No Prado a Linfa

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  • 7/24/2019 No Prado a Linfa

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    No prado a linfa, que a correr desliza,

    E a borboleta nos rosais da veiga.

    Falou-te dele esta gentil paisagem,

    O azul dos cus, a secular oresta.

    Esse o mistrio que em subtil linguagem

    s virgens conta a natureza em festa.

    Ouvindo, pois, as namoradas falas,

    ue eu delirante te falei, donzela,

    O que receias! porque assim te calas,

    "ubra de pe#o, que te faz mais bela!

    Esconde a cara no meu peito, esconde,$as n%o &esites ao dizer-me que amas.

    ue s%o quinze anos, linda or! responde,

    uando o teu seio se devora em c&amas!

    (abem a &ist)ria triste

    *o bom reitor!

    $+sero, toda a vida

    evou com dor.Fez quanto bem podia,

    $as... anal

    $orre, e na pobre campa

    Nem um sinal.

    Nem uma cruz ao menos

    (e ergue no c&%o

    /eme-l&e s) no t0mulo

    1 vira2%o.

    3edes, alm, na relva

    4unto ao rosai,

    Flores que &5 desfol&ado

    O vendaval!

    6obrem-l&e a lousa &umilde7

    1 cria2%o

  • 7/24/2019 No Prado a Linfa

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    8aga-l&e assim a d+vida

    *e compai9%o.

    8obres, que amava tanto,

    Nunca, ao passar,

    6&oram, curvando a cara

    8ara rezar.

    Nunca, ao romper do dia,

    O lavrador

    85ra e lamenta a sorte

    *o bom reitor.

    1s criancin&as nuasue estremeceu,

    45 nem sequer se lembram

    *o nome seu.

    No salgueiral vizin&o,

    1o p:r do (ol,

    3ai carpir-l&e saudades

    O rou9inol.5grimas... pobre campal

    1i, n%o as tem7

    () da man&% o orval&o

    "oci5-la vem.

    *a solit5ria ua

    1 triste luz

    /rava-l&e em vagas sombras,

    Estran&a cruz.

    E ele repousa, dorme,

    3ive no 6u.

    *orme, esquecido e &umilde,

    6omo viveu.

    ;5 nesta vida amarga

    (ortes assim

  • 7/24/2019 No Prado a Linfa

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    3ive-se num mart+rio,

    $orre-se enm.

    (em que mem)ria que