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Controlo de Sistemas Não Lineares Exemplos 1 J. Miranda Lemos IST-DEEC Controlo de Sistemas Não-lineares J. Miranda Lemos Professor Associado (Agregado) do IST 2000 Controlo de Sistemas Não Lineares Exemplos 2 J. Miranda Lemos IST-DEEC Sumário Exemplos de Sistemas Não Lineares Comportamento de Sistemas Lineares e Não Lineares Plano de estado Método das isoclínicas Traçado qualitativo das soluções Oscilações; Método da Função Descritiva Segundo Método de Lyapunov Controladores para sistemas não lineares

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  • Controlo de Sistemas No Lineares Exemplos 1

    J. Miranda Lemos IST-DEEC

    Controlo de Sistemas No-lineares

    J. Miranda LemosProfessor Associado (Agregado) do IST

    2000

    Controlo de Sistemas No Lineares Exemplos 2

    J. Miranda Lemos IST-DEEC

    Sumrio

    Exemplos de Sistemas No LinearesComportamento de Sistemas Lineares e No LinearesPlano de estadoMtodo das isoclnicasTraado qualitativo das soluesOscilaes; Mtodo da Funo DescritivaSegundo Mtodo de LyapunovControladores para sistemas no lineares

  • Controlo de Sistemas No Lineares Exemplos 3

    J. Miranda Lemos IST-DEEC

    Exemplos de Sistemas No-Lineares

    Objectivo: Mostrar que muitos sistemas de interesse prtico, em reas muito diversificadaspodem ser modelados como sistemas no lineares.

    Controlo de Sistemas No Lineares Exemplos 4

    J. Miranda Lemos IST-DEEC

    Os sistemas lineares formam uma classe importante, para a qual vlido oPrincpio de Sobreposio

    De acordo com o princpio de sobreposio, suponhamos que aplicamos a um dado sistema: primeiro uma entrada u1 , obtendo-se uma sada y1

    em seguida, uma entrada u2 , obtendo-se uma sada y2 :

    u1y1

    u2 y2

  • Controlo de Sistemas No Lineares Exemplos 5

    J. Miranda Lemos IST-DEEC

    Sendo vlido para o sistema o princpio de sobreposio:Se aplicarmos a entrada u u1 2+ , obtm-se a sada y y1 2+

    u2

    u1 y1

    y2

    u u1 2+ y y1 2+

    Controlo de Sistemas No Lineares Exemplos 6

    J. Miranda Lemos IST-DEEC

    Os sistemas lineares so muito importantes porque existe uma teoria muito completa sobre o seufuncionamento e projecto.

    Isto possvel porque os sistemas lineares so definidos a partir de uma propriedade unificadoramuito forte:

    O Princpio de Sobreposio.

    No entanto, h muitos exemplos de sistemas importantes em engenharia do controlo para osquais no vlido o Princpio de Sobreposio.

    Para estes sistemas (no lineares), no possvel ter uma teoria to completa e geral, mas hresultados muito importantes que encontram aplicao crescente.

  • Controlo de Sistemas No Lineares Exemplos 7

    J. Miranda Lemos IST-DEEC

    Exemplos de Sistemas no-lineares Motor elctrico

    Vlvula com saturao

    Campo de colectores solares

    Brao robot

    Reactor Qumico

    Produo de Penicilina por fermentao

    A estes exemplos poderiam ser acrescentados muitos outros, de interesse em Engenharia.De um modo geral, sempre que h variaes apreciveis do ponto de trabalho, todos ossistemas se comportam como no-lineares.H no entanto sistemas cujo comportamento apenas pode ser compreendido tendo em conta oseu carcter no-linear.

    Controlo de Sistemas No Lineares Exemplos 8

    J. Miranda Lemos IST-DEEC

    Motor Elctrico de corrente contnuaUm motor elctrico de corrente contnua possui dois circuitos: Um circuito associado ao estator, que, quando percorrido por uma corrente elctrica cria um

    campo magntico; Denomina-se circuito de campo Um circuito constituido pelos enrolamentos do rotor; Quando percorrido por uma corrente

    (denominada corrente de armadura) actuado por uma fora (devida existncia de cargasem movimento no campo criado pelo circuito de campo) que fora o motor a girar.

    H duas configuraes possveis para o controlo do motor:

    Controlo pela corrente de armadura, em que a corrente do estator se mantm constante(um motor de imn permanente cabe nesta classe)

    Controlo pela corrente de campo, em que a corrente do rotor se mantm constante

    No exemplo seguinte considera-se a segunda alternativa.

  • Controlo de Sistemas No Lineares Exemplos 9

    J. Miranda Lemos IST-DEEC

    Controlo pela corrente de campo:

    ArmaduraCampo

    Fonte decorrenteconstante

    i m

    R

    L

    +

    -

    u if

    u if

    im

    T

    d idt

    Ri uf f( )

    + = i f

    T K i if m= ( )

    J ddt

    T Tres =

    Controlo de Sistemas No Lineares Exemplos 10

    J. Miranda Lemos IST-DEEC

    Vlvula com Saturao e histerese

    u Q

    0 u[%] 1000

    100u Q1

    1+ s

    Constante de tempo

    No linearidade

  • Controlo de Sistemas No Lineares Exemplos 11

    J. Miranda Lemos IST-DEEC

    Campo de colectores solares

    u=caudal

    y=temperatura

    A dinmica da relao entre o caudal de fluido a aquecer e a tremperatura sada depende doprprio caudal.A dinmica varia consoante a limpidez da atmosfera, e portanto consoante o caudal mdio.

    Espelho

    Por um tubo situado no foco de um espelho que concentra a luzsolar, circula um fluido (oleo, capaz de se manter no estadolquido at 300C).A energia solar armazenada neste fludo,

    0 0.5 1 1.5 2 2.5150

    200

    250

    300

    t [h]

    Tout

    [C]

    Fixed gains PID Fgs=11.0

    Controlo de Sistemas No Lineares Exemplos 12

    J. Miranda Lemos IST-DEEC

    Produo de Penicilina por fermentaoMotor deagitao

    Caldo deculturaAr

    gua derefrigerao

    Nutrientes eaditivos

    Sada degua derefrigerao

    dXdt

    x S X FV

    X

    dPdt

    S X FV

    P k PdSdt

    X S X FV

    S FV

    S

    in

    inh

    in inin

    =

    =

    = +

    pi

    ( , )

    ( )

    ( , )

    X a concentrao de BiomassaP a concentrao de PenicilinaS a concentrao de substractoFin o caudal de entradaV o volume do reactorAs taxas de crescimento , pi, dependem de X e S

  • Controlo de Sistemas No Lineares Exemplos 13

    J. Miranda Lemos IST-DEEC

    Reactor Qumico (CSTR)CSTR = Reactor qumico contnuo, bem agitado (h homogeneidade no espao, pelo que osistema pode ser descrito por equaes diferenciais ordinrias)

    dcdt

    FV

    c c k e c

    dTdt

    FV

    T T Jk e c kQ

    A iAi A

    E RTA

    ii o

    E RTA

    =

    = +

    ( )

    ( )

    /

    /

    0

    Motor deagitao

    gua derefrigerao

    Entrada doreagente A comconcentrao c

    Sada degua derefrigerao

    Mistura bemagitada

    Concentrao c

    D-se umareacoexotrmica A B

    Sada doreactor

    A B+calor

    Ai

    A

    Controlo de Sistemas No Lineares Exemplos 14

    J. Miranda Lemos IST-DEEC

    Pontos de equilbrio do CSTR:

    A

    B

    C

    Temperaturado reactor, T

    Calor gerado pelareaco

    Calor extradopelo refrigerante

    T1 T2 T2' T3

    H trs pontos de equilbrio (A, B, C). Para estes, o calor gerado pela reaco igual ao calorremovidop pela gua de refrigerao.Os pontos A e C so estveis. O ponto B instvel.

    Partindo do ponto de equilbrio B,suponhamosque h um ligeiro aumento de temperatura, quepassa a ser T2.Neste caso, o calor gerado pela reaco superiorao removido pelo refrigerante.A temperatura vai aumentar cada vez mais, peloque o ponto B instvel.

    Algo de anlogo sucede se a temperatura diminuir.

    O que acontece nos pontos A e C?

  • Controlo de Sistemas No Lineares Exemplos 15

    J. Miranda Lemos IST-DEEC

    Brao Robot

    q

    q

    1

    2

    H q C q g q Tq q( ) ( , ) ( )

    + + =

    Matriz 2 2 dos momentosde inrcia do manipuilador

    Foras de CoriolisForas gravitacionais

    Binrios externos(entradas do sistema)

    Repare-se que o momento de inrcia visto pelo troo 1 do brao dependeda posio do troo 2. O sistema claramente no-linear.