização do paciente e o juiz não aceitar a resposta de que o prontuário será disponibi-lizado a um perito ou insistir no pedido (com advertên-cia sobre crime de desobediência), o médico deverá impetrar habeas corpus preventivo por se encontrar na iminência de sofrer coação ilegal na sua liberdade de ir e vir.

“As tentativas de banalização do sigilo profis-sio-nal do médico por parte de algumas pessoas, e até de autoridades, têm sido barradas nos Tribunais brasileiros, notadamente nos Superiores, onde repousa a jurisprudência do bem maior social que representa”, afirma Henrique Carlos Gonçalves, coordenador do de-partamento jurídico do Cremesp.

Henrique Carlos Gonçalves, coordenador do departamento

jurídico do Cremesp.

Direitos

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É médico cardiologista pioneiro da Car-diologia Intervencionista (hemodinâmica), fez as primeiras cineangiocoronariografias no Brasil (1966) e é o criador da técnica (2001) de revestir o stent a ser implantado na artéria coronária com um fármaco (rapamicina), que reduz a reestenose, isto é, impede que a ar-téria desenvolva novamente estreitamento no sítio tratado. Foi também diretor do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. É membro da Academia Brasileira de Medicina. Livre-do-cente da Escola Paulista de Medicina e profes-sor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Concluiu a especialização em cardiologia pediátrica, pela Harvard Medical School, em 1963, e o doutorado em cardiologia pela Uni-versidade de São Paulo, três anos mais tarde. Tem livre-docência pela Universidade Federal de São Paulo, em 1974.

Moraes Rego foi diretor técnico do Institu-to Dante Pazzanese de Cardiologia entre 1983 e 2004. Atualmente, é presidente do conselho de curadores da Fundação Adib Jatene, dire-

Perfil

tor médico e chefe do serviço de cardiologia intervencionista do Hospital do Coração da As-sociação do Sanatório Sírio.

É professor de pós-graduação e orien-tador da Universidade de São Paulo desde 1993. Publicou cerca de 400 artigos em periódicos especializados, como autor e/ou co-autor e 744 trabalhos em anais de eventos. Possui 64 capítulos de livros publicados. Par-ticipou de mais de uma centena de eventos no exterior e no Brasil e ainda recebeu dezenas de prêmios e homenagens. Nos últimos 12 anos, participou de 85 projetos de pesquisa. Tem experiência na área de medicina, com ênfase em cardiologia intervencionista. Atua principalmente nos seguintes temas: stents, stents coronários, reestenose e infarto agudo do miocárdio.

Prof. Dr. José Eduardo Moraes Rego Sousa,

No dia 10 de abril de 2007, tomou posse na Academia Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro, o Prof. Dr. José Eduardo Moraes Rego Sousa.

O Prof. Eduardo Sousa ocupou como menbro Titular, a cadeira nº 9 - Patrono Miguel Couto - em uma solenidade onde foi saudado pelo Acadêmico Prof. Dr. Adib Domingos Jatene em nome de todos os Acadêmicos.

Memória

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