Nota Introdutória da Obra

No dia 27 de outubro, tem lugar no ISCTE-IUL a conferência "Nascimentos e outros debates: género, parentalidade e criação",

organizada por Dulce Morgado Neves (CIES-IUL) e Mário JDS Santos

(CIES-IUL). Esse um evento reúne algumas das mais recentes pesquisas em ciências sociais e humanas sobre estas temáticas, (mais informações em www.cies.iscte-iul.pt).

Associando-se a este evento, a iniciativa "Livro do Mês" é dedicada à obra New thinking on improving maternity care: international perspectives, que reúne alguns dos resultados de um projeto

europeu de trabalho em rede, European COST Action IS0907

“Childbirth Cultures and Consequences”. Desta rede fizeram parte investigadoras e investigadores de 26 países, das áreas da saúde e

das ciências sociais, com o objetivo de contribuir para o avanço e conhecimento sobre a complexidade do fenómeno do nascimento e

sobre a diversidade de práticas, organizações e culturas em saúde materna, na Europa e não só.

Como tal, este livro oferece respostas - e também interrogações - em várias direções sobre a natureza dos cuidados de saúde

materna. Ao invés de se ancorarem a uma hipotética solução

universal para os desafios contemporâneos em saúde materna e obstetrícia, os vários capítulos permitem uma aproximação a problemáticas específicas, num permanente diálogo interdisciplinar

entre a teoria e prática e entre contextos.

No capítulo 4, Jette Aaroe Clausen e Mário JDS Santos apresentam uma discussão sobre a sua experiência de recurso à etnografia no

seu local de trabalho, em serviços hospitalares de obstetrícia - in-

labour ethnography. Por contraste com a atual hegemonia da medicina baseada em evidência e dos randomised control trials na investigação em saúde, os autores reforçam a relevância de outros

saberes e as potencialidades desta estratégia metodológica, por permitire aceder e refletir sobre aspetos da realidade social que de outra forma seriam invisíveis ou inacessíveis.

* Índice disponível em : https://www.iscte-

iul.pt/assets/files/2017/09/22/1506079291477_Indice_outubro.pdf

Nota Biográfica

Sarah Church é professora associada na área da Saúde Materna na

London South Bank University, em Londres. Contribuiu para artigos

de revista e capítulos de livros em temáticas ligadas à sociologia da

reprodução e ao nascimento. O seu doutoramento focou-se na

identidade de género e explorou a identidade reprodutiva e as

experiências de parteiras e mães.

Interesses de pesquisa atuais: maternidade lésbica, saúde mental

perinatal, experiência de mulheres com cancro e migração e partejo,

em particular, parteiras migrantes. É membro do Research Standing

Committee da Confederação Internacional de Parteiras (ICM -

International Confederation of Midwives).

Outro Lado… 1.Lugar de sonho?

Um retiro à beira-mar, ao pôr do sol, onde possa refletir e pensar.

2.Presente ideal? Um presente inesperado de um/a amigo/a que compreenda de facto

o que eu preciso. 3.Música preferida? Tenho um gosto eclético, de Brahms a AC DC.

4.Autor preferido? Margaret Atwood.

5.Livro de referência?

Feminist Research in Theory and Practice de Gayle Letherby.

6.Quadro? DO YOU LIKE MY BRAIN? de Niki de Saint Phalle

7.Pintor? Niki de Saint Phalle, Andy Warhol, Salvador Dali.

8.Filme?

Working girl.

9.Carro de sonho?

Audi TT. 10.Desporto?

Caminhadas, netball.

11.Clube?

Não tenho.

12.Frase/pensamento?

Nunca coloque a chave para a sua felicidade no bolso de

outra pessoa. Anon

8. 9. 10.

1.

3. 3.

4.

6.

5.

7.

7. 7.

Nota Bibliográfica da Organizadora

Sarah Church

LIVROS

Capítulos:

CHURCH, S. ; BARNFATHER, T. - Rhythmic variations of labour. In

MACDONALDS, Sue ; JOHNSON, Gail - Mayes Textbook for Midwives.

15th ed. UK : Elsevier, 2017. Cap. 61, p. 1015-1021.

Organização:

CHURCH, Sarah [et al.] - New thinking on improving maternity

care : international perspectives. London : Pinter & Martin, 2017.

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Artigos:

REDWOOD, T. [et al.] - G221 Early help in early years : professional

review of a universal assessment tool. Archives of Disease in

Childhood. V. 100, Nº Suppl 3 (2015).

p. A93-A93·

Disponivel em :

http://adc.bmj.com/content/archdischild/100/Suppl_3/A93.2.full.pdf

BORELY, G. ; SIXSMITH, J. ; CHURCH, S. - How does a woman with

Alzheimer’s disease make sense of becoming cared for? Dementia :

the international journal of social research and practice. V. 15,

Nº 6 (2014). p. 1405-1421.

Disponivel em :

http://journals.sagepub.com/doi/pdf/10.1177/1471301214561647

CHURCH, S. - Midwives’ personal experiences of pregnancy and

childbirth : Exploring issues of autonomy and agency in relation to

the use of professional knowledge. Human Fertility. V. 17,

Nº 3 (2014). p. 231-235.

Disponivel em :

http://eds.b.ebscohost.com/eds/pdfviewer/pdfviewer?vid=1&sid=19

3110a5-c26c-4d77-9264-c059c7b9cb36%40sessionmgr103

Nota Biográfica

Mário J. D. S. Santos é assistente de investigação no CIES-IUL.

É bolseiro de doutoramento em sociologia, com o projeto Saberes,

poderes e (novas) dinâmicas profissionais em torno do parto em

casa (SFRH/BD/99993/2014), financiado pela FCT. Coordena, em

Portugal, o projeto Babies Born Better e é representante português

no comité de gestão da Ação COST IS1405 Building Intrapartum

Research Through Health (BIRTH). As suas atividades de

investigação orbitam em torno da sociologia do nascimento, das

interseções entre género e maternidade e da violência obstétrica.

Outro Lado… 1.Lugar de sonho?

Açores.

2.Presente ideal?

Uma viagem a um local de natureza intocada (a uma hora de um

qualquer lugar habitado).

3.Música preferida?

Te Deum, de Arvo Pärt.

4.Autor preferido?

Halldór Laxness.

5.Livro de referência?

In Labour: Women and Power in the Birthplace de Barbara

Katz Rothman.

6.Quadro?

Remedy (2014) de Amy Cutler.

7.Pintor? Frida Kahlo.

8.Filme?

Mary Poppins.

9.Carro de sonho?

Nenhum em particular.

10.Desporto?

Caminhada nórdica.

11.Clube?

Não tenho.

12.Frase/pensamento?

We no longer give birth. We have birth experiences.

Irene Lusztig

10.

1.

3.

4.

5. 6.

7.

8.

Nota Bibliográfica do Organizador

Mário Santos

LIVROS

Capítulos:

CLAUSEN, J. A. ; SANTOS, M. J. D. S. - Capturing the complexity of

practice as an insider : in-labour ethnography. In CHRCH, Sarah [et

al.] - New thinking on improving maternity care - international

perspectives. London : Printer and Martin, 2017. p. 73-89.

SANTOS, M. J. D. S. - Private and public home births : comparing

access , options and inequalities in Portugal and Denmark. In

PADILLA, B. [et al.] - Saúde e cidadania : equidade nos cuidados de

saúde materno–infantil em tempos de crise. Braga : CICS – UM,

2014. p. 99–113.

Disponível em :

https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/32484/1/Saud

e%20e%20Cidadania.pdf

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Artigos:

SANTOS, M. J .D. S. - Where the thread of home births never broke

- an interview with Susanne Houd. Women and Birth. Nº 30 (2017).

p. 159-165.

Disponível em : http://doi.org/10.1016/j.wombi.2016.09.008

SADLER, M. [et al.] - Moving beyond disrespect and abuse :

addressing the structural dimensions of obstetric violence.

Reproductive Health Matters. V. 24, Nº 47 (2016). p. 47-55.

Disponível em : http://doi.org/10.1016/j.rhm.2016.04.002

SANTOS, M. J. D. S. ; AUGUSTO, A. - Se estava tudo bem, porque é

que eu havia de ir a uma obstetra? : identidade, risco e consumo de

tecnologia médica no parto domiciliar em Portugal. Sociologia,

Problemas e Práticas. Nº 82 (2016). p. 49-67.

Disponível em :

http://revistas.rcaap.pt/sociologiapp/article/view/5922/7165

SANTOS, M. J. D. S. - Para uma sociologia da maternidade : Um

retrato temático da investigação sociológica portuguesa. CIES E-

Working Papers, Nº 194/2014.

Disponível em:

http://cies.iscte.pt/np4/?newsId=453&fileName=CIES_WP194_Sant

os.pdf

SANTOS, M. J. D. S. - Trajetórias de desintitucionalização do parto.

A rejeição da hegemonia biomédica na opção pelo parto em casa. In

Actas do VII Congresso Português de Sociologia. Évora : APS, 2014.

Disponível em :

http://www.aps.pt/viii_congresso/VIII_ACTAS/VIII_COM0021.pdf

NOTA: Esta iniciativa só se tornou possível com a total colaboração dos

organizadores. Pela mesma os SID apresentam o seu agradecimento.

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