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Newsletter dos Portos de Setúbal e Sesimbra Nº 11 - Julho de 2006 - Trimestral

Newsletter_n11

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Newsletter dos Portosde Setúbal e SesimbraNº 11 - Julho de 2006 - Trimestral

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FICHA TÉCNICA

Newsletter dos Portos de Setúbal e SesimbraNúmero 11 – Julho de 2006

Propriedade: APSS - Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Morada: Praça da República - 2904-508 SetúbalTel.: (+351) 265 542 000 - Fax: (+351) 265 230 992

Email: [email protected]

www.portodesetubal.pt

Directora: Fátima ÉvoraEdição: Departamento de Marketing e Documentação

Colaboradores convidados: Pedro Ponte, José Augusto Felício

Concepção Gráfica: N design_integrado

Impressão: Armazém de Papéis do Sado, Lda.ISSN: 1645-913X

Depósito Legal: 202330/03Tiragem: 1.200 exemplares

Periodicidade: TrimestralDistribuição: Gratuita

APSS,SA - Todos os direitos reservados.

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EDITORIAL

O Presidente,Engº Carlos Gouveia Lopes

É com grande satisfação que divulgamos neste número da

newsletter, entre outras notícias, duas novidades que, esperamos,

irão potenciar o desenvolvimento do Porto de Setúbal e da região

em que se insere ao longo dos próximos anos. Referimo-nos à

nova linha de contentores da MAERSK Line, o primeiro armador

mundial, e ao anúncio da Tutela sobre o projecto de plataformas

logísticas que irão beneficiar em muito a oferta deste porto.

A captação da linha da MAERSK Line é uma prova das

vantagens competitivas do Porto de Setúbal e representa uma

oportunidade de crescimento do tráfego de contentores deste

porto. Este acontecimento vem, precisamente, ao encontro de um

dos objectivos definidos no âmbito do Plano Estratégico dos Portos

de Setúbal e Sesimbra, desenvolvido sob a égide desta

administração.

Estamos certos que, na decisão de escolha do Porto de

Setúbal por aquele operador mundial, terão pesado razões diversas

designadamente as excelentes vantagens deste porto, a

determinação da Sadoport, operador portuário que gere o Terminal

Multiusos 2, e os esforços e empenho de todos os colaboradores

da APSS.

No dia 9 de Maio, o Senhor Ministro das Obras Públicas,

Transportes e Comunicações, Engº Mário Lino, anunciou a

construção duma plataforma logística na localidade de Poceirão,

a maior do País, com uma extensão de 420 hectares, que

corresponderá a um investimento total de 307 milhões de euros.

Para além da plataforma do Poceirão, que dista do Porto

de Setúbal cerca de 15 km, este porto irá ainda beneficiar da

plataforma transfronteiriça Elvas/Caia, ambas incluídas na Rede

Nacional de Plataformas Logísticas, permitindo o alargamento do

hinterland do porto até Espanha.

A adição de serviços logísticos aos portuários representa

uma oportunidade para o Porto de Setúbal e o aumento da sua

competitividade nas cadeias logísticas da Península Ibérica,

designadamente nas que servem as regiões até Madrid.

Importa também aqui referir a comemoração, realizada

durante o mês de Março, do record de 150 milhões de toneladas

movimentadas no Porto de Setúbal, a contar desde 18 de Dezembro

de 1923, altura em que foi criada a Junta Autónoma das Obras do

Porto e da Barra de Setúbal e do Rio Sado. Com esta iniciativa

simbólica pretendeu-se homenagear as gerações de colaboradores

que contribuíram para o desenvolvimento do porto e,

consequentemente, para a realização daquele record, bem como

o papel dos actuais colaboradores da APSS e das

empresas/instituições parceiras.

Finalmente no Porto de Sesimbra decorre em bom ritmo

o estudo de ordenamento, agora em fase de apresentação de

propostas, após aprovação do diagnóstico de situação. A hora de

divulgação do cenário escolhido

começa a estar próxima.

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04

NOTÍCIAS

APSS comemora 150 milhões detoneladas movimentadas no Porto deSetúbal

A APSS – Administração dos Portos de Setúbal eSesimbra, SA comemorou, durante o mês de Março, orecord de 150 milhões de toneladas movimentadas noPorto de Setúbal, a contar desde 18 de Dezembro de 1923,

altura em que foi criada a Junta Autónoma das Obras doPorto e da Barra de Setúbal e do Rio Sado.

Com a realização desta iniciativa, a APSS visou os seguintes

objectivos: homenagear as gerações de colaboradores que

contr ibuíram para o desenvolvimento do porto e,

consequentemente, para a realização daquele record; destacar o

papel dos actua is colaboradores da APSS e das

empresas/instituições parceiras na “construção do porto”,

envolvendo a “grande equipa” do porto no evento; dar a conhecer

o porto aos colaboradores e à população da região de Setúbal.

O programa incluiu várias actividades, iniciando-se com

as “Tardes do Porto de Setúbal”, que compreendeu quatro palestras

temáticas, a saber: “Um Porto com História”, pela Profª Doutora

Conceição Quintas; “Um Porto Moderno”, pelo Prof. Doutor Crespo

de Carvalho; “A Náutica de Recreio”, pelo Dr. António Capoulas;

“As Pescas”, pelo Dr. Eurico Monteiro. As apresentações

proporcionaram a troca de pontos de vista e o convívio entre os

oradores e os convidados da assistência.

Outra das iniciativas consistiu na realização de visitas

guiadas em autocarro aos terminais portuários, que pretendeu dar

a conhecer as actividades portuárias ao público em geral e promover

a abertura do porto à cidade.

As comemorações encerraram no dia 10 de Abril com uma

cerimónia simbólica, realizada no Terminal Multiusos 2, a que

assistiram mais de duzentos convidados, entre entidades oficiais,

clientes, comunidade portuária, fornecedores, ex-administradores

da APSS, jornalistas e colaboradores da empresa. A comissão de

honra integrou, além do presidente do CA da APSS, Engº Carlos

Gouveia Lopes, a Senhora Secretária de Estado dos Transportes,

Engª Ana Paula Vitorino, a Senhora Governadora Civil, Arquitecta

Teresa Almeida, e o Senhor Presidente da Câmara Municipal de

Setúbal, Carlos Sousa.

O presidente do CA da APSS no discurso de abertura da

cerimónia, agradeceu o contributo das gerações de colaboradores

e parceiros de negócio que, “ao longo de 83 anos, deram o seu

melhor em prol do desenvolvimento do Porto de Setúbal,

tornando-o no porto atractivo que hoje conhecemos”. Como prémio

simbólico do record deste porto na movimentação de 150 milhões

de toneladas acumuladas, atingido em meados de Março, foi

oferecida uma escultura de cristal ao representante da Grimaldi,

Marcello Di Fraia, armador que completou esta marca.

A Secretária de Estado dos Transportes, Engª Ana Paula

Vitorino, encerrou a cerimónia sublinhando a importância dos

portos portugueses enquanto portas de entrada e saída da Península

Ibérica e enunciou as transformações que estão em curso no sector,

que visam reforçar o papel dos nossos portos como pontos de

referência nas rotas intercontinentais.

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05

NOTÍCIAS

APSS apresentou Plano Estratégico

No dia 28 de Março, no âmbito do programa dascomemorações do record das 150 milhões de toneladas

movimentadas no Porto de Setúbal, a APSS, SA apresentouo Plano Estratégico dos Portos de Setúbal e Sesimbra àcomunidade portuária, tendo-se divulgado as principaislinhas estratégicas que irão balizar o desenvolvimentocomercial e dominial dos dois portos durante os próximosanos.

O documento foi elaborado pela consultora IN/OUT Global,

com a participação dos membros do Conselho de Administração

da APSS, dos quadros da empresa e dos principais membros da

comunidade portuária, do qual resultou um instrumento participado

e colectivamente assumido.

O Plano Estratégico preconiza uma visão de futuro, que

posiciona o Porto de Setúbal como a solução ibérica mais

interessante (em tempo e custos), para uma qualquer ligação até

Madrid que pretenda utilizar Setúbal como entrada/saída da Península

Ibérica, com navios até doze metros livres de calado, em qualquer

condição de maré.

O plano aposta no reconhecimento do Porto de Setúbal

como líder nacional no segmento Ro-Ro, na diversificação de

mercados, na subida de valor através da carga contentorizada e

ainda em cadeias logísticas iberizadas.

Das principais acções previstas no Plano Estratégico

destacam-se as seguintes: concepção e operacionalização dum

plano comercial agressivo e internacional, a executar com os

concessionários; definição de serviços ferroviários de transporte

combinado até Madrid; integração na logística ibérica em parceria

com uma plataforma em Madrid; adequação da estrutura do porto,

orientado-a para os grandes clientes e para a concorrência com

os portos espanhóis.

Porto de Setúbal atrai número ummundial

O Porto de Setúbal vai receber a primeira linhasemanal de navios de contentores da Maersk Line, o maior

operador global de linhas de contentores. O serviço efectuaa ligação entre a Europa e a costa ocidental africana, compassagem em Algeciras, efectuando escalas semanais noPorto de Setúbal.

Após um período de negociações que envolveu a Sadoport,

o operador portuário com a concessão do Terminal Multiusos

zona 2, e a APSS, SA, a Maersk Line acordou com este operador

a prestação de serviços de operação portuária semanais neste

terminal do Porto de Setúbal.

A captação de linhas é uma prova das vantagens

competitivas deste porto e representará um crescimento significativo

do tráfego de contentores no Porto de Setúbal. A primeira escala

em Setúbal está prevista para o final de Julho do ano em curso.

Na opinião do Presidente do Conselho de Administração

da APSS, na decisão de escolha do Porto de Setúbal terão sido

valorizados a localização estratégica, os acessos marítimos, a rede

VigoLeixões

Setúbal

Algeciras

Dakar

Point Noire

Luanda

Walvis Bay

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NOTÍCIAS

06

de acessos terrestre, a dimensão do terminal e a flexibilidade e

qualidade garantidas pelo operador portuário.

O serviço que integra a linha West Africa escala os seguintes

portos: Vigo, Leixões, Setúbal, Algeciras, Dakar, Pointe Noire, Luanda,

Walvis Bay (nas saídas em semanas pares); Vigo, Leixões, Setúbal,

Algeciras, Mindelo, Luanda e Walvis Bay (nas saídas em semanas

ímpares).

A Maersk é um operador global com serviços em todo o

mundo, com cerca de 325 escritórios, localizados em 125 países.

Dispõe duma frota superior a 500 navios de contentores e mais de

1.400.000 contentores.

Entre as diversas distinções atribuídas à Maersk, destacam-

se a nomeação para "Best Global Shipping Line", no 20th Asian

Freight and Supply Chain Awards (AFSCAs), em Kuala Lumpur, a

27 de Abril de 2006, e a nomeação para “Best Global Carrier 2006”,

atribuído na cerimónia de comemoração dos 50 anos de

contentorização, “Containerisation International Awards Ceremony”,

realizada em Nova York, em 23 de Março de 2006.

RNPL inclui mega plataforma logísticano Poceirão

A Rede Nacional de Plataformas Logísticas, anunciada no

dia 9 de Maio deste ano pelo Ministro das Obras Públicas,

Transportes e Comunicações, Engº Mário Lino, prevê a construção

duma plataforma logística na localidade de Poceirão, que será a

maior do País, com uma extensão de 420 hectares. Trata-se dum

investimento de 307 milhões de euros.

A plataforma logística do Poceirão tem subjacente o conceito

de multimodalidade (rodo e ferroviária) e será vocacionada para

apoiar as necessidades logísticas e de transporte da Área

Metropolitana de Lisboa, designadamente das mercadorias que

utilizam os portos de Lisboa, Setúbal e Sines. Dentre os objectivos

estratégicos, destacam-se a articulação dos fluxos logísticos

internacionais, nacionais e regionais e o alargamento do hinterland

dos portos, através da oferta de actividades logíst icas

complementares.

Esta plataforma conta com um investimento total estimado

de 307 milhões de euros, dos quais 17 milhões em acessibilidades.

De acordo com a Secretária de Estado dos Transportes, Engª Ana

Paula Vitorino a plataforma "usufrui de bons acessos rodoviários

(IP1, IP7 e IC11) e a nível ferroviário tem ligação às linhas do Sul

e do Alentejo e futuramente à linha de Alta Velocidade Lisboa-

Madrid prevista para tráfego misto".

Para além da plataforma do Poceirão, que dista do Porto

de Setúbal cerca de 15 km, este porto irá ainda beneficiar da

plataforma transfronteiriça Elvas/Caia, permitindo o alargamento

VigoLeixões

Setúbal

Algeciras

Dakar

Point Noire

Luanda

Walvis Bay

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07

NOTÍCIAS

Plano de investimentos da APSS,SA em 2006

do seu hinterland. O projecto tem um investimento de 59 milhões

de euros, ocupando uma área de cerca de 60 ha, que inclui áreas

de logística especializada, multifunções, serviços de apoio às

empresas, veículos e um terminal multimodal.

A Rede Nacional de Plataformas Logísticas tem por objectivo

transformar Portugal numa Plataforma Atlântica de entrada de

mercadorias internacionais no mercado ibérico e europeu e servir

as necessidades nacionais e regionais.

O projecto, que representa um investimento total de 1.038

milhões de euros e uma área total de 844 ha, distribuída por onze

plataformas, visa a captação de novos tráfegos (2 milhões de tons),

uma redução em cerca de 10% dos custos logísticos, bem como

a redução de emissões poluentes.

A rede de plataformas contempla quatro tipologias, a saber:

(1) Plataformas urbanas nacionais, que visam reordenar o sistema

logístico e os fluxos de transporte, previstas para Maia/Trofa e para

Poceirão; (2) Plataformas portuárias, que visam incrementar a

actividade portuária e expandir a sua área de influência, a construir

em Leixões, Aveiro, Bobadela e Sines; (3) Plataformas

transfronteiriças, direccionadas para o desenvolvimento da economia

regional e para a expansão do hinterland dos portos portugueses,

a criar em Valença, Chaves, Guarda e Elvas/Caia; (4) Plataformas

regionais, que irão contribuir para a coesão da rede, a construir em

Tunes, na região algarvia.

Na apresentação do plano, o Ministro das Obras Públicas,

Transportes e Comunicações sublinhou o papel da designada Janela

Única Logística, que consiste na interligação das plataformas

logísticas por um sistema informático que integre as autorizações

alfandegárias à exportação e importação de mercadorias, bem

como as restantes autorizações administrativas à saída e entrada

de bens no país.

UN:1000 Euros

Porto Comercial

Extensão do Terminal Ro-ro para montante1ª fase (Estudos)

Recuperação Ambiental/Funcional do TerminalEurominas e Acessos Terrestres

1ª fase (Estudos)

InvestimentoFCPIDDACAPSS, SA

InvestimentoFCPIDDACAPSS, SA

187159

28

368313

55

Ambiente e Segurança

Plano de Monitorização Ambiental dos Portosde Setúbal e Sesimbra

Instalações de Apoio ao Trem Naval de combateà poluição e reboques

Equipamento de Pilotagem

InvestimentoFEDERPIDDACAPSS, SA

InvestimentoFEDERPIDDACAPSS, SA

InvestimentoF. Comunit.PIDDACAPSS, SA

322115100105

4.2922.380

8001.112

800

800

Acessos

Dragagens de Manutenção no Porto de Setúbal

Reparação do caminho-de-ferro no TerminalMultiusos

InvestimentoF. Comunit.PIDDACAPSS, SA

InvestimentoF. Comunit.PIDDACAPSS, SA

1500

1500

191

191

Pesca

Ordenamento do Porto de Sesimbra

Reabilitação do Edifício da Lota do Porto deSetúbal1ª fase - Projecto

InvestimentoF. Comunit.PIDDACAPSS, SA

InvestimentoFEDER/MAREPIDDACAPSS, SA

383

30380

50

50TOTAL

InvestimentoF. ComunitáriosPIDDAC/OEAPSS,SA

8.0942.9671.2033.924

Financiamento Financiamento

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08

OPINIÃO

O Porto de Setúbal nas áreasmetropolitanasJ. Augusto Felício*

Nas áreas metropolitanas de Lisboa e Setúbal, localizam-

se cerca de 3,2 milhões de habitantes e compreende um dos

principais pólos de concentração industrial e comercial do país,

num raio de cem quilómetros centrado entre as duas cidades, onde

se realizam cerca de 31% do PIB industrial nacional.

O porto de Setúbal dista 40 km a sul de Lisboa, com uma

larga tradição de porto comercial, considerando-se a região

circundante ao porto como local ideal para a localização de

investimentos industriais e logísticos (APSS, Handbook). Ou seja,

nesta imensa área, à dimensão do país, existem dois dos maiores

portos nacionais, com histórias muito diferentes. Desde a antiguidade

que o porto de Lisboa tem tradição comercial, como porto nacional.

O Director deste porto, até recentemente, possuiu estatuto e

prerrogativas equivalentes a Ministro de Estado. Ao invés, o porto

de Setúbal, muito embora, desde longa data, seja um importante

centro de comércio marítimo, apresenta história comercial com

maior significado económico em período bem mais recente.

Porventura, esta realidade estará ainda a criar obstáculos ao seu

desenvolvimento.

Tem-se vindo a assistir a grandes mudanças económicas

e sociais. Nesta perspectiva, para compreender o desenvolvimento

actual e futuro dos portos de Lisboa e Setúbal, torna-se necessário

colocar três questões essenciais: a) o que se entende hoje por

porto moderno; b) como assegurar a rendibilidade dos enormes

investimentos em capital intensivo num porto moderno, eficiente

e eficaz; c) como entender a cidade como entidade multi-

organizacional interligada em rede, associada a exigências de

vocação e racionalidade.

O porto moderno é uma entidade complexa que envolve

infra-estruturas e equipamentos que possibilitam o interface do

navio com outros modos de transporte, dotada de condições para

a prestação de serviços à carga e ao navio, com zonas para a

localização de outras organizações associadas ao transporte marítimo

e espaços para o desenvolvimento de concentrações empresariais,

especialmente indústrias. Na perspectiva mais abrangente o porto

moderno transforma-se num centro de negócios.

Por razões de índole económica, é importante conhecer o

tipo de serviços que certo porto pode realizar tão bem ou melhor

que outros e com tarifas ou preços mais vantajosos. Por sua vez,

o conhecimento dos agentes deste ou daquele porto tem significado

económico, que decorre da sua identidade e denominação ou

marca. O porto dispõe de certos requisitos diferenciados que lhe

confere posicionamento.

É da maior importância

perceber o porto como

organização, com objectivos

e c o n ó m i c o s e d e

rendibilidade, em competição

com outras organizações.

Quem acompanha o sector

portuário nacional reconhece

a existência de défice de

competição intra e entre portos

nacionais. Dentro do porto

porque é insuficiente o volume de actividade para sustentar a

competição entre operadores. Entre portos pelas mesmas razões,

com consequências no tipo de investimentos.

Será que é possível e recomendável que os portos nacionais

estejam em competição entre si? Será que realizando-se investimento

público este não tem um preço? Será que o mercado nacional

dispõe de massa crítica para suportar a competição entre os portos

principais? Será que cada porto, per si, dispõe de condições

competitivas entre terminais? Cada porto deveria especializar-se.

Trata-se da vocação.

Na União Europeia existem mais de mil portos. Percebendo

que a UE pretende reduzir o seu número, por questões de

racionalidade de investimento e de internalização de custos, por

que razão o sistema portuário nacional não se adapta à sua dimensão

crítica? Optar por vocacionar os portos e apostar a nível nacional

pela sua complementaridade parece ser, porventura, o caminho

adequado.

Apostar na vocação do porto de Setúbal antecipa o futuro.

Qual deverá ser a sua vocação? Deverá competir com outros portos

Page 9: Newsletter_n11

09

OPINIÃO

no mesmo mercado pertinente ou deverá apostar na

complementaridade das suas actividades essenciais – core? Quem

determina as complementaridades? Quem se dispõe a investir nos

portos se não forem rendíveis? – Apenas o Estado. Porquê e com

que propósito? Neste caso, tenha-se em atenção que os preços ou

tarifas deverão basear-se no mercado internacional.

Quando se lêem os relatórios e contas de entidades públicas

ou se assiste à publicitação de planos estratégicos os portos

apresentam elevadas taxas de crescimento baseadas, por exemplo,

no hinterland de Madrid. Será que as projecções são realistas? Os

portos de Valência, Algeciras, Vigo, Santander ou Bilbau têm ou

não grande interesse competitivo em relação ao hinterland de

Madrid? Não deveriam os portos nacionais competir com os portos

ibéricos e europeus?

A ambição desmedida afecta a credibilidade. Observe-se

que um dos papéis dos gestores é o de assegurar a sua própria

credibilidade e a credibilidade das organizações que dirigem.

A análise orienta o porto de Setúbal no sentido de o vocacionar

como porto industrial e porto comercial. Porto industrial porque

dispõe de terminais dedicados devido a residirem na sua área de

influência indústrias que deles necessitam para operar. Porto

comercial porque dispõe de condições para servir o mercado

diverso das áreas metropolitanas de Lisboa e Setúbal.

A vocação do porto torna-se visível na análise dos seus

tráfegos. O porto movimentou cerca de 6,6 milhões de toneladas,

em 2005. A carga de cabotagem, com cerca de 1,3 milhões de

toneladas, representa 19,4% do total da carga movimentada. A

carga com destino fora da União Europeia representa cerca de 37%

do total movimentado e com destino à EU cerca de 44%.

São os terminais multiusos, terminal RO-RO e terminais

dedicados os mais usados. Por modo de acondicionamento, os

granéis sólidos registaram cerca de 3,2 milhões de toneladas,

equivalente ao conjunto dos granéis líquidos e à carga geral, com

cerca de 3,4 milhões de toneladas.

A carga de contentores

continua a evoluir. Entretanto,

a Maersk transferiu-se

recentemente para o porto de

Setúbal. Por sua vez, os

terminais de uso privativo

movimentam cerca de 60%

do total do porto, claramente

em crescimento face aos

terminais públicos.

Entretanto, a actividade dos terminais associados a indústrias

tem vindo a crescer, porque a região é atractiva, nomeadamente

porque as indústrias aproveitam as infra-estruturas logísticas

próximas das áreas metropolitanas – mercado – e porque o porto

dispõe de condições para explorar terminais dedicados. Os terminais

multiusos e roll-on roll-off são muito utilizados.

A rede nacional de plataformas logísticas que, segundo o

Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, permitirá

‘transformar Portugal numa Plataforma Atlântica de entrada de

movimentos internacionais no mercado ibérico e europeu’, apresenta

na área de influência do porto de Setúbal a Plataforma multimodal,

rodo e ferroviária do Poceirão, de apoio à A.M. de Lisboa e aos

portos de Lisboa e Setúbal. Este facto privilegia naturalmente o

porto de Setúbal como porto industrial e comercial. Por sua vez,

é um porto com vocação comercial. Em que actividades deverão

apostar?

O porto é condição necessária mas não suficiente para o

desenvolvimento da cidade. Não é suficiente porque são necessárias

condições logísticas e outras para que as indústrias numa economia

moderna e competitiva façam a opção pela localização. Não basta

o porto. Qual é hoje o papel da cidade moderna?

Observe-se a relação entre o porto e a sua cidade. Que influência

tem o porto no desenvolvimento da cidade de Setúbal? Em que

medida o seu desenvolvimento depende do porto? Hoje e no futuro

a cidade crescerá dependente, no essencial, das opções e vocação

determinados para o porto industrial e porto comercial.

Esta avaliação é da maior importância e liga-se com o novo

conceito de cidade e de terminais dedicados. Que condições deverão

proporcionar as cidades aos cidadãos e às empresas para que estes

optem por escolher esta ou aquela cidade? As cidades competem

ou não entre si? Se sim, quais são as condições que deverão

desenvolver para atrair os investidores e as pessoas?

A cidade passou a ser uma entidade multi-organizacional

interligada em rede, o que implica consequências profundas nos

conceitos adoptados. As pessoas cada vez mais concentram-se

em aglomerações urbanas para beneficiar de condições de serviço

e de infra-estruturas, o que coloca as cidades em competição entre

si. Daqui inferem-se diferentes graduações, conforme as condições

oferecidas, o que leva os cidadãos a escolher onde viver e onde

trabalhar. Os fluxos e refluxos de imigração espelham à escala de

um país pouco desenvolvido o fenómeno.

Assumindo alguns destes factores como sustentáveis,

compreende-se a importância que tem a cooperação entre si dos

responsáveis pela cidade e pelo porto, o que confere vantagem

para o desenvolvimento da região.

(*) Doutor em Gestão

Director do curso de Pós-graduação em Gestão do Transporte

Marítimo e Gestão Portuária

Page 10: Newsletter_n11

10

OPINIÃO

A segurança é um pré-requisito para o desenvolvimento

económico sustentado. Os conflitos não só destroem estruturas,

incluindo as sociais, como também encorajam a criminalidade,

detêm o investimento e impossibilitam a normal actividade

comercial. Alguns países europeus, apanhados indirectamente em

ciclos de conflitos, insegurança e pobreza, tornam-se focos de

movimentos migratórios e acções terroristas difíceis de eliminar.

Os portos representam um dos elos mais sensíveis da

cadeia de abastecimento, pelo facto de, por estes passar uma

percentagem enorme de todas as mercadorias do comércio

internacional (90 % do volume), são pólos em torno dos quais

gravitam actividades de expedição de mercadorias perigosas e

ainda são o ponto de encontro de múltiplos interfaces públicos e

privados.

Reconhecendo a relevância e vulnerabilidade do transporte

marítimo e das instalações portuárias, as entidades e agentes

económicos viram-se obrigados a reforçar a sua segurança através

da regulamentação internacional estabelecida pela Organização

Marítima Internacional (OMI), com a implementação, a 1 de Julho

de 2004, do Código ISPS e do regulamento nº 725 do Parlamento

Europeu e do Conselho, de 31 de Março de 2004.

Considerando que a legislação existente estava limitada

ao interface navio/instalação portuária e que cobria apenas parte

das medidas necessárias para garantir um nível de segurança

adequado em toda a cadeia de transporte conexa, surge a directiva

nº65 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de Outubro de

2005, relativa ao reforço da segurança nos portos, apresentando-

se como um segundo patamar de medidas com exigência

incremental, passando a abordar o porto como uma unidade,

integrando os vários planos de segurança das instalações portuárias

num plano de segurança do porto e surgindo a figura do oficial de

segurança do porto.

Tenta-se por via da gestão integrada e do reforço da

segurança atingir os seguintes benefícios :

1. Garantir a continuidade do fluxo comercial do Porto e

proporcionar um enquadramento uniforme para o reforço

da segurança nos portos;

2. Reduzir a probabilidade de incidentes e aumentar a eficiência

da gestão de crises;

3. Reduzir os tempos de resposta por via do planeamento,

simulação, treino, comunicações e networking;

4. Reduzir o impacto económico por via da identificação das

infra-estruturas críticas para a continuidade operacional;

5. Mitigar as repercussões socio-económicas visando diminuir

os tempos de recuperação;

6. Melhorar a credibilidade e a imagem públicas dos portos e

diminuir os prémios das seguradoras;

7. Promover o relacionamento e cooperação interna nas

comunidades Portuárias, partilhando responsabilidades na

prossecução da segurança;

8. Promover o relacionamento e cooperação externa entre

entidades reguladoras, autoridades e shipping mundial,

proporcionando o mútuo reconhecimento e a diminuição de

formalidades;

9. Promover uma abordagem pluridisciplinar, com particular

enfoque na relação entre a segurança e o ambiente natural

das zonas portuário-marítimas e não marítimas, num quadro

Os desafios da Segurança “Protecção“na sustentação da visão estratégicado Porto de SetúbalPedro Ponte (*)

Page 11: Newsletter_n11

11

OPINIÃO

urança portuária;

flexibilidade e polivalência de actuação em

cidentes de causa natural, quer para o transporte

r para as populações contíguas, quer ainda para

ho e terrestre.

emento da segurança tem um investimento

a aquisição de tecnologia, na formação dos

rocesso logístico ou simplesmente na entropia

nto, aumentar a segurança das cadeias logísticas

ra a eliminação de formalidades supérfluas e

ficações, promovendo uma maior fluidez das

citamente mais comércio.

> Maior Fluidez > Mais comércio

que os benefícios associados à harmonização

rmitirão reduzir e economizar entre 0,2

das mercadorias transaccionadas. O

deste processo deverá ser o contributo

dade do desenvolvimento económico

entes, social, económica e ambiental

peração e a complementaridade entre

do sector.

zinha o terceiro patamar de medidas

missão Europeia que irá abranger a

ias logísticas e consiste nos seguintes

m sistema obrigatório que exige aos Estados-

ção de um rótulo de qualidade em matéria de

erador seguro"), concedido a operadores da

ecimento que satisfaçam níveis de segurança

eus, permitindo o reconhecimento mútuo do

ado interno;

adores da cadeia de abastecimento responsáveis

penho em matéria de segurança no transporte

rcadorias;

operadores seguros" beneficiar de facilidades

ização de controlos de segurança, distinguindo-

sitiva dos seus concorrentes, dando-lhes assim

termos comerciais e de competitividade.

mento só existem dois tipos de portos: os que

não cumprem. Em breve surgirá uma marca de

fety, security) que permitirá aos operadores

nciarem-se dos operadores menos eficientes,

abelecimento de cadeias de abastecimento

seguras, que beneficiarão de maior facilitação aduaneira na entrada

nos Estados Unidos, Canadá e Austrál ia, entre outros.

A segurança dos transportes tornou-se numa questão

mundial de importância vital para a competitividade dum porto e

das cadeias logísticas associadas, onde o fulcro está em encontrar

o equilíbrio dinâmico entre segurança e livres trocas comerciais.

Face à premência dos desafios, o Porto de Setúbal está,

conjuntamente com outros dezasseis parceiros, envolvido no

projecto Europeu SOBCAH – Surveillance of Borders, Coastlines

and Harbours, o qual visa aferir o potencial da utilização de tecnologia

de ponta no reforço da segurança das fronteiras terrestres e

marítimas.

CONCLUSÃO

O terrorismo é uma das maiores ameaças à democracia

e à liberdade. O risco de um ataque terrorista dirigido contra o

transporte de mercadorias mantém-se

elevado. Os danos potenciais, em termos

de vidas e de actividade económica são

incomensuráveis e imprevisíveis.

O porto moderno também é sinónimo

de porto seguro. Deste modo e no seio da

feroz concorrência portuária, a segurança

apresenta-se cada vez

mais como factor de

diferenciação positiva e

como argumento na

angariação de novas

linhas comerciais.

Em suma, a

visão estratégica gizada para o Porto de Setúbal “ ....porto

internacional ibérico com futuro, reconhecido como porto líder e

inovador no movimento de veículos, ligeiros e com carga em

sistema roll-on roll off.....” só será alcançada se garantirmos segurança

e estiver assegurada a protecção das pessoas, dos transportes

marít imos e terrestres e das respectivas mercadorias.

A segurança não é apenas um custo, também é uma

oportunidade e uma opção estratégica.

Pedro PonteLicenciado em Engenharia Naval pelo ISTPós graduado em Gestão do Transporte Marítimo e Gestão Portuária ( ISEG )Pós graduado em Empreendorismo, VECTOR-E ( IST )Oficial de Segurança da APSS,S.A. ( Security )

Page 12: Newsletter_n11

SESIMBRA

12

Clube Naval de Sesimbra quer crescer

O porto de recreio de Sesimbra está a beneficiar da

construção de uma rampa que irá permitir a qualquer utente a

possibilidade de colocar ou retirar as suas pequenas embarcações

na água.

No desenvolvimento da náutica de recreio no Porto de

Sesimbra, o Clube Naval assume um papel de significativa

importância, designadamente no trabalho desenvolvido junto das

escolas do concelho, com as quais celebrou um protocolo que

proporciona aos alunos a prática da canoagem. O sucesso destas

iniciativas está patente na internacionalização de Marta Cabral, que

esteve recentemente na 38ª Regata Internacional de França; de

Guilherme Cabral, presente nos Europeus de Canoagem, em Atenas,

e da equipa deste clube que participou na Taça do Mundo Oceânica,

em Lisboa.

T ã o o u m a i s

importantes que estes

recentes sucessos, são a

divulgação e apoio à prática

do remo, natação, caça

submarina, pesca desportiva

e vela, actividades que

mereceram o reconhecimento

do papel do Clube Naval

desde que foi fundado em 3 de Setembro de 1930, em iniciativas

como a Distinção de Bons Serviços pelo Governo da República, a

atribuição do galardão de Mérito Municipal, grau prata, pela Câmara

Municipal de Sesimbra (1966), o galardão de Mérito Turismo pela

Região de Turismo Costa Azul (1999) e com o Prémio Espichel

atribuído pela Assembleia Municipal de Sesimbra (2005).

Como é natural na vida de qualquer colectividade, o dia a

dia faz-se de dificuldades e sucessos, o CNS conseguiu construir

com o apoio da APSS, uma marina que actualmente tem 170

lugares de acostagem, espaço que se mostrou ser exíguo para a

forte procura por parte dos sócios da colectividade e visitantes de

Sesimbra, que encontram na costa, entre o Cabo Espichel e a praia

da Arrábida, o prazer de navegar em águas calmas, na maior parte

do ano.

Os dirigentes do CNS trabalham para superar a dificuldade

causada pela falta de lugares na marina, pois têm mais de trezentas

inscrições em lista de espera, o que os leva a pensar numa segunda

fase que permita a implantação de mais cem postos de amarração

para o recreio.

No entender do presidente da Direcção do Clube Naval de

Sesimbra, Eng. Lino Correia, “procura-se que o porto de recreio

seja a grande sala de visitas de Sesimbra, mas para isso é necessário

que o Plano de Ordenamento da Arrábida o contemple e que a

Docapesca também colabore”. O desabafo daquele dirigente

associativo vai mais longe quando pede “que as limitações do PNA

não entravem a náutica de recreio, pois onde se diz que é interdita

a presença humana, estamos a falar da proibição de fundear a

menos de um quarto de milha da costa, onde se chega a ter fundos

a mais de cinquenta metros”.

Com boas instalações ao nível de sede, o CNS proporciona

aos seus associados e demais população de Sesimbra boas

condições para a prática da actividade física, não se limitando às

decorrentes da náutica.

Page 13: Newsletter_n11

13

BREVES

Dragagens de manutenção no Portode Setúbal

Os cuidados e preocupações ambientais que a APSS procura

incutir nas suas acções, levaram a que a segunda campanha,

inserida no plano de dragagens 2004/2007, tivesse decorrido de

Outubro do ano passado a Março, dado que este período

corresponde ao de menor actividade biológica da maioria das

espécies existentes no estuário do Sado.

As dragagens foram realizadas nos canais da Barra, Norte

e Sul, e nas bacias de rotação e de estacionamento dos diferentes

terminais do Porto de Setúbal, tendo o volume total da presente

campanha atingido os 190.000 metros cúbicos. Todo este esforço,

procura dotar o Porto de Setúbal de adequados e eficazes acessos

marítimos, melhorando as suas condições de competitividade, a

par da garantia de excelentes condições de segurança marítima.

Com a conclusão destas dragagens o Porto de Setúbal

passou a receber navios com calado até 10 metros, em qualquer

condição de maré e de 12 m condicionados à maré.

Japonesesvisitaram portode Sesimbra

Uma delegação de

japoneses, da qual fizeram

parte Yoshinori Ugaj in,

director da Divisão de

Construção das Infra-estuturas

das Pescas do Departamento de Agências de Pesca do Ministério

da Agricultura, Florestas e Pescas do Japão, e Yuji Nishi, engenheiro

civil para as Infra-estruturas da Pesca, daquele Departamento

nipónico, visitaram o Porto de Sesimbra, onde foram recebidos

pelo comandante António Ribeiro, director do Porto de Sesimbra.

Os visitantes começaram por se inteirar de toda a actividade

do Porto de Sesimbra e realizaram uma visita pormenorizada à

área da Docapesca, onde foram acompanhados por António Teixeira.

Seguiu-se uma visita à Artesanal Pesca, cooperativa de

congelação de pescado, guiada por Manuel Pólvora Santos e

Manuel Fernandes, respectivamente presidente e administrador-

delegado, que mereceu a atenção especial dos visitantes.

APSS colabora com Marinha

Portugal foi a nação responsável, no seio das comunidades

das marinhas da NATO, pela introdução da doutrina experimental

para defesa contra ameaças terroristas e a APSS colaborou, como

sempre acontece, nos exercícios que visaram promover e reforçar

as condições de segurança de navegação, durante o exercício que

decorreu, na primeira quinzena de Maio, entre os cabos Espichel

e de S. Vicente.

A colaboração da APSS visou prevenir possíveis

interferências entre as actividades económicas marinhas e as

operações navais.

Page 14: Newsletter_n11

BREVES

14

APSS coloca GESPor Web ao serviçode clientes

A APSS-Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra,

S.A. colocou ao serviço dos clientes e das várias entidades com

que se relaciona no âmbito portuário, uma solução de gestão

portuária via Internet, o GESPor Web. Esta aplicação, ao ser

suportada por procedimentos informáticos, conduz a uma

flexibilização total da comunicação entre os vários intervenientes

da comunidade portuária.

É neste âmbito de afirmação do Porto de Setúbal e de

persecução dos conceitos de simplificação e harmonização de

processos, que alicerçam o princípio da janela única portuária, que

a aplicação GESPor Web se reveste de maior importância para o

Conselho de Administração da APSS.

Com o GESPor Web os procedimentos administrativos e

documentários são tratados ao nível electrónico e de forma

coordenada entre diversas entidades. Esta aplicação permite, assim,

agilizar procedimentos administrativos e reduzir o tempo necessário

para cumprir as formalidades inerentes ao processo de gestão de

navios e de cargas.

A tecnologia via internet, factor potenciador da mobilidade,

com o subsequente abandono do conceito de escritório como

posto fixo de trabalho, apresenta-se cada vez mais como elemento

facilitador da gestão.

Empresáriosbritânicosvisitaram Portode Setúbal

Uma delegação comercial,

composta por elementos de

ins ti t u içõe s bri tân i cas

relacionadas com a Segurança-Security, visitou o Porto de Setúbal

com o propósito de estreitar relações e salvaguardar a segurança

nas trocas comerciais com Portugal.

Jack Leyland, inspector-chefe da Polícia de Liverpool e Risto

Talas, promotor das exportações britânicas, integraram a comitiva,

na visita que foi solicitada pela Embaixada de Inglaterra, ao nosso

país, e concertada com a UK Trade & Investment, organização

governamental inglesa que visa potenciar oportunidades de negócio

às empresas que pretendam internacionalizar-se e expandir o seu

mercado alvo.

Comunidades Portuárias analisampráticas em uso nos portos nacionais

O Workshop que teve lugar na sede da APSS, em Setúbal,

reuniu as Comunidades Portuárias dos portos de Viana do Castelo,

Aveiro, Setúbal e Faro com a PricewaterhouseCoopers, empresa

à qual foi adjudicado o trabalho correspondente ao estudo e

Page 15: Newsletter_n11

15

BREVES

levantamento da situação actual e práticas em uso nos portos

nacionais do PIP’e – Procedimentos e Informação Portuária

electrónica – que é um projecto assumido pela APP – Associação

dos Portos de Portugal - e que tem por objectivo a normalização

de informação, simplificação e harmonização de procedimentos

nos portos portugueses.

O PIP’e contempla um diagnóstico da situação actual, uma

proposta de solução normalizada e simplificada e um plano para

atingir essa meta. Está em conclusão a primeira fase dos trabalhos

e os contributos decorrentes desta apreciação que permitirão

elaborar o relatório final desta fase.

Regata de galeões do sal

A APPM – Associação Portuguesa do Património Marítimo

levou a cabo, com o patrocínio da APSS, nos finais de Abril, uma

regata de Galeões do Sal entre Setúbal e Sesimbra. A iniciativa

teve como objectivo atrair um número considerável de participantes

e realçar a importância do património naval português, em especial

a do estuário do Sado.

A edição deste ano incluída no programa municipal Jogos do Sado

ficou marcada pela realização de outra regata, “Wintermantel”, que

ligou Lisboa/Setúbal/Sesimbra, com quarenta e três veleiros, o que

permitiu conferir uma imagem rara ao estuário, com uma qualidade

inusitada de veleiros.

Gestão de resíduos de equipamentoseléctricos e electrónicos

A APSS, S.A. recebe anualmente um Certificado de

Tratamento de Lâmpadas fluorescentes e de descarga de mercúrio,

o qual confirma a recepção e tratamento das mesmas pela empresa

Ambicare. No âmbito desta boa prática ambiental recolheram-se,

nos anos de 2004 e 2005, cerca de cem quilos desta tipologia de

resíduos.

O envio destes resíduos perigosos para reciclagem possibilita

a valorização dos seus materiais constituintes, numa óptica de

maximização de recursos naturais e diminui os impactes ambientais

associados, principalmente à libertação de vapores de mercúrio,

em caso de quebra.

Preservação da memória do galeão‘Fundação de Portugal’

Uma parceria entre a APSS – Administração dos Portos de

Setúbal e Sesimbra, S.A., e o MAEDS – Museu de Arqueologia e

Etnografia do Distrito de Setúbal/Assembleia Distrital de Setúbal,

com vista à avaliação e recuperação do património arqueológico

naval da área de jurisdição da APSS, teve início com a preservação

da memória do galeão «Fundação de Portugal».

Com a construção das instalações de apoio às embarcações

e equipamentos de segurança do Porto de Setúbal e aos rebocadores

em Santa Catarina, na península de Mitrena, considerou-se

Page 16: Newsletter_n11

16

BREVES

necessário perpetuar a

memória daquele galeão, que

se encontrava abandonado

no local e que veio a ser alvo

da elaboração dum projecto

técnico, que permitirá a futura

reconstrução, e de recolha de

elem ento s té cni cos e

artísticos da embarcação.

O projecto de recuperação da memória do Fundação de

Portugal foi promovido e patrocinado pela APSS e contemplou a

concretização de um programa de acções coordenadas e

operacionalizadas pelo MAEDS.

APSS, SA apoia congressos do sector

A APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra,

SA apoiou recentemente três eventos ligados ao sector portuário:

o 8º Ciclo de Seminários da Transportes & Negócios – O Transporte

Marítimo, que se realizou dia 30 de Março, na cidade do Porto, que

contou com a intervenção do Presidente do Conselho de

Administração da APSS, SA, Engº Carlos Gouveia Lopes, entre

outras; o 31º Congresso da Associação Internacional de Navegação,

que teve lugar no Centro de Congressos do Estoril, de 14 a 18 de

Maio; O Transporlog 2006 – Salão e Conferência Ibérica para o

Transporte de Mercadorias e Logística, que se realizou de 31 de

Maio a 3 de Junho em Alcântara, com a participação da APSS num

stand, uma acção conjunta dos cinco principais portos nacionais.

Crianças visitam o Porto de Setúbal

Oitenta e oito crianças da Escola Básica 1/ Jardim de Infância

de Montalvão, de Setúbal, com idades compreendidas entre os

sete e os oito anos, acompanhados por oito professores, estiveram

no Porto de Setúbal, onde puderam aprender mais sobre as

actividades do porto, assistindo à projecção de um vídeo explicativo,

seguindo-se uma visita aos

terminais onde puderam

observar a movimentação de

carga.

A visi t a inserida no

“Projecto Escolas” teve como

ob jec ti vo tr ans mit ir a

importância do papel do Porto

de Setúbal ao longo da história

e nos dias de hoje.

Recolha de óleos

A APSS, S.A. está a reestruturar a rede de oleões distribuídos

ao longo da sua área de jurisdição, no sentido de melhorar a recolha

selectiva dos óleos usados resultantes da manutenção dos motores

das embarcações e, simultaneamente, a segurança dos utentes.

Como complemento e ainda no âmbito das boas práticas

ambientais, incentiva-se a deposição selectiva de filtros usados e

desperdícios, em bidões, devidamente identificados, localizados

junto aos oleões.

A APSS, S.A. pretende ainda reforçar a mensagem da

importância ambiental da recolha selectiva desta tipologia de

resíduos, através de placas informativas.

Visita à SLEM

Uma delegação da APSS, de que fazia parte os Drs. José

Sacoto, Vitor Caldeirinha e Fátima Évora, respectivamente Director

de Gestão de Concessões e Património Dominial; Director de

Desenvolvimento Estratégico e Logístico e Chefe de Departamento

de Marketing e Documentação, esteve nas instalações da SLEM –

Sociedade Luso-Espanhola de Metais, Lda, em Palmela, no âmbito

do programa de visitas a clientes de produtos metalomecânicos,

previsto no Plano Comercial do Porto de Setúbal.

A SLEM dedica-se ao armazenamento e corte de chapas

de aço, tendo produzido no ano passado 160.000 toneladas e prevê

chegar este ano às 200.000 toneladas.

Page 17: Newsletter_n11

17

ESTATÍSTICAS

Tipos de NavioCarga GeralTransp. EspeciaisGraneis líquidosGraneleirosContentoresOutrosTotal

20044421965742

35

7451

2005337197

733221

642

Var.05/04-23,8%

0,5%28,1%

-23,8%100,0%-80,0%

-13,8

Var.06/052,4%

-5,6%-12,3%21,9%

-100,0%100,0%

-0,9%

Mercadorias descarregadasP.MetalúrgicosCarvão e CoqueFuelóleoP. AgrícolasAdubosGasóleo e GasolinaRo-RoÁcidosCimentoFrutasMadeirasPasta de MadeiraPedras OrnamentaisClinquerConc. de cobreOutrosTotal

2004368,2372,2116,2168,8166,2151,870,562,753,740,829,310,0

0,70,00,0

64,81.676

2005331,2235,1528,1

87,7173,1123,7

74,170,567,640,51,13,10,20,00,0

53,11.789

Var.05/04-10,1%-36,8%354,6%-48,0%

4,2%-18,6%

5,1%12,5%26,0%-0,7%

-96,2%-68,5%-62,8%

0,0%0,0%

-18,0%6,8%

Var.06/05-3,4%

-29,1%-49,1%68,2%

-26,3%36,0%-1,4%

-30,5%42,4%-4,6%

-98,1%-100,0%-23,4%

0,0%0,0%

-43,3%-17,0%

Mercadorias carregadasCimentoClinquerConc. de cobreRo-RoPasta de MadeiraP.MetalúrgicosAdubosPedras OrnamentaisP. AgrícolasFuelóleoFrutasMadeirasÁcidosCarvão e CoqueGasóleo e GasolinaOutrosTotal

2004358,5346,1195,985,288,024,515,1

8,28,51,60,51,10,00,00,0

44,11.177

2005322,3248,6166,9

82,5100,2

14,210,32,6

17,93,10,0

0,020,00,00,0

34,01.003

Var.05/04-10,1%-28,2%-14,8%

-3,2%13,9%

-42,2%-31,9%-68,0%112,2%93,8%

-100,0%-98,0%

0,0%0,0%0,0%

-23,1%-14,8%

Var.06/0542,1%5,6%

-21,6%-8,0%-9,2%

104,9%-54,1%106,9%-50,8%

-100,0%100,0%272,1%

0,0%0,0%0,0%

-25,0%8,9%

Mercadorias por modo deacondicionamentoGraneis líquidosGraneis sólidosCarga geral Carga fraccionada Carga contentorizada Carga ro-roTotal

2004356

1.56693070867

1562.853

2005742

1.312738522

59157

2.792

Var.05/04108,1%-16,2%-20,7%-26,2%-11,6%

0,6%-2,1%

Var.06/05-31,9%

0,2%2,6%8,7%

-31,4%-4,9%-7,7%

Movimento de Navios

Movimento de Mercadorias

Valores Anuais

2006319,9166,6268,8147,5127,7168,2

73,149,096,338,60,020,00,20,00,0

30,11.486

2006458,0262,6130,9

75,990,929,1

4,75,48,80,0

0,020,10,00,00,0

25,51.092

2006505

1.315757568

41149

2.578

2006345186

6439

02

636

Fonte: APSS, SA (DELOG)

Unidade : Mil Tons

Unidade : Mil Tons

Unidade : Mil Tons

Unidade : Número

Page 18: Newsletter_n11

18

CP da APSS

Passeio Carnavalesco a Badajoz

A Casa do Pessoal da APSS, SA continua a proporcionar

aos seus associados, familiares e amigos, momentos de lazer e

cultura, num ambiente carnavalesco.

No dia 26 de Fevereiro, cerca de 40 pessoas visitaram a

cidade espanhola de Badajoz, onde assistiram a um magnífico

desfile de Carnaval.

Torneio de Snooker 2006

Dando cumprimento ao plano de actividades para o ano

em curso, a CPPSS realizou o torneio de snooker 2006, no dia 14

de Março. O torneio, disputado na modalidade de eliminatórias,

teve lugar na sala “Ora Bolas”, em Setúbal.

A final foi disputada entre os associados Jorge Borda d’Água

e António Martins, tendo o Toni vencido o torneio.

XVII Aniversário

A Casa do Pessoal

festejou mais um ano de vida,

com o tradicional jantar de

aniversário, no dia 21 de Abril,

que teve lugar no Hotel

Campanile.

Cerca de uma centena de

associados assistiram, num

ambi ente de an im ado

convívio, às actuações do

Grupo Típico Setubalense

“Xico da Cana”, do “Hiper

Cómico Tony” e de um duo

de bailarinas.

Honraram-nos com a sua presença o Presidente do Conselho

de Administração da APSS, SA, Engº Carlos Gouveia Lopes, e o

Administrador, Dr. Ricardo Roque.

1º Torneio Interno de Pesca de Mar2006

As actividades da CPPSS não param, no dia 25 de Abril

realizou-se o 1º Torneio Interno de Pesca de Mar de 2006.

Dezasseis associados participaram neste torneio que

decorreu, entre as 7h00 e as 19h00, num ambiente de convívio e

divertimento que a todos agradou.

Foram variadas as espécies capturadas, das quais se

destacaram diversos safios, bicas, sargos, besugos e sarguetas,

entre outros.

Page 19: Newsletter_n11

19

CP da APSS

A classificação final do torneio, que decorreu a bordo da

embarcação “Emilia”, foi a seguinte:

1º Octávio Costa – 5,600 kg

2º Paulo Aldeia – 5,500 kg

3º Luis Durães – 5,250 kg

4º Fernando Felismino – 5,100 kg

5º Sixto Ferreira – 4,200 kg

Maior exemplar: Octávio Costa – 1,700 kg

O torneio culminou com uma excelente caldeirada,

preparada pela tripulação e servida a bordo, aguçando o paladar

de todos os pescadores.

Passeio à Serra do Gerês

A CP promoveu um passeio à Serra do Gerês, entre os dias

29 de Abril e 1 de Maio, numa viagem que decorreu de forma

animada para meia centena de associados, familiares e amigos.

15º Torneio deTiro aos Pratos

A CPPSS promoveu

mais uma edição do Torneio

de Tiro aos Pratos, a 15ª, que

teve lugar no bonito campo de tiro de Sto. Isidro de Pegões, no

concelho do Montijo, no passado dia 10 de Junho.

Chegados ao local os associados realizaram uma prova de

ensaio (15 pratos). Após um breve intervalo teve lugar a prova de

honra (25 pratos) que determinou a classificação final:

1º Classificado – Pedro Nascimento – 22 pratos

2º Classificado – Francisco Arimateia – 20 pratos

3º Classificado – Octávio Nunes – 17 pratos

O torneio culminou com um almoço servido no restaurante

do complexo desportivo, após o qual se procedeu à cerimónia de

entrega de prémios e ao sorteio de uma moeda em ouro, cujo feliz

contemplado foi o nosso colega, Rui Ferreira.

Próximas actividades

Entre as próximas actividades da CPPSS encontram-se um

Passeio de Barco no Rio Sado, um Passeio às “Pérolas da Europa

Central – Hungria, Áustria, Eslováquia”, e o já conhecido Concurso

de Fotografia.

Page 20: Newsletter_n11

GREEN AWARD PORT