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PPGAGRO – PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO E DOUTORADO EM AGRONOMIA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: PRODUÇÃO VEGETAL NORMAS PARA REDAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA, DISSERTAÇÕES E TESES

Normas Para Dissertacao e Tese

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Page 1: Normas Para Dissertacao e Tese

PPGAGRO – PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃOMESTRADO E DOUTORADO EM AGRONOMIA

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: PRODUÇÃO VEGETAL

NORMAS PARA REDAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA, DISSERTAÇÕES E TESES

UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOSFACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

2007

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APRESENTAÇÃO

A elaboração de uma dissertação no mestrado ou de uma tese no doutorado é um dos pré-requisitos necessários para a obtenção dos títulos de mestre ou doutor, encerrando as etapas de planejamento, execução e conclusões de um trabalho científico desenvolvido ao longo do processo de formação do pesquisador.

Didaticamente, pode-se inferir que a elaboração da dissertação ou da tese consistiu em desenvolver as etapas da elaboração de um projeto de pesquisa e redação dos resultados obtidos nos moldes científicos.

Visando auxiliar o estudante no desenvolvimento de seu trabalho de pós-graduação, foi elaborado o presente manual de recomendações a fim de estabelecer um conjunto de regras específicas para a redação de projetos, dissertações e/ou teses relativas ao Programa de Pós-Graduação em Agronomia (PPGAGRO) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), seguindo as normas estabelecidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e critérios próprios deste Programa.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................... 1

2 APRESENTAÇÃO GRÁFICA............................................................................................ 32.1. Formato........................................................................................................................ 32.2. Tipo de letra, espaçamento, margens e parágrafos.........................................................32.3. Numeração das páginas................................................................................................. 42.4. Estilo............................................................................................................................. 4

2.4.1. Destaques e diferenciações de palavras...................................................................42.4.2. Abreviaturas........................................................................................................... 42.4.3. Unidades de medida e símbolos..............................................................................42.4.4. Numerais................................................................................................................ 52.4.5. Frações................................................................................................................... 52.4.6. Porcentagem........................................................................................................... 52.4.7. Ordinais.................................................................................................................. 52.4.8. Quantias.................................................................................................................. 62.4.9. Algarismos romanos............................................................................................... 62.4.10. Horários................................................................................................................ 62.4.11. Datas..................................................................................................................... 62.4.12. Equações e fórmulas............................................................................................. 62.4.13. Quadros e figuras.................................................................................................. 7

2.5. Citações no texto........................................................................................................... 92.5.1. Tipos de citação...................................................................................................... 9

2.5.1.1. Citação direta ou transcrição.............................................................................92.5.1.2. Citação indireta ou conceitual.........................................................................102.5.1.3. Citação de citação........................................................................................... 10

2.5.2. Sistema de chamada alfabético..............................................................................112.6. Regras gerais de apresentação das referencias bibliográficas.......................................13

3 PROJETO DE PESQUISA................................................................................................ 153.1. Título.......................................................................................................................... 153.2. Antecedentes e Justificativas ou Introdução................................................................163.3. Objetivos..................................................................................................................... 17

3.3.1. Objetivo geral....................................................................................................... 173.3.2. Objetivos específicos............................................................................................17

3.4. Hipótese...................................................................................................................... 173.5. Revisão de literatura.................................................................................................... 183.6. Material e métodos...................................................................................................... 193.7. Cronograma................................................................................................................ 203.8. Orçamento.................................................................................................................. 203.9. Referências bibliográficas........................................................................................... 20

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4 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO OU TESE.................................................................214.1. Elementos pré-textuais................................................................................................ 21

4.1.1. Capa...................................................................................................................... 214.1.2. Folha de rosto....................................................................................................... 21

4.1.2.1. Ficha catalográfica.......................................................................................... 224.1.3. Página de Aprovação............................................................................................224.1.4. Dedicatória........................................................................................................... 234.1.5. Agradecimentos.................................................................................................... 234.1.6. Biografia do autor................................................................................................. 234.1.7. Sumário................................................................................................................ 234.1.8. Lista de quadros.................................................................................................... 244.1.9. Lista de figuras..................................................................................................... 244.1.10. Resumo............................................................................................................... 254.1.11. Abstract.............................................................................................................. 25

4.2. Elementos textuais...................................................................................................... 254.2.1. Introdução............................................................................................................. 254.2.2. Revisão de literatura.............................................................................................264.2.3. Material e métodos................................................................................................ 274.2.4. Resultados e discussão..........................................................................................274.2.5. Conclusões............................................................................................................ 29

4.3. Elementos pós-textuais................................................................................................ 294.3.1. Referências bibliográficas.....................................................................................294.3.2. Glossários, apêndices e anexos..............................................................................34

4.4. Corpo da dissertação ou tese.......................................................................................34

5 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA....................................................................................40

ANEXOS.............................................................................................................................. 41

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1 INTRODUÇÃOInicialmente, torna-se pertinente esclarecer a diferença entre Projeto, Dissertação e

Tese:

- “O projeto de pesquisa refere-se ao planejamento de uma pesquisa, ou seja, é a

definição das etapas a serem seguidas para abordar uma certa realidade. Deve-

se oferecer respostas do tipo: O que pesquisar? (Título) Por que pesquisar?

(Justificativa) Para que pesquisar? (Objetivos) Como pesquisar? (Metodologia)

Quando pesquisar? (Cronograma)”

- “A dissertação consiste na elaboração escrita de um trabalho de pesquisa em que

o autor apresenta as informações disponíveis com o intuito de fornecer uma

idéia sobre a situação atual dos conhecimentos de um determinado tema

específico, incluindo-se também tópicos controvertidos juntamente com

discussões e sugestões. A Dissertação é um dos requisitos para a obtenção do

título de Mestre. Também, visa demonstrar a capacidade de o candidato tornar-

se pesquisador, isto é, ter capacidade de definir um tema, objeto de seu estudo,

de definir um problema, justificá-lo e apresentar o estado da arte sobre aquele

objeto a partir de um determinado método de análise”.

- “A tese consiste na elaboração escrita de um trabalho de pesquisa em que o

autor defende determinadas proposições ou pontos de vista próprios, os quais

devem ser provenientes de um trabalho original de pesquisa. Neste sentido, o

autor deve apresentar as informações disponíveis sobre o assunto de modo a

fornecer aos leitores elementos que os permitam julgar a pertinência e a

fidedignidade dos resultados e conclusões obtidos. A Tese é um dos requisitos

para a obtenção do título de Doutor(a). Demonstra a capacidade de o candidato

tornar-se um pesquisador independente, porque foi capaz, por meio de uma

pesquisa original, de avançar o conhecimento sobre um determinado objeto de

pesquisa. Numa tese é fundamental a existência de uma hipótese, que será

comprovada ou negada”.

Uma dissertação ou uma tese é um trabalho de caráter monográfico, embasado em

pesquisa experimental ou em dados coletados, que preferentemente prima pela originalidade.

Ao redigir seu trabalho, o autor deve apresentar as informações de que dispõe, de forma

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organizada, confrontando-as com os relatos existentes na literatura, salientando os pontos de

concordância e/ou discordância resultantes deste confronto.

Na discussão dos resultados, o autor deve se reportar, tanto quanto possível, aos

objetivos e hipóteses de seu projeto de pesquisa. Deve ser escrita em estilo simples e elegante,

de tal forma a serem evitados erros de concordância, cacofonias, redundâncias, floreios,

jargões e frases rebuscadas. Ainda, uma dissertação deve ser escrita de maneira objetiva e

impessoal, preferentemente na terceira pessoa do singular, de maneira que sejam evitadas

expressões tais como “meu experimento” , “nosso trabalho” , “eu observei” . É preferível que

se cite: “Neste trabalho” ; “neste estudo”; “o autor observou” . Também com relação a estilo,

deve ser evitada a personalização de seres inanimados, sendo banidas expressões tais como:

“os dados mostram”; “os resultados indicam”; “as análises estatísticas apontam” e “a tabela y

apresenta”.

A redação deve ser sistemática e consistente, ou seja, de forma coerente, sendo

mantido um padrão de unformidade em todos os tópicos do texto. Embora “estilo” seja um

aspecto muito pessoal na escrita, vale ressaltar que a redação técnico-científica pressupõe

clareza e objetividade, o que implica na utilização de frases curtas. Frases que tratam de um

único tópico devem ser resumidas em um mesmo parágrafo e parágrafos de uma única frase

devem ser evitados.

Finalmente, antes de iniciar a redação, o aluno de pós-graduação deve ler

publicações que tratam dos fundamentos da metodologia científica. Um cientista não deve

apenas “fazer” ciência; ele tem que “escrever” ciência. Embora uma boa escrita não cause a

publicação de ciência ruim, má escrita com frequência previne ou retarda a publicação de boa

ciência (DAY, 1998).

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2 APRESENTAÇÃO GRÁFICAO projeto, a dissertação ou a tese devem seguir apresentação gráfica de excelente

qualidade, de forma que o trabalho seja claro e agradável para o leitor. Para isto, devem ser

muito bem organizados a estrutura, a paginação e os formatos, e empregados fontes de letras

adequados. A dissertação e a tese podem ser apresentadas na forma de artigo científico ,

desde que respeitadas as normas do Programa.

2.1. FormatoA arte final da dissertação ou tese deve ser impressa em papel formato A4 (210 x

297 mm) branco, e suficientemente opaco para leitura normal.

2.2. Tipo de letra, espaçamento, margens e parágrafosO texto deve ser digitado em espaço um e meio (1,5), utilizando a fonte Times New

Roman, tamanho 12. Os parágrafos devem iniciar 2,0 cm a partir da margem esquerda e não

serão separados entre si por espaço. Um espaço será utilizado apenas para separação de

títulos, subtítulos, tabelas, figuras, etc .

Espaço simples deve ser usado apenas em, tabelas longas, notas de rodapé, títulos

com mais de uma linha e referências bibliográficas.

Nas referências bibliográficas, o espaçamento entre linhas deverá ser simples (1,0),

deixando um espaço em branco entre cada referência.

As dimensões de margens para as folhas de rosto e da comissão examinadora seguem

regras específicas (itens 4.1.2. e 4.1.3). Para o restante do texto, as margens devem ter as

seguintes dimensões: superior 2,5 cm; inferior 2,5 cm; esquerda 3,5 cm;

direita  3,0 cm pois facilita tabelas mais claras.

Cada divisão que faz parte do sumário (dedicatória, agradecimentos, introdução,

revisão de literatura, material e métodos, resultados e discussão, conclusões, referências

bibliográficas) deve ser iniciada em página própria. Cada divisão deve conter o título,

centralizado, sem pontuação, em letras maiúsculas (podendo ou não ser destacado em

negrito), e o primeiro parágrafo deve iniciar três espaços simples abaixo do título. Cada

parágrafo tem início no sétimo espaço a partir da margem esquerda.

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2.3. Numeração das páginasOs números (sem pontuação) das páginas são colocados no canto superior direito,

com margem superior de 1,5 cm, sendo o último algarismo alinhado com a margem direita.

As páginas preliminares (resumo, sumário, lista de tabelas e lista de figuras) recebem

numeração em algarismos romanos sequenciais (caixa baixa). As páginas de rosto e da

comissão examinadora, embora implicitamente sejam consideradas as páginas de números “i”

e “ii” , respectivamente, não têm seus números impressos.

Após as páginas preliminares, as páginas subseqüentes, iniciando na página da

Introdução, recebem numeração em algarismos arábicos. Nas páginas de títulos, os números

das páginas são omitidos, embora existam de forma implícita.

2.4. EstiloEmprega-se itálico para palavras e frases em língua estrangeira,

títulos de livros e periódicos, expressões de referência (ex: vide, in vitro) letras ou palavras que requerem destaque, nomes científicos de plantas e animais e títulos de capítulos ou de partes da dissertação ou tese.

Aspas devem ser reservadas para destacar citações textuais de outros autores.

2.4.1. Destaques e diferenciações de palavrasOs nomes científicos de espécies, palavras de outros idiomas e termos que se quer

enfatizar devem ser grafados em itálico, sem aspas.

2.4.2. AbreviaturasDevem ser utilizadas na forma recomendada por organismos de padronização

nacional ou internacional ou órgãos científicos de competências de cada área. Na primeira vez

em que forem mencionadas no texto, devem aparecer entre parênteses, precedidas da sua

forma por extenso. Ex.: Food and Agriculture Organization (FAO).

2.4.3. Unidades de medida e símbolosAs unidades métricas deverão seguir o padrão do Sistema

Internacional de Unidades.Deve ser adotado de acordo com o recomendado pelos organismos de padronização

nacional e internacional, mantendo as mesmas unidades na redação do trabalho. Assim, se

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numa parte do trabalho uma grandeza, por exemplo, altura da planta, for avaliada em

metros (m), essa unidade deverá ser adotada em todo o trabalho, quando se referir àquela

grandeza.Devem restringir-se apenas àqueles usados convencionalmente ou sancionados pelo

uso. Exemplos: 10 m, 3 cm, 15 g.

Obs.: apenas percentagem e oC são colocados junto ao número: 50% e 10oC.2.4.4. Numerais

Os números se escrevem, via de regra, com algarismos arábicos, mas por extenso nos

seguintes casos:

- de zero a dez: oito livros, cinco mil, três milhões, etc.- as dezenas redondas: trinta, noventa, vinte mil, sessenta milhões, etc.- as centenas redondas: quatrocentos, setecentos, trezentos mil, seiscentos

milhões, etc. - quando não houver nada nas ordens ou classes inferiores: 13 mil

- aproximação do número fracionário, como em 23,6 milhões;- desdobramento dos dois termos numéricos, como em 213 milhões e 235 mil.As classes separam-se por pontos, exceto no caso de anos e de numeração de

páginas. Ex.: 1.750 livros, no ano de 1750 e a página 1750.

2.4.5. FraçõesSão sempre indicadas por algarismos, exceto quando ambos os elementos se situam

de um a dez: dois terços, um quarto, mas 2/12, 4/12, etc.

As frações decimais, em qualquer caso, são escritas com algarismos: 0,3; 12,75.

2.4.6. PorcentagemSão sempre indicadas por algarismos, sucedidos do símbolo próprio: 5%, 70%,

128%, etc. O símbolo % deve figurar junto dos algarismos.

2.4.7. OrdinaisSão escritos por extenso de primeiro a décimo; porém, os demais são representados

de forma numérica: terceiro, oitavo, 11º, 53º, etc.

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2.4.8. QuantiasAs quantias se escrevem por extenso de um a dez (quatro reais, sete mil dólares,

nove milhões de francos) e com algarismos daí em diante: 11 reais, 235 mil dólares, 48

milhões de francos. Entretanto, quando ocorrem frações (centavos), registra-se a quantia,

como por exemplo: US$ 326.40.

2.4.9. Algarismos romanosSão usados normalmente em casos como: séculos: século XIX, século IV a.C., etc.

2.4.10. HoráriosAs horas são iniciadas de 0h as 23h, seguidas quando for o caso, dos minutos e

segundos. Ex.: 12h21min31s.

2.4.11. DatasQuando por extenso, a indicação dos milênios deve ser feita ordinalmente, e a dos

séculos, cardinalmente. Na indicação numérica, usam-se algarismos romanos antepostos, no

caso dos milênios, e pospostos, no caso de séculos. Ex.: Segundo milênio antes da era cristã =

II milênio a.C.; século vinte = século XX.

O ano deve ser indicado numericamente por todos os algarismos e não apenas pela

dezena final. Os meses são indicados por extenso ou em algarismos arábicos ou, ainda,

abreviados por meio das três primeiras letras, seguidas de ponto quando minúsculas e sem

ponto, quando maiúsculas, excetuando-se o mês de maio, que é escrito por extenso. Ex.: 12

de abril de 1972; 12 abr. 1972; 12 ABR 1972.

As datas, quando indicadas numericamente, devem seguir a ordem: dia, mês, ano.

Ex.: 16.04.1999.

A indicação dos dias da semana pode ser feita abreviadamente, da seguinte forma:

2a feira, 3a feira, 4a feira, 5a feira, 6a feira, sáb., dom.

2.4.12. Equações e fórmulasAs equações, fórmulas e símbolos matemáticos, devem ser bem destacadas no texto,

com letras itálica facilitando sua leitura e compreensão.

Quando se tornar necessária sua divisão em mais de uma linha, devem ser

interrompidas, antes do sinal de igualdade ou depois dos sinais de adição, subtração,

multiplicação e divisão.

Exemplo:

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d²z/d² + 1/Q dz/d + senz = p() onde Q = ac/b e p() =

= P(k)/c.

Em casos de várias equações e fórmulas, elas devem ser identificadas por números

consecutivos entre parênteses, na extrema direita da linha.

Exemplo:

SiO2Al2O3.2H2O 2SiO2Al2O3 (1)

Se a fórmula for graficamente simples, ela poderá aparecer no próprio texto.

Exemplo:

A altura foi obtida pelo uso da equação h= 0 + 1dap + 2dap2 + i

Sugere-se utilizar o software MS Equation ou que permita qualidade gráfica equivalente.

2.4.13. Quadros e figurasTêm a finalidade de resumir ou sintetizar dados, fornecendo o máximo de

informação num mínimo de espaço.

Quadros e figuras devem ser inseridos no texto logo após serem referido pela

primeira vez. Quando citadas no texto, quadros e figuras devem ser referido como “Quadro

n” e “Figura n”, onde “n” representa o número de cada quadro ou figura em particular. Na

elaboração do título, quadros e figuras seguem regras diferenciadas.

O título de um quadro é colocado antes do seu corpo, duas linhas abaixo do texto. O

título é iniciado na margem esquerda onde aparece a expressão “QUADRO n.”, seguida de

dois espaços em branco, quando se inicia cada linha do título, o qual não tem pontuação. O

corpo do quadro se inicia na próxima linha, através de um traço horizontal que tem início na

margem esquerda e termina na margem direita da página. Uma linha abaixo deste traço são

colocados os caracteres de cada coluna do quadro, os quais nunca são separados por traços

verticais. Uma linha abaixo dos caracteres, outro traço horizontal de margem à margem, uma

linha abaixo do qual são inseridas as características que compõem as linhas do quadro. O

quadro é encerrado com outro traço horizontal de margem à margem após a última linha do

quadro. Imediatamente abaixo do traço de fecho do quadro devem aparecer (quando

necessário) notas explicativas do quadro, utilizando letra de tamanho 10.

Se o quadro ocupar mais de uma página, deve-se colocar abaixo dele a indicação

“...continua...”. No caso de figura a palavra “...continua...” deverá vir entre parênteses no

final do título da figura. No topo da página seguinte, o título conterá apenas “QUADRO 5,

Cont.” ou “FIGURA 5, Cont.”. Nota-se que o título não é repetido integralmente na

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Page 12: Normas Para Dissertacao e Tese

continuação e um espaço deve ser deixado antes da continuação do corpo do quadro ou

figura. As notas ao pé dos quadros, embora válidas, não devem ser abusivas.

Fotografias e outras ilustrações deverão ser montadas de forma definitiva e incluídas no corpo da dissertação ou tese. É admitido o uso de cores nas figuras e ilustrações. Em nenhuma circunstância dever-se-á empregar fita adesiva ou material similar para afixação de ilustrações no corpo do trabalho.

Exemplos:1. “Esse autor relata as pesquisas de 25 anos de melhoramento da camomila na Hungria, e que resultam no diplóide selecionado de uma população local e no tetraplóide, denominado de cultivar Bk2 (Quadro 1).

QUADRO 1. Características avaliadas em camomila (Chamomila recutita) diplóide e tetraplóide

Características Diplóide(2x = 18 cromossomos)

Tetraplóide (Bk2)(4x = 36 cromossomos)

Teor de bisabol alto baixoDimensão das flores pequena grandeTeor de óleo essencial 0,6 a 0,8 % 0,9 a 1,1 %Camazuleno no óleo (média) 6 a 8 % 15 a 20 %Porte baixo alto

2. “A paralisação total média da atividade dos formigueiros tratados ocorreu em 20,55 ± 9,98 dias, enquanto os não-tratados permaneceram com atividade normal (Quadro 3).”

QUADRO 3. Tempo médio decorrido para paralisação total da atividade de formigueiros de Atta sexdens rubropilosa e porcentagem de mortalidade dos formigueiros aos 240 dias após a aplicação dos tratamentos*

Tratamento Tempo para paralisação da atividade (dias) Mortalidade

Dinagro-S NA 7,4 ±2,5 b 100,0 ± 0,0 bPikaPau-S NA 29,2 ±13,9 b 87,0 ± 6,6 bMirex-S Max 14,6 ±9,8 b 87,0 ± 6,6 bAttaMex-S NA 31,0 ±13,7 b 73,0 ± 8,5 bTestemunha 0,0 ±0,0 a 0,0 ± 0,0 aTMPT* ± 20,55 ± 9,98 -

Médias seguidas pela mesma letra, nas colunas, são estatisticamente iguais (Kruskal-Wallis; p > 0,05).* tempo médio para paralisação nos tratamentos com iscas.

O título de uma figura deve ser colocado logo abaixo do corpo da figura e tem as

mesmas características do título de uma tabela, exceto a presença do ponto final.

Exemplo:

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“O teor de N-NO3- na matéria seca dos frutos do tomateiro aumentou linearmente

com as doses de N sem adição de matéria orgânica ao solo e permaneceu constante com

adição (Figura 1). O resultado obtido sem adição de matéria orgânica ao solo está de acordo

com a afirmativa de Kaniszewski & Rumpel (1983) de que a fertilização nitrogenada pode

afetar tanto positiva como negativamente algumas características da qualidade dos frutos de

tomate, tais como teores de matéria seca e de nitrato na matéria seca.”

FIGURA 1. Teores de N-NO3- na matéria seca dos frutos do tomateiro em função das doses de

nitrogênio (N) e da matéria orgânica (MO, em t ha-1), do experimento de primavera/verão. Viçosa, UFV, 1999.

2.5. Citações no textoCitação é a menção no texto de informação extraída de outra fonte para esclarecer,

ilustrar ou sustentar o assunto apresentado.

2.5.1. Tipos de citação2.5.1.1. Citação direta ou transcrição

É a cópia literal de um texto; transcreve-se geralmente:

- leis, decretos, regulamentos, etc;

- fórmulas científicas;

- palavras ou trechos de outro autor.

Deve sempre vir entre aspas, com indicação da fonte e da página consultada. Até três

linhas, a citação deve ser inserida no próprio parágrafo; com mais linhas, deve ser destacada

do texto, em parágrafo próprio.

Exemplos:

“Deve-se indicar sempre, com método e precisão, toda a documentação que serve de base para a pesquisa, assim como idéias e sugestões alheias inseridas no trabalho” (CERVO e BERVIAN, 1978, p.97).

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“A comunicação está envolvida em todos os estádios de aplicação do método científico. A hipótese em que cada investigação se baseia pode surgir das observações do próprio investigador, mas ele deve conhecer as observações e experimentos de outros cientistas que trabalham no mesmo problema ou na mesma área de estudo” (BARRASS, 1979, p.28).

2.5.1.2. Citação indireta ou conceitualÉ a reprodução fiel das idéias de um autor citado, sem transcrição. Deve-se sempre

mencionar a fonte de onde foi extraída.

Exemplo:

O material erosionado em uma plantação de chá no Ceilão era muito mais rico em nutrientes que o solo original (Holland e Joachim, 1933).

2.5.1.3. Citação de citaçãoÉ a menção de um documento ao qual não se teve acesso. Deve ser feita obedecendo

à seguinte ordem: sobrenome do autor do documento original, seguido da expressão citado

por, do sobrenome do autor da obra consultada e da data.

Exemplo:

Liljedahl et al. (1989)*, citados por Khoury Junior et al. (2004), apresentaram uma análise tridimensional das forças aplicadas em um trator triciclo em movimento, na qual consideraram que o trator tinha velocidade longitudinal constante e que estava subindo uma rampa.

A referência bibliográfica do documento não consultado pode ser mencionada em

nota de rodapé. Na lista de referências bibliográficas deve constar apenas a obra consultada.

Este tipo de citação deve ser evitado, pois dá margem a falsas interpretações e

incorreções, e quando em excesso no texto demonstra que o pesquisador não se dedicou a

fazer uma boa revisão das literaturas existentes. Usar apenas nos casos em que for impossível

conseguir o trabalho original.

2.5.2. Sistema de chamada alfabéticoÉ indispensável indicar os dados completos das fontes de onde foram extraídas as

citações, seja no texto, em nota de rodapé ou em lista no fim do capítulo ou texto.

* LILJEDAHL, J.N.; SMITH, W.D.; TURQUIST, P.K.; HOKI, M. Tractor and their power units. 4. ed. New York: Avi Books, 1989. 463p.

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Page 15: Normas Para Dissertacao e Tese

Para indicação da fonte da citação, recomenda-se o sistema alfabético, que deve ser

observado ao longo de todo o trabalho.

Neste sistema, o documento é mencionado pelo sobrenome do autor seguido do ano

de publicação, de acordo com as condições em que é inserido no texto:

a) um autor:Exemplos:

Soares (2005), pesquisando ...ou... (SOARES, 2005)

b) dois autores: indicam-se os dois autores, separados por “e” seguidos do ano de publicação.Exemplos:

Oliveira e Souza (2003), em sua pesquisa ...ou... (OLIVEIRA e SOUZA, 2003)

c) três ou mais autores: havendo mais de dois autores, é citado apenas o sobrenome do primeiro, seguido de et al. (não itálico) e do ano de publicação.Exemplos:

Rezende et al. (2002), em sua pesquisa ...ou(REZENDE et al., 2002)

d) duas ou mais obras: indicam-se os autores, ligados por ponto e vírgula (;) seguidos do ano de publicação, entre parênteses, em ordem cronológica.Exemplo:

(SAINT MARTIN, 1982; DELANNAY et al., 1983;; SPECHT e

WILLIAMS, 1996)

e) congressos, conferências, seminários, etc.: menciona-se o nome completo do evento, desde que considerado como um todo, seguido do ano de publicação.Exemplo:

Os trabalhos apresentados na 37ª Reunião Anual da ABCP (1985) ...

g) publicações anônimas: são citadas pelo título, com a primeira palavra em maiúscula e as demais em minúsculas seguidas de reticências e do ano de publicação, entre parênteses.Exemplo:

De acordo com o artigo CONTROLE de pragas de grãos armazenados ...

(1982), estima-se em ...

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Page 16: Normas Para Dissertacao e Tese

h) entidades coletivas: podem ser citadas pelas respectivas siglas desde que, na primeira vez que forem mencionadas, sejam apresentadas por extenso; se necessário, deve ser incluída lista das siglas utilizadas.Exemplo:

Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura - IICA (2006)

...(IICA, 2006)

i) diversos documentos do mesmo autor e ano: são distinguidos pelo acréscimo de letras minúsculas, após o ano, sem espaçamento. Exemplo:

Shen (1972a)Shen (1972b)

j) coincidência de autores, sobrenome e ano: devem ser acrescentadas as iniciais dos prenomes, para distingui-los. Exemplo:

Barbosa, C. (1956)Barbosa, M. (1956)

k) coincidência de autores, sobrenome, ano e prenomes: deve ser usado o prenome completo.Exemplo:

Lavorenti, Abel (1985) Lavorenti, Archimedes (1985)

l) informações obtidas por meio de canais informais (comunicações pessoais, anotações de aula, conferências, correspondência pessoal, etc.): devem ser mencionadas em notas de rodapé.Exemplo:

As genealogias destas seis cultivares foram traçadas com base em Kiihl†.

2.6. Regras gerais de apresentação das referencias bibliográficasA lista bibliográfica, denominada “REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS”, deve ser

ordenada pelo sistema alfabético (letra por letra) pela entrada, (autor e/ou título).

As referências são alinhadas somente à margem esquerda e de forma a identificar

individualmente cada publicação.

Para a elaboração das referências, algumas regras devem ser seguidas:

a) Os elementos essenciais da referência bibliográfica são obtidos na folha de rosto ou no cabeçalho da parte consultada do próprio documento;

† KIIHL, R.A.S. (EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa da Soja, Londrina). Comunicação pessoal, 1985.

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Page 17: Normas Para Dissertacao e Tese

b) O número de páginas de livros e folhetos não é um elemento essencial, entretanto, recomenda-se a sua inclusão para facilitar a recuperação de cópias dos documentos;

c) Na apresentação das referências, a margem esquerda é mantida tanto na primeira linha como nas demais;

d) Os designativos Filho, Júnior, Neto, Sobrinho, seguem o sobrenome dos autores. Exemplos:

ALMEIDA JÚNIOR, E. de;MARCOS FILHO, J.;SILVEIRA NETO, S.;BRASIL SOBRINHO, M. C. do.

e) Os sobrenomes ligados por hífen são indicados pela primeira parte do sobrenome. Exemplos:

APPEZZATO-DA-GLÓRIA, B.;PIZZIRANI-KLEINER, A.

f) Os sobrenomes dos autores de origem espanhola são indicados como sobrenomes compostos.Exemplos:

VILLANUEVA GARCIA, P.; DEL ÁGUILA, J.

g) A entidade coletiva responsável pela publicação de uma obra é tratada como autor. Para órgãos governamentais, usa-se o nome da entidade após o local, em português; para os não governamentais, o nome da entidade é seguido do local.

Exemplos: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto Astronômico e Geográfico. Anuário astronômico. São Paulo, 1988. 279 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM. Centro de Estudos em Enfermagem. Informações pesquisas e pesquisadores em Enfermagem. São Paulo, 1916. 124 p.

h) Usam-se as seguintes abreviaturas na ausência de:

local de publicação - s.l.editora - s. ed.data - s.d.editora e data - s.n.t.paginação ou paginação irregular - 1v.

i) Quando a data do documento não estiver determinada e puder ser aproximada, indicá-la entre colchetes ou barras:

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Page 18: Normas Para Dissertacao e Tese

data provável - / 1991? /década provável - / 198 /

j) Os títulos dos periódicos devem ser apresentados por extenso para facilitar sua identificação;

Exemplos:

Horticultura BrasileiraActa Botânica BrasílicaJournal of Agronomy and Crop Science

l) Referências do mesmo autor:- as referências individuais são ordenadas cronologicamente e precedem aquelas em colaboração;- as referênciais de trabalhos publicados no mesmo ano são organizadas alfabeticamente pelo título e distinguidas pelo acréscimo de letras minúsculas após a data, sem espaço;- os trabalhos em colaboração são ordenados de acordo com o número de autores, obedecendo a ordem alfabética dos mesmos.

m) Os meses com mais de quatro letras, quando mencionados, são indicados pelas três primeiras letras seguidas de ponto, no idioma original da publicação. Em inglês e alemão, são grafados com as iniciais em maiúsculas.

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Page 19: Normas Para Dissertacao e Tese

3 PROJETO DE PESQUISAA primeira etapa a ser seguida pelo aluno regularmente matriculado no Curso de

Pós-Graduação em Agronomia da UFGD é a elaboração do projeto de pesquisa, que servirá

de base para sua dissertação ou tese.

Os passos básicos para a elaboração desses projetos são: título, objetivos,

justificativas, hipósteses, revisão de literatura, material e métodos, cronograma, orçamento e

referências bibliográficas.

Figura 1 – Elementos constitutivos do projeto de pesquisa.

3.1. TítuloO título é o “cartão de apresentação” do projeto de pesquisa. Ele expressa a

delimitação e a abrangência temporal e espacial do que se pretende pesquisar.

O título de um trabalho deve ser claro e objetivo, sucinto e conter em poucas

palavaras o que se pretende realizar.

De acordo com Day (1998), quando um autor prepara um título deveria lembrar um

fato saliente: aquele título será lido por milhares de pessoas. Talvez poucas lerão o trabalho

todo, mas muitas lerão o título, seja na publicação original ou em um serviço secundário

(abstracts e indexação). Portanto, todas as palavras do título deveriam ser escolhidas

cuidadosamente e a associação entre elas deve ser manejada com muito cuidado. Talvez o

erro mais comum em títulos, certamente o mais danoso em termos de compreensão, seja

sintaxe deficiente (concordância e ordem das palavras).

Ainda, no título devem ser evitadas expressões desnecessárias, que em nada

contribuem para elucidação do tema e apenas o alongam, prejudicando-o em termos de

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Page 20: Normas Para Dissertacao e Tese

clareza e objetividade. Alguns exemplos: ao invés de “Um estudo sobre a fertilidade dos solos

de cerrado do Mato Grosso do Sul” , utilize “Fertilidade dos solos de cerrado do Mato Grosso

do Sul”; ao invés de “Algumas considerações sobre a fertilidade de novilhas Nelore aos

dezoito meses de idade”, utilize “Fertilidade de novilhas Nelore aos dezoito meses de idade” ;

ao invés de “Estudo sobre as possibilidades da utilização de diferentes materiais de cama

aviária na produção de frangos e bovinos de corte” , utilize “Diferentes materiais de cama

aviária na produção de frangos e bovinos de corte” .

Nomes científicos de culturas pouco conhecidas devem constar no título após o

nome comum, entre parênteses e em itálico, colocando-se também a ordem e família da

entidade. Ex.: Biologia do Aphis gossipii Glover, 1877 (Hemiptera: Aphididae).

3.2. Antecedentes e Justificativas ou IntroduçãoNesta seção, o autor deve explicar, em termos gerais, o contexto do problema. A

introdução ou antecedentes e justificativas devem ser redigidos de forma a despertar e prender

a anteção do leitor. É nessa etapa que você convence o leitor (professor, examinador e demais

interessados no assunto) de que o projeto deve ser feito.

Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da justificativa, de não se tentar justificar a

hipótese levantada, ou seja, tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de

pesquisa. A justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica a

necessidade imperiosa de se levar a efeito tal empreendimento. A redação da introdução ou

antecedentes e justificativas deve ser bem clara, evitando ao máximo a colocação de

informações por demais conhecidas e, portanto, supérfluas. Vai-se direto ao assunto,

apontando o problema e mostrando que, não só houve condições de diagnosticá-lo, como

também se está apto a resolvê-lo. Deve ficar bem explícito na introdução ou antecedentes e

justificativas a necessidade de realização do projeto para solucionar o problema.

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Page 21: Normas Para Dissertacao e Tese

3.3. ObjetivosFormulam-se as pretensões com a pesquisa. Ele define, esclarece e revela os focos de

interesse da pesquisa. Os objetivos podem dividir-se em geral e específicos.

3.3.1. Objetivo geralO objetivo geral relaciona-se diretamente ao problema. Ele esclarece e direciona o

foco central da pesquisa de maneira ampla.

Objetivos gerais são genéricos, inseridos no contexto do sistema produtivo. Ex.:

“contribuir para o desenvolvimento integrado da produção de frangos e bovinos de corte no

Mato Grosso do Sul.

3.3.2. Objetivos específicosOs objetivos específicos definem os diferentes pontos a serem abordados, visando

confirmar as hipóteses e concretizar o objetivo geral.

Objetivos específicos são inerentes ao experimento proposto. Ex.: “definir os

melhores materiais para cama aviária, em relação ao valor biológico dos excrementos para

utilização em rações para bovinos”.

Quando o trabalho proposto contém um único objetivo, é dispensada a classificação.

3.4. HipóteseEm um projeto a hipótese é a proposição testável que normalmente envolve a

solução do problema. Ela é de natureza criativa. Muitas vezes o pesquisador não escreve sua

hipótese, mas ela está em sua mente. O ideal é que ela seja escrita, para que o pesquisador

possa raciocinar em função do que está redigido e analisar todas as opções disponíveis para

testar convenientemente essas hipótese com os recursos disponíveis.

A função da hipótese, na pesquisa científica, é propor explicações para certos fatos e

ao mesmo tempo orientar a busca de outras informações (LAKATOS e MARCONI, 2005).

Não há regras definidas na formulação das hipótese. Há, contudo, a necessidade de

embasamento teórico e que ela seja formulada de tal modo que possa servir de guia durante a

condução dos experimentos. Para Oliveira (1997), a hipótese deve ser formulada de modo o

mais claro possível e concisa, sem ambigüidade gramatical. Termos demasiadamente gerais

devem ser evitados.

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Page 22: Normas Para Dissertacao e Tese

3.5. Revisão de literaturaNessa etapa, como o próprio nome indica, analisam-se as mais recentes obras

científicas disponíveis que tratem do assunto ou que dêem embasamento teórico e

metodológico para o desenvolvimento do projeto de pesquisa. É aqui também que são

explicitados os principais conceitos e termos técnicos a serem utilizados na pesquisa.

Também chamada de “estado da arte”, a revisão da literatura demonstra que o

pesquisador está atualizado nas últimas discussões no campo de conhecimento em

investigação. Além de artigos em periódicos nacionais e internacionais e livros já publicados,

as monografias, dissertações e teses constituem excelentes fontes de consulta.

A revisão de literatura deve ser abrangente e imparcial, envolvendo tanto os

resultados que dão suporte à(s) hipótese(s) inicial(is) quanto aqueles que à(s) contradizem.

Visa fornecer a base para a discussão dos resultados experimentais. Como não existem regras

fixas para a revisão de literatura, questões como abrangência, especificidade, número de anos

envolvidos e volume de citações a serem utilizados, são aspectos que devem ser decididos em

comum acordo com professor-orientador e outros.

Quanto à identificação do material bibliográfico, alguns passos básicos podem ser

seguidos:

- busca de catálogos com relações das obras: publicações de editores que indicam livros e revistas editados; listagens por título em bibliotecas públicas; catálogos específicos de periódicos, listando artigos recentemente publicados; identificação de artigos recentes, em periódicos importantes, relacionados ao tema, com referenciação bibliográfica.

- com os livros e/ou periódicos em mãos, faz-se o levantamento pelo “sumário”. Os “abstracts” de certos periódicos, além de oferecerem elementos de identificação do trabalho, apresentam resumo analítico.

- verificação da bibliografia ao final do livro ou artigo: indexação de artigos de livros, periódicos, boletins técnicos, circular, informe, folheto, comunicações, relatórios, artigos de jornais e outros documentos sobre o mesmo tema.

- localização: após o levantamento bibliográfico e identificação das obras, localizar as fichas bibliográficas nos arquivos das bibliotecas públicas, faculdades oficiais e particulares, bem como de outras instituições.

- compilação: reunião sistemática do material levantado via fotocópias ou microfilmes.

- fichário: à medida que o pesquisador tiver em mãos as fontes de referência, deve transcrever os dados em fichas, com máxima exatidão e cuidado. As fichas, de fácil manipulação, permitem a ordenação do assunto, ocupam pouco espaço e podem ser transportadas (ajudam a colocar o material em ordem)e possibilitam

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Page 23: Normas Para Dissertacao e Tese

reordenamento constante da documentação. Uma alternativa para o fichário é abertura de um arquivo em computador.

Revisão de literatura difere-se de uma coletânea de resumos ou uma “colcha de retalhos” de citações!

3.6. Material e métodosA descrição do material experimental em uma proposta de pesquisa deve ter grau

máximo de detalhamento, de maneira a permitir que quem for ler e avaliar o projeto possa,

mesmo sem informações adicionais e sem ser especialista no assunto da pesquisa, ter idéia

clara de como o trabalho será desenvolvido.

Quando se trata de implantação de experimento de campo, ou de utilização de dados

armazenados ao longo de vários anos em empresas privadas, estações experimentais ou

estações meteorológicas, a descrição do material deve incluir infomações detalhadas sobre

condições edafo-climáticas, topográficas, hidrográficas, tipo de solo e nível de fertilidade,

manejo utilizado, enfim, todos os fatores que possam auxiliar posteriormente na interpretação

dos resultados. Não é incomum este tipo de informações se tornar chave na explicação de

resultados experimentais atípicos, que contrariem radicalmente as hipóteses iniciais

estabelecidas.

Quanto ao manejo dos dados a serem coletados, fornecer informações precisas

quanto à sua natureza, distribuição, população a que pertencem, representatividade, datas e

forma de coleta.

A especificação da metodologia da pesquisa é a que abrange maior número de ítens,

pois responde simultaneamente às questões: “como?”; “com que?”; “onde?” e “quanto?”. Na

pesquisa agropecuária, a metodologia normalmente envolve descrição acurada de:

- delineamento experimental;

- unidade experimental;

- modelo matemático;

- repetições (espaço, tempo);

- replicações (espaço, tempo);

- análise estatística;

- testes de significância;

- inferência estatística.

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Page 24: Normas Para Dissertacao e Tese

3.7. CronogramaTodas as operações/atividades/práticas a serem realizadas no projeto devem ser

enumeradas, relacionando-as com os meses em que serão efetuadas em um cronograma. É

possível ocorrer execução simultânea de etapas, as quais podem ser semanais ou mensais. O

número de etapas do cronograma deve estar de acordo com o que foi proposto no projeto,

especialmente na parte da metodologia. O cronograma de execução do projeto deve ser

detalhado e fidedigno.

CUIDADO!!! Só estabeleça etapas que possam ser realizadas no prazo disponível.

3.8. OrçamentoDescrição, o mais detalhada possível, dos elementos de despesa do projeto,

classificando-os em material permanente e equipamentos (investimentos), material de

consumo serviços de terceiros - pessoa física (horas/homem, horas/máquinas, pró-labore,

outros), serviços de terceiros - pessoas jurídica (serviços gráficos, hospedagem, alimentação,

serviços de consertos de equipamentos e outrso), diárias, passagens e despesas com

locomoção.

3.9. Referências bibliográficasAs referências utilizadas para a elaboração do projeto e as fontes documentais

previamente identificadas que serão necessárias à pesquisa devem ser indicadas em ordem

alfabética e de acordo com a NBR6023/2002 da ABNT (alguns exemplos são apresentados no

item 4.3.1.).

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Page 25: Normas Para Dissertacao e Tese

4 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO OU TESEA estrutura de dissertações e/ou teses (Figura 2 e 3) estabelece a ordem em que

devem ser dispostos os elementos que as compõem (elementos pré-textuais, texto e elementos

pós-textuais).

4.1. Elementos pré-textuaisOs elementos pré-textuais também chamados de parte preliminar ou ante-texto,

compõe-se das informações iniciais necessárias para uma melhor caracterização e

reconhecimento da origem e autoria do trabalho

4.1.1. CapaA capa (Figura 4) deve ser confeccionada em cartolina dura em fundo azul marinho

(Mestrado) ou preto (Doutorado) e grafada com letra Times New Roman de cor dourada em

espaçamento simples, contendo as seguintes informações:

- instituição, em letras maiúsculas (tamanho 14, centralizado e em negrito), iniciado

a 3 cm do limite superior da capa;

- título da dissertação ou tese, em letras maiúsculas, exceto para nomes científicos,

(tamanho 16, centralizado e em negrito) iniciado a aproximadamente 9 cm abaixo

do nome da instituição;

- nome completo do autor, em letras maiúsculas, (tamanho 14), centralizado e a

aproximadamente 5 cm da última linha do título;

- local (cidade e estado) e ano de conclusão, em letras maiúsculas (tamanho 14),

escrito centralizado e a 3 cm do limite inferior da capa.

Colocar título e autor do lado para facilitar identificação na estante.

4.1.2. Folha de rostoFolha de rosto é aquela que apresenta os elementos essenciais à identificação da

dissertação ou da tese (Figura 5).

A folha de rosto deverá ter margens superior e inferior de 5 cm; esquerda de 3,5 cm

e direita de 3 cm. O texto deve ser escrito em Times New Roman com espaçamento simples e

conter os seguintes dados:

- título da dissertação ou tese, em letras maiúsculas (tamanho 14), negrito e

centralizado (sub-título, se necessário, em letras tamanho 12);

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Page 26: Normas Para Dissertacao e Tese

- nome completo do autor, em letras maiúsculas (tamanho 12) centralizadas, na

distância de 3 cm da última linha do título;

- abaixo do nome, a qualificação funcional do autor (somente a primeira letra em

maiúsculo, tamanho 12);

- nome completo do orientador, precedido do termo “Orientador”, em letras

maiúsculas, tamanho 12, centralizado, na distância de 3,5 cm da última linha do

nome do autor;

- informações sobre o grau pretendido, em fonte tamanho 12, na distância de 3,5 cm

da última linha do nome do autor, em alinhamento justificado, iniciando 7 cm à

direita da página;

- local e ano de conclusão do trabalho, em fonte tamanho 12, centralizado.

4.1.2.1. Ficha catalográficaNo verso da folha de rosto, na parte inferior e centralizada, deve constar a ficha

catalográfica elaborada pela bibliotecária da UFGD.

A folha de rosto não é numerada, embora implicitamente receba o número um em

algarismo romanos.

4.1.3. Página de AprovaçãoA tese ou dissertação, depois de corrigida e aprovada, deve conter o termo de

aprovação em página distinta, citando o nome do aluno (a), o título, a nota descritiva e a data

de aprovação, além dos nomes dos examinadores e do professor(a) orientador(a),

acompanhados de suas respectivas instituições (Figura 6).

O texto deve estar em fonte tamanho 12, espaçamento simples e conter as seguintes

informações:

- título da dissertação ou tese, em letras maiúsculas, negrito em alinhamento

centralizado;

- dois espaços após o título, em alinhamento centralizado, a palavra “por”;

- nome completo do autor do trabalho, sendo grafado apenas com as letras iniciais

em maiúsculo em alinhamento centralizado (quatro espaços abaixo da palavra

“por”);

- descrição do curso e grau conferidos, sendo que o título conferido deve ser escrito

em letras maiúsculas em alinhamento centralizado (quatro espaços abaixo do nome

do autor);

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Page 27: Normas Para Dissertacao e Tese

- a nota descritiva, ou seja, o texto “Aprovada em:”, seguido da data de aprovação

(alinhado à esquerda e localizado três espaços abaixo da descrição do curso e grau

conferidos);

- nomes e assinaturas dos membros da comissão examinadora, iniciando-se pelo

orientador, abaixo de cujo nome consta a palavra “Orientador” (localizados cinco

espaços após a nota descritiva, em alinhamento centralizado, e formatado conforme

apresentado na Figura 6).

A página da comissão examinadora não é numerada, embora implicitamente receba o

número dois em algarismos romanos.

4.1.4. DedicatóriaPágina optativa, em que o mestrando ou doutorando pode dedicar seu trabalho a

pessoas que lhe deram suporte e/ou lhe são queridas.

4.1.5. AgradecimentosOs agradecimentos são opcionais e, quando presentes, devem aparecer na página

seguinte à da dedicatória.

Desde que a autoria da dissertação ou tese pertence ao mestrando ou doutorando, a

página destinada a agradecimentos cria oportunidade para o reconhecimento das pessoas ou

Instituições que tenham fornecido qualquer tipo de auxílio. No caso de recebimento de bolsa

de estudos ou pesquisa com suporte financeiro de instituição pública ou privada, a

consignação de reconhecimento deve ser feita em comum acordo com o orientador.

4.1.6. Biografia do autorÍtem opcional, caso exista, deve vir logo após a página de agradecimentos.

4.1.7. SumárioLinhas que, no início de uma publicação, indicam o assunto nela tratado. O sumário

indica a subordinação das seções com os elementos pré e pós textuais, e contem a página

inicial de cada seção (Figura 7).

A(s) página(s) do sumário não deve(m) ser numerada(s) e todos os itens deverão

estar na mesma margem.

Os títulos das divisões principais da dissertação (introdução, revisão de literatura,

material e métodos, resultados e discussão, conclusões, referências bibliográficas e

agradecimentos) são numerados a partir do número um em algarismos arábicos e colocados

na margem esquerda da página do sumário, em caixa alta. Subdivisões aparecem em caixa

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Page 28: Normas Para Dissertacao e Tese

baixa, no quarto espaço à direita do primeiro espaço da divisão principal, recebendo, além da

numeração da divisão principal, a numeração específica de cada subdivisão, sendo ambos os

números separados por ponto. Subdivisões adicionais seguem o mesmo critério. O título

“SUMÁRIO” , em letras maiúsculas, é centralizado respeitando-se as margens descritas no

item 2.2. A palavra “INTRODUÇÃO” é colocada na margem esquerda, 2 cm abaixo do título

“INTRODUÇÃO”, seguida de pontos a cada dois espaços até o final da margem direita onde

é colocado o número correspondente à página da introdução. A palavra “PÁGINA” é

colocada em caixa alta, dois espaços acima da primeira linha, respeitando a margem direita.

4.1.8. Lista de quadrosEste é um item opcional (Figura 8).

Quadros podem ser criados (também copiados e/ou adaptados, com a devida citação

da fonte) em quaisquer das três divisões principais da dissertação ou tese: revisão de

literatura, material e métodos, resultados e discussão.

Os quadros devem ser numerados de 1 a n, tendo um sumário próprio, que é a lista

de quadros. A chamada do quadro no texto deve vir grafada apenas com a primeira letra

maiúscula (Quadro). O título “LISTA DE QUADROS” deve ser centralizado e em caixa alta.

O primeiro quadro citado é colocado na margem esquerda, 2 cm abaixo do título “LISTA DE

QUADROS”, com a expressão “QUADRO n.” em caixa alta; dois espaços à direita, inicia-se

o título do quadro, com apenas a primeira letra em caixa alta. Se o título tiver mais de uma

linha, a continuação na segunda e demais linhas inicia-se abaixo da letra inicial do título.

Após o final do título, não há pontuação, mas os espaços vazios até o final da margem direita

(onde é colocado o número da página em que se encontra a tabela) são preenchidos com

pontos a cada dois espaços vazios. Cada linha termina quatro espaços antes da margem

direita.

4.1.9. Lista de figurasEste é um item opcional (Figura 9).

A exemplo de quadros, figuras também podem ser criadas, bem como reproduzidas

e/ou adaptadas (com a devida citação da fonte), em quaisquer das três divisões principais da

dissertação ou tese: revisão de literatura, material e métodos, resultados e discussão. A

chamada da figura no texto deve vir grafada apenas com a primeira letra maiúscula (Figura).

O formato da lista de figuras é exatamente o mesmo daquele da lista de quadros.

24

Page 29: Normas Para Dissertacao e Tese

4.1.10. ResumoTrata-se de uma apresentação resumida do conteúdo da dissertação ou tese que

destaca os aspectos de maior importância.

São os seguintes os aspectos a serem considerados na redação do resumo:

- o resumo será precedido da respectiva referência bibliográfica, redigida conforme normas em vigor, em espaço simples; o título da dissertação ou tese deverá estar em negrito;

- o resumo será redigido em um único parágrafo, em espaço simples e em página distinta;

- a primeira frase do resumo expressará o assunto tratado, ressaltando, em seguida, os objetivos, os métodos, os resultados e as conclusões;

- o resumo deverá sempre mencionar o nome do país ou da região onde o trabalho foi desenvolvido.

4.1.11. AbstractÉ a tradução do resumo para a língua inglesa, com a finalidade de facilitar a

divulgação do trabalho em nível internacional. Deve-se, obrigatoriamente, incluir resumo em

português se o texto encontra-se redigido em língua estrangeira;

Palavras-chave: incluir de três a seis, exceto as que já estiverem no título.

4.2. Elementos textuaisSão considerados elementos textuais os conteúdos do trabalho em que se apresenta o

assunto.

4.2.1. IntroduçãoNesta parte, o assunto é apresentado como um todo, sem detalhes. Trata-se de um

texto explicativo, onde o autor apresenta a justificativa do trabalho, ou seja, os fatos que

levaram à sua elaboração. A introdução deve:

- definir claramente o assunto;- indicar a finalidade e os objetivos do trabalho;- referir-se aos tópicos principais do texto, fornecendo o roteiro ou a ordem de

apresentação dos mesmos;- evitar citações bibliográficas, embora possam ser utilizadas exclusivamente para

dar suporte à definições e relatos históricos.

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Page 30: Normas Para Dissertacao e Tese

- se a tese ou dissertação for redigida em capítulos, haverá para cada capítulo uma introdução específica, além da introdução geral, que é apresentada no capítulo introdutório.

4.2.2. Revisão de literaturaEsse item relata as pesquisas existentes na literatura, que dão suporte ao tratamento

do problema, e possibilitam identificar as possíveis relações entre o problema e o

conhecimento existente. Para sua elaboração é necessário amplo conhecimento dos fatos

pertinentes, visão clara do problema e articulação lógica entre os conhecimentos utilizados e

citados.

Para a elaboração da revisão de literatura é importante: fazer referência a trabalhos anteriormente publicados, situando a evolução cronológica do assunto; limitar-se às contribuições mais importantes diretamente ligadas ao assunto, lembrando-se que serão analisadas e discutidas em Resultados e Discussões; lembrar que os nomes dos autores de todas as contribuições citadas no texto ou em notas deverão, obrigatoriamente, constar das Referências Bibliográficas; finalizá-la com o julgamento do autor da tese ou dissertação, formulando devidamente suas hipóteses.

Embora válida, deve ser evitada ao máximo, a citação de teses e dissertações; anais

de congressos, simpósios, encontros, mesas redondas, painéis etc; revistas de resumos

(abstracts) de artigos científicos; artigos de revistas técnicas que não dispõem de corpo

editorial; relatórios técnicos e outros materiais xerocopiados e/ou mimeografados; artigos de

jornais e/ou panfletos e comunicação pessoal. Estas restrições estão ligadas a aspectos de

qualidade e/ou dificuldade na obtenção (para consultas) de cópia do material citado.

Conseqüentemente, os materiais mais desejáveis para citação, são os periódicos nacionais e

internacionais que possuem corpo editorial e são amplamente divulgados no País e no mundo.

Embora não se deva abusar da referenciação de livros textos, muitas vezes fica difícil não

citá-los, principalmente quando descrevem metodologias clássicas utilizadas pelo

pesquisadores em seus trabalhos.

Alguns periódicos aceitam apenas citações dos últimos dez anos, mas não aquelas não

publicadas, resumos ou informações pessoais. O número de citações de resumos, quando for o

caso, deve ser limitado a, no máximo, 20%, exceto em casos especiais, quando não há muita

literatura a respeito do tema. Deve-se evitar a auto citação.

Os assuntos devem ser apresentados em seqüência. Devem ser evitados os termos

como: “De acordo com...”, Segundo fulano...”. Não é obrigatório citar dados da bilbiografia

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Page 31: Normas Para Dissertacao e Tese

exatamente como constam do texto, ou seja, eles podem ser interpretados à maneira do autor,

sem, no entanto, serem alterados.

Quando citar autores em série no texto, ordene as citações pela cronologia da

publicação.

Os objetivos do trabalho devem ser apresentados de forma clara e direta para que não haja confusão na discussão dos resultados.

4.2.3. Material e métodosIncluem-se nesta parte os materiais, técnicas e métodos utilizados para conduzir o

trabalho, descritos de maneira detalhada e suficiente para tornar possível a repetição do

experimento por outros pesquisadores, com a mesma precisão.

Métodos inéditos desenvolvidos pelo autor devem ser justificados, apresentando suas

vantagens em relação a outros. As técnicas e métodos já conhecidos devem ser apenas

citados, sem necessidade de descrição.

Técnicas e equipamentos novos devem ser descritos com detalhes e ilustrados, se

possível com fotografias.

A exemplo da descrição do material experimental para o projeto de pesquisa,

também na elaboração da dissertação ou tese deve haver detalhamento esmerado do material

experimental e da metodologia utilizada. Em termos de cronologia, descreve-se o material

experimental, as condições de implantação do projeto de pesquisa, a hipótese (ou hipóteses) a

ser testada, a metodologia (delineamento) empregada e os testes estatísticos a que os

resultados serão submetidos.

Utilize o termo variedade apenas em sua acepção botânico-taxonômica. Quando não

for o caso, substitua-o por cultivar.

Não utilize o termo variável para se referir às características estudadas. Variável é o

conjunto de valores que uma determinada característica pode assumir. Em outras palavras,

variável é a descrição numérica da característica e não o objeto de estudo; também não

utilize o termo parâmetro para se referir às características estudadas. Parâmetros são

descrições (média, desvio-padrão, variância) da distribuição numérica da variável que

representa a característica que está sendo estudada;

4.2.4. Resultados e discussãoVisa comunicar os resultados da pesquisa e a análise dos mesmos, oferecendo

subsídios para a conclusão.

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Page 32: Normas Para Dissertacao e Tese

Esta seção, a critério do autor (em comum acordo com o orientador), pode ser

dividida em duas: “resultados” e “discussão” . Em princípio, o fato de se ter “resultados e

discussão” em uma mesma seção traz vantagens estilísticas, já que à medida em que os

resultados vão sendo apresentados, são de imediato discutidos. A discussão dos resultados é

basicamente a justificativa do que o autor observou e o confronto dos seus resultados com

aqueles encontrados na literatura revisada e a explicação (quando possível) do porquê da

convergência e/ou divergência com os autores consultados. No caso de haver interação

significativa entre as fontes de variação, elas devem ser apresentadas primeiro; caso contrário,

basta comparar as médias gerais para cada fator e discutir os resultados.

Evitar expressões como: “o quadro mostra”, “os dados revelam”, “os dados sofreram”,

“o autor fala” ou “a bibliografia fala”, “os resultados foram afetados por...” “ os resultados

mostram”; “ os dados se comportaram” e “os resultados são coerentes com os de fulano....”(é

importante citar as condições em que o autor fez o trabalho e a que conclusões chegou).

Evitar também frases que comecem com: “ segundo fulano...dando a impressão de ser revisão

de literatura e não discussão dos resultados”. Mesmo tendo uma hipótese aparentemente certa

para explicar seus resultados, evite afirmativas sobre elas ou sobre resultados que não testou,

como por exemplo, “os fosfatos foram ineficientes” (foram pouco eficientes), “o fósforo é

imóvel” (é pouco móvel), “a matéria seca foi maior devido provavelmente à maior

translocação de fotoassimilados...”

Tanto quanto possível, resultados apresentados em quadros e/ou figuras, devem ser agrupados em valores médios, visando à redução do número de informações nelas contidas. Quanto menor o número de entradas (linhas e colunas) em um quadro, mais prontamente esta se torna compreensível e interpretável para o leitor. Em síntese, tanto melhor um quadro quanto mais auto-explicativo. O mesmo raciocínio é válido para figuras, cuja interpretação deve ser fácil, mesmo para leitores pouco familiarizados com o tema em pauta. Dados já apresentados em quadros e figuras não devem ser repetidos no texto.

A discussão dos resultados deve possibilitar a ligação entre novas descobertas e os conhecimentos anteriormente levantados na Revisão de Literatura, destacando a maneira como as hipóteses apresentadas foram comprovadas ou não, além das concordâncias e divergências da teoria. O autor deve destacar fatos novos ou excepcionais e evitar simples comparações entre resultados obtidos e outros relatados na literatura.

4.2.5. ConclusõesDeve ser uma seção curta, reportando apenas as conclusões mais importantes,

principalmente aquelas diretamente ligadas aos objetivos propostos e hipótese(s) testada(s).

Conclusões secundárias devem ser inseridas como inferências em “resultados e discussão”.

28

Page 33: Normas Para Dissertacao e Tese

4.3. Elementos pós-textuais4.3.1. Referências bibliográficas

São as fontes da literatura citadas no texto pelo autor. Todo o material consultado

deve ser referenciado, com detalhamento e clareza, de maneira que um leitor interessado em

resgatar quaisquer das obras citadas, não encontre dificuldades neste sentido.

Todas as obras citadas devem obrigatoriamente ser listadas na seção das Referências Bibliográficas, cujo preparo deve seguir a NBR6023/2002 da ABNT. A única exceção é com relação ao alinhamento das referências que deverá ser justificado e espaço simples.

Alguns exemplos são apresentados a seguir:

a) Livrosa.1) Livros no todo

AUTOR DA OBRA. Título da obra: subtítulo. Número da edição. Local de Publicação: Editor, ano de publicação. Número de páginas ou volume. (Série). Notas.

- Com um autor

GOMES, P. Fruticultura brasileira. 11. ed. São Paulo: Nobel, 1987. 446 p.

PRADO JÚNIOR, C. Evolução política do Brasil: colônia e império. 13. ed. São Paulo: Brasiliense, 1983. 102 p.

- Com dois ou mais autores

STEEL, R. G. D.; TORRIE, J. H. Principles and procedures of statistics. New York: McGraw-Hill Book, 1960. 481 p.

LISBOA, C. D. J.; MATOS, J. L. M. de; MELO, J. E. de. Amostragem e propriedades físico-mecânicas de madeiras amazônicas. Brasília: Ibama, 1993. 103 p. (Coleção Meio Ambiente. Série Estudos Floresta, 1).

29

Page 34: Normas Para Dissertacao e Tese

- Com indicação de responsabilidade intelectual (organizador, compilador, coordenador, editor, etc.)

Quando não há autor e sim um responsável intelectual, cita-se este responsável

seguido da abreviação que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parênteses:

organizador (Org.), compilador (Comp.), coordenador (Coord.), editor (Ed.), ...

VALVERDE, S. R. (Ed.). Elementos de gestão ambiental empresarial. Viçosa: UFV, 2005. 127 p.

MARTINS, J. de S. (Org.) Introdução crítica à sociologia rural. São Paulo: Hucitec, 1986. 224 p.

- Com indicação do tradutor ou revisor

MANTELL, S. H.; MATTHEWS, J. A.; MCKEE, R. A. Princípios de biotecnologia em plantas: uma introdução à engenharia genética em plantas. Trad. de J. L. de Azevedo, M. L. R. Aguiar-Perecin e N. A. Vello. Ribeirão Preto: SBG, 1994. 344 p.

- Sem indicação de autoria ou entidades coletivas (órgãos governamentais, empresas, etc.)

BRASIL. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Programa de Apoio à Produção e Exportação Frutícola. O setor de produção de frutas frescas no contexto da economia agrícola brasileira. Brasília: Frupex, 1992. 27 p.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Atlas do meio ambiente do Brasil. Brasília: Terra Viva, 1994. 160 p.

a.2) Capítulos de livros

AUTOR da parte. Título da parte. Termo In: Autor da obra. Título da obra. Número da edição. Local de Publicação: Editor, Ano de publicação. Número ou volume, páginas inicial-final da parte,e/ou isoladas.

PARRA, J. R. P. Consumo e utilização de alimentos por insetos. In: PANIZZI, A. R. P. Ecologia nutricional de insetos e suas implicações no manejo de pragas. São Paulo: Manole, 1991. p. 9-65.

b) Monografias, dissertações e teses

AUTOR. Título: subtítulo. Ano de apresentação. Número de folhas ou volumes. Categoria (Grau e área de concentração) - Instituição, local.

MATIOLI, G. P. Influência do leite proveniente de vacas mastíticas no rendimento de queijo frescal. 2000. 55 f. Dissertação (Mestrado em Ciências dos Alimentos) - Universidade Federal de Lavras, Lavras-MG.

30

Page 35: Normas Para Dissertacao e Tese

ARAÚJO, M. S. B. de. Fósforo em topossequências de latossolos e luvissolos do semi-árido de Pernambuco. 2000. 77 f. Tese (Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa-MG.

b.1) Em meio eletrônicoMENDES, C. Q. Silagem de cana-de-açúcar na alimentação de ovinos e caprinos: valor nutritivo, desempenho e comportamento ingestivo. 2006. 104 f. Dissertação (Mestrado) – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piraciacaba/SP. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-13072006-143848>. Acesso em: 21 jun. 2006.

c) Artigos em periódicos

AUTOR. Título do artigo. Título do periódico, Local de publicação, n.º do volume, n.º do fascículo, página inicial-final, mês e ano.

MOTA, J. H. ; YURI, J. E.; RESENDE, G. M. de ; SOUZA, R. J. de . Similaridade genética de cultivares de alho pela comparação de caracteres morfológicos, físico-químicos, produtivos e moleculares. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 24, n. 2, p. 156-160, 2006.

TURRENT, A.; LAIRD, R.J. La matriz experimental Plan Puebla, para ensayos sobre prácticas de praducción de cultivos. Agrociencia, v.19, p.117-143, 1975.

c.1) Artigos de periódicos em meio eletrônicoVIEIRA, C.L.; LOPES, M. A queda do cometa. Neo Interativa, Rio de Janeiro, n. 2, inverno, 1994. 1 CD-ROM.

BAGGIO, R. A sociedade da informação e a infoexclusão. Ciência da Informação, Brasília, n. 29, fev. 2000. Disponível em: <http://www.ibict.br/cionline>. Acesso em: 28 nov. 2000.

WINDOWS 98: o melhor caminho para atualização. PC World, São Paulo, n. 75, set. 1998. Disponível em: <http://www.idg.com.br/abre.htm>. Acesso em: 10 set. 1998.

c.2) Em publicação (no prelo)CALVACHE, A. M. et al. Bioavaliação do estado nutricional do arroz (Oryza sativa L. var. Carioca) utilizando N15 e P32. Scientia Agricola, v. 64, n. 1, jan./fev. 2007. No prelo.

31

Page 36: Normas Para Dissertacao e Tese

d) Trabalhos apresentados em eventos (congresso, simpósio, reunião, etc.)d.1) Publicação considerada no todo

NOME DO CONGRESSO. número, ano, Cidade onde se realizou o Congresso. Título… Local de publicação: Editora, data de publicação. Número de páginas ou volume.

CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 14., 1996, Curitiba. Fruticultura sem fronteira: livro de resumos. Londrina: Sociedade Brasileira de Fruticultura, 1996. 573 p.

CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.

d.2) Publicação considerada em parte

AUTOR DO TRABALHO. Título do trabalho: subtítulo. In: NOME DO CONGRESSO, n.º, ano, local de realização. Título da publicação...: subtítulo. Local de publicação: Editora, data. Página inicial-final.

SOARES, T. S.; MACHADO, C. F.; MELLO, J. M. de; VALE, A. B. do. Aplicação do método da árvore média estratificada em um remanescente de floresta semidecídua montana. In: CONGRESSO E EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL SOBRE FLORESTAS, 6., 2000, Porto Seguro. Resumos técnicos... Rio de Janeiro: Instituto Ambiental Biosfera, 2000. p. 244-245.

PEREIRA, S.B.; PRUSKI, F. F.; SILVA, D. D. da; RAMOS, M. M. Estimativa da evaporação líquida no Lago de Sobradinho. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA, 36., 2006, João Pessoa. Anais... Jaboticabal, SP: SBEA, 2006. 1 CD-ROM.

SILVA, R.N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade total na educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www.propesq. ufpe.br/anais/anais/educ/ce04.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.

e) Artigos de jornais

AUTOR. Título do Artigo. Título do Jornal, Local, dia, mês, ano. N.º ou título do caderno, seção ou suplemento, página inicial-final, n.º de ordem da(s) coluna(s).

GARCIA, A. R. Usar anabolizante no gado é crime hediondo. O Estado de São Paulo, São Paulo, 14 out.1998. Suplemento Agrícola, p. 9, c. 1-5.

NASSIF, L. A Capes e a ética universitária. Folha de São Paulo, São Paulo, 24 fev. 1992. Caderno 8, p. 2-3.

32

Page 37: Normas Para Dissertacao e Tese

Quando não houver seção, caderno ou parte, a paginação do artigo ou matéria precede a data.

LEAL, L. N. MP fiscaliza com autonomia total. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, p. 3, 25 abr. 1999.

e.1) Artigo de jornal sem autorLIVRO conta a história dos velhos carnavais. O Nacional. Passo Fundo, 04/05 set. 1999. Caderno 2, Livro, p. 3.

e.2) Artigos de jornais em meio eletrônicoSILVA, I.G. da. Pena de morte para o nascituro. O Estado de São Paulo, São Paulo, 19 set. 1998. Disponível em: <http://www.providafamilia.org/pena_morte_nascituro.htm>. Acesso em: 19 set. 1998.

f) CD-ROM

AUTOR. Título. Local: Editora, data. Tipo de suporte. Notas.

f.1) No todoKOOGAN, A.; HOUAISS, A. (Ed.). Enciclopédia e dicionário digital 98. São Paulo: Delta: Estadão, 1998. 5 CD-ROM.

f.2) Em parteMORFOLOGIA dos artrópodes. In: ENCICLOPÉDIA multimídia dos seres vivos. [S.l.]: Planeta de Agostini, CD-ROM 9.

g) Relatórios e pareceres técnicosCASTRO, M. C.; GOMES, G.; VIANA, L. A. C. Cooperação técnica na implementação do Programa Integrado de Desenvolvimento – Polonordeste. Brasília: PNUD/Fao, 1990. (Relatório da Missão de Avaliação do Projeto Bra/87/037).

POGGIANI, F.; KAGEYAMA, P.Y.; RIBEIRO, G.T. Parecer sobre o Projeto de Revegetação nas Áreas do Gasoduto de Merluza. Piracicaba: Ipef/Esalq, Depto. Ciências Florestais, 1992. (Parecer técnico apresentado à Petrobrás, Cubatão).

h) Referências de documentos obtidos via internet

AUTOR(ES). Título: subtítulo. Disponível em: <endereço eletrônico entre brackets>. Acesso em: (data de acesso).

h.1) Autor pessoalMÜELLER, S. P. M. A pesquisa na formação do bibliotecário. Disponível em: <http://biblioteconomia.cjb.net>. Acesso em: 9 ago. 2000.

b) Sem indicação de autoriaMANUAL de redação e estilo. São Paulo: O Estado de São Paulo, 1997. Disponível em: <http://www1.estado.com.br/redac/manual.html>. Acesso em: 19 maio 1998.

33

Page 38: Normas Para Dissertacao e Tese

4.3.2. Glossários, apêndices e anexosSão itens opcionais que complementam o trabalho:

- glossário: elemento opcional elaborado em ordem alfabética;

- apêndices: elemento opcional. Os apêndices constituem-se num conjunto de textos

que servem de complemento à dissertação/tese (Ex.: questionário utilizado na

pesquisa de campo). Tais textos devem ficar separados do corpo do trabalho com o

intuito de evitar a “quebra” de leitura daquilo que é mais importante. O que

diferencia o apêndice do anexo é que o primeiro é de autoria do próprio

pesquisador. A identificação dos apêndices no texto se dá pela série das letras do

alfabeto, a partir da letra A.

- anexos: elemento opcional. Texto ou documento não elaborado pelo autor, que

serve de fundamentação, comprovação e ilustração. Trata-se do conjunto de textos

que servem como esclarecimento ou documentação interessante para consulta (Ex.:

decretos ou normas específicas para um dado setor) e que são extraídos de outras

fontes (anexo não é de autoria do pesquisador). Assim como os apêndices, a

identificação dos anexos se dá pelas séries das letras do alfabeto, iniciando-se pela

letra A

4.4. Corpo da dissertação ou teseO corpo da dissertação ou da tese conterá todo o trabalho impresso, avaliado e

aprovado pela Banca Examinadora e poderá ser organizado de duas formas alternativas: texto

corrido ou artigos científicos pertinentes ao trabalho da dissertação ou tese, publicados,

aceitos, ou submetidos para publicação.

O corpo da tese em “texto corrido” será composto das seções: Introdução, Revisão

de Literatura, Material e Métodos, Resultados e Discussão, Conclusões e Referências

Bibliográficas.

O corpo da tese em “artigos científicos” será composto de: Introdução Geral,

Artigo(s) Científico(s) e Conclusões Gerais. A Introdução Geral e as Conclusões Gerais

poderão conter suas respectivas bibliografias.

34

Page 39: Normas Para Dissertacao e Tese

Figura 2 – Formatação convencional de dissertação ou tese.

Figura 3 – Formatação da dissertação ou tese em artigos.

35

Page 40: Normas Para Dissertacao e Tese

3 cm

3 cm

± 9 cm

± 5 cm

UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

TÍTULO DA DISSERTAÇÃO OU DA TESE

AUTOR DO TRABALHO

DOURADOSMATO GROSSO DO SUL

2007

Figura 4 - Exemplo de capa para a dissertação ou a tese.

36

Page 41: Normas Para Dissertacao e Tese

3 cm

3,5 cm

7 cm

3,5 cm

TÍTULO DA DISSERTAÇÃO OU TESE

AUTOR DO TRABALHOEngenheiro Agrônomo

Orientador: PROF. DR. NOME DO ORIENTADOR

Dissertação (Tese) apresentada à Universidade Federal da Grande Dourados, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Agronomia – Produção Vegetal, para obtenção do título de Mestre (Doutor)

DouradosMato Grosso do Sul

2007Figura 5 - Exemplo da folha de rosto.

37

Page 42: Normas Para Dissertacao e Tese

2 espaços

4 espaços

3 espaços

5 espaços

4 espaços

TÍTULO DA DISSERTAÇÃO OU TESE

por

Autor do Trabalho

Dissertação (Tese) apresentada como parte dos requisitos exigidos para obtenção do título de MESTRE EM AGRONOMIA (DOUTOR EM AGRONOMIA)

Aprovada em: / /

Prof. Dr. Xxxx Xxxx Prof. Dr. Yyyyy Yy YyyyOrientador – UFGD/FCA Co-Orientador – Instituição

Prof. Dr. Zz Zzzzz Zzzzzz Prof. Dr. Wwww WwwwCo-Orientador – Instituição Instituição

Figura 6 - Exemplo da página de aprovação.

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Page 43: Normas Para Dissertacao e Tese

SUMÁRIO

PÁGINA

RESUMO ........................................................................................................... iiiABSTRACT ....................................................................................................... iv1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 12. REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................... 5

Figura 7 - Exemplo da página do sumário.

LISTA DE QUADROS

PÁGINA

QUADRO 1.  Distribuição mensal de chuvas na região de Dourados-MS, no período de 1994 a 1997 ................................................. 27

QUADRO 2.  Análise de variância proposta para o experimento especificando as fontes de variação e respectivos graus de liberdade ............................................................................. 29

Figura 8 - Exemplo da página contendo a lista de quadros (opcional).

LISTA DE FIGURAS

PÁGINA

FIGURA 1.  Efeito limiar do peso ao nascer sobre a freqüência de dificuldades de parto, de acordo com a idade da vaca ............ 11

Figura 9 - Exemplo da página contendo a lista de figuras (opcional).

39

Page 44: Normas Para Dissertacao e Tese

5 BIBLIOGRAFIA CONSULTADAABREU, J. C. Normas para apresentação de projetos de pesquisa, monografias, dissertações e teses. Três Corações: UNINCOR, 2004. 66 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: (NB 896) – informação e documentação - citações em documentos – apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.7 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e documentação – trabalhos acadêmicos – apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2005, 9 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15287: informação e documentação – projeto de pesquisa – apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2005. 6 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação - referências - elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. 24 p.

COCHRAN, W. G.; COX, G. M. Diseños experimentales. Mexico: Trillas, 1976. 661 p.

CUBAS, A.C. Normas para eleaboraçao de monografias e dissertações do curso de pós-graduaçao em agronomia. Dourados: UFMS, 1996. 26 p.

DAY, R. A. How to write and publish a scientific paper. 5 ed. Arizona: Oryx Press, 1998. 275 p.

FINDLAY, El. A. G. Guia para apresentação de projetos de pesquisa. Joinville: UNIVILLE, 2006. 26 p.

HENZ, G. P. Como aprimorar o formato de um artigo científico. Horticultura Brasileira, Brasília, v.21, n. 2, p. 145-148, 2003.

INSTITUTO DE QUÍMICA DE SÃO CARLOS. Serviço de Biblioteca e Informação. Normas para apresentação de dissertações e teses do IQSC-USP: documento eletrônico e impresso. São Carlos: SBI/IQSC, 2005. 80 p.

LAKATOS, E. M. ; MARCONI, M. A. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2005. 320 p.

RAMALHO, M. A. P. Planejamento experimental e elaboração de projetos. Lavras: UFLA/DBI, 1997. 60 p.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ. Programa de Pós-Graduação em Agronomia. Normas para elaboração de dissertação. MARECHAL CÂNDIDO RONDON: UNIOESTE, 2003. 60 p.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS. Normas para redação de dissertações e teses. Lavras: PRPG, 1998. 30 p.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa. Estrutura e apresentação de monografias, dissertações e teses: MDT. 6. ed. Santa Maria: Ed. da UFSM, 2006. 67 p.

40

Page 45: Normas Para Dissertacao e Tese

ANEXOS

41

Page 46: Normas Para Dissertacao e Tese

PLÁGIO

A palavra plágio vem do verbo “plagiar”, que segundo a definição do Aurélio: “Plagiar V.t.d.

1. Assinar ou apresentar como seu (obra artística ou científica de outrem). 2. Imitar (trabalho

alheio)”.

EVITANDO O PLÁGIO: ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS E DICAS GERAIS‡

Fernando Manuel Pacheco Botelho

RESUMO - Um dos principais objetivos deste artigo é a importância da pesquisa acadêmica

como alternativa ao plágio, visto que o mesmo se constitui em crime, contudo podemos

destacar também as orientações metodológico-científicas para o acadêmico nas questões do

uso e forma de citações, referências bibliográficas e o uso da internet como fonte de pesquisa.

O método aqui utilizado para alcançar estes objetivos será o explicativo em forma de artigo

cientifico, com a utilização de apêndices como elementos de fundamentação, e ilustração.

Esperamos desta forma como resultado alcançar, com êxito, a conscientização do corpo

discente quanto ao uso da pesquisa como ferramenta de engrandecimento no processo de

aprendizagem e como conseqüência a não utilização do plágio.

Palavras-chave: Plágio. Pesquisa Acadêmica. Metodologia Cientifica.

INTRODUÇÃO

A finalidade deste artigo é de demonstrar o plágio como referencia nociva ao

processo de ensino e apresentar como alternativa viável do mesmo a pesquisa científica,

também fazendo do aluno instrumento facilitador de divulgação do conhecimento.

Tendo como o assunto plágio como objeto de estudo, devemos também abordar

temas como: citações; paráfrases; resumos e referências; os quais ajudarão na compreensão

metodológica de um trabalho acadêmico. No desenvolvimento teremos a oportunidade de

aprofundar estes temas e exemplificá-los, para melhor compreensão, nos apêndices.

Versaremos o plágio sob o ponto de vista científico, aliando o assunto à cadeira de

Metodologia Científica, contudo não esqueceremos de também abordá-lo sob a ótica criminal,

pois a prática do mesmo constitui crime previsto em lei. Todas as formas de plágio serão

abordadas, o plágio mais recente e ultimamente mais utilizado pelos alunos é o praticado

através da internet, o qual também será estudado.

Ao tratamos da importância da relação direta entre a falta de pesquisa científica e a

crise no processo de educação de nível superior, vale citar:

“Dentre os fatores que agravam essa crise esta exatamente o fato da

dissociabilidade entre ensino e pesquisa [...] onde o aluno ocupa uma posição

‡ Disponível em: <http://www.doctum.com.br:9673/doctum/unidades/guarapari/artigos/document.2006-10-24.3703092288>. Acesso em: 08 jan. 2007.

42

Page 47: Normas Para Dissertacao e Tese

passiva de mero captador e decorador de conceitos, ou seja, é mero objeto de

assimilação de conhecimento e não atua como sujeito produtor de

conhecimento no processo educativo”.§

Existe no meio acadêmico, principalmente no corpo discente, uma crença que o

plágio é uma atitude aceitável e que pode ser difundida. Justificamos a escolha deste assunto

justamente para quebrar esse encanto e apontar o melhor caminho neste tão importante

processo de ensino-aprendizagem.

Definição e tipos de plágio

Podemos definir plágio, no nosso contexto, como assinar ou apresentar como sua

obra científica de outrem. Existem alguns tipos, que são:

- Direto: ato de copiar uma fonte palavra por palavra sem a indicação que é uma

citação e sem fazer referência ao autor;

- Empréstimo: ato de tomar emprestado o trabalho de outros estudantes, sem a

devida indicação do verdadeiro autor se torna um plágio direto;

- Mosaico: ato de mudar algumas palavras dos parágrafos, podendo ser classificados

como paráfrases, sem apontar o devido crédito ao autor original.

Podemos reconhecer facilmente um trabalho plagiado por não indicar claramente os

créditos, é cheio de fatos, observações e idéias que o escritor não poderia ter desenvolvido

sozinho e é escrito num estilo diferente. Todos os tipos de escritores se baseiam em outros

autores, eles sabem que suas idéias são geradas no contexto das idéias dos outros.

Imitar trabalho alheio é crime, inclusive prevista em lei (Lei nº. 9.610, de

19/02/1998)**, esta regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os

direitos de autor e os que lhes são conexos.

Plagio na internet

Na internet existem inúmeros sites que hoje oferecem trabalhos acadêmicos

tentadores, são oferecidos com rapidez de entrega e alguns poucos casos com qualidade,

contudo a maioria são meras fábricas de produtos genéricos, pois são muito superficiais e

escritos em tom informativo, com pouco caráter científico e com seus preços determinados

pela quantidade de páginas.

Estes trabalhos normalmente são reconhecidos pelos professores. Os falsários e

plagiadores quase sempre usam fontes completamente diferentes daquelas utilizadas pelos

§ SILVA , M. A. A importância da pesquisa no ensino jurídico. Revista de Direito da Unijui/RS. Porto Alegre, ano 1, n. 1, 2004. p 13.

** BRASIL, Lei nº. 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília 19 de fev. 1998.

43

Page 48: Normas Para Dissertacao e Tese

mestres em suas aulas e os mesmos não possuem erros de Língua Portuguesa, o que

infelizmente está fora da maior parte da realidade dos alunos.

Se pegar trabalhos na internet é tão fácil e barato, por que não fazer? Poderíamos

enumerar dezenas de motivos, mas acredito que as três a seguir são os mais importantes:

- Punição: conforme relatado no item anterior plagiar é crime passível de punição,

sendo que qualquer cidadão poderá denunciar esta prática;

- Aprendizado: com a utilização da cópia e do uso do plágio não terão a

oportunidade de pesquisar e de certeza cairá a qualidade de seu estudo;

- Integridade: devido as grandes facilidades proporcionadas por este novo veiculo de

informação a nossa ética é constantemente colocada em prova.

Se a postura acadêmica for de apenas ser um internauta que sabe localizar os

melhores plágios logo você começa a andar em círculos a procura de pessoas que possam

fazer seu próprio trabalho.

Evitando o plágio

Alguns alunos plagiam devido à falta de boas instruções de redação têm dificuldade

de escrever redações corretas e coerentes, e devido a este fato recorrem ao uso do plágio.

Outros até tiveram uma boa base em redação, porém por falta de tempo e comodidade

recorrem ao recurso do plágio.

Para realizar um trabalho acadêmico é primordial que se utilize da Metodologia

Científica que podemos conceituar como “[...] prima-se por iniciar os jovens no trabalho

científico reflexivo, ordenado e crítico, familiarizando-os, ao mesmo tempo, com as técnicas

do trabalho intelectual e da preparação de relatórios científicos”††

Caso você utilize o resumo ou a paráfrase, onde reformula com suas próprias

palavras algo que sua fonte disse, ou ler qualquer conteúdo que vá contribuir com o seu

trabalho, faça uma citação do mesmo sem nunca deixar de fazer a devida referência.

Algumas medidas são importantes para evitar o plágio, tais como:

- Tempo: reserve bastante tempo para pesquisar, escrever e revisar o seu trabalho.

Quando falta tempo o plágio se torna uma grande tentação;

- Bibliografia: faça sempre uso da Leitura Sintópica, sua originalidade resulta da

síntese do que você leu;

- Normas Técnicas: contar sempre com um guia de documentação com as regras de

como redigir referências bibliográficas;

- Ajuda: existem sempre professores especialistas em redação e metodologia

científica, sempre que precisar procure-os para as devidas orientações;

- Confiança: acredite no seu potencial e trabalhe arduamente.

†† BRAVOS, V. V. Curso de Metodologia do Trabalho Científico. 3 ed. Caratinga: Doctum. 2006. p 6.44

Page 49: Normas Para Dissertacao e Tese

CONCLUSÕES

Ao plagiar os escritores perdem as vantagens de pertencer a uma comunidade

intelectual. Profissionais perdem a credibilidade e seu provável lucro e os acadêmicos terão os

seus trabalhos sob suspeita e não serão apoiados em trabalhos futuros. Nunca devemos

esquecer que podemos ser punidos com o rigor da lei.

O aprendizado das fontes bibliográficas e sua correta utilização são muito

importantes, dar os devidos créditos as fontes selecionadas seus escritos ganham autoridade,

clareza e precisão. As fontes bibliográficas também são fontes do saber, estes conhecimentos

também poderão ser utilizados em sua vida pessoal e profissional.

Devemos aprender a expressar as nossas próprias idéias com a devida clareza caso

contrário será  preocupante a perspectiva de que a qualidade do seu trabalho possa se limitar à

qualidade do que está na Internet.

As idéias devem circular livremente, principalmente nas universidades, a maioria dos

trabalhos de pesquisas não poderiam ocorrer sem empréstimos dos conteúdos de outros.

Entenda, acima de tudo, que plagiar é sempre a pior solução para qualquer problema

acadêmico.

REFERÊNCIAS

ABNT. NBR 6023. Informação e documentação: elaboração de referências. Rio de Janeiro. 2002.

ABNT. NBR 10520. Informação e documentação: citação em documentos. Rio de Janeiro. 2002.

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COMO LIDAR COM O PLÁGIO EM SALA DE AULA‡‡

Com o advento da Internet, a cópia de trabalhos tornou-se mais fácil. Mas desde que

existem livros, revistas e outras publicações, existe o plágio. Saiba como lidar com esse mal

que assombra as salas de aula

Há mais ou menos dez anos surgiu um fenômeno chamado Internet. E com ela a

facilidade de se copiar material para a elaboração de trabalhos escolares, uma prática

condenável mas, nem sempre, fácil de identificar. No entanto, é necessário lembrar que desde

que existem publicações - sejam livros, jornais, revistas, etc. - houve a possibilidade de cópia.

A rede mundial de computadores e a Informática ao alcance das pessoas apenas facilitou esse

processo.

A Internet é uma grande biblioteca na qual qualquer pessoa pode colocar um texto.

Assim, como na biblioteca, é necessário que as pessoas saibam como se virar lá dentro, como

olhar as referências de um livro, de revistas, como utilizar o material disponível e como

manipulá-lo, já que isso também é necessário no plano virtual.

"É preciso difundir uma cultura de que cópia não se permite. O plágio existe, isso é

algo fraco não só culturalmente, mas também juridicamente no Brasil", aponta o professor do

departamento de Relações Internacionais da UnB (Universidade de Brasília) Carlos Pio, que

há quatro anos descobriu plágio com a ajuda da Internet em trabalhos de 11 alunos da pós-

graduação e os reprovou.

Com a possibilidade de simplesmente mandar imprimir ou copiar eletronicamente

um texto que está na tela do monitor - e que provavelmente apareceu após uma breve

pesquisa em sites de busca como o Google -, o trabalho que o estudante deveria empenhar

para realizar uma pesquisa escolar, leitura e escrita acaba sendo deixado de lado, já que a

praticidade desse meio permite resultados muito rápidos sem grande esforço. O problema é

que tal prática é errada e ilegal, já que a propriedade intelectual é sempre protegida, tanto pela

lei como pelos princípios éticos e profissionais.

Mas, como os professores devem trabalhar essa questão em sala de aula? Como

devem orientar seus alunos? "Uma das alternativas é que o professor trabalhe com conceitos,

como a ética e moral com seus alunos", aconselha a professora do Departamento de

Metodologia de Ensino da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) Regina Maria

Simões Puccinelli Tancrede.

Além disso, o professor não deve simplesmente pedir determinado trabalho, dizer o

tema e não dar nenhuma orientação. É necessário ensinar como se faz uma pesquisa na

Internet, quais são os sites com conteúdo confiável, pois, segundo um levantamento recente

feito pela Escola do Futuro da USP e pela intranet educacional Ensino.net, 10% dos sites

‡‡ Disponível em: < http://www.universia.com.br/html/materia/materia_gdih.html> Acesso em: 08 jan. 2007.46

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brasileiros que se posicionam como conteúdo educativo, cultural ou artístico são de má

qualidade.

Ensinar como se colocam referências bibliográficas em um trabalho, explicar as

diferenças entre citação e paráfrase, discutir a questão da propriedade intelectual, quais são os

princípios éticos que estão envolvidos na questão do plágio, tudo isso é fundamental para

despertar nos alunos a vontade de fazer um trabalho. "Além disso, os professores devem ter o

costume de ler os trabalhos que recebem. Eu desconfio que há por parte do professor um

pacto de mediocridade. Quer dizer, o professor finge que ensina e corrige e o aluno finge que

aprende", opina Pio.

Regina considera que se o professor for bem informado, vai conseguir dar

informações adequadas aos alunos. "Se o professor não estiver acostumado a ler o trabalho

dos alunos, a discutir e a comparar o trabalho de um com outro, ele vai ser enganado, talvez",

aponta a professora da UFSCar.

No flagraPio diz que desenvolveu algumas técnicas durante os anos de docência na correção

dos trabalhos. "Quando o professor se dispuser a ler atentamente aquilo que recebe - o que é

cada vez mais difícil tendo em vista o número de trabalhos que o professor tem de ler -, ele

vai percebendo intuitivamente alguns elementos que facilitam muito a descoberta do plágio:

se o trabalho está muito bom, não tem citação nenhuma; se for muito genérico em relação

àquilo que foi pedido; se tiver diferença de qualidade na escrita, na redação, um trecho com

português muito bom outro com o português muito ruim; e, por incrível que pareça, diferença

nas fontes, o que é muito óbvio, mas acontece. Então, essas coisas chamam a atenção",

explica.

A Internet também é uma excelente amiga na hora de se descobrir um plágio. Caso o

professor desconfie de algum parágrafo do trabalho, é só escrever as principais palavras ou as

mais rebuscadas em algum site de busca que ele trará frases que contenham os termos. Pio

conta que foi exatamente isso que fez com os trabalhos dos seus 11 alunos de pós-graduação.

"Penso que o professor tem uma grande responsabilidade na formação do aluno com

relação à essa busca de referências e de pesquisas na Internet", opina Regina. Para o professor

da UnB, o mercado de trabalho trata de corrigir esses estudantes que cometem plágio.

O plágio é uma combinação de fragilidades, mas há gradações nessa violação de

direito autoral ou de ética. É importante diferenciar uma cópia cometida por um calouro em

um trabalho de curso de um aluno de mestrado ou doutorado que apresenta uma dissertação

final copiada, escrita por outra pessoa ou sem indicação de fonte. Sem dúvida, este último é

muito mais grave.

Legalmente falando...47

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A questão do plágio é, das relações do direito autoral, a mais dissimulada é mais

difícil de se constatar, porque não é uma cópia, é uma imitação disfarçada. "O plágio, na

verdade, nada mais é do que você pegar o trabalho alheio, dar uma mascarada e com isso tirar

proveito da propriedade intelectual de alguém", explica o líder do projeto do Centro de

Tecnologia e Sociedade da FGV Direito Rio e advogado especialista em direito autoral e

propriedade intelectual, Eduardo Senna.

No meio acadêmico, o plágio é muito comum com trabalhos e mesmo monografias.

Porém, o advogado acredita que além da questão das monografias e do plágio por parte do

aluno, isso está englobado de uma maneira geral na questão da discussão do direito autoral

dentro das universidades. "Isso vem desde as cópias de livros nas bibliotecas, o que não deixa

de ser uma violação do direito autoral que não é coibida, até esse ponto de trabalhos copiados,

que também acabou sendo algo inserido na nossa cultura".

Em geral, o professor quando detecta o plágio de um aluno dá zero. Não se pensa em

partir para as medidas legais, apesar de elas existirem. "O plágio é uma violação ao direito

autoral. Plágio, ao contrário de contrafação, não é crime, e não pode ser punido com ação

penal, mas, sim, com ação cível", explica Senna.

O aluno que comete plágio estaria sujeito às seguintes sanções legais: uma

indenização por dano patrimonial, uso indevido da obra; e uma indenização por dano moral

pela mesma razão, isso por conta da subdivisão do direito autoral em patrimonial e moral.

"Nem a universidade nem o professor podem entrar com uma ação contra o aluno. O

dono da obra é quem pode processar. Por isso que é muito difícil de coibir isso e a história

fica só no meio acadêmico", ressalta o advogado.

A técnica mais correntemente usada para a detecção de plágio na literatura é a das

linhas assimétricas, que nada mais é do que colocar os textos um ao lado do outro e ver se

eles têm partes idênticas. "Se você tem um texto de dez parágrafos e seis deles são idênticos

ou muito parecidos com outro - que mudaram com maquiagem -, pode-se afirmar, com

razoável certeza, que houve plágio", verifica Senna.

O advogado lembra que não se protegem idéias, apenas a exteriorização delas.

Portanto, nada impede que em um universo de milhões e milhões de pessoas, duas pessoas

tenham a mesma idéia, e isso não implica em plágio.

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