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Nota da Redação - forhard.com.br · Nova diretoria toma posse na Saerj Opinião. Parceria Elsevier/SBA Calendário Científico. Responsabilidade Social Desastres: estamos preparados

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Por Airton Bagatini*

Celebração• É com enorme prazer que a Anestesia em revista apresenta, nesta edição, a nova biblioteca virtual da SBA, conforme descrito no editorial. Destacamos ainda a nova diretoria da SBA e de suas regionais. A satisfação de ter, pela primeira vez, em 63 anos, uma mulher à frente de nossa presidência foi motivo de muitas comemorações, a começar no Rio de Janeiro, no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca. Na oportunidade, reunimos cerca de 300 convidados de diversos estados, entre associados, funcionários, parceiros da entidade, amigos, familiares e autoridades.

Neste número, contamos ainda com a participação especial do presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), dr. José Luiz Gomes do Amaral, com seu brilhantíssimo texto “Judicialização na medicina”, além do “Desastres: estamos preparados para enfrentá-los?”, na seção Responsabilidade Social.

Você poderá conferir também toda a programação científica da XXXV Jonna – Jornada Norte-Nordeste de Anestesiologia, prevista para acontecer entre os dias 17 e 19 de março, em Natal, Rio Grande do Norte, e a 46ª Josulbra – Jornada Sul-Brasileira de Anestesiologia – agendada para o período de 14 a 16 de abril, em Joinville, Santa Catarina.

Já no espaço Opinião, contamos com a ilustre redação da diretora comercial da Elsevier da América Latina, Marina Jancso, na qual celebra cinco anos de parceria com a SBA

colocando à disposição uma preciosa biblioteca virtual para nossos sócios.

Ao contrário do que foi publicado na edição passada, o membro da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) Jaime Pinto de Araújo Neto não pertence à Banca Examinadora do Tribunal Eleitoral (TSE). Jaime fez parte da Comissão Examinadora do Título Superior em Anestesiologia (TSA), além dos demais títulos que constam da matéria.

Uma ótima leitura!

* Editor responsável por esta publicação

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Foto do Sumário: Sede da SBA, adquirida na gestão do presidente Dr. Renato Metsavat, no ano 1970, e que foi inaugurada em dezembro de 1970.Foto da capa: Morro do Careca, Praia de Ponta Negra - Natal/RNConselho Editorial: Nádia Maria da Conceição Duarte, José Mariano Soares de Moraes, Ricardo Almeida de Azevedo, Sylvio Valença de Lemos Neto, Oscar César Pires, Antônio Fernando Carneiro e Airton BagatiniDiretor Responsável: Airton BagatiniProjeto Gráfico: ag.totemDiagramação: Ito Oliveira Lopes e Wellington Lopes Equipe Editorial: José Bredariol Jr., Marcelo Marinho, Mercedes Azevedo, Priscila Pais e Rodrigo MatosJornalista Responsável: Eliane BellezaImpressão e Acabamento: MasterGraph - Tiragem 9500 - Distribuição Gratuita

Cadastre seu e-mail na SBA

Rua Professor Alfredo Gomes, 36 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJCEP 22251-080 | Tel.: (21) 2537-8100 - Fax: (21) 2537-8188

Expediente

Os artigos publicados na Anestesia em revista são de inteira responsabilidade dos seus respectivos autores

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Sumário0609

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EditorialNova Biblioteca Virtual da SBA

NotíciasSBA comemora troca de gestão em grande estiloDiscurso, na íntegra, da presidente da SBA, Dra. Nádia DuarteXXXV Jonna – Jornada Norte-Nordeste de AnestesiologiaXLVI Josulbra - Jornada Sul-Brasileira de AnestesiologiaAntônio Fernando Carneiro é Acadêmico Titular da Academia Goiana de MedicinaJudicialização da medicina

Artigos CientíficosQualidade em anestesiologia – uma exigência mais que atualAnestesia fora do centro cirúrgico: consideraçõesNovas diretrizes para reanimação cardíaca

RegionaisNovas DiretoriasPosse da diretoria da Saepe biênio 2011/2012Nova diretoria toma posse na Saerj

OpiniãoParceria Elsevier/SBA

Calendário Científico

Responsabilidade SocialDesastres: estamos preparados para enfrentá-los?

Sistema de Gestão da QualidadeRelatório Gerencial da SBA 2010 Planejamento Estratégico

Provas da SBA - informações gerais

Datas associativas importantes

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Nova Biblioteca Virtual da SBA• Com espírito de confiança, força, tolerância e perseverança, é certo que nos deliciaremos e usufruiremos melhor e com mais serenidade de todas as bem-aventuranças das calmarias que se seguem às tempestades.

Temos a grata satisfação de comunicar que a SBA identificou e contratou uma nova empresa para garantir o provimento de sua biblioteca virtual, que coloca à disposição um produto de ponta que suprirá a contento as necessidades de nossos associados.

Nos últimos dias de 2010, quase no apagar das luzes, a SBA foi, a sua revelia e a despeito de seus atos e contestação, preterida da possibilidade de renovação do portal Ovid, antigo provedor da biblioteca virtual. Não se tratava de preço, mas de conceito. Não desejavam mais um cliente com o perfil de acessos apresentado pela SBA. Propusemos, então, que nos fosse apresentada uma nova proposta para o serviço, mas recusaram-se a sequer enviar um novo orçamento. Não nos queriam mais como clientes simplesmente por nossa característica de acessos e nada mais.

Inúmeros telefonemas e e-mails foram recebidos pela secretaria da SBA ou diretamente por seus diretores.

Todos, sejamos justos, expressavam profunda preocupação com o tema. A maioria, também é preciso dizer, portava palavras enriquecidas com apoio e sugestões. Outras, felizmente poucas, nem tão amenas ou amistosas. Entretanto, é preciso ressaltar que, em momento algum, nada abateu o moral dessa diretoria e de seus colaboradores, que só redobraram, a cada dia, seus esforços e o sentimento de urgência nas tratativas para a resolução do impasse.

Bandeira da SBA

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E o desfecho foi positivo. O portal MD Consult (MDC), de propriedade da empresa Elsevier, neste momento já é nossa nova biblioteca virtual. Ferramenta clínica por excelência, o MDC conjuga portal completo de referência e busca para o médico especialista, sendo composto por periódicos, livros, dados sobre fármacos, notícias, guidelines, informação ao paciente, imagens etc. A MDC possui mais de 280 mil usuários em 75 países, com licença de uso para 1.900 organizações de saúde, incluindo 95% das escolas médicas norte-americanas. Recebe um volume de pesquisas de cerca de 1,5 milhão ao mês, em mais de 8 milhões de páginas de conteúdo clínico.

Os títulos e a apresentação de livros e periódicos mudarão, e essa mudança será traduzida em qualidade e acessibilidade de dados para todos os que buscam a informação científica embasada em evidências seguras e atuais.

Haverá também ganho significativo de quantidade, no volume e no número de material disponível para acesso. Sairemos da realidade anterior de 13 periódicos oferecidos para 19. E de três livros para 26, incluindo aqui o mais lido tratado de anestesia do planeta, de Ronald Miller.

Na realidade, mais do que isso, pois, no total, entre os específicos para a anestesiologia e os demais direcionados para as diversas áreas da medicina, teremos mais de 50 livros, 80 periódicos e os textos do Clinics of North America, todos em versão disponível na íntegra: full text.

Outro aspecto que será um marco na história da SBA: o acesso estará aberto e disponível para todo o quadro de associados da SBA simultaneamente. Ou seja, não haverá mais espera pela entrada na biblioteca virtual. Isso, certamente, agilizará e facilitará a vida de todo pesquisador.

Confira, adiante, a lista de livros específicos para anestesiologia.

• Miller:Miller’sAnesthesia• Atlee:ComplicationsinAnesthesia• Brown:AtlasofRegionalAnesthesia• Chestnut:ObstetricAnesthesia• Fleisher:AnesthesiaandUncommonDiseases• Fleisher:EvidenceBasedPracticeofAnesthesiology• Gallagher:SimulationinAnesthesia• Hagberg:Benumof ’sAirwayManagement• Hemmings:FoundationsofAnesthesia• Hines&Marschall:Stoelting’sAnesthesiaand

Coexisting Disease• Kaplan:EssentialsofCardiacAnesthesia• Kaplan:Kaplan’sCardiacAnesthesia• Motoyama&Davis:Smith’sAnesthesiaforInfantsand

Children • Newman:PerioperativeMedicine• Stoelting:BasicsofAnesthesia• Benzon:EssentialsofPainMedicine&Regional

Anesthesia• Benzon:Raj’sPracticalManagementofPain• deLeon:CancerPain• McMahon:WallandMelzack’sTextbookofPain• Melzack:HandbookofPainManagement

Haverá, sim, reforço na qualidade dos dados e em sua acessibilidade para todos os que buscam a informação científica embasada em evidências seguras e atuais

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• Neal:ComplicationsinRegionalAnesthesiaandPainMedicine

• Raj:InterventionalPainManagement:Image-GuidedProcedures

• Shorten:PostoperativePainManagement• Smith:CurrentTherapyinPain• Waddell:TheBackPainRevolution• Waldman:PainManagement

Confira, a seguir, a lista de periódicos específicos para anestesiologia.

• Anesthesiology• JournalofClinicalAnesthesia• AnesthesiologyClinics• AdvancesinAnaesthesia• AnaesthesiaandIntensiveCareMedicine• AnnalesFrançaisesd’AnésthesieetdeRéanimation• BestPractice&ResearchClinicalAnaesthesiology• CurrentAnaesthesia&CriticalCare• EuropeanJournalofPain• InternationalJournalofObstetricAnaesthesia• JournalofCardiothoracicandVascularAnaesthesia• JournalofClinicalAnaesthesia• JournalofPainandSymptomManagement• TheJournalofPain• JournalofPeriAnesthesiaNursing• Pain• PainManagementNursing• TechniquesinRegionalAnaesthesiaandPain

Management • LePracticienenAnésthesieetRéanimation

Prezado associado, trabalhamos focados em sua satisfação e não medimos esforços ou recursos para atender a suas necessidades. A SBA pagará por essa nova biblioteca virtual mais do que o dobro do valor anual que pagava ao provedor anterior. Mas teremos conteúdo maior e acesso melhor. Enfatizamos que jamais arriscamos perder um serviço essencial como esse simplesmente por questão de economia.

Apesar da decisão unilateral e irrevogável do antigo provedor de não renovar o contrato, conseguimos transformar essa situação adversa em um importante ganho institucional, com a oferta de um novo serviço mais amplo e moderno para nossa Sociedade.

Agradecemos as mensagens de solidariedade e incentivo recebidas de muitos colegas e reiteramos nossa convicção de que suas críticas e sugestões são fundamentais para que, juntos, encontremos as melhores e mais sustentáveis soluções para tudo o que nos aflige.

Mantendo-nos coesos, nada nos atingirá mortalmente ou sequer nos deixará vulneráveis.

Diretoria/SBA

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SBA comemora troca de gestão em grande estilo•AcerimôniadepossedanovapresidentedaSociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), realizada no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, Rio, no dia 15 de janeiro corrente, foi marcada pela sofisticação do evento e pela elegância dos

convidados. Cerca de 300 pessoas de diversos estados compareceram à passagem de gestão, entre elas associados, funcionários, parceiros da entidade, amigos, familiares e autoridades.

Da esquerda para direita: acima - Sylvio Lemos, Fernando Carneiro, Oscar Pires e Airton Bagatini; abaixo: José Mariano Moraes , Nádia Duarte e Ricardo Azevedo

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Chegar e partir são só dois lados da mesma viagem; o trem que chega é o mesmo trem da partida. ‘

Das autoridades presentes, destacaram-se: a dra. Vera Lúcia Mota da Fonseca, do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj); o dr. Jorge Darze, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Rio de Janeiro (Sindimed - RJ) e a dra. Maria Cristina Sette de Lima, secretária de Saúde da Cidade de Caruaru - PE.

Depois da execução do Hino Nacional, o presidente da Associação Médica Brasileira, dr. José Luiz Gomes do Amaral, saudou a nova diretoria da SBA com seu discurso otimista para o ano de 2011: “É com enorme satisfação que eu, em nome de 350 mil médicos, venho saudar a nova diretoria da SBA. Este ano promete abrir uma série de perspectivas, em consequência à oportunidade que tivemos de

nos expressar, no final do ano passado, para nossa presidente da República. Foi, sem dúvida, um acontecimento histórico, assim como termos a honra de ter um médico à frente do Ministério da Saúde, o ministro Alexandre Padilha, que já nos telefonou se colocando a nossa disposição.”

Logo em seguida, o médico Carlos Eduardo Lopes Nunes, que exercia o cargo de presidente da SBA, resumiu, com o um trecho de um poema, o momento que estava vivendo: “...chegar e partir são só dois lados da mesma viagem; o trem que chega é o mesmo trem da partida.” Cadu, como todos carinhosamente o chamam, se inspirou no poeta para fazer uma analogia do trem com sua satisfação de passar o cargo da presidência: “O trem que traz os que chegam também carrega os que saem.

Condecoração: Na cerimônia de posse da diretoria da SBA, gestão 2011, o dr. Carlos Eduardo Lopes Nunes condecorou a atual presidente da SBA, a

dra. Nádia Duarte.

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E esse trem se chama SBA. É nele, com seus infinitos vagões, que viajam todos os diretores, ex-diretores e futuros diretores. Apenas o que muda é a posição de cada um em relação à plataforma, mas todos estão no trem. É assim que me sinto hoje: meu vagão deixa a plataforma e dá lugar ao próximo e assim sucessivamente, numa contínua troca de responsabilidade, que faz com que a viagem nunca termine.”

O dr. Carlos Eduardo Lopes Nunes entrou para a galeria de fotos dos presidentes da SBA de gestões anteriores.

Salão de festas: Mais de 300 convidados encheram o Salão Louvre do Hotel Windsor, na Barra da Tijuca. Entre as atrações, destacaram-se a recepção do boneco de Olinda da Nádia Duarte e o show de frevo, típicos da terra natal da nova presidente.

Para fechar os discursos, a dra. Nádia Duarte, presidente daSBA,expôssuaexpectativaeintençõesemrelaçãoàpresidência e saudou a todos.

Depois da solenidade, todos foram convidados para um jantar, com direito à apresentação de frevo e à recepção calorosa de um boneco gigante de Olinda da dra. Nádia Duarte.

Momento de grande emoção e alegria ocorreu com a participação da comitiva de Pernambuco, cujos membros lotaram a pista de dança em homenagem à presidente conterrânea, em integração com o grupo de frevo, com todos vestindo parte do traje típico do cabloco de lança do maracatu pernambucano.

A noite continuou com muita animação, com a apresentação da banda Vídeo Music, que interpretou os melhoresdorockdosanos1970,1980e1990.Afestafoi encerrada de madrugada, depois da participação de um grupo de ritmistas de uma escola de samba que fez os convidados se esbaldarem pelo salão.

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Discurso, na íntegra, da presidente da SBA•Éabsolutamenteimprovávelqueexistaumapalavra,em qualquer idioma conhecido, que possa servir para expressar toda a felicidade que sinto por estar vivendo este momento.

Gostaria, imensamente, de compartilhar com todos vocês este sentimento: “Viver e não ter a vergonha de ser feliz”, como nesses versos felizes do saudoso Gonzaguinha. Muito obrigada por estarem aqui conosco nesta noite de júbilo!

O capítulo dos agradecimentos em um discurso é sempre um risco. Risco de omissões, de prolongamentos abusivos, de engasgos, ou seja, uma temeridade. Mas é inevitável, me perdoem. Assim, agradeço sinceramente: à sopa cósmica e tudo o que mais possa ter sido cúmplice da minha criação, bem como de todo o Universo; à minha família, aqui representada pelas minhas irmãs Nilma e Neide, pela minha querida sobrinha Nisdei e pela minha fiel escudeira e companheira Ana Caetano, o amor sem limites, o carinho e os cuidados a mim dedicados; aos meus educadores, que foram e ainda são muitos e

que reverencio aqui na pessoa da Dra. Anita Leocádia de Matos Ferraz (responsável pelo CET que me especializou na USP de Ribeirão Preto) e na memória dos meus pais, que me transformaram de um mero arranjoanatômico-funcionaldecélulasesinapsesaoque identifico hoje como eu mesma, tornando-me presidente desta sociedade; à minha regional, à Saepe e à Coopanest-PE, uma grande e bonita família da qual faço parte, cujos associados me deram a honra e vieram, em bloco, a esta festa, o apoio incondicional durante todo o meu trajeto político associativo, nas pessoas dos seus respectivos presidentes, Dr. Airton AyreseDr.JoséAntôniodeFreitasNetto;aosmuitos amigos que estiveram comigo ao longo desses anos de diretoria da SBA, nas pessoas dos presidentes João Aurílio Rodrigues Estrela (que me trouxe para esta casa), Ismar Lima Cavalcanti, Jurandir Coan Turazzi,LuizAntônioVaneeCarlosEduardoLopesNunes, o nosso Cadu, com quem tanto aprendi, desaprendi e reaprendi sobre fogueiras e similares; a todos os membros da minha diretoria, novos e velhos companheiros que seguem comigo nesta gestão. Saibam que, com vocês, administrar a SBA será praticamente uma atividade lúdica. Tenho certeza de que, mesmo com São Jorge na casa das moças e no

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Dra. Nádia Duarte

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meio de uma briga de um bêbado com um delegado, a nossa equipe trabalhará forte, coesa, motivada e divertida.

Sou grata aos funcionários da SBA, verdadeira legião de soldados, abnegados e fiéis, e à minha grande amiga Mercedes por todo o carinho, respeito e admiração, pela incansável batalha diária e pelo seu amor à causa desta sociedade; aos parceiros de empresas e instituições afins, que conosco compartilham sonhos e projetos; a todos os amigos, presentes e ausentes nesta solenidade, que me alimentam diariamente com amor, exemplos e dados. São muitos. E melhor do que ser muitos são ótimos. E não vou citá-los, pois dizia Machado de Assis: “Não é amigo aquele que alardeia a amizade: é traficante; a amizade sente-se, não se diz.”

E, finalmente, também gostaria de agradecer aos que nos dificultam a vida, aos que não apreciam ou reconhecem o nosso trabalho e aos que sequer torcem por nós, pois estes nos ensinam a erradicar os espinhos dos maus pensamentos e a fortalecer o nosso espírito, nos lembrando da inglória, exaustiva e necessária busca da tolerância e do amor ao próximo.

Preciso também dar um crédito a quem é de direito. Logo depois do Congresso Brasileiro de Anestesiologia de 2001, realizado em Recife, do qual tive a honra de ser a diretora científica, o meu amigo Imbelloni me sentenciou o seguinte (não sei com que bola de cristal): “Você vai crescer dentro da SBA e vai ser presidente.”

Ri dele naquele momento, sem nenhuma crença no que dizia. E agora? Agora, o reverencio pela sua visão de futuro, agradeço a sua amizade e o recomendo como previsor de destinos.

Para que ser presidente da SBA? Essa pergunta também ouvi há alguns anos, e na época, a minha resposta foi: não sei, não tenho esse sonho. Depois de muitos anos de intensa atividade associativa perante as várias regionais da SBA, dentro dos comitês, das comissões e da própria diretoria da SBA, hoje sei a resposta e vou lhes dizer. Eu quero, sim, ser presidente da SBA. Para assumiroônuseobônuspelostropeçoseavanços,pelas agruras e doçuras, pelos risos e lágrimas, pelas turbulências, calmarias e bonanças e por todos os atos e palavras de consenso e de polêmica creditados a mim, que farão parte da história da SBA. Assinar embaixo o que vivemos e ainda haveremos de viver juntos. Quero participar da evolução e das indefectíveis mutações, que farão um dia com que a imagem desta sociedade reflita mais e melhor a face e o interesse do anestesiologista brasileiro.

Na SBA, pretendo honrar a minha função de presidente deixando mais do que um simples retrato na galeria de presidentes. Quero deixar como herança um trabalho consistente, realizado com conhecimento, com habilidade técnica e política e com postura, que seja revertido em resultados positivos e sustentáveis, tanto para a nossa especialidade quanto para toda a cadeia social e institucional que conosco interage.

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É a minha intenção trabalhar pela qualidade do ato anestésico, pela saúde ocupacional dos nossos especialistas‘

É a minha intenção trabalhar pela qualidade do ato anestésico, pela saúde ocupacional dos nossos especialistas, por garantias trabalhistas e pecuniárias de ativos e inativos, pela expansão do plantel de associados, pela ampliação do relacionamento político com entidades afins em níveis nacional e internacional, pela expansão quantitativa e qualitativa das parcerias institucionais e comerciais, pela maior interação com a população civil e militar brasileira, pela saúde administrativa, financeira e associativa da SBA.

Pretendo trabalhar para otimizar o ensino, a atualização, a pesquisa e a publicação da anestesia brasileira. Quero ter a ousadia de relembrar à nossa comunidade docente e discente, e também aos mais afeitos à prática assistencial, mas que também se enveredam por caminhos menos formais do academicismo, da pesquisa e da publicação, que o Método Científico é ciência e que a Ética é consciência; que a ciência em si mesmo é de cunho Amoral, e que só a Ética lhe confere a alternativa da moralidade.

Pretendo, até o fim do meu mandato, discutir exaustivamente e procurar soluções para um problema sério que identifico em todos os recantos da nossa sociedadeequejáexpresseinascerimôniasdetransmissão de cargos das diretorias da Saepe e da Saerj: a escassez e a apatia dos jovens na participação dos trabalhos e do destino das nossas instituições.

Precisamos urgentemente enfrentar e corrigir essa mazela. A solução precisa ocorrer, e não há varinha mágica disponível para esse fim. Muito mais do que oferecer passivamente os nossos bons exemplos, urge que

desenvolvamos projetos específicos, com planejamento, no sentido de estimular o associativismo entre os mais jovens que resulte em adesão regular e voluntária – nunca compulsória – e que venha a preencher essa lacuna etária que atualmente vivemos.

É vital para a saúde das nossas instituições coaptar e preparar a legião futura de conferencistas, instrutores, diretores, professores, colaboradores, enfim, os novos filhos da anestesiologia brasileira.

Precisamos suprir os nossos jovens de apoio e confiança, para que não se abstenham de viver de forma mais plural e profunda todas as facetas dessa bela especialidade que abraçaram. Para que contribuam com exemplo e trabalho para o engrandecimento dessas organizações que lhes dão abrigo, em especial a SBA e suas regionais, a AMB e o CFM.

Convoco, portanto, todas as instâncias desta sociedade a um mutirão de trabalho nesse sentido, com obstinação cega para criação e implantação de planos de ação e metas que visem motivar e trazer para as nossas comissões e diretorias, para as nossas instalações e eventos, para as nossas reuniões e festividades, as novas gerações de especialistas da anestesiologia, para que participem ativamente dos sonhos e projetos presentes e futuros da anestesiologia brasileira.

Meus caros amigos dessa nova diretoria: Mariano, Bagatini,Sylvio,Oscar,RicardoeFernandoCarneiro.

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Temos muito a fazer, muito ainda a aprender, muitos desafios a superar.

É o nosso desafio manter motivados os mais de mil voluntários que, diariamente, doam o seu tempo e trabalho por alguma causa desta sociedade, estar junto de nossos colaboradores internos, chefiados pela sempre solícita e competente Mercedes, para garantir a regular e mais perfeita possível rotina de funcionamento dessa estrutura com mais de nove mil sócios, a terceira maior sociedade de anestesiologia do mundo.

É o nosso desafio manter o padrão de excelência das diretorias que nos antecederam. Consolidar ainda maisamarcaSBAcomosinônimodequalidadenoâmbito médico nacional e internacional, levando-a a cumprir a sua missão institucional e dirigir-se com passos firmes e inequívocos à sua planejada visão de futuro.

Temos o dever e o prazer de zelar pelo nosso passado e de estampá-lo. Temos a honra de sermos os operários do presente. E o desafio e a glória de planejar e tentar nos imiscuir no quadro do futuro.

Para guiar a nossa diretoria e colaboradores rumo à missão e visão institucional, um planejamento estratégico foi cuidadosamente elaborado. Com objetivos, estratégias, indicadores, metas e planos de ação traçados e customizados para cada área

específica, sendo todos monitorados e controlados continuamente através de um painel de bordo. Tudo minuciosamente pensado para dar certo.

É óbvio que é uma tolice pensar que só podemos aprender com os próprios erros. Melhor seria, se possível, aprender com o erro alheio. Há dois mil anos, já proferia Catão: “Os sábios evitam os erros dos tolos.” Mas mesmo assim, infelizmente, é claro que erramos – nem somos tão sábios, nem tão tolos. E é aí quesefaznecessárioeimperiosoofeedbackdetodaacomunidade de associados e parceiros.

Para alguns ajustes de rota, a visão externa é sabidamente superior. Recebemos as críticas e os conselhos com boas-vindas e nos retroalimentamos deles, de onde quer que venham. Só lhes faço um pedido: que essas críticas sejam honestas e carregadas de boas intenções e, principalmente, expressas de forma tranquila.

São mais de nove mil associados para ser atendidos e entendidos, ininterruptamente, mais de 18 mil documentosporanorecebidosporviaeletrônicaou postal, além dos incontáveis telefonemas e contatos presenciais. A máquina diretiva e o corpo de funcionários são preparados, têm couraça forte, mas os seus corações continuam moles. Pensem nisso quando fizerem uma abordagem.

Falando em máquina, couraça e corações, este ano, parece que, finalmente, as mulheres entram em alta. E sobre isso gostaria de discorrer um pouco.

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Fundada em 1948, somente em 1982, na gestão do Dr. Altamirando Lima de Santana, a SBA teve, pela primeira vez, uma mulher na sua diretoria, a Dra. Eugesse Cremonesi, como diretora do Depto. Científico. Depois dessa pioneira, apenas mais três mulheres participaram de diretorias antes de mim: as Dras. Maria Betânia Dalcolmo de Azevedo, Maria Ângela Tardelli e Consuelo Plemont Maia.

Certamente, esse fato não reflete a ausência da força motriz da mulher. Temos exemplos de sobra de belíssimos legados deixados para a SBA pelo “sexo dito fraco”, como a organização do primeiro Congresso Brasileiro de Anestesiologia presidido por uma mulher, a Dra. Maria Luíza Alves, realizado em Recife no ano de 1993, os resultados obtidos e reconhecidos em pesquisa científica avançada pela Dra. Maria dos Prazeres Barbalho Simonetti e a elegante imagem e o forte poder agregador da Dra. Consuelo Plemont Maia, entre tantos.

Dedico, portanto, a minha presidência na SBA a todas essas abnegadas e valorosas mulheres, que, em silêncio, na maior parte das vezes, construíram e constroem a história da anestesiologia brasileira.

Prometo, entretanto (sem querer parodiar ninguém), que na SBA serei a presidente de todos os anestesiologistas, brasileiros e brasileiras.

E lhes garanto, senhoras e senhores, que continuarei

exatamente como comecei e venho tentando fazer até hoje: trabalhando. Pois acredito que nada resiste ao trabalho. E nesse quesito, o tempo é o senhor da razão.

Não pretendo, e assevero que nunca pretendi, ser a dona da verdade. Faço minhas, inclusive, as sábias palavras de JohnLocke,filósofoinglês,políticoemédico, que viveu no século 17: “Onde está o homem que tem prova incontestável da verdade de tudo o que sustenta, ou da falsidade de tudo o que condena, ou que pode dizer que examinou até o fundo todas as suas próprias opiniões ou as dos outros? A necessidade de acreditar sem conhecimento ou em bases muito frágeis, ...deveria nos deixar mais ocupados e cuidadosos em nos informar a nós mesmos do que em constranger os outros.”

Assim, peço a vocês suporte e compreensão nessa empreitada.

Peço mais do que intenções e declarações evanescentes de apoio.

Peço também ideias e orações.

Peço os seus braços e mentes.

Peço que estejam e sejam sempre comigo, porque com vocês e para vocês eu serei.

Que o Cosmo conspire ao nosso favor.

Muitíssimo obrigada.

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XXXV Jonna – Jornada Norte-Nordeste de Anestesiologia

VII Jornada Norte-Nordeste de Dor

Data: 17 a 19 de março de 2011

Local: SEHRS Natal Grand Hotel, Natal, Rio Grande do Norte (RN).

Programação preliminarWorkshop Vias AéreasData: 18 e 19 de março (sexta-feira e sábado).Ministrante: prof. de Stanford, Califórnia

Cronograma:Três palestras oito estações de base rotativa (40 minutos). Cada grupo de participantes será composto por seis pessoas. Cada estação terá um instrutor local parafacilitar.Oworkshopserárealizadoemdoisdias(18 e 19 de março), com um total de 48 pessoas por dia.

Estação 1 – Vias Aéreas Supraglóticas: Máscaras Laríngeas Clássicas, Unique, Flexible, Excel, Proseal e Supreme; AirQ, I Gel.

Estação 2 – Entubação LMA, Trachlight.

Estação 3 – Bougie Elástico, Vídeo e Opticolaringoscópios: VideoMac (CMac), Glidescope, Videolaringoscópio McGrath, Pentaz, Airtraq.

Estação 4 – Técnicas Básicas de Broncofibroscopia Óptica Flexível e Entubacão: Modelos de Baiton, Máscara de Patil, Aprimoramento de Fibroscopia Óptica Nasal e Oral.

Estação 5 – Entubacão Retrógrada: Clássica, Fibro-óptica, Bougie e Trachlight - Técnicas Assistidas.

Estação 6 – Via Aérea de Emergência: Cricotirotomia, Ventilação a Jet Transtraqueal, Combitube, Easytube,TuboLaríngeo.

Estação 7 – Via Aérea Difícil Pediátrica.

Estação 8 – Visão Fibro-óptica da Anatomia da Via Aérea Inferior. Posicionamento Assistido por Fibroscopia dos Bloqueadores BrônquicosdeArndteCohen.AvaliacãoFibro-óptica do Posicionamento do Tubo de Duplo Lúmen.

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Jornada Norte-Nordeste de Anestesiologia

Data: 17 de março (quinta-feira)

ProgramaçãoCursos pré-jornada

Sala1:9h–WorkshopArritimias(30vagas)Sala 2: 9h – Bloqueios Periféricos e Acessos Vasculares

Guiados por USGSala 3: 9h – GAS Man/Abbott (40 vagas)

Salão Bossa Nova

Tema: Parada Cardiorrespiratória – Guidelines 2010

14h às 14h20: Parada Cardiorrespiratória em Adultos

14h20 às 14h40: Parada Cardiorrespiratória em Gestantes

14h40 às 15h: Parada Cardiorrespiratória em Pediatria

15h às 15h20: Proteção Cerebral pós-PCR 15h20 às 15h40: Discussão 15h40 às16h: Intervalo

Tema: Via Aérea Difícil

16h às 16h40: Estratégias para Manejo de Via Aérea Difícil

16h40 às 17h20: Manejo da Via Aérea no Século XXI: Velhos Dilemas, Novas Soluções?

17h20 às 18h: Manejo da Via Aérea Difícil Pediátrica

19h30: Sessão Solene de Abertura Apresentação da Orquestra

Sinfônica Coquetel na pérgula da piscina

Data: 18 de março (sexta-feira)

Programação

Tema: Anestesia no Cardiopata

9h às 9h30: Técnicas Cardiorrespiratórias que Eu Pratico

9h30 às 10h: Preparo Pré-operatório do Cardiopata para Cirurgia Não Cardíaca

10h às 10h30: Arritmias Pré-operatórias: Diagnóstico e Tratamento

10h30 às 11h: Intervalo

Tema: Anestesia no Paciente Grave

11h às 11h30: Otimizando a Oferta de O2 Tecidual e Hemotransfusão

11h30 às 12h: Monitorização do Paciente Grave 12h às 12h30: Anestesia no Paciente

Politraumatizado 12h30 às 14h: Almoço

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Tema: Anestesia em Situações Especiais

14h às 14h30: Anestesia Venosa em Idosos, Cardiopatas e Pacientes Graves

14h30 às 15h: Pré-condicionamento Cerebral em Anestesia

15h às 15h30: Anestesia no Obeso Mórbido 15h30às16h: Coffeebreak

Tema: Especialidade

16h às 16h30: Anestesia Fora do Centro Cirúrgico

16h30 às 17h: Bloqueio no Neuroeixo e Paciente Anticoagulado

17h às 17h30: Anestesia na Criança Obesa 17h30 às 18h: Anestesia Inalatória versus

Venosa e Proteção de Órgãos 20h: Jantar dançante

Data: 19 de março (sábado)

Programação

Tema: Anestesia em Cirurgia Plástica

9h às 9h30: Procedimentos Combinados: qual o Limite de Segurança?

9h30 às 10h: Bloqueio versus Geral – o que Diz a Literatura?

10h às 10h30: Peridural Torácica – Quando Indicar?

10h30 às 11h: Intervalo

Tema: Anestesia em Obstetrícia

11h às 11h30: Síndromes Hemorrágicas: Diagnóstico e Tratamento

11h30 às 12h: Gestante com Valvulopatias: Parto Normal ou Cesárea? qual a Melhor Técnica Anestésica?

12h às 12h30: Evolução da Anestesia – Uma Viagem no Tempo

Festa de encerramento a definir local e banda

Dia 17 de março de 2011 – quinta-feira

Principais Enfermidades Álgicas e Controle Terapêutico Atualizado

13h-13h30 - Fibromialgia: Novos Critérios de Avaliação e Terapia Farmacológica Atual

13h30-14h - Síndrome Miofascial: Desativação de Pontos Gatilho e Controle Terapêutico

14h -14h30 - Neurociência e Dor 14h30-15h - Dor Orofacial: Diagnóstico e Tratamento 15h-15h30 - Intervalo 15h30-16h - Principais Síndromes Álgicas

Reumatológicas: Avaliação Clínica e Conduta Terapêutica Atualizada

16h-16h30 - Lidocaína em Bloqueio Simpático Venoso: Indicações Clínicas e Informações Prática

16h30-17h - Lombalgia Aguda: Conduta Médica Conservadora e Terapia Atual Intervencionista

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17h-17h30 - Dor Neuropática: Controle Terapêutico Atual e Novas Perspectivas

17h30-18h - Perguntas e Respostas

Dia 18 de março de 2011 – sexta-feira

Tratamento Farmacológico da Dor

8h30-9h - Analgésicos Opioides no Controle Terapêutico da Dor Não Oncológica: Atualização

9h-9h30 - AINEs e Relaxantes Musculares Mais Utilizados no Controle Terapêutico da Dor

9h30-10h - Antidepressivos no Tratamento da Dor: Avanços Terapêuticos

10h-10h30 - Uso de Anticonvulsivantes no Controle Dor e em Neuropatias: Abordagem Atualizada

10h30-11h - Intervalo 11h-11h30 - Drogas Biológicas do Controle da Dor:

Avanços Terapêuticos 11h30-12h - Bloqueios Anestésicos e Neurolíticos no

Tratamento da Dor 12h-12h30 - Perguntas e Respostas 12h30- 14h30 - Almoço

Dor Oncológica E Cuidados Paliativos

14h30-15h - Dor Oncológica: Consenso Atual 2010 15h-15h30 - Cuidados Paliativos na Dor Oncológica 15h30-16h - Principais Técnicas Intervencionistas no

Controle da Dor 16h-16h30 - Intervalo

16h30-17h - Opioides na Dor Não Oncológica: Atualização e Novas Perspectivas

17h-17h30 - Dor Oncológica: Humanização e Ética 17h30-18h - Perguntas e Respostas

Dia 19 de março de 2011 – sábado

Dor Pós-operatória

8h30-9h - Enfermagem na Assistência ao Paciente com Dor no Pós-operatório e em Cuidados Paliativos

9h-9h30 - Fisioterapia no Tratamento da Dor Pós-operatória

9h30-10h - Acupuntura no Controle Terapêutico Antiálgico

10h-10h30 - Neurocirurgia no Tratamento da Dor: Abordagem Atual

10h30-11h - Intervalo 11h-11h30 - Analgesia Preventiva: como Eu Faço? 11h30-12h - Bomba de Infusão PCA: Abordagem

Prática e Atualizada 12h-12h30 - Perguntas e Respostas 12h30-13h - Encerramento

Ponte de Todos, Newton Navarro, Natal/RN

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46a JOSULBRA•ASociedadedeAnestesiologiadoEstadodeSantaCatarina(Saesc) e o Serviço de Anestesiologia de Joinvile (SAJ) têm a satisfação de anunciar a 46ª Jornada Sul-Brasileira de Anestesiologia e a VII Jornada Joinvilense de Anestesiologia 2011, que ocorrerão no período de 14 a 16 de abril de 2011, no Teatro Juarez Machado e no Centro de Convenções Alfredo Salfer em Joinvile, SC.

A comissão organizadora está trabalhando no sentido de organizar um encontro que traga à discussão os principais tópicos de nossa especialidade.

Estamos planejando uma extensa programação científica que abrangerá temas atuais e de interesse da anestesiologia relacionados com obstetrícia, pediatria, geriatria, grande porte, ambulatorial, monitorização, dor pós-operatória e cuidados paliativos, entre outros.

Teremos mais uma edição do Suporte Avançado de Vida em Anestesia (Sava) como curso pré-jornada. Quatro workshopsestãoprevistos:BloqueiosGuiadosporUltrassom; Medicina Baseada em Evidências; Via Aérea e Recursos de Informática Voltados para o Anestesiologista.

A área de exposições contará com mais de duas dezenas de participantes que apresentarão as novidades da indústria farmacêutica e os avanços tecnológicos na área da anestesiologia.

Com cerca de 500 mil habitantes, Joinvile é a maior cidade do estado de Santa Catarina. Está localizada entre a Baía da Babitonga e as montanhas da Serra do Mar. Cidade de tradições germânicas, tem se destacado por sediar eventos internacionais, congressos, festivais e convenções, assim como eventos desportivos e culturais.

Convidamos todos para virem a Joinvile de 14 a 16 de abril de 2011 para participar da 46ª Josulbra e da VII Jornada Joinvilense de Anestesiologia 2011.

Presidente da Comissão Executiva da 46ª Josulbra e daVII Jornada Joinvilense de Anestesiologia 2011

Por Antonio Bedin*

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Centreventos Cau Hansen

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12h–14h ALMOÇO

14h–14h30 Planejando a Ventilação na Via Aérea Difícil14h30–15h Quais as Evidências para Utilizar Substitutos

de Hemoderivados? 15h–15h30 Otimizando a Perfusão no Paciente Crítico 15h30–16h Qual o Papel do Anestesiologista na

Medicina Paliativa?

16h–16h30 INTERVALO

16h30–18h MESA INTERATIVA: DOR PÓS-OPERATÓRIA

Fisiopatogenia: Revisão ObjetivaAnalgesia Multimodal – Visão AtualAnalgesia Controlada pelo Paciente – Atualização e Visão

do Ganho de Valor Agregado do Procedimento

15/4 - Sexta-Feira - Sala 2

8h30–10h MESA INTERATIVA: ANESTESIA REGIONALAnestesia Regional em Pacientes em Uso de AnticoagulantesAnestesia Regional em Pacientes com Doença

Neurológica PréviaAnestesiaRegionalnoPacientecomDoençaPulmonarCrônica

10h–10h30 INTERVALO

10h30–11h Complicações Intraoperatórias da Anestesia Regional

11h–11h30 Bloqueio Cervical para Endarterectomia de Carótida: Quais as Vantagens?

11h30–12 Ultrassom e Bloqueios Periféricos – Resultados

O Curso de Suporte Avançado de Vida em Anestesia (Sava) destina-se a todos os médicos anestesistas que buscam o aperfeiçoamento em habilidades que podem salvar vidas.

Nosso curso está atualizado com as novas recomendações da American Heart Association (AHA), da International Liaison Committee (Ilcor) e da European Resuscitation Council (ERC).

Programação Científica

15/04 Sexta-Feira - Sala 1

8h30–10h MESA INTERATIVA: ANESTESIA EM CLÍNICAS Anestesia em Clínicas: uma Realidade do MercadoSeleção dos Pacientes e Condições Mínimas para a Prática

da AnestesiaComplicações: o que Fazer?

10h–10h30 INTERVALO

10h30–11h Otimizando o Trans para Facilitar a Alta Hospitalar no Paciente Ambulatorial

11h–11h30 Anestesia Regional Periférica em Cirurgia Ambulatorial: o que Há de Novo?

11h30–12h Analgesia Pós-operatória em Cirurgia Ambulatorial

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12h–13h45 ALMOÇO/SIMPÓSIO CRISTÁLIA

14h–14h30 Avaliação Pré-anestésica – Aspectos Clínicos14h30–15h Avaliação Pré-anestésica – Aspectos Legais 15h–15h30 Avaliação Pré-anestésica no Idoso – O Que É

Fisiológico e o Que É Patológico? 15h30–16h Avaliação Pré-anestésica no Diabético

16h–16h30 INTERVALO

16h30–18h MESA INTERATIVA – ANESTESIA EM CIRURGIA PLÁSTICA

Segurança da Peridural TorácicaSedações Prolongadas: Quais os Limites? Lipoaspiração: por que Tantos Resultados Adversos?

15/4 - Sexta-Feira - Sala 3

12h–13h45 ALMOÇO/SIMPÓSIO

16/4 - Sábado - Sala 1

8h30–10h MESA INTERATIVA – QUALIDADE Quais as Dificuldades e como Fazer um Programa de Gerenciamento de RiscosIndicadores de Qualidade em Anestesiologia: quais e como Desenvolvê-los? Quais as Dificuldades e como Implementar o Controle de Qualidade em Anestesiologia?

10h–10h30 INTERVALO

10h30–11h Gerenciamento de Recursos em Situações de Crise

11h–11h30ProntuárioEletrônico:AspectosÉticoseDificuldades na Implantação

11h30–12h O Médico Diante da Terminalidade da Vida

12h–14h ALMOÇO

14h–14h30 Ecocardiograma Transesofágico: Avaliação Hemodinâmica

14h30–15h Resposta Inflamatória Sistêmica e sua Repercussão nas Cirurgias de Grande Porte

15–15h30 Coagulopatias em Cirurgia de Grande Porte. Tratamento Baseado em Evidência?

15h30–16h Antifibrinolíticos em Cirurgia Ortopédica de Grande Porte

16h–16h30 INTERVALO

16h30 –18h MESA INTERATIVA – ANESTESIA EM CIRURGIA DE GRANDE PORTE

Monitorização Hemodinâmica Minimamente InvasivaComo Interpretar os Resultados do Tromboelastograma? Reposição Volêmica em Cirurgias Abdominais de Grande Porte.

16/4 - Sábado - Sala 2

8h30–10h MESA INTERATIVA – OBSTETRÍCIAA Analgesia de Parto Interfere na Evolução do Trabalho de Parto? Peridural Contínua para a Analgesia de Parto Raqui e Peridural Combinadas para a Analgesia de Parto

10h–10h30 INTERVALO

10h30–11h Conduta na Falha do Bloqueio Raquidiano para Cesariana

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11h–11h30 Efedrina x Metaraminol x Fenilefrina em Cesariana

11h30–12h Manejo da Anestesia na Parturiente Obesa Mórbida

12h–13h45 ALMOÇO/SIMPÓSIO

14h–14h30 A Anestesia e a Criança Politraumatizada14h30–15h Agitação ao Despertar: Problema da

Anestesia Moderna? 15h–15h30 Ricos da Hipotermia Perioperatória e como

Evitá-la 15h30–16h Anestesia e Cuidados no Lactente Ex-

prematuro em Risco de Apneia

16h–16h30 INTERVALO

16h30–17h MESA INTERATIVA – ANESTESIA REGIONAL NO PACIENTE PEDIÁTRICO

Anestésicos Locais e o Paciente PediátricoBloqueios Periféricos Mais Indicados, Fármacos e DosesUso de Morfina, Clonidina e Outros Adjuvantes no

Neuroeixo: Situação Atual

16/4 - Sábado - Sala 3

12h–13h45 ALMOÇO/SIMPÓSIO

Workshops

Bloqueios Guiados por UltrassomRecursos de Informática Voltados para o AnestesistaMedicina Baseada em EvidênciasManuseios da Via Aérea

Reuniões Associativas da SBA

Reunião da diretoria15 de abril de 2011 - 9h às 17h

Reunião da Comissão de Dor com responsáveis pelos Centros de Treinamento em Dor15 de abril de 2011 - 16h

Reunião da diretoria da SBA com o presidente das regionais16 de abril de 2011 - 9h às 12h

Reunião da Comissão de Ensino e Treinamento com responsáveis por CET da região Sul16 de abril de 2011 - 8h às 10h

Reunião da Comissão de Ensino e Treinamento com médicos em especialização (ME) em CET da região Sul 16 de abril de 2011 - 10h às 12h

Inscrições até o dia 31 de março de 2011SÓCIO ATIVO SBA/ADJUNTO: R$ 550,00RESIDENTE/ACADÊMICO: R$ 330,00NÃO SÓCIO: R$ 950,00

Workshops:R$100,00Somente Sava: R$ 800,00Sava + Jornada: R$ 600,00 + valor da Jornada

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Antônio Fernando Carneiro é Acadêmico Titular da AGM•Nodia21dejaneirode2011omédicoanestesistaAntônioFernando Carneiro, tomou posse como Acadêmico Titular daAcademiaGoianadeMedicina(AGM),emcerimôniarealizada na sede do Conselho Regional de Medicina de Goiás. A Dra. Nádia Duarte representou a diretoria da SBA na qual o homenageado exerce o cargo de Diretor do DepartamentodeDefesaProfissional.Duranteacerimônia,estiveram presentes diversas autoridades da gestão em saúde do estado de Goiás.

Confira trechos do discurso do dr. Antonio Fernando Carneiro, durante a solenidade de posse.

“...Nada pode ser mais gratificante do que compartilhar momentos de emoção com amigos queridos, com familiares que caminham ao nosso lado construindo uma vida de barganhas.

Em minha trajetória de vida pessoal e profissional, esse é um dos momentos em que me sinto invadido por emoções que adquirem formas as mais variadas: alegria, reconhecimento, gratidão e, por que não uma fagulha da humana vaidade.

Ingresso agora, à Academia Goiana de Medicina, como membro desse grupo seleto, ocupando a cadeira de nº 32, cujo patrono, Vital Brazil, tornou-se imortal para os brasileiros através de seu incomparável trabalho como pesquisador e a criação do Instituto Butantã, em São Paulo, responsável pela produção de soros e vacinas. Sinto-me abençoado!...

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...Tenho consciência da minha real busca, através do estudo e da pesquisa, da apropriação de novas tecnologias e da observação atenta dos paradigmas que a sociedade hoje postula. Busca em alcançar a qualidade e eficácia na atuação médica, não só para minha especialidade, mas fazendo da comunhão dos saberes científicos uma oportunidade de avanço e qualificação no campo médico em geral...

...Entre os excelentes, a Academia Goiana de Medicina faz por merecer seu lugar. Congrega mentes brilhantes como o acadêmico fundador José Braz, que em sua trajetória deixou marcas de competência como brilhante professor e participante da fundação da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás. Cito ainda, Mário da Paz, Acadêmico Titular, Mestre em ortopedia, que entre feitos relevantes construiu um caminho de 30 anos na Universidade Federal de Goiás, como preceptor de internos e residentes...

...Ser médico, e principalmente, médico acadêmico, é uma condição importante e extremamente privilegiada que não se põe a serviço do espírito capitalista do lucro.

Encerro com as palavras de Fernando Pessoa: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”... E juntos, daremos vida a muitas obras!

Muito obrigado!” Antonio Fernando Carneiro

Diretor do Departamento de Defesa Profissional Acadêmico Titular da Academia Goiana de Medicina

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SBANotícias da AMB

Judicialização da medicina•Levantamento do Conselho Nacional de Justiça mostrou que em 20 dos 91 tribunais brasileiros existem mais de 112 mil processos sobre demandas de saúde. Esses dados evidenciam a falta de credibilidade do sistema de saúde brasileiro. No âmbito do sistema público, há a insistência de que tudo que se oferece contrasta com o pouco que se tem e a reiterada resistência em encarar a falta de recursos. As indisfarçáveis tentativas de distorcer a realidade por meio da manipulação da informação e da interferência na prática clínica criam inconsistências óbvias.

Por outro lado, os planos de saúde, enredados em processo concorrencial predatório, vendem igualmente o que não têm. Impossibilitados de entregar o prometido, voltam-se contra os prestadores de serviços, pressionando-os a aderir a padrões de atenção incompatíveis com a ciência e a ética. Vinte e dois anos de prática de Sistema Único de Saúde (SUS) e 11 anos de regulamentação (tímida e parcial) da saúde suplementar não foram suficientes para corrigir vícios e construir um plano de ações que faça, de fato, boas ideias saírem do papel.

Há cerca de uma década, a Associação Médica Brasileira (AMB) trabalha pela adoção integral da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Revisada regularmente pelas sociedades de especialidade, a CBHPM lista os procedimentos médicos adequados no uso clínico. Para beneficiar os pacientes atendidos, consideram-se a eficácia e a segurança, eliminando alternativas obsoletas e

Por José Luiz Gomes do Amaral*

aquelas ainda em experimentação. Paralelo a essa iniciativa, o Projeto Diretrizes, também desenvolvido pela AMB, busca definir, com base nas melhores evidências científicas, quando e como realizar os procedimentos médicos listados na CBHPM. Até o momento, foram publicadas 320 diretrizes que apoiam a decisão clínica, sem ofender a individualização dos cuidados e a independência, valores inalienáveis à prática médicaquepodemserlivrementeconsultadosnositewww.projetodiretrizes.org.br

Porque são guiados pela lógica da contenção de recursos, gestores políticos e empresários da saúde suplementar têm rejeitado sistematicamente a transparência e a evidência científica. Vê-se, portanto, a Justiça obrigada a intervir em prol dos interesses da sociedade. Opõem-se paradoxalmente os que deveriam a ela antecipar-se.

A AMB coloca-se à disposição do Poder Judiciário em defesa da qualidade da atenção à saúde.

*O autor é presidente da Associação Médica Brasileira (AMB).

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Por Alberto Tirelli1 e Airton Bagatini2

Qualidade em anestesiologia – uma exigência mais que atualIntrodução

• A anestesiologia nasceu na metade do século XIX porque a medicina necessitava prover os pacientes do alívio da dor aguda. Essa especialidade tem, em seu despertar, a marca do cuidado com o paciente. Embora a preocupação com a qualidade da anestesia esteja presente desde o início de sua história, os métodos sistemáticos de controle de qualidade tiveram grande impulso apenas no final do século passado.1

A qualidade, conceito extraído da indústria e aplicado à medicina, tem evoluído constantemente nos últimos anos. Consiste em um processo que começa com a identificação dos problemas e sua quantificação, para a qual se utilizam indicadores de estrutura, de processos e de resultados.2 Na área da saúde, os modelos de gestão de qualidade surgiram nos países desenvolvidos com o objetivo de reduzir os custos. Com a insuficiência dessa abordagem, passou, então, a focar os resultados dos processos assistenciais para garantir a satisfação do paciente.3

Avedis Donabedian sentencia que a qualidade na saúde pode ser definida como a capacidade articulada de profissionais, serviços do sistema de saúde e da sociedade emconfigurarumconjuntoharmônicocapazdeoferecerassistência digna, tecnicamente desenvolvida por profissionais treinados e justamente pagos, sendo todo esse conjunto financeiramente viável, economicamente sustentável e uma escolha democrática da cidadania.4

Este artigo teve como objetivo apresentar conceitos de qualidade e indicadores de controle de qualidade em anestesiologia, através de uma revisão bibliográfica contemporânea do tema, com ênfase na informação publicada entre os anos de 2005 e 2010.

Método

A revisão da literatura deste artigo foi realizada por meio de pesquisa efetuada em artigos, revistas, publicações e estudos feitos até 2010, além de pesquisa executada nosbancosdedadoseletrônicos:Medline/PubMed5 e Biblioteca Virtual da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA-www.sba.com.br/educação/bv.asp).6

Os critérios de seleção do material da pesquisa para a realização do estudo acompanharam quatro etapas: a primeira foi a pesquisa das palavras-chave: qualidade, ou quality,eanestesiologia,ouanesthesiology;nasegunda,delimitou-se o período de publicação dos artigos, fixado entre 2005 e 2010, levando-se em consideração a contemporaneidade dos achados científicos; na etapa seguinte, definiram-se outros limites, como artigos

Alberto Tirelli

Artigos Científicos

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publicados nas línguas inglesa, portuguesa e espanhola; na última etapa da pesquisa, selecionaram-se artigos com o texto completo mas apenas com o resumo disponível. AmetodologiadepesquisaérecomendadapeloTheCochraneCollaborationLibrary.7

É importante salientar que a pesquisa das palavras-chave foi realizada em diversos bancos de dados médicos, como ScientificEletronicLibraryOn-line(Scielo)eLiteraturaLatino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), e que a literatura nesses bancos de dados ou não preencheu os critérios propostos pelo estudo para a inclusão dos trabalhos ou não estava disponível.

Conceitos de Qualidade

Avedis Donabedian acredita que a qualidade em saúde pode ser definida como a capacidade articulada de profissionais, serviços, sistema de saúde e sociedade em configurarumconjuntoharmônicocapazdeoferecerassistência digna, tecnicamente bem desenvolvida, por profissionais treinados e justamente pagos, que os usuários possam utilizá-la sempre e na medida de suas necessidades, sendo todo esse conjunto financeiramente viável, economicamente sustentável e uma escolha democrática de cidadania (Quadro I).4

Também se entende qualidade como um processo dinâmico, ininterrupto e de exaustiva atividade permanente de identificação de falhas nas rotinas e nos procedimentos, que devem ser periodicamente revisados, atualizados e difundidos, com a participação desde a alta

A anestesiologia nasceu na metade do século XIX porque a medicina necessitava prover os pacientes do alívio da dor aguda‘

QUADRO I – Componentes da Qualidade (segundo Avedis Donabedian)

1- Eficácia: a capacidade que o desenvolvimento técnico-científico tem de promover melhorias no cuidado da saúde, considerando-se condições óti-mas de aplicabilidade.

2- Efetividade: o nível real que o desenvolvimento técnico-científico consegue atingir.

3- Eficiência: considera a habilidade em diminuir-se o custo do cuidado sem, entretanto, comprome-ter a qualidade.

4- Otimização: é o equilíbrio entre a melhoria do cuidado e dos custos dessa melhoria.

5- Aceitabilidade: considera a expectativa e os de-sejos do paciente e de seus familiares.

6- Legitimidade: é a conformidade das ações às preferências sociais expressas em princípios éti-cos, valores, normas, leis e regulamentos.

7- Equidade: é a conformidade com o princípio da Justiça, o que é razoável na distribuição das ações de saúde, e seus benefícios entre a população.

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direção do hospital até seus funcionários mais básicos. Nos conceitos mais modernos, o termo qualidade é um fenômenocontinuadodeaprimoramento,queestabelece,progressivamente, padrões, resultado de estudos de séries históricas na mesma organização ou em organizações semelhantes(benchmarking),embuscadodefeitozero.3-8

A qualidade voltada para o paciente deve abrigar, além de melhorias em estrutura (anestésicos, equipamento, capital humano etc.) e resultado (eficiência no desfecho desejado), melhorias dos processos em que a prática ocorre (fluxos, rotinas etc.). Como a avaliação contínua da qualidade técnica dos profissionais da saúde em nosso país é tema polêmico, a Associação Médica Brasileira institui o Certificado de Atualização Profissional para os portadores de títulos de especialista, considerando o rápido aporte e a incorporação de novos conhecimentos na prática médica.4

Acreditação e Certificação

Acreditação é uma palavra originária da língua inglesa que é usada pelo Manual Brasileiro de Acreditação e pelo Manual das Organizações Prestadoras de Serviços Hospitalares. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a partir de 1989, a acreditação passou a ser elemento estratégico para o desenvolvimento da qualidade na América Latina.

É um sistema de avaliação e certificação de qualidade de serviços de saúde voluntário, periódico e reservado. Tem um caráter educativo, voltado para a melhoria contínua, e apresenta vantagens, como segurança para os pacientes

e profissionais da saúde, qualidade de assistência e construção de equipe, sendo útil instrumento de gerenciamento, com critérios e objetivos concretos adaptados à realidade brasileira.9

Os maiores interessados pelos processos de acreditação são as organizações de saúde, os profissionais da saúde, os líderes e administradores, o governo e os cidadãos.9

Os sistemas de acreditação, ou certificação de qualidade, são metodologias que permitem auditar uma empresa ou serviço, por uma terceira, que, de modo mensurável, pode afirmar que aquela está apta a fornecer assistência de qualidade.3-8

Em 1995, no Rio Grande do Sul, o Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde, em associação com a Secretaria da Saúde e do Meio Ambiente e o Sebrae/RS, desenvolveu um projeto de pesquisa com a intenção de determinar padrões de qualidade hospitalar. Em 1999, foi criada a Organização Nacional de Acreditação (ONA), que é uma organização privada, sem fins lucrativos e de interesse coletivo, que tem como principal objetivo a implantação nacional de um processo permanente de melhoria da qualidade da assistência à saúde, sendo responsável pela avaliação da qualidade hospitalar. 3-8

As instituições certificadoras são empresas de direito privado credenciadas pela ONA que têm a responsabilidade de proceder à avaliação e à certificação da qualidade dos serviços de saúde em âmbito nacional. As certificadoras, como a ISO e a Joint Commission International (JCI), têm metodologias diferentes de avaliação.3-8

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Indicadores em Anestesia

Definida qualidade, devemos apresentar os instrumentos de monitoramento desta, denominados indicadores, que podem ser entendidos como representações quantitativas de resultados, constituindo-se em poderosa ferramenta gerencial para o monitoramento, a mensuração e a avaliação da qualidade que, conforme o modelo de Donabedian, são classificados como indicadores de estrutura, de processo e de resultados.10

Os indicadores são formas de representação quantificável de processos e produtos que objetivam controlar e melhorar a qualidade e o desempenho deles. Porém, para ser úteis, os indicadores devem ser, além de mensuráveis, realizáveis. Isto é, o indicador é a variável que descreve o elemento da situação do ponto de vista quantitativo.3 Os indicadores podem auxiliar as instituições de saúde na busca pela qualidade, no controle dos processos, na estruturação de um banco de dados confiável e útil para o planejamento estratégico e na tomada de decisões.11

A anestesiologia não foge à regra, de modo que os serviços de anestesia devem estabelecer seus indicadores de qualidade para melhor monitorar a estrutura, o processo e o resultado.4

Exemplos de indicadores de qualidade a serem monitorados num programa de controle de qualidade de um serviço de anestesia são: indicadores globais (número total de anestesias, número de pacientes anestesiados, número de pacientes por especialidade, número de anestesias

locorregionais, número de intervenções canceladas, número de intervenções de urgência, número de anestesias por sala cirúrgica, tempo de permanência na sala cirúrgica, porcentagem por gênero [feminino/masculino], idade média e extremos etários, anestesia em crianças com menos de um ano, anestesias em idosos acima de 75 anos, classificaçãoASAeeventosadversos[náuseas,vômitos,dor pós-operatória]); avaliação pré-anestésica (número de consultas pré-operatórias/pacientes anestesiados, número de consultas no leito de internação, número de consultas em benefício de outra instituição); anestesia ambulatorial (número de anestesias ambulatoriais, número de procedimentos cancelados, número de hospitalizações não previstas); anestesia obstétrica (número de partos normais, número de anestesias obstétricas, número de cesarianas, porcentagem de cesarianas sob anestesia geral, raquianestesia e peridural, número de peridurais para analgesia obstétrica, número de consultas no terceiro trimestre, número de anestesias obstétricas sem consulta a distância); recuperação (número de pacientes admitidos na Sala de Recuperação Pós-Anestésica [SRPA], número de pacientes admitidos diretamente na UTI e duração da permanência na SRPA).3

EmumarevisãosistemáticapublicadanoAnesthesiology,os autores identificaram 108 indicadores clínicos desenvolvidos para medir a qualidade e a segurança em anestesia.Aproximadamenteametadedelespôdeserconsiderada específica para a especialidade. A maioria era indicadores de resultados (57%) ou de processos (42%). Apenas 1% estava relacionado com estruturas.12

Condição importante para a construção de indicadores é a obtenção de dados e de informações fidedignas

Indicadores podem ser entendidos como representações quantitativas de resultados‘

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oriundos de relatórios bem elaborados e anotações precisas dos profissionais envolvidos.10

Conclusão

Os serviços de saúde se encontram em uma fase difícil, sendo a implantação de programas de qualidade e a consequente certificação/acreditação de extrema importância, à medida que proporcionará a diminuição dos índices de custos e de morbi-mortalidade, levando à satisfação de uma parcela maior da população.

A qualidade total é algo capaz de provocar discussões teóricas e um desafio a sua aplicação prática. Por esse motivo, deve continuar sendo estudada para desenvolver modelos de gestão adaptados às peculiaridades das instituições.

A participação da anestesiologia em programas de acreditação contribui para o aperfeiçoamento pessoal e institucional e para a melhoria do atendimento prestado pelos especialistas.3

Assim, torna-se cada vez mais importante ao anestesiologista seu engajamento nos programas institucionais e sua participação nas atividades e nos eventos promovidos pela gestão da qualidade.4

Referências

1. Burmester H, Amaral JLG – Gestão de qualidade em anestesiologia, em: Manica J – Anestesiologia, princípios e técnicas, 3ª edição, Porto Alegre, Artemed, 2004;1001-1008.

2. Borel J, Sivanto M – Gestion de calidad em anestesiología. Rev. Argent. Anestesiol, 2008;1:71-72.

3. Slullitel A – Gestão de qualidade em anestesiologia. Prática Hospitalar, 2008;58:93-96.

4. Diego LA – Anestesiologia e qualidade no cuidado. Anestesia em Revista, 2009;4:18-25.

5. Pub Med. National Library of Medicine. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed.

6. The Cochrane Collaboration Library. Disponível em: http:// www.cochrane.org/index.O.htm.

7. Feldman LB, Gatto MAF, Cunha ICKO – História da evolução da qualidade hospitalar: dos padrões à acreditação. Acta Paulista da Enfermagem, 2005;18:213-219.

8. Biblioteca Virtual da Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Disponível em:: http://www.sba.com.br/educação/bv.asp.

9. ONA - Organização Nacional de Acreditação. Disponível em: http:// www.ona.org.br.

10. Duarte IG, Ferreira DP – Uso de indicadores na gestão de um centro cirúrgico. Rev. Adm. Saúde, 2006;63-70.

11. Treviso P, Brandão FH, Saitovitch D – Construção de indicadores em serviços de saúde. Rev. Adm. Saúde, 2009;11:182-186

12. Haller G, Stoelwinder J, Myles et al. – Quality and safety indicators in anesthesia: a systematic review. Anesthesiology, 2009;110:1158-1175.

1º autor, que tem MBA em auditoria em saúde, é médico anestesiologista do Hospital São Lucas, da PUCRS.

2º autor é diretor do Departamento Administrativo da SBA, corresponsável pelo CET do SANE e coordenador da

Perspectiva Médico-assistencial do Hospital Ernesto Dornelles de Porto Alegre, RS.

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Anestesia fora do centro cirúrgico: consideraçõesIntrodução e considerações gerais

• Os procedimentos sob assistência anestesiológica fora de centros operatórios estão cada vez mais em voga, seja para conforto do paciente, seja para a otimização voltada ao executante, tanto os diagnósticos quanto os terapêuticos. Ademais, a presença do profissional especializado (anestesiologista) nesse mister promove segurança a todos os envolvidos, quais sejam: paciente, médicos e instituição responsável.

Não obstante, o número de procedimentos realizados fora do âmbito cirúrgico propriamente dito tem crescido sobremaneira. Os setores médicos nos quais se requer a presença de um anestesiologista têm aumentado, inclusive em locais onde não se valiam habitualmente do auxílio desses profissionais. Ocorre que todos os envolvidos têm percebido que os riscos da realização desses casos sem assistência adequada pode trazer consequências nefastas. A divulgação da ideia da disponibilidade desses profissionais concorre em muito para a requisição da clínica anestesiológica.

SBAArtigos CientíficosPor José Roberto de Rezende Costa*

As principais peculiaridades que devem ser observadas nesses casos, sejam lá quais forem sua natureza, são aquelas voltadas para a infraestrutura de recursos humano e material e preparo correto dos pacientes, todos devidamente observados nos mínimos detalhes. Muito comum, não apenas entre os pacientes como também entre os colegas médicos, o incorreto conceito de que esses tipos de anestesia são menos arriscadas e mais simples, por não serem conduzidos em ambientes cirúrgicos. Ao contrário, tudo isso pode e vai multiplicar os riscos, se não houver as devidas precauções e os cuidados como em qualquer outra anestesia de alta complexidade feita em centro cirúrgico.

Aspectos legais

As responsabilidades profissionais são, além da ética, de natureza cível e também, eventualmente, penal e administrativa. Portanto, toda e qualquer legislação vigente deve ser seguida, visando fundamentar uma prática diária calcada na licitude dos atos.

O exercício legal da medicina, como em qualquer outra profissão formal, requer que sejam seguidas as normatizações éticas e técnicas, pois todo ato médico é seguido basicamente dessas responsabilidades.

É preciso lembrar que as normatizações oriundas do Conselho Federal de Medicina, através de resoluções, devem ser seguidas por força da lei. Saliente-se que a Lei 3.268, de 30 de setembro de 1957, instituiu os conselhos

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de medicina como órgãos autárquicos dotados de personalidade jurídica de direito público. Ou seja, são eles responsáveis pelas diretrizes que deverão ser seguidas pelos médicos.

Adicione-se a tudo isso o fato de que o Código de Ética Médica ora vigente, criado pela Resolução CFM 1.931/2009, traz em seu texto (entre tantos mais) que é vedado:

Art. 17. Deixar de cumprir, salvo por motivo justo, as normas emanadas dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina e de atender às suas requisições administrativas, intimações ou notificações no prazo determinado;

Art. 18. Desobedecer aos acórdãos e às resoluções dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina ou desrespeitá-los; ...”

Não é função deste texto exaurir os conhecimentos legais que devem ter os médicos no exercício cotidiano de seu ofício, mas apenas apontar algumas diretrizes básicas, oriundas do Conselho Federal de Medicina, que nos norteiam em nossas ações. Principalmente, no que concerne a anestesias realizadas fora de centros cirúrgicos. Mostrar-se-ão, portanto, apenas as resoluções básicas a que se obrigam todos os anestesiologistas de seu conhecimento, quais sejam:

•ResoluçãoCFM1.802/2006:dispõesobreapráticadoato anestésico;

• Resolução CFM 1.355/1992: estabelece parâmetro mínimo de segurança para a concentração de oxigênio utilizado em hospitais;

• ResoluçãoCFM1.670/2003:trataquesedaçãoprofundasó pode ser realizada por médicos qualificados e em ambientes que ofereçam condições seguras para sua realização, ficando os cuidados do paciente a cargo do médico que não esteja realizando o procedimento que exige sedação;

• ResoluçãoCFM1.886/2008:dispõesobreas“Normas mínimas para o funcionamento de consultórios médicos e dos complexos cirúrgicos para procedimentos com internação de curta permanência”;

• ResoluçãoCFM1.950/2010:estabelece,conjuntamente, critérios para a realização de cirurgias das áreas bucomaxilofacial e craniomaxilofacial;

• ResoluçãoCFM1.720/2004:estabeleceoscritériospara a realização de debridamentos e curativos cirúrgicos, sob anestesia geral ou sedação, em pacientes queimados;

• ResoluçãoCFM1.640/2002:dispõesobreaeletroconvulsoterapia e dá outras providências.

Realça-se que qualquer questão de natureza legal tem por objetivo precípuo assegurar os mecanismos de proteção e redução de riscos em prol da vida. Não se pode encará-la, portanto, como meio de entrave e óbice a nossa profissão. Infelizmente, alguns, por vezes, assim interpretam, ao se evocarem os preceitos da lei, sejam os próprios anestesiologistas, os pacientes ou o executante propriamente do ato em análise.

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Aspectos práticos

Do ponto de vista prático, alguns dos maiores detalhes que devem ser observados são atinentes a questões legais e às questões de infraestrutura de recursos humanos e material adequado.

Os aspectos técnicos propriamente ditos devem ser ajustados às peculiaridades de cada caso, sejam diagnósticos ou terapêuticos. Há uma infinidade de demandas para a realização de anestesia fora de centro cirúrgico que precisam ter suas técnicas dirigidas em conformidade com suas necessidades, e este texto não se destina a esmiuçar cada uma delas, mas apenas trazer as diretrizes gerais. De outra maneira, seria necessário um livro para tratar de matéria tão vasta em sua íntegra, conforme abaixo mencionado.

São inúmeros os procedimentos sob auxílio anestésico fora de centro cirúrgico (todos podendo ser diagnósticos, intervencionistas e/ou terapêuticos) e, como exemplo, podem ser citados os seguintes itens ou especialidades frequentemente envolvidos nessas atribuições:

- procedimentos radiológicos de imagem (com ou sem contrastes): tomografia, ressonância nuclear magnética, ultrassonografia, ecodopler etc.;

- endoscopia digestiva alta e baixa; - cateterismos cardiovasculares; - estudos eletrofisiológicos intracardíacos, com ou sem

ablação por radiofrequência; - radioterapia;

- procedimentos otorrinolaringológicos e endoscopias das vias aéreas;

- ecocardiografia transesofágica; - implantes de marcapassos ou cardioversores; - realização de cardioversões; - neurorradiologia; - biópsias; - quimioterapias assistidas; - oftalmologia; - eletroconvulsoterapia; - ginecologia (histeroscopia, histerossalpingografia) e

procedimentos de menor monta em obstetrícia; - dermatologia; - procedimentos em medicina nuclear; - urologia, notadamente procedimentos

videoendoscópicos e litotripsias; - procedimentos estéticos, cosméticos e de cirurgia plástica; - odontologia;- procedimentos realizados no Centro de Terapia

Intensiva, inclusive cirurgias.

Deve ser também ressaltado que esses procedimentos realizados fora do centro cirúrgico podem abranger uma grande plêiade de circunstâncias, que, não diferentemente dos fatos citados anteriormente, vão necessitar de ajustes em acordo com os pormenores de cada situação; quais sejam:

- paciente externo que fará o procedimento com a intenção de receber alta dessa instituição (hospitalar ou não) ao término;

- paciente externo, porém internado em outra instituição, que fará o procedimento nesta e retornará

O exercício legal da medicina, como em qualquer outra profissão formal, requer que sejam seguidas as normatizações éticas e técnicas ‘

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para internação de onde é oriundo ao término;- aciente internado na mesma instituição onde fará o

procedimento, e que se espera que receberá alta da instituição ao término;

- paciente internado na mesma instituição onde fará o procedimento, e que se espera que permanecerá internado até o término;

- paciente externo ou internado que será submetido ao procedimento e que, ao término, pode requerer internação em Centro de Terapia Intensiva (de onde, inclusive, pode ser oriundo);

- paciente internado, e o procedimento se dará no local onde ele se encontra e ali ele permanecerá; por exemplo, no próprio CTI;

- outras situações.

Não importa em qual dessas circunstâncias se encontra o paciente a ser submetido à anestesia fora do centro cirúrgico. O fato é que se deve conhecer bem a dada particularidade e a intenção de cada caso para ajustes e precauções devidos.

Por essa razão, neste texto, não se postula o tipo de técnica anestésica já que as conjunturas devem ser adequadas a cada um. Por exemplo, não se pode admitir que drogas de rápido efeito e eliminação sejam as mais indicadas para pacientes provenientes de CTIs e que permanecerão entubados e sedados após o ato em questão; ou mesmo àqueles oriundos de internação em apartamento ou enfermaria, que permanecerão internados e que requeiram analgesia ou sedativos após o procedimento.

Com efeito, deve-se ter em mente inúmeras possibilidades de situações, acontecimentos e também desfechos inusitados que possam advir, e os profissionais envolvidos têm que se comprometer e se preparar suficientemente para todas as possibilidades. Exemplos clássicos de acontecimentoslastimosossãoosfenômenosalérgicosque,em muitos casos, poderiam, inclusive, ser minimizados com história clínica prévia pormenorizada e infraestrutura que reunisse todo aparato completo para tratamento.

Independentemente do tipo de ato a se executar, alguns fundamentos serão indispensáveis. Não é aceitável subestimar a importância dessas anestesias, ainda que seja sedação leve para procedimentos diagnósticos simples. As adversidades passíveis de ocorrência são sempre imprevisíveis e suas decorrências podem ser catastróficas, como sequelas neurológicas graves ou mesmo a morte. A anestesia deve ser tratada de modo sério, prudente, consequente e responsável.

É inadmissível, hodiernamente, se permitirem denominações ao ato anestésico como “é apenas um cheirinho”; “é coisa à toa, acaba rapidinho”; “não precisa desse monitor, não, é muito simples”; entre outras assertivas mais, um tanto quanto desacertadas e inconsistentes! Isso não só subestima os profissionais como os atos médicos e os próprios pacientes.

E, necessariamente, é imperioso lembrar que no quesito segurança, três pilares fundamentais, sob a ótica deste autor, devem ser respeitados em qualquer anestesia:

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1- acessibilidade e/ou controle de vias aéreas de imediato, no caso de necessidade, com todo aparato e dispositivos preparados e alcançáveis para uso;

2- pronta disponibilidade de acesso vascular para infusão de drogas, continuamente;

3- vigilância ininterrupta do paciente e monitores usados em cada caso.

Além disso, sobreleva-se também que, independentemente do tipo de procedimento a ser executado, por mais simples que seja, deverá o anestesiologista estar pronto para a conversão de um ato não invasivo em um ato cirúrgico emergencial. Assim sendo, não são raras as ocorrências de sangramentos inesperados, hemopneumotórax imprevistos, lesões de órgãos/vísceras não intencionais e/ou não premeditadas etc., qualquer deles podendo requerer intervenção cirúrgica imediata. Daí a grande importância do adequado preparo e avaliação pré-anestésicos, tanto clínico-laboratorial quanto em toda a infraestrutura de recursos humano e material, todos sempre à mão. A maioria das complicações poderá ser prevenida ou tratada com essas regras básicas citadas, o que, por conseguinte, evitará os desfechos desfavoráveis.

Conclusão

Conclui-se que para todos e quaisquer procedimentos serão necessários seguimentos de todas as diretrizes técnicas atreladas a cada conjuntura em que se encontrar o profissional anestesiologista. Na esfera da prevenção das complicações

e suas subsequentes decorrências, as determinações legais elencadas nas resoluções supracitadas se impõem, quer queiram, quer não, aos responsáveis pelos atos. Contudo, destacam-se alguns pontos, que são imprescindíveis:

- adequada e pormenorizada avaliação prévia do paciente, com solicitação de exames complementares e consulta pré-anestésica em todos os casos eletivos e com a emissão de consentimento informado, documentado e por escrito;

- minuciosa inspeção do local onde se realizará a anestesia, com confirmação de equipamento, drogas e recursos humanos necessários, para que sejam evitados os chamados “imprevistos”, pois, na verdade, são todos perfeitamente cientes da ocorrência (p. ex., disponibilidade imediata de sistema completo de aspirador, monitores, tubos, cânulas, aparelhos de anestesia para ventilação mecânica, dispositivos de ressuscitação cardiopulmonar e drogas anestésicas e específicas, entre tantas minúcias necessárias ao adequado desempenho técnico da anestesia);

- observação meticulosa das condições do paciente, precedendo sua liberação, seja qual for seu destino, bem como documentação correta dessa condição e de todo o ato realizado, independentemente de sua duração e complexidade. Destaca-se que o médico deverá orientar o paciente ou seu acompanhante, por escrito, quanto aos cuidados pré e pós-operatório/procedimentos necessários e complicações possíveis, bem como a determinação da unidade para atendimento das eventuais ocorrências. Só dessa maneira, será possível praticar uma rotina assistencial de qualidade,

Orientar o paciente ou seu acompanhante, por escrito, quanto aos cuidados pré e pós-operatório/procedimentos necessários e complicações possíveis

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responsável, diligente, consequente e prudente, pois, nos dias de hoje, não há mais lugar para empirismo e desconhecimento que, no passado, por muito tempo, permearam o exercício da medicina.

Leitura recomendada:

1- Editors: Barash, Paul G.; Cullen, Bruce F.; Stoelting, Robert K.; Cahalan, Michael K.; Stock, M. Christine; Title: Clinical Anesthesia, 6th Edition; 2009 Lippincott Williams & Wilkins; Chapter 34 - Anesthesia Provided at Alternate Sites; Karen J. Souter.

2- Editors: Barash, Paul G.; Cullen, Bruce F.; Stoelting, Robert K.; Cahalan, Michael K.; Stock, M. Christine; Title: Clinical Anesthesia, 6th Edition; 2009 Lippincott Williams & Wilkins; Chapter 33 - Office-Based Anesthesia ; Laurence M. Hausman, Meg A. Rosenblatt.

3- Editors: Barash, Paul G.; Cullen, Bruce F.; Stoelting, Robert K.; Cahalan, Michael K.; Stock, M. Christine; Title: Clinical Anesthesia, 6th Edition; 2009 Lippincott Williams & Wilkins; Chapter 32 - Ambulatory Anesthesia; J. Lance Lichtor.

4- Editors: Levine, Wilton C.; Title: Handbook of Clinical Anesthesia Procedures of the Massachusetts General Hospital, 8th Edition; 2010 Lippincott Williams & Wilkins; Chapter 32

Anesthesia Outside of the Operating Room; Thomas J. Graetz, John J. A. Marota.

5- Editors: Levine, Wilton C.; Title: Handbook of Clinical Anesthesia Procedures of the Massachusetts General Hospital, 8th Edition; 2010 Lippincott Williams & Wilkins; Chapter 31

Ambulatory Anesthesia; Christopher J. Hodge, Lisa Wollman.

6- Anesthesia outside the operating room for emergency procedures. Moseley, Harley S.L. a; Kumar, Areti Y. b; Shankar, Kodali B. c . Current Opinion in Anaesthesiology. 12(4):411-415, August 1999.

7- Risks of anesthesia or sedation outside the operating room: the role of the anesthesia care provider. Metzner, Julia; Domino, Karen B . Current Opinion in

Anaesthesiology. 23(4):523-531, August 2010.

8- Standardizing care and monitoring for anesthesia or procedural sedation delivered outside the operating room. Eichhorn, Volker; Henzler, Dietrich; Murphy, Michael F . Current Opinion in Anaesthesiology. 23(4):494-499, August 2010.

9- Editorial comment: anesthesia outside the operating room. Goetz, Alwin E .Current Opinion in Anaesthesiology. 23(4):492-493, August 2010.

10- Organizational prerequisites for anesthesia outside the operating room. Evron, Shmuel; Ezri, Tiberiu. Current Opinion in Anaesthesiology. 22(4):514-518, August 2009.

11- Risk and safety of pediatric sedation/anesthesia for procedures outside the operating room.

Cravero, Joseph P. Current Opinion in Anaesthesiology. 22(4):509-513, August 2009.

12- Closed claims review of anesthesia for procedures outside the operating room. Robbertze, Reinette; Posner, Karen L; Domino, Karen B . Current Opinion in Anaesthesiology. 19(4):436-442, August 2006.

13- Miller: Miller’s Anesthesia, 7th ed.; 2009 Churchill Livingstone, An Imprint of Elsevier

Chapter 79 – Anesthesia at Remote Locations; Paul E. Stensrud.

14- Miller: Miller’s Anesthesia, 7th ed.; 2009 Churchill Livingstone, An Imprint of Elsevier

Chapter 78 – Ambulatory (Outpatient) Anesthesia; Paul F. White, Matthew R. Eng.

15- Anestesia Fora do Centro Cirúrgico. 2007, Sociedade de Anestesiologia do Estado do Rio de Janeiro; Editores: Ismar Lima Cavalcanti, Alexandra Rezende Assad, Márcio Augusto Lacerda.

*O autor é médico anestesista, TSA/SBA, do Hospital Mater Dei, BH/MG; mestre em farmacologia, ICB/UFMG;

especialista em medicina legal, ABML; legista III/IML - BH; integrante da Câmara Técnica de Anestesiologia, CRM/MG e

integrante da Diretoria Samg.

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Novas diretrizes para reanimação cardíaca• As diretrizes da American Heart Association (AHA) ILCOR - 2010 para a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e atendimento cardiovascular de emergência (ACE) foram lançadas recentemente e estão disponíveis paradownloadgratuitoemversãocompletaoucomdestaque para as principais alterações, traduzidas para o português.

Essas diretrizes foram elaboradas depois de um longo e contínuo processo internacional de avaliação de evidências que envolveu centenas de cientistas e especialistas em ressuscitação de todo o mundo que avaliaram, discutiram e debateram

milhares de publicações sobre reanimação cardíaca.

As diretrizes da AHA 2005 já enfatizavam a importância de compressões torácicas de alta qualidade. As alterações recomendadas pelas diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE buscam melhorar os resultados da reanimação cardíaca, simplificando suas etapas e incluindo uma nova ênfase nos cuidados pós-ressuscitação. A nova cadeia de sobrevida está ilustrada na figura 1.

Resumidamente, os principais tópicos são:

Por Márcio de Pinho Martins*

Figura 1

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Ênfase permanente em RCP de alta qualidade

Entende-se como RCP de alta qualidade aquela que fornece:

• frequênciadecompressãotorácicamínimade100/minuto (em vez de “aproximadamente” 100/minuto);

• profundidadedecompressãomínimade5centímetros em adultos e de, no mínimo, um terço do diâmetro anteroposterior do tórax em bebês e crianças (aproximadamente 4 centímetros em bebês e 5 centímetros em crianças);

• interrupçãomínimanasmanobrasdereanimação.

Objetivos para qualquer reanimador

• Retornototaldotóraxapóscadacompressão.• Minimizaçãodasinterrupçõesnascompressõestorácicas.• Evitarhiperventilação.

Não houve alteração na recomendação referente à relação compressão-ventilação de 30:2 para um único socorrista de adultos, crianças e bebês (excluindo-se os recém-nascidos).

Principais alterações em 2010

1. Alteração de A-B-C para C-A-B• Iniciaramassagemcardíacaexterna(MCE)antesdas

ventilações (Figura 2).

A alteração fundamental nas novas diretrizes ocorreu na sequência de procedimentos de suporte básico de vida (SBV), de A-B-C (via aérea, respiração e compressões torácicas) para C-A-B (compressões torácicas, via aérea e respiração), em adultos, crianças e bebês (excluindo-se os recém-nascidos).

Artigos Científicos

Figura 2 – Algoritmo do suporte básico de vida simplificado

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Como a maioria dos casos da parada cardiorrespiratória (PCR) presenciadas em adultos é de origem cardíaca, elimina-se o tempo perdido para preparar ou buscar dispositivos para ventilação, iniciando-se imediatamente a MCE. Com a alteração da sequência para C-A-B, as compressões torácicas devem ser iniciadas mais precocemente, reduzindo o tempo de ausência de perfusão orgânica. Como maioria das vítimas de PCR extra-hospitalar não recebe nenhuma manobra de ressuscitação por pessoas presentes no momento da PCR, começar com compressões torácicas pode encorajar mais socorristas a iniciar a RCP. O objetivo dessa alteração é simplificar o treinamento dos reanimadores e enfatizar a necessidade de iniciar a MCE o quanto antes em vítimas de PCR súbita.

2. Eliminação do procedimento “Ver, ouvir esentir se há respiração”• Apósaaplicaçãode30compressõestorácicas,o

socorrista deverá abrir a via aérea da vítima e aplicar duas ventilações.

3. Frequência de compressão torácica: mínimode 100 por minuto• Válidoparaqualquersocorrista.

4. Profundidade das compressões torácicas• Oesternodoadultodevesercomprimidocom

profundidade mínima de 5 centímetros.

5. Ressuscitação em equipe• Recomenda-sefoconaaplicaçãodaRCPem

equipe, porque, na maioria dos sistemas de

saúde, são equipes de socorristas que participam do processo de reanimação. Várias ações são executadas simultaneamente. Um socorrista, por exemplo, aciona o serviço de emergência/urgência e providencia o desfibrilador externo automático (DEA), enquanto outro inicia a MCE. Quanto maior o número de pessoas adequadamente treinadas, maior a probabilidade de sucesso na reanimação. Além da capacitação individual, deve-se buscar o treinamento para trabalho em equipe de todos os profissionais envolvidos no processo de reanimação.

6. Uso do desfibrilador externo automático (DEA) na RPC extra-hospitalar e intra-hospitalar

• Oprincipalobjetivoéareduçãodotempoparaa desfibrilação elétrica. Mesmo em hospitais, o uso do DEA pode reduzir esse tempo, com objetivo de se alcançar a desfibrilação em até 3 minutos.

7. Choque antes da RCP• AopresenciarqualquerPCR,adesfibrilaçãoprecoce

deve ser a prioridade, porém, deve-se iniciar a RCP até a chegada do DEA.

8. Menos ênfase nos dispositivos, medicamentos e outros desvios de atenção

• Duranteosuporteavançadodevida(SAVC),a prioridade é manter uma RCP de boa qualidade ininterruptamente. Foi introduzido um novo algoritmo circular, representado na Figura 3.

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9. A atropina foi retirada dos protocolos de PCR• Aatropinanãoémaisrecomendadaparaousode

rotina no tratamento da atividade elétrica sem pulso (AESP)/assistolia.

Figura 3 - Algoritmo do suporte avançado de vida (SAVC) circular

10. Maior atenção nos cuidados pós-PCR • Preconizam-setratamentomultidisciplinar

especializado e avaliação do estado neurológico e fisiológico do paciente. A hipotermia terapêutica é recomendada para todos os sobreviventes comatosos após PCR. Esses cuidados devem ser realizados em unidade fechada (UTI).

Conclusão

A descrição da MCE com sucesso representa o marco da reanimação cardíaca moderna.

Para comemorar esse cinquentenário, devemos todos nos dedicar a melhorar a divulgação e o ensino da RCP de boa qualidade (para o público em geral, para profissionais da saúde, médicos e médicos anestesistas), assim como melhorar e instituir os novos cuidados preconizados após o retorno da circulação espontânea.

1 http://circ.ahajournals.org/content/vol122/18_suppl_3/

2 http://www.heart.org/idc/groups/heartpublic/@wcm/@ecc/documents/downloadable/ucm_317343.pdf

3 Kouwenhoven WB, Jude JR, Knickerbocker GG. Closed-chest cardiac massage. JAMA. 1960;173:1064-1067.

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Novas Diretorias das Regionais•DiversasregionaisdaSBAelegerameempossaramnovas diretorias. Desde já, agradecemos a dedicação, o apoio e a competência de cada membro dessas entidades, esperando que o ano de 2011 seja de muitas conquistas, evolução e alegrias. Juntos, trabalharemos para que, cada vez mais, nossos órgãos de classe sejam vistos como referência para a realização de ações sérias e responsáveis e sejam alcançados objetivos únicos para a valorização e o desenvolvimento de nossos associados, parceiros e assistidos.

Feliz 2011 e muita saúde a todos nós!

Sociedade de Anestesiologia do Estado do Paraná (Saepa)

Presidente: Bruno Mendes Carmona.Vice-presidente:AntônioJorgeFerreiradaSilvaJúnior.Diretor Científico: Mário de Nazareth Chaves Fascio. Diretor de Defesa Profissional: Luiz Paulo Araújo Mesquita.Tesoureiro: Heloísa Chaves Areas.Secretário-geral:CésarCollyerdeCarvalho.Conselho FiscalProcionBarretodaRochaKlautau.EveraldoWolneyNeryFigueira.Roberto Batista Artiaga.

Sociedade de Anestesiologia do Estado do Rio de Janeiro (Saerj)

Presidente: Luiz Bomfim Pereira da Cunha.Vice-presidente: Ana Cristina Pinho Mendes Pereira.PrimeiroSecretário:FernandoAntôniodeFreitasCantinho.Segunda Secretária: Elizabeth de Souza Moreira.Primeiro Tesoureiro: Samuel Felipe da Fonseca Gelli.Segundo Tesoureiro: Helton José Bastos Setta.Diretora Científica: Maria Angélica Abrão.Dir. de Eventos e Divulgação: Luiz Carlos Bastos Salles.

Sociedade de Anestesiologia do Piauí (Saepi)

Presidente: José Alves Nunes Júnior.Diretor Financeiro: Luiz Mamede Demes de Castro.Diretor Administrativo: Argemiro Ferreira de Andrade Neto.Diretor Científico: Tiago Teixeira da Rocha Santiago.Diretor AR: Lindolfo Galvão Hiran Meneses dos Santos.Eleitos: João José Bastos Lapa Júnior, Herculano Garcês. Oliveira Neto e Ézio Ricardo de Brito Amorim.Adjunta: Diane Pêgo Palacius.

Sociedade de Anestesiologia do Estado do Ceará (Saec)

Presidente:RômuloFrotaLobo.Vice-presidente: Cícero Péricles de Lucena Feitosa. DiretorTesoureiro:SérgioMotaRôla.Diretora Científica: Cibelle Magalhães P. Rocha Garcia.DiretoradeDefesaProfissional:ShirleyUlissesPaiva.Secretária-geral: Marilman Maciel Benício Zan.

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Sociedade de Anestesiologia do Estado de Goiás (Saego)

Presidente: André Luiz Braga das Dores.Vice-presidente: Wagner Ricardo Soares de Sá.Diretor Científico: Marcelo Marçal Vieira Júnior.DiretordeDefesaProfissional:AntônioFernandoCarneiro.Primeiro Secretário: Heber de Moraes Penna.Segundo Secretário: Adélsio Mafra Palotti.Primeira Tesoureira: Nara Costa Dutra.Segundo Tesoureiro: Adriano Araújo dos Santos Mendonça.

Sociedade de Anestesiologia do Estado de Pernambuco (Saepe)

Presidente:AirtonAyresBezerradaCosta.Secretária-geral: Ana Cíntia Carneiro Leão.Primeira Tesoureira: Maria Ester Correia Trancoso.Segundo Tesoureiro: Ronaldo Alves de Souto.Diretora Administrativa: Renata Hollanda Pedrosa Monteiro.DiretorCientífico:RuyLeitedeMeloLinsFilho.Diretora de Defesa Profissional: Léa Fonseca Veloso.

Sociedade de Anestesiologia do Estado de Tocantins (Saeto)

Presidente: Patrícia Cristiano G. Silva.Vice-presidente:KleberAndraus.Primeiro Secretário: Valdilei Barbosa Aguiar.Segundo Secretário: Luiz Carlos Alves Texeira.Primeiro Tesoureiro: Ricardo de Paula Cardoso.Segundo Tesoureiro: José Roberto Y. Tinen.Comissão Científica: Marta Elizabete da Silva, Antenor deMuzioGrippeGustavoKujavo.Comissão de Defesa Profissional: Maria Dolores N. Galhardo e Donátila Helene Cazarotto.

Sociedade Brasileira de Anestesiologia do Rio Grande do Sul (SARGS)

Presidente: Luiz Fernando Ribeiro de Menezes.Vice-presidente: José Laurindo Sasso de Almeira.Diretor Financeiro: Vasco Miranda Júnior.DiretorCientífico:GustavoAyaladeSá.1º Vice-diretor Científico: Luis Josino Brasil.2º Vice-diretor Científico: Victor Hugo Bazan da Rocha.DiretorSocialedeMarketing:DaniloRangelMenezes.

Sociedade de Anestesiologia do Estado da Paraíba (SAEPB)

Presidente: João Bezerra Júnior.Vice-presidente: Carmen Maria Caricio Fonseca.Secretária: Maria de Fátima Oliveira dos Santos.1ª secretária: Tânia Maria Estrela Gadelha.1ª tesouraria: Felisberto Valério Rodrigues.2ª tesouraria: Delano de Figueiredo Nóbrega.Diretor científico: Jorge Alberto Trigueiro.Diretor de defesa profissional: Adriana Figueiredo Lobão.

Sociedade de Anestesiologia do Estado do Mato Grosso do Sul (SAEMS)

Presidente: Luiz Cesar Anzoategui.Vice-presidente: Fábio Vinicius Benevenuto Feltrim.1º secretária: Larissa Falcão Gomes.2º secretário: Luiz Gustavo Orlandi de Souza.1º Tesoureira: Adriana Marques da Costa.2º Tesoureiro: Ronaldo Borges Silva.Diretor Científico: Washigton Cassio Justino Pedros.

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Posse da diretoria da Saepe biênio 2011/2012•Adra.NádiaDuarterepresentouoficialmenteaSBApela primeira vez justamente em sua “casa”, durante acerimôniadetransmissãodecargosdadiretoriadaSociedade de Anestesiologia do Estado de Pernambuco (Saepe).

O evento foi muito prestigiado, e estiveram presentes autoridades de entidades médicas, como a Associação Pernambucana de Medicina, o Sindicato dos Médicos de Pernambuco, o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) e o Conselho Federal de

Medicina (CFM), além de diretores de regionais de outras especialidades médicas e também de outras regionais de anestesia do Brasil.

A diretoria dessa sociedade, que antes era ocupada pelo dr. Francisco José Antunes de Brito, agora, para o biênio 2011/2012,teráodr.AirtonAyresBezerradaCostaàfrente da instituição.

Da esquerda para a direita: Ayrton Costa, Nádia Duarte, Francico Brito

Da esquerda para a direita: Ronaldo Souto, Ana Cíntia Leão, Airton Costa, Renata Monteiro, Ruy Leite e Léa Veloso

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Nova diretoria toma posse na Saerj•AnovadiretoriadaSociedadedeAnestesiologiadoEstado do Rio de Janeiro (Saerj), encabeçada pelo dr. Luiz Bomfim Pereira da Cunha, tomou posse em solenidade realizada no dia 14 de janeiro, na qual esteve presente a dra. Nádia Maria da Conceição Duarte, presidente da SBA.

Em seu discurso de posse, o presidente destacou que ao dar continuidade às ações e conquistas desenvolvidas pelas diretorias anteriores da Saerj, sua gestão continuará a investir em reintegração de sócios, qualidade das atividades do anestesiologista, saúde ocupacional, ensino da anestesiologia, educação continuada, defesa profissional e aproximação com a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Estado do Rio de Janeiro (Coopanest-Rio) e com as entidades médicas, como o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro e demais sociedades de especialidade.

“A razão da existência de uma sociedade médica é a participação ativa de todos os especialistas da área. Para tanto, a Saerj conta com sócios que regularmente a prestigiam, que participam de sua programação

científica e a divulgam e que também ajudam a reintegrar associados que porventura estejam distantes. Isso, sem dúvida, tornará a Saerj ainda mais forte”, enfatizou.

O dr. Luiz Bomfim também frisou que, para que todas as proposições de sua gestão sejam desenvolvidas a contento, é necessária uma diretoria coesa, que seja representada por colegas competentes e compromissados. São eles: dra. Ana Christina PinhoMendesPereira(vice-presidente),dr.AntônioFernando de Freitas Cantinho (primeiro secretário), dra. Elizabeth Souza Moreira (segunda secretária), dr. Samuel Felipe da Fonseca Gelli (primeiro tesoureiro), dr. Helton Bastos Setta (segundo tesoureiro), dra. Maria Angélica Abrão (diretora científica) e dr. Luiz Carlos Bastos Salles (diretor de eventos e divulgação).

Da esquerda para a direita: Fernando Cantinho, Luiz Carlos Salles, Angélica Abrão, Luiz Bomfim, Ana Cristina Pinho, Helton Setta, Elizabeth Moreira e Samuel Gelli

Regionais

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OpiniãoSBAPor Marina Jancso*

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Parceria Elsevier/SBA •AolongodeumaparceriaentreaSBAeaElsevierquejáfaz aniversário de cinco anos em 2011, pude constatar sólida visão de longo prazo, planejamento e gestão de continuidade conduzidos com cuidado pelas várias diretorias da SBA. A SBA e a Elsevier iniciaram uma parceria em 2006, inicialmente restrita à publicação da Revista Brasileira de Anestesiologia. Essa parceria, que foi crescendo através do relacionamento sólido com as diversas diretorias da sociedade, incluindo os sucessivos presidentes, editores-chefe da revista, direção científica e gerência administrativo-financeira, é pautada pela visão de longo prazo e pelos objetivos claros com relação a metas a serem alcançadas pelas diretorias.

A SBA é uma sociedade cuja diretoria se elege anualmente, o que lhe permite oxigenar as ideias e a direção, mas também lhe impõe gestão de agilidade. A visão de longo prazo se materializa se houver continuidade de gestão, e esse é um enorme valor nitidamente catalisado pela SBA há vários anos. Essa visão e consistência na gestão permitem que as decisões sejam tomadas de forma ponderada, sempre visando à melhoria na qualidade da informação que se distribui ao sócio, e também demonstram o empenho no cuidado e na atenção com ele.

A SBA dá atenção ao sócio de forma contínua e visa muni-lo com literatura de primeira linha. Essa visão de excelência técnica poderá ser constatada em 2011 com a modernização e ampliação da biblioteca virtual, à disposição do sócio por meio de plataformas on-line arrojadas com conteúdo pontual e de primeira linha providenciado pela Elsevier, líder mundial em informação médica: o MD Consult, ferramenta padrão ouro de consulta clínica do médico.

A SBA pensa além mais uma vez. Ela oferecerá o MD Consult enriquecido com coleções específicas de periódicos na área afins – anestesiologia e manejo da dor –, comoAnesthesiaandIntensiveCareMedicine,Pain,TheJournal of Pain e muitos outros, assim como uma coleção dee-booksespecializadosemanestesiologiaemanejodador,comoMillerOn-line,numacoleçãodee-bookscomcerca de 25 títulos.

Outro ponto a destacar é a competência administrativa da SBA, que demonstra consistentemente e ao longo dos anos organização, clareza e transparência de gestão, prática que nem sempre é possível observar em outras gestões semelhantes.

A SBA está indexada no Science Direct desde meados de 2010, plataforma on-line de textos completos de maior sucesso da Elsevier.

É um enorme prestígio para a Elsevier publicar a revista oficial da SBA, assim como, mais uma vez, contribuir com excelência técnica e ampliar a disponibilização de títulos de primeira linha na área de especialidade em benefício exclusivo do sócio da SBA.

Agradeço em nome da Elsevier a oportunidade de contribuir para a melhoria constante da medicina especializada em anestesiologia.

*Commercial Director Pharma, Journals & HS Electronic Products

Elsevier Latin America

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SBACalendário Científico

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2011 XXXV Jonna - Jornada Norte-Nordeste de Anestesiologia17 a 19 de marçoGrande Hotel SERHSNatal/RN

46ª Josulbra - Jornada Sul-Brasileira de Anestesiologia14 a 16 de abril Joinville/SC

XXXVI Jaerj06 e 07 de maioHotel IntercontinentalRio de Janeiro/RJ

8º Congresso Paulista de Anestesiologia – Copa26 a 29 de maio São Paulo/SP

Euroanaesthesia 2011 11 a14 de junho Amsterdã/Holanda

45ª Jasb – Jornada de Anestesiologia do Sudeste Brasileiro23 a 25 de junhoBelo Horizonte/MG

IX Jalagipe29 e 30 de julhoAracaju/SE

42ª JABC – Jornada de Anestesiologia do Brasil Central25 a 27 de agosto Campo Grande/MS

XIX Jaepe - Jornada de Anestesiologia do Estado de Pernambuco 08 a 10 de setembro Summerville Beach Resort Recife / PE

24ª Jorba – Jornada Baiana de Anestesiologia24 a 25 de setembro Salvador/BA

Asa Annual Meeting 201115 a 19 de outubro Chicago/IL – USA

58º Congresso Brasileiro de Anestesiologia10 a 14 de novembro Fortaleza/CE

Calendário Científico

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Por José Luiz Gomes do Amaral*

Desastres: estamos preparados para enfrentá-los?Tem-se a consciência de que falta muito para responder afirmativamente

•Sãodiversososfatoresqueintervêmnasucessãodesituações que ultrapassam a capacidade de controle dos sistemas de saúde. Sejam os desastres naturais, os determinados pelo domínio incompleto da tecnologia ou os decorrentes de conflitos. É necessário considerá-los eventualidades cada vez mais prováveis e, portanto, preparar a sociedade para preveni-los; quando inevitável, enfrentá-los.

Nesse contexto, a Associação Médica Brasileira (AMB) apresentou ao Conselho da Associação Médica Mundial (WMA) a proposta de estruturação de uma “rede internacional para resposta a desastres no âmbito da saúde”.

A iniciativa compreende: 1) a manutenção, em cada país, de registro de voluntários, classificados conforme sua qualificação, avaliados e referendados pelas respectivas associações médicas nacionais; 2) a elaboração de um programa de capacitação para resposta a desastres voltado para profissionais de saúde e também para a população

leiga; 3) a construção de rede de contatos amplamente distribuída, de sorte que permita rápida integração da ação de voluntários com as comunidades afetadas; e 4) a coleção de informações atualizadas sobre as condições locais de resposta que possam balizar intervenções de apoio.

Programas semelhantes são encontrados em vários países. Muitos já acumulam experiência considerável nesse campo. A WMA constituiu um grupo de trabalho coordenado pela AMB e integrado por Japão, Coreia do Sul, Israel, Estados Unidos e Uruguai.

A AMB vem desenvolvendo diversas ações nesse sentido, como a criação de uma Comissão de Medicina Operativa, a discussão de pautas comuns aos serviços de saúde civis e militares, o recrutamento de voluntários para a missão SOS-Haiti e a produção de um curso de capacitação para resposta a desastres no campo da saúde. Esperamos iniciar a aplicação desse programa de capacitação no fórum programado para o período de 4 a 7 de outubro deste ano, em parceria com o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo.

O apoio das sociedades de especialidade faz-se fundamental para o sucesso dessa empreitada. A colaboração de todos na elaboração do conteúdo e na definição da forma do programa de capacitação, na indicação de contatos, instrutores e líderes para sua divulgação e multiplicação e no recrutamento e na seleção de voluntários são exemplos das múltiplas formas de participação nessa relevante ação de responsabilidade social.

*O autor é presidente da Associação Médica Brasileira (AMB).

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Relatório Gerencial SBA 2010

Planejamento EstratégicoRealinhamento 2011

Missão

“Congregar os anestesiologistas no Brasil, promovendo continuamente a formação, a atualização técnico- científica e a implementação de ações de defesa profissional, além de fomentar o comprometimento da especialidade com a comunidade médica e a sociedade em geral.”

Visão para 2015

“Significar para a comunidade em geral uma entidade exemplar no campo do ensino, atualização científica, defesa profissional, qualidade e segurança da anestesiologia, com reconhecimento científico mundial”

SBASistema de Gestão da Qualidade

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Sistema de Gestão da Qualidade

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Sistema de Gestão da QualidadeSBA

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Relatório GerencialAnálise crítica dos indicadores de 2010 e Planejamento Estratégico 2011

A análise crítica dos indicadores e o realinhamento do planejamento estratégico anual têm sido uma constante no final de cada gestão de diretoria da SBA, assim como sua publicação na primeira edição da Anestesia em Revista.

Essa análise crítica é fruto da conquista da certificação ISO 9001:2008 e mostrou-se, logo, um instrumento de grande utilidade.

Alguns indicadores que surgiram inicialmente permanecem em uso até hoje. Com o passar do tempo, porém, seguindo a tendência natural do gerenciamento de empresas e sociedades de vanguarda, as técnicas de análise foram aprimoradas, refinadas e planificadas, e fazem parte delas, hoje, avançados programas de monitoramento mensal.

Em função dessa experiência, tem-se chegado a alguns resultados objetivos sobre o grau de eficiência dos departamentos da SBA, assim, a técnica empírica de verificação dos projetos realizados ganhou embasamento científico e está tendo sua aferição de desempenho comprovada.

A seguir, apresentaremos os resultados dos indicadores propostos para o ano de 2010, juntamente com suas análises críticas, divididos esquematicamente por departamentos. Com o compromisso assumido de manter a gestão contínua da qualidade, descreveremos também o mapa estratégico proposto para 2011.

Departamento Administrativo

1 - Percentual de assuntos pautados (RD) finalizados por via eletrônica:Esse indicador foi criado com o objetivo de reduzir o número de assuntos pautados na reunião de diretoria (RD), fazendo com que a discussão sobre determinados pontos fosse analisadas previamente por todos os diretoresdeformaeletrônica.Comisso,osassuntosescolhidos para a RD presencial seriam em número reduzido e poderiam ser exaustivamente discutidos. No ano de 2010, continuamos com essa metodologia,

“Na confusão, busca a simplicidade.Da discórdia, busca a harmonia.

Na dificuldade, está a oportunidade.”Albert Einstein

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SBASistema de Gestão da Qualidade

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Sistema de Gestão da Qualidade

e apesar de não termos obtido a meta de 40%, notou-se nitidamente que todos os diretores tinham conhecimento prévio sobre os assuntos relacionados, o que tornou as reuniões muito mais produtivas e menos exaustivas.

2 - Percentual de treinados capacitados:Com o objetivo estratégico de melhorar continuamente a gestão administrativa, verificamos a necessidade de treinamento dos diretores e dos colaboradores da SBA, com a apuração posterior do percentual dos que foram capacitados para cada treinamento realizado. Durante a Josulbra, foram realizados dois fóruns para o aprimoramento administrativo da diretoria. O Fórum de Qualidade e Segurança, com duração de oito horas, e o Fórum de Ensino, com duração de quatro horas. A avaliação dos membros da diretoria treinados demonstrou a capacitação de todos.

3 – Manutenção do SGQ/ISO 9001:2008:Sentimos, durante o processo de implantação do SGQ, quão arrojado foi o trabalho. Depois da conquista da certificação obtida, trabalhar em um processo de melhoria contínua é desafiador. Somente com muita perseverança e o comprometimento da diretoria e dos colaboradores podemos nos orgulhar de conseguir a manutenção da Certificação ISO 9001:2008.

4 - Percentual de regionais com planejamento estratégico implantado:Infelizmente, esse objetivo não foi alcançado. O Departamento Administrativo não teve a capacidade de sensibilizar os presidentes das regionais quanto à importância

de sua regional ter seu planejamento estratégico elaborado e implantado de forma alinhada ao da SBA. Isso demonstra ainda um descompasso entre o horizonte traçado pela diretoria da SBA e suas regionais quanto a sua federalização.

5 - Percentual de classificação no Programa 5S: No dia 22 de março de 2010, a SBA recebeu o resultado da auditoria realizada pela MFC Consultoria e Educação Corporativa com a seguinte pontuação: 580,41 em 600 pontos, que representa 95,78%. Com essa pontuação, conseguimosconquistaroprêmioTOPQuality.

6 - Percentual de indicadores estratégicos resolvidos:Trabalhamos firmemente com esse objetivo, pois ele deveria demonstrar claramente o resultado global do planejamento estratégico da SBA. Logo nos primeiros meses, observamos que ele não refletia a realidade, e no fim do primeiro semestre, optamos por não mais considerá-lo um indicador ativo.

Departamento Científico

A SBA, empenhada em estimular a excelência da formação dos novos especialistas nos Centros de Ensino e Treinamento (CET), o aperfeiçoamento científico de seus associados já especialistas, a necessidade de recertificação destes e, especialmente, a melhoria contínua da qualidade do atendimento e da segurança do ato anestésico e dos pacientes, vem desenvolvendo e implementando projetos educacionais e, para sua execução, conta sempre com a assessoria de comissões e comitês técnico-científicos.

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SBASistema de Gestão da Qualidade

Em 2010, a Comissão de Ensino e Treinamento trabalhou com afinco na orientação e fiscalização dos Centros de Ensino e Treinamento credenciados pela sociedade, para propiciar aos 90 CET credenciados condições adequadas para o ensino da anestesiologia com excelência e qualidade. Contamos ainda com a participação de 651 colegas que, voluntariamente, auxiliam a formação de 1.463 novos especialistas participando do corpo de instrutores dos CET.

Com o intuito de monitorar a qualidade do ensino praticado nos CET, foram realizadas diversas vistorias, tendo sido obtidos os seguintes resultados: descredenciamento de um CET; regularização de deficiências apontadas em vistorias anteriores em outros; credenciamento de hospitais afiliados com a finalidade de complementar as atividades obrigatórias durante a formação do especialista e credenciamento de cinco novos centros, distribuídos nos estados da Bahia, do Ceará, de Minas Gerais, do Paraná e do Rio de Janeiro.

Os CET contam atualmente com duas ferramentas extremamente modernas, necessárias para a alimentação do relatório anual de apresentação anual obrigatória e que agregam valor ao programa a ser cumprido no período deespecialização.Sãoelas:relatórioon-lineeologbooK,ambos desenvolvidas pelo setor de Tecnologia da Informação (TI) da SBA, sob a orientação da Comissão de Ensino e Treinamento.

Assessorada pela CET, a SBA participou ativamente de reuniões e eventos com a AMB, a AMIB e o CNRM,

visando ao aprimoramento do ensino de pós-graduação em anestesiologia. Participamos do grupo de estudos de avaliação dos programas de especialização e demonstramos a maneira como são analisados, pela SBA, os centros credenciados e os médicos em especialização.

Foi desenvolvido e implantado pela CET, juntamente com a TI da SBA, um sistema de teste de progresso que tem como objetivo avaliar a progressão do conhecimento dos médicos em especialização.

Intensificamos a parceria com a CNRM e a busca de médicos residentes para que ingressem no quadro associativo da SBA na categoria de associado aspirante adjunto.

Foi mantido o programa de videoaulas, com 13 novas aulas de assuntos de grande importância para a formação e atualização do médico anestesista.

O programa de Educação Continuada vem sendo aprimorado a cada ano, e, em 2010, implementamos parcerias de cunho educacional, com a criação de prêmios que estimulam a elaboração de trabalhos científicos e de pesquisas clínicas.

A Comissão de Educação Continuada tem dado todo o apoio técnico à SBA perante a CNA, no tocante à recertificação do TEA, assim como é responsável pela coordenação do livro Educação Continuada e pela oferta de aulas mensais com testes de avaliação.

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SBASistema de Gestão da Qualidade

Sistema de Gestão da Qualidade

Em 2010, a SBA colocou à disposição dos associados as seguintes publicações: os livros Educação Continuada e Anestesia Casos Clínicos. Foi elaborada também uma sériedelivroseletrônicos,comosseguintestemas:Anestesia Venosa Total e Anestesia Inalatória.

A Comissão de Normas Técnicas e Segurança em Anestesia tem procurado manter vigilância constante quanto às normativas relacionadas ao equipamento e aos instrumentos utilizados em anestesia. Ao longo do ano, participou de diversas reuniões na ABNT e está desenvolvendo um trabalho de revisão em todas as normas vigentes que dizem respeito à anestesia, em busca de modernização, atualização e aperfeiçoamento. Atuou ativamente na elaboração de pareceres técnicos, destacando-se os seguintes: Uso de fio-guia plástico “caseiro” para intubação orotraqueal; Normas necessárias aos equipamentos de anestesia; Necessidade de aparelhos de anestesia com ventilador microprocessado e Uso de vaporizador calibrado em anestesia.

A Comissão Examinadora do Título Superior em Anestesiologia, além do eficiente trabalho na elaboração das provas, vem desenvolvendo ações com o objetivo de tornar os testes cada vez mais adequados à realidade do médico anestesista brasileiro, tentando diminuir ao máximo o risco de serem cometidas injustiças àqueles que procuram ter uma titulação diferenciada.

Quanto à Revista Brasileira de Anestesiologia, a SBA esteve representada por seu editor-chefe e sua coeditora em reuniões de editores de revistas médicas brasileiras

com representantes da AMB, para integrar e executar ações perante a Capes-MEC, no sentido de melhorar a classificação das publicações médicas. Contamos com a participação de mais três conselheiros no corpo editorial da RBA.

Foi elaborado e implantado um projeto para aumentar a visibilidade da RBA, nacional e internacionalmente, tendo sido alcançados os seguintes resultados: 1) integração da RBA na base Elsevier chamado Science Direct, juntamente com outras publicações internacionais, no qual o texto da RBA está disponível eminglêsparaacessoeletrônicodireto;2)reformulaçãoda apresentação do texto na revista, priorizando a versão em inglês; entretanto, o mesmo destaque é dado ao texto em português; 3) indexação da RBA no ISI. O processo de aumento do fator de impacto de publicações demanda uma média de três anos para apresentar resultados.

Os comitês são órgãos de assessoramento técnico-científicos, que vêm atuando principalmente na elaboração de pareceres técnicos e capítulos para livros científicos.

Para que nossas metas sejam alcançadas na área científica, base de sustentação de nossa sociedade, contamos com a colaboração voluntária de colegas de comissões, comitês, corpo de instrutores dos CET e corpo editorial da RBA que respondem em 100% às solicitações de seu departamento, elaborando pareceres técnicos, capítulos para livros e artigos científicos, resumos da literatura internacional e elaboração de diretrizes.

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Departamento de Defesa Profissional

1 - Ações de apoio da SBA à Febracan visando à adequação ao PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 131 de 2008 (PLC 131/2008):Esse Projeto de Lei, do deputado Pompeo de Mattos, dispõe sobre a organização e o funcionamento das cooperativas de trabalho e revoga o parágrafo único do art. 442 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Foi realizada, em Curitiba, durante a Josulbra, uma reunião de esclarecimento da Febracan com as Coopanestes sobre a atual situação de tramitação do PLC. Durante a reunião do Conselho de Defesa Profissional, a presidente da Febracan relatou a evolução do projeto dentro da Câmara dos Deputados.

2 - Criação da NR para exposição aos agentes halogenados: Foi enviado material bibliográfico à Comissão de Saúde Ocupacional sobre a mutagenicidade dos halogenados, visando elaborar um dossiê para encaminhamento ao Ministério do Trabalho no primeiro trimestre de 2011.

3 - Número de pleitos para a correção dos portes anestésicos na CBHPM:No início do ano, foi solicitado às Coopanestes sugestões de melhorias nas instruções gerais para a anestesia e na codificação dos procedimentos anestésicos. Depois disso, as sugestões foram compiladas pelo diretor do Departamento de Defesa Profissional e discutidas em reunião da diretoria. A reunião foi realizada na Associação Médica Brasileira (AMB), no mês de maio, na qual foi aprovada a adoção de códigos

específicos para procedimentos endoscópicos, diagnósticos e terapêuticos realizados sob anestesia. Foram acatadas pela Comissão Nacional de Honorários (AMB) a inclusão, no item 6, das instruções gerais da anestesiologia e a inclusão dos procedimentos diagnósticos múltiplos ou sequenciais, nos mesmos critérios de remuneração dos procedimentos cirúrgicos.

4 - Número de ações para a promoção da saúde ocupacional:Foi publicado o artigo “Época de pensar e agir em relação à saúde ocupacional do anestesiologista”, sobre saúde ocupacional no portal da SBA e na Anestesia em Revista. No mês de outubro, a Comissão de Saúde Ocupacional iniciou uma pesquisa de avaliação da saúde emocional dos médicos em especialização em CET/SBA.

5 - Número de pleitos de melhoria da tabela SUS atendidos pelo Ministério da Saúde: Somente em 21 de julho conseguimos agendar reunião com o Ministério da Saúde, sendo atribuída essa dificuldade ao processo eleitoral do país. Foram acertados o pagamento dos procedimentos múltiplos e sequenciais no valor de 30% do maior porte e a disponibilização do faturamento, por profissional, para os hospitais.

6 - Número de tópicos Saúde ocupacional - eventos científicos oficiais: Durante a Josulbra e no Congresso Brasileiro de Anestesiologia, foram realizadas atividades científicas relacionadas com a saúde ocupacional do médico anestesista.

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7 - Participação em eventos de entidades de classe (CRM, AMB e CFM): O diretor do Departamento de Defesa Profissional participou dos seguintes eventos: a) Encontro de Consolidação e Atualização da CBHPM, no Conselho Federal de Medicina; b) Pré-Enem e Enem, organizados pela AMB/CFM/FENAM; c) primeiro Fórum de Ensino Médico do CFM; d) reunião com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, na sede da AMB, sobre a remuneração do SUS, para realização de anestesias em pacientes portadores de patologias cardiovasculares.

8 - Percentual de fontes pagadoras com remuneração CBHPM, 5ª edição atualizada:Com esse objetivo, a diretoria da SBA tinha o intuito de verificar o percentual de fontes pagadoras que estavam remunerando os médicos anestesistas de acordo com a quinta edição da CBHPM atualizada. Foi realizada uma pesquisa, que foi apresentada na reunião do Conselho de Defesa Profissional, realizada no dia 5 de junho, em que foi constatado que apenas 10% (dez por cento) das fontes pagadoras tinham aderido a essa classificação. A Febracan fez uma nova pesquisa com as Coopanestes no mês de outubro sobre o mesmo tema e apresentou, no Congresso Brasileiro de Anestesiologia, o seguinte resultado: foi evidenciada significativa ampliação na adoção da codificação da CBHPM, entretanto, com valores defasados, sendo, então, sugerida a elaboração de uma tabela própria que deverá ser alimentada de forma continua e atualizada pelas Coopanestes.

9 - Percentual de requisitos da Resolução 1.802/2006 como parte integrante da RDC 50 da Anvisa:Elaborado projeto com requisitos da Resolução 1.802/2006 para ser parte integrante da RDC 50 da

Anvisa. Depois de aprovado, esse projeto deverá ser encaminhado para a Anvisa, em reunião a ser agendada com seu representante.

10 - Percentual do sistema Unimed de remuneração CBHPM, 5ª edição atualizada:Foi realizada uma pesquisa pela Associação Paulista de Medicina que evidenciou que o sistema Unimed adota, no intercâmbio nacional, a codificação e a descrição da CBHPM, quarta edição; e para os honorários, usa a mesma referência com deflator de 10%.

Tesouraria

No ano de 2010, com o objetivo de atingir as metas estabelecidas das perspectivas anteriores, conseguimos, com a ajuda de toda a diretoria e colaboradores, uma receita compatível com o financiamento dos projetos, com a qual foi realizada uma gestão de custos eficientes, com redução de despesas e aumento de receita. As metas foram atingidas, com o crescimento das parcerias e da captação, reinserção e fidelização dos associados. Pelo quarto ano consecutivo, mantivemos a anuidade para o exercício de 2011 sem acréscimo.

Secretaria Geral

1 - Número de sócios captados:O objetivo desse indicador era captar 480 sócios (membros aspirantes, aspirantes adjuntos, adjuntos e aprovados no TEA que ainda não eram sócios da SBA). A meta foi atingida e deverá ser mantida no próximo ano. Apesar do

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descredenciamento de dois CET em São Paulo e no Rio de Janeiro, mais cinco novos foram credenciados nos seguintes estados: Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Ceará, o que contribuiu para a elevação do número de sócios.

2 - Número de sócios fidelizados:A meta desse indicador era fidelizar 8 mil (oito mil) sócios e incluía os aspirantes (exceto ME1), aspirantes adjuntos, ativos, adjuntos, beneméritos, honorários e remidos que estavam quites até 31 de dezembro do ano anterior e os que quitassem a anuidade da SBA até 31 de dezembro do ano corrente. A distribuição desses sócios, no ano de 2010, foi a seguinte:

Ativos: 6.416; Adjuntos: 295; ME2: 463; ME3: 451; Remidos: 461; Honorários: 3; Benemérito: 1; Total = 8090

Se somarmos esse total (8.090) ao número de ME1 (541), aos aspirantes adjuntos (33) e ao número de reinseridos (371), teremos o total de sócios quites em 2010 de 9.035 (nove mil e trinta e cinco). Assim, ao comparar o total de sócios quites em 30 de novembro de 2009 (8.788) e 2010 (9.035), verificamos um crescimento de 3%.

3 - Índice de satisfação do cliente:A avaliação desse indicador ficou prejudicada pela ausência de assessoria especializada para sua execução. Aassessoriademarketingfoicontratadanofinalde2010, estando, atualmente, com esse projeto em fase de elaboração.

4 - Inserções na mídia ao longo do ano:Após a contratação da assessoria de imprensa, no ano passado, a inserção de informações importantes sobre a SBA na mídia tem sido feita de forma proativa e profissional.

5 - Participação nas comissões da AMB/CFM/ABNT e órgãos do governo: Temos conhecimento da permanência dos seguintes anestesiologistas em cargos da AMB/CFM/ABNT e órgãos do governo: Eduardo Alves do Amorim (Deputado Federal/SE, eleito como Senador nas eleições 2010), José Luiz Gomes do Amaral (AMB), Desiré Carlos Callegari (CFM), Álvaro Luiz Salgado Filho(CFM), José Abelardo Garcia de Meneses (Cremeb), Marcos Botelho da Fonseca Lima (Cremerj) e Neuber Martins Fonseca (Anvisa).

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Realinhamento do Planejamento Estratégico

A diretoria da SBA, no cumprimento de suas atribuições estatutárias, reuniu-se no dia 15/1/2011, no Rio de Janeiro, com os presidentes das comissões permanentes e o editor-chefe da RBA, quando foi apresentado o planejamento estratégico para o ano de 2011.

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

• Obter resultado compatível com o financiamento dos projetos.

• Incrementar a qualidade da imagem da SBA.• Incrementar a fidelização, a reinserção e a captação de

sócios.• Incrementar parcerias.• Intensificar a atuação internacional.• Otimizar o ensino e a atualização científica.• Fomentar a qualidade e a segurança do ato

anestésico.• Fomentar a pesquisa e a publicação científica.• Promover e desenvolver a defesa profissional de seus

associados.• Melhorar continuamente a gestão

administrativa.

VALORES

QualidadeProgramas de ensino, atualização científica e segurança profissional que atendam e superem as expectativas de seus associados e clientes.

História e TradiçãoArmazenamento, organização e divulgação da história da SBA, gerando reconhecimento e identificação de suas tradições.

EmpreendedorismoBusca continuada de melhorias dos processos, com implementação de novas práticas e projetos, visando a ganhos para seus associados e clientes.

ImagemPercepção positiva da SBA pelas demais entidades médicas e pela sociedade em geral.

UniãoAções de melhoria organizacional que busquem o comprometimento, a satisfação e a valorização de todos os seus associados e colaboradores.

ÉticaValores da organização, dos indivíduos e da sociedade.

RelacionamentoDesenvolvimento, com seus pares, fornecedores e clientes, de parcerias baseadas em confiança mútua e ganhos compartilhados.

OrganizaçãoDesenvolvimento contínuo de ferramentas que permitam a capacitação dos associados, melhorando continuamente seu perfil científico e profissional.

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MAPA ESTRATÉGICO

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Melhoria Contínua na Gestão Administrativa

Estratégias:Manutenção da Certificação ISO 9001:2008.Revisão do estatuto, do regulamento e do regimento.Relato, em formulário, das representações de diretores em reuniões oficiais.Adequação dos estatutos das regionais ao da SBA.Treinamento e capacitação dos colaboradores.Estudo do realinhamento da estrutura organizacional da SBA.Responsável: Diretor do Departamento Administrativo.

Promoção e desenvolvimento de defesa profissional de seus associados

Estratégias:Promover ações de saúde ocupacional.Ações perante a ANVISA.Ações perante a AMB.Ações perante o Ministério da Saúde.Responsável: Diretor do Departamento de Defesa Profissional.

Fomentar a pesquisa e a atualização científica

Estratégias:Aumentar o número de submissões de artigos à SBA.Aumentar o número de recomendações baseadas em evidências.Responsável: Diretor do Departamento Científico.

Fomentar a qualidade e a segurança do ato anestésico

Estratégias:Estruturar os indicadores de qualidade e segurança em anestesia.Discutir normativas de segurança do ato anestésico perante a ABNT e a Anvisa.

Capacitar multiplicadores do tema qualidade.Responsável: Diretor do Departamento de Defesa Profissional.

Otimizar o ensino e a atualização científica

Estratégias:Elaborar um novo modelo de concurso para a obtenção do TSA.Participar dos projetos científicos da SBA.Elaborar cursos virtuais.Elaborar o livro de educação continuada.Elaborar planilha de pontuação na CNA.IncentivarousodologbookdosME.Analisar criticamente os relatórios dos CET.Criar e normatizar cursos presenciais.Estruturar e regulamentar o Sava.Avaliar e acompanhar os programas de ensino dos ME.Responsável: Diretor do Departamento Científico.

Intensificar a atuação internacional

Estratégia:Elaborar um plano de atuação internacional.Responsável: Presidente.

Incrementar parceriasEstratégia:Elaborar um plano de manutenção/aumento de parcerias.Responsável: Tesoureiro.Incrementar a fidelização, a reinserção e a captação de sócios

Implantar um cronograma de ações para aumentar o número de sócios

Responsável: Tesoureiro.

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Incrementar a qualidade da imagem da SBA

Estratégias:Elaborarumcronogramademarketing.Elaborar um projeto para conhecer o número real de anestesiologistas brasileiros.Responsável: Secretário-geral.

Obter resultado compatível com o financiamento dos projetos

Estratégias:Elaborar um plano de aumento de receita.Elaborar um plano de redução de despesas.Elaborar um plano de captação de recursos.Responsável: Tesoureiro.

Diretoria

•PresidenteNádia Maria da Conceição Duarte.•Vice-presidenteJosé Mariano Soares de Moraes.•Secretário-geralRicardo Almeida de Azevedo. •TesoureiroSylvioValençadeLemosNeto.•Diretor do Departamento CientíficoOscar César Pires.•Diretor do Departamento de Defesa ProfissionalAntônioFernandoCarneiro.•Diretor do Departamento AdministrativoAirton Bagatini

Quadro de pessoal

GerênciaMaria de Las Mercedes G. Martin de AzevedoTecnologia da InformaçãoMarcelo de Azevedo Marinho Rodrigo Ribeiro MatosBibliotecaTeresa Maria Maia LibórioTesouraria: Deize Lúcia da Silva Regina Lúcia Rogério MiguelSecretariaAdelaide de Souza RodriguesAndrea Alves de Oliveira SousaCarla Palmieri Marcelo de Carvalho SperleRecepçãoLúcia de Morais Lacerda BasílioExpedição Hosenclever Torres LouzadaServiços Gerais Alcinete Oliveira de Souza

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