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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 1 NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA E RADIOPROTEÇÃO 1) Terminologia Radiográfica Termos comumente usados compatíveis com a terminologia de posicionamento e incidência adotada na radiologia médica ou radiodiagnóstico. RADIOGRAFIA VS. FILME DE RAIOS X O filme de raios X refere-se ao material sobre o qual a imagem radiográfica é exposta. O termo “radiografia” inclui o filme de raios X e a imagem processada de uma parte anatômica de um paciente nele contida. EXAME OU PROCEDIMENTO RADIOLÓGICO INCLUI Posicionamento da parte do corpo; e alinhamento do RC (raio central); Seleção de medidas de proteção radiológica; Seleção de fatores de exposição (técnica radiológica); Início ou “realização” da exposição; Processamento (revelação) do filme. POSIÇÃO ANATÔMICA Uma posição de pé, braços aduzidos (abaixados), palmas para frente, cabeça e pés para a frente. Posição usada como referência para outros termos de posicionamento. IMPORTANTE : RADIOGRAFIAS SÃO ANALISADAS DE FORMA QUE O PACIENTE FIQUE DE FRENTE PARA O OBSERVADOR, COM O PACIENTE NA POSIÇÃO ANATÔMICA. PLANOS E LINHAS DO CORPO Plano é uma superfície em linha reta que conecta dois pontos. Na radiologia os planos imaginários que atravessam o corpo na posição anatômica , são referência para os ângulos do raio central. 1. PLANO SAGITAL: Plano vertical que divide o corpo em partes direita e esquerda . 2. PLANO CORONAL OU FRONTAL: Plano vertical que divide o corpo em partes anterior e posterior . 3. PLANO TRANSVERSAL OU AXIAL: Plano horizontal que divide o corpo em porções superior e inferior. SUPERFÍCIES E PARTES DO CORPO TERMOS PARA AS PORÇÕES POSTERIOR E ANTERIOR DO CORPO POSTERIOR OU DORSAL: Refere-se à metade posterior do paciente; ANTERIOR OU VENTRAL: Refere-se à metade frontal do paciente. TERMOS PARA SUPERFÍCIES DAS MÃOS E DOS PÉS PLANTAR: Refere-se à planta ou superfície posterior do pé; DORSO: Refere-se ao topo ou à superfície anterior do pé; PALMAR (VOLAR): Refere-se à palma da mão; POSICIONAMENTO E POSIÇÕES DO CORPO Estudo do posicionamento de um paciente em determinadas posições do corpo para demonstrar ou visualizar radiograficamente partes específicas do corpo na radiografia ou outros receptores de imagem. DECÚBITO DORSAL: Deitado sobre o dorso, com a face voltada para cima (anteriormente); FIGURA 1.1 – POSIÇÃO ANATÔMICA FIGURA 1.2 – PLANOS ANATÔMICOS FIGURA 1.3 – SUPERFÍCIES DO CORPO FIGURA 1.4 – DECÚBITO DORSAL Prof. Luciano Santa Rita Homepage: www.radiologiatec.cjb.net E-mail: [email protected]

NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE FORMAÇÃO …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000215-0d9f20e948... · Estudo do posicionamento de um paciente em determinadas posições

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 1

NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE FORMAÇÃO DA IMAGEMRADIOGRÁFICA E RADIOPROTEÇÃO

1) Terminologia Radiográfica Termos comumente usados compatíveis com a terminologia de

posicionamento e incidência adotada na radiologia médica ouradiodiagnóstico.

RADIOGRAFIA VS. FILME DE RAIOS X O filme de raios X refere-se ao material sobre o qual a imagem

radiográfica é exposta. O termo “radiografia” inclui o filme de raios X e aimagem processada de uma parte anatômica de um paciente nelecontida.

EXAME OU PROCEDIMENTO RADIOLÓGICO INCLUI • Posicionamento da parte do corpo; e alinhamento do RC

(raio central);• Seleção de medidas de proteção radiológica;• Seleção de fatores de exposição (técnica radiológica);• Início ou “realização” da exposição;• Processamento (revelação) do filme.

POSIÇÃO ANATÔMICA Uma posição de pé, braços aduzidos (abaixados), palmas para

frente, cabeça e pés para a frente. Posição usada como referência paraoutros termos de posicionamento.

IMPORTANTE : RADIOGRAFIAS SÃO ANALISADAS DE FORMA QUE O PACIENTE FIQUE DE

FRENTE PARA O OBSERVADOR, COM O PACIENTE NA POSIÇÃO ANATÔMICA.PLANOS E LINHAS DO CORPO

Plano é uma superfície em linha reta que conecta dois pontos.Na radiologia os planos imaginários que atravessam o corpo na posiçãoanatômica, são referência para os ângulos do raio central.

1. PLANO SAGITAL: Plano vertical que divide o corpo em partesdireita e esquerda.

2. PLANO CORONAL OU FRONTAL: Plano vertical que divide o corpoem partes anterior e posterior.

3. PLANO TRANSVERSAL OU AXIAL: Plano horizontal que divide ocorpo em porções superior e inferior.

SUPERFÍCIES E PARTES DO CORPO

TERMOS PARA AS PORÇÕES POSTERIOR E ANTERIOR DO CORPO

POSTERIOR OU DORSAL: Refere-se à metade posterior do paciente;ANTERIOR OU VENTRAL: Refere-se à metade frontal do paciente.

TERMOS PARA SUPERFÍCIES DAS MÃOS E DOS PÉS

PLANTAR: Refere-se à planta ou superfície posterior do pé;DORSO: Refere-se ao topo ou à superfície anterior do pé;PALMAR (VOLAR): Refere-se à palma da mão;

POSICIONAMENTO E POSIÇÕES DO CORPO

Estudo do posicionamento de um paciente em determinadasposições do corpo para demonstrar ou visualizar radiograficamentepartes específicas do corpo na radiografia ou outros receptores deimagem.

DECÚBITO DORSAL: Deitado sobre o dorso, com a face voltada paracima (anteriormente);

FIGURA 1.1 – POSIÇÃO ANATÔMICA

FIGURA 1.2 – PLANOS ANATÔMICOS

FIGURA 1.3 – SUPERFÍCIES DO CORPO

FIGURA 1.4 – DECÚBITO DORSAL

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DECÚBITO VENTRAL: Deitado sobre o abdômen, com a face voltadopara baixo;

ERETA OU ORTOSTÁTICA: Uma posição vertical, de pé ou sentadoereto;

DECÚBITO LATERAL: Deitado de lado (lateral direito ou esquerdo);

TRENDELENBURG: Uma posição de decúbito com o plano do corpoinclinado de forma que a cabeça fique mais baixa do que os pés;

FOWLER: Uma posição de decúbito com o plano do corpoinclinado de forma que a cabeça fique mais alta do que os pés;

LITOTOMIA: Uma posição de decúbito (decúbito dorsal) com osjoelhos e quadril fletidos e coxas abduzidas e rodadas externamente,sustentadas por suportes para perna e tornozelo.

POSIÇÃO LATERAL: Refere-se ao lado de, uma vista lateral, partemais próxima do filme ou do receptor de imagem, ou por aquela partedo corpo da qual sai o RC.

POSIÇÃO OBLÍQUA: Um posição inclinada ou angulada na qual nemo plano sagital nem o coronal do corpo são perpendiculares com o filmeou receptor de imagem.

– OBLÍQUA POSTERIOR ESQUERDA (OPE): a face posterior esquerda docorpo está mais próxima do filme, ou receptor de imagem;

– OBLÍQUA POSTERIOR DIREITA (OPD): a parte posterior direita docorpo está mais próxima do filme;

– OBLÍQUAS ANTERIORES DIREITA E ESQUERDA (OAD E OAE): a faceanterior direita ou esquerda do corpo está mais próxima dofilme ou do receptor de imagem.

INCIDÊNCIA RADIOGRÁFICA Descreve a direção dos raios X quando este atravessa o

paciente, projetando uma imagem no filme radiográfico ou em outrosreceptores de imagem. (O feixe de raios X pode ser descrito como o raiocentral ou RC).

INCIDÊNCIA PÓSTERO-ANTERIOR (PA): O RC entra na superfície posteriore sai na anterior. Não há rotação intencional, o que requer que o RCseja perpendicular ao plano coronal do corpo e paralela ao plano sagital(figura 1.11);

FIGURA 1.5 – DECÚBITO VENTRAL

FIGURA 1.6 – TRENDELENBURG

FIGURA 1.7 – FOWLER

FIGURA 1.8 – LITOTOMIA

FIGURA 1.9 – POSIÇÃO LATERAL

FIGURA 1.10 – POSIÇÃO OBLÍQUA

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INCIDÊNCIA ÂNTERO-POSTERIOR (AP): O RC entra em uma superfícieanterior e sai em uma posterior (figura 1.12);

INCIDÊNCIAS OBLÍQUAS: Deve incluir um termo de qualificaçãodescrevendo a posição do corpo como OAD etc.; as incidências oblíquasde partes dos membros superiores e inferiores são mais precisamentedescritas como incidências oblíquas AP ou PA com rotação lateral oumedial (figura 1.13);

INCIDÊNCIA LATERAL: Deve incluir um termo de qualificação daposição como uma posição lateral direita ou esquerda (figura 1.14);

INCIDÊNCIA AXIAL: Descrever qualquer ângulo do RC acima de um determinado número de graus ao longo do eixo longitudinal do corpo.

INCIDÊNCIA TANGENCIAL: Significa tocar uma curva ou superfícieapenas em um ponto; Exemplos: Incidência do arco zigomático;incidência do crânio para demonstração de fratura impactada; incidênciaespecial da patela.

TERMOS DE RELAÇÃO

A seguir são apresentados pares de termos de posicionamentoe/ou anatômicos que descrevem as relações com as partes do corpo.

MEDIAL: Em direção ao centro, ou em direção ao plano medianoou linha média. Exemplo: a face medial do braço é a mais próxima doplano mediano.

LATERAL: É o oposto de medial. Exemplo: Na posição anatômica,o polegar esta na face lateral da mão.

PROXIMAL: Parte mais próxima do tronco, a origem ou o iníciodaquele membro. Exemplo: o cotovelo é proximal ao punho.

DISTAL: Distante da origem ou distante do tronco. Exemplo: Opunho é distal ao cotovelo.

CEFÁLICO OU SUPERIOR: EM DIREÇÃO A CABEÇA. Um ângulo cefálico é umângulo em direção a cabeça.

CAUDAL OU INFERIOR: Distante da cabeça, em direção aos pés(figura 1.15).

FIGURA 1.11 – INCIDÊNCIA PA

FIGURA 1.12 – INCIDÊNCIA AP

FIGURA 1.13 – INCIDÊNCIA OBLÍQUA

FIGURA 1.14 – INCIDÊNCIA LATERAL

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TERMOS RELACIONADOS AOS MOVIMENTOS

FLEXÃO:Ao fletir ou dobrar uma articulação, o ângulo entre aspartes é diminuído.

EXTENSÃO: Ao estender ou retificar uma articulação, o ânguloentre as partes é aumentado (figura 1.16).

HIPEREXTENSÃO: Extensão de uma articulação além da posiçãoreta ou neutra;

FLEXÃO ULNAR DO PUNHO: Diminuir o ângulo (fletir) entre a mão e aface ulnar do antebraço;

FLEXÃO RADIAL DO PUNHO: Diminuir o ângulo (fletir) entre a mão ea face radial da parte distal do antebraço (fletir em direção ao lado dopolegar);

ABDUÇÃO: Um movimento de afastamento do braço ou da pernaem relação ao corpo;

ADUÇÃO: Um movimento de braço ou de perna em direção aocorpo, movimentar em direção a uma linha central ou medial (figura1.17);

SUPINAÇÃO: Um movimento de rotação da mão para a posiçãoanatômica;

PRONAÇÃO: Uma rotação da mão para a posição oposta àanatômica(figura 1.18).

2) Princípios Básicos De Formação Da ImagemO objetivo de todo tecnólogo não deve ser apenas fazer uma

radiografia “passável” ou “diagnóstica” mas produzir uma imagem ótimaque possa ser avaliada por um padrão definível, segundo critérios deavaliação.

POSICIONAMENTO DA REGIÃO ANATÔMICA NO PORTA-FILME: Inclui primeiro a colocação correta da região a ser demonstrada

sobre o chassi, de forma que toda a anatomia a ser visualizada estejadentro das bordas colimadas, mas não devem ser irradiadas partesdesnecessárias.

O eixo longitudinal da região anatômica deve estar alinhado como eixo longitudinal do filme.

A exceção é quando, para garantir a inclusão de ambas asarticulações no filme, ela precisa ser colocada sobre o chassi de umângulo ao outro.

Não deve haver rotação da região anatômica a ser radiografada,a mesma deve estar perfeitamente posicionada.

MARCADORES DE FILME E IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE Devem-se imprimir no mínimo em toda radiografia a

identificação do paciente e data, e indicação do lado anatômico, pormeio de marcadores radiopacos ou sistema de sensibilização de filme.

FIGURA 1.15 – TERMOS DE RALAÇÃO

FIGURA 1.16 - FLEXÃO_EXTENSÃO

FIGURA 1.17 - ABDUÇÃO_ADUÇÃO

FIGURA 1.18 - SUPINAÇÃO_PRONAÇÃO

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IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE E DATA Deve incluir dados como nome, data, número de identificação do

paciente e a sigla instituição.Esta identificação deve ser feita de modo que não se

superponha à anatomia essencial que esta sendo demonstrada.Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las

de forma que o paciente fique de frente para o observador, com opaciente na posição anatômica.

MARCADOR DO LADO ANATÔMICO Deve ser identificado na radiografia o lado direito ou esquerdo

do paciente, tornando claro qual membro esta sendo radiografado.Podem ser usadas as palavra “direita” ou “esquerda” ou apenas asinciais “D” ou “E”.

Entretanto, lembre-se de que estes são marcadores radiopacose, portanto, devem ser colocados dentro do campo de colimação, deforma que sejam expostos ao feixe de raios X e impressos na emulsãodo filme.

Geralmente não é pratica aceitável escrever estas informaçõesno filme após seu processamento, em virtude da existência deproblemas legais e de responsabilidade devido a possíveis erros.

OUTROS MARCADORES OU IDENTIFICAÇÃO Alguns outros marcadores ou identificadores também podem ser

usados, tais como as iniciais do tecnólogo, que geralmente sãocolocadas sobre o marcador D ou E para identificar o tecnólogoresponsável pelo exame. Algumas vezes, o número da sala de exametambém é incluído, assim como indicador de hora (urografia excretora).Obs.:

Formatos de filmes radiográficos médicos:13x18; 18x24; 30x40; 35.6x35.6; 35.6x43.2; 20.3x25.4;

15x30; 15x40; 27.9x35,6

3) Técnica Radiográfica E Qualidade De Imagem

FATORES DE EXPOSIÇÃO (TÉCNICA)Há três variáveis ou fatores de exposição que são ajustados, no

painel de controle do aparelho de raios X, pelo tecnólogo, toda vez que éfeita uma radiografia. Estas três variáveis de exposição ou fatores,algumas vezes denominados fatores técnicos, são:

1. Alta-tensão ou quilovoltagem (kV)2. Corrente ou miliamperagem (mA)3. Tempo de exposição (s)Obs.: mAs = mA x s

Corrente (mA) e tempo (s) (tempo de exposição em segundos)geralmente são combinados em miliampere segundos (mAs), quedeterminam a quantidade de raios X emitidas do tubo de raios X a cadavez que é “feita” uma exposição.

A alta-tensão (quilovoltagem) determina a energia do feixe deraios X ou o quanto “duro” é o feixe.

Estes fatores de exposição podem ter um efeito de controlesobre a qualidade da imagem radiográfica.

FIGURA 1.19 – IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

FIGURA 1.20 - MARCADOR

FIGURA 1.21 - COMANDO

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FATORES DE QUALIDADE DA IMAGEM

São quatro os fatores pelos quais se avalia a qualidade de umaimagem radiográfica:

1. DENSIDADE 3. DETALHE

2. CONTRASTE 4. DISTORÇÃO

DENSIDADE

Densidade radiográfica pode ser descrita como o grau deenegrecimento da radiografia processada.

O fator primário de controle da densidade é o mAs , assim, aduplicação do mAs duplicará a quantidade de raios X emitida e adensidade.

Para que haja uma modificação notável na densidaderadiográfica o mAs, deve ser alterado em no mínimo 30% a 35%, masgeralmente não seria suficiente para corrigir a radiografia. Para corrigiruma radiografia subexposta (uma que seja muito clara) é necessárioduplicar o mAs.

CONTRASTE:É definido como a diferença de densidade em áreas adjacentes

de uma radiografia, tem por objetivo tornar mais visível seus detalhesanatômicos.

O fator de controle primário para contraste é a kV . Quanto maiora kV, maior a energia e mais uniforme é a penetração do feixe de raios Xe por conseguinte, menor variação na atenuação (absorção diferencial),resultando em menor contraste.

A quilovoltagem (kV) também é um fator de controle secundárioda densidade. Uma regra simples e prática afirma que um aumento de15% na kVp produzirá aumento da densidade igual ao produtoproduzido pela duplicação do mAs (Geradores trifásicos oumultipulsados).

Obs.: Uma técnica que privilegie o aumento do kV emdetrimento do mAs resultará em menor exposição do paciente.

DETALHE

Pode ser definido como a nitidez de estruturas na radiografia. Aausência de detalhes é conhecida como borramento ou ausência denitidez. A radiografia ideal apresentará boa nitidez da imagem.

A perda de detalhes é causada com maior freqüência pormovimento, seja voluntário ou involuntário, basicamente controlado pelouso de dispositivos de imobilização, controle respiratório e uso depequenos tempos de exposição.

O uso do pequeno ponto focal, a menor DOF possível e umaDFoFi maior, também melhora os detalhes registrados ou a definição naradiografia.

DISTORÇÃO

O quarto e último fator de qualidade da imagem é a distorção,que pode ser definida como a representação errada do tamanho ou doformato do objeto projetado em meio de registro radiográfico.

Nenhuma radiografia é uma imagem exata da parte do corpoque esta sendo radiografada, devido à divergência do feixe de raios X.

A distorção, que é um erro na representação do tamanho e doformato da imagem radiográfica, pode ser minimizada por quatro fatoresde controle:

FIGURA 1.22 - DISTORÇÃO

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DFOFI : Aumento da DFoFi diminui a distorção (tambémaumenta a definição).

DOF: Diminuição da DOF diminui a distorção (combinada a umpequeno ponto focal, a diminuição da DOF também aumenta adefinição).

ALINHAMENTO DO OBJETO: A distorção é diminuída (o plano doobjeto está paralelo ao plano do filme).

RC: O posicionamento correto do RC reduz a distorção porque aporção mais central do feixe de raios X com a menor divergência é maisbem utilizada.

EFEITO ANÓDICO

Descreve um fenômeno no qual a intensidade da radiaçãoemitida da extremidade do catodo do campo de raios X é maior do queaquela na extremidade do anodo. Isso é devido ao ângulo da face doanodo, de forma que há maior atenuação ou absorção dos raios X naextremidade do anodo.

A diferença na intensidade do feixe de raios X entre catodo eanodo pode variar de 30% a 50%.

4) Radioproteção

Na utilização dos raios X, os tecnólogos devem ter em mente aotimização da proteção radiológica nestes procedimentos, para que asdoses nos pacientes, público e principalmente neles próprios sejam tãobaixas quanto razoavelmente exeqüíveis (Princípio ALARA).

PORTARIA 453/98 DO S.V.S. DO M.S.

Regulamento técnico que estabelece os requisitos básicos deproteção radiológica em radiodiagnóstico e disciplina a prática com osraios X para fins diagnósticos e intervencionistas, visando a defesa dasaúde dos pacientes, dos profissionais envolvidos e do público em geral.

PONTOS DE RELEVÂNCIA DA PORTARIA 453/98:

– A dose efetiva média anual não deve exceder 20 mSv em qualquerperíodo de 5 anos consecutivos, não podendo exceder 50 mSv emnenhum ano (2.13a).

– A tecnóloga em radiologia deve notificar ao titular do serviço suagravidez, tão logo seja constatada (2.13b.i).

– Durante a gravidez as condições de trabalho devem garantir que adose na superfície do abdome não exceda 2 mSv (2.13b.ii).

– Menores de 18 anos não podem trabalhar com raios X diagnóstico,exceto em treinamentos (2.13c).

– Titulares e empregadores devem (3.25):• Prover monitoração individual e o controle de saúde do

pessoal ocupacionalmente exposto, conforme descrito nesteregulamento.

• Prover as vestimentas de proteção individual para proteçãodos pacientes, da equipe e de eventuais acompanhantes.

FIGURA 1.23 - DFOFI

FIGURA 1.24 - DOF

FIGURA 1.25 - ALINHAMENTO

FIGURA 1.26 – EFEITO ANÓDICO

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 8

– Compensações ou privilégios especiais para os indivíduosocupacionalmente exposto não devem, em hipótese alguma,substituir a observância das medidas de proteção e segurançaestabelecidas neste regulamento (3.46).

– Todo indivíduo que trabalha com raios X diagnóstico deve usar,durante sua jornada de trabalho e enquanto permanecer em áreacontrolada, dosímetro individual de leitura indireta, trocadomensalmente (3.47b).

– O dosímetro individual é de uso exclusivo do usuário no serviço parao qual foi designado (3.47f).

– Todo indivíduo ocupacionalmente exposto deve estar submetido a umprograma de controle de saúde baseado nos princípios gerais desaúde ocupacional (3.48a).

– A cabine deve permitir ao operador, eficaz comunicação e observaçãovisual do paciente (4.3b.i).

– É permitida a utilização de biombo dentro da sala de raios X,contanto que seja fixo, com altura mínima de 210 cm e que não sejaatingida diretamente pelo feixe espalhado pelo paciente (4.3b.ii).

– Manter junto ao painel de controle de cada equipamento de raios Xum protocolo de técnicas radiográficas (4.4).

– O feixe de raios X deve ser limitado à menor área possível econsistente com os objetivos do exame radiológico, tendo no máximoo tamanho do receptor de imagem (4.30a.i)

5) Princípios De PosicionamentoCada departamento de radiologia deve estabelecer um protocolo

para a realização de todos os procedimentos radiológicos gerais (previstona Portaria 453).

SEQÜÊNCIA E ROTINA DE POSICIONAMENTO

ETAPA 1. POSICIONAMENTO GERAL DO PACIENTE

Assegurar que o RC da luz do colimador esteja centralizado nalinha central da mesa ou do bucky mural(estativa), antes do paciente serconduzido para o interior da sala.

ETAPA 2. MEDIDA DA ESPESSURA DA REGIÃO DE INTERESSE

A região de interesse radiográfico deve ter sua espessuramedida, utilizando um espessômetro, para que fatores de exposição(técnica) corretos sejam ajustados.

ETAPA 3. POSICIONAMENTO DA REGIÃO DE INTERESSE

O paciente deve ser movido, conforme necessário, paracentralizar a região de interesse radiográfico em relação ao RC da luz docolimador.

ETAPA 4. CENTRALIZAÇÃO DO FILME

O filme deve estar centralizado em relação ao RC. No caso deprocedimentos utilizando o porta-chassi, isso é feito movendo-olongitudinalmente para centralizar o filme(chassi) na luz centralprojetada do RC.

COLIMAÇÃO :As bordas da luz do colimador devem ser ajustadas para incluir

apenas a anatomia essencial e estar limitada as dimensões do filme(chassi).

FIGURA 1.27 – ETAPA 1

FIGURA 1.28 – ETAPA 2

FIGURA 1.29 – ETAPA 3

FIGURA 1.30 – ETAPA 4

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 9

MARCADORES :O marcador D ou E deve ser colocado corretamente para ficar no

campo de exposição sem superpor-se à anatomia essencial.

ESCUDOS :Devem ser sempre utilizados escudos plumbíferos de proteção, a

não ser que, a região de interesse radiográfico seja afetada.

INCIDÊNCIAS ESSENCIAIS :

INCIDÊNCIAS DE ROTINA (BÁSICAS): As incidências de rotina ou básicas sãodefinidas como aquelas comumente feitas em todos os pacientes médiosque são úteis e podem cooperar totalmente. Isso, obviamente, dependede cada serviço de radiologia.INCIDÊNCIAS ADICIONAIS: São incidências definidas como aquelas realizadasmais comumente para melhor demonstrar partes anatômicas específicas,ou em determinadas condições patológicas, ou aquelas que podem sernecessárias para pacientes que não conseguem cooperarcompletamente.

NO MÍNIMO DUAS INCIDÊNCIAS: Uma regra geral em radiologia diagnósticasugere que são necessárias no mínimo duas incidências feitas o maispróximo possível de 90o entre si para a maioria dos procedimentosradiológicos.

As três razões para esta regra geral de no mínimo duasincidências feitas com uma diferença mais próxima de 90o entre si são:Problema de superposição de estruturas anatômicas; Localização delesões ou corpos estranhos; Determinação de alinhamento das fraturas .

6) Pontos De Reparo De Posicionamento Topográfico

Pontos de Reparo Ósseos

Pontos de ReparoUsado para posicionamento destas partes do corpo

Nível correspondente dacoluna vertebral

1. Vértebra proeminenteMargem superior do tórax, coluna C ou T

C7 - T1

2. Incisura jugularTórax, esterno, clavícula, coluna T

T2 - 3

3. Ângulo do esternoTórax, esterno

T4 - 5

4. Processo xifóideEsterno, estômago,vesícula biliar, coluna T, margemsuperior do abdome

T9 - 10

5. Margem costal inferiorEstômago, vesícula biliar , costelas

L2 - 3

6. Crista ilíacaAbdome médio, estômago, vesícula biliar, cólon, coluna L,sacro

Espaço intervertebralL4 - 5

7. Espinha ilíaca ântero-superior (EIAS)Quadris, pelve, sacro

S1 - 2

8. Trocânter maiorAbdome, pelve, quadril

Cóccix distal ouligeiramente inferior

9. Sínfise púbicaMargem inferior do abdome, pelve, quadril, sacro e cóccix

≅ 2,5 cm inferiores aocóccix distal

10. Tuberosidade isquiáticaAbdome em decúbito ventral, cólon, cóccix

2,5 a 5 cm inferiores aocóccix distal

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 10

NOTA DE AULA N.02: POSICIONAMENTO RADIOLÓGICO DO TÓRAX

1) Considerações Sobre PosicionamentoO preparo do paciente para radiografia do tórax inclui a remoção

de todos os objetos opacos das regiões do tórax e pescoço.Cabelos longos trançados ou amarrados com prendedores de

borracha ou de outro tipo podem causar imagens suspeitas naradiografia se estiverem superpostos à área torácica.

2) PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

Os pacientes devem ser protegidos da radiação desnecessáriaem todos os exames radiológicos para diagnósticos.EXPOSIÇÕES REPETIDAs: Embora as radiografias de tórax sejamfreqüentemente consideradas os mais simples de todos osprocedimentos radiológicos, também são o exame de maior número derepetições em muitos departamentos de radiologia.COLIMAÇÃO: A colimação rigorosa é importante na radiografia do tórax.PROTEÇÃO GONODAL: Além da colimação cuidadosa, deve ser usado umprotetor gonodal de chumbo na área abdominal baixo dos pulmões.

3) FATORES TÉCNICOS

QUILOVOLTAGEM (KV): Deve ter o valor adequado para resultar emcontraste suficiente para demonstrar os vários tons de cinza necessáriosà visualização das impressões pulmonares mais finas.

Menor kV que produz elevado contraste, não proporcionarápenetração suficiente para visualizar bem as finas impressõespulmonares nas áreas do coração e nas bases pulmonares. O contrastemuito grande é evidente quando o coração e outras estruturas domediastino parecem subexpostos, embora os campos pulmonaresapresentem penetração suficiente.

Os pacientes com pulmões expandidos, menos densos, taiscomo aqueles com enfisema ou pulmões hiperexpandidos, exigirão umadiminuição da kVp ou de outros fatores de exposição.TEMPO DE EXPOSIÇÃO E MILIAMPERAGEM (MAS): Geralmente a radiografia detórax requer o uso de elevado mA e pequenos tempos de exposição paraminimizar a chance de movimento e conseqüente perda de nitidez.

Deve ser utilizado mA suficiente para proporcionar densidadeótima dos pulmões e estruturas do mediastino. Um fator determinantepara isso em radiografias do tórax em PA é ser capaz de ver contornostênues, ao menos das vértebras médias e superiores e costelasposteriores através da imagem do coração e de outras estruturas domediastino.

4) INSTRUÇÕES RESPIRATÓRIAS

É obrigatório que as radiografias de tórax sejam feitas eminspiração total para demonstrar os pulmões totalmente expandidos. Opaciente deve ser instruído a prender a segunda respiração profunda enão a primeira , pois pode ser inalado mais ar sem grande esforço nasegunda respiração em comparação com a primeira.

5) RADIOGRAFIAS DE TÓRAX ORTOSTÁTICAS

Todas as radiografias do tórax devem ser feitas em posiçãoortostática se a condição do paciente o permitir. Há três razões paraisso:

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 11

I. PERMITIR QUE O DIAFRAGMA DESLOQUE-SE MAIS PARA BAIXO. Uma posiçãoortostática causa a queda do fígado e de outros órgãos abdominais,permitindo que o diafragma desloque-se mais para baixo nainspiração profunda, possibilitando, assim, total aeração dospulmões.

II. MOSTRAR POSSÍVEIS NÍVEIS HIDROAÉREOS NO TÓRAX. Se houver ar e líquidodentro do pulmão ou do espaço pleural, o líquido mais pesado, talcomo sangue ou soro, ficará na posição inferior, enquanto o arsubirá.

III.EVITAR INGURGITAMENTO E HIPEREMIA DOS VASOS PULMONARES. O termoingurgitamento literalmente significa “distendido ou tumefeito porlíquido”. Hiperemia refere-se a um excesso de sangue, em partedevido a um relaxamento dos pequenos vasos sangüíneos distais ouarteríolas.

6) PA - DFOFI DE 180 CM

As radiografias de tórax em AP com uma DFoFi mínima de100cm em lugar de PA a 180cm causarão maior ampliação da imagemdo coração, o que complica o diagnóstico de possível cardiomegalia. Arazão primária disso é a a maior ampliação devida ao aumento dadivergência ou do ângulo do feixe de raios X em uma DFOFI menor. Umasegunda razão é a localização anterior do coração.

7) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

POSICIONAMENTO DO TÓRAX PA: É importante que NÃO haja rotação. Arotação em radiografias PA do tórax pode ser avaliada se asextremidades esternais direita e esquerda das clavículas estãoeqüidistantes da coluna vertebral (figura 2.1).

Estendendo o queixo: Para que não cubram as regiões superiores dopulmão, os ápices pulmonares, ou superponham-se a ele (figura 2.2).

Minimizando as imagens da mama: Deve-se solicitar à paciente comgrandes mamas pendulares que as leve para cima e para fora. Issoreduzirá o efeito das imagens da mama sobre os campos pulmonaresinferiores (figura 2.3).

8)POSICIONAMENTO LATERAL DO TÓRAX

O lado do paciente mais próximo do filme é mais bemdemonstrado numa radiografia.DIREÇÃO DA ROTAÇÃO: Algumas vezes, é difícil determinar a direção darotação em uma radiografia lateral do tórax. Entretanto,freqüentemente, esta pode ser determinada por identificação dohemidiafragma esquerdo pela bolha de ar gástrica, ou pela borda inferiorda imagem cardíaca, ambas as quais estão associadas aohemidiafragma esquerdo.BRAÇOS LEVANTADOS AO ALTO: Certificar-se de que o paciente levanta ambosos braços suficientemente, para evitar superposição no campo torácico.Quando os braços do paciente não estão suficientemente levantados, ostecidos moles do braço superpor-se-ão às porções do campo pulmonar.

FIGURA 2.1 - ROTAÇÃO

FIGURA 2.2 – IMAGEM DO QUEIXO

FIGURA 2.3 – IMAGEM DAS MAMAS

FIGURA 2.4 – ROTAÇÃO LATERAL

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 12

9)LOCALIZAÇÃO DO RAIO CENTRAL

Dois pontos de reparo topográficos ósseos são importantes nalocalização do RC no centro dos campos pulmonares.VÉRTEBRA PROEMINENTE (TÓRAX PA): A vértebra proeminente corresponde aonível de T1 e à margem superior do ápice dos pulmões. Para a mulhermédia, está abaixo cerca de 18cm; para homem, aproximadamente20cm. Uma forma de determinar esta distância é por uma mãoestendida. A maioria das mãos pode alcançar 18cm (figura 2.5).INCISURA JUGULAR (AP DO TÓRAX): A incisura jugular facilmente palpada é oponto de reparo recomendado para a localização do RC em radiografiasAP do tórax. O nível de T7 em um adulto médio é 8-10 cm abaixo daincisura jugular. Esta distância pode ser estimada com a mão, pois alargura da mão de tamanho médio com os dedos juntos temaproximadamente 8cm (figura 2.6).

10) ORIENTAÇÕES PARA COLIMAÇÃO

Deve-se ajustar as margens do campo iluminado às margenscutâneas externas, lembrando-se de que os pulmões expandem-sedurante a inspiração profunda.

Para a colimação do tórax superior e inferior ajustar o campoiluminado à vértebra proeminente, que com os raios divergentesresultará em uma margem de colimação superior em 4cm acima davértebra proeminente (figura 2.7).

11) Procedimentos Operacionais Padronizados E Adicionais

Região anatômicaIncidências

Básicas (rotina) Adicionais

TÓRAX PA e Lateral AP lordóticaOblíqua anteriorOblíqua posterior

VIAS AÉREAS SUPERIORES Lateral e AP

ESTERNO OAD e Lateral

ARTICULAÇÃO

ESTERNOCLAVICULARES

PA e Oblíquas

COSTELAS AP costelas posterioresPA costelas anteriores

Oblíquas anterioresOblíquas posteriores

INCIDÊNCIAS DO TÓRAX

Incidência PAPOSIÇÃO:• Ereta queixo levantado, mãos nos quadris com as palmas das mãos

para fora, ombros para a frente;• Centralizar o RC na região de T7 (o filme deve ser automaticamente

centralizado no RC). O topo do filme estará aproximadamente 5 cmacima dos ombros no paciente médio;

• Centralizar o tórax bilateralmente em relação às bordas do filme commargens iguais de ambos os lados, assegurar que não haja rotaçãodo tórax.

FIGURA 2.5 – LOCALIZAÇÃO RC (PA)

FIGURA 2.6 – LOCALIZAÇÃO RC (AP)

FIGURA 2.7 – COLIMAÇÃO

FIGURA 2.8 – PA DE TÓRAX

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RAIO CENTRAL: RC perpendicular a T7, ou 18-20 cm abaixo da vértebraproeminente (também esta quase ao nível do ângulo inferior daescápula); Distância DFOFI = 180 cm.COLIMAÇÃO: Borda superior do colimador luminoso coincidindo com avértebra proeminente; lados nas bordas cutâneas laterais.RESPIRAÇÃO: Expor na segunda inspiração profunda.TAMANHO DO CHASSI / FILME: 35x35 ou 35x43 cm.ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS:Pulmões, incluindo ambos os ápices, traquéia cheia de ar, brônquiolos,coração e grande vasos, diafragma para incluir os ângulos costofrênicos,e a caixa torácica.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. Ausência de rotação ambas as articulações esternoclaviculares devem

estar eqüidistantes da coluna vertebral; a distância das bordaslaterais das costelas até a coluna vertebral deve ser a mesma de cadalado, da parte superior à inferior da caixa torácica.

2. As escápulas não devem superpor-se aos pulmões se os ombrosestiverem suficientemente rodados para a frente.

3. As margens de colimação devem parecer nos quatro lados nospacientes. O centro do campo de colimação deve ser na área T7 dospacientes.

4. Os pulmões devem ser totalmente incluídos no filme, desde os ápicesaté os seios costofrênicos.

5. Imagens maiores de mamas devem ser basicamente laterais aoscampos pulmonares, com localização correta durante oposicionamento.

6. A inspiração total deve resultar em visualização de no mínimo 10 (11na maioria dos pacientes) costelas posteriores acima do diafragma.

7. A AUSÊNCIA DE MOVIMENTO deve resultar em contornos nítidos dodiafragma e das bordas cardíacas.

Incidência LateralPOSIÇÃO:• Ereta, lado esquerdo contra o filme (exceto se estiver indicada lateral

direita).• Braços levantados, cruzados acima da cabeça, queixo levantado.• Lateral verdadeira, não há rotação ou inclinação. Plano médio sagital

paralelo ao filme.• Tórax centralizado em relação ao RC, e ao filme anterior e

posteriormente.RAIO CENTRAL: RC perpendicular à região média do tórax ao nível de T7.Geralmente o filme e o RC devem ser abaixados ≈ 2,5cm em relação àPA; Distância DFOFI = 180cm.COLIMAÇÃO: Borda superior ao nível da vértebra proeminente, laterais nasmargens cutâneas anterior e posterior.RESPIRAÇÃO: Expor ao fim da 2a inspiração completa.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 ou 35x43cm.ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS:Pulmões, traquéia, coração e grandes vasos, diafragma para incluir osângulos costofrênicos posteriores, e caixa torácica.

FIGURA 2.8A – PA DE TÓRAX

FIGURA 2.9 – LATERAL DE TÓRAX

FIGURA 2.9A – LATERAL DE TÓRAX

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. O queixo e os braços devem estar suficientemente elevados para

evitar a superposição dos ápices.2. A imagem deve incluir os ápices pulmonares no topo e os seios

costofrênicos na margem inferior do filme.3. As margens de colimação devem parecer em todos os quatro lados

do filme. O centro do campo de colimação deve ser ao nível de T7dos pacientes.

4. A região hilar deve estar aproximadamente no centro do filme.5. A ausência de movimento deve ser evidenciada por contornos nítidos

do diafragma e das impressões pulmonares.6. Deve haver exposição suficiente e contraste em longa escala para

visualizar os contornos costais e as impressões pulmonares atravésda imagem cardíaca e áreas pulmonares superiores, semsuperexposição de outras regiões dos pulmões.

Incidência AP LordóticaPOSIÇÃO:• Paciente de pé ≈ 30cm distante do filme, inclina-se para trás contra a

estativa vertical.• Mãos nos quadris, palmas para fora, ombros deslocados para frente.• Centralizar meio do esterno e filme em relação ao RC, o topo do

chassi deve estar 8-10cm acima dos ombros.RAIO CENTRAL: RC perpendicular ao filme*, 10-12cm abaixo da incisurajugular; DFOFI = 180cm.*Caso o paciente esteja em decúbito dorsal, angular o RC 15-20o

cefálico.COLIMAÇÃO: Nos quatro lados dos campos pulmonares.RESPIRAÇÃO: Expor ao fim da 2a inspiração completa.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 35x35 ou 35x43 cm.ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS:Ápices sem superposição clavicular e derrames interlobares. Para excluircalcificações e massas sob clavículas.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. Sem movimento, os contornos do diafragma, das costelas e do

coração devem aparecer nitidamente.2. Uma escala de contraste e uma exposição ideais devem promover a

visualização da tênue trama vascular pulmonar, especialmente nasáreas apicais e superiores dos pulmões.

Incidência Oblíquas anterioresPOSIÇÃO

• Ereta, rodada 45o, ombro direito contra o porta-filme (OAD)*. Algunsestudos do coração OAE, rotação de 60o em relação à PA ..

• Braço distante do filme, levantado e apoiado sobre a cabeça ou sobreo porta-filme.

• Braço mais próximo do filme abaixado sobre o quadril, manter oqueixo levantado.

• Centralizar o tórax lateralmente nas margens do filme; verticalmenteno RC em T7.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular ao nível de T7; DFOFI = 180cm.

FIGURA 2.10 – AP LORDÓTICA

FIGURA 2.11 – OBLÍQUA DE TÓRAX

FIGURA 2.11A – OBLÍQUA DE TÓRAX

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 15

COLIMAÇÃO: Nos quatro lados dos campos pulmonares.RESPIRAÇÃO: Expor ao fim da 2a inspiração completa.*Para oblíquas anteriores, o lado de interesse geralmente é o maisdistante do filme. Assim a OAD permitirá melhor visualização do pulmãoesquerdo.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30X40 35x43 cm.ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS:OAE: Pulmão direito, traquéia, caixa torácica com o coração e a aorta nafrente da coluna vertebral.OAD: Pulmão esquerdo, traquéia, caixa torácica, com coração e aorta nafrente da coluna vertebral.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. Sem movimento, os contornos do diafragma, das costelas e do

coração devem aparecer nitidamente.2. Uma escala de contraste e urna exposição ideais visualizam os

contornos da trama vascular em toda a área pulmonar e das costelas,exceto através de regiões cardíacas mais densas.

INCIDÊNCIAS DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES

Incidências AP e LateralPOSIÇÃO:• Ereta, sentada ou de pé, centralizar vias aéreas superiores em

relação ao RC.• Braços abaixados, queixo levemente levantado. • Lateral: Abaixar os ombros e puxa-los para trás.• Centro do chassi ao nível do RC.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular ao ponto médio entre a margem inferiorda cartilagem tireóide e a incisura jugular (C6-7); ou ≈ 5cm abaixo se atraquéia for de interesse primário; DFOFI = 180cm.COLIMAÇÃO: Na área de interesse.RESPIRAÇÃO: Exposição durante inspiração suave lenta.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm.ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS:Laringe e traquéia cheias de ar, a região das glândulas tireóide e timo eo esôfago superior se opacificado.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. AP: A exposição ideal deve ser apenas escura o suficiente para

visualizar a traquéia repleta de ar através das vértebras cervicais etorácicas;

2. LATERAL: A exposição ideal inclui a técnica usada para tecidos moles,na qual a laringe e a porção superior da traquéia não sãosuperexpostas. As vértebras cervicais aparecerão sub expostas.

INCIDÊNCIAS DO ESTERNO

Incidência oblíquaPOSIÇÃO:• Ereta (preferida) ou semidecúbito ventral, virada 15-20o com o lado

direito para baixo (dependendo do biotipo pode requerer umaobliqüidade maior).

FIGURA 2.12 – AP E LATERAL

FIGURA 2.12A – LATERAL (ESTRUTURA)

FIGURA 2.13 – OBLÍQUA ESTERNO

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• Centralizar o esterno em relação ao RC na linha média da mesa ouporta-chassi.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular, na porção média do esterno (a meiocaminho entre a incisura jugular e extremidade xifóide); DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Campo de colimação estreito e longo, na área do esterno.RESPIRAÇÃO: Exposição durante inspiração suave lenta.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm.ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS:Todo o esterno superposto à imagem cardíaca.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. Corrigir rotação do paciente, o esterno deve ficar ao longo da coluna

vertebral sem superposição das vértebras. 2. Contraste e densidade bem-definidos, ou seja, vê-se o contorno do

esterno até costelas, pulmões e coração sobrepostos.

Incidência LateralPOSIÇÃO:• Ereta (sentada ou em pé), ou em decúbito lateral com RC vertical; ou

decúbito dorsal com RC transversal à mesa no traumatismo forte.• Levar os ombros e os braços para trás.• Alinhar o esterno em relação ao RC na linha média do porta-chassi.• Topo do chassi 4 cm acima do nível da incisura jugular.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular, na porção média do esterno; DFOFI =100cm.COLIMAÇÃO: Nos quatro lados da área do esterno.RESPIRAÇÃO: Expor em inspiração completa.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm.ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS:Todo o esterno com superposição mínima dos tecidos moles.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. Nenhuma superposição do úmero, ombros ou tecido mole no esterno.2. Todo o esterno com nenhuma superposição das costelas.3. Contraste e densidade ótimos para visualizar o esterno inteiro4. Nenhum movimento, como indicado pelas margens ósseas nítidas.

INCIDÊNCIAS ARTICULAÇÃO ESTERNO-CLAVICULAR

Incidências PA e oblíquaPOSIÇÃO:PA:• Decúbito ventral ou ereta, plano médio sagital na linha central do RC.• Pode-se virar a cabeça para um lado, sem rotação do tórax.• Centralizar o filme em relação ao RC.

Oblíqua:• Rodar o tórax 10-15o para afastar as vértebras do esterno.

RAIO CENTRAL:PA:RC perpendicular, no PMS e ≈ 7cm distal à vértebra proeminente (2,5cminferior à incisura jugular).

FIGURA 2.13A – OBLÍQUA ESTERNO

FIGURA 2.14 – LATERAL ESTERNO

FIGURA 2.14A – LATERAL ESTERNO

FIGURA 2.15 – PA ESTERNO-CLAVICULAR

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Oblíqua:RC perpendicular, ≈ 5cm lateral ao PMS (em direção ao lado elevado) e ≈7cm distal à vértebra proeminente; DFOFI = 100cmCOLIMAÇÃO: Nas áreas das articulações esternoclaviculares.RESPIRAÇÃO: Interromper a respiração.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm.ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS:1. Faces mediais de ambas as clavículas e das articulações

esternoclaviculares para possível luxação ou outra patologia (PA)2. visualiza melhor (OA) a articulação esterno clavicular do lado mais

próximo do filme.

INCIDÊNCIAS DAS COSTELAS

Incidência AP (acima ou abaixo do diafragma)POSIÇÃO:• Alinhar o plano médio sagital em relação ao RC e à linha da mesa

e/ou porta-filme• Rodar os ombros para frente a fim de remover as escápulas dos

campos pulmonares• Levantar o queixo a fim de evitar superposição das costelas

superiores, olhar direto para frente• Não rodar o tórax ou a pelve.RAIO CENTRAL:Acima do diafragma:• RC perpendicular ao porta-filme, centralizado 8 a 10cm abaixo da

incisura jugular (nível de T7)• Centralizar o chassi ao nível do RC (o topo do chassi deve estar cerca

de 4cm acima dos ombros).• DFOFI = 180cmAbaixo do diafragma:• RC perpendicular, centralizado a meio caminho entre o processo

xifóide e a caixa torácica inferior.• Centralizar o chassi ao nível do RC (a parte inferior dele deve estar

aproximadamente ao níveis da crista ilíaca).• DFOFI = 100cm

COLIMAÇÃO: Colimar nas margens externas do tórax.RESPIRAÇÃO: Interromper e expor em inspiração nos casos acima dodiafragma, e em expiração nos casos abaixo do diafragma.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 ou 35x43 cm.ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS:Costelas posteriores, acima ou abaixo do diafragma.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. Contraste e densidade ótimo para visualizar costelas através dos

pulmões e sombra cardíaca ou através dos órgãos abdominais densosse abaixo do diafragma.

2. Sem movimento, como demonstrado pela nitidez dos marcadoresósseos.

FIGURA 2.15A – PA ESTERNO-CLAVICULAR

FIGURA 2.15 – OBLÍQUA ESTERNO-CLAVICULAR

FIGURA 2.15A – OBLÍQUA ESTERNO-CLAVICULAR

FIGURA 2.16 – AP COSTELAS

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Incidência Oblíqua (anterior)(Lado de interesse afastado do filme;ou oblíquas D & E para incluir todaa caixa torácica)POSIÇÃO:• Ortostática, ou decúbito se necessário• Oblíqua 45o, rodar a coluna vertebral para fora da área de interesse.• Todo o tórax está centralizado no filme bilateralmente, com o topo

do chassi ≈ 4cm acima dos ombros.NOTA: É preferido o ortostatismo nos casos acima do diafragma se acondição do paciente permitir; ou decúbito dorsal para casos abaixo dodiafragma.RAIO CENTRAL: RC perpendicular, no centro do filme (nível de T7); DFOFI =180cm em ortostatismo, 100cm em decúbito.COLIMAÇÃO: Na área de interesse.RESPIRAÇÃO: Acima do diafragma expor em inspiração; abaixo dodiafragma expor em expiração.ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS:Costelas posteriores, acima ou abaixo do diafragma.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:Contraste e densidade ótimos para visualizar costelas através dospulmões e sombra do coração ou através dos órgãos abdominais densosse estiverem abaixo do diafragma.

FIGURA 2.17 – OBLÍQUA COSTELAS

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 19

NOTA DE AULA N.03: POSICIONAMENTO RADIOLÓGICO DO ABDOME

1) Quadrantes E RegiõesO abdome pode ser dividido em quatro quadrantes ou em nove

regiões para ajudar a descrever as localizações de vários órgãos dacavidade abdomino-pélvica.QUATRO QUADRANTES ABDOMINAIS: Se dois planos perpendicularesimaginários atravessassem o abdome ao nível do disco intervertebral deL3 e L4 (3a e 4a vértebras lombares (umbigo), dividiriam-no em quatroquadrantes: quadrante superior direito (QSD), quadrante superioresquerdo (QSE), quadrante inferior direito (QID) e quadrante inferioresquerdo (QIE). Exemplo: o fígado esta localizado no QSD e o baçoQSE.NOVE REGIÕES ABDOMINAIS: A cavidade abdomino-pélvica também pode serdividida em nove regiões pelo uso de dois planos horizontais outransversais e dois verticais. Os dois transversais são o planotranspilórico e o plano transtubercular. Os dois planos verticais são osplanos laterais direito e esquerdo. O plano transpilórico está ao nível daborda inferior da 1a vértebra lombar e o transtubercular, ao nível da 5a

vértebra lombar. Os planos laterais direito e esquerdo são paralelos aoplano médio sagital e estão situados a meio caminho entre ele e cadaespinha ilíaca ântero-superior.

NOMES DAS REGIÕES: Os nomes destas nove regiões são:

1. Hipocôndrio direito2. Epigástrica3. Hipocôndrio esquerdo4. Lateral (lombar) direita5. Umbilical6. Lateral (lombar) esquerda7. Inguinal (ilíaca) direita8. Púbica (hipogástrica)9. Inguinal (ilíaca) esquerda

Entretanto, a localização geral da maioria das estruturas eórgãos dentro do sistema de quatro quadrantes é suficiente para finsradiológicos devido às variáveis que afetam localizações específicas deórgãos como biotipo, posição do corpo, idade etc.

2) Pontos De Reparo TopográficosAs bordas e órgãos abdominais não são visíveis do exterior, e,

como estes órgãos de tecidos moles não podem ser palpadosdiretamente, determinados pontos de reparo ósseo são usados paraeste fim.2.1)SETE PONTOS DE REPARO DO ABDOME

Os sete pontos de reparo palpáveis a seguir são importantes noposicionamento do abdome ou para localização de órgãos no abdome.1. APÊNDICE XIFÓIDE (NÍVEL DE T9-10): A extremidade do processo xifóide

é o processo mais distal ou inferior do esterno. Este ponto de reparo aproxima-se da porção ântero-superior

do diafragma, que também está na margem superior do abdome.Este, entretanto, não é um ponto de reparo primário paraposicionamento do abdome devido as variações dos biotipos e àimportância de incluir todo o abdome inferior na maioria dasradiografias do abdome.

FIGURA 3.1 - QUADRANTES

FIGURA 3.2 - REGIÕES

FIGURA 3.3 – PONTOS DE REPARO

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2. MARGEM COSTAL INFERIOR (NÍVEL DE L2-3): Este ponto de reparo é usadopara localizar a vesícula biliar, o estômago e outros órgãosabdominais.

3. CRISTA ILÍACA (NÍVEL DO ESPAÇO INTERVERTEBRAL L4-5):A crista ilíaca é aporção mais alta da borda curva do ílio. Ela pode ser facilmentepalpada pressionando-se para dentro e para baixo ao longo damargem médio-lateral do abdome. A porção mais superior destacrista é o ponto de reparo abdominal usado mais comumente ecorresponde aproximadamente ao nível da porção média do abdome,que também está ao nível do umbigo ou ligeiramente abaixo deste namaioria das pessoas. Se o centro do chassi estiver centralizado nestenível, a área inferior do abdome geralmente será incluída na margeminferior do filme. (É importante incluir todo a parte inferior doabdome, se alguma parte superior não for incluída deve-se fazer umcomplemento, mas para o biotipo médio não será necessário).

4. ESPINHA ILÍACA ÂNTERO-SUPERIOR (EIAS): A EIAS pode ser encontradapor localização da crista ilíaca, depois palpando-se anterior einferiormente até ser percebida uma projeção ou saliência (maisproeminente em mulheres). Este é um ponto de reparo comumenteusado para posicionamento de estruturas pélvicas e vertebrais, mastambém pode ser um ponto de reparo secundário paraposicionamento geral do abdome.

5. TROCÂNTER MAIOR: Este ponto de reparo é palpado mais facilmente empacientes magros. Geralmente é necessária palpação delicada masmuito firme, para se perceber o movimento do trocânter com umamão, enquanto se roda a perna interna e externamente na área dojoelho com a outra mão. Este não é tão preciso como ponto dereparo quanto os outros pontos de reparo ósseos da pelve, porém amargem superior do trocânter geralmente situa-se ligeiramente (3-4cm) acima do nível da sínfise púbica. Com a prática, este tambémpode ser usado como um ponto de reparo secundário paraposicionamento do abdome.

6. SÍNFISE PÚBICA: A sínfise púbica é a junção (articulação) anterior dedois ossos pélvicos. A porção mais ântero-superior do púbis pode serpalpada quando o paciente está em decúbito dorsal. Esse ponto dereparo corresponde à margem inferior do abdome. Entretanto, apalpação desta área pode ser constrangedora para alguns pacientes.Portanto, com a prática pode-se também determinar o nível dasínfise púbica ou a margem inferior do abdome palpando-se otrocânter maior, ou em referência a crista ilíaca como estando aonível do centro do chassi. Isso então coloca a margem inferior dofilme na sínfise púbica.

7. TUBEROSIDADES ISQUIÁTICA: Estas podem ser usadas para determinar amargem inferior em uma incidência PA do abdome com o pacienteem decúbito ventral. Estas duas proeminências ósseas, que podemser mais facilmente palpadas em pacientes magras, sustentam amaior parte do peso do tronco quando se está sentado. As margensinferiores das tuberosidades isquiáticas estão cerca de 4cm abaixo oudistais à sínfise púbica. Este ponto de reparo pode ser usado paraposicionamento de uma incidência PA do cólon a fim de que a árearetal seja incluída no filme. Isso, entretanto, também pode serdesconfortável e constrangedor para o paciente, e outros pontos dereparo podem e devem ser usados, quando possível.

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3) Posicionamento RadiográficoPREPARO DO PACIENTE: O preparo do paciente para radiografia abdominalinclui a remoção de toda a roupa e de quaisquer objetos opacos na áreaa ser radiografada. Deve ser vestido um roupão do hospital comabertura e fitas para amarrar atrás.

Algumas radiografias do abdome, particularmente aquelas queexigem contraste, necessitam de instruções especiais para o pacienteantes do exame. As instruções podem incluir itens como jejum ou umlaxante na noite anterior, mas a radiografia “simples” do abdome (RUB)ou a rotina para abdome agudo geralmente são feitas “como está”.CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE POSICIONAMENTO: Colocar o paciente o maisconfortável possível sobre a mesa de raios X. Colocar lençol limpo sobrea mesa e cobrir as pernas do paciente a fim de mantê-las aquecidas epara proteger seu pudor.INSTRUÇÕES RESPIRATÓRIAS: Um dos fatores básicos na boa radiografiaabdominal é o impedimento do movimento. Este pode ser devido aosmovimentos voluntários da respiração ou aos involuntários, como aação peristáltica do intestino. Ë importante lembrar de empregar-se omenor tempo de exposição possível, para evitar ou minimizar osefeitos do movimento involuntário.

As radiografias do abdome são expostas em expiração, com odiafragma em uma posição superior para melhor visualização dasestruturas abdominais.MARCADORES DE FILME: Os marcadores de filme, tais como informações deidentificação do paciente, devem ser claros e legíveis.

3.1) PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

Observar boas praticas de proteção radiológica sãoparticularmente importantes na radiografia abdominal devido àproximidade das gônadas radiossensíveis.REPETIÇÃO DE EXPOSIÇÕES: O posicionamento cuidadoso e a seleção defatores de exposição corretos são formas de reduzir exposiçõesdesnecessárias por repetição de exames. O seguimento cuidadoso dasinstruções respiratórias também ajuda a evitar repetições devidas aomovimento causado pela respiração durante a exposição.COLIMAÇÃO: A colimação no topo e na base deve ser ajustada diretamentenas margens do porta-filme, permitindo divergência do feixe de raios X.A anatomia essencial será cortada em adultos grandes se foremmostradas margens de colimação adicionais nas bordas superior einferior da radiografia do abdome.PROTEÇÃO GONODAL: Para todos os pacientes em idade reprodutiva énecessário proteção das gônodas, exceto se esta proteção cobrir umaárea de interesse primário no receptor de imagem.FATORES DE EXPOSIÇÃO: Os principais fatores de exposição pararadiografias abdominais são:1. kV média2. Pequeno tempo de exposição3. mAs adequado para densidade suficiente

Radiografias abdominais em pacientes de tamanho médio comfatores de exposição corretamente ajustados devem permitir visualizaçãodas bordas laterais dos músculos psoas, da margem inferior do fígado,dos contornos renais e dos processos transversos das vértebraslombares. Isso requer contraste moderado utilizando exposição comkV média para permitir visualização de várias estruturas abdominais,incluindo possíveis pequenos cálculos semi-opacos na vesícula biliar ounos rins.

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4) Procedimentos De Operação Padrões E EspeciaisA radiografia básica do abdome é freqüentemente denominada

AP em decúbito dorsal ou RUB (rins, ureteres e bexiga).Condições mais agudas exigem o que é denominado uma rotina

para abdome agudo (RAA), que inclui radiografias abdominais realizadascom o paciente em várias posições, tais como em posição ortostática ouem decúbito lateral utilizando um feixe de raios X horizontal. As rotinaspara a rotina do abdome agudo podem variar dependendo dapreferência do médico e do que é habitual ou comum em diferentesinstituições. Normalmente adota-se como rotina para RAA:03 INCIDÊNCIAS: AP em decúbito dorsal, AP ortostática e PA de tórax ou02 INCIDÊNCIAS: AP em decúbito dorsal (RC acima da crista ilíaca parademonstrar diafragma) e PA de tórax

5) Procedimentos Operacionais Padronizados E Adicionais

Região anatômicaIncidências

Básicas (rotina) Adicionais

Abdome (RUB) AP decúbito dorsal PA em decúbito ventralDecúbito Lateral (AP)Decúbito Dorsal (Lat.)Lateral em decúbito lateral

INCIDÊNCIAS DO ABDOME

Incidência AP (RUB)POSIÇÃO:• Decúbito dorsal, pernas estendidas, braços ao lado do corpo;• Plano médio sagital alinhado e centralizado na linha central;• Assegurar que não haja rotação (EIAS eqüidistantes do tampo da

mesa;• Centro do chassi a nível das cristas ilíacas, assegurando que a

margem superior da sínfise púbica esteja incluída na margem inferiordo filme. Um paciente hiperestênico (Anexo I) grande pode exigircolocação transversal do filme com um segundo file centralizado maisalto.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular, no centro do chassi (nível das cristasilíacas), DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Colimar rigorosamente os lados nas margens cutâneas e notopo e na base nas bordas do filme.RESPIRAÇÃO: Expor ao fim da expiração.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 35x43 cm.ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS: Fígado, baço, rins, massas anormais,calcificações ou acúmulos de gás. Pelve, coluna lombar e costelasinferiores também são bem demonstradas.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. A margem inferior da radiografia deve incluir no mínimo a porção

superior da sínfise púbica.2. A parte superior do abdome deve ser incluída, visualizando-se as

margens superiores dos rins, bem como a porção inferior do fígado ea área do baço.

3. A coluna vertebral deve ser alinhada no centro da radiografia.

FIGURA 3.4 – AP EM DECÚBITO DORSAL

FIGURA 3.4A – AP EM DECÚBITO DORSAL

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 23

4. Ausência de rotação: A caixa torácica inferior, a pelve e as vértebraslombares devem apresentar-se simétricas. As margens externas dascostelas devem ser eqüidistantes da coluna vertebral; e as asas doosso ilíaco D e E devem apresentar-se de igual tamanho e formato. Oalongamento de uma asa ilíaca indica rotação naquela direção.

5. As margens de colimação laterais devem ser visíveis na maioria dospacientes, exceto se cortarem a anatomia essencial do abdome.

6. Ausência de movimento: As margens das costelas e as bolhas de gásapresentam-se nítidas.

7. Deve haver exposição (mAs) suficiente e contraste de escala longa(kV) para visualizar os contornos do músculo psoas, os processostransversos lombares e as costelas.

Incidência PA (decúbito ventral)POSIÇÃO:• Decúbito ventral, pernas estendidas, braços para cima ao lado da

cabeça;• Plano médio sagital alinhado e centralizado na linha central;• Centro do chassi a nível das cristas ilíacas, assegurando que a

margem superior da sínfise púbica esteja incluída na margem inferiordo filme.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular, no centro do chassi (nível das cristasilíacas), DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Colimar rigorosamente os lados nas margens cutâneas e notopo e na base nas bordas do filme.RESPIRAÇÃO: Expor ao fim da expiração.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 35x43 cm.ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS:

Fígado, baço, rins, massas anormais, calcificações ou acúmulosde gás. Também são mostradas a pelve, coluna lombar e as costelasinferiores.Nota:Esta incidência não é recomendável se os rins são de interesseprimário devido ao aumento da DOF.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. A margem inferior da radiografia deve incluir no mínimo a porção

superior da sínfise púbica.2. A parte superior do abdome deve ser incluída, visualizando-se as

margens superiores dos rins, bem como a porção inferior do fígado ea área do baço.

3. A coluna vertebral deve ser alinhada no centro da radiografia.4. Ausência de rotação: A pelve e as vértebras lombares devem

apresentar-se simétricas (as asas do osso ilíaco D e E apresentam-sede tamanho e formato iguais, e os processos espinhosos devemaparecer no centro das vértebras).

5. As margens de colimação laterais devem ser visíveis na maioria dospacientes, exceto se cortarem a anatomia essencial do abdome.

6. Ausência de movimento: As margens das costelas e as bolhas de gásapresentam-se nítidas.

7. Deve haver exposição (mAs) suficiente e contraste de escala longa(kV) para visualizar os contornos do músculo psoas, os processostransversos lombares e as costelas. As margens do fígado e dos rinsdevem ser visíveis em pacientes de tamanho pequeno a médio.

FIGURA 3.5 – PA EM DECÚBITO VENTRAL

FIGURA 3.5A – PA EM DECÚBITO VENTRAL

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 24

Incidência Decúbito lateral (AP)POSIÇÃO:• Paciente em decúbito lateral, joelhos parcialmente fletidos, braços

levantados próximo da cabeça;• Ajustar o paciente e a maca de forma que o centro do chassi e o da

mesa (e RC) estejam 3-5cm acima do nível da crista ilíaca (paraincluir o diafragma);

• Ajustar a altura do chassi a fim de assegurar que “o lado de cima” doabdome esteja incluído no filme para detecção de possível ar livre;

RAIO CENTRAL: RC horizontal, no centro do chassi e no da mesa (3-5cmacima da crista ilíaca), DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Assegurar que o “lado de cima” não seja cortado porcolimação.RESPIRAÇÃO: Expor ao fim da expiração.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 35x43 cm.ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS:Fígado, baço, rins, massas anormais, níveis hidroaéreos, acúmulos degás ou de ar livre intra-abdominal.NOTA: O paciente deve ficar em decúbito lateral por, no mínimo, 5minutos antes da exposição (para permitir que o possível ar livre infra-abdominal ascenda ou líquidos anormais se acumulem).O decúbito lateral esquerdo demonstra melhor o ar livre na cavidadeabdominal na área do fígado, na área superior direita do abdome.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. A margem superior da radiografia deve incluir o diafragma.2. Ausência de rotação: A pelve deve apresentar-se simétrica com as

asas do osso ilíaco direito e esquerdo que se apresentam de tamanhoe formato iguais, e as margens externas das costelas devem sereqüidistantes da coluna vertebral.

3. Se não podem ser incluídos ambos os lados, o lado superior deve serincluído.

4. Ausência de movimento: As margens do diafragma, costelas e dasbolhas de gás apresentam-se nítidas.

5. A exposição geral e a densidade devem permitir a correta visualizaçãodos níveis hidroaéreos e do as livre abdominal, se presente.

Incidência Decúbito Dorsal (Lateral)POSIÇÃO:• Paciente em decúbito dorsal, lado contra a mesa, braços acima da

cabeça;• Prender a maca (travar as rodas);• O centro do chassi e o da mesa (e RC) estão 3-5cm acima do nível da

crista ilíaca (para incluir o diafragma);• Ajustar a altura do chassi para alinhar o plano médio coronal na linha

central do chassi.RAIO CENTRAL: RC horizontal, no centro do chassi e no da mesa (3-5cmacima da crista ilíaca), DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Colimar rigorosamente as bordas dos tecidos molessuperiores e inferiores do abdome.RESPIRAÇÃO: Expor ao fim da expiração.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 35x43 cm.

FIGURA 3.6 – AP EM DECÚBITO LATERAL

FIGURA 3.6A – AP EM DECÚBITO LATERAL

FIGURA 3.7 – LATERAL EM DECÚBITO

LATERAL

FIGURA 3.7A – LATERAL EM DECÚBITO

LATERAL

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 25

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAs:Massas anormais de tecidos moles, hérnias umbilicais, região pré-vertebral para possíveis aneurismas da aorta ou calcificações.

CRITÉRIOS DE EXPOSIÇÃO:1. Sem movimento: Costelas e todas as bolhas gasosas com margens

nítidas.2. As vértebras lombares devem parecer cerca de 50% sub expostas

com os detalhes dos tecidos moles visíveis no abdome anterior e naregião pré-vertebral das vértebras lombares inferiores

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 26

NOTA DE AULA N.04: POSICIONAMENTO RADIOLÓGICO DA COLUNAVERTEBRAL

1) Considerações Sobre Posicionamento :

1.1)MARCOS TOPOGRÁFICOS

ColunaVertebral

Pontos de reparo Níveis aproximados

Cervical

A. Extremidade mastóide (2,5 cm inferior aoMAE)

B. Ângulo da mandíbula

C. Cartilagem tireóide

D. Vértebra proeminente

C1

Espaço inter-vertebral C2 ouC2-3

C 4-5

C7 – T1

Torácica

E. Incisura jugular

F. Ângulo esternal

G. Meio caminho entre ângulo esternal eprocesso xifóide

H. Processo xifóide

T 2-3

T 4-5

T7

T10

LombarI. Margem costal inferior

J. Crista ilíaca

L 2-3

Espaço vertebral L4-5

Sacro K. EIAS S2

CóccixL. Trocânter maior (2,5 cm acima da sínfise

púbica)Cóccix distal

2) PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

Exposição dos tecidos radiossensíveis como tireóide,paratireóide, mamas, testículos e ovários pode ser minimizada pelacolimação fechada e o uso de escudos corretamente colocados. A dosetireoidiana pode ser reduzida significativamente durante radiografiacervical oblíqua anterior, em vez da posição posterior oblíqua.RADIAÇÃO DISPERSA

Uso de kV mais altos e tecidos espessos ou densos resulta emprodução aumentada de radiação dispersa, que degrada a imagemradiográfica. Os efeitos da radiação dispersa podem ser minimizadoscom colimação fechada, e com grades. A colimação reduz a quantidadede dispersão produzida e as grades impedem que a radiação dispersaalcance o filme.

A radiografia da coluna vertebral exige o uso de grade, comexceção de algumas radiografias de coluna cervical, como de pacientespequenos com o pescoço medindo menos de 10 cm. Na radiografialateral cervical cria-se uma lacuna de ar que reduz a quantidade deradiação dispersa que alcança o filme. Essa distância objeto-filmeaumentada também contribui para maior ampliação da imagem.

3) ALINHAMENTO DA PARTE/FILME

Alinhamento correto é importante durante radiografia espinhal.Isso pode exigir a colocação de suporte radiolucente sob a cintura dopaciente para manter a coluna quase paralela ao porta-filme durante oposicionamento torácico lateral (exame em mesa).

FIGURA 4.1 – MARCOS TOPOGRÁFICOS

FIGURA 4.1A – CURVATURAS

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 27

4) Procedimentos Operacionais Padronizados E Adicionais

ColunaIncidências

Básicas(rotina)

Adicionais

Cervical APLateral

AP para Atlas e Axis (C1 e C2)OblíquaLateral Cérvico-torácica (Método do Nadador)Lateral (Hiperflexâo Hiperextensâo)

Torácica APLateral

Oblíqua

Lombar APLateral

Lateral L5 – S1OblíquaRotina para escoliose (Método de Ferguson)

Sacro APLateral

Cóccix APLateral

Incidências de coluna cervical

Incidência APPOSIÇÃO

• Coloque o paciente em decúbito dorsal ou ereto, com os braços aolado do corpo;

• Alinhe o plano médio-sagital ao RC e à linha média da mesa e/ou aofilme;

• Levantar ligeiramente o queixo, quando necessário, de forma que oângulo do RC superponha-se ao mento da mandíbula sobre a basedo crânio ( para evitar que a mandíbula se superponha mais que C1-2);

• Centralizar o chassi em relação ao RC projetado;• Assegure-se que não há rotação da cabeça ou tórax.

RAIO CENTRAL: RC 15-20o cefálico, para entrar em C5 (borda inferior dacartilagem tireóidea); DFOFI = 100 cm.COLIMAÇÃO: Nos quatro lados da região da coluna cervical.RESPIRAÇÃO: Interromper durante exposição.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm.ESTRUTURAS MOSTRADAS

Corpos vertebrais de C3 até T2 ou 13, espaço entre pedículos e espaçosdos discos intervertebrais claramente vistos. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1. Na ausência de rotação os processos espinhosos e articulaçõesesterno-claviculares (se visíveis) devem estar eqüidistantes dasbordas laterais da coluna.

2. A mandíbula e a base do crânio estarão sobrepostas sobre as duasprimeiras vértebras cervicais.

Incidência LateralPOSIÇÃO

• Posicione o paciente na posição ereta lateral, sentado ou em pé, comos ombros contra o porta-filme vertical;

FIGURA 4.2 – AP COLUNA CERVICAL

FIGURA 4.2A – AP COLUNA CERVICAL

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 28

• Alinhe o plano coronal médio ao RC e à linha média da mesa e/ou dofilme;

• A centralização do filme ao RC deve posicionar o topo do filme cercade 2,5 cm acima do MAE;

• Relaxar e deprimir ambos os ombros igualmente (podem sernecessários pesos em ambas as mãos para visualizar C7);

• Estenda levemente o queixo para a frente (a fim de evitar asobreposição da região cervical superior pela mandíbula).

RAIO CENTRAL: RC perpendicular, no nível de C4 (cartilagem tireóideasuperior); DFOFI = 180cm;COLIMAÇÃO: Nos quatro lados da região da coluna cervical.RESPIRAÇÃO: Expor em expiração completa.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cmESTRUTURAS MOSTRADAS

Corpos vertebrais cervicais, espaços intervertebrais articulares, pilaresarticulares, processos espinhosos e articulações zigapofisárias.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1. Ausência de rotação da cabeça é indicada pela sobreposição deambos os ramos da mandíbula.

2. Rotação cervical inferior é evidenciada pela perda das articulaçõeszigapofisárias dos lados D e E, e bordas posteriores dos corpos nãoestão superpostas.

Incidência AP (Atlas e Axis)POSIÇÃO

• Decúbito dorsal, paciente centralizado em relação ao RC e à linhacentral;

• Ajustar a cabeça sem abrir a boca – superfície de mordida dosincisivos superiores (junção dos lábios) alinhada com a base docrânio (extremidades mastóides);

• Centralizar o chassi em relação ao RC;• Como última etapa antes de fazer a exposição – abrir bem a boca

sem mover a cabeça (fazer verificação final do alinhamento dacabeça);

• Trabalhe rapidamente, pois é difícil manter essa posição.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular através da porção média da boca aberta;COLIMAÇÃO: Rigorosa na região de C1-2.RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm; DFOFI = 100cm;Estruturas MOSTRADAS

Dente (processo odontóide) e corpo vertebral de C2, massas laterais deC1 e articulações zigapofisárias entre C1 e C2 devem ser claramentedemonstrados através da boca aberta.

Incidência OblíquasPOSIÇÃO

• A posição ereta é preferida (sentada ou em pé), mas a posiçãodeitada é possível se a condição do paciente assim o exigir;

• Centralize a coluna em relação ao RC e à linha média da mesa e/oudo filme;

FIGURA 4.3 – LATERAL COLUNA CERVICAL

FIGURA 4.3A – LATERAL COLUNA CERVICAL

FIGURA 4.4 – AP PARA C1 E C2

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 29

• Coloque os braços do paciente ao lado do corpo; se o pacienteestiver deitado, ajuste os braços de modo a manter a posição;

• Rode o corpo e a cabeça a 45°. (Use goniômetro para garantir oângulo de 45°);

• Estenda o queixo para evitar que a mandíbula fique superposta sobreas vértebras. Elevar muito o queixo sobreporá a base do crânio emC1;

• A posição oblíqua anterior resulta em menor dose tireóidea.

RAIO CENTRAL:(Oblíquas posteriores): RC 15-20o cefálico em C5; DFOFI = 100cm;(Oblíquas anteriores): RC 15o caudal em C5.COLIMAÇÃO: Na região da coluna cervical.RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm

Incidência Lateral cérvico-torácica (Método do Nadador)POSIÇÃO

• A posição ereta é preferida (sentado ou em pé), mas a radiografiapode ser feita na posição deitada se a condição do paciente assim oexigir;

• Alinhe o plano coronal médio ao RC e à linha média da mesa;mantenha o tórax e a cabeça na posição mais lateral verdadeirapossível.

• Levante o braço e o ombro do paciente próximos do filme,flexionando o cotovelo e deixando o antebraço apoiado na cabeça;

• Posicione o braço e o ombro distantes do filme para baixo eligeiramente anteriores a fim de situar a cabeça umeralanteriormente às vértebras

RAIO CENTRAL: RC perpendicular em T1 (vértebra proeminente); DFOFI =180cm;COLIMAÇÃO: Rigorosamente na região de interesse.RESPIRAÇÃO: Expor em inspiração completa.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm

Incidência Lateral (Hiperflexão – Hiperextensão)POSIÇÃO

• Ereta lateral, tanto sentado quanto em pé, braços ao lado do corpo.• Alinhe o plano coronal-médio da vértebra em relação ao RC e à linha

média do filme.• Garanta uma verdadeira posição lateral, sem rotação da pelve,

ombros ou cabeça.• Relaxe e abaixe os ombros o quanto possível (pesos em cada braço

podem ser usados).

• Hiperflexão: O queixo deve estar abaixado até que toque o tórax ouaté onde o paciente conseguir tolerar (não permita que o paciente semova para a frente a fim de garantir que toda a coluna cervical estejaincluída no filme).

• Hiperextensão: O queixo deve ser elevado e a cabeça inclinada paratrás o quanto possível (não permita que o paciente se mova para trása fim de garantir que toda a coluna cervical esteja incluída no filme).

FIGURA 4.5 – OBLÍQUA COLUNA CERVICAL

FIGURA 4.6 – MÉTODO DO NADADOR

FIGURA 4.7 – LATERAL HIPERFLEXÃO -HIPEREXTENSÃO

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 30

RAIO CENTRAL: RC perpendicular, em C4 (nível da borda superior dacartilagem tireóidea); DFOFI = 180cm;COLIMAÇÃO: Na área da coluna cervical.RESPIRAÇÃO: Expor em expiração completa.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm

INCIDÊNCIAS DA COLUNA TORÁCICA

Incidência APPOSIÇÃO

• Posicione o paciente em decúbito dorsal com os braços ao lado docorpo e a cabeça na mesa ou em um travesseiro fino;

• Alinhe o plano médio-sagital ao RC e à linha média da mesa;• Flexione joelhos e quadris para reduzir a curvatura torácica;• Topo do chassi 3 cm acima do ombro.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular, no centro do chassi (ao nível de T7como para uma AP do tórax, 8-10 cm abaixo da incisura jugular); DFOFI

= 100cm; COLIMAÇÃO: Campo de colimação longo e estreito na coluna torácica.RESPIRAÇÃO: Expor em expiração para densidade mais uniforme.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 15x40 cm, 30x40 cm ou 35x43 cmESTRUTURAS MOSTRADAS

Corpos vertebrais torácicos, espaços intervertebrais articulares,processos espinhosos e transversos, costelas posteriores e articulaçõescostovertebrais.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1. A coluna de C7 a L1 deve ser centralizada em relação à linha médiado filme.

2. Articulações esternoclaviculares devem estar eqüidistantes da colunavertebral, indicando ausência de rotação.

Incidência LateralPOSIÇÃO

• Paciente na posição decúbito lateral, com a cabeça em um travesseiroe os joelhos fletidos. A radiografia pode ser feita com o paciente naposição ereta, com os braços apoiados anteriormente a cabeça;

• Alinhe o plano coronal médio ao RC e à linha média da mesa;• Eleve os braços do paciente em ângulos retos em relação ao corpo

com os cotovelos flexionados;• Dê suporte à cintura do paciente, de modo que toda a coluna esteja

paralela à mesa. (palpe os processos espinhosos para determinarisso.);

• Assegure-se de que não há rotação da pelve ou dos ombros.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular à coluna torácica, no centro do chassi(T7); DFOFI = 100cm;COLIMAÇÃO: Campo de colimação longo e estreito na coluna torácica.RESPIRAÇÃO: Expor em expiração para densidade mais uniforme.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 cm ou 35x43 cm

FIGURA 4.8 – AP COLUNA TORÁCICA

FIGURA 4.8A – AP COLUNA TORÁCICA

FIGURA 4.9 – LATERAL COLUNA TORÁCICA

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 31

ESTRUTURAS MOSTRADAS

Corpos vertebrais torácicos, espaços intervertebrais articulares e foramesintervertebrais são mostrados. As vértebras torácicas mais superiores(T1 a T3) não serão bem visualizadas. Obtenha uma imagem lateralusando o método do nadador se as vértebras torácicas superiorespossuírem interesse especial.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1. Os corpos vertebrais devem estar em perfil lateral sem rotação, comoevidenciado pelas regiões posteriores superpostas das vértebras.

2. As margens ósseas das vértebras devem aparecer com nitidez,indicando ausência de movimento das vértebras.

Incidência OblíquaPOSIÇÃO

• Decúbito, rodado posteriormente 20o em relação à lateral. (Usaralgum tipo de indicador de ângulo);

• Alinhar e centralizar a coluna vertebral na linha central, colocar obraço distante do filme para trás e o próximo da mesa levantado(OP) ou o braço mais próximo da mesa deve estar abaixado eposterior; o próximo ao tubo deve estar levantado (OA);

• Topo do chassi 3 cm acima dos ombros.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular à coluna torácica, no centro do chassi(T7); DFOFI = 100cm;COLIMAÇÃO: Campo de colimação longo e estreito na coluna torácica.RESPIRAÇÃO: Expor em expiração.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 cm ou 35x43 cm

INCIDÊNCIAS DE COLUNA LOMBAR

Incidência APPOSIÇÃO

• Decúbito dorsal, coluna vertebral alinhada na linha central;• Fletir os quadris e joelhos (para reduzir a curvatura lordótica);• Centralizar o chassi em relação ao RC;• PA alternativa: Decúbito ventral para melhor abertura dos espaços

intervertebrais por raios divergentes.RAIO CENTRAL: RC perpendicular 2,5 cm acima da crista ilíaca (L3); oucentro na crista para filme 35x43 cm; DFOFI = 100cm;COLIMAÇÃO: Campo de colimação longo e estreito na coluna lombar.RESPIRAÇÃO: Expor ao fim da expiração.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 15x40 cm, 30x40 cm ou 35x 43 cmESTRUTURAS MOSTRADAS

Corpos vertebrais lombares, articulações intervertebrais, processostransversos e espinhosos, articulações S1 e sacro são mostrados. T12até S1 devem ser incluídos.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Ausência de rotação as EIAS eqüidistantes da mesa e, processostransversos D e E, iguais em comprimento.

FIGURA 4.9A – LATERAL COLUNA TORÁCICA

FIGURA 4.10 – OBLÍQUA COLUNA TORÁCICA

FIGURA 4.11 – AP COLUNA LOMBAR

FIGURA 4.11A – AP COLUNA LOMBAR

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 32

Incidência LateralPOSIÇÃO

• Decúbito em posição lateral verdadeira, fletir os quadris e os joelhos,alinhar e centralizar o plano coronal médio na linha central;

• Colocar apoio sob a cintura, quando necessário, para colocar toda acoluna vertebral paralela ao tampo da mesa (paciente com pelvelarga pode exigir um RC 5o caudal). Colocar apoio entre os joelhos;

• Centralizar o chassi em relação ao RC.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular 2,5 cm acima da crista ilíaca (L3); oucentro na crista para filme 35x43 cm; DFOFI = 100cm;COLIMAÇÃO: Campo de colimação longo e estreito na coluna lombar.RESPIRAÇÃO: Expor ao fim da expiração.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 15x40 cm ou 30x40 cmESTRUTURAS MOSTRADAS

Forames intervertebrais de L1 a L4, corpos vertebrais, articulaçõesintervertebrais, processos espinhosos e a junção de LS e S1 são visíveis.Dependendo do tamanho do filme utilizado, todo o sacro pode tambémser incluído.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1. Forames intervertebrais abertos; espaços das articulaçõesintervertebrais abertos.

2. Margens ósseas nítidas indicam ausência de movimento.

Incidência Lateral L5 - S1POSIÇÃO

• O paciente deve estar na posição lateral deitada, com um travesseiropara a cabeça e os joelhos fletidos, com suporte entre os joelhos etornozelos para melhor manter uma posição lateral verdadeira egarantir conforto ao paciente.

• Alinhar o plano coronal médio ao RC e à linha média da mesa. Fletiros joelhos.

• Colocar suporte radiotransparente sob a cintura.• Assegurar-se de que a pelve e o tronco estão em posição lateral

verdadeira.RAIO CENTRAL

A) RC perpendicular ao filme se toda a coluna vertebral estiver paralelaà mesa; ou 5-10o caudal se toda a coluna vertebral não estiverparalela (mais freqüente em mulheres); DFOFI = 100cm;

B) RC centralizado 4 cm posterior e 2,5 cm superior a EIAS (pode variarcom pelve de homem e mulher); DFOFI = 100cm;

COLIMAÇÃO: Rigorosamente na área de interesse.RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm ou 24x30 cm

Incidência OblíquaPOSIÇÃO

• Semi-decúbito dorsal, OPD e OPE a 45o. (Usar blocos angulados sob apelve e ombros para manter a posição);

• Alinhar e centralizar a coluna vertebral em relação ao RC e à linhacentral;

FIGURA 4.12 – LATERAL COLUNA LOMBAR

FIGURA 4.12A – LATERAL COLUNA LOMBAR

FIGURA 4.13A – LATERAL L5-S1

FIGURA 4.13B – LATERAL L5-S1

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 33

• Centralizar o chassi em relação ao RC.RAIO CENTRAL: RC perpendicular no corpo de L3, 4 cm acima da cristailíaca e 5 cm medial à EIAS do lado de cima; DFOFI = 100cm;COLIMAÇÃO: Campo de colimação longo e estreito na coluna lombar.RESPIRAÇÃO: Na área de interesse.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 cm

Rotina para escoliose (Método de Ferguson)POSIÇÃO

• Posicionar o paciente, em pé ou sentado, com os braços ao lado docorpo.

• Para segunda imagem, colocar um bloco sob o pé (ou quadril, sesentado) no lado convexo da curva, de modo que o paciente malpossa se manter na posição sem assistência. Um bloco de 8 a 10 cmde qualquer tipo pode ser usado sob as nádegas se estiver sentado,ou sob os pés se estiver em pé.

• Alinhar o plano médio-sagital em relação ao RC e à linha média damesa, com os braços ao lado do corpo.

• Assegurar-se de que não haja rotação do tronco ou da pelve, sepossível.

• O filme inclui no mínimo 3 a 5 cm abaixo da crista ilíaca.RAIO CENTRAL: RC perpendicular no centro do chassi; DFOFI = 100cm;COLIMAÇÃO: Longa e estreita na coluna vertebral.RESPIRAÇÃO: Em expiração completa.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 cm ou 35x43 cm

INCIDÊNCIAS DO SACRO

Incidência APPOSIÇÃO

• Paciente em decúbito dorsal, com um travesseiro para cabeça e aspernas estendidas, e suporte sob os joelhos para dar conforto aopaciente;

• Alinhar o plano médio-sagital ao RC e à linha média da mesa;• Assegurar-se de que não haja rotação da pelve (Ambas as EIAS

eqüidistantes da mesa).RAIO CENTRAL: RC 15o cefálico, no ponto médio entre o nível da EIAS e aSínfise púbica; DFOFI = 100cm;COLIMAÇÃO: Nos quatro lados da área do sacro.RESPIRAÇÃO: Interromper durante exposição.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm;ESTRUTURAS MOSTRADAS

Visão não-encurtada do sacro, articulações S1 e junção de L5-S1.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

O correto alinhamento do sacro e do RC mostra o sacro livre deencurtamento, e o púbis e os forames sacrais não estão sobrepostos.

FIGURA 4.14 – OBLÍQUA COLUNA LOMBAR

FIGURA 4.15 – MÉTODO DE FERGUSON

FIGURA 4.16 – ESCOLIOSE

FIGURA 4.17 – AP SACRO

FIGURA 4.17A – AP SACRO

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 34

Incidência LateralPOSIÇÃO

• Decúbito lateral, quadris e joelhos fletidos, posição lateral verdadeira;• Centralizar o sacro em relação ao RC e á linha central. (Alinhar o

paciente e o chassi para RC corretamente centralizado).RAIO CENTRAL: RC perpendicular, direcionado 8-10 cm posterior à EIAS.COLIMAÇÃO: Nos quatro lados da área do sacro.RESPIRAÇÃO: Interromper durante exposição.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm;ESTRUTURAS MOSTRADAS

Vista lateral do sacro, articulação L5-S1 e cóccix.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Margens posteriores da pelve (incisuras isquiáticas maiores e cabeçasfemurais) estão sobrepostas, indicando ausência de rotação do paciente.

INCIDÊNCIAS DO CÓCCIX

Incidência APPOSIÇÃO

• Decúbito dorsal, apoio sob os joelhos, proteção gonodal parahomens;

• Alinhar e centralizar o plano médio-sagital na linha central, semrotação;

• Centralizar o chassi ao nível do RC projetado;

RAIO CENTRAL: RC 10o caudal, centralizado a meio caminho entre o níveldas EIAS e a sínfise púbica; DFOFI = 100cm;PA alternativa: decúbito ventral, RC com ângulo cefálico de 10o

(paciente que não consegue sustentar o peso em decúbito dorsal).COLIMAÇÃO: Rigorosa na área do cóccix.RESPIRAÇÃO: Interromper durante exposição.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm;ESTRUTURAS MOSTRADAS

Cóccix não-superposto sobre si mesmo e sem sobreposição da sínfisepúbica.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1. O cóccix sem sobreposição e projetado superiormente ao púbis. 2. O cóccix deve parecer eqüidistante das laterais da abertura pélvica,

indicando ausência de rotação.

Incidência Lateral

POSIÇÃO

• Paciente em decúbito lateral. com um travesseiro para a cabeça.• Fletir os joelhos. Colocar um suporte sob a cintura e entre os joelhos

e tornozelos.• Alinhar o eixo longitudinal do cóccix com o RC, mesa. (Lembre-se da

localização superficial do cóccix.)• Assegurar-se de que a pelve e o corpo estão em posição lateral

verdadeira.

FIGURA 4.18 – LATERAL SACRO

FIGURA 4.18A – LATERAL SACRO

FIGURA 4.19 – AP CÓCCIX

FIGURA 4.19A – AP CÓCCIX

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 35

RAIO CENTRAL: RC perpendicular, 5 cm inferior ao nível das EIAS e 8-10cm posterior; DFOFI = 100cm;COLIMAÇÃO: Na área do sacro distal e cóccix.

RESPIRAÇÃO: Interromper durante exposição.

TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm;ESTRUTURAS MOSTRADAS

Vista lateral do cóccix. Os inter-espaços devem aparecer abertos, se nãoestiverem fundidos.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A ausência de rotação do paciente é indicada pela sobreposição dasincisuras isquiáticas maiores. O cóccix deve aparecer no centro docampo de colimação.

FIGURA 4.20 – LATERAL CÓCCIX

FIGURA 4.20A – LATERAL CÓCCIX

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 36

NOTA DE AULA N.05: POSICIONAMENTO RADIOLÓGICO DOS MEMBROSSUPERIORES

1) Considerações Gerais Sobre PosicionamentoDISTÂNCIA: Uma DFoFi mínima comum de 100cm. Nota: As grades não são usadas para membros superiores, exceto se aparte do corpo (como o ombro) medir mais de 10 cm. (algumasreferências sugerem um a grade para mais de 13 cm.)PROTEÇÃO GONODAL: A proteção gonodal é importante para exames domembro superior devido à proximidade entre as gônodas e o feixedivergente de raios X, bem como à radiação espalhada. Portanto, umavental ou saia plumbífera deve ser colocada sobre o colo ou áreagonodal do paciente.COLIMAÇÃO, POSICIONAMENTO GERAL E MARCADORES: As bordas de colimaçãodevem ser visíveis em todos os quatro lados se o filme forsuficientemente grande para permitir isso sem cortar a anatomiaessencial.

Deve-se usar o menor tamanho de filme possível par a parteespecífica a ser radiografada, podem ser feitas duas ou mais incidênciasem um filme (isso exige colimação rigorosa).

Sempre colocar o eixo longitudinal da parte a ser radiografadaparalelo ao eixo do filme.

A identificação do paciente sobre o chassi sempre deve sercolocado de modo a evitar superpor à anatomia essencial.CENTRALIZAÇÃO CORRETA: Visa evitar a distorção de formato e tamanho e osespaços articulares estreitos claramente demonstrados.a) A parte a ser radiografada deve estar paralela ao plano do filme.b) O RC deve estar a 90o ou perpendicular à parte e ao filme.c) O RC deve ser direcionado para o ponto de centralização correto.FATORES DE EXPOSIÇÃO: Os principais fatores de exposição pararadiografias dos membros superiores são:1. kVp baixa a média (50 – 70)2. Tempo de exposição curto3. Pequeno ponto focal4. mAs adequada para densidade suficiente

Radiografias corretamente expostas dos membros superioresdevem permitir a visualização de margens de tecidos moles e finasimpressões trabeculares de todos os ossos radiografados.AUMENTO DA EXPOSIÇÃO COM IMOBILIZAÇÃO: Um membro superior imobilizadoexigirá um aumento da exposição. A espessura do aparelho gessado e aparte do corpo afetarão o aumento da seguinte forma:

Tabela de Conversão para imobilização

Tipo de imobilização Aumento da exposição

Gesso seco pequeno a médio: - aumentar 5 – 7 kVp

Gesso grande ou úmido: - duplicar mAs ou

- aumentar 8 – 10 kVp

Fibra de vidro: - aumentar 3 – 4 kVp

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 37

2) Procedimentos Operacionais Padronizados E AdicionaisDeterminadas incidências básicas e adicionais são descritas a

seguir como rotinas ou procedimentos padrões básicos e especiaisdepartamentais sugeridos.

Membros SuperioresIncidências

Básicas Adicionais

Dedo(2o – 5o quirodáctilo)

- PA- Lateral

- Oblíqua

Polegar(1o quirodáctilo)

- PA- Lateral

- Oblíqua- AP

Mão - PA- Oblíqua

- Lateral

Punho - PA- Lateral

- Oblíqua- PA (Flexão ulnar)- PA (Flexão radial)- Túnel do carpo

Antebraço - AP- Lateral

Cotovelo - AP- Lateral

- Oblíqua (int e ext)

Úmero - AP- Lateral

INCIDÊNCIAS DOS DEDOS (2O – 5O)

Incidência PAPOSIÇÃO:• Paciente sentado à extremidade da mesa, cotovelo fletido a 90o

(escudo de chumbo sobre o colo);• Pronar a mão, separar os dedos;• Centralizar e alinhar, com a parte do filme exposta, o eixo

longitudinal do(s) dedo(s) afetado(s).RAIO CENTRAL: RC perpendicular, centralizado na articulação IFP; DFOFI =100cm;COLIMAÇÃO: Nos quatro lados da área de interesse.FATORES TÉCNICOS:Alta-tensão = 60kVp; mAs = 2; Tamanho do filme = 18x24 cm (Simensmonofásico: 40kVp; 3mAs).TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 13x18 cm ou 18x24 cm;CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:• Todo o dedo em questão e aproximadamente o terço distal do

metacarpiano devem ser incluídos, com colimação visível nos quatrolados;

• As articulações interfalangianas devem apresentar-se abertas,indicando completa pronação da mão e localização correta do RC.

FIGURA 5.1 – PA DE DEDO

FIGURA 5.1A – PA DE DEDO

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 38

Incidência LateralPOSIÇÃO:• Paciente sentado, mão sobre a mesa (escudo de chumbo sobre o

colo);• Mão na posição lateral, lado do polegar para cima para 3o – 5o dedos

(se houver apoio), lado do polegar para baixo para o 2o dedo ;• Alinhar o dedo em relação ao eixo longitudinal da parte do filme

exposta.RAIO CENTRAL: RC perpendicular, centralizado na articulação IFP; DFOFI =100cm;COLIMAÇÃO: Nos quatro lados da área do dedo afetado.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 13x18 cm ou 18x24 cm;ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS

Falanges, articulações interfalangianas e metacarpo-falangianas emposição lateral.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. Todo o dedo em questão (falanges distal, média e proximal) e

articulação metacarpo-falangiana devem ser incluídos, com colimaçãovisível nos quatro lados;

2. Os espaços articulares interfalangianos devem estar abertos,indicando localização correta do raio central e que as falanges estãoparalelas ao filme. O dedo deve estar em posição lateral verdadeira.

Incidência OblíquaPOSIÇÃO:• Paciente sentado, mão sobre a mesa, cotovelo fletido a 90o (escudo

de chumbo sobre o colo);• Alinhar os dedos com o eixo longitudinal da parte do filme exposta;• Rodar a mão 45o, apoiando contra o bloco de sustentação com

ângulo de 45o.• Separar os dedos, assegurar que o(s) dedo(s) afetado(s) esteja(m)

paralelo(s) ao filmeRAIO CENTRA: RC perpendicular, centralizado na articulação IFP; DFOFI =100cm;COLIMAÇÃO: Nos quatro lados da área do dedo afetado.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 13x18 cm ou 18x24 cm;ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS

Falanges, articulações interfalangianas e metacarpo-falangianas emposição oblíqua.

INCIDÊNCIAS DO POLEGAR

Incidência PA e APPOSIÇÃO PA:• Colocar a mão em uma posição quase lateral e apoiar o polegar sobre

um bloco de esponja suficientemente alto para que o polegar nãoesteja oblíquo;

• Ou Apoiar a região anterior do dedo no chassis, que deverá estarcolocado numa extremidade da mesa;

• Alinhar o polegar em relação ao eixo longitudinal da parte do filmeexposta.

FIGURA 5.2 – LATERAL DE DEDO

FIGURA 5.2A – LATERAL DE DEDO

FIGURA 5.3 – OBLÍQUA DE DEDO

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 39

RAIO CENTRAL: RC perpendicular, centralizado na 1a articulação MF DFOFI

= 100cm;COLIMAÇÃO: Colimar rigorosamente na área do polegar (incluir todo 1o

metacarpiano estendendo-se até os carpianos)TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 13x18 cm ou 18x24 cm;ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS

Falanges distal e proximal, primeiro metacarpiano e articulaçõesassociadas.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. Todo polegar (até a 1a articulação carpometacarpiana) deve ser

centralizado em relação ao filme, com inclusão do trapézio.2. As articulações interfalangianas e metacarpianas devem apresentar-

se abertas;

Incidência LateralPOSIÇÃO:• Paciente sentado, mão sobre a mesa, cotovelo fletido (escudo sobre

o colo);• Alinhar o polegar com o eixo longitudinal da parte do filme exposta;• Com a mão em pronação e ligeiramente curva, rodar a mão

medialmente até que o polegar esteja em posição lateral verdadeira.RAIO CENTRAL: RC perpendicular, centralizado na 1a articulação MF; DFOFI

= 100cm;COLIMAÇÃO: Colimar rigorosamente na área do polegar (incluir todo 1o

metacarpiano estendendo-se até os carpianos)TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 13x18 cm ou 18x24 cm;ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS

Falanges distal e proximal e metarcapiano do 1o dedo em posição lateraljuntamente com as articulações abertas associadas e ossos sesamóidesse presentes.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. Todo polegar (desde a sua extremidade distal até a 1a articulação

carpometacarpiana) deve ser centralizado em relação ao filme, cominclusão do trapézio, e bem visualizado. O polegar deve estar emposição lateral verdadeira.

2. As articulações interfalangianas e metacarpianas devem apresentar-se abertas;

Incidência OblíquaPOSIÇÃO:• Paciente sentado, mão sobre a mesa, cotovelo fletido (escudo sobre

o colo);• Alinhar o polegar com o eixo longitudinal da parte do filme exposta;• Com a mão em pronação, abduzir o polegar ligeiramente. Esta

posição tende naturalmente a rodar o polegar até uma posiçãooblíqua a 45o.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular, centralizado na 1a articulação MF; DFOFI

= 100cm;COLIMAÇÃO: Colimar rigorosamente na área do polegar (incluir todo 1o

metacarpiano estendendo-se até os carpianos)

FIGURA 5.4 – PA POLEGAR

FIGURA 5.4A – PA POLEGAR

FIGURA 5.5 – LATERAL POLEGAR

FIGURA 5.6 – OBLÍQUA POLEGAR

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 40

TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 13x18 cm ou 18x24 cm;ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS

Falanges distal e proximal e metacarpiano e articulações associadas eossos sesamóides se presentes.

INCIDÊNCIAS DE MÃO

Incidência PAPOSIÇÃO:• Paciente sentado, mão sobre a mesa, cotovelo fletido (escudo sobre

o colo);• Alinhar o eixo longitudinal da mão e do punho paralelos à borda do

chassi;• Mão totalmente pronada, dedos ligeiramente separados.

Raio central: RC perpendicular, centralizado na 3a articulação MF;DFOFI = 100cm;Colimação: Incluir toda a mão e o punho.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm ou 24x30 cm;Estruturas mais bem demonstradasFalanges, metacarpianos, ossos do carpo e todas as articulações da mão.Critérios de avaliação:1. Toda a mão, o punho e cerca de 2,5cm da parte distal do antebraço

devem estar incluídos com as margens de colimação visíveis nosquatro lados;

2. O eixo longitudinal da mão e do punho deve ser alinhado com o dofilme;

3. Os dedos devem estar ligeiramente separados sem superposição detecidos moles;

4. As articulações metacarpo-falangianas e interfalangianas devemapresentar-se abertas, indicando a localização correta do RC e que amão estava em pronação total;

Incidência OblíquaPOSIÇÃO:• Paciente sentado, mão sobre a mesa, cotovelo fletido ;• Rodar toda a mão e o punho lateralmente 45o, apoiar com bloco em

cunha ou escada. Alinhar a mão e o punho em relação ao chassi;• Assegurar que todos os dedos estejam ligeiramente separados e

paralelos ao filme.RAIO CENTRAL: RC perpendicular, centralizado na 3a articulação MF; DFOFI

= 100cm;COLIMAÇÃO: Incluir toda a mão e o punho.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm ou 24x30 cm;ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS

Falanges, metacarpianos, ossos do carpo e todas as articulações emposição oblíqua.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. Toda a mão, o punho e cerca de 2,5cm da parte distal do antebraço

devem estar incluídos com as margens de colimação visíveis nosquatro lados;

FIGURA 5.7 – PA MÃO

FIGURA 5.7A – PA MÃO

FIGURA 5.8 – OBLÍQUA MÃO

FIGURA 5.8A – OBLÍQUA MÃO

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 41

2. A oblíqua é evidenciado por:– As porções médias das diáfises do 3o, 4o e 5o metacarpianos não

devem superpor-se;– A superposição excessiva dos metacarpianos indica rotação

excessiva e a separação muito grande rotação insuficiente.3. As articulações devem apresentar-se abertas, indicando a localização

correta do RC;

Incidência LateralPOSIÇÃO:• Paciente sentado, mão sobre a mesa, cotovelo fletido;• Mão em posição lateral, lado do polegar para cima, dedos separados

e afastados na posição de leque e sustentados por bloco em degrausradiotransparente ou suporte semelhante;

• Ou lateral em extensão (na possibilidade de corpo estranho e lesãodo metacarpo).

Raio central: RC perpendicular, centralizado na 2a articulação MF;DFOFI = 100cm;Colimação: Incluir toda a mão e o punho.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm ou 24x30 cm;Estruturas mais bem demonstradasFalanges separadas (uso da escada); metacarpianas e ossos do carposuperpostos em uma posição lateral, exceto pelo polegar, que émostrado em uma incidência PA verdadeira (com alguma ampliação).

INCIDÊNCIA DE PUNHO

Incidência PAPOSIÇÃO:• Paciente sentado, braço sobre a mesa;• Alinhar a mão e o punho paralelos à borda do chassi;• Abaixar o ombro, apoiar o braço sobre a mesa para assegurar que

não haja rotação do punho;• Mão pronada, dedos fletidos e mão ligeiramente curva para colocar o

punho em contato direto com a superfície do chassi.RAIO CENTRAL: RC perpendicular, centralizado no meio do carpo; DFOFI =100cm;COLIMAÇÃO: Incluir no mínimo 2/3 proximais dos metacarpianos e 1/3distal do antebraço.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm;ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS

Partes médias e proximal dos metacarpianos, ossos do carpo, partesdistais do rádio e da ulna e articulações associadas, e tecidos molespertinentes da articulação do punho.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. Devem ser visualizadas as partes distais do rádio e da ulna, e todos

os ossos do carpo, centralizados em relação à parte média e ao eixolongitudinal daquela parte do filme usada com margens de colimaçãonos quatro lados.

FIGURA 5.8 – LATERAL MÃO

FIGURA 5.9 – PA PUNHO

FIGURA 5.9A – PA PUNHO

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 42

2. PA verdadeiro evidenciado por:– Concavidades iguais de cada lado das diáfises dos metacarpianos

proximais;– Distâncias aproximadamente iguais entre os metacarpianos

proximais; e separação das partes distais do rádio e da ulna,exceto por possível superposição mínima na articulação radioulnardistal.

Incidência LateralPOSIÇÃO:• Paciente sentado, braço sobre a mesa, cotovelo fletido, ombro

abaixado para colocar o úmero, o antebraço e o punho no mesmoplano horizontal;

• Alinhar a mão e o punho paralelos à borda do chassi;• Colocar a mão e o punho em uma posição lateral verdadeira, usar

apoio para manter essa posição se necessário.RAIO CENTRAL: RC perpendicular, centralizado no meio do carpo; DFOFI =100cm;COLIMAÇÃO: Incluir no mínimo 2/3 proximais dos metacarpianos e 1/3distal do antebraço.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm;ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS

Partes médias e proximal dos metacarpianos superpostas, ossos docarpo, partes distais do rádio e da ulna e articulação do punho. Algumasfraturas características podem ser visualizadas como a fratura de Colles(não traumática) com deslocamento posterior do fragmento da porçãodistal do rádio .CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. Devem ser visualizadas as porções distais do rádio e da ulna, ossos

do carpo, e ao menos a área média do metacarpo, centralizados emrelação à parte média e ao eixo longitudinal daquela parte do filmeutilizada.

2. Posição Lateral verdadeira evidenciado por:– A cabeça da ulna em sua porção distal deve estar centralizada e

diretamente superposta ao rádio;– As porções proximais dos metacarpianos devem aparecer todas

alinhadas e superpostas;3. As finas impressões trabeculares de todos os ossos devem

apresentar-se nítidas e evidentes.

Incidência OblíquaPOSIÇÃO:• Paciente sentado, braço sobre a mesa, cotovelo fletido;• Alinhar a mão e o punho paralelos à borda do chassi;• Rodar a mão e o punho para a posição oblíqua a 45o;• Fletir os dedos para apoiar a mão nesta posição, ou usar bloco de

apoio a 45o.Raio central: RC perpendicular, centralizado no meio do carpo; DFOFI =100cm;Colimação: Incluir no mínimo 2/3 proximais dos metacarpianos e 1/3distal do antebraço.

FIGURA 5.10 – LATERAL PUNHO

FIGURA 5.10A – LATERAL PUNHO

FIGURA 5.11 – OBLÍQUA PUNHO

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 43

TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm;Estruturas mais bem demonstradasPartes médias e proximal dos metacarpianos, ossos do carpo(principalmente trapézio e escafóide), partes distais do rádio e da ulna earticulações associadas.

Incidência PA (flexão ulnar – incidência para escafóide)Posição:• A partir da posição PA do punho, delicadamente fletir o punho em

direção à face ulnar até onde o paciente puder tolerar.RAIO CENTRAL: Angular o RC 10-15o em direção ao cotovelo (RC de 20-30o

pode demonstrar melhor fraturas do escafóide), centralizado noescafóide (lado do polegar da área do carpo); DFOFI = 100cm;COLIMAÇÃO: Na região do carpoTAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm ou 15x40 cm (para rotinacompleta);ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS

Escafóide sem encurtamento com espaços abertos entre os ossos docarpo adjacentes.

Incidência PA (flexão radial)POSIÇÃO:• A partir da posição PA do punho, delicadamente fletir o punho em

direção à face radial até onde o paciente puder tolerar.RAIO CENTRAL: RC perpendicular, na área média do carpo; DFOFI = 100cm;COLIMAÇÃO: Colimar rigorosamente na área do carpo (quadrado de7,5cm)TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm ou 15x40 cm (para rotinacompleta);ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS

Os ossos do carpo com espaços interarticulares mais abertos na faceulnar do punho, principalmente semi-lunar, piramidal, pisiforme ehamato

Incidência Túnel do carpo (Método Gaynor-Hart)POSIÇÃO:• Paciente sentado, mão sobre a mesa (escudo sobre o colo);• Hiperestender o punho até onde o paciente puder tolerar com o

paciente usando a outra mão para manter os dedos para atrás;• Rodar um pouco a mão e o punho internamente (5-10o);• Trabalhar rapidamente.

RAIO CENTRAL: RC formando 25-30o com o eixo longitudinal da superfíciepalmar, centralizado 3cm distal à base do 3o metacarpiano; DFOFI =100cm;COLIMAÇÃO: Colimar na área do carpo (quadrado de 7,5cm)TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm;ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS

Vista tangencial dos ossos do carpo, principalmente para ademonstração de possíveis calcificações ou patologia da face dorsal dosossos do carpo.

FIGURA 5.12 – PA FLEXÃO-ULNAR

FIGURA 5.12A – PA FLEXÃO-ULNAR

FIGURA 5.13 – PA FLEXÃO-RADIAL

FIGURA 5.14 – TÚNEL DO CARPO

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 44

INCIDÊNCIAS DO ANTEBRAÇO

Incidência APPosição:• Paciente sentado à extremidade da mesa, com o braço estendido e a

mão em supinação (escudo sobre o colo);• Assegurar que as articulações do punho e do cotovelo estejam

incluídas, exceto se contra-indicado;• Solicitar que o paciente se incline lateralmente, conforme a

necessidade, para uma AP verdadeira do antebraço.RAIO CENTRAL:RC perpendicular, centralizado no ponto médio do antebraço; DFOFI =100cm;COLIMAÇÃO:Colimar dos quatro lados, incluir no mínimo 2,5 cm além das articulaçõesdo punho e cotovelo.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 cm;ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS

Todo o rádio e a ulna, fileira proximal dos ossos do carpo, cotovelo eextremidade distal do úmero.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. O eixo longitudinal do antebraço deve estar alinhado com o da

metade do filme exposta;2. Os ossos do carpo devem estar incluídos distalmente, e a parte distal

do úmero proximalmente;3. Os epicôndilos do úmero devem ser visíveis em perfil com a cabeça, o

colo e a tuberosidade do rádio ligeiramente superpostos pela ulna.Deve haver apenas discreta superposição na articulação rádio-ulnardistal;

4. Os espaços articulares do punho e do cotovelo estarão apenasparcialmente abertos devido à divergência do feixe;

5. As bordas de colimação laterais devem ser visíveis de cada lado doantebraço, e as bordas em ambas as extremidades devem incluir aanatomia essencial das articulações;

6. A exposição ótima sem movimento deve permitir a visualização demargens ósseas nítidas e de impressões trabeculares evidentes emtodo o osso.

Incidência LateralPOSIÇÃO:• Paciente sentado na extremidade da mesa (escudo sobre o colo);• Cotovelo deve estar fletido 90o;• A mão e o punho devem estar em uma posição lateral verdadeira (o

rádio e a ulna distais devem estar ligeiramente superpostos);• Assegurar que as articulações do punho e do cotovelo estejam

incluídas, exceto se contra-indicado.RAIO CENTRAL: RC perpendicular, centralizado no ponto médio doantebraço; DFOFI = 100cm;COLIMAÇÃO: Colimar dos quatro lados, incluir no mínimo 2,5 cm além dasarticulações do punho e cotovelo.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 cm;

FIGURA 5.15 – AP ANTEBRAÇO

FIGURA 5.15A – AP ANTEBRAÇO

FIGURA 5.16 – LATERAL ANTEBRAÇO

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 45

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS

Vista lateral de todo o rádio e a ulna, fileira proximal dos ossos do carpo,cotovelo e extremidade distal do úmero, olecrânio em perfil.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. O cotovelo deve ser fletido a 90o e o antebraço deve estar alinhado

com o eixo longitudinal da metade exposta do filme;2. Os ossos do carpo devem estar incluídos distalmente, e a parte distal

do úmero proximalmente;3. Ausência de rotação: A cabeça da ulna distal deve estar diretamente

superposta e centralizada sobre o rádio, e os epicôndilos umeraisdevem estar diretamente superpostos.

4. A cabeça do rádio deve superpor-se ao processo coronóide, e atuberosidade radial não deve ser observada de perfil;

5. As articulações do punho e do cotovelo estarão apenas parcialmenteabertas devido à divergência do feixe;

6. As bordas de colimação laterais devem ser visíveis de cada lado doantebraço, e as bordas em ambas as extremidades devem incluir aanatomia essencial das articulações;

7. A exposição ótima sem movimento deve permitir a visualização demargens ósseas nítidas e de impressões trabeculares evidentes emtodo o osso.

INCIDÊNCIAS DO COTOVELO

Incidência APPOSIÇÃO:• Cotovelo estendido e mão supinada (escudo sobre o colo);• Inclinar lateralmente, quando necessário, para AP verdadeira (palpar

epicôndilos);• Se o cotovelo não puder ser totalmente estendido, fazer duas

incidências AP com RC perpendicular ao úmero e antebraço fletido , eRC perpendicular ao antebraço com úmero fletido.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular, centralizado no meio da articulação docotovelo; DFOFI = 100cm;COLIMAÇÃO: Na área de interesse.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm;ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS

Parte distal do úmero, espaço articular do cotovelo e partes proximais dorádio e da ulna.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. O eixo longitudinal do braço deve ser alinhado com o da parte do

filme exposta;2. O espaço articular do cotovelo deve estar aberto e centralizado na

área exposta do filme;3. As bordas de colimação devem ser visíveis nos quatro lados, com o

meio da articulação do cotovelo no centro do campo de colimação;4. Ambos os epicôndilos devem estar em perfil, sendo o medial mais

proeminente;5. Uma parte da cabeça do rádio e cerca de metade do colo devem ser

superpostas pela ulna;6. Exposição e contraste ótimos sem movimento permitirão a

visualização de margens ósseas nítidas. A impressão trabecular deveser clara e nítida.

FIGURA 5.16A – LATERAL ANTEBRAÇO

FIGURA 5.17 – AP COTOVELO

FIGURA 5.17A – AP COTOVELO

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 46

Incidência LateralPosição:• Cotovelo fletido a 90o, ombro abaixado, quando necessário, para

apoiar o antebraço e o úmero sobre a mesa e o chassi (escudo sobreo colo);

• Centralizar o cotovelo no centro do chassi ou na parte do filmeexposta, com o antebraço alinhado paralelo à bordas do chassi;

• Colocar a mão e o punho em uma posição lateral verdadeira.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular, centralizado no meio da articulação docotovelo; DFOFI = 100cm;COLIMAÇÃO: Colimar nos quatro lados, incluir um mínimo de 5cm doantebraço e do úmero.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm;ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS

Vista lateral da parte distal do úmero e proximal do antebraço. Visualizaclaramente o olecrânio com epicôndilos superpostos.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. O eixo longitudinal do braço deve ser alinhado com o do filme, com a

articulação do cotovelo fletida a 90o e no centro do filme e do campode colimação de quatro lados;

2. O olecrânio deve ser visualizado em perfil;3. Cerca da metade da cabeça do rádio será superposta pelo processo

coronóide,4. A exposição ótima sem movimento deve permitir a visualização de

margens ósseas nítidas e de impressões trabeculares evidentes emtoda a radiografia e margens de tecidos moles.

Incidência oblíquaPOSIÇÃO:Interna:• Cotovelo estendido, mão em pronação (escudo sobre o colo);• Palpar epicôndilos para verificar rotação interna de 45o.Externa:• Supinar a mão e rodar o cotovelo 40-45o externamente (isso é mais

difícil para o paciente)• Inclinar todo o tronco lateralmente quando necessário.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular, centralizado no meio da articulação docotovelo; DFOFI = 100cm;COLIMAÇÃO: Na área de interesse.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm;ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS

interna: Processo coronóide da ulna em perfil; Externa: Cabeça e colo dorádio.

INCIDÊNCIAS DO ÚMERO

Incidência APPOSIÇÃO:• Ortostática ou decúbito dorsal com úmero alinhado com o eixo

longitudinal do chassi (exceto se for necessário posicionamentodiagonal para incluir as articulações do cotovelo e ombro). Colocarescudo sobre as gônodas.

FIGURA 5.18 – LATERAL COTOVELO

FIGURA 5.18A – LATERAL COTOVELO

FIGURA 5.19 – OBLÍQUA COTOVELO

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 47

• Abduzir o braço ligeiramente, supinar a mão para AP verdadeira(epicôndilos paralelos ao filme)

RAIO CENTRAL: RC perpendicular, na área média do úmero; DFOFI =100cm;COLIMAÇÃO: Na área de interesse.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40cm;ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS

Vista frontal de todo o úmero.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. Todo o úmero, incluindo as articulações do ombro e do cotovelo, e

cerca de 3cm da parte proximal do antebraço devem ser visualizados,com margens de colimação nos quatro lados;

2. Incidência AP verdadeira evidenciada por:– Tubérculo maior observado em perfil lateralmente;– Cabeça do úmero observada em perfil medialmente com apenas

superposição mínima da cavidade glenóide;– Contorno do tubérculo menor observado logo medialmente ao

tubérculo maior;– Epicôndilos lateral e medial da parte distal do úmero observados

em perfil;3. A exposição ótima sem movimento permitirá a visualização de bordas

nítidas e impressões trabeculares finas de todo o úmero. As porçõesproximal e distal do úmero devem apresentar-se quase iguais emdensidade de exposição. (A utilização correta do efeito anódicofacilitará isso.)

Incidência LateralPOSIÇÃO:• Ortostática (PA): Cotovelo fletido em 90o, paciente rodada 15-20o

em relação à PA ou o necessário para colocar o úmero e o ombro emcontado com o porta-filme (epicôndilos perpendiculares ao filme paralateral verdadeira)

• AP ortostática ou em Decúbito Dorsal: Cotovelo ligeiramente fletido,braço e punho rodados para posição lateral (palma para trás),epicôndilos perpendiculares ao filme;

• Filme centralizado para incluir as articulações do cotovelo e ombro.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular, na área média do úmero; DFOFI =100cm.COLIMAÇÃO: Na área de interesse.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 cm;ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS

Vista lateral de todo o úmero, incluindo a articulação do cotovelo.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:1. Todo o úmero, incluindo as articulações do ombro e do cotovelo,

devem ser visualizados, com margens de colimação nos quatro lados;2. Incidência lateral verdadeira evidenciado por:

Epicôndilos diretamente superpostos;Tubérculo menor mostrado em perfil medialmente, parcialmentesuperposto pela parte inferior da cavidade glenóide;

FIGURA 5.20 – AP ÚMERO

FIGURA 5.20A – AP ÚMERO

FIGURA 5.21 – LATERAL ÚMERO

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 48

3. A exposição ótima sem movimento permitirá a visualização de bordasnítidas e impressões trabeculares finas de todo o úmero. As porçõesproximal e distal do úmero devem apresentar-se quase iguais emdensidade de exposição. (A utilização correta do efeito anódicofacilitará isso.)

FIGURA 5.21A – LATERAL ÚMERO

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 49

NOTA DE AULA N.06: POSICIONAMENTO RADIOLÓGICO DA CINTURAESCAPULAR

1) Radiografias Da Porção Proximal Do ÚmeroIncidências em rotação da porção proximal do úmero ou cintura

escapular são comumente obtidas em pacientes sem história detraumatismo, quando foram descartadas fraturas importantes ouluxações do úmero. Essas incidências rotacionais em AP avaliam bem aarticulação escapuloumeral (ou articulação do ombro) quanto à presençade depósitos de cálcio ou outras patologias. Observe especificamente aslocalizações e os formatos do tubérculo maior (A) e do tubérculo menor(B) nessas radiografias obtidas em rotação interna, externa e neutra.ROTAÇÃO EXTERNA: A posição de rotação externa representa uma incidênciaAP verdadeira do úmero em posição anatômica, conforme determinadopelos epicôndilos do úmero distal. O braço e o cotovelo são rodadosexternamente até que a palma da mão esteja voltada para a frente. Issoposiciona uma linha imaginária entre os epicôndilos medial e lateralparalela ao chassi.OBSERVAÇÃO: Você pode conferir isso em si mesmo deixando o braço emrepouso ao lado do corpo e em seguida rodando externamente a mão eo braço enquanto apalpa os epicôndilos na região distal do úmero.

Com essa incidência obtida em rotação externa, o tubérculomaior (A),está agora posicionado em perfil lateral. O tubérculo menor(B) está agora localizado anteriormente, logo medial ao tubérculo maior.ROTAÇÃO INTERNA: A rotação interna ocorre quando a mão e o braço estãorodados internamente até que os epicôndilos do úmero distal estejamperpendiculares ao chassi, colocando o úmero em uma posição lateralverdadeira. A palma da mão está voltada para trás, ou posteriormente osuficiente para posicionar os epicôndilos perpendiculares ao chassi.

A incidência AP do ombro obtida na posição de rotação interna éportanto uma posição lateral do úmero na qual o tubérculo maior (A)está rodado em relação às faces anterior e medial da porção proximal doúmero. O tubérculo menor (B) é visto no perfil medialmente.ROTAÇÃO NEUTRA: A incidência obtida com a rotação neutra do ombro,como aquela que é realizada na vítima de traumatismo quando asincidências em rotação não podem ser feitas, geralmente posiciona osepicôndilos do úmero distal em um ângulo de cerca de 45° em relaçãoao chassi. Isso resulta em uma posição oblíqua do úmero situada a 45°quando a palma da mão está voltada para dentro, contra a coxa. Aposição neutra é portanto intermediária entre as posições externa einterna, colocando o tubérculo maior anteriormente, mas ainda lateralem relação ao tubérculo menor, conforme visto na radiografia a seguir.

2) Posicionamento. Considerações Sobre Técnica E Uso De Protetores As considerações gerais sobre o posicionamento da porção

proximal do úmero e da cintura escapular (clavícula e escápula) sãosimilares àquelas que envolvem os outros procedimentos relacionadosaos membros superiores e inferiores.2.1) CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS

Os ombros dos adultos geralmente medem entre 10 a 15 cm, oque torna necessário o uso de uma grade . Crianças e adultos magrospodem ter ombros com menos de 10 cm, necessitando de ajustes nofator de exposição sem o uso das grades.

FIGURA 6.1 – ROTAÇÃO EXTERNA

FIGURA 6.2 – ROTAÇÃO INTERNA

FIGURA 6.3 – ROTAÇÃO NEUTRA

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 50

2.2) PROTEÇÃO

GÔNADAS: A relação entre o feixe de raios X divergentes e a regiãopélvica quando o paciente está sentado com o tronco ereto tornanecessária a proteção das gônadas. TIREÓIDE, PULMÕES E MAMAS: A radiografia da região do ombro poderesultar na exposição da tireóide, das regiões pulmonares e das mamasa doses potencialmente significativas de radiação. Trata-se de órgãosradiossensíveis . Portanto, uma colimação rigorosa da área de interesseé muito importante.

3) Procedimentos Operacionais Padronizados E AdicionaisAlgumas incidências básicas e adicionais do ombro, clavícula,

articulações AC e escápula são demonstradas e descritas nas páginasseguintes

Região anatômicaIncidências

Básicas (rotina) Adicionais

Clavícula AP Axial

Articulação acrômio-claviculares AP bilateral

Escápula APLateral

Ombro AP Rot internaAP Rot externa

OblíquaAxial

INCIDÊNCIAS DE CLAVÍCULA

Incidência AP e AxialPOSIÇÃO:• Ortostática ou decúbito;• Centralizar a clavícula e o filme em relação ao RC (a meio caminho

entre a incisura jugular medialmente e a articulação AC lateralmente)RAIO CENTRAL:• RC na área média da clavícula.

– AP: RC perpendicular, na área média da clavícula.– AP axial: 15 a 30o cefálico (ombros magros exigem ângulo 5-10o

maior que ombros largos).– DFOFI = 100cm.

COLIMAÇÃO: Colimar rigorosamente na área da clavícula.RESPIRAÇÃO: Expor em expiração.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm;PATOLOGIAS DEMONSTRADAS

Fraturas e/ou luxações da clavícula são demonstradas.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1. AP 0°: Os limites da colimação devem ser visíveis com a clavículainteiramente visualizada, incluindo tanto as articulações AC quanto asarticulações esternoclaviculares.

FIGURA 6.4 – AP E AXIAL

FIGURA 6.5 – AP CLAVÍCULA

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 51

2. Axial AP: A correta angulação do RC projetará a maior parte daclavícula sobre a escápula e as costelas. Apenas a porção medial daclavícula estará superposta pela primeira e segunda costelas. Aexposição adequada mostrará a clavícula distal e a articulação ACsem densidade excessiva. As margens ósseas e o trabeculado devemaparecer com aspecto nítido, indicando que não houvemovimentação. A região medial da clavícula e a articulação esterno-clavicular também devem ser visualizadas através do tórax.

INCIDÊNCIA DA ARTICULAÇÃO ACRÔMIO-CLAVICULAR

Incidência AP BilateralPOSIÇÃO:• Ortostática, de pé, se possível, ou pode estar sentado em cadeira;• Braços ao lado do corpo, uma exposição para bilateral sem pesos, e

uma segunda exposição bilateral com pesos de 1,6-2 kg amarradosaos punhos, ombros e braços relaxados, centralizar o chassi emrelação ao RC.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular na incisura jugular; DFOFI = 180cm.COLIMAÇÃO: Campo de exposição horizontal estreito longo.RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40, 34x43 cm ou 18x24 cm (x2);PATOLOGIAS DEMONSTRADAS

A separação da articulação acrômio-clavicular é demonstrada. Umalargamento do espaço articular, quando comparado à outra incidênciacom pesos, geralmente indica uma separação da articulação ACCRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1. Pesos: Após a realização da primeira exposição sem os pesos e datroca does) chassi(s), em pacientes adultos de grande estatura, fixepesos de 1,6-2 kg em cada punho. Em seguida, com os ombrosrelaxados, cuidadosamente deixe que os pesos pendam dos punhos,rebaixando os braços e ombros. Pesos iguais devem ser usados emcada punho. Pesos menores (1-1,6 kg por membro) podem serusados em pacientes de menor porte ou emagrecidos, e pesosmaiores, em pacientes maiores.

2. Nota: Os pacientes NÃO devem ser solicitados a segurar os pesosnas mãos. Os pesos devem ser fixados nos punhos de forma que asmãos, os braços e os ombros estejam relaxados para determinar umapossível separação da articulação AC. O ato de segurar os pesos podeconduzir a resultados falso-negativos, porque o paciente tenderá apuxar os pesos, contraindo os músculos do ombro, em vez de relaxa-los.

INCIDÊNCIAS DA ESCÁPULA

Incidência APPOSIÇÃO:• Ortostática ou decúbito dorsal (ortostática é preferida com dor na

área da escápula);• Abduzir suavemente o ombro 90o se possível, mão em supinação (a

abdução resulta em menor superposição das costelas sobre aescápula),

FIGURA 6.6 – AP BILATERAL

FIGURA 6.6A – AP BILATERAL

FIGURA 6.7 – AP ESCÁPULA

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 52

• Centralizar o chassi e toda a escápula em relação ao RC.

Raio central: RC perpendicular na área média da escápula (=5cminferior ao processo coracóide e = 2,5cm medial à borda lateral); DFOFI

= 100cm.Colimação: Nos quatro lados das bordas escapulares.Respiração: Interromper durante a exposição.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm;Patologias DemonstradasFraturas da escápula.Critérios de avaliação1. A porção lateral da escápula está livre de superposição. A porção

medial da escápula será vista através das estruturas torácicas.2. A combinação adequada de densidade e contraste sem nenhuma

movimentação mostrará o trabeculado ósseo da porção lateral daescápula de forma clara e definida. As costelas e as estruturaspulmonares aparecerão distorcidas com a técnica de respiraçãoadequada.

Incidência LateralPOSIÇÃO:• Ortostática ou decúbito (prefere-se ortostática)• Palpar as bordas da escápula e rodar o tórax até que o corpo da

escápula esteja perpendicular ao filme (VARIARÁ DE ROTAÇÃO DE 45-60O EM

RELAÇÃO À PA).• A ÁREA DE INTERESSE É O CORPO DA ESCÁPULA: Braço levantado, o paciente

cruza o braço e segura o ombro oposto (figura 6.8a).• A ÁREA DE INTERESSE É A PARTE SUPERIOR DA ESCÁPULA: Braço para baixo e

para trás, colocar o braço afetado atrás das costas, fletir o cotovelo,palma da mão para fora (figura 6.8b).

RAIO CENTRAL: RC perpendicular no meio da borda medial (vertebral) daescápula; DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Na região escapular.RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm;PATOLOGIAS DEMONSTRADAS

Fraturas horizontais da escápula são evidenciadas. O braço deve serposicionado de acordo com a área escapular de interesse.Nota: Na posição em decúbito resulta em uma imagem magnificada porcausa do aumento da DOF.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1. Toda a escápula deve ser visualizada em posição lateral.2. Uma incidência lateral verdadeira é vista pela superposição direta das

bordas vertebral e lateral. O corpo da escápula deve ser visto emperfil, livre da superposição das costelas. O quanto for possível, nãose deve superpor o úmero em relação à área de interesse daescápula.

3. A exposição adequada sem nenhuma movimentação mostrará asmargens e o trabeculado ósseo de forma definida. Toda a escápuladeve ser visualizada sem densidade excessiva na área do ânguloinferior. As margens ósseas do acrômio e do processo coracóidedevem ser vistas através da cabeça do úmero.

FIGURA 6.7A – AP ESCÁPULA

FIGURA 6.8A – LATERAL ESCÁPULA

FIGURA 6.8B – LATERAL ESCÁPULA

FIGURA 6.9 – LATERAL ESCÁPULA

(DECÚBITO)

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 53

INCIDÊNCIAS DO OMBRO

Incidência AP (com rotação ext e int)POSIÇÃO:• Ortostática (sentada ou de pé) ou em decúbito dorsal, braço

ligeiramente abduzido;• Rodar o tórax, quando necessário, para colocar a face posterior do

ombro contra o porta-filme;• Centro do chassi na articulação glenoumeral e RC.• Rotação Externa: Rodar o braço externamente até que a mão

esteja em supinação e os epicôndilos, paralelos ao filme.• Rotação interna: Rodar o braço internamente até que a mão esteja

em pronação e os epicôndilos, perpendiculares ao filme.RAIO CENTRAL: RC perpendicular no meio da articulação glenoumeral (≈2,5cm inferior ao processo coracóide); DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Nos quatro lados da área de interesse.RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm;PATOLOGIAS DEMONSTRADAS

Fraturas e/ou luxações da porção proximal do úmero e cintura escapularsão demonstradas. Essa incidência pode revelar depósitos de cálcio nointerior dos músculos, tendões ou estruturas da bolsa. Algumaspatologias, como a osteoporose e a osteoartrite, também podem serevidenciadas.CRITÉRIOS AVALIAÇÃO

1. Estruturas Mostradas: Na incidência lateral da porção proximal doúmero são mostrados os dois terços laterais da clavícula e a porçãosuperior da escápula, incluindo a relação entre a cabeça do úmero e acavidade glenóide.

2. Posição: A rotação externa completa é evidenciada pelo tubérculomenor visualizado em perfil completo na face medial da cabeça doúmero. Um contorno do tubérculo maior deve ser visualizadosuperpondo-se à cabeça do úmero.

3. Critérios de Exposição: A combinação adequada de densidade econtraste sem nenhuma movimentação mostrará o trabeculado ósseode forma bem definida, permitindo a visualização de detalhes dostecidos moles para avaliação de possíveis depósitos de cálcio.

Incidência Axial ínfero-superior (Lawrence)POSIÇÃO:• Paciente em decúbito dorsal, na borda frontal da mesa, com suporte

sob o ombro para centralizar parte na linha central do chassi, cabeçavoltada para o lado oposto ao do chassi.

• Braço abduzido a 90o do corpo.• Rodar o braço externamente, mão em supinação.

RAIO CENTRAL: RC horizontal, direcionado para a axila (colocar tubopróximo da mesa ou maca ao mesmo nível da axila); DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Na região de interesse.RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm;

FIGURA 6.10 – AP ROTAÇÃO EXTERNA

FIGURA 6.10A – AP ROTAÇÃO EXTERNA

FIGURA 6.11 – AP ROTAÇÃO INTERNA

FIGURA 6.11A – AP ROTAÇÃO INTERNA

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 54

PATOLOGIAS DEMONSTRADAS

Fraturas e/ou luxações da porção proximal do úmero; também podedemonstrar osteoporose, osteoartrite e o defeito de Hill-Sachs* comuma rotação exagerada.*Fratura por compressão e possível luxação anterior da cabeça doúmero

Incidência OblíquaPOSIÇÃO:• Ortostática ou decúbito dorsal (a ortostática é preferida);• Oblíqua 35-45o em direção ao lado de interesse (o corpo da escápula

deve estar paralelo ao filme), mão e braço em rotação neutra;• Centralizar a articulação glenoumeral e o chassi em relação ao RC.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular no meio da articulação glenoumeral;DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Rigorosamente na região de interesse.RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm;

FIGURA 6.12 – AXIAL OMBRO

FIGURA 6.12A – AXIAL OMBRO

FIGURA 6.13 – OBLÍQUA OMBRO

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 55

NOTA DE AULA N.07: POSICIONAMENTO RADIOLÓGICO DOS MEMBROSINFERIORES

1) Considerações Sobre PosicionamentoGeralmente, os exames radiográficos envolvendo a porção do

membro inferior abaixo do joelho são realizados na mesa de exame. 1.1) DISTÂNCIA

Uma DFOFI comum é de 100 cm, também deve ser usadaquando se radiografar diretamente na maca.1.2) PROTEÇÃO GONODAL

A proteção das gônadas é importante para exames do membroinferior devido à proximidade das gônadas com o feixe de raios Xdivergentes. Por conseguinte, um avental ou campo de chumbo deve serusado.

Bandeja Bucky Fora do Campo de Exposição é uma práticarecomendável de modo que não fique sob a região pélvica para reduzirpossível dispersão e radiação secundária dessas estruturas.1.3) COLIMAÇÃO

As bordas da colimação devem estar visíveis em todos os quatrolados se o chassi permitir, sem cortar partes essenciais da anatomia. 1.5) POSICIONAMENTO GERAL

Sempre colocar o eixo longitudinal da parte a ser radiografadaparalelo ao eixo longitudinal do chassi. Se uma ou mais incidênciasforem obtidas no mesmo chassi, a parte deve estar paralela ao eixolongitudinal da parte do chassi que vier a ser exposta. Além disso, todasas partes do corpo devem estar orientadas na mesma direção, quandoduas ou mais incidências são obtidas no mesmo chassi.1.6) CENTRALIZAÇÃO CORRETA

A parte a ser radiografada deve estar paralela ao plano dochassi, o raio central deve ser perpendicular ao plano da estrutura edeve estar direcionado para o ponto de centralização correto.1.7) FATORES DE EXPOSIÇÃO

Os fatores de exposição para as radiografias de membrosinferiores são os seguintes:1. kV baixa a média2. Tempo de exposição curto3. Pequeno ponto focal4. mAs adequado para uma densidade suficiente

As radiografias de membros inferiores devem visualizar às finastramas trabeculares dos ossos a serem radiografados.1.8) POSICIONAMENTO DOS MARCADORES DO FILME E IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

A consideração importante é sempre colocá-lo na posição commenor probabilidade de superpor-se à anatomia de interesse.1.9) AUMENTO DA EXPOSIÇÃO COM IMOBILIZAÇÕES

Guia de conversão para imobilização

Aparelho gessado secopequena a médio

- Aumentar 5-7 kVp

Aparelho gessado grande ouúmido

- Duplicar mAs ou aumentar8-10 kVp

Aparelho de fibra de vidro - Aumentar 3-4 kVp

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 56

2) Procedimentos Operacionais Básicos E Especiais

Região anatômicaIncidências

Básica (rotina) Adicionais

Dedo - AP- Oblíqua

- Lateral

Pé - AP- Oblíqua

- Lateral- AP e Lateral com carga

Calcâneo - Axial- Lateral

Tornozelo - AP- Lateral

- Oblíqua medial

Perna - AP- Lateral

Joelho - AP- Lateral

- Oblíqua- AP ou PA com carga- Tunnel view

Patela - PA- Lateral

- Tangencial

Fêmur - AP- Lateral

INCIDÊNCIA DE DEDOS

Incidência APPOSIÇÃO • Paciente em decúbito dorsal ou sentado na mesa de exame; o joelho

deve estar flexionado com a superfície plantar do pé repousando nochassi.

• Centralizar e alinhar o eixo longitudinal do (s) dedo(s) com o RC e oeixo longitudinal da porção do chassi que vai ser exposta. Assegurarque a(s) articulação(ões) MF(s) do(s) dedo(s) em questão está(ão)centralizada(s) com o RC.

RAIO CENTRAL

• RC angulado 10-15o posteriormente (perpendicular ao eixolongitudinal dos dedos);

• RC centralizado na(s) articulação(ões) MF de interesse.• Distância DFOFI = 100cm.

COLIMAÇÃO: Nos dedos de interesse.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm;ESTRUTURAS MOSTRADAS:Dedo(s) de interesse e, pelo menos, a metade distal dos metatarsosdevem ser incluídos.PATOLOGIA DEMONSTRADA

Fraturas e/ou luxações das falanges dos artelhos em questão sãodemonstradas. Patologias, como a osteoartrite, podem ser evidenciadasno 1o dedo.

FIGURA 7.1 – AP DEDO

FIGURA 7.1A – AP DEDO

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 57

Incidência OblíquaPOSIÇÃO • Paciente em decúbito dorsal ou sentado na mesa de exame; o joelho

deve estar flexionado com a superfície plantar repousando sobre ochassi.

• Centralizar e alinhar o eixo longitudinal do(s) dedo(s) com o RC ecomo eixo longitudinal da porção do chassi que vai ser exposta.

• Assegurar que a(s) articulação(ões) MF(s) do(s) dedo(s) em questãoesteja(m) centralizada(s) com o RC.

• Rodar a perna e o pé medialmente, a 30-45° para o primeiro,segundo e terceiro dedos e lateralmente para o quarto e quintodedos.

• Usar um apoio radiotransparente a 45° sob a porção elevada do pépara impedir movimentos.

RAIO CENTRAL

• RC perpendicular, centralizado na(s) articulação(ões) MF de interesse• Distância DFOFI = 100cm.

COLIMAÇÃO: Nos dedos de interesse.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm;ESTRUTURAS MOSTRADAS:Dedo(s) de interesse e, pelo menos, a metade distal dos metatarsosdevem ser incluídos, sem sobreposição.PATOLOGIA DEMONSTRADA

Ver incidência AP.

Incidência LateralPOSIÇÃO • Rodar a perna e o pé afetados medialmente (látero-medial) para o

primeiro, segundo e terceiro dedos e lateralmente (médio-lateral)para o quarto e quinto dedos.

• Ajustar o chassi com o centro e alinhar o eixo longitudinal do artelhoem questão com o RC e com o eixo longitudinal da porção do chassique está sendo exposta.

• Assegurar que a articulação IF ou a articulação IFP em questãoesteja centralizada com o RC.

• Usar fita crepe, ataduras ou abaixador de língua para flexionar eseparar os dedos não-afetados de modo a evitar a sobreposição.

RAIO CENTRAL

• RC perpendicular, na articulação IF para o 1o dedo, e na articulaçãoIFP para o 2o – 5o dedos

• Distância DFOFI = 100cm.

COLIMAÇÃO: Nos dedos de interesse.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm.

INCIDÊNCIAS DO PÉ

Incidência APPOSIÇÃO • Paciente em decúbito dorsal; fornecer travesseiro para apoiar a

cabeça; flexionar o joelho e colocar a superfície plantar (sola do pé)afetada sobre o chassi.

FIGURA 7.2 – OBLÍQUA DEDO

FIGURA 7.2A – OBLÍQUA DEDO

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 58

• Estender o pé (flexão plantar), mantendo a superfície plantarrepousando plana e firmemente sobre o chassi.

• Alinhar e centralizar o eixo longitudinal do pé com o RC e com o eixolongitudinal da porção do chassi a ser exposta. (Use sacos de areia,se necessário, para evitar que o chassi deslize sobre a mesa deexame.)

RAIO CENTRAL

• RC perpendicular nos metatarsianos, que estão aproximadamente 10o

posteriormente (em direção ao calcanhar), centralizado na base do 3o

metatarsiano.• Distância DFOFI = 100cm.

COLIMAÇÃO: Quatro lados nas margens do pé.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm.ESTRUTURAS MOSTRADAS:O pé, por inteiro, deve ser demonstrado, incluindo as falanges, osmetatarsos e o navicular, os cuneiformes e o cubóide.PATOLOGIA DEMONSTRADA

Localização e extensão de fraturas e alinhamento de fragmentos,anormalidades nos espaços articulares, derrames de tecidos moles elocalização de corpos estranhos radiopacos são demonstrados

Incidência OblíquaPOSIÇÃO • Paciente em decúbito dorsal ou sentado; flexionar o joelho, com a

superfície plantar sobre a mesa de exame; girar ligeiramente o corpona direção oposta do lado em questão.

• Alinhar e centralizar o eixo longitudinal do pé com o RC e com o eixolongitudinal da porção do chassi a ser exposta.

• Rodar medialmente o pé para colocar a superfície plantar a 30 a 40°em relação ao plano do chassi.

• O plano geral da região dorsal do pé deve estar em paralelo com ochassi e perpendicular ao RC.

• Usar um bloco de apoio radiotransparente a 45° para impedir omovimento.

• Usar sacos de areia, se necessário, para evitar que o chassi deslizesobre a mesa de exame.

RAIO CENTRAL

• RC perpendicular e centralizado na base do 3o metatarsiano.• Distância DFOFI = 100cm.

COLIMAÇÃO: Quatro lados nas margens do pé.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm.ESTRUTURAS MOSTRADAS:O pé, por inteiro, deve ser demonstrado, desde as falanges distais até asporções posterior do calcâneo e proximal do tálus.PATOLOGIA DEMONSTRADA

Ver incidência AP.

FIGURA 7.3 – AP PÉ

FIGURA 7.3A – AP PÉ

FIGURA 7.4 – OBLÍQUA PÉ

FIGURA 7.4A – OBLÍQUA PÉ

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 59

Incidência LateralPOSIÇÃO • Paciente em decúbito lateral; fornecer travesseiro para descanso da

cabeça.• Flexionar o joelho do lado afetado cerca de 45°; colocar a perna

oposta atrás do membro em questão para evitar super-rotação daperna afetada.

• Com cuidado, flexionar dorsalmente o pé, se possível, para ajudar oposicionamento para uma incidência lateral verdadeira do pé etornozelo.

• Colocar um apoio sob a perna e o joelho, se necessário, para que asuperfície plantar esteja perpendicular ao chassi. Evitar a super-rotação do pé.

• Alinhar o eixo longitudinal do pé com o eixo longitudinal do chassi (amenos que a colocação em diagonal seja necessária para incluir o pépor inteiro)

RAIO CENTRAL

• RC perpendicular e centralizado na área média da base dosmetatarsianos.

• Distância DFOFI = 100cm.

COLIMAÇÃO: Quatro lados nas margens do pé.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm.

Incidência AP e Lateral com cargaPOSIÇÃO DA PARTE E DO RCAP:• Paciente em posição ortostática, com o peso total do corpo bem

distribuído em ambos os pés.• Os pés devem estar apontados para a frente, paralelos entre si.• Permitir ao RC uma angulação de 15° posteriormente, em direção ao

ponto médio entre os pés ao nível da base dos metatarsos.LATERAL:• Posição ortostática, com o peso distribuído igualmente.• O paciente deve ficar em pé sobre blocos de madeira colocados em

cima de uma escadinha ou banqueta de madeira, adaptada à mesade exame. (É preciso que ele esteja em uma altura suficientementegrande do chão, de modo a ser possível descer o tubo de raios X como feixe na posição horizontal.)

• Fornecer algum apoio ao paciente para lhe dar segurança.• Apoiar o chassi verticalmente entre os pés, com o eixo longitudinal do

pé alinhado com o eixo longitudinal do chassi.• Trocar o chassi e girar o paciente para a incidência lateral (perfil) do

outro pé, para comparação, após o primeiro perfil ser obtido.• Direcionar o RC horizontalmente, ao nível da base do terceiro

metatarso.• Distância DFOFI = 100cm.

COLIMAÇÃO: Quatro lados nas margens do pé.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm.

PATOLOGIA DEMONSTRADA

Essas incidências são úteis para demonstrar os ossos dos pés e mostrara condição dos arcos longitudinais sob o peso total do corpo.

FIGURA 7.5 – LATERAL PÉ

FIGURA 7.6 – AP E LATERAL COM CARGA

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 60

INCIDÊNCIAS DO CALCÂNEO

Incidência AxialPOSIÇÃO • Paciente em decúbito dorsal ou sentado na mesa de exame, com a

perna completamente estendida.• Centralizar e alinhar a articulação do tornozelo com o RC e com o

eixo longitudinal da porção do chassi que vai ser exposta.• Flexionar o pé dorsalmente, de modo que a superfície plantar esteja

quase perpendicular ao chassi (fazer uso de uma alça de atadura).(Não mantenha o paciente nessa posição além do tempo necessário.)

RAIO CENTRAL

• Direcionar o RC para a base do terceiro metatarso de modo a emergirao nível logo abaixo do maléolo lateral.

• Inclinar o RC em um ângulo de 40° cefalicamente, a partir do eixolongitudinal do pé (que também pode ser de 40° partindo da posiçãovertical se o eixo longitudinal do pé estiver perpendicular ao chassi).

• Distância DFOFI = 100cm.

COLIMAÇÃO: Quatro lados na área de interesse.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm.ESTRUTURAS MOSTRADAS:O calcâneo, por inteiro, deve ser visualizado, desde a tuberosidade,posteriormente, até a articulação talocalcânea, anteriormente.PATOLOGIA DEMONSTRADA

Patologias ou fraturas com deslocamento medial ou lateral podem serdemonstradas.

Incidência LateralPOSIÇÃO • Paciente em decúbito lateral, o lado afetado para baixo. Flexionar o

joelho do membro afetado cerca de 45°; colocar a perna oposta atrásdo membro a ser radiografado.

• Centralizar o calcâneo com o RC e com a porção do chassi, com oeixo longitudinal do pé paralelo ao plano do chassi.

• Posicionar a superfície plantar perpendicular ao chassi.• Posicionar o tornozelo e o pé para uma lateral verdadeira, o que

coloca o maléolo lateral cerca de 1 cm posterior ao maléolo medial.• Flexionar o pé dorsalmente, de modo que a superfície plantar esteja

em ângulo reto com a perna.RAIO CENTRAL: RC perpendicular no meio do calcâneo, 3 cm ao maléolomedial; Distância DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Quatro lados na área do calcâneo, incluir a articulação dotornozelo na margem superior.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm.ESTRUTURAS MOSTRADAS:O calcâneo, lateral com o tálus, as porções distais da tíbia e da fíbulademonstradas superiormente; o navicular, o espaço articular aberto docalcâneo e o cubóide, demonstrados distalmente.PATOLOGIA DEMONSTRADA

Será demonstrada qualquer lesão óssea envolvendo o calcâneo, o tálus ea articulação talocalcânea, bem como a extensão e o alinhamento dasfraturas.

FIGURA 7.7 – AXIAL CALCÂNEO

FIGURA 7.7A – AXIAL CALCÂNEO

FIGURA 7.8 – LATERAL CALCÂNEO

FIGURA 7.8A – LATERAL CALCÂNEO

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 61

INCIDÊNCIAS DO TORNOZELO

Incidência APPOSIÇÃO • Realizar a radiografia com o paciente em decúbito dorsal;• colocar um travesseiro para apoiar a cabeça;• As pernas do paciente devem estar totalmente estendidas.• Centralizar e alinhar a articulação do tornozelo com o RC e o eixo

longitudinal da porção do chassi que será exposta.• Não forçar a dorsiflexão do pé para permitir que ele permaneça em

sua posição natural.• Ajustar o pé e o tornozelo para uma incidência AP verdadeira.• Certificar-sede que a perna não esteja rodada. A linha interrnaleolar

não estará paralela ao chassi.RAIO CENTRAL: RC perpendicular a meio caminho entre os maléolos;Distância DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Colimar na região do tornozelo.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm.ESTRUTURAS MOSTRADAS: Os terços distais da tíbia e da fíbula, os maléoloslateral e medial, o tálus e a rnetade proximal dos rnetatarsos devem serdemonstrados.PATOLOGIA DEMONSTRADA

Quaisquer lesões ou doenças ósseas envolvendo a articulação dotornozelo, as porções distais da tíbia e da fíbula e as porções proximaisdo talo e do quinto metatarso são evidenciadas.

Incidência LateralPOSIÇÃO (Incidência médio-lateral)• Paciente em decúbito lateral, com o lado afetado para baixo; fornecer

ao paciente apoio para a cabeça; flexionar o joelho do membroafetado cerca de 45°; colocar a perna oposta atrás do membro a serradiografado para evitar super-rotação.

• Centralizar a articulação do tornozelo com o RC e com a porção dochassi a ser exposta.

• Suporte sob o joelho, se necessário, para adequar a perna e o pé emuma posição lateral verdadeira.

• Flexionar o pé dorsalmente, de modo que a superfície plantar estejaem ângulo reto com a perna ou ao máximo que o paciente pudertolerar; não forçar.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular ao maléolo medial;Distância DFOFI =100cm.COLIMAÇÃO: Colimar na região do tornozelo.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm.ESTRUTURAS MOSTRADAS:O terço distal da tíbia e da fíbula, com a porção distal da fíbulasobreposta pela porção distal da tíbia, tálus e calcâneo, aparecerão naincidência lateral. A tuberosidade do quinto metatarso, o navicular e ocubóide também devem ser visualizados.PATOLOGIA DEMONSTRADA

Essa incidência é útil na avaliação de fraturas, luxações e derramesarticulares associados a outras patologias que acometem as articulações.

FIGURA 7.9 – AP TORNOZELO

FIGURA 7.9A – AP TORNOZELO

FIGURA 7.10 – LATERAL TORNOZELO

FIGURA 7.10A – LATERAL TORNOZELO

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 62

Incidência OblíquaPOSIÇÃO • Paciente em decúbito dorsal; colocar travesseiro sob a cabeça do

paciente; as pernas devem estar completamente estendidas(pequenos sacos de areia ou outro suporte sob o joelho aumentam oconforto do paciente).

• Centralizar e alinhar a articulação do tornozelo com o RC e com oeixo longitudinal da porção do chassi que será exposta.

• Se as condições do paciente permitirem, flexionar o pé dorsalmente,se necessário, de modo que a superfície plantar esteja pelo menos a80-85° do chassi (10 a 15° a partir do eixo vertical).

• Rodar a perna e o pé internamente a 45°.RAIO CENTRAL: RC perpendicular a meio caminho entre os maléolos;Distância DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Colimar na região do tornozelo.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm.

Incidência da Perna

Incidência APPOSIÇÃO • Paciente em decúbito dorsal; fornecer ao paciente um travesseiro

para apoiar a cabeça; a perna deve estar TOTALMENTE ESTICADA.• Ajustar a pelve, o joelho e a perna para uma incidência AP

verdadeira, sem rotação.• Colocar sacos de areia contra o pé, se necessário, para estabilização,

e flexionar o pé dorsalmente a 90° com a perna, se possível.• Certificar-se de que tanto a articulação do tornozelo quanto à do

joelho estejam a 3 a 5 cm das extremidades do filme (de modo queos raios divergentes não "joguem" nenhuma das duas articulaçõespara fora do filme).

• Para a maioria dos pacientes adultos, a perna deve ser colocada nosentido diagonal (canto a canto) em um chassi de 35 x 43 cm paragarantir que ambas as articulações estejam incluídas.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular no meio da perna (no meio do filme);Distância DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Nos quatro lados, para incluir as articulações do joelho e dotornozelo.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 cm.ESTRUTURAS MOSTRADAS:A tíbia e a fíbula, por inteiro, devem estar incluídas, com as articulaçõesdo joelho e do tornozelo demonstradas em um (ou dois, se necessário)filme(s).PATOLOGIA DEMONSTRADA

Patologias envolvendo fraturas, corpos estranhos ou lesões ósseas

Incidência LateralPOSIÇÃO • Paciente em decúbito lateral, com o lado afetado para baixo; • A perna oposta deve estar colocada atrás da perna afetada e apoiada

por um travesseiro ou sacos de areia.

FIGURA 7.11 – OBLÍQUA TORNOZELO

FIGURA 7.12 – AP PERNA

FIGURA 7.12A – AP PERNA

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 63

• Flexionar o joelho cerca de 45° e se certificar de que a perna estejaem uma posição de perfil verdadeiro. (O plano da patela deve estarperpendicular ao chassi.)

• Certificar-se de que tanto a articulação do tornozelo quanto a dojoelho estejam a 3 a 5 cm das extremidades do filme (de modo queos raios divergentes não "joguem" nenhuma das duas articulaçõespara fora do filme).

• Para a maioria dos pacientes adultos, a perna deve ser colocada nosentido diagonal (de ângulo a ângulo) em um filme de 35 x 43 cmpara garantir que as duas articulações estejam incluídas.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular no meio da perna (no meio do filme);Distância DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO

Nos quatro lados, para incluir as articulações do joelho e do tornozelo.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 cm.ESTRUTURAS MOSTRADAS: A tíbia e a fíbula, por inteiro, devem estar incluídas, com as articulaçõesdo joelho e do tornozelo demonstradas em um (ou dois, se necessário)filme(s).PATOLOGIA DEMONSTRADA

Localização de lesões e corpos estranhos, além de determinação daextensão e do alinhamento de fraturas.

INCIDÊNCIAS DO JOELHO

Incidência APPOSIÇÃO • Paciente em decúbito dorsal sem rotação da pelve; fornecer

travesseiro para descanso da cabeça; a perna deve estarcompletamente estendida.

• Alinhar e centralizar a perna e o joelho com o RC e com a linha médiada mesa ou do chassi.

• Rodar a perna internamente, 3° a 5° para AP do joelho verdadeira(ou até que a linha interepicondilar esteja paralela ao plano dochassi).

• Colocar apoio no pé e tornozelo para os estabilizar, se necessário.

RAIO CENTRAL: Alinhar o RC em paralelo ao platô tibial; para paciente deporte médio, o RC fica perpendicular ao chassi; Direcionar o RC a umponto localizado 1,25 cm distal ao ápice da patela; DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO

Laterais nas bordas cutâneas, extremidades nas bordas do filme.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 cm.ESTRUTURAS MOSTRADAS: As porções distal do fêmur e proximal da tíbia e da fíbula são mostradas.O espaço articular fêmuro-tibial deve estar aberto com as facetasarticulares da tíbia visualizadas na extremidade com uma área desuperfície mínima visualizada.PATOLOGIA DEMONSTRADA

Quaisquer fraturas, lesões ou alterações ósseas secundárias a doençasarticulares degenerativas envolvendo a porção distal do fêmur, a porçãoproximal da tíbia e da fíbula, a patela e a articulação do joelho.

FIGURA 7.13 – LATERAL PERNA

FIGURA 7.13A – LATERAL PERNA

FIGURA 7.14 – AP JOELHO

FIGURA 7.14A – AP JOELHO

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 64

Incidência LateralPOSIÇÃO • Realizar a radiografia com o paciente em decúbito lateral, com o lado

afetado para baixo; fornecer travesseiro para descanso da cabeça;fornecer apoio para o joelho do membro oposto colocado atrás dojoelho que está sendo imaginado para evitar super-rotação,

• Ajustar a rotação do corpo e da perna até que o joelho esteja naposição de lateral verdadeira (epicôndilos femurais diretamente sobrepostos e o plano da patela perpendicular ao plano do chassi).

• Flexionar o joelho 20 a 30°.• Alinhar e centralizar a perna e o joelho com o RC e com a linha

média da mesa ou do chassi.Raio Central: O ângulo do RC é de 5° a 7° cefalicamente. Direcionar oRC para um ponto localizado a 2,5 em distal ao epicôndilo medial; DFOFI

= 100cm.Colimação: Laterais nas bordas cutâneas, extremidades nas bordas dofilme.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm.

Incidência Tunnel viewPOSIÇÃO • Paciente em decúbito ventral; colocar travesseiro sob a cabeça. Pedir

ao paciente que se ajoelhe sobre a mesa de exame.

Decúbito ventral (método Camp Coventry):• Flexionar os joelhos a 40° a 50°; colocar apoio sob o tornozelo.• Centralizar o chassi com a articulação do joelho considerando a

incidência do ângulo do RC.

De joelhos (método de Holmblad):• Com o paciente ajoelhado e as mãos apoiadas sobre a mesa de

exame, colocar o chassi sob o joelho afetado e centraliza-lo com acrista poplítea.

• Solicitar ao paciente que apóie o peso do corpo principalmente noJoelho oposto (não-afetado).

• Solicitar ao paciente que, lentamente, se incline para a frente 20° a30° e se mantenha nessa posição. (Resulta em uma flexão do joelhode 60° a 70°.)

RAIO CENTRAL: Decúbito ventral: Direcionar o RC perpendicular à perna(40° a 50° caudais para se compatibilizar com o grau de flexão); Dejoelhos: Direcionar o RC perpendicular ao chassi e à perna; Direcionar oRC à linha média da crista poplítea; Distância DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Quatro lados na área de interesse.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm.PATOLOGIA DEMONSTRADA

São demonstrados patologias ósseas ou cartilaginosas, e estreitamentodo espaço articular.

Incidência OblíquaPOSIÇÃO

• Decúbito dorsal, perna estendida e centralizada em relação ao RC elinha média da mesa ou chassi;

FIGURA 7.15 – LATERAL JOELHO

FIGURA 7.15A – LATERAL JOELHO

FIGURA 7.16 – TUNNEL VIEW

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 65

• Rodar toda a perna incluindo o joelho, tornozelo e pé internamente45o para oblíqua medial, e 45o externamente para a oblíqua externa;

• Centralizar o chassi em relação ao RC.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular ao filme no paciente médio; RC noespaço articular médio (1,25 cm abaixo da patela)COLIMAÇÃO: Laterais nas bordas cutâneas, extremidades nas bordas dofilme.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm.

Incidência AP ou PA com carga

POSIÇÃO • Paciente em posição ortostática, sobre um degrau acoplado ou

banqueta de madeira, de modo a ficar suficientemente alto parareceber o feixe horizontal do tubo de raios X.

• Posicionar os pés apontando para a frente, com o peso igualmentedistribuído em ambos os pés; fornecer apoio para as mãos para queo paciente adquira estabilidade.

PA ALTERNATIVA: • Paciente de frente para a mesa ou para o porta-filme, joelhos

flexionados cerca de 20°, pés apontados para a frente, coxas contraa mesa de exame ou o porta-filme.

RAIO CENTRAL: RC no ponto médio entre as articulações do joelho, cercade 1,25 cm distal ao ápice das patelas.AP: RC horizontal , perpendicular ao filme no paciente médio;PA: RC 10o caudal (para pernas fletidas 20o)TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 cm.

INCIDÊNCIAS DE PATELA

Incidência PAPOSIÇÃO • Paciente em decúbito ventral, as pernas estendidas; colocar um apoio

sob o tornozelo e a perna, para evitar pressão direta sobre a patela.• Alinhar e centralizar o eixo longitudinal da perna e do joelho com

alinha média da mesa de exame ou do filme.PA: Alinhar a linha interepicondilar em paralelo com o plano do chassi.(Habitualmente, isso exige uma rotação interna da região anterior dojoelho de cerca de 5°.)RAIO CENTRAL: RC perpendicular ao filme; Direcionar o RC para a regiãomédia da patela (aproximadamente no meio da crista poplítea);Distância DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Na área da patela e articulação do joelho.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm.ESTRUTURAS MOSTRADAS:A articulação do joelho e a patela com registro ideal dos detalhes dapatela devido à DOF diminuída se realizada na incidência PA sãomostradas.PATOLOGIA DEMONSTRADA

Fraturas da patela são avaliadas antes de se flexionar a articulação dojoelho para outras incidências.

FIGURA 7.17 – OBLÍQUA JOELHO

FIGURA 7.18 – AP COM CARGA

FIGURA 7.19 – PA PATELA

FIGURA 7.19A – PA PATELA

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 66

Incidência LateralPOSIÇÃO • Paciente em decúbito lateral, o lado afetado para baixo; fornecer

apoio para o joelho do membro oposto, colocando atrás do joelhoafetado.

• Ajustar a rotação do corpo e da perna até que o joelho esteja emposição lateral verdadeira (epicôndilos femurais diretamentesobrepostos e plano da patela perpendicular ao plano do chassi).

• Flexionar o joelho apenas de 5° a 10°. (Uma flexão maior podeseparar fragmentos de fratura, se presentes.)

• Área da articulação patelofemural centralizada em relação ao RC elinha média do chassi.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular, centralizado no meio do espaço articularpatelofemural; Distância DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Na área da articulação do joelho, patela e articulaçãopatelofemural.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm.ESTRUTURAS MOSTRADAS:Uma imagem lateral demonstrando a patela, a articulação patelofemurale a articulação tibiofemural.

INCIDÊNCIAS DO FÊMUR

Incidência APPOSIÇÃO • Paciente em decúbito dorsal, o fêmur centralizado na linha média da

mesa de exame. (Também pode ser feita em uma maca)• Alinhar o fêmur com o RC e com a linha média da mesa ou do chassi.• Rodar a perna internamente cerca de 5° para uma incidência AP

verdadeira, similar à AP do joelho. (Para a porção proximal do fêmur,uma rotação interna da perna a 10 a 15° é necessária, similarmenteà AP do quadril.)

• Certificar-se de que a articulação do joelho está incluída no chassi,considerando a divergência do feixe de raios X. A borda inferior dochassi deve estar 5 cm abaixo da articulação do joelho.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular, no meio do filme; Distância DFOFI =100cm.COLIMAÇÃO: Longa e estreita na área do fêmur.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 cm ou 35x43 cm.ESTRUTURAS MOSTRADAS:Os dois terços distais do fêmur incluindo a articulação do joelho sãomostrados. O espaço articular do joelho não aparecerá completamenteaberto devido ao feixe de raios X divergente.PATOLOGIA DEMONSTRADA

As porções média e distal do fêmur, incluindo a articulação do joelhopara a detecção e avaliação de fraturas e/ou lesões ósseas.

Incidência LateralPOSIÇÃO • Realizar a radiografia com o paciente em decúbito lateral ou, no caso

de paciente traumatizado, em decúbito dorsal.

FIGURA 7.20 – LATERAL PATELA

FIGURA 7.20A – LATERAL PATELA

FIGURA 7.21 – AP FÊMUR

FIGURA 7.21A – AP FÊMUR

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 67

Advertência: Essa posição não deve ser tentada no caso de pacientecom traumatismo grave.• Flexionar o joelho aproximadamente 450 com o paciente deitado

sobre o lado afetado e alinhar o fêmur com a linha média da mesa oudo chassi.

• Colocar a perna não-afetada por trás da perna afetada para evitarsuper-rotação.

• Ajustar o chassi para incluir a articulação do joelho (a margeminferior do chassi deve estar cerca de 5 cm abaixo da articulação dojoelho).

RAIO CENTRAL: RC perpendicular, no meio do filme; Distância DFOFI =100cm.COLIMAÇÃO: Longa e estreita na área do fêmur.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 cm ou 35x43 cm.ESTRUTURAS MOSTRADAS:Os dois terços distais do fêmur, incluindo a articulação do joelho.PATOLOGIA DEMONSTRADA

Ver incidência AP.

FIGURA 7.22 – LATERAL FÊMUR

FIGURA 7.22A – LATERAL FÊMUR

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 68

NOTA DE AULA N.08: POSICIONAMENTO RADIOLÓGICO DA CINTURAPÉLVICA

1) Considerações Sobre PosicionamentoLOCALIZAÇÃO DA CABEÇA E DO COLO DO FÊMUR: O tecnólogo deve ser capaz delocalizar a cabeça e o colo do fêmur por dois pontos de reparo deposicionamento proeminentes, que são a EIAS e a borda superior dasínfise púbica. Um método primário para localizar a cabeça e o colo dofêmur é primeiro encontrar o ponto médio de uma linha imagináriadesenhada entre a EIAS e a sínfise púbica. O colo do fêmur está aaproximadamente 6 a 7 cm ou 3 a 4 dedos de largura distal ao pontomédio desta linha. A cabeça do fêmur está aproximadamente a 4 cm ou2 dedos de largura abaixo do ponto médio desta linha.ASPECTO DA PORÇÃO PROXIMAL DO FÊMUR EM POSIÇÃO ANATÔMICA: Quando aperna está na posição anatômica correta, como na verdadeira AP daperna, a porção proximal do fêmur está na verdade rodadaposteriormente. Logo, o colo femural aparece encurtado, e o trocantermenor é visível quando a perna e o tornozelo estiverem em verdadeiraAP, como na posição anatômica correta.PELVE: A pelve total (significando uma bacia) serve como a base dotronco e forma a conexão entre a coluna vertebral e os membrosinferiores. A pelve consiste em quatro ossos - dois ossos do quadril(também denominados ossos inominados), um sacro e um cóccix. Àsvezes o termo cintura pélvica é usado em referência à pelve inteira. Essetermo, no entanto, é incorreto, já que cintura pélvica consiste apenasem dois ossos do quadril, e o termo pelve inclui o sacro e o cóccix.OSSOS DO QUADRIL: Cada osso do quadril é composto por três divisões:(1) ílio, (2) ísquio e (3) púbis. Em uma criança, essas três divisões sãoossos separados, mas eles fundem-se em um osso único durante aadolescência. A fusão ocorre na área do acetábulo. O acetábulo é umacavidade profunda, em forma de taça, que recebe a cabeça do fêmurpara formar a articulação do quadril.ROTAÇÃO INTERNA DA PERNA: Na rotação interna da perna inteira, a porçãoproximal do fêmur e a articulação do quadril são projetadas em umaincidência AP correta. O colo do fêmur agora está paralelo à superfíciede imagem e não aparecerá encurtado.

O trocanter menor é fundamental na determinação do corretoposicionamento da perna e do pé (em uma imagem radiográfica). Setoda a perna estiver rodada internamente no máximo de 15° a 20° otrocanter menor não é visível.EVIDÊNCIA DE FRATURA DO QUADRIL: O colo femural é um local de fraturacomum em pacientes mais velhos que sofreram uma queda. O típicosinal físico dessa fratura é a rotação externa do pé envolvido, enquantoo trocanter menor é claramente visualizado em perfil.ADVERTÊNCIA SOBRE O POSICIONAMENTO: Se houver evidência de fratura dequadril (rotação externa do pé), uma radiografia da pelve deve ser feita"como está", sem tentar rodar internamente a perna, como serianecessário para uma incidência AP correta do quadril.

2) Efeito Da Rotação Do Membro Inferior As fotos e radiografias pélvicas associadas nesta página

demonstram o efeito da rotação na aparência dos fêmures proximais.

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 69

1- POSIÇÃO ANATÔMICA: Eixos longitudinais dos pés na posição vertical;Colos femurais parcialmente encurtados; Trocanteres menoresparcialmente visíveis (figura 8.1).

2- ROTAÇÃO MEDIAL DE 15° A 20° (a posição desejada para visualizar pelvee quadril): Eixos longitudinais dos pés e membros inferiores rodadosinternamente em 15° a 20°; Cabeças e colos femurais em perfilIncidência correta AP dos fêmures proximais; Trocanteres menores nãovisíveis ou ligeiramente visíveis em alguns pacientes (figura 8.2).

3- ROTAÇÃO EXTERNA: Eixos longitudinais dos pés e membros inferioresigualmente rodados lateralmente em uma posição normal derelaxamento; Colos femurais grandemente encurtados Trocanteresmenores visíveis em perfil internamente (figura 8.3).

4- ROTAÇÃO TÍPICA COM FRATURA DO QUADRIL: Eixo longitudinal do péesquerdo rodado externamente (do lado da fratura do quadril); Pédireito e membro não-afetados em posição neutra; Trocanter menor nomembro rodado externamente (esquerdo) mais visível; área do coloencurtada (figura 8.4).

3) Protocolos De ProteçãoPROTEÇÃO MASCULINA Pequenos escudos de contato podem ser usadoscom facilidade em todos os homens. Os protetores são colocados sobrea área dos testículos sem cobrir a anatomia essencial da pelve ouquadris.PROTEÇÃO FEMININA Escudos de contato ovarianos exigem colocação maiscriteriosa a fim de proteger a área dos ovários sem cobrir a anatomiaessencial da pelve ou quadril. Material composto de chumbo coberto porvinil, cortado em vários formatos e tamanhos, pode ser usado com essafinalidade em uma radiografia pélvica ou bilateral do quadril em AP.FATORES DE EXPOSIÇÃO E DOSE DO PACIENTE A fim de reduzir a dose total deradiação recebida pelo paciente, um limite de kVp mais alto de 90 ± 5pode ser usado nos exames pélvicos e de quadril. Essa técnica de kVpmais alta, com mAs mais baixo, resulta em uma dose mais baixa deradiação fornecida ao paciente.

4) Procedimentos Operacionais Básicos E Especiais

Regiãoanatômica

Incidências

Básicas (rotina) Adicionais

Pelve AP (pélvica ou quadrilbilateral)AP perna de rã bilateral(método de Cleavesmodificado)

Axial AP – ossos pélvicosanteriores - (método deTaylor)Oblíqua posterior doacetábulo (método deJudet)

Quadril e fêmurproximal

AP unilateral do quadrilLateral - perna de rãunilateral

Articulaçõessacroilíacas

Axial APOblíquas posteriores

FIGURA 8.1 – POSIÇÃO ANATÔMICA

FIGURA 8.2 – ROTAÇÃO MEDIAL

FIGURA 8.3 – ROTAÇÃO EXTERNA

FIGURA 8.4 – ROTAÇÃO TÍPICA FRATURA

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 70

INCIDÊNCIAS DE PELVE E/OU QUADRIL BILATERAL

Incidência APPOSIÇÃO • Com o paciente em decúbito dorsal, os braços ao lado do corpo ou

cruzados sobre o tórax; forneça um travesseiro para a cabeça e umsuporte sob os joelhos.

• Alinhe o plano médio-sagital do paciente à linha central da mesa e aoRC .

• Assegure-se de que a pelve não está rodada, à distância do tampo damesa até cada EIAS deve ser igual.

• Separe pernas e pés, então rode internamente os eixos longitudinaisdos pés e membros inferiores em 15° a 20°.

• O tecnólogo pode precisar colocar bolsas de areia entre oscalcanhares e unir a parte superior dos pés com fita ou usar bolsasde areia adicionais para que os pés permaneçam nessa posição.

RAIO CENTRAL: O RC é perpendicular ao filme, direcionado ao pontomédio entre o nível da EIAS e a sínfise púbica. Esse ponto está = 5cmabaixo do nível da EIAS; DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Faça a colimação para as margens laterais da pele e para asbordas superiores e inferiores do filme.RESPIRAÇÃO: Prender a respiração durante a exposição.PATOLOGIA DEMONSTRADA: Fraturas, luxações articulares, doença de lesõesósseas são demonstradasADVERTÊNCIA: Não tente rodar internamente as pernas quando se suspeitade fratura ou luxação do quadril. Faça a incidência com a perna afetada"como está".TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 cm ou 35x43 cm.ESTRUTURAS MOSTRADAS:Cintura pélvica, LS, sacro e cóccix, cabeças, colo femurais e trocanteresmaiores são visíveis.

Incidência AP perna de rã bilateral(método de Cleaves modificado)POSIÇÃO • Com o paciente em decúbito dorsal, os braços cruzados sobre o

tórax; forneça um travesseiro para a cabeça.• Alinhe o paciente à linha média da mesa e/ou do filme e ao RC;• Assegure-se de que a pelve não está rodada; (distâncias iguais do

tampo da mesa até as EIAS);• Centralize o filme em relação ao RC, ao nível das cabeças femurais, o

topo do filme aproximadamente ao nível da crista ilíaca;• Fletir ambos os joelhos como demonstrado;• Una as superfícies plantares dos pés e abduza ambos os fêmures 40°

a 45° a partir da vertical;• Assegure-se de que os dois fêmures estão igualmente abduzidos e

que a pelve não está rodada;• Coloque suportes sobre cada perna para estabilizar se necessário.

RAIO CENTRAL: RC é perpendicular ao filme, direcionado a um ponto 7,5cm abaixo do nível da EIAS (2,5 cm acima da sínfise púbica); DFOFI =100cm.

FIGURA 8.5 – AP PELVE

FIGURA 8.5A – AP PELVE

FIGURA 8.6 – MÉTODO DE CLEAVES

MODIFICADO

FIGURA 8.6A – MÉTODO DE CLEAVES

MODIFICADO

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 71

COLIMAÇÃO: Faça a colimação para as margens laterais da pele e para asbordas superiores e inferiores do filme.RESPIRAÇÃO: Prender a respiração durante a exposição.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 cm ou 35x43 cm.PATOLOGIA DEMONSTRADA: Essa incidência é útil para a evidenciação de umquadril não-traumatizado ou de displasia do desenvolvimento do quadril(DDQ), também conhecida como luxação congênita do quadril (LCQ).ADVERTÊNCIA:Essa incidência é freqüentemente realizada em exames periódicos deacompanhamento em pacientes mais jovens, assim proteção gonadaladequadamente colocada é importante tanto em homens quanto emmulheres, garantindo que as articulações do quadril não estejamcobertas. ESTRUTURAS MOSTRADAS: Cabeças e colos femurais, acetábulo e áreas trocantéricas são visíveis emuma radiografia.

Incidência Axial AP – ossos pélvicos anteriores(método de Taylor)POSIÇÃO • Com o paciente em decúbito dorsal, pernas estendidas com suporte

sob os joelhos e forneça um travesseiro para a cabeça, para obterconforto.

• Alinhe o plano médio-sagital ao RC e à linha média da mesa e/ou dofilme;

• Assegure-se de que a pelve não está rodada (distância entre a EIAS eo tampo da mesa igual em ambos os lados);

• Centralize o filme em relação ao RC projetado.

RAIO CENTRAL: Ângulo do RC (no sentido cefálico) 20° a 35° em homense 30° a 45° nas mulheres. (Esses ângulos diferentes são devidos àsdiferenças nos formatos entre as pelves masculinas e femininas.).Direcione o RC a um ponto na linha média 3 a 5 cm distal à bordasuperior da sínfise púbica ou trocanteres maiores; DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Faça a colimação fechada dos quatro lados na área deinteresse.RESPIRAÇÃO: Prender a respiração durante a exposição.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 cm ou 35x43 cm.ESTRUTURAS MOSTRADAS: Ramos superiores e inferiores dos ossos púbicos e corpo e ramo doísquio são bem demonstrados.

Incidência Oblíqua posterior do acetábulo(método de Judet)POSIÇÃO • Posições Oblíquas Posteriores. Com o paciente em posição semi-

supina, forneça um travesseiro para a cabeça e posicione o ladoafetado para cima ou para baixo, dependendo da anatomia a serdemonstrada.

• Posicione o paciente em oblíqua posterior a 45°, tanto o tórax quantoà pelve a 45o do tampo da mesa. Faça um suporte com uma esponjaem forma de cunha;

FIGURA 8.7 – MÉTODO DE TAYLOR

FIGURA 8.7A – MÉTODO DE TAYLOR

FIGURA 8.8 – MÉTODO DE JUDET

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 72

• Alinhe a cabeça femural e o acetábulo de interesse à linha média damesa e ou do chassi;

• Centralize o chassi em sentido longitudinal em relação ao RC ao nívelda cabeça femural.

RAIO CENTRAL: Quando a anatomia de interesse está na parte inferior, RCdireto perpendicular e centralizado a 5 cm distal e 5 cm medial à EIAS daparte inferior. Quando a anatomia de interesse está na parte superior,RC direto perpendicular e centralizado a 5 cm diretamente distal a EIASda parte superior; DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Faça a colimação dos quatro lados na área de interesse.RESPIRAÇÃO: Prender a respiração para a exposição.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 cm ou 35x43 cm.

INCIDÊNCIAS DE QUADRIL E FÊMUR PROXIMAL

Incidência AP unilateral do quadrilPOSIÇÃO • Com o paciente em decúbito dorsal, posicione os braços ao lado do

corpo ou sobre a parte superior do tórax.• Localize o colo femural e alinhe-o em relação ao RC e à linha média

da mesa e/ou do filme.• Assegure-se de que não há rotação da pelve (distância igual das EIAS

até a mesa).• Faça a rotação interna da perna afetada entre 150 a 200.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular ao filme, direcionado para 2,5 a 5 cmdistal ao meio do colo femural (para incluir todos os dispositivosortopédicos do quadril se presentes). O colo femural pode ser localizadocerca de 3 a 5 cm medial e 8 a 10 cm distal a EIAS; DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Faça a colimação dos quatro lados na área de interesse.RESPIRAÇÃO: Prender a respiração durante a exposição.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 cm ou 35x43 cm.ADVERTÊNCIA: Não tente fazer a rotação das pernas em caso de suspeita de fratura.Uma AP básica da pelve, incluindo ambos os quadris para comparação,deve ser feita antes que a AP unilateral do quadril seja feita em casos depossível trauma pélvico ou do quadril.ESTRUTURAS MOSTRADAS: O terço proximal do fêmur deve ser visualizado, juntamente com oacetábulo e partes adjacentes do púbis, ísquio e ílio. Qualquer aplicaçãoortopédica existente deve ser visível em sua totalidade.

Incidência Lateral - perna de rã unilateral

POSIÇÃO

• Com o paciente em decúbito dorsal, posicione a área afetada doquadril para que essa fique alinhada ao RC e à linha média da mesae/ou do filme.

• Flexione o joelho e o quadril do lado afetado, como demonstrado,com a sola do pé contra a parte interna da perna oposta, próxima aojoelho se possível;

FIGURA 8.8A – MÉTODO DE JUDET

FIGURA 8.9 – AP QUADRIL

FIGURA 8.9A – AP QUADRIL

FIGURA 8.10 – LATERAL QUADRIL

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 73

• Abduza o fêmur a 45° a partir da vertical, colocando o colo femuralquase paralelo ao filme;

• Centralize o colo femural afetado em relação ao RC e à linha médiado filme e tampo da mesa. (O colo femural está 7,5 a 10 cm distal àEIAS).

RAIO CENTRAL: RC é perpendicular ao filme, direcionado ao meio do colofemural (centro do filme); DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Faça a colimação dos quatro lados na área de interesse. RESPIRAÇÃO: Prender a respiração durante a exposição.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm.ADVERTÊNCIA: Não tente essa posição em pacientes com doença destrutiva ou luxaçãoou fratura potencial do quadril. Isso poderia resultar em deslocamentosignificativo dos fragmentos da fratura.NOTA: Uma modificação dessa posição é o método de LAUENSTEIN/HICKEY,

com o paciente iniciando na mesma posição, rodando então parao lado afetado até que o fêmur esteja em contato com o tampoda mesa e paralelo ao filme. Essa posição encurta a região docolo mas pode demonstrar bem a cabeça e o acetábulo se aperna afetada puder ser abduzida suficientemente, comomostrado em detalhe.

ESTRUTURAS MOSTRADAS: Nas visões laterais do acetábulo e da cabeça e do colo femurais, a áreatrocantérica e o terço proximal do fêmur são visíveis.

INCIDÊNCIAS DA ARTICULAÇÕES SACROILÍACAS

Incidência AP axialPOSIÇÃO • Com o paciente em decúbito dorsal, forneça um travesseiro para a

cabeça; com as pernas do paciente completamente estendidas,coloque um suporte sob os joelhos para oferecer-lhe conforto.

• Alinhe o PMS ao RC e à linha média da mesa e/ou do filme.• Assegure-se de que a pelve não está rodada (distância entre a EIAS e

o tampo da mesa igual em ambos os lados);• Angule o centro do filme em relação ao RC projetado.

RAIO CENTRAL: Ângulo do RC no sentido cefálico a 30° a 45° (geralmentehomens exigem cerca de 30° e mulheres 35°, ou aqueles com umaumento na curva lombossacral). Direcione o RC a um ponto na linhamédia cerca de 5cm abaixo do nível da EIAS; DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Faça a colimação da área de interesse, mas garanta que asmargens laterais não cortem as articulações sacroilíacas.RESPIRAÇÃO: Prender a respiração durante a exposição.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm.PATOLOGIA DEMONSTRADA: Essa incidência é útil na avaliação de fratura eluxações nas articulações SI.INCIDÊNCIA ALTERNATIVA AXIAL PA: Se o paciente não consegue ficar emdecúbito dorsal, essa imagem pode ser obtida como uma incidência PA,com o paciente pronado, usando um ângulo caudal de 30° a 35°. O RCseria centralizado ao nível de L4 ou ligeiramente acima da crista ilíaca.ESTRUTURAS MOSTRADAS: Articulações sacroilíacas, junção L5-S1 e todo osacro são visíveis.

FIGURA 8.10A – LATERAL QUADRIL

FIGURA 8.11 – AP AXIAL

FIGURA 8.11A – AP AXIAL

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 74

Incidência Oblíquas posterioresPosição• Com o paciente em decúbito dorsal, forneça um travesseiro para a

cabeça.• Gire para 25° a 30° na direção posterior oblíqua, o lado de interesse

sendo elevado;• Visualize a articulação direita com a OPE e a articulação esquerda

com a OPD;• Use um dispositivo para medição do ângulo para assegurar que os

ângulos estejam corretos e coerentes em ambas as oblíquas;• Posicione um suporte sob o quadril elevado e flexione o joelho

elevado;• Alinhe a articulação de interesse em relação ao RC e à linha média da

mesa ou filme.RAIO CENTRAL: O RC é perpendicular, direcionado a um ponto situado 2,5cm medial a EIAS do lado superior; DFOFI = 100cm.COLIMAÇÃO: Faça a colimação fechada dos quatro lados na área deinteresse.RESPIRAÇÃO: Prender a respiração durante a exposição.TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 24x30 cm.PATOLOGIA DEMONSTRADA

A posição demonstra articulações sacroilíacas distantes do filme, sendoúteis na avaliação de luxação ou subluxação da articulação SI. Ambos oslados são examinados para comparação.ESTRUTURAS MOSTRADAS: As articulações sacroilíacas (SI) mais distantes do filme são visíveis, como espaço articular aparecendo aberto.

FIGURA 8.12 – OBLÍQUA POSTERIOR

ESQUERDA

FIGURA 8.12A – OBLÍQUA POSTERIOR

DIREITA

FIGURA 8.12B – OBLÍQUA POSTERIOR

DIREITA

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 75

ANEXO I _ BIOTIPOS

O pos icionamento radiográf ico requer oconhecimento das var iações mais comuns na forma docorpo (biot ipo). Essa var iação no formato do corpo possuium efeito importante na forma e local ização dos órgãosinternos. Portanto, cada prof iss ional de radiodiagnósticodeve aprender a reconhecer esses t ipos corpóreos e a sabero seu efeito nos órgãos internos, como descr ito em cadacapítu lo referente ao posicionamento desses s istemasorgânicos.

Os quatro t ipos de corpo mais comuns estãoi lustrados nos desenhos abaixo, com as suas respect ivaspercentagens da população nos EUA em geral representadapor cada t ipo.HI P ER ES TÊ N I C O : Este t ipo representa apenas 5% dapopulação nos EUA, também conhecido como o mais"atarracado", maciço. A cavidade torácica é larga eprofunda de frente para trás, com uma dimensão vert ica lcurta, o que indica um diafragma alto. Isso faz tambémcom que o abdome superior seja também muito largo,al terando a local ização de órgãos como vesícula bi l iar,estômago e cólon, como mostram os desenhos e descrevemcapítulos poster iores.EST ÊN I C O : Este representa o mais próximo da média, masainda é l igeiramente troncudo e freqüentemente o t ipo depessoa mais musculosa. Os órgãos torác icos e abdominaissão próximos da média em forma e local ização, mas tendemmais ao t ipo de const i tu ição corporal compacto ehiperestênico, como se vê nos desenhos abaixo.HI P O ES T ÊN I C O : Este representa o mais próximo da médiaporém é mais esbelto e às vezes o t ipo corpóreo de maiorestatura. A vesícula bi l iar e o estômago estão mais baixos epróximos da l inha média, bem como o cólon, que se local izaem algum lugar no abdome inferior.AST ÊN I C O : Este é o extremo do t ipo corpóreo delgado(10%), com uma cavidade torácica mais estrei ta e poucoprofunda, porém com uma grande dimensão vert icalind icando um diafragma mais baixo. O abdome superiortambém é mais estrei to na porção superior e mais largo nasdimensões infer iores, o que posic iona os órgãos abdominaisem andares mais infer iores.

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 76

ANEXO II _ Princípio ALARA

Esse pr incípio postula que a exposição ocupacionaldeve ser mantida "As low As Reasonably Achievable" (tãobaixo quanto razoavelmente exeqüível) . Esse é umprincípio importante a que todo técnico/radio logista deveestar atento. Eis um resumo de quatro formas importantespelas quais isso pode ser alcançado:1 . Sempre usar o dosímetro ou outro disposit ivo demonitoração. Apesar do dosímetro não diminuir a exposiçãodo trabalhador, os regis tros a longo prazo são importantespara a determinação de prát icas de proteção.2 . Disposit ivos de imobi l ização ou bandas de retençãodevem ser usados sempre que poss ível , e apenas comoúlt imo recurso a lguém deve permanecer na sala para contero paciente - nunca deve ser o profissional deradiodiagnóstico . Se a contenção dos pacientes fornecessária, ela deve ser fei ta por uma outra pessoa quenão seja um prof iss ional ocupac ionalmente exposto. Essapessoa nunca deve permanecer no feixe pr imário e sempredeve usar um avental e luvas de proteção.3 . A prática do uso de col imador restrito, filtração dofeixe primário, técnicas de kVp ideais, telas e filmesde alta velocidade e exames pouco repetidos . Aexposição do prof iss ional de radiodiagnóst ico é devidabasicamente à radiação d ispersa do paciente e de outrasfontes. Além disso, a redução da exposição do pacienteresulta conseqüentemente na redução da exposição doprofissional de radiodiagnóstico.4 . Siga as três regras cardinais de proteção contra aradiação, o tempo, à distância e blindagem . Oprofissional de radiodiagnóstico deve minimizar o tempo deexposição, permanecer o mais d is tante poss ível da fonte eusar um escudo de chumbo quando exposto.

Isso é importante em trauma e em radiograf iasmóveis, especia lmente com as unidades de f luoroscopiadigi ta l em braço C móvel. A proteção contra a dispersão éimportante para as unidades f luoroscópicas móveis como obraço em C por aumentar a dose potencia l no paciente e noprofissional de radiodiagnóstico.

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 77

ANEXO III _ Equipamento FNX 200

RENDIMENTO • Gerador de Raios-X de Onda Plena Bifásico. • 100 kV ( Regulagem de 50 a 100 kV): 10 kW. • 1 a 500 mAs. • Potência de 10 kVA.

CÚPULA DE RAIOS-X • Potência do tubo máx: 20/40 kW • Tubo de anodo giratório, com foco de 1,0 mm. • Blindagem completa do tubo de raios-X. • Filtração total igual ou maior que 2,5 mm Al. • Cúpula exclusiva com isolamento a seco, imune a vazamentos e

maior capacidade térmica. • Incorpora Angulador.

COLIMADOR LUMINOSO • Timer integrado com temporização automática.• Ajuste preciso da congruência entre o campo luminoso e o feixe de

radiação.

COMANDO • Design prático e objetivo. • Ajustes de kV e mAs. • Ajuste de precisão da rede com indicação à LEDs. • Disparador com retardo automático no painel. • Disparador à distância de 2 estágios de 2,5 m. • Acionamento de Bucky.

ESTATIVA, TRILHO E MESA• Tubo com movimentos vertical, horizontal e angular. • Movimento deslizante do conjunto Cúpula-Braço na horizontal

acoplado a mesa ou sobre trilho no piso. • Movimentação com frenagem por atrito macromolecular

(dispensa freios). • Bucky com sistema oscilante e grade antidifusora de alta

qualidade.

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 78

ANEXO IV _ TABELA DE EXPOSIÇÃO FNX 200

Região anatômica Espessura (cm) kV mAs DFoFi (cm)

Crânio

Crânio PA 19 75 40 100

Crânio-Face Lateral 16 65 24 100

Crânio Cérebro Lateral 16 70 24 100

Crânio Axial 22 85 80 100

Crânio Sela Turca 17 80 48 100

Idem Segundo Stevens 17 75 48 100

Maxilar Inferior 11 70 48 100

Inclinado Segundo Eisler 11 60 20 100

Tórax

Costelas 1 a 7 AP / PA 20 65 24 120

Costelas 8 a 12 AP / PA 22 70 48 120

Esterno PA 21 65 48 120

Esterno Lateral 30 65 48 120

Clavícula PA 14 65 12 120

Escápula AP 17 65 20 120

Escápula Lateral 14 60 48 120

Pulmões PA 21 65 5 150

Pulmões e Coração Lateral 30 75 10 150

Coração PA 21 85 8 200

Esôfago Oblíqua 28 75 10 120

Coluna vertebral

Cervical C1 a C3 oral 13 65 48 100

Cervical C4 a C7 AP 13 65 32 100

Cervical C1 a C7 Lateral 12 65 20 150

Cervical C1 a C7 Oblíqua 13 70 24 100

Torácica superiores AP 18 70 40 100

Torácica inferiores AP 21 80 48 100

Torácica Lateral 30 75 80 100

Lombar L1 a L4 AP 19 75 40 100

Lombar L1 a L4 Lateral 27 80 100 100

Lombar L1 a L4 Oblíqua 22 80 48 100

Lombar L5 AP 22 80 48 100

Lombar L5 Lateral 33 85 150 100

Pelve

Pelve e Bacia AP 20 75 40 100

Sacro e Cóccix AP 19 80 40 100

Sacro e Cóccix Lateral 33 85 100 100

ECRAN: Kodak tipo LANEX desensibilidade verde comrespectivos filmes (ouequivalente).

ATEN Ç Ã O : Para cada cm a mais ou amenos da espessuranormal, acrescentar oudiminuir uma pos ição domAs.Para a a lta-tensão:kV = (2x espessura + Q)onde Q é a constante derendimento do aparelhoou (kV I) / (espessura I) =(kV F) / (espessuraF)

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 79

ANEXO IV _ TABELA DE EXPOSIÇÃO FNX 200

Região anatômica Espessura (cm) kV mAs DFoFi (cm)

Abdome

RUB AP/PA 19 65 48 100

Idem Lateral 27 80 80 100

Bexiga Axial 21 70 100 100

Relevo-Estômago PA 22 80 16 100

Estômago. PA 22 85 16 100

Bulbo PA 22 85 16 100

Intestino, Estômago PAdecúbito

22 85 20 100

Gravidez PA 32 80 80 100

Idem Lateral 28 90 80 100

Pelvimetria 29 90 48 100

Braço

Ombro AP 11 65 7 100

Ombro Axial 11 65 8 100

Braço AP Lateral 8 60 6 100

Cotovelo AP 6 60 5 100

Cotovelo Lateral 8 60 6 100

Antebraço AP 6 55 6 100

Antebraço Lateral 7 55 6 100

Punho AP 4 50 3 100

Punho Lateral 6 50 5 100

Mão AP 3 50 3 100

Mão Lateral. Oblíqua 6 50 4 100

Dedos Lateral Oblíqua 2 50 3 100

Pernas

Colo do Fêmur Lateral 22 65 48 100

Coxa parte superior 13 70 24 100

Coxa parte inferior 12 65 16 100

Joelho AP 12 60 8 100

Joelho Lateral 10 60 6 100

Patela Axial 7 60 8 100

Perna AP 11 60 8 100

Perna Lateral 9 60 8 100

Articulação Pé AP 9 60 8 100

Articulação Pé Lateral 7 60 6 100

Calcanhar Lateral 7 55 6 100

Calcanhar Axial 10 55 6 100

Metatarso AP 5 50 5 100

Metatarso Oblíqua 6 50 5 100

Pé Lateral 7 55 5 100

Dedos do Pé 3 50 3 100

ECRAN: Kodak tipo LANEX desensibilidade verde comrespectivos filmes (ouequivalente).

ATEN Ç Ã O : Para cada cm a mais ou amenos da espessuranormal, acrescentar oudiminuir uma pos ição domAs.Para a a lta-tensão:kV = (2x espessura + Q)onde Q é a constante derendimento do aparelhoou (kV I) / (espessura I) =(kV F) / (espessuraF)

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Incidências Radiológicas Básicas – Notas de aula 80

Referência bibliográfica:

LEAL, Robson. Radiologia: Técnicas Básicas. 1a ed. – São Paulo:EDITORA ESCOLAR, 2004

BONTRAGER, Kenneth L. Tratado de Técnica Radiológica. 5a ed. – Rio deJaneiro: GUANABARA-KOOGAN,2002

BONTRAGER, Kenneth L. Tratado de Técnica Radiológica. 4a ed. – Rio deJaneiro: GUANABARA-KOOGAN,2000

BONTRAGER, Kenneth L. Atlas de Bolso. - Técnica Radiológica e BaseAnatômica. 3a ed. – Rio de Janeiro: GUANABARA-KOOGAN,1999

MÖLLER,Torsten B. ; REIF, Emil. Atlas de Anatomia Radiológica. 2a ed. –Porto Alegre: ARTMED, 2001

DIMENSTEIN, Renato; GHILARDI, Thomaz. Bases Físicas e Tecnológicasaplicadas aos Raios X. 1a ed. – São Paulo: SENAC, 2002

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