54
Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 1 NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA E RADIOPROTEÇÃO 1) Terminologia Radiográfica Termos comumente usados compatíveis com a terminologia de posicionamento e incidência adotada na radiologia médica ou radiodiagnóstico. RADIOGRAFIA VS. FILME DE RAIOS X O filme de raios X refere-se ao material sobre o qual a imagem radiográfica é exposta. O termo “radiografia” inclui o filme de raios X e a imagem processada de uma parte anatômica de um paciente nele contida. EXAME OU PROCEDIMENTO RADIOLÓGICO INCLUI Posicionamento da parte do corpo; e alinhamento do RC (raio central); Seleção de medidas de proteção radiológica; Seleção de fatores de exposição (técnica radiológica); Início ou “realização” da exposição; Processamento (revelação) do filme. POSIÇÃO ANATÔMICA Uma posição de pé, braços aduzidos (abaixados), palmas para frente, cabeça e pés para a frente. Posição usada como referência para outros termos de posicionamento. IMPORTANTE : RADIOGRAFIAS SÃO ANALISADAS DE FORMA QUE O PACIENTE FIQUE DE FRENTE PARA O OBSERVADOR, COM O PACIENTE NA POSIÇÃO ANATÔMICA. PLANOS E LINHAS DO CORPO Plano é uma superfície em linha reta que conecta dois pontos. Na radiologia os planos imaginários que atravessam o corpo na posição anatômica , são referência para os ângulos do raio central. 1. PLANO SAGITAL: Plano vertical que divide o corpo em partes direita e esquerda . 2. PLANO CORONAL OU FRONTAL: Plano vertical que divide o corpo em partes anterior e posterior . 3. PLANO TRANSVERSAL OU AXIAL: Plano horizontal que divide o corpo em porções superior e inferior. SUPERFÍCIES E PARTES DO CORPO TERMOS PARA AS PORÇÕES POSTERIOR E ANTERIOR DO CORPO POSTERIOR OU DORSAL: Refere-se à metade posterior do paciente; ANTERIOR OU VENTRAL: Refere-se à metade frontal do paciente. TERMOS PARA SUPERFÍCIES DAS MÃOS E DOS PÉS PLANTAR: Refere-se à planta ou superfície posterior do pé; DORSO: Refere-se ao topo ou à superfície anterior do pé; PALMAR (VOLAR): Refere-se à palma da mão; POSICIONAMENTO E POSIÇÕES DO CORPO Estudo do posicionamento de um paciente em determinadas posições do corpo para demonstrar ou visualizar radiograficamente partes específicas do corpo na radiografia ou outros receptores de imagem. DECÚBITO DORSAL: Deitado sobre o dorso, com a face voltada para cima (anteriormente); FIGURA 1.1 – POSIÇÃO ANATÔMICA FIGURA 1.2 – PLANOS ANATÔMICOS FIGURA 1.3 – SUPERFÍCIES DO CORPO FIGURA 1.4 – DECÚBITO DORSAL Prof. Luciano Santa Rita Homepage: www.radiologiatec.cjb.net E-mail: [email protected]

NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

  • Upload
    ledan

  • View
    227

  • Download
    1

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 1

NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE FORMAÇÃO DA IMAGEMRADIOGRÁFICA E RADIOPROTEÇÃO

1) Terminologia Radiográfica Termos comumente usados compatíveis com a terminologia de

posicionamento e incidência adotada na radiologia médica ouradiodiagnóstico.

RADIOGRAFIA VS. FILME DE RAIOS X O filme de raios X refere-se ao material sobre o qual a imagem

radiográfica é exposta. O termo “radiografia” inclui o filme de raios X e aimagem processada de uma parte anatômica de um paciente nelecontida.

EXAME OU PROCEDIMENTO RADIOLÓGICO INCLUI • Posicionamento da parte do corpo; e alinhamento do RC

(raio central);• Seleção de medidas de proteção radiológica;• Seleção de fatores de exposição (técnica radiológica);• Início ou “realização” da exposição;• Processamento (revelação) do filme.

POSIÇÃO ANATÔMICA Uma posição de pé, braços aduzidos (abaixados), palmas para

frente, cabeça e pés para a frente. Posição usada como referência paraoutros termos de posicionamento.

IMPORTANTE : RADIOGRAFIAS SÃO ANALISADAS DE FORMA QUE O PACIENTE FIQUE DE

FRENTE PARA O OBSERVADOR, COM O PACIENTE NA POSIÇÃO ANATÔMICA.PLANOS E LINHAS DO CORPO

Plano é uma superfície em linha reta que conecta dois pontos.Na radiologia os planos imaginários que atravessam o corpo na posiçãoanatômica, são referência para os ângulos do raio central.

1. PLANO SAGITAL: Plano vertical que divide o corpo em partesdireita e esquerda.

2. PLANO CORONAL OU FRONTAL: Plano vertical que divide o corpoem partes anterior e posterior.

3. PLANO TRANSVERSAL OU AXIAL: Plano horizontal que divide ocorpo em porções superior e inferior.

SUPERFÍCIES E PARTES DO CORPO

TERMOS PARA AS PORÇÕES POSTERIOR E ANTERIOR DO CORPO

POSTERIOR OU DORSAL: Refere-se à metade posterior do paciente;ANTERIOR OU VENTRAL: Refere-se à metade frontal do paciente.

TERMOS PARA SUPERFÍCIES DAS MÃOS E DOS PÉS

PLANTAR: Refere-se à planta ou superfície posterior do pé;DORSO: Refere-se ao topo ou à superfície anterior do pé;PALMAR (VOLAR): Refere-se à palma da mão;

POSICIONAMENTO E POSIÇÕES DO CORPO

Estudo do posicionamento de um paciente em determinadasposições do corpo para demonstrar ou visualizar radiograficamentepartes específicas do corpo na radiografia ou outros receptores deimagem.

DECÚBITO DORSAL: Deitado sobre o dorso, com a face voltada paracima (anteriormente);

FIGURA 1.1 – POSIÇÃO ANATÔMICA

FIGURA 1.2 – PLANOS ANATÔMICOS

FIGURA 1.3 – SUPERFÍCIES DO CORPO

FIGURA 1.4 – DECÚBITO DORSAL

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 2: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 2

DECÚBITO VENTRAL: Deitado sobre o abdômen, com a face voltadopara baixo;

ERETA OU ORTOSTÁTICA: Uma posição vertical, de pé ou sentadoereto;

DECÚBITO LATERAL: Deitado de lado (lateral direito ou esquerdo);

TRENDELENBURG: Uma posição de decúbito com o plano do corpoinclinado de forma que a cabeça fique mais baixa do que os pés;

FOWLER: Uma posição de decúbito com o plano do corpoinclinado de forma que a cabeça fique mais alta do que os pés;

LITOTOMIA: Uma posição de decúbito (decúbito dorsal) com osjoelhos e quadril fletidos e coxas abduzidas e rodadas externamente,sustentadas por suportes para perna e tornozelo.

POSIÇÃO LATERAL: Refere-se ao lado de, uma vista lateral, partemais próxima do filme ou do receptor de imagem, ou por aquela partedo corpo da qual sai o RC.

POSIÇÃO OBLÍQUA: Um posição inclinada ou angulada na qual nemo plano sagital nem o coronal do corpo são perpendiculares com o filmeou receptor de imagem.

– OBLÍQUA POSTERIOR ESQUERDA (OPE): a face posterior esquerda docorpo está mais próxima do filme, ou receptor de imagem;

– OBLÍQUA POSTERIOR DIREITA (OPD): a parte posterior direita docorpo está mais próxima do filme;

– OBLÍQUAS ANTERIORES DIREITA E ESQUERDA (OAD E OAE): a faceanterior direita ou esquerda do corpo está mais próxima dofilme ou do receptor de imagem.

INCIDÊNCIA RADIOGRÁFICA Descreve a direção dos raios X quando este atravessa o

paciente, projetando uma imagem no filme radiográfico ou em outrosreceptores de imagem. (O feixe de raios X pode ser descrito como o raiocentral ou RC).

INCIDÊNCIA PÓSTERO-ANTERIOR (PA): O RC entra na superfície posteriore sai na anterior. Não há rotação intencional, o que requer que o RCseja perpendicular ao plano coronal do corpo e paralela ao plano sagital(figura 1.11);

FIGURA 1.5 – DECÚBITO VENTRAL

FIGURA 1.6 – TRENDELENBURG

FIGURA 1.7 – FOWLER

FIGURA 1.8 – LITOTOMIA

FIGURA 1.9 – POSIÇÃO LATERAL

FIGURA 1.10 – POSIÇÃO OBLÍQUA

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 3: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 3

INCIDÊNCIA ÂNTERO-POSTERIOR (AP): O RC entra em uma superfícieanterior e sai em uma posterior (figura 1.12);

INCIDÊNCIAS OBLÍQUAS: Deve incluir um termo de qualificaçãodescrevendo a posição do corpo como OAD etc.; as incidências oblíquasde partes dos membros superiores e inferiores são mais precisamentedescritas como incidências oblíquas AP ou PA com rotação lateral oumedial (figura 1.13);

INCIDÊNCIA LATERAL: Deve incluir um termo de qualificação daposição como uma posição lateral direita ou esquerda (figura 1.14);

INCIDÊNCIA AXIAL: Descrever qualquer ângulo do RC acima de um determinado número de graus ao longo do eixo longitudinal do corpo.

INCIDÊNCIA TANGENCIAL: Significa tocar uma curva ou superfícieapenas em um ponto; Exemplos: Incidência do arco zigomático;incidência do crânio para demonstração de fratura impactada; incidênciaespecial da patela.

TERMOS DE RELAÇÃO

A seguir são apresentados pares de termos de posicionamentoe/ou anatômicos que descrevem as relações com as partes do corpo.

MEDIAL: Em direção ao centro, ou em direção ao plano medianoou linha média. Exemplo: a face medial do braço é a mais próxima doplano mediano.

LATERAL: É o oposto de medial. Exemplo: Na posição anatômica,o polegar esta na face lateral da mão.

PROXIMAL: Parte mais próxima do tronco, a origem ou o iníciodaquele membro. Exemplo: o cotovelo é proximal ao punho.

DISTAL: Distante da origem ou distante do tronco. Exemplo: Opunho é distal ao cotovelo.

CEFÁLICO OU SUPERIOR: EM DIREÇÃO A CABEÇA. Um ângulo cefálico é umângulo em direção a cabeça.

CAUDAL OU INFERIOR: Distante da cabeça, em direção aos pés(figura 1.15).

FIGURA 1.11 – INCIDÊNCIA PA

FIGURA 1.12 – INCIDÊNCIA AP

FIGURA 1.13 – INCIDÊNCIA OBLÍQUA

FIGURA 1.14 – INCIDÊNCIA LATERAL

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 4: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 4

TERMOS RELACIONADOS AOS MOVIMENTOS

FLEXÃO:Ao fletir ou dobrar uma articulação, o ângulo entre aspartes é diminuído.

EXTENSÃO: Ao estender ou retificar uma articulação, o ânguloentre as partes é aumentado (figura 1.16).

HIPEREXTENSÃO: Extensão de uma articulação além da posiçãoreta ou neutra;

FLEXÃO ULNAR DO PUNHO: Diminuir o ângulo (fletir) entre a mão e aface ulnar do antebraço;

FLEXÃO RADIAL DO PUNHO: Diminuir o ângulo (fletir) entre a mão ea face radial da parte distal do antebraço (fletir em direção ao lado dopolegar);

ABDUÇÃO: Um movimento de afastamento do braço ou da pernaem relação ao corpo;

ADUÇÃO: Um movimento de braço ou de perna em direção aocorpo, movimentar em direção a uma linha central ou medial (figura1.17);

SUPINAÇÃO: Um movimento de rotação da mão para a posiçãoanatômica;

PRONAÇÃO: Uma rotação da mão para a posição oposta àanatômica(figura 1.18).

2) Princípios Básicos De Formação Da ImagemO objetivo de todo tecnólogo não deve ser apenas fazer uma

radiografia “passável” ou “diagnóstica” mas produzir uma imagem ótimaque possa ser avaliada por um padrão definível, segundo critérios deavaliação.

POSICIONAMENTO DA REGIÃO ANATÔMICA NO PORTA-FILME: Inclui primeiro a colocação correta da região a ser demonstrada

sobre o chassi, de forma que toda a anatomia a ser visualizada estejadentro das bordas colimadas, mas não devem ser irradiadas partesdesnecessárias.

O eixo longitudinal da região anatômica deve estar alinhado como eixo longitudinal do filme.

A exceção é quando, para garantir a inclusão de ambas asarticulações no filme, ela precisa ser colocada sobre o chassi de umângulo ao outro.

Não deve haver rotação da região anatômica a ser radiografada,a mesma deve estar perfeitamente posicionada.

MARCADORES DE FILME E IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE Devem-se imprimir no mínimo em toda radiografia a

identificação do paciente e data, e indicação do lado anatômico, pormeio de marcadores radiopacos ou sistema de sensibilização de filme.

FIGURA 1.15 – TERMOS DE RALAÇÃO

FIGURA 1.16 - FLEXÃO_EXTENSÃO

FIGURA 1.17 - ABDUÇÃO_ADUÇÃO

FIGURA 1.18 - SUPINAÇÃO_PRONAÇÃO

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 5: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 5

IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE E DATA Deve incluir dados como nome, data, número de identificação do

paciente e a sigla instituição.Esta identificação deve ser feita de modo que não se

superponha à anatomia essencial que esta sendo demonstrada.Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las

de forma que o paciente fique de frente para o observador, com opaciente na posição anatômica.

MARCADOR DO LADO ANATÔMICO Deve ser identificado na radiografia o lado direito ou esquerdo

do paciente, tornando claro qual membro esta sendo radiografado.Podem ser usadas as palavra “direita” ou “esquerda” ou apenas asinciais “D” ou “E”.

Entretanto, lembre-se de que estes são marcadores radiopacose, portanto, devem ser colocados dentro do campo de colimação, deforma que sejam expostos ao feixe de raios X e impressos na emulsãodo filme.

Geralmente não é pratica aceitável escrever estas informaçõesno filme após seu processamento, em virtude da existência deproblemas legais e de responsabilidade devido a possíveis erros.

OUTROS MARCADORES OU IDENTIFICAÇÃO Alguns outros marcadores ou identificadores também podem ser

usados, tais como as iniciais do tecnólogo, que geralmente sãocolocadas sobre o marcador D ou E para identificar o tecnólogoresponsável pelo exame. Algumas vezes, o número da sala de exametambém é incluído, assim como indicador de hora (urografia excretora).Obs.:

Formatos de filmes radiográficos médicos:13x18; 18x24; 30x40; 35.6x35.6; 35.6x43.2; 20.3x25.4;

15x30; 15x40; 27.9x35,6

3) Técnica Radiográfica E Qualidade De Imagem

FATORES DE EXPOSIÇÃO (TÉCNICA)Há três variáveis ou fatores de exposição que são ajustados, no

painel de controle do aparelho de raios X, pelo tecnólogo, toda vez que éfeita uma radiografia. Estas três variáveis de exposição ou fatores,algumas vezes denominados fatores técnicos, são:

1. Alta-tensão ou quilovoltagem (kV)2. Corrente ou miliamperagem (mA)3. Tempo de exposição (s)Obs.: mAs = mA x s

Corrente (mA) e tempo (s) (tempo de exposição em segundos)geralmente são combinados em miliampere segundos (mAs), quedeterminam a quantidade de raios X emitidas do tubo de raios X a cadavez que é “feita” uma exposição.

A alta-tensão (quilovoltagem) determina a energia do feixe deraios X ou o quanto “duro” é o feixe.

Estes fatores de exposição podem ter um efeito de controlesobre a qualidade da imagem radiográfica.

FIGURA 1.19 – IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

FIGURA 1.20 - MARCADOR

FIGURA 1.21 - COMANDO

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 6: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 6

FATORES DE QUALIDADE DA IMAGEM

São quatro os fatores pelos quais se avalia a qualidade de umaimagem radiográfica:

1. DENSIDADE 3. DETALHE

2. CONTRASTE 4. DISTORÇÃO

DENSIDADE

Densidade radiográfica pode ser descrita como o grau deenegrecimento da radiografia processada.

O fator primário de controle da densidade é o mAs , assim, aduplicação do mAs duplicará a quantidade de raios X emitida e adensidade.

Para que haja uma modificação notável na densidaderadiográfica o mAs, deve ser alterado em no mínimo 30% a 35%, masgeralmente não seria suficiente para corrigir a radiografia. Para corrigiruma radiografia subexposta (uma que seja muito clara) é necessárioduplicar o mAs.

CONTRASTE:É definido como a diferença de densidade em áreas adjacentes

de uma radiografia, tem por objetivo tornar mais visível seus detalhesanatômicos.

O fator de controle primário para contraste é a kV . Quanto maiora kV, maior a energia e mais uniforme é a penetração do feixe de raios Xe por conseguinte, menor variação na atenuação (absorção diferencial),resultando em menor contraste.

A quilovoltagem (kV) também é um fator de controle secundárioda densidade. Uma regra simples e prática afirma que um aumento de15% na kVp produzirá aumento da densidade igual ao produtoproduzido pela duplicação do mAs (Geradores trifásicos oumultipulsados).

Obs.: Uma técnica que privilegie o aumento do kV emdetrimento do mAs resultará em menor exposição do paciente.

DETALHE

Pode ser definido como a nitidez de estruturas na radiografia. Aausência de detalhes é conhecida como borramento ou ausência denitidez. A radiografia ideal apresentará boa nitidez da imagem.

A perda de detalhes é causada com maior freqüência pormovimento, seja voluntário ou involuntário, basicamente controlado pelouso de dispositivos de imobilização, controle respiratório e uso depequenos tempos de exposição.

O uso do pequeno ponto focal, a menor DOF possível e umaDFoFi maior, também melhora os detalhes registrados ou a definição naradiografia.

DISTORÇÃO

O quarto e último fator de qualidade da imagem é a distorção,que pode ser definida como a representação errada do tamanho ou doformato do objeto projetado em meio de registro radiográfico.

Nenhuma radiografia é uma imagem exata da parte do corpoque esta sendo radiografada, devido à divergência do feixe de raios X.

A distorção, que é um erro na representação do tamanho e doformato da imagem radiográfica, pode ser minimizada por quatro fatoresde controle:

FIGURA 1.22 - DISTORÇÃO

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 7: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 7

DFOFI : Aumento da DFoFi diminui a distorção (tambémaumenta a definição).

DOF: Diminuição da DOF diminui a distorção (combinada a umpequeno ponto focal, a diminuição da DOF também aumenta adefinição).

ALINHAMENTO DO OBJETO: A distorção é diminuída (o plano doobjeto está paralelo ao plano do filme).

RC: O posicionamento correto do RC reduz a distorção porque aporção mais central do feixe de raios X com a menor divergência é maisbem utilizada.

EFEITO ANÓDICO

Descreve um fenômeno no qual a intensidade da radiaçãoemitida da extremidade do catodo do campo de raios X é maior do queaquela na extremidade do anodo. Isso é devido ao ângulo da face doanodo, de forma que há maior atenuação ou absorção dos raios X naextremidade do anodo.

A diferença na intensidade do feixe de raios X entre catodo eanodo pode variar de 30% a 50%.

4) Radioproteção

Na utilização dos raios X, os tecnólogos devem ter em mente aotimização da proteção radiológica nestes procedimentos, para que asdoses nos pacientes, público e principalmente neles próprios sejam tãobaixas quanto razoavelmente exeqüíveis (Princípio ALARA).

PORTARIA 453/98 DO S.V.S. DO M.S.

Regulamento técnico que estabelece os requisitos básicos deproteção radiológica em radiodiagnóstico e disciplina a prática com osraios X para fins diagnósticos e intervencionistas, visando a defesa dasaúde dos pacientes, dos profissionais envolvidos e do público em geral.

PONTOS DE RELEVÂNCIA DA PORTARIA 453/98:

– A dose efetiva média anual não deve exceder 20 mSv em qualquerperíodo de 5 anos consecutivos, não podendo exceder 50 mSv emnenhum ano (2.13a).

– A tecnóloga em radiologia deve notificar ao titular do serviço suagravidez, tão logo seja constatada (2.13b.i).

– Durante a gravidez as condições de trabalho devem garantir que adose na superfície do abdome não exceda 2 mSv (2.13b.ii).

– Menores de 18 anos não podem trabalhar com raios X diagnóstico,exceto em treinamentos (2.13c).

– Titulares e empregadores devem (3.25):• Prover monitoração individual e o controle de saúde do

pessoal ocupacionalmente exposto, conforme descrito nesteregulamento.

• Prover as vestimentas de proteção individual para proteçãodos pacientes, da equipe e de eventuais acompanhantes.

FIGURA 1.23 - DFOFI

FIGURA 1.24 - DOF

FIGURA 1.25 - ALINHAMENTO

FIGURA 1.26 – EFEITO ANÓDICO

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 8: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 8

– Compensações ou privilégios especiais para os indivíduosocupacionalmente exposto não devem, em hipótese alguma,substituir a observância das medidas de proteção e segurançaestabelecidas neste regulamento (3.46).

– Todo indivíduo que trabalha com raios X diagnóstico deve usar,durante sua jornada de trabalho e enquanto permanecer em áreacontrolada, dosímetro individual de leitura indireta, trocadomensalmente (3.47b).

– O dosímetro individual é de uso exclusivo do usuário no serviço parao qual foi designado (3.47f).

– Todo indivíduo ocupacionalmente exposto deve estar submetido a umprograma de controle de saúde baseado nos princípios gerais desaúde ocupacional (3.48a).

– A cabine deve permitir ao operador, eficaz comunicação e observaçãovisual do paciente (4.3b.i).

– É permitida a utilização de biombo dentro da sala de raios X,contanto que seja fixo, com altura mínima de 210 cm e que não sejaatingida diretamente pelo feixe espalhado pelo paciente (4.3b.ii).

– Manter junto ao painel de controle de cada equipamento de raios Xum protocolo de técnicas radiográficas (4.4).

– O feixe de raios X deve ser limitado à menor área possível econsistente com os objetivos do exame radiológico, tendo no máximoo tamanho do receptor de imagem (4.30a.i)

5) Princípios De PosicionamentoCada departamento de radiologia deve estabelecer um protocolo

para a realização de todos os procedimentos radiológicos gerais (previstona Portaria 453).

SEQÜÊNCIA E ROTINA DE POSICIONAMENTO

ETAPA 1. POSICIONAMENTO GERAL DO PACIENTE

Assegurar que o RC da luz do colimador esteja centralizado nalinha central da mesa ou do bucky mural(estativa), antes do paciente serconduzido para o interior da sala.

ETAPA 2. MEDIDA DA ESPESSURA DA REGIÃO DE INTERESSE

A região de interesse radiográfico deve ter sua espessuramedida, utilizando um espessômetro, para que fatores de exposição(técnica) corretos sejam ajustados.

ETAPA 3. POSICIONAMENTO DA REGIÃO DE INTERESSE

O paciente deve ser movido, conforme necessário, paracentralizar a região de interesse radiográfico em relação ao RC da luz docolimador.

ETAPA 4. CENTRALIZAÇÃO DO FILME

O filme deve estar centralizado em relação ao RC. No caso deprocedimentos utilizando o porta-chassi, isso é feito movendo-olongitudinalmente para centralizar o filme(chassi) na luz centralprojetada do RC.

COLIMAÇÃO :As bordas da luz do colimador devem ser ajustadas para incluir

apenas a anatomia essencial e estar limitada as dimensões do filme(chassi).

FIGURA 1.27 – ETAPA 1

FIGURA 1.28 – ETAPA 2

FIGURA 1.29 – ETAPA 3

FIGURA 1.30 – ETAPA 4

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 9: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 9

MARCADORES :O marcador D ou E deve ser colocado corretamente para ficar no

campo de exposição sem superpor-se à anatomia essencial.

ESCUDOS :Devem ser sempre utilizados escudos plumbíferos de proteção, a

não ser que, a região de interesse radiográfico seja afetada.

INCIDÊNCIAS ESSENCIAIS :

INCIDÊNCIAS DE ROTINA (BÁSICAS): As incidências de rotina ou básicas sãodefinidas como aquelas comumente feitas em todos os pacientes médiosque são úteis e podem cooperar totalmente. Isso, obviamente, dependede cada serviço de radiologia.INCIDÊNCIAS ADICIONAIS: São incidências definidas como aquelas realizadasmais comumente para melhor demonstrar partes anatômicas específicas,ou em determinadas condições patológicas, ou aquelas que podem sernecessárias para pacientes que não conseguem cooperarcompletamente.

NO MÍNIMO DUAS INCIDÊNCIAS: Uma regra geral em radiologia diagnósticasugere que são necessárias no mínimo duas incidências feitas o maispróximo possível de 90o entre si para a maioria dos procedimentosradiológicos.

As três razões para esta regra geral de no mínimo duasincidências feitas com uma diferença mais próxima de 90o entre si são:Problema de superposição de estruturas anatômicas; Localização delesões ou corpos estranhos; Determinação de alinhamento das fraturas .

6) Pontos De Reparo De Posicionamento Topográfico

Pontos de Reparo Ósseos

Pontos de ReparoUsado para posicionamento destas partes do corpo

Nível correspondente dacoluna vertebral

1. Vértebra proeminenteMargem superior do tórax, coluna C ou T

C7 - T1

2. Incisura jugularTórax, esterno, clavícula, coluna T

T2 - 3

3. Ângulo do esternoTórax, esterno

T4 - 5

4. Processo xifóideEsterno, estômago,vesícula biliar, coluna T, margemsuperior do abdome

T9 - 10

5. Margem costal inferiorEstômago, vesícula biliar , costelas

L2 - 3

6. Crista ilíacaAbdome médio, estômago, vesícula biliar, cólon, coluna L,sacro

Espaço intervertebralL4 - 5

7. Espinha ilíaca ântero-superior (EIAS)Quadris, pelve, sacro

S1 - 2

8. Trocânter maiorAbdome, pelve, quadril

Cóccix distal ouligeiramente inferior

9. Sínfise púbicaMargem inferior do abdome, pelve, quadril, sacro e cóccix

≅ 2,5 cm inferiores aocóccix distal

10. Tuberosidade isquiáticaAbdome em decúbito ventral, cólon, cóccix

2,5 a 5 cm inferiores aocóccix distal

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 10: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 10

NOTA DE AULA N.02: POSICIONAMENTO RADIOLÓGICO DO CRÂNIO EOSSOS DA FACE

1)Topografia Do Crânio (Marcos De Superfície)Certos marcos de superfície e linhas de localização têm de ser

usados para um posicionamento preciso do crânio. Cada uma dasseguintes estruturas topográficas pode ser vista ou palpada.

A) PLANOS CORPORAIS

O plano médio-sagital (PMS). Esse plano é importante noposicionamento preciso do crânio, pois em toda incidência AP e PA oulateral o plano médio-sagital está ou perpendicular ou paralelo ao planodo filme.

A linha interpupilar (LlP) ou interorbital é a linha que conecta aspupilas ou os cantos externos dos olhos dos pacientes. Quando a cabeçaestá colocada em uma posição lateral verdadeira, a linha interpupilardeve estar exatamente perpendicular ao plano do filme.

B) MARCOS NAS VISTAS ANTERIOR E LATERAL

A GLABELA é a área triangular lisa, ligeiramente elevada, situadaentre as sobrancelhas.

O NÁSIO é a depressão na ponta do nariz. Anatomicamente, onásio é a junção dos dois ossos nasais e do osso frontal.

O ACÂNTION é o ponto da linha média na junção do lábio superiorcom o septo nasal.

O ângulo ou GÔNIO refere-se ao ângulo posterior inferior de cadalado da mandíbula.

O ponto médio anterior da área do queixo é denominado pontomentoniano (MENTO).

2) Linhas De Posicionamento Do Crânio

Essas linhas são formadas pela conexão de certos marcosanteriores com o ponto médio do meato acústico externo (MAE). O MAEé a abertura do canal externo da orelha.(A) A mais superior dessas linhas de posicionamento é a linha

glabelomeatal (LGM), refere-se a uma linha entre a glabela e oMAE;

(B) A linha orbitomeatal (LOM), localizada entre o canto externo(margem orbitária lateral média) e o MAE;

(C) A linha infra-orbitomeatal (LIOM) é formada pela conexão dametade da margem infra-orbitária ao MAE. Dois termos antigosidentificam essa mesma linha como linha de base de Reid ou linhade base antropológica.

(D) e (F) As linhas acantomeatal (LAM) e mentomeatal (LMM). Essaslinhas são formadas pela conexão do acântion e o pontomentoniano, respectivamente, com o MAE.

(E) A linha da junção dos lábios com o MAE, chamada de linhalabiomeatal (LLM).

A linha glabeloalveolar (LGA) conecta a glabela a um ponto naregião anterior do processo alveolar da maxila.

O ÍNIO é o ponto mais proeminente da protuberância occipitalexterna, uma elevação ou aumento ao longo da linha média da regiãoínfero-posterior da cabeça, próximo da junção da cabeça com o pescoçoonde a musculatura posterior se fixa. Uma extensão da LlOM aproxima-se posteriormente da localização do ínio.

FIGURA 2.1 – MARCOS

FIGURA 2.2 - LINHAS

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 11: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 11

3) Considerações Sobre Posicionamento

A) ORTOSTATISMO VS DECÚBITO As incidências do crânio podem ser obtidas com o paciente em

decúbito ou de pé, dependendo da condição do paciente. Imagens naposição ortostática podem ser obtidas com o uso de um Bucky vertical. Aposição ortostática permite que o paciente seja rápido e facilmenteposicionado e faz com que um feixe horizontal possa ser usado. Umfeixe horizontal é necessário para visualizar quaisquer níveis hidroaéreos existentes nas cavidades cranianas ou nos seios.

B) CONFORTO E MOVIMENTO RESPIRATÓRIO DO PACIENTE Durante a radiografia de crânio, a cabeça do paciente tem de ser

colocada nas posições precisas e mantida imóvel por tempo suficientepara obter uma exposição. Todo esforço deve ser feito para deixar ocorpo do paciente o mais confortável possível.

Com exceção dos casos de traumatismo grave, a respiração deveser suspensa durante a exposição para ajudar a evitar o obscurecimentoda imagem pelos movimentos respiratórios do tórax, especialmente se opaciente estiver na posição pronada. Isso geralmente não é necessárionas posições eretas do crânio.

C) HIGIENE As radiografias do crânio e da face podem exigir que a face do

paciente fique em contato direto com a mesa/Bucky vertical. Assimsendo, é importante que essas superfícies sejam limpas antes e depoisdo exame.

D) FATORES DE EXPOSIÇÃO Os principais fatores de exposição para radiografias do crânio

incluem os seguintes: kV média, 75-85; Ponto focal pequeno (se oequipamento permitir) e tempo curto de exposição, com a mA mais altapossível.

E) DISTÂNCIA FOCO-FILME (DF O F I ) A DFoFi mínima, com receptor de imagem na mesa ou Bucky

vertical, é de 100 cm.

F) PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO Boas práticas de colimação e minimizar a repetição. A colimação

deve ser ajustada à área de interesse.

G) PROTEÇÃO MAMÁRIA E TIREOIDIANA Incidências AP dos ossos do crânio e da face podem resultar em

exposição adicional da tireóide radiossensível (e das mamas nasmulheres). Um escudo de contato colocado sobre o pescoço e o tóraxpode ser usado nessas incidências. Quando houver a possibilidade,devem ser escolhidas as incidências PA em vez das AP.

H) CAUSAS DE ERROS NO POSICIONAMENTO

Durante o posicionamento da cabeça do paciente, é necessárioobservar vários aspectos faciais e palpar marcos anatômicos paraposicionar o plano corporal adequado precisamente em relação ao planodo filme. Embora se espere que o corpo humano seja simétricobilateralmente, isso não é sempre verdadeiro. As orelhas, o nariz e amandíbula são freqüentemente assimétricos.

FIGURA 2.3 - CORRETO

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 12: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 12

I) CINCO ERROS COMUNS DE POSICIONAMENTO Cinco erros potenciais de posicionamento relacionados às

posições do crânio são os seguintes:1. Rotação2. Inclinação3. Flexão excessiva4. Extensão excessiva5. Angulação incorreta do RC

4) Incidências Básicas E Adicionais Do Crânio

Básicas Adicionais

a) Crânio PA (0o e 15o) Método deCaldwell

Lateral

Axial APMétodo de Towne

b) Sela túrcica Lateral

c) Seios Paranasais PA Método de:

. Caldwell (FN)

. Waters (MN)

Lateral

Hirtz (SMV)

d) Ossos da face PA Método de:

. Caldwell (FN)

. Waters (MN)

Lateral

e) Nariz Lateral

f) Mandíbula PA

Oblíquas Axiais laterais

g) ATM Axial lateral

(método de Schuller)

4a) Incidências do crânio

Incidência PA (0o) e PA de Caldwell a 15o.

POSIÇÃO

• Ortostática sentado, ou decúbito ventral sobre a mesa, cabeça emrelação ao RC e a linha central do chassi;

• Com a fronte e o nariz apoiados sobre o tampo da mesa, ajustar acabeça para colocar a LOM perpendicular ao filme;

• Sem rotação ou inclinação, plano médio-sagital perpendicular aofilme;

• Centralizar o chassi em relação ao RC projetado.

RAIO CENTRAL

• PA (0o) – RC perpendicular ao filme, centralizado para sair na glabela.• PA de Caldwell a 15o – RC a 15o caudal à LOM, centralizado para sair

no násio (25 - 30o demonstra melhor algumas estruturas do crânio).

COLIMAÇÃO: Nos quatro lados nas margens do crânio.RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição.

FIGURA 2.4 - INCORRETO

FIGURA 2.5 – PA 0O

FIGURA 2.6 – PA DE CALDWELL

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 13: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 13

ESTRUTURAS MOSTRADAS

PA (0O): Osso frontal, crista gali, condutos auditivos internos,seios frontais e células etmoidais anteriores, cristas petrosas, asasmaiores e menores do esfenóide e dorso da sela túrcica.

PA DE CALDWELL A 15O : Asas maiores e menores do esfenóide,osso frontal, fissuras orbitais superiores, seios frontais e célulasetmoidais anteriores, margens orbitais superiores e crista gali.

NOTA : PA com angulação caudal de 25° a 30°. além das estruturasmencionadas previamente, o forame redondo adjacente a cadaborda orbital inferior é visualizado e as fissuras orbitais superioressão visualizadas em sua totalidade no interior das órbitas.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1. A ausência de rotação é evidente, como indicado pelas distânciasiguais bilateralmente da linha orbital oblíqua até a margem lateral docrânio.

2. PA (0O): Cristas petrosas preenchem as órbitas e se sobrepõe àregião orbital superior.

3. PA DE CALDWELL A 15O: Pirâmides petrosas projetadas para dentro doterço inferior das órbitas. Margens orbitais superiores visualizadassem sobreposição.

4. PA COM ANGULAÇÃO CAUDAL DE 25° A 50°: Pirâmides petrosas projetadasna borda orbitária inferior ou justamente abaixo dela, para permitirvisualização de toda a margem orbital.

Incidência LateralPOSIÇÃO

• Ortostática sentado, ou semidecúbito ventral sobre a mesa;• Sem rotação ou inclinação, plano médio-sagital paralelo ao filme, e

LIP perpendicular ao filme;• Ajustar o queixo para colocar a LIOM paralela às bordas superior e

inferior do chassi;• Centralizar o chassi em relação ao RC.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular ao filme, 5 cm superior ao MAE.COLIMAÇÃO: Nos quatro lados nas margens do crânio.RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição.ESTRUTURAS MOSTRADAS

Metades cranianas superpostas. Toda a sela turca, incluindo osclinóides anteriores e posteriores e o dorso da sela, é também mostrada.A sela turca e clivus são demonstrados em perfil.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1. Rotação é evidenciada pela separação anterior e posterior dasestruturas bilaterais simétricas como os MAE, ramos mandibulares easas maiores do esfenóide.

2. Inclinação é evidenciada pela separação superior e inferior dos tetosorbitários (lâminas), MAE(s) e asas menores do esfenóide.

FIGURA 2.7 – LATERAL

FIGURA 2.7A – LATERAL

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 14: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 14

Incidência Axial AP (Método de Towne)Obs: Towne, Reverchon e Bretton são as mesmas incidências. Towne é

referenciado a LOM (30o) e Bretton é referenciado a LIOM oulinha horizontal alemã (37o)

POSIÇÃO

• Ortostática sentado, ou decúbito dorsal, plano médio-sagital alinhadoem relação ao RC e à linha central, perpendicular ao filme – ausênciade rotação ou inclinação;

• Abaixar o queixo para colocar a LOM ou a LIOM perpendicular aofilme. (Colocar apoio sob a cabeça, se necessário);

• Centralizar o chassi em relação ao RC projetado.

RAIO CENTRAL

• RC 30o caudal à LOM ou 37o caudal à LIOM;• RC 6 cm acima da glabela.

COLIMAÇÃO: Nos quatro lados nas margens do crânio.RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição.

ESTRUTURAS MOSTRADAS

Osso occipital, pirâmides petrosas e forame magno sãomostrados com o dorso da sela e clinóides posteriores visualizados nasombra do forame magno.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1. A angulação insuficiente do RC projetará o dorso da sela acima doforame magno;

2. Angulação excessiva projetará o arco anterior de C1 para o interiordo forame magno em vez do dorso da sela.

3. Cristas petrosas devem estar simétricas e visualizadas superiormenteaos processos mastóides.

4b) Incidência Lateral para Sela Túrcica

POSIÇÃO

• Ortostática sentado, ou semidecúbito ventral sobre a mesa;• Sem rotação ou inclinação, plano médio-sagital paralelo ao filme, e

LIP perpendicular ao filme;• Ajustar o queixo para colocar a LIOM paralela às bordas superior e

inferior do chassi;• Centralizar o chassi em relação ao RC.

RAIO CENTRAL

RC perpendicularmente ao filme. Centralizar num ponto 2 cmanterior e 2 cm superior ao MAE.COLIMAÇÃO Campo com tamanho de aproximadamente 10 cm2.ESTRUTURAS MOSTRADAS

Sela turca, processos clinóides anteriores e posteriores, dorso dasela e clivus.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1. A rotação é evidenciada pela separação anterior e posterior dasestruturas bilaterais simétricas como os MAE(s), ramos mandibularese asas maiores do esfenóide.

FIGURA 2.8 – TOWNE

FIGURA 2.8A – TOWNE

FIGURA 2.9 – SELA TÚRCICA

FIGURA 2.9A – SELA TÚRCICA

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 15: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 15

4c) Incidências dos Seios Paranasais

Incidência PA – método de Caldwell (F ronto - N aso )POSIÇÃO

• A posição do paciente é ortostática sentado, de frente para o filme• Ajustar a cabeça de forma que a LOM esteja perpendicular ao filme,

sem rotação;• Alinhe o plano médio-sagital perpendicular à linha média da grade ou

superfície do Bucky.RAIO CENTRAL

RC com inclinação caudal de 15o, centralizado para sair no násio;

PA DE CALDWELL MODIFICADA

• Inclinar a cabeça do paciente para trás a fim de colocar a LOMformando 15o com o plano horizontal

RAIO CENTRAL: RC horizontal, centralizado para sair no násio.COLIMAÇÃO: Na área dos seios.RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição.ESTRUTURAS MOSTRADAS:

Seios frontais e células aéreas etmoidais anteriores visualizadaslaterais a cada osso nasal. Borda orbitária, maxilas, septo nasal, arcozigomático e espinha nasal anterior.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1. Angulação do RC correta é indicada pela incidência das cristaspetrosas no terço inferior das órbitas.

2. A ausência de rotação do crânio é indicada pela distância igual doplano médio-sagital (identificado pela crista gali) à margem orbitalexterna de cada lado

Incidência PA – método de Waters (M ento - N aso )

POSIÇÃO

• A posição do paciente é ortostática sentado, de frente para o filme;• Estenda o pescoço, repousando o queixo contra a superfície da mesa/

do Bucky vertical;• Ajuste a cabeça até que a LMM esteja perpendicular ao plano do

filme. A LOM irá formar um ângulo de 37° com a mesa/superfície doBucky;

• Sem rotação, plano médio-sagital perpendicular ao porta-filme; (Umaforma de checar a rotação é palpar os processos mastóides de cadalado e as margens orbitárias laterais com o polegar e as pontas dosdedos para se assegurar de que essas linhas estão eqüidistantes dotopo da mesa.)

• Centralizar o chassi em relação ao RC

NOTA: Posição de boca aberta opcional – Paciente abre bem a boca paravisualizar melhor os seios esfenoides através da boca aberta.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular ao filme, para sair no acântion.COLIMAÇÃO: Na área dos seios.RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição.

FIGURA 2.10 – CALDWELL (FN)

FIGURA 2.10A – CALDWELL (FN)

FIGURA 2.11 – WATERS (MN)

FIGURA 2.11A – WATERS (MN)

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 16: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 16

ESTRUTURAS MOSTRADAS

Seios maxilares e fossas nasais e uma posição oblíqua dos seiosfrontais. Borda orbitária, maxilas, septo nasal, arco zigomático e espinhanasal anterior.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1. Angulação do RC correta mostra as cristas petrosas imediatamenteinferiores aos seios maxilares.

2. Não existe rotação do paciente, conforme indicado pela distânciaigual do plano médio-sagital (identificado pelo septo nasal ósseo) àmargem externa do crânio de cada lado.

Incidência Lateral

POSIÇÃO

• A posição do paciente é de pé, ortostática, virar a cabeça para aposição de lateral;

• Ajustara altura do chassi para centralizar o filme ao nível do MAE;• Levantar o queixo para colocar a LIOM paralela a borda do filme;• Sem rotação, plano médio-sagital paralelo e LIP perpendicular ao

filme;• Centralizar o chassi em relação a RC.

RAIO CENTRAL: RC horizontal , no ponto médio entre MAE e canto externo.COLIMAÇÃO: Na área dos seios.RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição.ESTRUTURAS MOSTRADAS

Seios do osso esfenóide, frontais superpostos, células etmoidaise seios maxilares, sela turca e teto orbital.

Incidência Hirtz (Submentovértice – SMV)

POSIÇÃO

• Ortostática sentado, inclinado para trás na cadeira e estendendo acabeça para apoiar o topo da cabeça contra o porta filme;

• Ajustar a cabeça para colocar a LIOM o mais paralela ao plano dofilme possível, assegurar que não haja rotação ou inclinação;

• Centralizar o chassi em relação ao RC.

RAIO CENTRAL

RC horizontal e perpendicular à LIOM, centralizado no pontomédio entre os ângulos da mandíbulaCOLIMAÇÃO: Na área dos seios.RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição.ESTRUTURAS MOSTRADAS

Seios esfenoidais, seios etmoidais, fossas nasais e seiosmaxilares.

FIGURA 2.12 – LATERAL

FIGURA 2.12A – LATERAL

FIGURA 2.13 – HIRTZ

FIGURA 2.13A – HIRTZ

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 17: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 17

4d) Incidências dos Ossos da Face

Incidências:PA método de Caldwell – FNPA método de Waters – MNLateralPOSIÇÃO:

A mesma descrição utilizada nas incidências de seio paranasais,acrescentando apenas que a posição em decúbito ventral pode serrealizada desde que as orientações das linhas e pontos de referênciasejam mantidos.RAIO CENTRAL; COLIMAÇÃO; RESPIRAÇÃO: A mesma descrição utilizada nasincidências de seio paranasais.

4e) Incidência Lateral do Nariz

POSIÇÃO

• Ortostática sentado, ou semidecúbito ventral sobre a mesa;• Centralizar os ossos do nariz em relação à metade do chassi e ao RC;• Ajustar a cabeça para colocar a LIOM paralela às bordas superior e

inferior do chassi;• Assegurar uma lateral verdadeira, LIP perpendicular ao filme, e plano

médio-sagital paralelo ao filme;• Geralmente são feitas as laterais D e E para comparação, sendo mais

bem demonstrado o lado mais próximo do filme.RAIO CENTRAL

RC perpendicular ao filme, centralizado 2 cm inferior ao násio.COLIMAÇÃO: Rigorosamente na região do nariz.RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição.ESTRUTURAS MOSTRADAS

Ossos nasais com as estruturas nasais de tecidos moles.

4f) Incidências da mandíbula

Incidência PAPOSIÇÃO

• Ortostática sentado, ou decúbito ventral sobre a mesa, cabeçaalinhada com a linha central;

• Com a fronte e o nariz apoiados sobre o tampo da mesa, ajustar acabeça de forma a colocar a LOM perpendicular ao filme;

• Sem rotação ou inclinação, plano médio-sagital perpendicular aofilme;

• Centralizar o chassi em relação ao RC (nível de junção dos lábios).

NOTA: Um ângulo de RC de 20-25o cefálico centralizado para sair noacântion demonstra melhor os ramos proximais e os côndilos.

RAIO CENTRAL: RC perpendicular ao filme, para sair ao nível dos lábios.COLIMAÇÃO: Rigorosamente na região do nariz.RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição.

FIGURA 2.14 – LATERAL (NARIZ)

FIGURA 2.14A – LATERAL (NARIZ D E E)

FIGURA 2.15 – PA DE MANDÍBULA

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 18: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 18

ESTRUTURAS MOSTRADAS

PA: Os ramos mandibulares e a porção lateral do corpo são visíveis.Axial PA opcional: a região da ATM e as cabeças dos côndilos sãovisíveis através dos processos mastóides; os processos condilóides sãobem visualizados (ligeiramente alongados).CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1. Não existe rotação do paciente, conforme indicado pelos ramosmandibulares visualizados simetricamente, lateralmente à colunacervical.

2. Os ramos mandibulares estão no centro do campo colimado.

Incidência Oblíqua (axial lateral)POSIÇÃO

• Ortostática sentado, semidecúbito ventral ou semidecúbito dorsalcom apoio sob ombro e o quadril;

• Estender o queixo, com o lado de interesse contra o chassi;• Ajustar a cabeça de forma que a LIP esteja perpendicular ao filme,

sem inclinação;• Rodar a cabeça em direção ao filme, conforme determinado pela área

de interesse:0o --> para o ramo30o --> para o corpo45o --> para o mento

NOTA: geralmente são feitos lados D e E para comparação, exceto sehouver contra-indicação.RAIO CENTRAL: RC 25o cefálico à LIP, centralizado na face inferior da áreamédia da mandíbula.COLIMAÇÃO: Na área da mandíbula.RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição.ESTRUTURAS MOSTRADAS

Ramos, processos condilares e coronóides, corpo e mento damandíbula mais próximos do filme.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1. Para o ramo e o corpo, o ramo de interesse é mostrado semsuperposição da mandíbula oposta (indicando angulação correta doRC).

2. Não deve existir superposição da coluna cervical pelo ramo (indicandoextensão suficiente do pescoço).

4g) Incidências de ATMIncidência Axial Lateral (método de schuller)POSIÇÃO

• Ortostática sentado, ou semidecúbito ventral, lado afetado parabaixo;

• Ajustar o queixo para a LIOM paralela 'as bordas superior e inferiordo chassi, lateral verdadeira, sem rotação ou inclinação;

• Parte do chassi exposta centralizada em relação ao RC projetado;• Segunda exposição na mesma posição, exceto com a boca totalmente

aberta.

FIGURA 2.16 – OBLÍQUA MANDÍBULA

FIGURA 2.16A – OBLÍQUA MANDÍBULA

FIGURA 2.17 – SCHULLER

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 19: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 19

RAIO CENTRAL: RC 25o caudal, centralizar para sair através da ATM do ladode baixo (para entrar 5 cm superior e 2,5 cm anterior ao MAE do lado decima).COLIMAÇÃO: Colimar no quadrado de 8-10 cm.RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição.

ESTRUTURAS MOSTRADAS

A ATM mais próxima do filme é visível. A imagem de bocafechada mostra o côndilo dentro da fossa mandibular; o côndilo se movepara a margem anterior da fossa na posição de boca aberta.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

As ATM não estão rodadas, quando não há margens lateraissuperpostas. FIGURA 2.17A – SCHULLER

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 20: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 20

NOTA DE AULA N.03: CONSIDERAÇÕES SOBRE EXPOSIÇÃO E QUADRODE CONVERSÃO

1) Cálculo Da Exposição Fórmula: miliamperes (mA) X segundos (T) = miliampere-

segundo (mAs)

A exposição total é medida em mAs; portanto, a técnica deexposição pode ser modificada alterando-se mA ou T. Como umacombinação de mA e T, o mAs é o fator controlador primário paradensidade.

2) Modificação Da Densidade – Alteração (mAs)É necessária uma alteração mínima aproximada de 30% na

exposição para fazer uma modificação suficientemente significativa naradiografia para ser discernível ao olho humano.

Uma alteração aproximada de 50% na exposição é necessária sefor desejado um ajuste da densidade.

Uma alteração aproximada de 100% na exposição (duplicaçãoou redução pela metade) geralmente é necessária para corrigir umaradiografia que exige uma repetição devida a uma exposição insuficienteou excessiva.

A seguir é apresentado um Quadro Tempo/Corrente (mA) oumAs que permite determinar alguns ajustes de tempo e mA paradeterminada exposições.

QUADRO TEMPO – CORRENTE (MA) OU MAS

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 21: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 21

MODIFICAÇÃO DA DENSIDADE – ALTERAÇÃO (KVP – REGRA DOS 15%) A alta-tensão também chamada quilovoltagem é um fator de

controle secundário para a densidade.

Regra dos 15%: Indica que uma alteração de 15% na kV é equivalente auma alteração de 100% do mAs. Assim, uma alteração de 15% da kVpaproximadamente duplicará ou reduzirá pela metade a densidade deuma radiografia.

Alteração da alta-tensão (kV):– Faixa menor de kVp (60-70) requer alteração de 9-10 kV– Faixa menor de kVp (80-90) requer alteração de 12-14 kV– Faixa menor de kVp (100+) requer alteração de 15-18 kV

Exemplo: Uma radiografia do tornozelo feita com 10 mAs e 52 kVestava significativamente pouco penetrada devido ao edemaexcessivo. Foi necessária uma repetição com um aumento dakVp. Qual seria o aumento da kVp necessário para corrigir aexposição insuficiente?Resposta: Aumentar o kV em 15% para duplicar a densidade (alteraçãode 100%). 52 X 0,15 = 7,8 (8)Nova Alta-tensão (kV) = 52 + 8 = 60

3) Conversões Exposição - DistânciaA exposição ou densidade radiológica é diretamente proporcional

ao inverso do quadrado da distância da fonte. Isso baseia-se na lei doinverso do quadrado que afirma que a intensidade do feixe de raios X éinversamente proporcional ao quadrado da distância da fonte. Portanto,no dobro da distância, a intensidade do feixe de raios X é de apenas umquarto. A exposição (mAs) então precisaria ser aumentada em quatrovezes para manter a densidade radiológica.

Fórmula: OmAs / NmAs = OD2 / ND2

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 22: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 22

O Quadro de Conversão Exposição – Distância apresentadoanteriormente permite determinar novos fatores de exposição quando aDFoFi é modificada. (Atlas de Técnica Radiográfica – Bontrager)

EXEMPLO 1: Determinar mAs com DFoFi modificada de 102 para112 cm. (Olhar para a coluna de 102 cm até a linha de 112 cm elocalizar 1.2 como o fator de conversão.) mAs original = 8.Resposta: 8 x 1,2 = 9,6 ou 10 mAs

Exemplo 2: Uma técnica para tórax 183 cm é 6 mAs 90 kVp. Sefor necessário diminuir a DFoFi para 152 cm, que mAs deve serusada se os outros fatores permanecem inalterados?Resposta: O fator de conversão é 0,7. 6 mAs X 0,7 = 4,2 mAs

4) Conversão Para Aparelho De ImobilizaçãoUm aparelho de imobilização aplicado aos membros superiores

ou inferiores requer um aumento da exposição. Um método sugeridopara determinar a compensação da exposição é medir o aumento daespessura da parte incluindo o aparelho e ajustar os fatores deexposição de acordo.

O método acima pode ser usado em geral, mas, além daespessura adicional do aparelho, as diferentes densidades de materiaisde gesso também afetam os ajustes de exposição necessários. Portanto,sugere-se a seguinte orientação de conversão para aparelhos deimobilização em geral que leva em conta o fato de estarem molhados eo tipo de material de imobilização.

Exemplo: Foram feitas uma incidência AP e uma Lateral dotornozelo em 66 kVp e 6 mAs demonstrando uma fratura.Aplicou-se um aparelho gessado e solicitaram-se radiografiaspara verificação. Que fatores de exposição devem serusados? (gesso úmido de tamanho médio)

Resposta: 76 kVp e 6 mAs (+ 10kVp) ou 66 kVp e 12 mAs (2 X mAs)

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 23: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 23

5) Écrans De Intensificação E Conversões Da Velocidade Do Écran –Exposição

Os écrans de intensificação geralmente são identificados emgrupos de acordo com sua velocidade ou fator de identificação. Ostecnólogos devem conhecer as velocidades relativas dos écrans em uso eser capazes de converter fatores de exposição quando necessário.

Quanto maior o fator de velocidade, mais rápido é o écran comemissão de mais luz quando os raios X incidem nele, resultando emmaior densidade do filme. Portanto, é necessário menor exposição (mAs)com écrans mais rápidos. Écrans de velocidade média recebem um fatorde velocidade relativa (VR) de 100 e um fator de densidade de 1 e sãousados como padrão para comparação de outras velocidades do écran.

Fórmula : OVR / NVR = NmAs / OmAsonde mAs é inversamente proporcional à VR (velocidade

relativa) dos écrans.

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 24: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 24

Este quadro permite uma conversão aproximada dos fatores deexposição ao se trocar de chassi com écran de outra velocidade. (Atlasde Técnica Radiográfica – Bontrager)

Exemplo: Se os fatores de exposição para uma incidência APdo joelho com écran de alta velocidade (400) são 4mAs e 70kV, e será usado um écran de detalhes com velocidade 100,qual será o aumento do mAs necessário?

RESPOSTA: Encontrar o fator de conversão olhando-se na coluna develocidade 400 até a linha de velocidade 100 e localizar o fator deconversão de 4. 4mAs X 4 = 16 mAs

Para confirmar sua resposta, converta de volta a técnica comécran 100 para 400, olhando na coluna 100 até 400, para encontrar umfator de conversão de 0,25.

16 mAs X 0,25 = 4 mAs

6) Fatores De Conversão Da GradeAs grades melhoram a qualidade em radiografias através da

remoção da radiação dispersa indesejada. Normalmente as gradesdevem ser usadas para partes do corpo que medem 10 cm ou mais, deonde é usada kV de 60-70 ou maior. Alguns preferem que as gradessejam usadas para partes que medem 13 cm ou mais, com kV de 70 oumais.

A eficácia das grades na absorção de radiação dispersa édeterminada basicamente por sua razão, que é a altura das barras dechumbo comparada ao espaço entre elas.

A eficácia de uma grade também é determinada pela freqüênciadesta, que é definida como o número de barras de chumbo por cm.

ALGUNS TIPOS DE GRADE:– grades focalizadoras lineares são as mais comuns, nas quais as

barras de chumbo são inclinadas e focalizadas para permitir que osraios X em determinadas distâncias (DFoFi) atravessem semobstrução. ex.: grades de bucky de mesa e estativa têm razão 12:1com uma faixa focal média de 86-112 ou uma faixa longa de 122-183cm;

– grades paralelas lineares as barras de chumbo são paralelas e nãoinclinadas e não estão em uso comum hoje.

– grades cruzadas possuem barras de chumbo em duas direções eapesar de serem mais eficazes em absorver a dispersão o ajuste dacentralização e a faixa focal tornam-se críticos.

– grades flexíveis InSight montada em chassi portátil, proporcionaabsorção da dispersão equivalente a uma grade linear convencional4:1 ou 5:1. Esta grade é flexível e leve com uma faixa focal ampla.Não requer que o RC seja centralizado na linha central da gradefacilitando seu uso sem grade bucky ou portátil.

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 25: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 25

Exemplo1: A técnica original para uma incidência AP deperna sem grade para incluir joelho era 6 mAs e 64 kV. Sefosse usada uma grade portátil 5:1, qual deveria ser o novomAs se os outros fatores permanecem constantes?

RESPOSTA: Aumentar a exposição em 3x.

Novo mAs: 6 X 3 = 18 mAs

Exemplo2: Se 7 mAs e 70 kVp é a técnica para umaincidência AP de ombro utilizando uma grade 12:1, que mAsdeve ser usada com uma grade portátil 5:1?

RESPOSTA: O fator de conversão para converter de 12:1 para 5:1 é 0,6.

Novo mAs: 7 X 0,6 = 4,2 mAs a 70 kVp.

7) Regra E Quadro Do Efeito AnódicoO efeito anódico altera a intensidade do feixe de raios X ao

longo do eixo longitudinal do tubo de raios X entre as extremidadescatodo e anodo. A intensidade é sempre maior na extremidade catodo.Estudos mostram que a intensidade na extremidade catodo é de 30 a50% maior que na extremidade anodo utilizando um filme de 35 x 43cm com DFoFi de 100 cm.

O efeito anódico pode ser mais bem utilizado para partes docorpo com significativa diferença na espessura de uma extremidade deum filme 35 x 43 cm para outro. Quando é possível fazê-lo, a parte maisespessa do paciente deve ser colocada na extremidade catódica da mesade raios X. (As partes catodo e anodo do tubo de raios X geralmente sãomarcadas no revestimento do tubo.)

As partes do corpo e as incidências nas quais o efeito anódicopode ser utilizado são apresentadas no quadro a seguir:

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 26: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 26

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 27: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 27

NOTA DE AULA N.04: TERMINOLOGIA DE TRAUMA E RADIOLOGIAMÓVEL

1) IntroduçãoFreqüentemente surgem situações nas quais o profissional em

radioimaginologia encontra pacientes adoecidos e enfraquecidos ou quesofreram trauma grave, que necessitam de adaptações noposicionamento e no cuidado. Muitas vezes esses pacientes não podemser trazidos até o departamento de radiologia para a realização deprocedimentos radiográficos. Mesmo se forem trazidos ao departamentode radiologia, eles podem estar na maca, com colar cervical posicionado,ou podem ter uma ou mais talas, indicando possíveis fraturas oudeslocamentos de membros.

Nesses casos, os pacientes não podem ser movidos para asposições usuais de rotina, necessitando de importante adaptação daangulação do RC e do posicionamento do receptor de imagem. Issopode ser feito com uma unidade móvel (portátil) de raios X na sala deemergência ou no quarto do paciente.

Freqüentemente, todas as incidências são obtidas com opaciente na posição de decúbito dorsal, exigindo o uso de gradesestacionárias para as adaptações laterais por sob a mesa e/ou outras,quando disponível. Embora o trauma afete múltiplos sistemas do corpo,nosso foco será o sistema esquelético.

2) Terminologia De Trauma Esquelético E FraturasA radiografia do trauma esquelético exige um entendimento dos

termos que são exclusivos dessas situações, como a terminologia dafratura deslocamento. Conhecer os termos que são usados na história dopaciente ou na requisição de exames permitirá que o profissional emradioimaginologia compreenda qual o tipo de injúria ou fratura que estásendo suspeitada e quais são as incidências mais importantes. Tambémajudará a saber como evitar certas técnicas de posicionamento ouposições corporais que possam resultar em dor ou injúria adicional.

A) LUXAÇÃO Luxação ocorre quando o osso é deslocado de uma articulação

ou quando o contato articular dos ossos que formam a articulação écompletamente perdido. As luxações mais comuns no traumatismo sãoas de ombro, dedos ou polegar, patela e quadril.

Luxações podem com freqüência ser clinicamente identificadaspelo formato ou alinhamento anormal das partes do corpo, e qualquermovimento dessas partes pode ser doloroso e deve ser evitado. Comonas fraturas, as luxações devem ser examinadas em dois planos, em 90°em relação ao outro, para demonstrar o grau de deslocamento.

Se um osso deslocado voltar sozinho à normalidade após ainjúria, o dano pode ainda assim ter ocorrido, e é necessário um mínimode duas incidências da articulação afetada para avaliar danos e/oupossível fratura por avulsão. (por ter sido deslocado de sua origem porforça violenta)

B) ENTORSE Uma entorse é uma torção ou distensão forçada de uma

articulação, resultando em rotura parcial dos ligamentos de suporte semluxação. Pode também resultar em dano grave aos vasos sangüíneos,tendões, ligamentos ou nervos associados.

FIGURA 4.1 – TRAUMA DE ANTEBRAÇO

FIGURA 4.2 – INCIDÊNCIA TÓRAX NO LEITO

FIGURA 4.3 – LUXAÇÃO DE OMBRO

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 28: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 28

Uma entorse grave pode ser dolorosa e deve ser tratada commuito cuidado durante o exame radiográfico. Os sintomas são similaresaos de uma fratura, e as radiografias ajudam na diferenciação entre umaentorse e uma fratura.

C) FRATURA Uma fratura é a quebra de um osso. Diante da possibilidade de

qualquer fratura, o profissional em radioimaginologia deve serextremamente cauteloso ao mover e posicionar o paciente a fim de nãocausar adicional injúria ou deslocamento de fragmentos fraturados. Oprofissional em radioimaginologia nunca deve forçar um membro ouparte do corpo para uma posição. Se a fratura é óbvia, ou se dor intensaacompanha qualquer movimento, o posicionamento deve ser adaptadoconforme necessário.

D) CONTUSÃO Essa é um tipo de injúria com uma possível fratura em avulsão.

3) Tipos De FraturasMuitos termos são usados na descrição de fraturas. Os mais

comuns são:

A) FRATURA SIMPLES (fechada): Uma fratura na qual o osso não atravessa apele.B) FRATURA COMPOSTA (aberta): Uma fratura na qual o osso projeta-seatravés da pele.C) FRATURA INCOMPLETA (PARDAL) : Essa fratura não ultrapassa todo o osso. (Oosso não é quebrado em duas partes.) É mais comum em crianças.

Os dois tipos principais de fraturas incompletas são osseguintes:FRATURA EM TARA: Essa envergadura do córtex é caracterizada pelaexpansão localizada ou fratura do córtex, possivelmente pequena ounenhuma luxação e ausência de quebra completa do córtex.FRATURA EM GALHO VERDE: A fratura ocorre em apenas um lado. O córtexde um lado do osso está quebrado, e o outro lado está envergado.Quando o osso se endireita, uma linha de fratura tênue no córtex podeser vista em um lado do osso, e uma discreta saliência ou defeito emforma de prega é vista do lado oposto.

D) FRATURA COMPLETA: Nessa fratura, a quebra é completa e inclui o corte transversal

do osso. O osso é quebrado em duas partes.Três tipos principais de fraturas completas são os seguintes:

FRATURA TRANSVERSAL: A fratura é transversal em um ângulo quase retoem relação ao eixo longitudinal do osso. FRATURA OBLÍQUA: A fratura atravessa o osso em um ângulo oblíquo. FRATURA EM ESPIRAL: O OSSO É SEPARADO E A FRATURA FORMA espirais ao redor doeixo longitudinal.

E) FRATURA COMINUTÍVA : Nessa fratura, o osso é estilhaçado ou esmagado no local do

impacto, resultando em dois ou mais fragmentos.A seguir estão os três tipos de fraturas cominutivas que

possuem implicações específicas para o tratamento e o prognóstico,devido à possível interrupção substancial de sangue.

FIGURA 4.4 – FRATURA COMPOSTA

FIGURA 4.5 – FRATURA GALHO VERDE

FIGURA 4.6 – FRATURA ESPIRAL

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 29: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 29

FRATURA SEGMENTAR: Um tipo de fratura dupla com duas linhas de fraturaisolando um segmento distinto de ossoFRATURA EM BORBOLETA: Uma fratura cominutiva com dois fragmentos decada lado de um fragmento principal separado em forma de cunha;possui alguma semelhança com as asas de uma borboletaFRATURA ESTILHAÇADA: Uma fratura cominutiva na qual o osso éesmigalhado em fragmentos finos e pontiagudos.F) FRATURA IMPACTADA:

Nessa fratura, um fragmento está firmemente cravado no outro;a diáfise do osso é impelida na cabeça ou no segmento terminal. Issoocorre mais comumente nas extremidades distais ou proximais dofêmur, úmero ou rádio.

G) FRATURAS COM "DENOMINAÇÕES" ESPECÍFICAS A seguir exemplos e descrições de fraturas, usualmente

denominadas segundo o tipo de injúria ou com o nome da pessoa que aidentificou pela primeira vez.

FRATURA DE COLLES: Essa fratura do punho na qual o rádio distal éfraturado com o fragmento distal deslocado posteriormente (angulaçãoanterior do ápice) resulta de uma queda sobre o braço estendido.FRATURA DE SMITH (COLLES INVERTIDA): Essa é uma fratura do rádio distalcom deslocamento anterior (angulação posterior do ápice).

4) Equipamento Portátil De Raios X

Um estudo da radiografia móvel e do trauma exige compreensãodas funções e operações do equipamento a ser usado. A radiografia dotrauma pode ser realizada tanto com tubo convencional e mesa de raiosX quanto com unidades móveis (portáteis) que são trazidas até a sala deemergência, o leito do paciente ou a sala de cirurgia para procedimentoscirúrgicos.

Avanços importantes têm sido feitos no equipamento defluoroscopia e radiografia móvel nos últimos anos. Unidades Portáteis deRaios X operadas e movidas a bateria. Esses sistemas são movidos aenergia através de baterias de 12 volts, recarregáveis, lacradas,conectadas em série. Elas podem ser ligadas para recarga quando nãoestiverem em uso, e podem ser recarregadas.

Outros modelos não movidos a bateria estão disponíveis, compeso muito mais leve e não guiados por motor. Eles operam com fontesde energia de 110 volts, ou 220 volts. Os controles dessas unidadespodem incluir algum tipo de sistema de memória programada opcionalbaseado nas partes anatômicas, ou possuir controles técnicos deoperador seletivo de kV e mAs.

4.1) SISTEMAS DIGITAIS FLUOROSCÓPICOS COM ARCO C O termo Arco C é utilizado numa unidade fluoroscópica, com

tubo de raios X em uma extremidade do arco C e a torre dointensificador de imagem na outra extremidade. A familiaridade com oarco C e com os controles de imagem e monitor é essencial para otecnólogo/radiologista. Este deve se tornar familiarizado com os váriostipos de camas que são usadas na cirurgia com arco C.

FIGURA 4.7 – FRATURA COMINUTIVA

FIGURA 4.7 – FRATURA IMPACTADA

FIGURA 4.7 – FRATURA COLLES

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 30: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 30

O equipamento é projetado de modo que o arco C é fixado a umbraço em forma de L que pode ser elevado e abaixado ou estendidoconforme a necessidade. Pode também ser rodado a fim de colocar otubo no topo e o intensificador embaixo, mas isso não é recomendado,pois aumenta a DFoFi, o que diminui a resolução da imagem e aumentaa dispersão da radiação. A posição com "tubo no topo" também resultaráem um aumento significativo na exposição na cabeça e no do pescoçodos membros da equipe devido ao padrão de exposição do arco C nessaorientação.

Dois monitores são geralmente usados, de modo que a imagemativa possa ser exibida em um monitor enquanto o segundo monitorpode ser usado para "segurar a imagem" para fins de referência.Imagens podem ser também rodadas ou trocadas conforme necessáriopara a visualização preferencial do cirurgião e/ou tecnólogo.

O tecnólogo usará o arco C com vários tipos de procedimentosnos quais a fluoroscopia é necessária. Exemplos são os procedimentoscirúrgicos como colangiografias e reduções abertas de fraturas ou acolocação de pinos no quadril. Procedimentos especiais cateterismo eoutros estudos intervencionistas.

As imagens podem ser arquivadas temporariamente commemória de vídeo ou em discos rígidos opcionais. Impressoras opcionaissão também disponíveis para impressão.

Como em outros tipos de obtenção de imagens digital, aintensificação e a manipulação da imagem são possíveis, incluindocontrole do brilho e de contraste, magnificação, realce das bordas,máscara e subtração digital.

5) Princípios De Posicionamento E Uso Da GradeOs princípios de posicionamento para radiologia do trauma são

similares àqueles abordados na disciplina de Incidências RadiológicasBásicas. A principal diferença pode ser resumida com a palavraadaptação. Cada paciente traumatizado e situação são únicos, e otecnólogo deve avaliar o paciente e adaptar os ângulos do RC e oposicionamento do filme conforme necessário.

5.1) PRINCÍPIO UM - DUAS INCIDÊNCIAS COM 90° ENTRE SI E ALINHAMENTO

VERDADEIRO DE RC - PARTE-FILME

O Princípio Um determina que a radiografia do traumageralmente exige duas incidências a 90° ou com ângulo reto entre sienquanto o alinhamento verdadeiro do RC e a região/filme é mantido. Apreferência por duas incidências se dá através da incidência AP ou PAverdadeira e a Lateral verdadeira obtida virando a parte do corpo(posicionamento padrão) ou angulando o RC e o filme conformenecessário (adaptação do posicionamento ao trauma). Um exemplo émostrado nas figuras, nas quais imagens verdadeiras AP e lateral do pésão obtidas sem flexionar ou mover o membro inferior. A incidência AP éobtida através da angulação do RC e do filme em relação ao pé,mantendo desse modo um verdadeiro alinhamento do RC e aregião/filme. Esse mesmo princípio adaptativo pode ser aplicado aqualquer parte do corpo. Como resultado da condição do paciente,ocasionalmente pode não ser possível manter essa relação padrão do RCe a região/filme para as incidências AP (PA) e lateral verdadeira.

FIGURA 4.8 – EQUIPAMENTO MÓVEL

FIGURA 4.9 – ARCO C

FIGURA 4.15 – ADAPTAÇÃO PARA AP DE PÉ

FIGURA 4.16 – ADAPTAÇÃO PARA LATERAL

DE PÉ

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 31: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 31

Apenas como um último recurso, uma única incidência deve serfeita. Quando essas exceções são realizadas, deve ser feita umaobservação no prontuário médico do paciente ou na requisição doexame, explicando a razão dessa variação da rotina. Algumas unidadesespecializadas em trauma disponíveis mantêm a relação RC e aregião/filme. O tubo de raios X e o porta-chassi/filme são montados emum braço C. Quando o tubo é angulado, o filme conseqüentemente éangulado.

5.2) PRINCÍPIO DOIS - INCLUIR TODA A ESTRUTURA OU ÁREA DE TRAUMA NO FILME

O Princípio Dois da radiografia do trauma determina que éimportante que toda a estrutura a ser examinada esteja incluída naimagem radiográfica para garantir que nenhuma patologia sejanegligenciada. Isso exige seleção de receptores de imagem grandes osuficiente ou o uso de mais de um se necessário.

Se o pedido de exame do paciente traumatizado inclui ossoslongos dos membros superiores ou inferiores, ambas as articulaçõesdevem ser incluídas em busca de possíveis fraturas distantes da injúriaprimária. Um exemplo é a requisição de exame pós-trauma de perna(tíbia-fíbula) com injúria na região distal. Isso pode exigir um segundofilme, pequeno, do joelho para incluir a tíbia-fíbula proximal se a pernado paciente for muito longa para ser incluída apenas em uma imagem.Fraturas da tíbia distal podem ter uma fratura secundária da fíbulaproximal. Esse princípio da inclusão de ambas as articulações éverdadeiro para as incidências AP e lateral.

Sempre incluir uma articulação para todos os exames deseguimento para membros superiores e inferiores, no mínimo aarticulação próxima ao local da lesão. Não existem exceções para essaregra, mesmo que a fratura óbvia mostrada em imagens prévias estejana região óssea média. A articulação mais próxima do local de fraturadeve ser sempre incluída .

Pacientes traumatizados freqüentemente chegam em posição de decúbito dorsal, e as incidências com feixe horizontal (cruzando a mesa)são comumente necessárias para as incidências Laterais. Deve-se tomarcuidado para que o feixe divergente de raios X não projete a parte docorpo que está fora do filme, especialmente quando o filme é colocadona beira da mesa ou maca, diretamente ao lado do paciente. Isso éverdadeiro para a coluna vertebral, crânio ou outras partes que seapóiam diretamente na mesa. Se o porta-filme é colocado na bordapróxima à cabeça do paciente, o feixe divergente de raios X projetará aparte posterior do crânio fora do filme.

Para evitar o corte da parte posterior do crânio nesse exemplo, opaciente pode ser movido até a borda da mesa, e o filme colocadoabaixo do nível da mesa. Isso resultará em um aumento da distânciaobjeto-filme, com resultante ampliação. Nessa situação, essa é umaopção aceitável.

5.3) USO DE GRADES

Grades devem ser usadas para todas as partes do corpo quetenham mais de 10 cm. Isso significa que, exceto nos membrossuperiores e inferiores e em crianças menores, grades são comumenteusadas para radiografias móveis ou no trauma. Aumento de partes, talase macas resultam em dispersão adicional devido ao aumento daespessura da parte, e uma kV mais alta pode ser necessária, o que tornao uso de grades essencial.

FIGURA 4.16 – ADAPTAÇÃO PARA OBLÍQUA

DE PÉ

FIGURA 4.17 – ESTRUTURA DO TORNOZELO

DEMONSTRADA

FIGURA 4.18 – LATERAL DE CRÂNIO COM

RC HORIZONTAL

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 32: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 32

REGRAS PARA USO DE GRADE:

(A) CENTRALIZAÇÃO DO RC. O RC deve sempre estar centralizado ao longo do eixo central da

grade.

(B) ANGULAÇÃO DO RC. A angulação do RC deve ser feita ao longo da direção das faixas

de chumbo.

(C) LIMITE FOCAL DA GRADE. Cada grade focada possui um limite focal de distância foco-filme

(DFoFi) máxima e mínima a fim de evitar corte da grade. O limite focal édeterminado pela freqüência da grade (número de faixas da grade porpolegada ou cm) e pela razão da grade (altura das faixas de chumbocomparada com o espaço entre elas). Grades portáteis geralmente têmuma freqüência de grade e uma razão de grade mais baixas que asgrades fixas ou grades tipo Bucky. Uma razão de grade comum paragrades portáteis é de 6:1 ou 8:1 comparada com 12:1 das grades deBucky. Isso resulta em um limite focal maior para grades portáteis, maslimitações da DFoFi ainda existem para evitar o corte da grade. Cadatécnico deve conhecer os tipos de grade portáteis disponíveis e o limitefocal de cada uma.

(D) LADO TUBULAR DA GRADE. Cada grade possui um lado do tubo marcado. As faixas de

chumbo são inclinadas ou focadas para permitir que o feixe de raios Xatravesse as faixas de chumbo desimpedidas se a DFoFi estiver dentro dolimite focal e se a grade estiver corretamente posicionada com o lado dotubo voltado para cima (voltado para a mesa).

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 33: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 33

NOTA DE AULA N.05: POSICIONAMENTO RADIOLÓGICO NO TRAUMA

5.1) TÓRAX E OSSOS TORÁCICOS

5.1.1) TÓRAX - Incidência APDecúbito Dorsal ou Semi-Ortostática (no Setor de Raios X ou

com Equipamento Portátil à Cabeceira do Paciente)(A) PATOLOGIA DEMONSTRADA

Essa incidência mostra patologias envolvendo os pulmões,diafragma e mediastino. A determinação de níveis hidroaéreos exige queo paciente esteja em uma posição completamente ortostática com umRC horizontal, como na incidência PA ou em decúbito dorsal para otórax.(B)ADVERTÊNCIA

Na possibilidade de lesão medular ou traumatismo grave, nãotentar elevar o paciente para a posição semi-ortostática ou em decúbito.Levantar o paciente apenas com ajuda de outros membros da equipemédica, a fim de colocar o chassi sob ele para a incidência AP emdecúbito dorsal. Algumas ou macas na sala de emergência possuem umabandeja sob o paciente na qual o chassi pode ser colocado. Na faltadesta bandeja colocar o chassi dentro de uma fronha ou de algum outrotipo de revestimento de forma que não toque a pele nua do paciente(para fins de higiene e para maior facilidade de posicionamento dochassi).(C)FATORES TÉCNICOS

Tamanho do filme – 35x35 cm ou 35 x 43 cm, em sentidotransversal(D)PROTEÇÃO

Colocar avental de chumbo para proteger as gônadas.(E)POSIÇÃO DO PACIENTE

Paciente em decúbito dorsal na maca; se possível, a cabeceirada maca ou do leito deve ser elevada até que o tronco assuma umaposição semi-ortostática. Os ombros do paciente devem ser levados paraa frente mediante rotação medial ou interna dos braços.(F)POSIÇÃO DA PARTE

Posicionar o chassi sob ou atrás do paciente, alinhar o centro dochassi com o RC (parte superior do chassi cerca de 4a 5 cm acima dosombros).Centralizar o paciente com o RC e com o chassi; o técnico devese posicionar próximo ao tubo e observar o paciente do alto, paraverificar se os alinhamentos estão corretos.(G)RAIO CENTRAL

• Angulado caudalmente para ficar perpendicular ao eixo longo doesterno (é necessário um ângulo caudal de 5°, de modo a evitar queas clavículas obscureçam os ápices)

• Ao nível de T7, 8 a 10 cm abaixo da incisura jugular• DFOFI mínimo de 100 cm para o decúbito dorsal

(H)COLIMAÇÃO

Colimar a área dos campos pulmonares.(I) RESPIRAÇÃO

A exposição é feita no final da segunda inspiração profunda ecompleta.

FIGURA 5.1 – AP EM DECÚBITO DORSAL

FIGURA 5.2 – AP EM POSIÇÃO DE FOWLER

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 34: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 34

Observações: É recomendado o posicionamento transversal do chassi para

minimizar a chance de que as regiões laterais sejam cortadas. Isso exigeum alinhamento preciso do RC com o centro do chassi sem o ângulocaudal, para evitar o corte da grade, se essa for usada. Para a posiçãosemi-ortostática, usar uma DFoFi de 180 cm, se for possível. Sempreindicar a DFoFi usada; também indicar as incidências obtidas, como APem decúbito dorsal ou semi-ortostática AP.CRITÉRIOS RADIOGRÁFICOS

Os critérios para as radiografias de tórax realizadas na posiçãode decúbito dorsal ou semi-ortostática devem ser similares àquelesusados para a incidência PA descritos na página anterior, com trêsexceções:1. O coração aparecerá com maiores dimensões, como resultado da

maior ampliação devido a uma DFoFi mais curta e a uma maior DOFdo coração.

2. Muitas vezes, um possível derrame pleural nesse tipo de paciente iráencobrir as tramas vasculares pulmonares, quando comparado a umaincidência de tórax em PA completamente ereto.

3. Geralmente, a respiração profunda e completa pode não seralcançada, exibindo apenas oito ou nove costelas posteriores,visualizadas acima do diafragma. Portanto, os pulmões aparecerãomais densos por não estarem completamente aerados.

4. Ângulo correto do RC: Três costelas posteriores devem servisualizadas acima da clavícula, indicando que a região apical não foiencoberta.

5.1.2) ESTERNO – Incidências (Oblíqua E Lateral)O esterno é quase impossível de ser visualizado

radiograficamente em uma incidência correta AP devido a esse ossoplano e delgado ser sobreposto pelas vértebras torácicas. É possívelvisualizar o esterno, no entanto, sobrepondo-o na sombra cardíaca. Issoexige uma uma angulação médio-lateral equivalente do RC para opaciente na posição de decúbito dorsal.(A)FATORES TÉCNICOS

Tamanho do filme - 24 x 30 cm, ou 30 x 35 cmRC transversal para pacientes na posição de decúbito dorsal com

angulação médio-lateral do RC para evitar corte da grade .Técnica de respiração com exposição de 2 a 3 segundos

comumente usada para obscurecer as estruturas pulmonares e costelasposteriores; pacientes que conseguem cooperar devem ser solicitados afazer curtas e suaves incursões respiratórias a fim de movimentar ospulmões e as costelas com pequena movimentação do esterno e DFOFI =de 100 cm.(B)PROTEÇÃO

Proteja a região pélvica se a paciente estiver em idade fértil.

5.1.2.1) ESTERNO - OBLÍQUASe o paciente não puder ser rodado, mantenha o alinhamento

RC através da angulação do RC de 15° a 20°médio-lateral, da direitapara a esquerda (ver Observação); se a condição de o paciente permitir,gire de 15° a 20° tornando o RC perpendicular ao filme. Garanta que agrade esteja corretamente alinhada se usar o método da angulação doRC

FIGURA 5.3 – OBLÍQUA ESTERNO DECÚBITO

DORSAL

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 35: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 35

Situe o topo do filme 4 cm acima da incisura jugular, com ofilme centralizado no RC projetado.(A)RESPIRAÇÃO

Veja instruções para respiração em incidência Lateral de Tóraxsem trauma.OBSERVAÇÃO:

Para incidência oblíqua do esterno, são necessárias menorrotação corporal ou menor angulação médio-lateral do RC (= 15°) nospacientes com tórax amplo e profundo e maior rotação ou angulação doRC (= 20°) para pacientes com tórax menor.

5.1.2.2) ESTERNO - LATERAL • Com o paciente na posição de decúbito dorsal, coloque os braços ao

lado do corpo, com os ombros recuados.• Coloque a grade do filme ao lado do paciente, paralela ao MSP,

centralizada no ponto médio do esterno (meio caminho entre oprocesso xifóide e o manúbrio).

• Posicione o RC horizontal em relação à parte média do esterno. • Faça a exposição após inspiração completa.

5.1.3) COSTELAS – Incidências (AP E Oblíqua)• Se os pacientes forem capazes de assumir posições eretas, isso é

menos doloroso que a radiografia das costelas na posição deitada,que coloca o peso do corpo no local da lesão.

• Oblíquas anteriores ou posteriores devem ser determinadas pela áreaafetada.

• Trauma grave exige adaptação para a posição oblíqua com RCangulado conforme mostrado. Lembre-se da importância de incluiruma imagem do tórax para avaliar possíveis injúriaspulmonares/torácicas resultantes de fratura de costela.

• A obtenção de imagens acima ou abaixo do diafragma é determinadapela região da injúria.

(A)FATORES TÉCNICOS

Tamanho do filme – 35x 35 cm ou 35 x 43 cm,transversalmente, para avaliação bilateral das costelas uso de grade eDFOFI = 100 cm(B)PROTEÇÃO

Proteja a região pélvica.(C)RESPIRAÇÃO

Acima do diafragma - suspenda na inspiração. Abaixo do diafragma – suspenda na expiração.Alternativa médio-lateral do RC (paciente imobilizado na posição

de decúbito dorsal):Se o paciente não puder ser rodado, o RC pode ser angulado

médio-lateralmente de 30° a 40° com a grade do filme transversal,centralizado para incluir a região da injúria. A imagem será um tantodistorcida, no entanto, a menos que o filme também seja inclinado.

5.1.3.1) COSTELAS - AP acima ou abaixo do diafragma:• Para a região acima do diafragma, coloque a grade do filme sob o

paciente, centralizando-a em relação ao tórax bilateralmente e ao RC;• Posicione o RC perpendicular ao PMS, centralizado 7 a 10 cm abaixo

da incisura jugular como na incidência AP do tórax;

FIGURA 5.4 – LATERAL ESTERNO DECÚBITO

DORSAL

FIGURA 5.5 – AP COSTELAS ACIMA

DIAFRAGMA

FIGURA 5.6 – AP COSTELAS ABAIXO

DIAFRAGMA

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 36: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 36

• Para abaixo do diafragma, situe a parte inferior da porta-filme aonível da crista ilíaca;

• Posicione o RC perpendicular ao centro do filme.

5.1.3.2) COSTELAS - Oblíqua acima ou abaixo do diafragma:• Se o paciente for capaz, coloque-o em posição oblíqua de 30° a 45°,

com o lado lesionado para baixo.• Centralize o filme bilateralmente em relação ao tórax.• Centralize o filme para a centralização acima ou abaixo do diafragma.• Direcione o RC perpendicular ao centro do filme.

5.2) ABDOME

(A)FATORES TÉCNICOS

Tamanho do filme - 35 x 43 cm,longitudinalmente limite de 70-80 kVp com grade. Utilize marcadores de parte superior e de decúbito sefor aplicável. DFoFi mínima de 100 cm.(B)PROTEÇÃO

Proteja gônadas masculinas.(C)RESPIRAÇÃO

Suspenda na expiração.Observação:

Para o decúbito lateral, coloque o paciente na posição lateral por5 minutos antes de fazer a exposição a fim de permitir que o ar subapara a posição mais alta no interior do abdome.

5.2.1) ABDOME - AP decúbito dorsal:• Posicione o filme no interior da fronha ou capa para facilitar o

posicionamento sob o paciente, se feito à beira do leito.• Alinhe o filme longitudinalmente ao PMS.• Centralize o filme em relação ao RC ao nível da crista ilíaca. Garanta

que ambos os lados do abdome superior e inferior estejam a igualdistância das margens laterais do filme.

• Coloque suportes sob as partes do filme se necessário para garantirque o filme esteja ao nível e perpendicular ao RC (evite rotação dopaciente e o corte da grade nas superfícies do leito).

• Posicione o RC perpendicular ao nível da crista ilíaca e no centro dofilme.

5.2.2) ABDOME - AP (ou PA) em decúbito lateral esquerdo:• Essa incidência permite a determinação de níveis hidroaéreos e

possível ar livre intra-abdominal quando a obtenção de imagensverticais não for possível. O decúbito lateral pode ser feito no leito,em uma maca na sala de emergência ou em uma maca na sala deradiografia, em frente à parede vertical de Bucky.

• Garanta que o diafragma e a parte superior do abdome sejamincluídos.

• Situe o centro do filme 3 a 5 cm acima do nível das cristas ilíacas.Coloque suportes ou uma prancha de posicionamento sob os quadrise o tórax conforme necessário para centralizar o abdome em relaçãoao filme tanto no decúbito dorsal quanto no lateral, se feito à beirado leito.

FIGURA 5.7 – OBLÍQUA COSTELAS

FIGURA 5.8 – AP ABDOME DECÚBITO

DORSAL

FIGURA 5.9 – AP ABDOME DECÚBITO

LATERAL

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 37: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 37

• Assegure-se de que não haja rotação e que o plano do filme estejaperpendicular ao RC.

• Posicione o RC horizontal ao centro da grade/filme.

5.2.3) ABDOME – Lateral em decúbito lateralEssa não é uma incidência comum na beira do leito. O decúbito

dorsal é uma posição útil para demonstrar um possível aneurisma aórticoabdominal ou como uma alternativa à posição de decúbito lateral se opaciente não puder se mover.

5.3) DEDOS, POLEGAR, MÃO E PUNHO(A)FATORES TÉCNICOS

Tamanho do filme - 24x30cm; Imagens detalhadas se usarfilme/écran convencional; DFOFI = 100 cm(B)PROTEÇÃO

Proteja a região pélvica.

5.3.1) Dedos, Mão e/ou Punho – Incidência AP• Geralmente, a mão e/ou o punho podem ser posicionados conforme

necessário no filme colocado na maca ou na mesa ao lado dopaciente.

• Mova o paciente para um lado da maca ou mesa conforme necessáriopara fornecer espaço para o filme. Se os dedos e a mão puderem seramplamente estendidos, INCIDÊNCIAS AP OU PA podem serprontamente obtidas.

• Posicionamento, localização do RC e colimação são similares àsincidências rotineiras para membro superior.

• RC é perpendicular à parte e ao filme, centralizado conforme aseguir:

• Mão, RC em relação à terceira articulação metacarpofalangiana.• Dedos 2 a 4, RC direcionado à articulação interfalangiana proximal.

5.3.2) Dedos (com dedos e mão parcialmente flexionados) – IncidênciaAP (alternativa)

• Se o paciente não puder estender completamente os dedos,INCIDÊNCIAS AP específicas podem ser feitas conforme mostrado comas partes de interesse colocadas paralelamente ao filme.

• Direcione o RC perpendicular à parte de interesse e ao filme. Anguleo filme e o RC conforme necessário para manter uma relaçãoperpendicular.

5.3.3) Polegar – Incidências PA e lateral• Se existe uma injúria específica no polegar, uma incidência PA pode

ser obtida usando uma esponja radiolucente como demonstrado.• Teoricamente, o posicionamento lateral do polegar pode também ser

alcançado pela angulação do RC conforme necessário para umaincidência lateral. Alguma distorção pode ocorrer com a utilizaçãodesse método.

• Garanta que todo o polegar, incluindo todo o primeiro metacarpo e otrapézio, esteja incluído.

• Centralize o RC e o filme na primeira articulaçãometacarpofalangiana.

FIGURA 5.10 – LATERAL ABDOME DECÚBITO

DORSAL

FIGURA 5.11 – AP DEDO, MÃO E/OU

PUNHO

FIGURA 5.12 – AP DEDO (ALTERNATIVA)

FIGURA 5.13 – PA E LATERAL POLEGAR

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 38: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 38

5.3.4) Dedos, Mão e/ou Punho – Incidência Oblíqua e lateral• Oblíquas e laterais dos dedos, da mão e/ou do punho podem ser

obtidas através de rotação lateral, como no posicionamento rotineirodessas partes, ou através do ajuste da angulação do RC e filmeconforme necessário.

• Centralize o RC e faça colimação da região específica de interesse.

5.4) PUNHO E ANTEBRAÇOInclua ambas as articulações nas imagens originais do trauma de

antebraço. Imagens pós-redução podem incluir apenas a articulaçãopróxima ao local da fratura, dependendo do protocolo departamental.(A)FATORES TÉCNICOS

Tamanho do filme - 30 x 40 cm ou - 35 X 43 cm para incluirambas as articulações. Imagens detalhadas se usar filme/écranconvencional. DFOFI = 100 cm. Ajuste para o Pequeno para médiogessado, + 5-7 kVp; Gessado maior, 2X mAs ou + 8-10 kVp. Fibra devidro + 3-4 kVp.(B)PROTEÇÃO

Proteja a pelve e a região do tórax.

5.4.1) Punho e Antebraço – Incidência PA• Ajuste o plano do filme e RC conforme necessário para uma PA

verdadeira; • Centralize no punho ou na parte média do antebraço para incluir a

área de interesse. • Inclua ambas as articulações se a área de interesse for duvidosa.

5.4.2) Punho e Antebraço – Incidência LateralCom a mão pronada o quanto possível, use suportes para dar o

apoio necessário para a mão e o braço, para uma incidência lateral comfilme-parte RC a 90° da PA.

5.4.3) Punho e Antebraço pós-redução – Incidências PA e Lateral• Mova o paciente para um lado da maca para dar mais espaço para a

colocação do filme para incidências PA e lateral.

• PA pode ser feita conforme demonstrado. Inclua o punho ou ocotovelo, o que estiver mais próximo ao local da fratura, ou ambas asarticulações se necessário.

• Para lateral, ajuste o braço, o filme e o RC conforme necessário parauma incidência em 90° da PA.

5.4.4) Punho e Antebraço posição ereta alternativa – Incidências PA eLateral

• Se o paciente já estiver na posição ereta ou em uma cadeira derodas, essas incidências podem ser feitas com o paciente colocado naextremidade da mesa de raios X com o braço, o filme e o RCajustados conforme necessário.

FIGURA 5.14 – OBLÍQUA E LATERAL DEDO,MÃO E/OU PUNHO

FIGURA 5.15 – PA PUNHO E ANTEBRAÇO

FIGURA 5.16 – LATERAL PUNHO EANTEBRAÇO

FIGURA 5.17 – PA E LATERAL PÓS-REDUÇÃO

FIGURA 5.18 – PA E LATERAL ALTERNATIVA

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 39: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 39

5.5) COTOVELOComo em outros exames radiográficos no trauma, um mínimo

de duas incidências deve ser obtido do cotovelo - uma AP ou PA e umalateral. Para pacientes com múltiplas injúrias incluindo possível traumatorácico e/ou da coluna vertebral e nos quais o cotovelo permaneceparcialmente flexionado e a mão pronada, incidências PA com feixehorizontal e lateral com feixe vertical podem ser realizadas conformedemonstrado.(A)FATORES TÉCNICOS

Tamanho do filme - 20 x 24 cm polegadas ou - 24 x 30 cm.Imagens detalhadas se usar filme/écran convencional. DFOFI mínima de100 cm.(B)PROTEÇÃO

Proteja a pelve e a região torácica.OBSERVAÇÃO:

Se a possível região do trauma incluir o úmero proximal ou oombro, faça um AP de todo o úmero para incluir tanto as articulações docotovelo quanto à do ombro, conforme mostrado no estudo do úmero,juntamente com uma lateral transtorácica.

5.5.1) Cotovelo – Incidência PA (com a Mão Pronada e o CotoveloParcialmente flexionado):

• Coloque o filme vertical entre o braço estendido e o paciente.(Coloque um escudo entre o filme e o tórax.) Forneça suporte sob obraço e a mão. Direcione o feixe horizontal do RC para que estejaperpendicular ao plano interepicondilar para uma verdadeira PA.

5.5.2) Cotovelo – Incidência Lateral• Com o braço em uma posição similar à posição para a PA e com o

cotovelo parcialmente flexionado, coloque o filme sob o cotovelo e oantebraço e angule o RC conforme necessário para que estejaparalelo ao plano interepicondilar (900 da PA). (Duas possíveisposições laterais para o braço e filme são mostradas)

5.6) ÚMERONão tente rodar o braço para incidências iniciais laterais e AP se

estiverem presentes sinais e sintomas de fratura ou deslocamento. A APdeve incluir ambas as articulações do cotovelo e dos ombros, mas asduas imagens laterais serão necessárias no exame inicial a fim dedemonstrar o úmero proximal e distal.

Dependendo do protocolo departamental, exames subseqüentespodem exigir que apenas a articulação mais próxima à injúria sejaincluída.(A)FATORES TÉCNICOS

Tamanho do filme - 35 x 43 cm ou - 30 x 40 cm; Pacientegrande além de 10 cm: use grade e aumente a kVp de acordo; Lateraltranstorácica, com uso de grade e técnica de respiração se possível;DFOFI = 100 cm(B)PROTEÇÃO

Proteja a pelve e a região torácica.

FIGURA 5.19 – PA COTOVELO

FIGURA 5.20A – LATERAL COTOVELO

FIGURA 5.20B – LATERAL COTOVELO

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 40: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 40

OBSERVAÇÃO:Uma angulação cefálica de 10° a 15° pode ser necessária se o

ombro de interesse não puder ser abaixado. (Verifique o alinhamento dagrade para evitar corte da grade do RC angulado.)

5.6.1) Úmero – Incidência AP em decúbito dorsal:• Com o paciente em decúbito dorsal, coloque o filme cuidadosamente

sob o ombro e o braço (filme grande o suficiente para incluir tanto osombros quanto as articulações do cotovelo).

• Abduza ligeiramente o braço e coloque a mão em decúbito dorsal sea condição de o paciente o permitir.

• Centralize o RC em direção ao úmero médio.

5.6.2) Úmero médio e distal – Incidência Lateral• Coloque o filme vertical entre o braço e o tórax, com o topo do filme

o mais profundamente possível na axila. Situe o escudo entre o filmee o tórax.

• Flexione o cotovelo a 90° se possível. • Coloque o RC horizontal e perpendicular ao terço distal do úmero e o

filme.

5.6.3) Úmero proximal – Incidência Lateral (transtorácica com feixehorizontal)

• Coloque a grade do filme próximo ao ombro e o braço lesionado.• Eleve o braço oposto acima da cabeça, o que também eleva o ombro.• Centralize o RC horizontal através do tórax até o colo cirúrgico.• Examine o ombro mais baixo do paciente.

5.7) OMBRO, ESCÁPULA E CLAVÍCULA

(A)FATORES TÉCNICOS

Tamanho do filme - 24 x 30 cm. Com grade. DFOFI = 100 cm(B)PROTEÇÃO Proteja a pelve e a região torácica.

5.7.1) OMBRO e ESCÁPULAOBSERVAÇÃO:

Alguma distorção ocorrerá com essa angulação medial do RC sefor necessário obter um posicionamento lateral da escápula.

5.7.1.1)Ombro e escápula – Incidência APOmbro:• Com o paciente em decúbito dorsal e o braço em posição de rotação

neutra ao lado do corpo, centralize o filme na articulação do ombro eno RC;

• Posicione o RC perpendicular à articulação do ombro.

Escápula:• Com o paciente em decúbito dorsal, abduza gentilmente o braço a

90° do corpo se possível e centralize o filme e o RC perpendicular àescápula.

FIGURA 5.21 – AP ÚMERO EM DECÚBITO

DORSAL

FIGURA 5.22 – LATERAL ÚMERO MÉDIO EDISTAL

FIGURA 5.23 – LATERAL ÚMERO

TRANSTORÁCICA

FIGURA 5.24 – AP OMBRO E ESCÁPULA

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 41: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 41

5.7.1.2) Ombro e escápula – Incidência LateralOmbro:

Veja lateral transtorácica no estudo de úmero proximal, ou façauma incidência lateral da escápula (em Y), como mostrado na figura aseguir, mas com o RC centralizado à cabeça do úmero.

Escápula (em Y) – posicionamento oblíquo • O paciente deve estar em posição oblíqua posterior, com o lado de

interesse elevado e o braço levantado e cruzado até o ombro oposto. • Palpe as bordas da escápula e vire o paciente até que a escápula

esteja em perfil na posição lateral (geralmente exige uma posiçãoposterior oblíqua do corpo de cerca de 25° a 30°).

• Projete o RC perpendicular ao filme, ou, se o paciente não puder sergirado suficientemente, angule o RC conforme necessário para queesteja paralelo à lâmina da escápula.

• Centralize o RC na borda lateral média (axilar) da escápula.

5.7.2) CLAVÍCULA

5.7.2.1) Clavícula – Incidências AP e/ou AP axial

• Com o paciente em decúbito dorsal e o braço ao lado do corpo,centralize o filme (colocado transversalmente) na clavícula.

• Direcione o RC perpendicular à parte média da clavícula e média dofilme para a AP, e de 15° a 20° cefálicos para a incidência AP axial.

• Uma angulação maior do RC (20°) é necessária em um pacientemagro e uma angulação menor (15°) para um paciente espesso.

5.8) DEDOS E PÉAs regras gerais do trauma aplicam-se também para os

procedimentos de membros inferiores. Isto é, um mínimo de duasincidências feitas a 90° uma da outra é necessário. Logo, a incidênciaoblíqua não é geralmente incluída nesses exames iniciais do trauma.(A)FATORES TÉCNICOS

Tamanho do filme - 24 x 30 cm. Imagens detalhadas se usarfilme/écran convencional. DFOFI mínima de 100 cm(B)PROTEÇÃO

Proteja a região gonodal.

5.8.1) Dedos e/ou pé – Incidência AP em decúbito dorsal:• Com a perna do paciente estendida e os dedos posicionados para

cima, coloque o filme verticalmente contra a superfície plantar do pé.Use um porta-filme conforme mostrado, a fim de manter o filmeposicionado, ou outros modos como um travesseiro e/ou almofadasde areia.

• Angule o RC conforme necessário para que esteja 10° posterior àsuperfície plantar e plana do filme. (Isso eqüivale à angulação de 10°posterior do RC para AP de rotina do pé com a superfície plantar dopé no tampo da mesa.)

• Centralize o RC à articulação do terceiro metatarso. Para lesões emdedos específicos, todo o pé é geralmente incluído nos casos detrauma.

FIGURA 5.25 – LATERAL OMBRO EESCÁPULA

FIGURA 5.26 – AP E/OU AXIAL CLAVÍCULA

FIGURA 5.27 – AP PÉ DECÚBITO DORSAL

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 42: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 42

OBSERVAÇÃO: Se o paciente puder flexionar o joelho e colocar o pé aplainado

no tampo da mesa, incidências rotineiras AP do pé (e oblíquas) podemser feitas conforme descrito em Incidências básicas para a região.

5.8.2) Dedos e/ou pé – Incidência Lateral em decúbito dorsal:• Coloque suporte sob o pé e o tornozelo com o filme vertical

posicionado contra a superficie medial.• Direcione o RC horizontal em direção à base dos metatarsos para a

incidência lateral do pé.

OBSERVAÇÃO: O receptor de imagem deve ser colocado longitudinalmente para

melhor acomodar a correta centralização do RC.

5.9) TORNOZELO E PERNA (TÍBIA – FÍBULA)A incidência AP do encaixe do tornozelo é uma incidência

comum na rotina do trauma ou entorse da articulação do tornozelo.(Isso pode ser feito em vez de ou associado à incidência AP verdadeirade tornozelo.) O protocolo departamental referente a isso deve serseguido. A incidência lateral básica deve ser sempre incluída.Perna (tíbia-fíbula):

O exame inicial deve incluir ambas as articulações. Examessubseqüentes podem incluir apenas a articulação mais próxima do localde fratura, dependendo do protocolo departamental.(A)FATORES TÉCNICOS

Tamanho do filme - 24 x 30 cm para tornozelo, ou - 35 x 43 cmpara a perna do adulto. Alta-tensão de 60-70 kVp. Imagens detalhadasse usar filme/écran convencional. DFoFi mínima de 100 cm(B)PROTEÇÃO

Proteja a região gonodal.

5.9.1) TORNOZELO5.9.1.1) Tornozelo – Incidência AP (encaixe):• Coloque o filme sob o tornozelo, centralize ao maléolo e ao RC• Angule o RC látero-medialmente conforme necessário para que esteja

perpendicular ao plano intermaleolar. Isso exige uma angulação de15° a 20° látero-medialmente em relação ao eixo longitudinal do pé.

• RC centralizado no ponto médio entre os maléolos.

5.9.1.2) Tornozelo – Incidência AP • Coloque o filme sob o tornozelo, centralize ao maléolo e ao RC;• Não faça dorsiflexão forçada do pé, mas permita que esse permaneça

em uma posição natural, o que ajuda na demonstração da base doquinto metatarso (um local comum de fratura) nessa incidência dotornozelo;

• Posicione o RC paralelo ao eixo longitudinal do pé e centralizado noponto médio entre os maléolos.

5.9.1.3) Tornozelo – Incidência Lateral • Coloque o filme vertical contra a região medial do tornozelo,

centralizado no maléolo e no RC • Coloque suporte sob o pé e o tornozelo conforme necessário.

FIGURA 5.28 – LATERAL PÉ

FIGURA 5.29 – AP TORNOZELO ENCAIXE EOPCIONAL

FIGURA 5.30 – LATERAL TORNOZELO

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 43: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 43

• Direcione o RC horizontal para o maléolo lateral, perpendicular aofilme. (Lembre-se, o maléolo lateral estará 15° a 20° mais posteriorque o maléolo medial em uma lateral verdadeira do tornozelo.)

5.9.2) PERNA (TÍBIA – FÍBULA)5.9.2.1) Perna (tíbia e fíbula) – Incidência AP:

• Coloque o filme maior sob a perna para incluir articulações do joelhoe tornozelo (coloque diagonalmente, se necessário).

• Centralize o RC na metade do eixo da perna.

OBSERVAÇÃO: A distância foco-filme pode necessitar de aumento para 112 cm

para a colimação a fim de cobrir o filme de 35 x 43 cm posicionadodiagonalmente.

5.9.2.2) Perna (tíbia e fíbula) – Incidência Lateral:

• Coloque suporte sob o joelho, perna e tornozelo e apóie o filmevertical contra a superfície medial da perna. Use fita ou porta-filmepara segurar o filme.

• Direcione o RC horizontal (ou a 90° da AP), centralizado no eixomédio da perna.

OBSERVAÇÃO: Um adulto grande pode necessitar de um segundo filme menor

para incluir ambas as articulações. Uma orientação geral é usar o maiorfilme próximo à articulação lesionada e usar um filme menor para incluira outra articulação. Isso é especialmente verdadeiro nessa lateral, pois ofilme não pode ser colocado diagonalmente com facilidade.

5.10) JOELHO

(A)FATORES TÉCNICOS

Tamanho do filme - 24 x 30 cm longitudinalmente. Gradenecessária se o joelho for maior de 10 cm. DFOFI = 100 cm(B)PROTEÇÃO

Proteja a região gonodal.

5.10.1) Joelho – Incidência AP (perna estendida)

• Coloque o filme sob o joelho, centralizado na articulação do joelho (2cm distal ao ápice da patela).

• Direcione o RC para a articulação do joelho.• Nenhuma angulação cefálica do RC é necessária para o paciente de

tamanho médio. (Coxas e nádegas espessas exigem angulaçãocefálica de 3° a 5°, e coxas e nádegas delgadas necessitam deangulação caudal de 3° a 5°)

5.10.2) Joelho – Incidência Lateral (perna estendida)

• Coloque o filme vertical contra a região medial do joelho, centralizadoao nível da articulação do joelho (2 cm distal ao ápice da patela).

• Coloque suporte sob o joelho para centralizar a perna e o joelho aofilme.

• Direcione o RC horizontalmente para que esteja perpendicular aofilme.

FIGURA 5.31 – AP PERNA

FIGURA 5.32 – LATERAL PERNA

FIGURA 5.33 – AP JOELHO

FIGURA 5.34 – LATERAL JOELHO

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 44: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 44

OBSERVAÇÃO:Uma lateral verdadeira com feixe horizontal do joelho sem flexão

do mesmo demonstra a bursa suprapatelar e os planos gordurososassociados em caso de possível deslocamento ou de presença de nívelliquido. O derrame (acúmulo de liquido) é bem visualizado devido ao raiohorizontal. Derrame no interior da cavidade articular do joelho é umforte indicador de patologia nessa articulação. Essa é também uma boaincidência para possível fratura ou deslocamento da patela.

5.10.3) Joelho – Incidência oblíqua medial (opcional )

• Essa é uma projeção opcional para melhor demonstrar a cabeça e ocolo fibular não-obscurecidos se necessário.

• Angule o RC 45° látero-medialmente, conforme necessário para estarquase perpendicular ao RC

• Direcione o RC para a articulação do joelho (2 cm distal ao ápice dapatela).

• Coloque suporte sob a perna e o joelho e apóie o chassi/filme comomostrado para posicionar o filme o mais perpendicular possível ao RCa fim de minimizar distorção.

5.11) FÊMUR PROXIMAL, MÉDIO E DISTAL E AP PÉLVICA

ADVERTÊNCIA:Não tente rodar internamente a perna se houver suspeita de

fratura de quadril.(A)FATORES TÉCNICOS

Tamanho do filme - 35 x 43 cm. DFOFI = 100 cm(B)PROTEÇÃO

Proteja a região gonodal tanto em homens quanto em mulheressem obscurecer a anatomia essencial. (Proteção ovariana nas pacientespode não ser possível se a área de interesse estiver nas estruturasesqueléticas pélvicas.)

5.11.1) Fêmur médio e distal – Incidência AP • Coloque o filme sob o joelho e centralize no fêmur para garantir que

toda a articulação do joelho seja incluída, considerando a divergênciado feixe de raios X.

• Direcione o RC para a parte média do filme.• Faça a colimação fechada do fêmur.

5.11.2) Fêmur médio e distal – Incidência Lateral • Coloque chassi/filme vertical contra a região medial da perna, na

região mais proximal na qual o paciente se sinta confortável.• Forneça suporte sob a perna e o joelho.• Direcione o RC horizontalmente para o terço distal do fêmur.• Faça a colimação fechada do fêmur.

5.11.3) Pelve – Incidência AP • Posicione a fronha ou a capa sobre a chassi/filme e deslize sob a

pelve, com o filme transversal e centralizado no paciente.• O topo do filme estará cerca de 2,5 cm acima da crista ilíaca.

FIGURA 5.35 – OBLÍQUA JOELHO

FIGURA 5.36 – AP FÊMUR PROXIMAL

FIGURA 5.37 – LATERAL FÊMUR PROXIMAL

FIGURA 5.38 – AP PELVE

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 45: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 45

• Garanta que não haja rotação e que exista igual distância das ElASaté o filme. Gire os pés 15° internamente se possível. (Veradvertência anterior)

• Direcione o RC perpendicularmente ao centro do filme e à pelve.

5.11.4) Quadril – Incidência AP • Proteja as gônadas tanto em homens quanto em mulheres sem

obscurecer a região do quadril.• Coloque o filme sob o quadril, centralizado no quadril e no RC.• Direcione o RC perpendicular ao filme, centralizado no quadril (5 cm

medial à ElAS, ao nível do trocanter maior).• Gire a perna 15° internamente, se possível (ver advertência acima).

5.11.4) Fêmur proximal e Quadril – Incidência Lateral Quadril infero-superior - (Método de Danelius-Miller)Quadril Médio-lateral - (Método de Sanderson)*ADVERTÊNCIA: Não tente rodar ou mover a perna com evidência de fratura.(A)FATORES TÉCNICOS

Tamanho do filme - 24 x 30 cm para quadril, ou – 35 x 43 cm parafêmur proximal e quadril. DFOFI = 100 cm(B)PROTEÇÃO Proteção gonodal geralmente não é possível.

5.11.4.1) Método de Danelius-Miller: Incidência Infero-superior doquadril com injúria unilateral apenas do quadril

• Coloque o filme vertical contra o lado do paciente logo acima dacrista ilíaca

• Gire internamente a perna, se possível. • Eleve a perna oposta.• Direcione o RC horizontal perpendicularmente ao colo femural e ao

plano do filme. Garanta que o RC esteja na linha central dochassi/filme.

5.11.4.1) Método de Sanderson: Incidência Médio-lateral do quadril efêmur proximal para trauma ou lateral móvel na beira do leito

• Essa é uma boa incidência para demonstrar alinhamento de próteseou pino de quadril no pós-operatório. Pode ser prontamente obtidano leito ou em maca, com a perna afetada relaxada e parcialmentevirada externamente. Barras de tração ou outros obstáculos nãoatrapalham essa incidência.

• Geralmente, uma AP da pelve ou quadril é feita primeiro, e, enquantoesse filme está sendo retirado de baixo do paciente, pode ser usadopara elevar gentilmente o paciente. Com cerca de metade do filmeembaixo do paciente, este pode ser usado como um dispositivo deelevação. Um cobertor ou uma toalha dobrada pode então sercolocado sob o quadril e fêmur afetados. (O paciente deve estarobliquamente de 20° a 30° da posição de decúbito dorsal.)

• Coloque o chassi/filme contra e parcialmente sob a coxa, comomostrado, na angulação necessária para que fique quaseperpendicular ao RC

FIGURA 5.39 – AP QUADRIL

FIGURA 5.40 – MÉTODO DE DANELIUS-MILLER

FIGURA 5.40 – MÉTODO DE SANDERSON

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 46: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 46

• Apóie e segure o chassi/filme no lugar com blocos de suporte ououtros apoios e/ou fitas a 45°, conforme necessário.

• Angule o RC médio-lateralmente conforme necessário para que estejaquase perpendicular ao eixo longitudinal do pé (90° da AP; verObservação). Uma angulação cefálica de 10° a 20° do RC é possívelpara melhor visualizar o colo e a cabeça.

OBSERVAÇÃO: A angulação do RC variará, dependendo da rotação externa da

perna afetada.RESUMO DO MÉTODO DE SANDERSON:

O apoio é posicionado sob o quadril afetado conforme opaciente é gentilmente elevado durante a remoção do filme utilizadopara a incidência AP.

Com o filme parcialmente situado sob o quadril, angule o filmeparalelamente ao eixo longitudinal do pé.

Angule o RC médio-lateralmente para que fique perpendicular aoeixo longitudinal do pé. (Isso garante uma verdadeira visão lateral dofêmur proximal com distorção mínima.)

5.12) COLUNA CERVICAL

ADVERTÊNCIA:Não remova o colar cervical nem mova a cabeça ou pescoço do

paciente até que fraturas cervicais tenham sido excluídas. Geralmente,isso requer que incidências AP e lateral tenham sido mostradas aomédico antes da remoção do colar cervical ou antes de o paciente sermovido da prancha.(A)FATORES TÉCNICOS

Tamanho do filme - 24 X 30 cm, grade se necessário devido aotamanho do paciente. AP: DFOFI = 100 cm. Lateral: DFOFI = 150 a 180cm.(B)PROTEÇÃO

Proteja a região pélvica.

5.12.1) Cervical – Incidência AP• Coloque o filme na bandeja de Bucky ou grade de filme

longitudinalmente sob o paciente com o topo do porta-filme 3 a 5 cmacima do nível do MAE.

• Angule o RC de 15° a 20° cefálicos, centralize para que saia ao nívelde C4 (entre ao nível da margem inferior da cartilagem tireóide).

5.12.2) Cervical – Incidência AP transoral - C1 e C2

• Se a condição permitir, abra a boca do paciente o quanto possívelsem mover a cabeça ou o pescoço.

• O RC pode estar angulado se necessário para que fique paralelo àlinha que vai da margem inferior dos dentes superiores até a base docrânio (processos mastóides).

5.12.3) Cervical – Incidência AP axial da região de CI-C2(opcional)(demonstra o processo odontóide no interior do forame magnoquando a incidência transoral não é possível e há interesse naregião cervical superior)

FIGURA 5.41 – AP CERVICAL

FIGURA 5.42 – AP CERVICAL TRANSORAL EAP AXIAL (C1 E C2)

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 47: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 47

• Coloque o filme longitudinalmente, centralizado no RC projetado.• Angule o RC cefálico de 35° a 40° ou como necessário para alinhar o

RC paralelamente a uma linha que vai do mento até a base docrânio.

• Centralize o RC para penetrar imediatamente inferior à mandíbula.

5.12.4) Cervical – Incidência Lateral com feixe horizontal• Filme vertical contra o ombro, paralelo ao MSP, com o topo do filme

3 a 5 cm acima do nível do MAE. (Garanta que a região de C7-T1esteja incluída.)

• Deixe o paciente relaxado e abaixe os ombros o quanto possível. Senecessário, tenha uma equipe não-radiológica para puxar para baixoambos os braços a fim de abaixar os ombros e visualizar a região deC7-T1. (Dê à equipe aventais de chumbo.)

• Direcione o RC horizontal para C4 (parte superior da cartilagemtireóide) e para o centro da grade a fim de prevenir o corte da grade,ou vire a grade com a linha central vertical a fim de evitar corte dagrade se necessário.

• Aumente a DFoFi para 150 a 180 cm se o equipamento e o espaço dasala permitirem a fim de diminuir a divergência, o que reduz aampliação para melhor visualizar C7.

OBSERVAÇÃO: O uso de grade para o exame da coluna cervical é determinado

pelo protocolo departamental e pelo tamanho do paciente.

5.12.5) Cervical – Incidência Lateral do nadador(se a região de C7-T7 não for visualizada na lateral da coluna cervical)• O posicionamento do filme vertical é similar ao da lateral com feixe

horizontal, mas eleve o braço e o ombro próximo ao filme e deprimao ombro oposto o quanto possível.

• Direcione o RC horizontal, centralizado para C7-T1 (4 cm acima donível da incisura jugular).

• Centralize o centro da grade ao RC a fim de evitar corte da grade(linhas de grade verticais).

OBSERVAÇÃO: Um RC com angulação caudal a 5° pode ser necessário se o

paciente não puder abaixar o ombro oposto ao filme.

5.13) COLUNA TORÁCICA E LOMBARADVERTÊNCIA:

Se os pacientes puderem ser colocados de lado, imagensconvencionais da coluna torácica e lombar podem ser obtidas conformedescrito em incidências básicas.(A)FATORES TÉCNICOS

Tamanho do filme - 35 x 43 cm longitudinalmente. DFOFI = 100cm.(B)PROTEÇÃO

Proteja as gônadas.

5.13.1) Coluna Torácica5.13.1.1) Torácica – Incidência AP• Coloque o filme na Bucky ou deslize a grade sob o paciente com o

topo do filme 3 cm acima dos ombros.

FIGURA 5.43 – LATERAL CERVICAL

FIGURA 5.44 – LATERAL CERVICAL

(NADADOR)

FIGURA 5.45 – AP TORÁCICA

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 48: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 48

5.13.1.2) Torácica – Incidência Lateral• Prepare paciente ou mova o paciente para a borda da mesa e

coloque o filme vertical abaixo do nível da mesa. • Use um porta-filme ou fita e/ou almofadas de areia para apoiar o

filme. • Centralize o filme no RC ao nível de T7. • Eleve os braços do paciente acima da cabeça ou eleve e cruze sobre

o tórax, de modo que não obscureça a vértebra torácica.• Centralize o RC horizontal na coluna vertebral e próximo à linha

central da grade ao nível de 8 a 10 cm inferior à incisura jugular.

5.13.2) Coluna Lombar5.13.2.1) Lombar – Incidência AP• Posicione o filme como para a AP da coluna torácica com exceção do

filme, que estará ao nível da crista ilíaca.• Joelhos elevados se a condição do paciente o permitir.• Direcione o RC perpendicular ao centro do filme e ao nível de L4-L5.

5.13.2.2) Lombar – Incidência LateralMesmo método da lateral para a coluna torácica, exceto que

aqui o filme é movido para estar centralizado ao nível da crista ilíaca (L4-L5)• RC horizontal centralizado na coluna vertebral e no centro da grade

ao nível de L4-L5 ou da crista ilíaca

5.13.2.3) Lombar – Incidência Lateral opcional de L5-S1:

• Filme de 20 x 24 cm longitudinalmente• Filme vertical centralizado a 2,5 cm distal do nível da crista-ilíaca• RC horizontal perpendicular ao PMS, centralizado no filme

OBSERVAÇÃO: Nessas imagens, a paciente está em uma prancha elevada para

permitir que a linha central da grade esteja próxima ao RC a fim deevitar o corte da grade. Se o paciente e a prancha não estiveremsuficientemente elevados para permitir que o RC esteja dentro de 3 a 4cm da linha central da grade.

Uma grade de decúbito com faixas de chumbo transversais podetambém ser usada para evitar corte da grade. Isso se relaciona ao feixehorizontal tanto para a coluna torácica quanto para a coluna vertebral.

FIGURA 5.46 – LATERAL TORÁCICA

FIGURA 5.47 – AP LOMBAR

FIGURA 5.48 – LATERAL LOMBAR

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 49: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 49

ANEXO I _ BIOTIPOS

O pos icionamento radiográf ico requer oconhecimento das var iações mais comuns na forma docorpo (biot ipo). Essa var iação no formato do corpo possuium efeito importante na forma e local ização dos órgãosinternos. Portanto, cada prof iss ional de radiodiagnóst icodeve aprender a reconhecer esses t ipos corpóreos e a sabero seu efeito nos órgãos internos, como descr ito em cadacapítu lo referente ao posicionamento desses s istemasorgânicos.

Os quatro t ipos de corpo mais comuns estãoi lustrados nos desenhos abaixo, com as suas respect ivaspercentagens da população nos EUA em geral representadapor cada t ipo.HI P ER ES TÊ N I C O : Este t ipo representa apenas 5% dapopulação nos EUA, também conhecido como o mais"atarracado", maciço. A cavidade torácica é larga eprofunda de frente para trás, com uma dimensão vert ica lcurta, o que indica um diafragma alto. Isso faz tambémcom que o abdome superior seja também muito largo,al terando a local ização de órgãos como vesícula bi l iar,estômago e cólon, como mostram os desenhos e descrevemcapítulos poster iores.EST ÊN I C O : Este representa o mais próximo da média, masainda é l igeiramente troncudo e freqüentemente o t ipo depessoa mais musculosa. Os órgãos torác icos e abdominaissão próximos da média em forma e local ização, mas tendemmais ao t ipo de const i tu ição corporal compacto ehiperestênico, como se vê nos desenhos abaixo.HI P O ES T ÊN I C O : Este representa o mais próximo da médiaporém é mais esbelto e às vezes o t ipo corpóreo de maiorestatura. A vesícula bi l iar e o estômago estão mais baixos epróximos da l inha média, bem como o cólon, que se local izaem algum lugar no abdome inferior.AST ÊN I C O : Este é o extremo do t ipo corpóreo delgado(10%), com uma cavidade torácica mais estre ita e poucoprofunda, porém com uma grande dimensão vert icalind icando um diafragma mais baixo. O abdome superiortambém é mais estrei to na porção superior e mais largo nasdimensões infer iores, o que posic iona os órgãos abdominaisem andares mais infer iores.

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 50: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 50

ANEXO II _ Princípio ALARA

Esse pr incípio postula que a exposição ocupacionaldeve ser mantida "As low As Reasonably Achievable" (tãobaixo quanto razoavelmente exeqüível) . Esse é umprincípio importante a que todo técnico/radiologista deveestar atento. Eis um resumo de quatro formas importantespelas quais isso pode ser alcançado:1 . Sempre usar o dosímetro ou outro disposit ivo demonitoração. Apesar do dosímetro não diminuir a exposiçãodo trabalhador, os regis tros a longo prazo são importantespara a determinação de prát icas de proteção.2 . Disposit ivos de imobi l ização ou bandas de retençãodevem ser usados sempre que poss ível , e apenas comoúlt imo recurso a lguém deve permanecer na sala para contero paciente - nunca deve ser o profissional deradiodiagnóstico . Se a contenção dos pacientes fornecessária, ela deve ser fe ita por uma outra pessoa quenão seja um prof iss ional ocupac ionalmente exposto. Essapessoa nunca deve permanecer no feixe pr imário e sempredeve usar um avental e luvas de proteção.3 . A prática do uso de colimador restrito, fi ltração dofeixe primário, técnicas de kVp ideais, telas e filmesde alta velocidade e exames pouco repetidos . Aexposição do prof iss ional de radiodiagnóst ico é devidabasicamente à radiação d ispersa do paciente e de outrasfontes. Além disso, a redução da exposição do pacienteresulta conseqüentemente na redução da exposição doprofissional de radiodiagnóstico.4 . Siga as três regras cardinais de proteção contra aradiação, o tempo, à distância e bl indagem . Oprofissional de radiodiagnóstico deve minimizar o tempo deexposição, permanecer o mais dis tante poss ível da fonte eusar um escudo de chumbo quando exposto.

Isso é importante em trauma e em radiograf iasmóveis, especia lmente com as unidades de f luoroscopiadigi ta l em braço C móvel. A proteção contra a dispersão éimportante para as unidades f luoroscópicas móveis como obraço em C por aumentar a dose potencia l no paciente e noprofissional de radiodiagnóstico.

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 51: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 51

ANEXO III _ Equipamento FNX 200

RENDIMENTO • Gerador de Raios-X de Onda Plena Bifásico. • 100 kV ( Regulagem de 50 a 100 kV): 10 kW. • 1 a 500 mAs. • Potência de 10 kVA.

CÚPULA DE RAIOS-X • Potência do tubo máx: 20/40 kW • Tubo de anodo giratório, com foco de 1,0 mm. • Blindagem completa do tubo de raios-X. • Filtração total igual ou maior que 2,5 mm Al. • Cúpula exclusiva com isolamento a seco, imune a vazamentos e

maior capacidade térmica. • Incorpora Angulador.

COLIMADOR LUMINOSO • Timer integrado com temporização automática.• Ajuste preciso da congruência entre o campo luminoso e o feixe de

radiação.

COMANDO • Design prático e objetivo. • Ajustes de kV e mAs. • Ajuste de precisão da rede com indicação à LEDs. • Disparador com retardo automático no painel. • Disparador à distância de 2 estágios de 2,5 m. • Acionamento de Bucky.

ESTATIVA, TRILHO E MESA• Tubo com movimentos vertical, horizontal e angular. • Movimento deslizante do conjunto Cúpula-Braço na horizontal

acoplado a mesa ou sobre trilho no piso. • Movimentação com frenagem por atrito macromolecular

(dispensa freios). • Bucky com sistema oscilante e grade antidifusora de alta

qualidade.

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 52: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 52

ANEXO IV _ TABELA DE EXPOSIÇÃO FNX 200

Região anatômica Espessura (cm) kV mAs DFoFi (cm)

Crânio

Crânio PA 19 75 40 100

Crânio-Face Lateral 16 65 24 100

Crânio Cérebro Lateral 16 70 24 100

Crânio Axial 22 85 80 100

Crânio Sela Turca 17 80 48 100

Idem Segundo Stevens 17 75 48 100

Maxilar Inferior 11 70 48 100

Inclinado Segundo Eisler 11 60 20 100

Tórax

Costelas 1 a 7 AP / PA 20 65 24 120

Costelas 8 a 12 AP / PA 22 70 48 120

Esterno PA 21 65 48 120

Esterno Lateral 30 65 48 120

Clavícula PA 14 65 12 120

Escápula AP 17 65 20 120

Escápula Lateral 14 60 48 120

Pulmões PA 21 65 5 150

Pulmões e Coração Lateral 30 75 10 150

Coração PA 21 85 8 200

Esôfago Oblíqua 28 75 10 120

Coluna vertebral

Cervical C1 a C3 oral 13 65 48 100

Cervical C4 a C7 AP 13 65 32 100

Cervical C1 a C7 Lateral 12 65 20 150

Cervical C1 a C7 Oblíqua 13 70 24 100

Torácica superiores AP 18 70 40 100

Torácica inferiores AP 21 80 48 100

Torácica Lateral 30 75 80 100

Lombar L1 a L4 AP 19 75 40 100

Lombar L1 a L4 Lateral 27 80 100 100

Lombar L1 a L4 Oblíqua 22 80 48 100

Lombar L5 AP 22 80 48 100

Lombar L5 Lateral 33 85 150 100

Pelve

Pelve e Bacia AP 20 75 40 100

Sacro e Cóccix AP 19 80 40 100

Sacro e Cóccix Lateral 33 85 100 100

ECRAN: Kodak tipo LANEX desensibilidade verde comrespectivos filmes (ouequivalente).

ATEN Ç Ã O : Para cada cm a mais ou amenos da espessuranormal, acrescentar oudiminuir uma pos ição domAs.Para a a lta-tensão:kV = (2x espessura + Q)onde Q é a constante derendimento do aparelhoou (kV I) / (espessura I) =(kV F) / (espessuraF)

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 53: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 53

ANEXO IV _ TABELA DE EXPOSIÇÃO FNX 200

Região anatômica Espessura (cm) kV mAs DFoFi (cm)

Abdome

RUB AP/PA 19 65 48 100

Idem Lateral 27 80 80 100

Bexiga Axial 21 70 100 100

Relevo-Estômago PA 22 80 16 100

Estômago. PA 22 85 16 100

Bulbo PA 22 85 16 100

Intestino, Estômago PAdecúbito

22 85 20 100

Gravidez PA 32 80 80 100

Idem Lateral 28 90 80 100

Pelvimetria 29 90 48 100

Braço

Ombro AP 11 65 7 100

Ombro Axial 11 65 8 100

Braço AP Lateral 8 60 6 100

Cotovelo AP 6 60 5 100

Cotovelo Lateral 8 60 6 100

Antebraço AP 6 55 6 100

Antebraço Lateral 7 55 6 100

Punho AP 4 50 3 100

Punho Lateral 6 50 5 100

Mão AP 3 50 3 100

Mão Lateral. Oblíqua 6 50 4 100

Dedos Lateral Oblíqua 2 50 3 100

Pernas

Colo do Fêmur Lateral 22 65 48 100

Coxa parte superior 13 70 24 100

Coxa parte inferior 12 65 16 100

Joelho AP 12 60 8 100

Joelho Lateral 10 60 6 100

Patela Axial 7 60 8 100

Perna AP 11 60 8 100

Perna Lateral 9 60 8 100

Articulação Pé AP 9 60 8 100

Articulação Pé Lateral 7 60 6 100

Calcanhar Lateral 7 55 6 100

Calcanhar Axial 10 55 6 100

Metatarso AP 5 50 5 100

Metatarso Oblíqua 6 50 5 100

Pé Lateral 7 55 5 100

Dedos do Pé 3 50 3 100

ECRAN: Kodak tipo LANEX desensibilidade verde comrespectivos filmes (ouequivalente).

ATEN Ç Ã O : Para cada cm a mais ou amenos da espessuranormal, acrescentar oudiminuir uma pos ição domAs.Para a a lta-tensão:kV = (2x espessura + Q)onde Q é a constante derendimento do aparelhoou (kV I) / (espessura I) =(kV F) / (espessuraF)

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]

Page 54: NOTA DE AULA N.01: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE …files.radiologia-rx.webnode.com.br/200000214-4476245705... · Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las de forma

Incidências Radiológicas Especiais – Notas de aula 54

Referência bibliográfica:

LEAL, Robson. Radiologia: Técnicas Básicas. 1a ed. – São Paulo:EDITORA ESCOLAR, 2004

BONTRAGER, Kenneth L. Tratado de Técnica Radiológica. 5a ed. – Rio deJaneiro: GUANABARA-KOOGAN,2002

BONTRAGER, Kenneth L. Tratado de Técnica Radiológica. 4a ed. – Rio deJaneiro: GUANABARA-KOOGAN,2000

BONTRAGER, Kenneth L. Atlas de Bolso. - Técnica Radiológica e BaseAnatômica. 3a ed. – Rio de Janeiro: GUANABARA-KOOGAN,1999

MÖLLER,Torsten B. ; REIF, Emil. Atlas de Anatomia Radiológica. 2a ed. –Porto Alegre: ARTMED, 2001

DIMENSTEIN, Renato; GHILARDI, Thomaz. Bases Físicas e Tecnológicasaplicadas aos Raios X. 1a ed. – São Paulo: SENAC, 2002

Prof. Luciano Santa Rita ⇒ Homepage: www.radiologiatec.cjb.net … E-mail: [email protected]