Nivel de Crescimento Economico Das PME's - Monografia

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Autor: Sergio Alfredo Macore / Helldriver Rapper

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ndiceLISTA DE ABREVIATURASviDECLARAO DE HONRAviiDEDICATRIAviiiAGRADECIMENTOixLISTA DE TABELASxRESUMOxiCAPITULO I: INTRODUO121.1.Introduo121.2.OBJECTIVOS131.2.1.Objectivo geral131.2.2.Objectivos especficos131.3.Justificativa141.4.Problema141.5.Hiptese141.6.METODOLOGIA151.6.1.Tcnicas de pesquisa15CAPITULO II: REVISO DE LITERATURA172.1.Pequenas e mdias empresas172.2.Conceito de Pequenas e Mdias Empresas.172.3.Evoluo no domnio das PMEs a Nvel Geral.182.4.Anlise da gesto das PMEs em Nampula.192.5.AMBIENTE DE NEGCIO DAS PMES EM NAMPULA.202.5.1.Oportunidades de Negcios202.5.2.Sector Primrio212.5.3.Sector Secundrio212.5.4.Sector Tercirio222.6.Contribuies das PMEs para a economia:222.7.As principais caractersticas das PMEs232.8. Incentivos existentes no domnio das PMEs a nvel geral232.9.Ligaes e a Contribuio das PMEs para a Economia Nacional242.10.O tratamento do emprego pela teoria keynesiana242.11.A Importncia das PMEs No Desenvolvimento do Pais263.MICROFINANAS273.1.Origem das Microfinana e Microcrdito273.2.Impacto do Microcrdito em Moambique293.3.Microfinanas em Moambique303.4.Enquadramento legal das Microfinanas e Microcrdito em Moambique323.5.Principais actividades das Microfinanas333.6.Razes de crescimento das Microfinanas33CAPITULO III: ESTUDO DE CASO A CAIXA DAS MULHERES354.1.Histrico e caracterizao354.2.LOCALIZAO, MISSO E VISO364.2.1.Localizao364.2.2.Misso364.2.3.Viso364.3.Situao actual da CCMN374.4.Razes Econmico-financeiras de uma Cooperativa de Crdito.374.4.1.Capital e Accionistas Fundadores384.4.2.Outros Fundos de Investimentos.384.5.MERCADO MICROFINANCEIRO384.5.1.Anlise do Mercado Micro financeiro384.6.ANLISE DA CONCORRNCIA EM NAMPULA394.6.1.Principais concorrentes394.6.2.A Cooperativa tem como os seguintes produtos404.7.INTERPRETAO DE DADOS404.7.1.MICRO E PEQUENAS EMPRESAS3CAPITULO IV: CONCLUSES E RECOMENDAS65.1.Concluso65.2.Problemas65.3.Recomendaes7Bibliografia9APNDICES10

LISTA DE ABREVIATURASCMNCAIXA DA MULHER NAMPULACOCAMOCooperao Canad MoambiqueCCMNA Cooperativa de Crdito das Mulheres de NampulaUSD.Moeda norte americana

Nome: Srgio Alfredo Macore / 22.02.1992Naturalidade: Cabo Delgado Pemba MoambiqueContactos: +258 826677547 ou +258 846458829Formado em: Gesto de Empresas / Gesto FinanceiraE-mail: [email protected] / [email protected]: Helldriver Rapper Rapper, Sergio Alfredo MacoreTwitter: @HelldriverTLGInstituio de ensino: Universidade Pedagogica Nampula Faculdade = ESCOG.

Boa sorte para voc.

DECLARAO DE HONRADeclaro que esta monografia que constitui trabalho final do curso de licenciatura em informtica resultado da minha investigao pessoal e das orientaes do meu supervisor, o seu contedo original e todas as fontes consultadas esto devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.Declaro ainda que este trabalho no foi apresentado em nenhuma outra instituio para obteno de qualquer grau acadmico.

Nampula, aos____de Outubro de 2015____________________________(Srgio Alfredo Macore)

DEDICATRIADedico em primeiro lugar aos meus pais e avs, que cuidaram me na Vida toda. Directa ou indirectamente prestam ateno nos meus estudos.Ao meu supervisor que tanto me ajudou, no sentido de que o trabalho tornasse uma realidade.

AGRADECIMENTOMeu agradecimento especial e particular vai para meu supervisor, que de forma inteligente e incansvel tem vindo a acompanhar este trabalho dando suas opinies construtivas com toda honestidade, pacincia e humildade. Aos meus pais que indirectamente me acompanham no processo de ensino e aprendizagem

LISTA DE TABELASTabela 1: Evoluo do nmero de Empresas, por sector de ActividadeTabela 2: Vantagens de microcreditoTabela 3: Feita pelo prprio autor (Fundos de investimentos)

RESUMOO crescimento econmico das PMEs formadas em Gesto constitui actualmente em Nampula um agente importante na estratgia de promoo de emprego, na inovao, na criao de rendimentos e no crescimento e desenvolvimento econmico e social. A promoo de incentivos criao e ao crescimento de actividade das PME`s so considerados um dos vectores integrantes na reduo da pobreza e a excluso social, e numa melhoria do nvel do bem-estar dos residentes de Nampula, porque cr-se que a sua dinamizao incentiva as camadas pobres da sociedade a criarem os seus prprios negcios e a providenciarem os seus rendimentos. O crescimento econmico das PMEs formadas em Gesto est intimamente ligada a uma poltica de gesto adequada, que comea com a elaborao de estratgias, e anlise entre oportunidade e desafios, para poder atingir os objectivos traados. Hoje mais do que nunca as empresas devem ter uma gesto de excelncia, para poderem acompanhar e integrar na economia moderna no mundo globalizado. O papel estratgico que as PME`s, desempenha na economia Moambicana actualmente, fundamental. Por isso necessria uma gesto eficaz e eficiente, para poder minimizar os riscos no ambiente de negcio, aumentar a sua produtividade e consequentemente, ser mais competitivo no mercado.

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CAPITULO I: INTRODUO1.1.IntroduoEsta monografia tem como tema O crescimento econmico das PMEs formadas em Gesto em Nampula. Na verdade, o ritmo de recuperao da economia de Nampula baixo e desigual, tornando-se mais especfico de cada distrito. Nampula convive com riscos de inflao baixa prolongada, sobre oferta e queda de preos das principais commodities, tenses geopolticas e incertezas nas condues de polticas monetrias. As economias avanadas crescero 1,4% e 2,2% em 2014 e 2015, respectivamente, e as emergentes 3,9% em 2014 e 4,6% em 2015. Por sua vez, a expanso global ser de 3,0% em 2014 e em 2015 tender para a mdia histrica de 3,3%, observada entre 1970 e 2013.Em Moambique, a recuperao econmica evidente, com perspectivas de crescimento de 2,2% em 2014 e 3,1% em 2015, pautando o aperto das condies monetrias no pas. O incio da elevao das taxas de juros locais esperado para meados de 2015. As expectativas de aumento dos investimentos da economia moambicana colaboram com o crescimento das exportaes brasileiras para o pas, que sero favorecidas ainda, pela desvalorizao do real frente ao dlar.A economia portuguesa segue em curso sustentvel, embora mais lento. O governo moambicano deve reduzir a meta de crescimento para 7% em 2015 e se prepara para os riscos atrelados mudana de vis da poltica monetria, agindo rumo a um afrouxamento monetrio.

1.2.OBJECTIVOSA realizao desta monografia, o autor pretende atingir os seguintes objectivos:1.2.1.Objectivo geralMARCONI e LAKATOS (2001:102) referem que os objectivos gerais "esto ligados a uma viso global e abrangente do tema, relaciona-se com o contedo intrnseco, quer dos fenmenos e eventos, quer das ideias estudadas vincula-se directamente a prpria significao da tese proposta pelo projecto."Assim a monografia tem como objectivo geral: Medir o nvel de crescimento das PMEs dotadas de conhecimento, em particular a Caixa das Mulheres de Nampula.1.2.2.Objectivos especficosMARCONI e LAKATOS (2001:102) Referem que os objectivos especficos "apresentam caractersticas mais concretas, tm a funo intermdia e instrumental permitindo de lado a atingir objectivo geral e de modo a explicar este a situao particular".Assim a pesquisa tem como objectivos especficos: Comparar o crescimento das PMEs com e sem formao em matria de Gesto de Negocio na caixa das mulheres em Nampula. Descrever o desempenho das PMEs formadas em Gesto de Negocio na contribuio para o seu crescimento e da economia da provncia. Propor a aderncia de todas as PMEs na formao em Gesto de Negcio.

1.3.JustificativaSegundo o autor FACHIN (2001, p. 113) a justificativa destaca a importncia do tema abordado, levando-se em considerao o estgio actual da cincia, as suas divergncias ou a contribuio que pretende proporcionar ao pesquisar o problema abordado.E notria a falta de conhecimento das PMEs em matria essencial para o crescimento do seu negcio, e uma das ferramentas que elas devem dotar e a gesto de negcio que ajudara bastante para a elevao dos seus rendimentos.Contudo, as empresas enfrentam um ambiente competitivo e exigente, desafiando os gestores s tomadas de decises cada vez mais rpidas. Para auxiliar esse processo necessrio um suporte de informaes consistentes, confiveis e precisas. Dessa forma, a contabilidade pode se apresentar como o sistema de informaes estruturado a fim de gerar informaes claras, oportunas e relevantes, capazes de embaar o processo de gesto das organizaes em meio s complexidades do ambiente econmico actual. O autor deste trabalho, acha que com a pesquisa em torno deste tema, vai criar um impulso significativo para que o crescimento econmico das PMEs formadas em Gesto, tome em considerao as vantagens e os impactos que da podem advir.1.4.ProblemaLAKATOS (2001, p. 103) explica que A formulao do problema prende-se ao tema proposto: ela esclarece a dificuldade especfica com a qual se defronta e que se pretende resolver por intermdio da pesquisa. Diante disso, a pergunta para este trabalho, foi a seguinte: Qual e o crescimento percentual das PMEs aps formao em matria de Gesto de Negcio?1.5.HipteseH0: Aumento da rendibilidade das PMEs aps a formaoH1: Boa capacidade de auto financiamento em matria das PMEs.H2: Estratgias em promoo do negcio do empreendedor rendibilidade dos capitas em matrias das PMEs.1.6.METODOLOGIA Para que um trabalho Cientifico seja coerente e objectivo necessrio saber identificar as operaes tcnicas e mentais que possibilitam a sua verificao que so conjuntos de procedimentos intelectuais e tcnicas adoptadas para chegar a este mtodo interpretao das informaes. YUNUS et all. (1988)Assim, para a realizao do presente trabalho foi usado a seguinte metodologia: Consulta bibliogrfica: consultar-se- livros didcticos e cientficos de vrios autores com contedos concernentes o crescimento econmico das PMEs formadas em Gesto; Trabalho de campo ou seja observao directa: que consistir contacto directo com os trabalhadores da CMN de diversos departamentos com vista a colecta de dados sobre o impacto do sistema de posicionamento global na empresa ou na instituio.Tipo de pesquisa: Pesquisa exploratria: uma vez que visa proporcionar maior familiaridade sobre o crescimento econmico das PMEs formadas em Gesto, em diversos departamentos com vista a torn-lo explcito, usando basicamente o levantamento bibliogrfico e entrevista; Pesquisa descritiva: uma vez que visa a descrever as caractersticas bsicas vividas no mundo do sistema de posicionamento global no seio da CMN de Nampula.1.6.1.Tcnicas de pesquisa Questionrio: Far-se- um questionrio com perguntas dirigidas aos trabalhadores para saber se tem noo sobre o crescimento econmico das PMEs formadas em Gesto e como mitigar e aos gestores, com o objectivo de saber se possuem conhecimentos da importncia do uso racional do sistema de posicionamento global. Entrevista: Far-se- uma entrevista face a face de maneiras metdica junto aos gestores do sistema de posicionamento global e a direco de rea de Servios ao cliente de Nampula de modo a verificar a sua avaliao acerca do crescimento econmico das PMEs formadas em Gesto. Inqurito: far-se- perguntas aos trabalhadores da CMN de NPL em diversos departamentos de modo analisar a cerca dos aspectos por eles observados no que diz respeito aos contedos sobre o crescimento econmico das PMEs formadas em Gesto.

CAPITULO II: REVISO DE LITERATURA2.1.Pequenas e mdias empresas Entende-se por Empresa qualquer entidade que, independentemente da sua forma jurdica, exerce uma actividade econmica. So nomeadamente, consideradas como tal, as entidades que exercem uma actividade artesanal industrial ou outras actividades a ttulos individuais ou familiares, e ainda as sociedades de pessoas ou associaes que exeram regularmente uma actividade econmica. A definio das PMEs varia de acordo com a metodologia adoptada por cada pas, mais especificamente, pelo tamanho de cada mercado. O ambiente que caracteriza tais organizaes melhor descrito de acordo com a forma de propriedade, grau de informalidade, poder de mercado e nvel de sofisticao tecnolgica, que no est sempre correlacionado com o tamanho da firma.O conceito das PME`s tem sido muito discutido e no existe um consenso entre os autores. Segundo SILVA (1993, p.47) a pequena empresa a que emprega menos de 5 trabalhadores, e a mdia empresa a que tem entre 5 e 400 trabalhadores. Entretanto, existe outros critrios para classificao das PME`s, como por exemplo, volume de negcio e a independncia. De acordo com os Regulamento quando a classificao feita com base no volume de negcio so consideradas as Pequenas Empresas aquelas que tem um volume de negcio inferior a 7 milhes de meticais ou um balano anual que no ultrapassem 5 milhes de meticais. E as Mdias Empresas o volume de negcio deve ser inferior a 40 milhes de meticais ou o seu balano anual inferior a 27 milhes de meticais.2.2.Conceito de Pequenas e Mdias Empresas. Em Nampula as PME`s so consideradas elementos fundamentais no plano de sustentao econmica e no desenvolvimento regional, uma vez que tm uma enorme capacidade de gerar riqueza e criar emprego. A legislao Moambicana reconhece que as PME`s so todas aquelas que renem as seguintes caractersticas: possuir mais de 5 trabalhadores e menos de que 50 trabalhando de forma permanente; as receitas anuais no ultrapassem duzentos milhes de meticais; o seu capital social seja detido em mais de 75% por investidores de nacionalidade Moambicana; no detenha participaes financeiras noutras empresas que no sejam PME`s nacionais. O estudo feito pelo Instituto Nacional de Estatstica (INE), existem mais de 3000 empresas em Nampula que operem em diversas reas, como o comrcio, industria, prestao de servios, entre outros.2.3.Evoluo no domnio das PMEs a Nvel Geral. A Gesto surgiu como disciplina formal no virar do sculo, quando a rpida industrializao comeou a exigir uma gesto mais hbil dos recursos naturais, do capital e do trabalho. As vrias abordagens da gesto que se desenvolveram podem ser divididas em dois grupos principais: abordagens clssicas; abordagens contemporneas. As abordagens clssicas, que se desenvolveram desde meados do sculo XIX at ao incio da dcada de 50, surgiram medida que os gestores tentavam dominar o crescimento da indstria americana. Estas abordagens foram a gesto sistemtica, a gesto cientfica, a gesto administrativa, as relaes humanas e a burocracia. A gesto sistemtica representou o incio do pensamento formal da gesto nos Estados Unidos. Sublinha a forma como as empresas fabris operavam, porque a maior parte dos problemas da gesto estavam centrados na fabricao. A gesto cientfica foi introduzida na viragem do sculo por Frederick Taylor, um engenheiro que aplicou mtodo cientficos para analisar o trabalho e determinar a a melhor maneira de realizar tarefas de produo. As abordagens contemporneas de gesto, que foram desenvolvidas depois da Segunda Guerra Mundial, tentaram superar as limitaes das abordagens clssicas. Incluem a gesto quantitativa, o comportamento organizacional, a teoria dos sistemas e a perspectiva contingencial.A poltica de gesto da empresa requer sempre passos e decises acertadas, uma vez que influenciada permanentemente pelos fenmenos internos e externos de empresa e at muitas vezes pelo dinamismo dos corpos dirigentes. Anteriormente a mudana no se operava com muita rapidez, por exemplo algo acontecia nos EUA. Entretanto, actualmente devido ao fenmeno da globalizao, tudo acontece no tempo real, visto que todas as comunidades so afectadas pelo que se passa no mundo. Por isso, BULHES (1999, p. 236), afirmou que a globalizao no uma opo. uma imposio de progresso tecnolgico nas reas da comunicao e do transporte.TABELA 1: Evoluo do nmero de Empresas, por sector de ActividadeSectores de actividadeN de empresas

201220132014

Primrio503590257025

Secundrio510761204135

Tercirio72002303260

Total93421737515420

Fonte: I.N.E (2014).De acordo com GONZZEL (2004, p. 29) o estudo do INE de 2013, mostra-nos que no perodo de 2011 2013, o nmero de empresas, em Nampula, cresceu 4,2%, com um impacto positivo no volume de negcios. no sector tercirio onde se concentra o maior nmero de empresas de negcios e de emprego. Por sector da actividade, nota-se que 81% das empresas esto localizadas no sector dos servios. Apesar do peso do sector da construo no Produto Interno Bruto (PIB), ser superior ao da indstria, este, no entanto, concentra um nmero superior de empresas comparativamente ao sector da construo.2.4.Anlise da gesto das PMEs em Nampula. A poltica de gesto da empresa requer sempre passos e decises acertadas, uma vez que influenciada permanentemente pelos fenmenos internos e externos de empresa e at muitas vezes pelo dinamismo dos corpos dirigentes. Anteriormente a mudana no se operava com muita rapidez, por exemplo algo acontecia nos Estados Unidos, muitos anos depois passa a ser aplicado num pas de III mundo ou num outro continente.

Entretanto, actualmente devido ao fenmeno da globalizao, tudo acontece no tempo real, visto que todas as comunidades so afectadas pelo que se passa no mundo. Por isso, BULHES (1999, p. 236), afirmou que a globalizao no uma opo. uma imposio de progresso tecnolgico nas reas da comunicao e do transporte. Pois, no por acaso, que o mundo considerado por muitos estudiosos, como o espao nico e antes como aldeia global. Por exemplo, a situao da subida constante do preo do petrleo no mundo afecta grandemente o preo dos combustveis em Moambique, o que provoca a inflao e alterao geral a nvel econmico e social. Posto isto, podemos verificar que Moambique, esta ser influenciado por este fenmeno, que designado como a integrao acelerada das economias e das sociedades mundiais. Essa integrao leva a eficincia das leis que regem o mercado, ainda trs opes para o desenvolvimento das tecnologias e parcerias, trazendo futuro seguro para todos.2.5.AMBIENTE DE NEGCIO DAS PMES EM NAMPULA. 2.5.1.Oportunidades de Negcios Nampula cidade pequena, complexo por natureza devido a escassez de recursos naturais, motivo pela qual os promotores devem ser conhecedores do ambiente de negcios, e oportunidades existentes bem como os apoios e incentivos, para poderem desenvolver e modernizar o tecido empresarial Moambicano. crucial que se tenha sempre presente que a actividade negocial nunca deve ser conduzida na perspectiva de um jogo, em que no fim h sempre um vencedor total e um perdedor absoluto. As partes envolvidas tm necessidades quer directas, quer indirectas a satisfazer e o sucesso conseguido a partir do momento em que sejam consideradas as necessidades de ambas as partes. De acordo com SANCHES, (2004, p. 6). No desenvolvimento dos negcios as PME`s devem manter uma relao profunda com o meio envolvente, pois, o sucesso de uma empresa depende, acima de tudo, do conhecimento do seu ambiente interno e externo.

Existem oportunidades de negcios em quase todos os sectores de actividade em Nampula, tendo em conta a balana comercial do pas e a dependncia econmica do pas em relao ao exterior. Pois, Nampula no produz praticamente nada e possui uma sociedade consumista. praticamente senso comum, que em todos os sectores existem mercados tanto para produzir como para distribuir, sobretudo os produtos de primeira necessidade.2.5.2.Sector Primrio Dentro deste sector temos Agricultura, pesca e pecuria. Entretanto, dadas as dificuldades e tambm alguns constrangimentos ligados ao investimento nestes sectores, verifica-se uma certa retraco dos investidores. No caso concreto da agricultura, o factor climtico tem um peso relativamente grande. Quanto pesca, a artesanal revela uma certa ineficcia e voltada apenas para a sobrevivncia. A industrial requer investimento de vulto que nem todos os empreendedores esto em condies de se aventurar. Todavia, verifica-se alguns investimentos no domnio das PMEs nas reas de agricultura como: fruticultura, horticultura, floricultura e plantas ornamentais. Na rea da Pecuria existem experincias importantes e vrios PMEs implantados. Por isso, neste subsector que vai desde da produo de alimentos para animais, a explorao das mais variadas espcies (bovinos, sunos, caprinos, explorao avcola), suas transformaes e comercializaes, consideramos que existem oportunidades de negcios.2.5.3.Sector Secundrio Neste sector as oportunidades so inmeras, indo desde a indstria de vesturio e calado para consumo local e para exportao, passando pela indstria de suporte s unidades existentes, indstrias alimentares, carpintaria, marcenaria, indstrias grficas e entre outros. Muitas dessas unidades industriais podem ser instaladas em regime de Joint Ventures,1 entre empresrios Moambicanos e estrangeiros visando no s o mercado domstico, que bastante exguo, mas sobretudo o mercado externo, nomeadamente o da Comunidade Econmica e Desenvolvimento dos Estados da frica, (CEDEA) e a Capital de Pases de Lngua Portuguesa (CPLP). Assim de concluir que esse sector oferece algumas possibilidades de negcios, que podem dar origem muitas PME`s de sucesso em Moambique. Actualmente existe tendncia para o aumento de negcio nesse sector, principalmente na rea da construo Civil. 2.5.4.Sector Tercirio Neste sector as oportunidades mais interessantes relacionam-se com o Turismo. A destacam-se os servios de Hotelaria nos principais centros tursticos das nossas ilhas. Para se dinamizar o turismo de montanha e praia, podem ser explorados hotis pequenos, tipos penso e pousadas. considerado um sector de maior investimento e, consequentemente, onde se encontram maiores investimentos e iniciativas empresariais. Este sector considerado estratgico para o desenvolvimento do pas, uma vez que o subsector do turismo, constitui um potencial para Nampula, particularmente nas Ilhas, que se evidncia com mais peso e, em todas as outras ilhas em geral, atravs do turismos de montanha, de praia e outros. O turismo capta a maior fatia do investimento privado. Na base dessas informaes podemos considerar que o turismo proporciona um excelente negcio, para os nossos operadores e para economia do pas.2.6.Contribuies das PMEs para a economia: A primeira refere-se criao de novos postos de trabalho e por essa razo, como ponto-chave para o emprego e reduo da pobreza. Em especial, os trabalhos criados pelas PMEs so mais consistentes em condies de relativa abundncia de mo-de-obra e deficincia de capital. A segunda contribuio que as mesmas so fonte de considerveis actividades de inovao, o que contribui para o desenvolvimento do talento empreendedor e competitividade de exportao como base para uma futura expanso industrial. Finalmente, elas adicionam uma maior flexibilidade estrutura industrial e promovem um grande dinamismo na economia.

2.7.As principais caractersticas das PMEs

Produtos e servios de baixo preo unitrio; Predominam vendas ao consumidor final; Atendem necessidades bsicas da populao; Escalas de produo muito baixas; Capital, insumos, materiais, mo-de-obra, etc; Gerao de novos empregos; Fonte de inovao; Estimula a competio econmica; Auxilio s grandes empresas; Produo eficiente de bens e servios.

As PMEs representam uma importante fonte de gerao de riqueza para o pas, portanto ignorar o potencial desses empreendimentos significa desvalorizar um importante agente de fomentao da economia, que contribui de forma significativa para o seu desenvolvimento.2.8. Incentivos existentes no domnio das PMEs a nvel geral As PME`s assumem um papel de relevo no desenvolvimento de uma economia saudvel, na promoo do emprego e criao de um mercado interno slido e sustentvel. Para atrair a criao das empresas numa certa regio ou pas, so apresentadas as empresas vrios tipos de incentivos e apoios nomeadamente: Incentivos fiscais (Isenes tributrias ao lucro); Garantias (Proteco de bens e direitos aos investimentos Externos, transferncias para externos de dividendo de lucro abertura da conta bancria de moeda estrangeira); Empresas francas (iseno total de quaisquer impostos ou outras imposies sobre os rendimentos durante um certo perodo de tempo); Incentivos aduaneiros (iseno de direitos aduaneiros e impostos de consumo aplicveis s importaes de equipamentos e materiais diversos).2.9.Ligaes e a Contribuio das PMEs para a Economia Nacional A contribuio das PMEs para economia nacional est, obviamente, relacionada com o seu peso no investimento, emprego, produo e comrcio. No entanto, a riqueza gerada pelas PMEs pertence s corporaes que os possuem e controlam e no economia como um todo. Portanto, o impacto da riqueza produzida pelas PMEs na economia nacional relacionado com o grau de reteno e absoro dessa riqueza pela economia e no apenas pela quantidade de riqueza produzida. Quer dizer, o impacto da fundio de alumnio ou da explorao do gs e das areias minerais depende de como que a economia retm e absorve parte do valor de produo e das vendas dessas empresas. No basta dizer que o impacto grande porque as PMEs contribuem com trs quartos das exportaes de bens.2.10.O tratamento do emprego pela teoria keynesiana

O incio dos anos 2000 marcou uma forte mudana no comportamento do emprego formal o que aguou a percepo de que o desempenho do mercado de trabalho no poderia ser estendido sem maiores cuidados (LOPES FILHO, 2009). Nesse contexto, passou-se a atribuir uma maior importncia s PMEs por ocasio do surgimento de evidncias empricas do importante papel desempenhado pelas mesmas na criao lquida de empregos, at mesmo em perodos de recesso (ARAJO, 2008).

A teoria econmica debruou-se na tentativa de explicar essa questo. Assim, as suas contribuies temtica do emprego podem ser classificadas em dois grandes grupos. O primeiro considera as questes relativas ao mercado de trabalho como decorrentes da sua prpria dinmica (emprego e desemprego). Neste grupo, a questo do emprego de natureza microeconmica, associado ao funcionamento do mercado de trabalho. O paradigma neoclssico e suas extenses enquadram-se nesse grupo de pensamento, ao explicar o problema da falta de emprego como consequncia da baixa lucratividade das firmas, determinada, por sua vez, pelo patamar excessivamente elevado dos salrios reais. O segundo grupo considera o mercado de trabalho uma esfera subordinada ao ritmo de crescimento da economia1.Em suma, no pensamento keynesiano, o desemprego resulta de um problema macroeconmico, qual seja, a insuficincia de demanda efectiva, e no porque o salrio real elevado, como prope o paradigma neoclssico. a propenso a consumir e o nvel de investimento, portanto a demanda efectiva, que determinam o nvel de emprego, sendo que este determina o nvel dos salrios reais, no o inverso.

Esta anlise nos oferece uma explicao do que Keynes (1985) denominou de paradoxo da pobreza em meio abundncia, pois a simples existncia de uma demanda efectiva insuficiente pode paralisar, e frequentemente paralisar, o aumento do emprego antes de haver ele alcanado o nvel de pleno emprego. A insuficincia da demanda efetiva inibir o processo de produo, a despeito do facto de que o valor do produto marginal do trabalho continue superior desutilidade marginal do emprego (KEYNES, 1985, p. 33).

O debate actual em torno da importncia das PMEs na criao de empregos divide opinies. Para Filho et al, (2007) enquanto um grupo acha que o problema do crescente desemprego pode ser resolvido mediante o estmulo das PMEs, outro grupo acredita que o interesse por esse tipo de empresa mais um modismo, motivado pela conjuntura econmica adversa em termos de criao de postos de trabalho. A expanso do emprego nas PMEs no resulta da simples mudana sectorial das economias capitalistas, nem pouco dos efeitos do ciclo econmico. As causas do aumento do emprego nessas empresas decorrem de dois movimentos essenciais:

A descentralizao e a verticalizao das grandes empresas; A intensificao do processo de formao de comunidades de pequenos produtores por meio dos distritos industriais ou de aglomeraes regionais de empresas de pequeno porte (VILELA, 1994; FILHO et al.,2007).

Internacionalmente reconhecida a importncia das PMEs na gerao de emprego, como tambm, na formao de divisas, nas diminuies das desigualdades regionais e na melhoria da renda. A forma como so elaboradas as polticas de apoio, contudo, depende da conjuntura econmica de cada pas. Por exemplo, nos Estados Unidos, o apoio teve como finalidade assegurar o livre mercado; na Itlia, a diminuio das desigualdades regionais entre norte e sul; em Taiwan; finalmente, no Mxico, a integrao entre micro, pequenas e mdias empresas e as grandes empresas, visando substituio de importaes (PUGA, 2002; HILDEBRANDO, 2005; FILHO et al., 2007 & ARAJO, 2008).2.11.A Importncia das PMEs No Desenvolvimento do Pais

As PMEs instaladas no pas tm um forte papel, principalmente de alavancar o crescimento do Pas. Os pequenos negcios que esto abertos so fundamentais para fomentar o desenvolvimento do pais, o que contribui para um aumento na arrecadao e na gerao de emprego e renda. O papel das PMEs importante para reduo da desigualdade social, sendo a principal mola para gerao de emprego no pas, isso demonstra a capacidade de expanso, associadas a um esprito empreendedor da sociedade mesmo diante da alta carga tributria e da enorme burocracia que impende a criao de novos negcios no pas. No basta somente ter a vontade de abrir um negcio, necessria a habilidade e a criatividade de viver em ambientes altamente complexos e desafiadores, com altas taxas de juros, concorrncia, burocracia e falta de maior apoio governamental para PMEs.

Para que o sector esteja continuamente expandindo suas operaes so necessrios mecanismos que permitam que as PMEs, tenham vantagem competitiva em relao s grandes empresas, principalmente quanto a expanso do crdito, bem como linhas especiais de financiamento, associadas s garantias, de modo que o governo proporcione condies para que essas empresas possam buscar melhores condies de emprstimos visando financiar sua produo e seus servios.As PMEs so responsveis pela grande maioria dos empregos formais em todo o Pas, segundo os dados do BM, mais de 3 milhes de trabalhadores, demonstrando a importncia de investimento nas PMEs, associados a polticas publicas voltada para esse sector, visando aumentar a fora e a capacidade de crescimento dessas empresas. Neste em na cidade de Nampula, as PMEs, representam mais de 60% das empresas instaladas, isso demonstra a fora e a importncia que essas PMEs vem desempenhando e contribuindo para o seu desenvolvimento. Diante do cenrio, para que a cidade de Nampula tenha empresas competitivas, seria necessrio um melhor tratamento paras as PMEs, uma carga tributria menor, uma poltica de incentivo que atenda com maior amplitude os anseios do sector, bem como realizar uma poltica de desburocratizao ainda maior e que facilite a abertura de muitas PMEs.

3.MICROFINANAS3.1.Origem das Microfinana e Microcrdito

Existe uma srie de actividades com uma lgica de funcionamento semelhante ao microcrdito, embora tenham a ver com outro tipo de servios financeiros, pertencendo, assim, esfera microfinana, tal como o microcrdito. Interessa, assim, esclarecer os conceitos de microcrdito e de microfinana, de modo a evitar a confuso entre os conceitos.

Microfinanas entende-se como a concesso de um conjunto de servios financeiros de pequena escala a famlias pobres que podem assumir a forma de pequenas poupanas, crditos, seguros, transferncias e de capital de risco. O microfinana, num sentido lato, pressupe a atribuio de servios como: a concesso de microcrdito ou de pequenos emprstimos (podendo ser mesmo de taxa zero ou com baixas taxas de juro); a constituio das relaes informais entre credores e investidores; a concesso de garantias (de grupo ou de poupana obrigatria); a promoo de pequenas poupanas com taxas de juro atractivas; a constituio de micro seguros, como mecanismo de salvaguarda para as famlias mais pobres; a concesso de financiamentos de fora de trabalho ou em gneros a iniciativas produtivas; entre e outras.

Microcrdito, entende-se exclusivamente a concesso de emprstimos, de pequeno montante, que se destinam a promoo do aumento de rendimentos, criao de emprego e ao alvio da pobreza dos seus beneficirios, bem como o financiamento do arranque ou da expanso de microempresas ou simplesmente de pequenas actividade de geradoras de rendimento. Apesar de microcrdito no criar imediatamente um potencial econmico, este um meio para atingir, pois os servios de crdito proporcionam-lhes a utilizao de capital antecipado para o consumo ou para investimento em actividades produtivas, impelindo os beneficirios a utilizar o seu potencial humano em actividades mais lucrativas, que promovem gerao de rendimentos.

O conceito de Microcrdito nasceu no Bangladesh, nos finais dos anos 70, com o Professor de Economia Rural, Muhammad Yunus e o Grameen Bank (ndia), O Banco das ideias que tinha como premissa bsica, a criao de um sistema bancrio baseado no mutualismo, na confiana, participao e criatividade, concedendo emprstimos de baixo valor a pequenos empreendedores informais e micro-empresas sem acesso ao sistema de crdito tradicional, principalmente, por no oferecerem garantias reais.

O Microcrdito, muitas vezes utilizado para designar instrumentos diversos como o crdito agrcola ou rural, o crdito cooperativo, o crdito ao consumo, crdito e emprstimos associativos ou mutualistas. Segundo Muhammad Yunus e o Grameen Bank, existem varias classificaes e categorias de Micro-Crdito, cujas caractersticas so:

Promover o crdito como um direito do Homem; Conceder crdito dirigido aos pobres, especialmente mulheres, tendo por misso ajudar as famlias pobres a ultrapassar o limiar da pobreza; Basear-se na confiana e no em garantias reais ou contratos judicialmente accionveis; Crditos concedidos para a criao de auto-emprego atravs de actividades geradoras de rendimentos, bem como habitao para os pobres, por oposio ao crdito ao consumo; Desafiar os bancos convencionais que rejeitam os pobres por no os considerar dignos de um crdito, o Grameen rejeita a sua metodologia e criou a sua prpria metodologia; Providenciar servios ao domiclio baseado no princpio de que o banco deve ir ao encontro dos indivduos;

Os bancos hoje em dia, j comeam a admitir que o microcrdito vivel, desde que as capacidades da pessoa em causa sejam acima da mdia, tenha um excelente projecto de negcio e um eficaz acompanhamento durante os primeiros perodos do negcio, podendo a curto prazo ter sucesso e gerar rendimentos que permitam pagar os emprstimos contrados. O Microcrdito deve ser encarado como instrumento e ferramenta do combate excluso social e como factor impulsionador de desenvolvimento.O Microcrdito particularmente destinado a quem no possui garantias que possam servir de colateral ao emprstimo envolvido. Cabe Sociedade civil, Bancos, Governos e Organizaes No Governamentais mentalizarem- -se de que um projecto de Microcrdito no uma iniciativa de solidariedade, mas sim um projecto que aposta no esprito empreendedor e de inovao das pessoas economicamente excludas no mbito de uma estratgia de responsabilidade social.

Vantagens do microcredito

Area socialPoliticas empreendedoras

Promove a iniciativa comercialCria novas empresas

Promove a diminuio da taxa dedesemprego e excluso socialCria novos Negcios

Promove uma boa imagem dos bancosCria novos empregos

Promove a formao qualificante dosBeneficiriosCria a sustentabilidade e prosperidadedas populaes desfavorecidas

Promove estratgias e medidas alternativaspara as pessoas desempregadas,inactivas e reformadasCria a competitividade e crescimentoda economia local e nacional

Tabela 2: Vantagens de microcredito3.2.Impacto do Microcrdito em Moambique

O Microcrdito tem desempenhado um papel activo no combate a reduo do ndice de incidncia da pobreza, neste momento o impacto mais notrio nas zonas rurais, onde a taxa passou de 70,5%, para 54,6%10, esta reduo reflecte-se no melhoramento das condies de vida da populao, sobretudo na proviso dos servios sociais bsicos. Actualmente, 70,5% dos agregados familiares tem um mercado ao alcance em menos de uma hora de caminhada. Em Moambique observa-se o crescimento do movimento de cidados das zonas rurais para a cidade, e o aumento dos nveis de desemprego e pobreza.O Governo moambicano tem efectuado um esforo acrescido, no sentido de criar mecanismos de promoo de emprego atravs de aces de formao Profissional e de desenvolvimento de pequenos projectos de gerao de rendimentos. A implementao de estratgias da Comercializao Agrcola tem permitido a identificao dos problemas rurais e o plano de solues multisectoriais que vo desde a reabilitao de vias de acesso, recolha e compilao de informaes sobre mercados, preos dos produtos agrcolas e a sua disseminao em lnguas locais com o uso das rdios comunitrias.3.3.Microfinanas em Moambique

Em Moambique as microfinanas surgem quando particularmente aps os acordos de paz em 1992. Apesar do sucesso das experincias do Grammen Bank (Bangladesh), Banco Sol (Bolvia) e Rakiat na Indonsia, os empreendedores em Moambique pouco acreditavam no desenvolvimento desta actividade no pas. Consequentemente, quando a World Relief anunciou em 1993 que iria comear uma operao de pequenos bancos nas vilas com inteno de atingir o mais pobre dos pobres, os investidores encararam a ideia com muito cepticismo (De Vletter, 1999:2).Nesta fase, as microfinanas eram uma varivel pouco valorizada associada transio das Organizaes no governamentais dos programas de emergncia para programas de desenvolvimento que tipicamente abrangiam um nmero integrado de componentes, tais como treinamento para negcios, crdito (habitualmente subsidiado), treinamento de habilidades e extenso agrcola.

O conceito de Microfinana nasce em 1995, tendo como intervenientes principais a AJM actualmente Secretaria da Cooperao Internacional (SCI) e a Cooperao Sua para pesquisa das formas tradicionais de crdito e de poupana em Moambique, tendo como misso primria, o apoio ao lanamento de um projecto-piloto de Micro-Crdito para futuros micro-empresrio, tendo como sector alvo a Educao e Sade, consoante os resultados e eficcia das actividades realizadas, passaria-se para uma Instituio vocacionada ao sector da Micro-Finanas.

A 13 de Outubro, promulgado o Decreto do Conselho de Ministro n 53/98 que autoriza a abertura da primeira Instituio de Micro-Finanas em Moambique (Tchuma), tendo como capital social 70.000.000,00mt (Setenta Milhes de Meticais) e como accionistas institucionais o Fundo de Desenvolvimento Comunitrio (FDC) e a SCI. Actualmente, o Novo Banco a maior Instituio de Microfinanas a operar em Moambique, mais especificamente na rea do Microcrdito. O Novo Banco detm cerca de 19% do total dos clientes das Micro-Finanas e 46% do total da respectiva carteira de crdito. Seguem-se o SOCREMO e TCHUMA que completam a lista das instituies de Microfinanas operando numa base comercial.

Em Moambique, o sector de Microfinanas ainda muito deficitrio, em 2008 apenas contava com 55000 clientes e uma carteira de 15,4 milhes de USD. Moambique um pas em fraco desenvolvimento; isto deve-se ao facto de Moambique possuir um sistema financeiro pouco desenvolvido, um dfice de crescimento e graves disparidades sectoriais e espaciais entre Maputo e o resto do pas. A conjuntura financeira est marcada por uma reduo da desvalorizao do metical e por uma progressiva meticalizao da economia. No que diz respeito a crditos bancrios, as taxas de juros praticadas pelos bancos so bastantes elevadas e situam-se na ordem dos 31%, criando na maior parte das vezes o sentimento de excluso social por parte das famlias e pessoas que no possuam garantias financeiras e patrimoniais para recorrerem o credito tradicional.

O sector bancrio formal caracteriza-se por uma forte concentrao de quatro bancos (BIM, Banco Austral, BCI, Standard Bank) que concentram 93% do activo. No sector informal as famlias tem optado pela prtica do (xitique)5, em detrimento do depsitos nos Bancos.

Em Moambique, como em qualquer outro pas em vias de desenvolvimento, as mulheres so alvos fceis da excluso social, uma vez que ainda existem alguns preconceitos no seio das sociedades africanas. Mas em Moambique, cabe ao sector da Microfinanas ajudar a contornar a situao conforme ilustra o grfico acima.A elevada taxa de mulheres, pode ser um indicativo que as Instituies de Microfinanas esto abranger as camadas mais pobres e desfavorecidas de Moambique, ao mesmo tempo que est a ter um impacto na melhoria das condies de vida dos agregados familiares, em particular dos agregados chefiados por mulheres.

So motivos para esta maior canalizao de microcrdito para as pessoas de sexo feminino, o seguinte:

Por razes genticas e sociais, as mulheres tm menos oportunidades de emprego no sector formal e em face disso, elas dedicam-se, para alm, de actividade domsticas a outras de rendimento mas de pequena escala (auto-emprego). A maior parte delas desenvolvem as suas actividades dentro do sector informal, e sobretudo, a actividade comercial, que por sinal a que apresenta as maiores taxas de giro do capital. As mulheres apresentam uma menor taxa de delinquncia, comparativamente aos homens cujas as taxas de reembolsos so muito baixas.

As mulheres a quem est a ser atribuda a igualdade de acesso ao sistema de financiamento do Microcrdito, no s tem provado que so pessoas idneas e cumpridoras nos reembolsos, como excelente micro-empresrias. Em consequncia, elevaram o seu estatuto, diminuram a dependncia em relao aos seus maridos, investiram nas suas casas e reforaram a nutrio dos seus filhos. A maior parte destas mulheres so comerciantes informais, pequeno micro-empresrias do sector industrial e de algumas organizaes ligadas ao sector de prestao de servios.3.4.Enquadramento legal das Microfinanas e Microcrdito em Moambique

O enquadramento legal das MicroFinanas em Moambique pode ser caracterizado de duas maneiras distintas: Micro-Finanas autorizadas a captar depsitos e Micro-Finanas autorizado apenas a conceder crdito.

Quanto s Micro-Finanas autorizadas a captar depsitos, ou seja a realizao de operaes bancrias restritas, nos termos definidos pela lei 9/2004 (lei das Instituies de Crdito e Sociedades Financeiras) de momento ainda no carece de uma legislao especfica (em preparao).

Em relao s Microfinanas autorizado apenas a conceder crdito hoje esto regulamentadas pelo Decreto n47/98 de 22 de Setembro e pelo aviso 1/GGBM/99, que fixa fundos mnimos a afectar no exerccio das Microfinanas. Foi estabelecido no Decreto n 47/98 um montante de 50 Milhes para Entidades autorizadas a desenvolver actividade de Micro-Finanas, o montante dos crditos no pode exceder ao valor declarado ao BM, alocado sua actividade, devendo aplicar taxas de juros livres. Micro-Finanas em Moambique caracterizado como actividade que consiste na prestao de servios financeiros essencialmente em operaes de reduzida e mdia dimenso.Em Moambique, os operadores de Microfinanas ou Instituies de Microfinanas (IMF), caracterizam-se por serem Entidades Singulares ou Colectivas que se dedicam, com carcter habitual e profissional actividade de Microfinanas.3.5.Principais actividades das Microfinanas

Segundo Ledgerwood, as actividades de microfinanas normalmente envolvem: Emprestimos pequenos, tipicamente para capital de trabalho (fundo de maneio); Avaliao informal dos muturios e de investimentos; Substituio de garantias de credito tais como grupos solidrios ou poupanas obrigatrias; Permite a repetio e aumento de emprestimos, baseado na performance dos reembolsos; Facilidade de credito e monitoramento; Produtos de poupanas assegurados.3.6.Razes de crescimento das Microfinanas

Segundo Ledgerwood, as microfinanas esto a crescer por diversas razoes: A promessa de alcanar o pobre, as actividades de Microfinanas podem apoiar a gerao de renda a camada de baixa renda; A promessa de sustentabilidade financeira, a actividade de microfinanas pode ajudar a auto-suficincia financeira; O potncial para construir em sistemas tradicionais, as actividades de Microfinanas as vezes imitam os sistemas tradicionais (como poupana giratoria e associao de credito). Reconhecimento da necessidade de expandir o sistema financeiro existente; Podem aplicar o sistema financiero existente, como cooperativas de credito e poupanas, bancos comerciais e instituies pblicas, atravs da expanso dos seus nichos de actuao; A disponibilidade de bons produtos financeiros como resultado de experincias e inovaes.

CAPITULO III: ESTUDO DE CASO A CAIXA DAS MULHERES 4.1.Histrico e caracterizaoA Caixa das Mulheres de Nampula (CMN) foi fundada em 1994 por iniciativa de um grupo de mulheres que desenvolviam pequenos negcios na cidade de Nampula e que eram membros da Associao das mulheres rurais com apoio tcnico da Associao Canadiana de Cooperativas.Este grupo pretendia responder as necessidades de centenas de mulheres que no conseguiam ter lugar seguro para as suas poupanas e que enfrentavam barreiras nas instituies bancrias, por causa das mltiplas exigncias para a abertura de uma conta de depsitos, bem como, para ter acesso ao crdito.Desde 1994, ano da sua fundao vrias mulheres foram aderindo a Caixa e, em 2003 com apoio financeiro da COCAMO (Cooperao Canad Moambique foram desencadeadas uma srie de actividades tais como: Consultas diversas aos membros e aos parceiros da CMN para discusso de diversas opes. Avaliao das implicaes ao nvel de gesto financeira, recursos humanos e materiais ligado a uma das opes.Paralelamente a estas aces uma equipe de Consultores trabalhou com a Caixa das Mulheres de Nampula para identificar as reais necessidades, em termos operacionais, para efeitos de melhoramento.Por despacho do Govervador da Provncia de Nampula, de 30 de Maio de 2003 foi reconhecida como pessoa Jurdica a Associao da Caixa das Mulheres de Nampula. Em Julho de 2003, foi celebrada a escritura pblica de constituio da Associao da Caixa das Mulheres de Nampula ao abrigo da Lei 6/91 de 18 de Julho.A partir de 2006, passos srios foram dados para transformar a associao para legaliz-la como Cooperativa de Crdito, por, na sua actividade ter ultrapassado os limites permitidos por Lei a uma associao. Com o crescimento da Caixa das Mulheres de Nampula, as suas operaes tornaram-se semilares a de funcionamento de uma Cooperativa de Crdito.Consultores foram envolvidos e recomendaram a legalizao como Cooperativa de Crdito. Os membros da Associao aprovaram em Assembleia Geral, realizada em Abril de 2006, a proposta de transformao, tendo ficado acordado aps aprovao que deveria ser solicitado a todos membros a abrirem uma conta de depsito de aces, como um dos requisitos para o funcionamento de uma Cooperativa de Crdito.Em 2005, a Caixa das Mulheres de Nampula j tinha 2702 activos, todos do sexo feminino, e, possua de poupana 1.322.821 contos na antiga moeda e uma carteira de crdito num total de 1.181.862,5 contos na antiga moeda.4.2.LOCALIZAO, MISSO E VISO4.2.1.Localizao Cooperativa de Crdito das Mulheres de Nampula, SARL (CCMN)Avenida Eduardo Mondlane n 1026, casa n 348E-mail: [email protected]: 26 218412Cidade de NampulaProvncia de Nampula4.2.2.Misso Poupar dinheiro em lugar seguro e providenciar crdito aos seus membros para desenvolverem negcios e outros servios com vista ao melhoramento da situao scio econmica.4.2.3.Viso Criar uma instituio financeira que fornea servios de poupana e crdito competitivo e sustentveis a mulher com baixo rendimento.4.3.Situao actual da CCMNA Cooperativa de Crdito das Mulheres de Nampula (CCMN) tem hoje 2906 depositantes, uma carteira de depsitos 9.685.827.53 Mts, o seu volume de depsitos decresceu do ano passado em 802.024,50 Mts.Tem uma carteira de crdito de 6.100.845 Mts e possui 453 muturios. O seu volume de crdito decresceu do ano passado 1.201.987,00 Mts.O valor das aces que um membro deve ter na sua conta e de 100,00 Mts. Como forma de manter a estabilidade, nenhum membro deve ter na conta de aces abaixo de 100,00 Mts. Esta medida possibilita que todos membros tenham o mesmo valor de aces, permitindo acima uniformizao na obteno de dividendos futuramente.Os membros da Cooperativa so residentes da cidade de Nampula, havendo algumas que fazem os seus negcios nos distritos circunvizinhos da Provncia. Nos ltimos 3 anos a Cooperativa investiu de forma significativa para o melhoramento da sua gesto. As operaes da Cooperativa esto todas informatizadas, a COCAMO financiou a aquisio de um Software bancrio concebido para as micro finanas, denominado por M2 em 2007, para a gesto de poupanas e crditos. Em 2011, o software M2 foi actualizado para o Octopus e o seu funcionamento e completamente eficaz. Os computadores esto ligados em rede, para permitir o uso simultneo do sistema informtico pelo pessoal. Com a introduo do Octopus facilita o controlo da carteira de crdito e de poupanas.4.4.Razes Econmico-financeiras de uma Cooperativa de Crdito. O facto da Caixa das Mulheres de Nampula ter crescido em termos de gesto de poupanas e crdito, que se justifica a sua transformao em Cooperativa de Crdito. O facto de a CMN estar na prtica a operar como se de uma Cooperativa de Crdito se tratasse, recebendo depsitos, concedendo crdito e cobrando juros desde h muitos anos. O facto da demanda do mercado exigir que a CMN passasse para uma fase superior para que assim possa desenvolver outros produtos que os membros precisam. O facto de a CMN possuir recursos para operar plenamente como uma Cooperativa. A necessidade de apoiar o empoderamento da mulher.4.4.1.Capital e Accionistas Fundadores A Cooperativa tem de capital o montante de 1.267.00,00 Mts. So fundadoras da Cooperativa, todas as accionistas que eram membros activos da Caixa.4.4.2.Outros Fundos de Investimentos.Para alm do Capital Social da Cooperativa, existem outros recursos financeiros provenientes de doaes e jias, num total de 5.225.511,00 Mts.Estes fundos encontram-se investidos da seguinte maneira:Tipo de InvestimentoValor

Depsito noutras Instituies de Crdito4.429.511,00 Mts

Imobilizado 796.000,00 Mts

Total 5.225.511,00 Mts

Tabela 3: Feita pelo prprio autor (Fundos de investimentos)4.5.MERCADO MICROFINANCEIRO4.5.1.Anlise do Mercado Micro financeiroNos ltimos tempos, o sector Micro-financeiro sofreu uma transformao considervel. A mudana mais notvel foi em termos de beneficirios do micro finanas. Em 1998, estimava se que havia aproximadamente 9000 beneficirios de emprstimo, dos quais cerca de metade recebiam servios a partir de apenas dois insumos).Em 2000, j havia cerca de 23000 clientes activos das micro-finanas, incluindo membros dos grupos de PCR e poupadores juntos da CMN- Caixa das Mulheres Nampula. Por volta de 2005, o quadro mudou consideravelmente com os operadores a atingirem 66000 tomadores e 63000 poupadores. Este aumento pode ser atribudo principalmente ao crescimento rpido de nmeros poupadores. A introduo de produtos de poupana desde 2001, e, o sucesso de metodologia de ASCA/PCR, levaram a um crescimento muito rpido nas contas de depsitos, a tal ponto que, em 2005, o nmero de poupadores quase que, igualou ao nmero de tomadores de emprstimo.A elevada rotatividade de clientes, registada entre operadores de maior dimenso como, a Socremo e a Procredit. Na altura Novo Banco, sugere que para alm dos actuais clientes, estima se que tenha havido no mnimo cerca de 100.000 clientes que tiveram acesso aos crditos micro-financeiros, ao longo dos ltimos 10 anos.O valor total dos emprstimos activos cresceu de 2,2 milhes de USD em 2000, para 16,4 milhes de USD em 2005. Nos ltimos tempos, o crdito micro financeiro tem vindo a crescer a uma mdia anual de x%.Pode se dizer que se trata de sector em franco desenvolvimento.Em 2008, entraram em funcionamento a nvel do pas, 4 organizaes de poupana e emprstimo, 17 operadores de micro crdito e 5 micro bancos, no mbito da expanso de servios financeiros para as zonas rurais.4.6.ANLISE DA CONCORRNCIA EM NAMPULA4.6.1.Principais concorrentes Na provncia de Nampula, no existe uma outra Cooperativa de Crdito. Todavia, encontram se a operar as seguintes instituies de micro finanas, para alm da CMN: AMODER; GAPI; Procredit; CARE; KULIMA; IRAM; OPHAVELA; Parapato microcrdito e; Alexandre Salvador Sumbane. Banco nico Banco ABC Jlio Muhie Namaito Laila Momade Ussene

4.6.2.A Cooperativa tem como os seguintes produtos Concesso de crditos aos membros de Cooperativa; Captao de poupanas dos membros da Cooperativa; Organizao de cursos de capacitaes para os membros da cooperativa; Aplicao de Depsitos a Prazo; Juros pelas contas de Poupanas.4.7.INTERPRETAO DE DADOSQuadro 1. A participao de microempresas na economia de Nampula

Participao no nmero de empresas97%

Na produo48%

Empregos60%

Salrios42%

Vendas no comrcio72%

Participao no Produto Interno Bruto (PIB)25%

Fonte: Dolabela (1999, p. 133)

Os nmeros ressaltam a importncia das micro e pequenas empresas em Nampula. Elas juntas so responsveis por um quarto do PIB (Produto Interno Bruto), responsvel por quase toda a rea comercial. As microempresas so a maioria, em nmeros, em todos os sectores da economia, conforme demonstrado no quadro 2, sendo responsvel pela gerao de emprego e renda para a maioria dos trabalhadores moambicanos.

Quadro 2. Participao das empresas por porte e por setor da economia em 2014.MicroPequenaMdiaGrandeTotal

Indstria518.71236.0867.7881.378563.964

Construo170.7958.3291.501152180.777

Comrcio2.624.309102.4396.6183.3942.736.760

Servio2.151.033115.06513.57912.1862.291.863

Total5.464.849

261.91929.48617.1105.773.364

Fonte: SEBRAE (2005)Segundo a Frente Empresarial pela Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, as microempresas e empresas de pequeno porte so, hoje, em todo o mundo e tambm em Nampula, um segmento extremamente importante para a nossa Economia, por serem agentes de incluso econmica e social pelo acesso s oportunidades ocupacionais e econmicas, tornando-se sustentculo da livre iniciativa e da democracia, sendo responsvel pela grande maioria dos postos de trabalho gerados no Pas.4.7.1.MICRO E PEQUENAS EMPRESASDe acordo com os dados, houve uma melhora da taxa de mortalidade das empresas entre os trinios 2010-2012 e 2013-2015. Os resultados obtidos na pesquisa realizada pelo Sebrae foram os seguintes:Quadro 3. Taxas de mortalidade.Anos de existncia das empresasAno de constituio2010-2012Taxa de mortalidade(A)Ano de constituio204-2012Taxa de mortalidade(B)Variao da taxa de mortalidade(B A)

At 2 anos201249,4%201322,0%-27,4%

At 3 anos201156,4%201231,3%-25,1%

At 4 anos201059,9%201135,9%-24,0%

Fonte: SEBRAE (2007)

Pode-se observar que o percentual de empresas de micro e pequeno porte que fecham com at 2 anos de existncia passou de 49,4% para 22,0%, uma significativa reduo de 27,4%. Esta importante reduo pode ser atribuda a dois importantes factores: a maior qualidade empresarial e a melhora do ambiente econmico moambicano. A melhora do ambiente econmico brasileiro tambm contribuiu para a diminuio da mortalidade das micro e pequenas empresas. A reduo e o controle da inflao, a reduo das taxas de juros, o aumento da disponibilidade de crdito para pessoas fsicas e o aumento do consumo, principalmente das classes sociais mais baixas, criaram um ambiente favorvel para os negcios das micro e pequenas empresas em Nampula.Quadro 4 Sobrevivncia e Mortalidade das Empresas TempoAno FundaoSobrevivnciaMortalidade

6 2009 36% 64%

5 2010 38% 62%

4 2011 50% 50%

3 2012 54% 46%

2 2013 62% 38%

1 2014 73% 27%

Fonte SEBRAE Nampula, 2014. Quadro constitudo pelo Autor

A observao e anlise destes estudos feitos pelo autor e outros rgos para entender as principais dificuldades no gerenciamento e razes para o fechamento das micro e pequenas empresas, sendo importante para se desenvolver estratgias que visam diminuir a mortalidade de tais empresas. Com base nas informaes do SEBRAE (2007), as principais dificuldades de gerenciamento e razes para o fechamento das micro e pequenas empresas so as seguintes: Falhas gerncias. A qualidade da administrao fundamental para o sucesso de uma empresa. Assim, muitas empresas fecham devido s falhas gerncias. A capacitao e experincia dos gestores importante para o sucesso da micro ou pequena empresa. Carga tributria elevada: muitas empresas fecham as portas por no suportarem a elevada carga tributria Moambicana. Uma reforma tributria, desde que conduzida adequadamente, poderia diminuir significativamente a taxa de mortalidade de micro e pequenas empresas em Nampula. Polticas pblicas e arcabouo legal. Muitas empresas que fecharam as portas entendem que as polticas pblicas e o arcabouo legal Moambicano dificultam a operaes das empresas em Nampula.

CAPITULO IV: CONCLUSES E RECOMENDAS5.1.Concluso Os estudos que desenvolvidos a dentro da complexidade e vastido da problemtica da Gesto empresarial, e sobretudo das PME`s, ainda pouco estudada na realidade Moambicana, limitei, a dar um pequeno contributo para a reflexo sobre as PME`s em Nampula, tendo em conta o peso desta provncia no contexto do Pas. Na verdade, 99,2% das PMEs Moambicanas, empregam cerca de 60% das pessoas economicamente activas do Pas, e respondem por 30% do Produto Interno Bruto moambicano, geram empregos e rendas para populao. Essenciais para a economia moambicana, as pequenas e mdias empresas (PMEs) tm sido cada vez mais alvo de polticas especficas para facilitar sua sobrevivncia, que prev a criao de facilidades tributrias para sarem da informalidade.NB: Com este trabalho no pretendo esgotar o objecto da abordagem pelo que acredito na viabilidade de ser base para futuros estudos. Obrigado.5.2.ProblemasEm Nampula, existem ainda algumas barreiras e problemas no sector do microcrdito e tanto no crescimento economico das pmes: Poucas Instituies de formalizadas; As Instituies de Microfinanas sem orientao comercial e contabilidade organizada tm menos assistncia tcnica, e so menos contemplada que as restantes; As PMEs esto longe de terem inteira sustentabilidade institucional; Dfice de poltica de investimento em formao de recursos humanos, com medidas de reciclagem e cursos avanados em determinados segmentos; Dificuldade na criao de capacidade local em Microfinanas para captar o grande fluxo de dinheiro nas zonas rurais e sectores informais, bem como aumento do raio de aco no combate pobreza e excluso social; A legislao moambicana no tem um papel mais activo e positivo sobre o mercado, na criao de condies legais para que os riscos sejam menores, e a sua expanso pelas reas rurais esteja mais facilitada; Nas zonas rurais, existe um dfice muito elevado de estruturas e servios financeiros.

Em sntese os problemas das Instituies financeiras rurais podem ser agrupados nas seguintes categorias: Problemas financeiros (adequao de recursos ao seu volume e preos); Problemas de base legal e tcnicos; Falta de recursos humanos com as competncias especficas nestas matrias; Existncia de um dfice na capacidade de liderana e gesto dos recursos Postos disposio Inexistncia de estudo estatstico do mercado a investir e clientes alvo; Pouca diversidade institucional.5.3.Recomendaes

Mais e melhores instituies financeiras e de Microcrdito; Melhor capacidade institucional pblica e privada; Maior volume global de negcios e de clientes; Melhor qualidade e diversidade dos produtos e servios financeiros disponibilizados quer pela banca comercial quer PMEs; Maior eficincia e sustentabilidade das pmes, para tal devem realizar um esforo nas reas da formao e informao (metodologias e tcnicas racionais).

Para um pais como Moambique, os bancos deveriam utilizar critrios metodologias fidedignas especficas, com a avaliao dos riscos baseada em:

Estudos tcnicos dos fluxos de caixa do negcio do empreendedor; Avaliao socioeconmica que inclui uma avaliao do contexto social e familiar do empreendedor; Uma anlise a vontade ou prospeco a pagar; Deveria existir na estrutura das instituies de crdito um agente de crdito que faa a promoo e anlise do risco e outro que fosse responsvel pela recuperao do crdito.

BibliografiaLAKATOS, Eva Maria. Metodologia do Trabalho Cientifico, Pesquisa Bibliogrfica, Projectos e Relatrios, Publicaes e trabalhos Cientficos. 4 ed. So Paulo: Atlas, 1992.LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Maria de Andrade. Metodologia do Trabalho Cientifico, procedimento bsico, pesquisa bibliogrfica, projecto e relatrio, publicaes e trabalhos cientficos. 6 ed. So Paulo: Atlas, 2001.BULHES, Flix Em Busca da Qualidade, Da Central do Brasil aos Caminhos do Desenvolvimento Sustentvel, Record, Rio de Janeiro, 1999.CHIAVENATO, Idalberto - Recursos Humanos, Editora Atlas S.A, 8ed.So Paulo, 2004.DIAS, lvaro Lopes, Princpios de Marketing Internacional, Campees Portugueses no Estrangeiro, Editora Lidel, Lisboa 2005.Europa, Poltica Industrial na Europa Alargada, (htt://Europa.eu.int/scadplus/leg/pt/lvb/n26026htm, consultado em 21/10/2015).KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane - Administrao de Marketing, Pearson Prentice Hall, 12 ed. So Paulo, 2006.LINDON, Denis; LENDREVIE, Jacques - Mercator, Publicaes Dom Quixote, 9ed, Lisboa, 2000.Leebaert Derek, Como as Pequenas Empresas Contribuem para a Expano Econmica dos EUA, (http://usinfo.state.gov/journals/ites/0106/ijep/leebaert.htm,consultado em 20/10/2015).PUMPIN, Cuno - Manual de Gesto para as Pequenas e Mdias Empresa, Monitor, 2ed. Lisboa, 2003. PETTY, J. William, MOORE, Carlos, LONGENECKER, Justin Administrao de Pequenas Empresas, Pearson, So Paulo, 2004.

APNDICES

Questionrios 1. Qual a misso, viso e objectivo da CMN? 2. Qual o principal objectivo da crescimento econmico das PMEs formadas em Gesto? 3. O crescimento econmico das PMEs formadas em Gesto actua de forma independente? 4. Existe coordenao entre CMN e os clientes?5. O CMN considera a as PMEs importante para a realizao das suas operaes? 6. Que factores levaram implementao da Micro finanas? 7. Qual a percepo que os colaboradores do CMN? 8. Que tipo de auditoria interna pratica-se no CMN? 9. Desde quando o crescimento econmico das PMEs verificado? 10. Que barreiras/ constrangimentos foram encontradas na implementao CMN? 11. As recomendaes feitas pelo departamento de auditoria interna so construtivas para o CMN? 12. A CMN tem acesso a todos os documentos e informaes sem nenhuma restrio dos clientes? 13. Que mudanas se verificaram aps a implementao da CMN aos clientes?