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Honraria inédita lançada pela Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) vai premiar acadêmicos de Medicina e residentes em Pediatria da Bahia com até R$3 mil. A iniciativa, idealizada pela professora titular de Pediatria da Universidade Federal da Bahia e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, dra. Luciana Silva, busca estimular a produção acadêmica na área e presta uma homenagem ao fundador e primeiro pre- sidente da Sobape, o professor emérito da Ufba, dr. Nelson Barros. As inscrições para o prêmio estão abertas até 31 de ou- tubro. Regulamento no site da Sobape: www.sobape.com.br. Páginas 3 e 8. Bahia participa de departamentos da SBP Os departamentos científicos da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) contam com repre- sentantes baianos, que auxiliam na elaboração de políticas de saúde em Pediatria. A gestão do presidente da SBP, Eduardo Vaz (2013-2015), tem o suporte de nove pediatras baianos. Co- nheça também os titulares dos departamentos científicos da Sobape. Página 5. Caminhada alerta para riscos da fibrose cística A Sobape foi representada pela pneumologista pe- diátrica Regina Terse, se- cretária do Departamento Científico da SBP, na ca- minhada pelo Dia Mundial da Fibrose Cística. A ativi- dade, no Dique do Tororó, reuniu crianças, familiares, médicos e apoiadores da causa. Com faixas e cartazes, alguns participantes aproveitaram a oportunidade para pedir a reforma do ambulatório de Fibrose Cística do Hospital Otávio Mangabeira e a construção do anexo para o centro de referência da patologia no hospital. Na Bahia, são cerca de 300 portadores da doença, segundo dra. Regina Terse. Página 2. Até o dia 31 de outubro, os pediatras associados à Sobape devem fazer o recadastramento através de formulário disponível no site www.sobape.com.br. Pediatras representam a Bahia nas atividades de mais uma edição do congresso promovido pela Sociedade Brasileira de Pediatria Nº 65 SETEMBRO 2013

Nº 65 SETEMBRO 2013 - sobape.com.br VOL III.pdf · pela pneumologista pe-diátrica Regina Terse, se-cretária do Departamento Científico da SBP, na ca-minhada pelo Dia Mundial da

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Honraria inédita lançada pela Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) vai premiar acadêmicos de Medicina e residentes em Pediatria da Bahia com até R$3 mil. A iniciativa, idealizada pela professora titular de Pediatria da Universidade Federal da Bahia e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, dra. Luciana Silva, busca estimular a produção acadêmica na área e presta uma homenagem ao fundador e primeiro pre-sidente da Sobape, o professor emérito da Ufba, dr. Nelson Barros. As inscrições para o prêmio estão abertas até 31 de ou-tubro. Regulamento no site da Sobape: www.sobape.com.br.

Páginas 3 e 8.

Bahia participa dedepartamentos da SBP

Os departamentos científicos da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) contam com repre-sentantes baianos, que auxiliam na elaboração de políticas de saúde em Pediatria. A gestão do presidente da SBP, Eduardo Vaz (2013-2015), tem o suporte de nove pediatras baianos. Co-nheça também os titulares dos departamentos científicos da Sobape.

Página 5.

Caminhada alerta para riscos da fibrose císticaA Sobape foi representada pela pneumologista pe-diátrica Regina Terse, se-cretária do Departamento Científico da SBP, na ca-minhada pelo Dia Mundial da Fibrose Cística. A ativi-dade, no Dique do Tororó, reuniu crianças, familiares, médicos e apoiadores da causa. Com faixas e cartazes, alguns participantes aproveitaram a oportunidade para pedir a reforma do ambulatório de Fibrose Cística do Hospital Otávio Mangabeira e a construção do anexo para o centro de referência da patologia no hospital. Na Bahia, são cerca de 300 portadores da doença, segundo dra. Regina Terse.

Página 2.

Até o dia 31 de outubro, os pediatras associados à Sobape

devem fazer o recadastramento

através de formulário disponível no site

www.sobape.com.br.

Pediatras representam a Bahia nas atividades de mais uma edição do congresso promovido pela Sociedade Brasileira de Pediatria

Nº 65 SETEMBRO 2013

PágiNA 2 | SOBAPe NOTíCiAS PágiNA 3 | SOBAPe NOTíCiAS

Presidente: Fernando Antonio Castro Barreiro

1ª Vice-presidente: Helita Regina Freitas Cardoso de Azevedo

2ª Vice-presidente:

Normeide Pedreira dos Santos (Feira de Santana)

Secretária Geral: Délia Cerviño Peleteiro

1ª Secretária: eliane Luiza Braga Moscon Medeiros

2ª Secretária: Larissa gaudenzi Lisboa de Oliveira

1ª Tesoureira: Kátia Machado Baptista Falcão

2º Tesoureiro:

José gonçalves Neto (irecê)

Diretora Científica: isa Menezes Lyra

Diretor de Defesa Profissional: Paulo Roberto Tanuri Marques

Diretor de Patrimônio: ivan Paulo Campos guerra

Diretor de Marketing e Eventos: Bruno Simões Dias gonçalves

Comissão de Sindicância: edazima Ferrari Bulhões

Hermila Tavares Villar guedesLeuser Americano da Costa Filho

Lara de Araújo Torreão

Conselho Fiscal: Romilda Castro de Andrade Cairo

Hans Walter Ferreira greveCíria Santana Sant’Anna

Órgão Informativo Oficial da Sociedade Baiana de Pediatria (SOBAPE)

Edição: Ana Cristina Barreto | DRT/BA 1719

O conteúdo dos artigos publicados neste in-formativo é de responsabilidade exclusiva dos autores. A Sociedade Baiana de Pediatria não se responsabiliza pelas opiniões emitidas em textos assinados.

Av. Prof. Magalhães Neto, 1450ed. Millenium empresarial - Sala 208 - Pituba

- CeP 41810-012 - Salvador-BahiaTel/fax: (71) 3341-6013

Site: www.sobape.com.brsobape

email: [email protected]

Dr. Fernando BarreiroPresidente da SOBAPe

Dia Mundial da Fibrose Císticaé comemorado com caminhada“Aqui só tem gente de fibra”.

esse foi o tema da caminhada pelo Dia Mundial da Fibrose Cística, celebrado na manhã do dia 8 de setembro, no Dique do Tororó. A Sociedade Baiana de Pediatria (So-bape) foi representada pela pneu-mologista pediátrica Regina Terse, secretária do Departamento Cien-tífico da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Crianças, familiares, médicos e apoiadores da causa participaram da atividade, marcada também por protesto. Participantes carregaram faixas pedindo a reforma do ambu-latório de Fibrose Cística do Hospital Otávio Mangabeira e a construção do anexo para o centro de referência da patologia no hospital.

De acordo com Regina Terse, há cerca de 300 portadores da doença na Bahia e o ideal é que a detecção da doença seja feita na triagem neonatal, por meio do Teste do Pezinho, já que, a partir dos 4 anos, o diag-nóstico já é considerado tardio.

A pediatra explica ainda que em alguns estados brasileiros, incluindo a Bahia, há pouco mais de dois meses o Teste do Pezi-nho foi ampliado, favorecendo a detecção da doença. “Todo neonatologista deve pedir o teste, mas deve também estar atento a ma-nifestações como tosse produtiva de caráter crônico, diarreia crônica, falta de crescimen-to e dificuldade em ganhar peso”, diz.

Foi assim que a idealizadora da ini-ciativa, a professora titular de Pe-diatria da Universidade Federal da

Bahia e vice-presidente da Sociedade Bra-sileira de Pediatria, dra. Luciana Silva, ex-plicou Prêmio Professor Nelson Barros. Para ela, “esse é um exemplo maior que precisa ser revisitado muitas vezes, sobretudo pelos mais jovens em formação, para que colo-quem suas aspirações no exemplo do pro-fessor Nelson”.

Dra. Luciana destaca a liderança de dr. Nelson na Faculdade de Medicina da Uni-versidade Federal da Bahia, nas sociedades Baiana e Brasileira de Pediatria e Academia Brasileira de Pediatria. “Professor Nelson modificou a Sociedade de Pediatria em nos-so estado, criando novas diretrizes e levan-do a Bahia para o cenário nacional da So-ciedade Brasileira de Pediatria, carregando consigo os mais jovens para essa atividade associativa extremamente rica”.

25 anos da SobapeLançada pela Sociedade Baiana de Pe-

diatria (Sobape), a honraria vai premiar com até R$3 mil autores de trabalhos acadêmicos inéditos na Bahia. O concurso de monogra-fias é destinado a acadêmicos de Medicina e residentes em Pediatria cujos trabalhos te-nham temas pediátricos. O prêmio é parte da programação dos 25 anos da Sobape, come-morados em dezembro. O regulamento está disponível no site: www.sobape.com.br

Sobape lança Prêmio Professor Nelson Barros

Honraria vai premiar acadêmicos de Medicina e residentes em Pediatria com até R$ 3 mil

De acordo com o presidente da Sobape, Fernando Barreiro, a iniciativa estimula es-tudantes de Medicina e residentes em Pe-diatria a se aprofundarem na produção cien-tífica dentro da especialidade. “Além disso, presta uma justa homenagem ao fundador e primeiro presidente da Sobape, o professor emérito da Ufba, Nelson Barros, pessoa que democratizou a pediatria na Bahia e é dig-na de todas as homenagens”, diz Fernando Barreiro.

A diretora Científica da Sobape, isa Lyra, destaca a importância do incentivo às pes-quisas clínicas em Pediatria. “A Bahia tem um vasto campo de estudo e há uma gera-ção nova de pediatras em formação ou re-

Maiores informações no site da Sobape: www.sobape.com.brAssista ao vídeo sobre o prêmio também no site da Sobape.

Homenageado gratificado com a homenagem, dr. Nelson Barros, diz que o prêmio é o reflexo

da ação de um conjunto de colaboradores com os quais ele conviveu e tem convivido, numa “demonstração de generosidade e de atenção”.

ele acredita que o prêmio é um importante estímulo às novas gerações de pe-diatras na Bahia, que estão abraçando a nobre missão de ser médico. “Nada é mais sublime, em termos de ser humano, que a criança. Se você se projeta para cuidar do futuro, você está cuidando da criança”, diz dr. Nelson, convidando os jovens médicos a abraçarem a causa, como um “cuidado com o futuro do país”.

cém-formados que nos trazem novos subsí-dios. O estado tem uma produção científica importante na área de Pediatria e queremos revelar isso”.

Premiação

A premiação para a categoria Acadêmi-co de Medicina será de R$1,6 mil (1º lugar); R$1,2 mil (2º lugar) e R$800 (3º lugar). Os prêmios para a categoria Residente em Pe-diatria são de R$3 mil (1º lugar); R$ 2 mil (2º lugar) e R$1 mil (3º lugar).

Os resultados serão divulgados no site da Sobape www.sobape.com.br em dezembro, assim como a entrega dos prêmios.

“Penso que o maior presente que podemos receber de alguém são seus ensinamentos. E este presente o pro-fessor Nelson Barros nos deu muitas vezes, de várias formas. Através dos seus ensinamentos da prática pediá-trica, através das suas atitudes como médico, professor e pessoa, pela sua integridade e consistência diuturna e pela sua lhaneza junto aos seus fa-miliares, colegas, alunos, funcioná-rios, pacientes e familiares”.

Dra. Isa Lyra, dr. Nelson Barros e dr. Fernando Barreiro Dra. Luciana Silva

No 36º Congresso Brasileiro de Pediatria, realizado em Curitiba de 8 a 12 de outubro, mantive contato com muitos colegas baianos e de outros estados brasileiros. São unânimes a revolta e a indignação da classe pediátrica em

virtude da aprovação da Medida Provisória 621 que institui o Programa Mais Médicos.Mais indignados ficamos ao saber da capitulação do CFM, através de seu presiden-

te, Roberto D’ávila, que realizou “acordo” com o Ministério da Saúde, concordando com a MP 621 para, segundo ele, evitar um mal maior.

estamos em um momento grave e perigoso da vida nacional, em que a classe médica é colocada como vilã das mazelas do sistema de saúde do país. Devemos en-trar em tempo de avaliação de trincheiras de lutas. Penso que temos que repensar as nossas formas de atuação, tanto individualmente como médicos pediatras que somos, como coletivamente através de nossas associações.

Como pediatras, estamos na linha de frente do atendimento, em contato direto com o nosso pequeno paciente e sua família, pai, mãe, avós e outros membros fami-liares. Devemos separar um pequeno tempo da consulta para explicar a eles a nossa visão da MP 621 e as consequências nefastas que ela trará para a população, especial-mente a mais carente.

À primeira vista, tudo se resolverá com a presença de um médico. Ledo engano. Os problemas estruturais da saúde continuarão embaixo do tapete e não serão resolvi-dos apenas com a figura do profissional médico, por mais boa vontade que ele tenha.

Participar das associações de classe é fundamental para avançarmos em nossas proposições. Ninguém consegue algo sozinho. Da mesma forma, de nada adianta termos espasmos de indignação em redes sociais e similares e não atuar de forma ativa para transformar os cenários que se apresentam.

Acredito que este momento servirá para fortalecer a categoria médica em todo o Brasil. Só depende de nós.

PágiNA 4 | SOBAPe NOTíCiAS PágiNA 5 | SOBAPe NOTíCiAS

Diagnósticos Diferenciais em Pediatria é o tema do iV Simpósio da Liga Acadêmica de Pediatria (Laped), que será realizado no dia 9 de novembro, das 8h às 18h, no auditório do Hospital Aliança. Destinado a acadêmicos de medicina e outras áreas de saúde, a atividade conta com o apoio da Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape).

Durante o simpósio, será lançada a Cam-panha de Natal da liga para arrecadar livros paradidáticos que farão parte de uma bibliote-ca a ser montada pela liga em um orfanato ou escola municipal a ser definida, como anuncia a presidente da Laped, estefane evelin gaspar, acadêmica de Medicina do 8º semestre da Fa-culdade de Medicina da Bahia (Fameb/Ufba).

inscrições pelo e-mail: [email protected]

Nove pediatras baianos compõem departamentos científicos da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), na gestão do presidente eduardo Vaz (2013 a 2015). entre as principais

funções dos departamentos estão assessorar a diretoria da SBP, suas filiadas e seus associados; elaborar e divulgar normas padronizadas à área de atuação; estabelecer de protocolos de atuação; e estimular, apoiar e participar dos eventos científicos nas respectivas áreas.

Além disso, cabe aos membros dos departamentos assistir órgãos públicos que estabelecem políticas de saúde nos municípios, nos es-tados e no país; estabelecer vínculos com os diversos serviços ou es-pecialidade e contribuir para a discussão, instalação e avaliação dos serviços ligados à área de atuação, nos setores de ensino e assistência, entre outras atribuições.

Veja a relação dos representantes baianos na SBP:

Departamentos da SBP Pediatras baianos

Adolescência Maria Conceição Oliveira Costa

Aleitamento Materno Dolores Fernandez Fernandez

Cardiologia Patrícia guedes de Souza

endocrinologia Crésio de Aragão Dantas Alves

infectologia Leda Lúcia Moraes Ferreira

Neonatologia Hans Walter Ferreira greve

Pediatria do Comportamento e Desenvolvimento Rozana dos Santos Teixeira

Pneumologia Regina Terse Trindade Ramos

Terapia intensiva Lara de Araújo Torreão

Departamentos científicos da Sobape

Conheça a composição dos departamentos Científicos da Socie-dade Baiana de Pediatria (Sobape) na gestão do presidente Fernando Barreiro (2013-2015):

Pediatras baianos integram departamentos da SBP

Laped realiza simpósio sobre Diagnóstico

Diferencial

Tomou posse no dia 19 de se-tembro a diretoria da Socieda-de de Pediatria de Feira de San-

tana (Sopefs) para o triênio 2013-2015. A regional da Sociedade Baiana de Pe-diatria (Sobape) tem como presidente a pediatra Normeide Pedreira, eleita para o cargo pela segunda vez. A pediatra é 2ª vice-presidente da Sobape.

No segundo mandato à frente da So-pefs, dra Normeide diz que vai continuar trabalhando alinhada à Sobape na defesa profissional. “A pediatria feirense conta com profissionais de excelência em vá-rias áreas de atuação e precisamos resga-tar a nossa dignidade profissional, reivin-dicar melhores condições de trabalho e de remuneração para que possamos cui-dar melhor das nossas crianças”, atesta.

Sopefs empossa nova diretoria Dra. Normeide Pedreira foi eleita presidente da regional da

Sobape pela segunda vez

No discurso de posse, dra. Normeide fez uma crítica ao sistema de saúde de Feira de Santana, o que considera muito precário no que diz respeito ao atendi-mento às crianças. “Sem atenção básica adequada, sem atendimento de urgên-cia/emergência, sem remuneração digna para o pediatra e sem plano de carrei-ra”, enumera, destacando que apenas 28 pediatras trabalham para o município e alguns deles exercem outras funções que não a de assistência pediátrica.

Presente à cerimônia de posse, o pre-sidente da Sobape, Fernando Barreiro, desejou sucesso ao trabalho e elogiou a composição da diretoria eleita, que con-grega os pediatras da cidade. “A união de ideias é o motor para o avanço do asso-ciativismo”, diz dr. Fernando, acrescen-

DIrETOrIA SOPEFS

Presidente – Normeide Pedreira 1° vice-presidente – edilma dos Reis Silva 2° vice-presidente – Rosa Argentina Sarkis 1° tesoureiro – José eduacy Lins 2° tesoureiro – Paulo Antonio Andrade1° secretário – Carlos inácio Dias2° secretário – Márcia Carvalho Bessa

Comissão CientíficaNilma lazara de Almeida Santos Maria de Lourdes Figueiredo e Silva Tatiana de Oliveira VieiraDaniel Sales Portela João Rogério Macedo

Defesa ProfissionalPaulo Roberto Barroso elza Chaves gonçalves Heli Vieira Brandão

Conselho fiscalSandro Nunesgraciete VieiraPatrícia Silva de Mendonça

Comissão de sindicânciaCarlito guimarães Oliveira gervásio dos Santos Jurandir Ramos de Freitas

Um guia para ajudar mães, famílias e pro-fissionais de saúde na condução da evolução segura da criança ano a ano. Assim pode ser de-finido o livro “A criança passo a passo – guia de acompanhamento para famílias e Profissionais de Saúde (Recém-nascido aos cinco anos)”. A publicação, da editora Atheneu, foi lançada pela pediatra baiana Normeide Pedreira, no dia 9 de outubro, no 36º Congresso Brasileiro de Pediatria, em Curitiba (PR).

Segundo a especialista com área de atuação em infectologia Pediátrica, o guia de 208 pági-nas divididas em 37 temas reúne orientações com respostas a uma série de dúvidas de zero a cinco anos.

guia sobre crianças orienta

famílias e profissionais

de saúde

tando que a Sobape, representante de todos os pediatras da Bahia, está à dis-posição da regional de Feira de Santana.

Também participaram da posse a 1ª vice-presidente da Sobape, Helita Aze-vedo, e Charline Portugal, representando a secretária da Saúde do Município, De-nise Mascarenhas.

“É um livro de apoio para mães adquirirem segurança e tranquilidade no grande desafio que lhes apresenta o cuidar dos seus filhos: incluindo doenças, contra-dições psicológi-cas e resistências do processo edu-cativo”, explica dra. Normeide, que con-tou com o trabalho da coeditora Regina Célia de Menezes Succi, da Universida-de Federal de São Pau-lo (Unifesp).

Dr. Fernando Barreiro dá boas vindas à diretoria da Sopefs

Departamentos Presidentes

Adolescência Sandra Maria Plessim de Almeida

Aleitamento Materno Dolores Fernandez Fernandez

Alergia e imunologia ila Sobral Muniz

Cardiologia Patrícia guedes de Souza

endocrinologia Crésio de Aragão Dantas Alves

gastroenterologia Daniela Lima de Oliveira Saavedra

infectologia Leda Lúcia Moraes Ferreira

Nefrologia Claudia Maria Cardozo Cendon

Neonatologia Priscila Pinheiro Ribeiro Lyra

Neurologia Camilo Vieira

Onco-Hematologia ivana Paula Ribeiro Leite

Pneumologia Tatiane da Anunciação Ferreira

Reumatologia Ana Maria Soares Rolim

Segurança da Criança e do Adolescente Márcia Maria Fonseca Barreto

Terapia intensiva Carolina Friedrich Amoretti

PágiNA 6 | SOBAPe NOTíCiAS PágiNA 7 | SOBAPe NOTíCiAS

Semana do Adolescente reúne profissionais e jovens em Salvador

Com o tema “Juventude, mostre a sua cara”, Salvador sediou a 10º edição da Semana do Ado-

lescente, como parte das atividades pelo Dia Nacional do Adolescente – 21 de se-tembro. Pela primeira vez, contou com a parceria da Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape), através do Departamento de Ado-lescência, presidido pela pediatra e hebeatra Sandra Plessim. entre 17 e 20 de setembro, a semana foi direcionada a profissionais que trabalham com adolescentes e reuniu jovens durante oficinas temáticas.

“A semana foi um sucesso. Tivemos a oportunidade de conhecer experiências exitosas de serviços que atendem ao adoles-cente, como o caso de Betim (Mg), além de promover discussões com os profissionais da rede de atendimento sobre suas dificulda-des, ouvindo sugestões de melhoria para a

formação de uma rede de atendimento mais estruturada em Salvador”, avaliou Sandra Plessim, destacando também as discussões sobre maioridade penal.

Durante as oficinas, jovens e adolescen-tes de 14 a 24 anos discutiram temas como respeito à diversidade, preconceito racial, consciência negra, DST, drogas, cultura da paz, mídia, esportes, autoestima, violência e participação política. As temáticas refletidas resultaram na elaboração de um documento a ser encaminhado para o prefeito de Salva-dor ACM Neto.

“Nas discussões, foi possível compreen-der as expectativas e necessidades dos jovens para a construção uma sociedade mais sus-tentável e igualitária. espero que possamos estreitar os laços desta parceria para atender-mos cada vez melhor nossa população ado-lescente”, pontuou a Sandra Plessim.

Sobre a semana

A Semana do Adolescente é realizada anualmente desde 2003, com uma média de 500 participantes por edição. Tem como objetivos sensibilizar os profissionais que trabalham na área e envolver os adoles-centes no processo de promoção dos seus direitos.

Numa iniciativa da Secretaria Municipal da Saúde de Salvador, através da área Téc-nica de Saúde do Adolescente e Jovem e dos distritos sanitários, conta com a parceria do Unicef, secretarias municipais de educação (Smed), Reparação (Semur) e de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps), Fun-dação Cidade Mãe, ProjetoAxé, Secretaria da Saúde do estado da Bahia Fundação da Criança e do Adolescente, TV Pelourinho e Sociedade Baiana de Pediatria.

Presidente do Departamento de Adolescência, Sandra Plessim, destaca sucesso do evento

Junaura Barretto Nutróloga, gastroenterologista pediátrica, especialista em Nu-trição Enteral e Parenteral pela SBN, mestre em Nutrição e Saúde pela Universidade Federal da Bahia.

A Socieda-de Brasileira de Pediatria (SBP) reuniu em Bra-sília, em agosto, associados indi-cados pelas filia-das das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, para a formação de instrutores do Curso de Adolescência para Pediatras (APP). Da Bahia, participaram as pediatras Rosa Aquino e Sandra Plessim, presidente de Departamento de Adolescência da Sociedade Baia-na de Pediatria (Sobape).

Foram dois dias de palestras e dinâmicas. Cinco grupos, cada um discutindo um tema (conhecimento do corpo, sexualida-de, violência, drogadição, doenças sexualmente transmissíveis), montaram painéis e realizaram cenas teatrais, como se faz com os pacientes nos serviços. Com apoio da SBP, a partir do treina-mento as filiadas vão organizar cursos e multiplicar os conheci-mentos.

Alívio do sofrimento, controle de sintomas e da dor. esses são alguns dos princípios dos Cuidados Paliativos, abordagem defi-nida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2002 para melhorar a qualidade de vida de pacientes e familiares, diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida. em Salvador, o assunto estará em debate no dia 26 de outubro, das 8h30 às 17h30, no Simpósio Baiano de Cuidados Paliativos e Termina-lidade, realizado pela Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape).

A pediatra Carolina Amoretti, presidente do Departamento de Terapia intensiva da Sobape, explica que o objetivo do simpó-sio, que será realizado na sede da Sobape, é reunir profissionais interessados para um momento de reflexão sobre esta proposta de tratamento, cada dia mais frequente e necessária na realidade do pediatra.

“Os cuidados paliativos em seus aspectos físicos, mentais e sociais apresentam um campo vasto de ação em situações clíni-cas irreversíveis e doenças terminais, mas que geram dúvidas e insegurança, especialmente no campo da legalidade e da bioéti-ca”, explica a pediatra.

Simpósio discute cuidadospaliativos e terminalidades

Pediatras baianas participam de curso da SBP

Jovens participam de atividades durante Semana do Adolescente

A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é a alergia alimentar mais comum em lactentes, tendo prevalência de 2 a 3% em crianças com idade inferior a um ano em países desenvolvidos. geralmente, trata-se de uma doença transitória e a maioria das crianças adquire tolerância por volta dos 3 anos.

O método recomendado para estabele-cer ou excluir o diagnóstico de AA ou para verificar a aquisição de tolerância ao ali-mento é o teste de provocação oral (TPO), que consiste na oferta do alimento ao pa-ciente, em doses progressivas, sob supervi-são médica, e realizada após um período de dieta de exclusão do alimento suspeito.

O tratamento da ALV consiste na elimi-nação de leite de vaca (LV) e derivados da alimentação da criança, além de produtos e preparações contendo esses alimentos.

A dieta de exclusão de LV e derivados sem orientação adequada coloca a criança sob risco nutricional e com alterações pos-síveis no peso, estatura e no desenvolvi-mento. Além disso, manter uma criança em dieta de exclusão é onerosa, pode trazer prejuízos psicossociais à criança, ser incon-veniente à família e de difícil monitoramen-to fora do ambiente domiciliar, especial-mente nas escolas e creches. Por isso, é de extrema importância que o diagnóstico da ALV seja feito de maneira criteriosa, evitan-do a exposição da criança e de sua família a uma dieta de exclusão desnecessária.

existem três modalidades de TPO: aberto, quando o alimento é oferecido em sua forma natural, com o conhecimento do paciente, familiares e do médico; simples

Teste de provocação oral aberto na confirmação de alergia ao leite de vaca

cego, quando o alimento é mascarado, de forma que o paciente não saiba se está in-gerindo o alimento suspeito ou placebo, e apenas o médico conhece o que está sendo administrado; e duplo cego controlado por placebo (DCCP), no qual o alimento testado e o placebo são preparados e identificados através de códigos por outra pessoa não en-volvida na avaliação do paciente, reduzindo a influência do paciente e do observador.

O método duplo cego é o mais fidedig-no dos testes empregados no diagnóstico da alergia ao leite de vaca. Por esse motivo, é o teste mais indicado para protocolos cien-tíficos e quando apenas sintomas subjetivos são esperados. Porém, na prática clínica di-ária, sua utilização é muito difícil e os custos e tempo de execução limitam o seu uso.

O TPO aberto deve ser realizado quan-do apenas sinais e sintomas clínicos objeti-vos são esperados (sinais que não poderão ser influenciados pela ansiedade, fobia ou insegurança da família, como aversão, náu-seas, etc). Segundo a Academia europeia de Alergia e imunologia Clínica, o TPO aber-to pode ser aplicado em crianças com até 3 anos, pois nelas sintomas subjetivos são raramente observados. O TPO aberto não é recomendado para crianças maiores de 3 anos ou adultos, quando há suspeita de que sintomas subjetivos possam ocorrer.

As contraindicações para realização do TPO seriam história prévia de reação anafi-lática, dieta de exclusão prévia incerta ou não realizada corretamente, reações ige mediadas graves, nas quais se pesam risco e benefício para o paciente.

Quando o TPO é positivo, confirma a suspeita clínica e pode-se traçar um plano terapêutico e dietoterápico para o paciente. Quando negativo, exclui-se a possibilidade de manter a criança em dietas restritas por muito tempo, com todo o ônus das perdas nutricionais e psicossociais que estão incluí-das na restrição. A realização do TPO ainda dá a possibilidade ao sistema imunológico de desenvolvimento de tolerância à prote-ína heteróloga em questão.

O local para a realização do TPO deve possuir todos os equipamentos para tra-tamento de emergência. em crianças sem história de reações graves, não há necessi-

dade de internação em unidade hospitalar. Nesses casos, o TPO pode ser realizado em ambulatório ou consultório, desde que se disponha de materiais e equipamentos para atendimento de emergência, livre do con-tato com pacientes portadores de doenças infecciosas, limpo, confortável e apropriado para permanência do paciente por longo período( observação clínica entre uma e duas horas).

Para a realização do TPO aberto, sugere-se oferecer o alimento na forma e quanti-dade habitualmente consumida, de acordo com a idade. entretanto, seguimos protoco-los específicos com doses progressivas em intervalos cronometrados. Habitualmente, para o leite de vaca utiliza-se de 8-10g de leite em pó ou 100 ml de leite fluido, ofer-tados em volumes crescentes no período.

Apesar de o TPO ser considerado o método mais confiável para o diagnóstico de reações relacionadas a alimentos, ainda é muito pouco utilizado na prática clínica, tanto para diagnóstico, quanto para verifica-ção de aquisição de tolerância.

A implementação do TPO nos serviços de saúde possibilitaria o correto diagnóstico da alergia ao leite de vaca, reduzindo gastos e riscos desnecessários impostos pela dieta de exclusão deste alimento. Os centros de referência para dispensação de fórmula es-pecial para alergia alimentar utilizam o TPO como método diagnóstico e de verificação de aquisição de tolerância oral, para manter o fornecimento destas fórmulas. Apenas da-dos subjetivos de suspeita clínica não são su-ficientes para o diagnóstico e não deveriam ser unicamente utilizados para restringir o leite de vaca da alimentação do lactente, causando possíveis transtornos para a família e para o paciente, aumentando custos para o estado ou município.

É de extrema importância que os pe-diatras tenham acesso aos protocolos e consensos sobre alergia alimentar para diagnosticar e traçar planos terapêuticos adequados, encaminhando ao especialista quando houver dúvidas ou incapacidade técnica para realização dos testes. Os proto-colos estão disponíveis no site da Socieda-de Brasileira de Pediatria (Departamento de Nutrologia ou Alergia).

O método duplo cego é o mais fidedigno dos testes empregados no

diagnóstico da alergia ao leite de vaca.

PágiNA 8 | SOBAPe NOTíCiAS PágiNA 9 | SOBAPe NOTíCiAS

Luciana Rodrigues Silva Professora Titular de Pediatria da Universidade Federal da Bahia, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria e membro da Academia Brasileira de Pedia-tria.

Por que imaginei propor o prêmio Professor Nélson Barros? Porque penso que o maior presente que podemos re-ceber de alguém são seus ensinamen-tos. e este presente o professor Nélson Barros nos deu muitas vezes de várias formas. Através dos seus ensinamentos da prática pediátrica, através das suas atitudes como médico, professor e pes-soa, pela sua integridade e consistência diuturna e pela sua lhaneza junto aos seus familiares, seus colegas, seus alu-nos, seus funcionários, seus pacientes e familiares. exemplo maior que pre-cisa ser revisitado muitas vezes, sobre-tudo pelos mais jovens em formação, para que coloquem suas aspirações no exemplo do professor Nélson.

Para que os mais jovens possam re-fletir diante das referências deste pro-fessor exemplar, sobretudo na liderança que exerceu na escola Médica da Uni-versidade Federal da Bahia e na Socie-dade Baiana e Brasileira de Pediatria, incentivando os que estavam ao seu redor.

Prêmio Professor Nélson Barros

O professor Nélson aproveitou bem a sua coragem e inteligência além de espalhar generosidade e afeto em sua profissão de cuidar das crianças e ado-lescentes e também ao ensinar como cuidar desses pacientes aos jovens qua-se médicos e aos médicos. intuitiva-mente tornou-se um líder, aproximando novos talentos e expandindo o serviço, exercendo sempre uma interlocução franca e sadia entre seus pares, desco-brindo por vezes soluções ainda não pensadas por outros com o seu racio-cínio rápido, sobretudo nos momentos de crise. As atividades desenvolvidas por ele sempre o foram de forma en-tusiasmada e estimulante para aqueles que o cercavam, pelo seu acolhimento e disponibilidade para discutir e acon-selhar, não importando a idade, a todos aqueles que o procuravam.

Vale ressaltar sua atuação na Socie-dade Baiana de Pediatria, na Socieda-de Brasileira de Pediatria e na Acade-mia Brasileira de Pediatria. O professor Nélson Barros modificou a Sociedade de Pediatria em nosso estado, crian-do novas diretrizes e levando a Bahia para o cenário nacional da Sociedade Brasileira de Pediatria, carregando con-sigo os mais jovens para essa atividade associativa extremamente rica. Além de ensinar na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, foi também Professor na escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e Secretário de Saúde do estado da Bahia. Publicou vários trabalhos científicos e atuou tam-bém na Universidade, em vários cargos administrativos, tendo sido membro da Câmara de Pesquisa e Pós-graduação, assessor do Magnífico Reitor Heonir Ro-cha, Membro do Colegiado do Curso de Medicina, Chefe de Departamento, Co-ordenador da Residência em Pediatria e do Mestrado Materno-infantil, membro da Comissão de ética, da Comissão de infecção Hospitalar, chefe de enferma-ria e de Ambulatório de Pediatria.

Todo o percurso do professor Nél-son tem revelado o prazer, o rigor e a beleza no ato de cuidar dos pequenos pacientes e no ato de ensinar a cuidar deles. Porque cuidar das crianças com as peculiaridades de cada faixa etária nos proporciona a sensação da cons-tante mudança e da impermanência, como principais características da vida, demonstrando a beleza e os detalhes do momento presente. Faz-nos refletir que mesmo diante dos grandes avanços mé-dicos, de genética, imunologia, avanços tecnológicos diagnósticos e terapêuti-cos, nós como médicos, especialmente diante da criança e de seus familiares apreensivos, devemos continuar a fa-zer uma anamnese e exame físico, cui-dadosos e completos, ter a habilidade para analisar os achados normais e os achados anormais, saber falar e também ouvir com compaixão e refletir com bom senso, de acordo com a idade, o sexo, os aspectos culturais, socioeconô-micos, afetivos e comportamentais que envolvem os nossos pacientes e tantos outros fatores. Só um bom professor pode despertar o desejo em seu aluno de pensar sobre estas questões, sobre o desejo do aperfeiçoamento constante e sobre o aprendizado com os acertos e com os erros. O médico e o professor de medicina trabalham com o que te-mos de mais precioso – a esperança e o pediatra trabalha com o que temos de mais importante – as nossas crianças.

Portanto, fico muito satisfeita de ter proposto o Prêmio Professor Nélson Barros ao nosso presidente da Sobape, dr. Fernando Barreiro, que com sua sensibilidade e também profunda admi-ração pelo professor Nélson, de pronto aceitou!

Vamos ao Prêmio professor Nélson Barros para os estudantes de Medicina e para os residentes de Pediatria do estado da Bahia, que sabem do sig-nificado da infância para o futuro da nação.

O professor Nélson Barros modificou a Sociedade de Pediatria em nosso estado, criando novas diretrizes e levando a Bahia para o

cenário nacional da Sociedade Brasileira de Pediatria,

carregando consigo os mais jovens para essa

atividade associativa extremamente rica.