14
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência. Nota Técnica nº 278/2016–SRM/ANEEL Em 12 de dezembro de 2016. Processo: 48500.005376/2016-71 Assunto: Resultado da Audiência Pública nº 80/2016, realizada para obter subsídios à proposta de aprimoramento do inciso VII do art. 4º da Resolução Normativa nº 693/2015. I. DO OBJETIVO 1. Apresentar o resultado da Audiência Pública AP 80/2016, realizada para obter subsídios à proposta de aprimoramento do inciso VII do art. 4º da Resolução Normativa nº 693/2015, a qual estabelece os critérios para aplicação do mecanismo de compensação de sobras e déficits de energia elétrica e de potência de contrato de comercialização de energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração. II. DOS FATOS 2. A Resolução Normativa nº 693, de 15 de dezembro de 2015, estabeleceu os critérios para aplicação do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits - MCSD de Energia Nova. 3. A Resolução Normativa nº 727, de 21 de junho de 2016, aprimorou o MCSD Energia Nova, associando as cessões de montantes de CCEARs entre distribuidoras com a possibilidade de redução de montantes contratados com geradores. 4. Por meio do Memorando nº 86/2016-DR/ANEEL, de 4 de novembro de 2016, o Diretor- Geral da ANEEL solicitou abertura de processo, com sorteio antecipado de Diretor Relator, para discussão sobre o inciso VII do art. 4º da REN 693/2015, que veda a participação de distribuidoras em situação de inadimplência setorial no MCSD de Energia Nova. 5. Em 23 e 28 de novembro de 2016, por meio das Notas Técnicas nº 250 e nº 255, a SRM propôs a alteração do inciso VII do art. 4º da REN 693/2015 para: “a CCEE deve excluir do rateio do MCSD Energia Nova as distribuidoras com declaração de déficit de energia e em situação de inadimplência setorial, quando a soma das declarações de todas as distribuidoras também resultar em déficit de energia”. 6. Em 30 de novembro de 2016, foi publicado a Aviso de Abertura da Audiência Pública nº 80/2016, o qual instaurou AP na modalidade Intercâmbio Documental, visando obter subsídios à proposta de aprimoramento do inciso VII do art. 4º da Resolução Normativa nº 693/2015, cujo período abrangeu o dia 30/11 a 09/12 de 2016. CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 5ABBCCEC003B43F4 CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE POR JULIO CESAR REZENDE FERRAZ, JULIA SECHI NAZARENO, ESTEFANIA TORRES GOMES DA SILVA 48580.003537/2016-00

Nota Técnica nº 278 /201 6 SRM/ANEEL€¦ · 4. Por meio do Memorando nº 86/2016 -DR/ANEEL, de 4 de novembro de 2016, ... 1 IEP 1 1 2 EDP 1 1 3 ABEEólica 2 2 4 4 CCEE 1 1 5 CEB

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* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Nota Técnica nº 278/2016–SRM/ANEEL

Em 12 de dezembro de 2016.

Processo: 48500.005376/2016-71

Assunto: Resultado da Audiência Pública nº 80/2016, realizada para obter subsídios à proposta de aprimoramento do inciso VII do art. 4º da Resolução Normativa nº 693/2015.

I. DO OBJETIVO

1. Apresentar o resultado da Audiência Pública AP 80/2016, realizada para obter subsídios à proposta de aprimoramento do inciso VII do art. 4º da Resolução Normativa nº 693/2015, a qual estabelece os critérios para aplicação do mecanismo de compensação de sobras e déficits de energia elétrica e de potência de contrato de comercialização de energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração.

II. DOS FATOS

2. A Resolução Normativa nº 693, de 15 de dezembro de 2015, estabeleceu os critérios para aplicação do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits - MCSD de Energia Nova.

3. A Resolução Normativa nº 727, de 21 de junho de 2016, aprimorou o MCSD Energia Nova, associando as cessões de montantes de CCEARs entre distribuidoras com a possibilidade de redução de montantes contratados com geradores.

4. Por meio do Memorando nº 86/2016-DR/ANEEL, de 4 de novembro de 2016, o Diretor-Geral da ANEEL solicitou abertura de processo, com sorteio antecipado de Diretor Relator, para discussão sobre o inciso VII do art. 4º da REN 693/2015, que veda a participação de distribuidoras em situação de inadimplência setorial no MCSD de Energia Nova.

5. Em 23 e 28 de novembro de 2016, por meio das Notas Técnicas nº 250 e nº 255, a SRM propôs a alteração do inciso VII do art. 4º da REN 693/2015 para: “a CCEE deve excluir do rateio do MCSD Energia Nova as distribuidoras com declaração de déficit de energia e em situação de inadimplência setorial, quando a soma das declarações de todas as distribuidoras também resultar em déficit de energia”.

6. Em 30 de novembro de 2016, foi publicado a Aviso de Abertura da Audiência Pública nº 80/2016, o qual instaurou AP na modalidade Intercâmbio Documental, visando obter subsídios à proposta de aprimoramento do inciso VII do art. 4º da Resolução Normativa nº 693/2015, cujo período abrangeu o dia 30/11 a 09/12 de 2016.

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 5ABBCCEC003B43F4 CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

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48580.003537/2016-00

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(P. 2 da Nota Técnica no 278/2016–SRM/ANEEL, de 12/12/2016)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

III. DA ANÁLISE

7. A AP 80/2016 recebeu 15 contribuições de 9 instituições: Instituto de Engenharia do Paraná – IEP, Grupo EDP, Associação Brasileira de Energia Eólica – ABEEólica, Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, CEB Distribuição, Petrobras, Elektro, ENEL Brasil, COPEL Distribuição.

8. A síntese da análise das contribuições é mostrada na Tabela 1.

Tabela 1: Síntese da análise de contribuições da Audiência Pública AP 080/2016.

# Instituição Aceita Parcialmente

Aceita Não

Aceita Não

Considerada Já

Prevista Total de

Contribuições

1 IEP 1 1

2 EDP 1 1

3 ABEEólica 2 2 4

4 CCEE 1 1

5 CEB 1 1

6 Petrobras 1 1

7 Elektro 1 1

8 ENEL 2 2 4

9 COPEL 1 1

TOTAL 1 7 6 1 15

9. A EDP argumentou que “como o risco da inadimplência fica com a distribuidora cedente,

deve-se excluir as distribuidoras inadimplentes que declararem déficits em quaisquer circunstâncias” e não só no caso de déficits estruturais.

10. A proposta de limitar a participação de distribuidoras inadimplentes na ocorrência de déficits estruturais decorre do fato de que com sobras estruturais, independentemente do tipo de declaração das distribuidoras inadimplentes, haverá a chamada de descontratação de geradores e, em caso de declaração por parte desses, a descontratação com as distribuidoras inadimplentes será compulsória. No entanto, aceitar declaração de déficits de distribuidoras inadimplentes neste cenário (ou seja, com cenário de sobras estruturais) aumentaria o volume de energia que uma distribuidora inadimplente iria receber de outra adimplente e, portanto diferentemente do afirmado na NT 255/2016, piora a situação das demais distribuidoras. Assim entendemos que esta contribuição deve ser acatada. Neste sentido, recomendamos que a redação do inciso VII do Art. 4º da REN 693/2015 seja: “as distribuidoras em situação de inadimplência setorial poderão participar do MCSD Energia Nova apenas com declarações de sobras”.

11. A CCEE reafirmou a contribuição dada quando da Audiência Pública nº 61/2015, que precedeu a publicação da REN 693/2015. Argumentou novamente que “essa medida tem como objetivo proteger a liquidação do mecanismo, reduzindo o risco da operação de cessão, elevando a segurança do processo, sem o incremento de custos financeiros com o aporte de garantias” e que ”tal proposta passa um sinal regulatório adequado, uma vez que sinaliza que somente Distribuidoras adimplentes terão direito a instrumentos de gestão de portfólio. Assim, a participação no MCSD, na visão da CCEE, deve seguir a mesma lógica dos processos de reajuste tarifários, que só são concedidos a Distribuidoras adimplentes”.

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(P. 3 da Nota Técnica no 278/2016–SRM/ANEEL, de 12/12/2016)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

12. O objetivo inicial da proibição da participação das distribuidoras inadimplentes não é a aplicação de sanção, mas sim reduzir o risco das operações de cessão do MCSD Energia Nova. Com a alteração da REN 693/2015, promovida pela REN 727/2016, o objetivo inicial dessa proibição de reduzir o risco das operações de cessão, é aumentado em caso de existência de sobras e de geradores querendo descontratar energia. Isso porque, caso haja alguma distribuidora inadimplente contratada com algum gerador que tenha sido classificado para a descontratação, o contrato compulsoriamente será desfeito e obrigatoriamente essa distribuidora receberá energia e potência de outra distribuidora. Assim, com a limitação de participação das inadimplentes apenas com declarações de sobras esse objetivo será atendido.

13. Todas as demais contribuições estão avaliadas no quadro constante do Anexo I.

IV. DO FUNDAMENTO LEGAL

14. Os argumentos expressos nesta Nota Técnica estão fundamentados nos seguintes instrumentos legais e regulatórios:

Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004;

Decreto nº 5.163, de 30 de julho de 2004;

Resolução Normativa nº 693, de 15 de dezembro de 2015; e

Resolução Normativa nº 727, de 21 de junho de 2016.

V. DA CONCLUSÃO

15. Concluímos pela alteração da redação do inciso VII do Art. 4º da REN 693/2015 para: “as distribuidoras em situação de inadimplência setorial poderão participar do MCSD Energia Nova apenas com declarações de sobras”.

VI. DA RECOMENDAÇÃO

16. Recomentados a aprovação da minuta de Resolução Normativa em anexo.

JULIA SECHI NAZARENO Especialista em Regulação de Serviços Públicos

de Energia

ESTEFANIA TORRES GOMES DA SILVA Especialista em Regulação de Serviços Públicos

de Energia

De acordo:

JÚLIO CÉSAR REZENDE FERRAZ Superintendente de Regulação Econômica e Estudos do Mercado

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(Fl. 4 da Nota Técnica no 278/2016–SRM/ANEEL, de 12/12/2016)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Anexo I da Nota Técnica no /2016-SRM/ANEEL, de /12/2016

RELATÓRIO DE ANÁLISE DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA AP 80/2016

- Aceita

- Não aceita - Parcialmente aceita

- Não considerada - Já prevista

Entidade Texto proposto Aproveitamento Justificativa

1 IEP No caso de sobras de energia não existe óbice de se incluir as distribuidoras em situação de inadimplência setorial.

Já prevista

2 EDP

Porém, vale observar que as distribuidoras inadimplentes podem receber energia cedida de outras distribuidoras, inclusive em um cenário onde a soma total das declarações resulte em déficit e, caso esta distribuidora fique inadimplente com o gerador cujo contrato foi cedido, a inadimplência irá para a distribuidora cedente.

Portanto, como o risco da inadimplência fica com a distribuidora cedente, deve-se excluir as distribuidoras inadimplentes que declararem déficits em quaisquer circunstâncias. Neste sentido, o inciso VII do Art. 4º da REN 727/2016 poderia assumir a seguinte grafia: “A CCEE deve excluir do rateio do MCSD de Energia Nova as distribuidoras com declaração de déficit de energia e em situação de inadimplência setorial. ”

Aceita

A proposta de limitar a participação de distribuidoras inadimplentes na ocorrência de déficits estruturais decorre do fato de que com sobras estruturais, independentemente do tipo de declaração das distribuidoras inadimplentes, haverá a chamada de descontratação de geradores e, em caso de declaração por parte deste, a descontratação com as distribuidoras inadimplentes será compulsória. No entanto, aceitar declaração de déficits de distribuidoras inadimplentes neste cenário aumentaria o volume de energia que uma distribuidora inadimplente irá receber de outra adimplente e portanto será acatada a contribuição.

3 ABEEólica

Art. 4º ........................

VII - a CCEE deve excluir do rateio do MCSD Energia Nova as distribuidoras com declaração de déficit de energia e em situação de inadimplência setorial, na data da realização do

Não aceita Com a alteração da REN 693/2015, promovida pela REN 727/2016, o objetivo inicial da proibição da participação das distribuidoras inadimplentes, qual seja reduzir o risco das

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(Fl. 5 da Nota Técnica no 278/2016–SRM/ANEEL, de 12/12/2016)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Texto proposto Aproveitamento Justificativa

MCSD de Energia Nova, não poderão participar do MCSD Energia Nova quando a soma das declarações de todas as distribuidoras também resultar em déficit de energia.

Com a proposta da ANEEL seria permitido uma distribuidora inadimplente com déficit, onde a soma de todas as distribuidoras resultarem em sobra, participar do mecanismo de MCSD de Energia Nova, o que resultaria em uma situação de risco de default das empresas, uma vez que nessa situação uma distribuidora adimplente com sobra cederia seus contratos para uma distribuidora inadimplente com déficit. Diante dessa situação, propomos manter a redação atual da REN 693/15, com definição da data de verificação da inadimplência, dado que a CCEE verifica a inadimplência no momento da entrega da declaração que pode anteceder 30 dias antes da realização do MCSD. Nossa sugestão é que a CCEE siga fazendo esta verificação, porém, caso alguma distribuidora comprove sua situação e adimplência entre a data de declaração e a data do MCSD, que ela seja habilitada a participar do mecanismo.

Dessa forma aumenta-se a participação das distribuidoras no mecanismo, aumentando sua eficácia do MCSD, bem como gera um estímulo adicional para as distribuidoras inadimplentes se regularizarem.

operações de cessão, é aumentado em caso de existência de sobras e de geradores querendo descontratar energia. Isso porque, caso haja alguma distribuidora inadimplente contratada com algum gerador que tenha sido classificado para a descontratação, o contrato compulsoriamente será desfeito e obrigatoriamente essa distribuidora receberá energia e potência de outra distribuidora. Ou seja, uma distribuidora inadimplente assumirá um débito com outra distribuidora, exatamente o que se queria evitar. A data de verificação da situação de adimplência das distribuidoras foi uma escolha que se entendeu adequada para comportar todos processamentos necessários à realização do MCSD Energia Nova. Cientes da data, as distribuidoras que quiserem participar do Mecanismo devem se adequar a regra.

ABEEólica

Art. 4º ........................

VIII - as distribuidoras com declaração de sobra de energia e em situação de inadimplência setorial somente poderão participar dos mecanismos de cessão ou de redução contratual, ficando impossibilitadas de receber contratos conforme previsto no § 9º do Art.4-A.

Entendemos que dentro do que foi avaliado pela ANEEL somente faria sentido permitir a participação de distribuidoras inadimplentes com sobras e apenas na etapa de redução voluntária de contratos com geradores. Dessa forma, não haveria risco adicional para as demais distribuidoras, e ainda,

Não aceita

Não é possível fazer esta limitação, uma vez que aqueles geradores que desejam descontratar o farão no montante solicitado, com todas as distribuidoras com a qual possuem contratos. Ao não reestabelecer a situação contratual da distribuidora inadimplente estaríamos afetando o seu equilíbrio contratual de forma involuntária, o que não é razoável.

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(Fl. 6 da Nota Técnica no 278/2016–SRM/ANEEL, de 12/12/2016)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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solucionaria a questão das sobras e da inadimplência dessas distribuidoras com os geradores. Ademais de garantir que em nenhum caso uma distribuidora deficitária venha a receber contratos (situação que pode existir na etapa do rateio).

Por exemplo, caso estivesse válida a limitação que trata o Art. 4°, inciso VII, nos MCSDEN de redução temporária ocorridos em jul/16 e ago/16, as empresas que descontrataram 100% de seus CCEARs ficariam com um montante de energia remanescente comprometida com distribuidora(s) inadimplente(s) (que não deverá(ão) honrar seus CCEARs), em vez de negociar esta energia com outros consumidores que honrarão seus compromissos contratuais.

ABEEólica

Art. 5º ........................

VI – antes de qualquer venda da distribuidora do excesso de energia contratada para atendimento do mercado com os consumidores de que tratam os artigos 15 e 16 da Lei 9.075/95.

Tendo em vista que a Lei 13.360/16 permitiu a venda da sobra contratual das distribuidoras para consumidores livres, sugerimos realizar um MCSD de Energia Nova antes da realização de qualquer venda por parte das distribuidoras.

Além de reforçar o cumprimento da regra do máximo esforço previsto no Art. 7º da Resolução 693/2015 (incluído pela resolução 727/2016), essa inclusão de texto busca priorizar a execução do MCSD de Energia Nova frente a qualquer outro evento. Dessa forma, irá priorizar, concomitantemente, a necessidade de redução voluntária por parte do distribuidor e a opção do gerador de readequação do seu portfólio de contrato.

Não considerada Fora do escopo da AP, que está tratando exclusivamente de alteração do inciso VII do art. 4º da Resolução Normativa nº 693/2015.

ABEEólica

Art. 5º ........................ I - três vezes ao ano para cessões com vigência a partir do mês de finalização do processamento do MCSD Energia Nova até o final do ano, devendo a CCEE publicar no ano anterior o

Não considerada Fora do escopo da AP, que está tratando exclusivamente de alteração do inciso VII do art. 4º da Resolução Normativa nº 693/2015.

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(Fl. 7 da Nota Técnica no 278/2016–SRM/ANEEL, de 12/12/2016)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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calendário de realizações de MCSD Energia nova que trata esse inciso. É muito importante ter antecipadamente um cronograma de realização de MCSD de Energia Nova, de modo oferecer para os agentes interessados um nível razoável de planejamento e operacionalização das operações comerciais resultantes das eventuais reduções contratuais voluntárias provenientes do MCSD de Energia Nova. O conhecimento das datas com antecedência incentiva inclusive uma maior participação do mecanismo.

4 CCEE

Art. 4º (...) VII – a CCEE deve excluir do rateio do MCSD Energia Nova as distribuidoras com declaração de déficit de energia e em situação de inadimplência setorial, quando a soma das declarações de todas as distribuidoras também resultar em déficit de energia.” VII – as distribuidoras em situação de inadimplência setorial. Conforme contribuição encaminhada à época da AP61/2015, a CCEE mantém seu entendimento sobre a não participação de distribuidoras em situação de Inadimplência Setorial no MCSD de Energia Nova. Essa medida tem como objetivo proteger a liquidação do mecanismo, reduzindo o risco da operação de cessão, elevando a segurança do processo, sem o incremento de custos financeiros com o aporte de garantias. A CCEE entende ainda que tal proposta passa um sinal regulatório adequado, uma vez que sinaliza que somente Distribuidoras adimplentes terão direito a instrumentos de gestão de portfólio. Assim, a participação no MCSD, na visão da CCEE, deve seguir a mesma lógica dos processos de reajuste tarifários, que só são concedidos a Distribuidoras adimplentes.

Não aceita

O objetivo inicial da proibição da participação das distribuidoras inadimplentes não é a aplicação de sanção, mas sim reduzir o risco das operações de cessão do MCSD Energia Nova. Com a alteração da REN 693/2015, promovida pela REN 727/2016, o objetivo inicial da proibição da participação das distribuidoras inadimplentes, qual seja reduzir o risco das operações de cessão, é aumentado em caso de existência de sobras e de geradores querendo descontratar energia. Isso porque, caso haja alguma distribuidora inadimplente contratada com algum gerador que tenha sido classificado para a descontratação, o contrato compulsoriamente será desfeito e obrigatoriamente essa distribuidora receberá energia e potência de outra distribuidora. Ou seja, uma distribuidora inadimplente assumirá um débito com outra distribuidora, exatamente o que se queria evitar.

5 CEB

A CEB Distribuição se posiciona favoravelmente à alteração do inciso VII do Art. 4.º da Resolução Normativa nº 693/2015 e sugere a retroatividade da aplicação da nova proposta, com a reprocessamento dos 3 (três) MCSD-EN já ocorridos em 2016 para os agentes de distribuição que declaram sobras e não

Não considerada Fora do escopo da AP. Assunto sendo tratado na AP 080/2016.

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(Fl. 8 da Nota Técnica no 278/2016–SRM/ANEEL, de 12/12/2016)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Texto proposto Aproveitamento Justificativa

foram contemplados nesses eventos, devido à condição de inadimplência.

6 Petrobras

A Petrobras, como parte vendedora, vem sendo impactada enormemente por essa inadimplência, que tem atingido valores muito acima dos limites da razoabilidade. Sendo assim, seguindo o que preceitua o Art. 5º da REN 538/2013, mensalmente são encaminhadas correspondências à SAF/ANEEL contendo informações atualizadas das dívidas dessas distribuidoras para fins de registro no Cadastro de Inadimplentes com Obrigações Intrassetoriais da ANEEL. Todavia, essa medida tem sido inócua, uma vez que tal registro (i) não está impedindo o aumento da inadimplência dessas distribuidoras, tampouco (ii) foi capaz de criar um aperfeiçoamento dessas garantias pela ANEEL. Ou seja, embora compreendemos a complexidade do problema, também entendemos que tal problema deve ser enfrentado com vigor. Importante ressaltar que o Contrato de Constituição de Garantia de Pagamento (CCG) vem demonstrando ser um instrumento ineficaz para garantir o pagamento aos credores devido à insuficiência de recursos financeiros que são aportados nas contas centralizadoras. Essa insuficiência gera inadimplências significativas nas liquidações dos documentos de cobrança. Sobre o tema, a Petrobras encaminhou contribuição para a AP nº 59/2015, que tratava da elaboração de edital de leilão de energia para o ACR. Naquela oportunidade, levantamos a questão da inadimplência nos contratos do ACR e sugerimos um aperfeiçoamento no CCG, propondo alterações na operacionalização da Conta Centralizadora e a inclusão de uma garantia suplementar com Carta de Fiança no processo. Transcrevemos, a seguir, parte dessa contribuição:

“Inclusão de novo item no CCEAR ...16.13a. A eficácia deste CONTRATO ficará condicionada ao cumprimento pelo COMPRADOR de todas as etapas envolvendo o Contrato de Constituição de Garantias de Pagamento (CCG),

Não considerada Fora do escopo da AP, que está tratando exclusivamente de alteração do inciso VII do art. 4º da Resolução Normativa nº 693/2015.

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Page 9: Nota Técnica nº 278 /201 6 SRM/ANEEL€¦ · 4. Por meio do Memorando nº 86/2016 -DR/ANEEL, de 4 de novembro de 2016, ... 1 IEP 1 1 2 EDP 1 1 3 ABEEólica 2 2 4 4 CCEE 1 1 5 CEB

(Fl. 9 da Nota Técnica no 278/2016–SRM/ANEEL, de 12/12/2016)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Texto proposto Aproveitamento Justificativa

inclusive no que diz respeito à CARTA DE FIANÇA firmada com o BANCO GESTOR, que deverá ser apresentada, no máximo, no ato da assinatura do CONTRATO e a ele anexada. ..............

Inclusão de Definição no CCG ...CARTA DE FIANÇA: Garantia instituída pelo BANCO GESTOR para o COMPRADOR, durante o período de vigência do CONTRATO, sendo o seu valor renovado automaticamente, em caso de saque. A CARTA DE FIANÇA será exercida caso os recursos existentes na CONTA CENTRALIZADORA, acrescidos dos recursos da CONTA RESERVA, sejam insuficientes para liquidar os pagamentos do somatório do(s) valor(es) do(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA.”

Ou seja, a adoção de uma CARTA DE FIANÇA na liquidação dos documentos de cobrança certamente irá proporcionar uma robustez financeira ao processo, tendo em vista que o modelo de garantias atual gera inúmeras dificuldades para a gestão dos contratos do ACR, inclusive a que está sendo objeto dessa AP.

7 Elektro

a Elektro se posiciona de maneira contrária à proposta de flexibilizar a participação de distribuidoras classificadas como inadimplentes nos MCSD de Energia Nova, porque essa medida contraria o propósito da regulamentação que trata das restrições impostas a distribuidoras nessa situação (costume reiterado no setor),prejudica distribuidoras adimplentes em situação de sobrecontratação, além de violar os princípios do interesse público e da legalidade.

Não aceita

O objetivo inicial da proibição da participação das distribuidoras inadimplentes não é a aplicação de sanção, mas sim reduzir o risco das operações de cessão do MCSD Energia Nova (diferentemente do citado, nas contratações resultantes dos leilões de energia e dos demais MCSDs de energia existente, não há qualquer limitação à participação de distribuidoras inadimplentes). Com a alteração da REN 693/2015, promovida pela REN 727/2016, o risco que se queria evitar é potencializado em caso de existência de sobras e de geradores querendo descontratar energia. Isso porque, caso haja alguma distribuidora inadimplente contratada com algum gerador que tenha sido classificado para a descontratação, o contrato compulsoriamente será desfeito e

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(Fl. 10 da Nota Técnica no 278/2016–SRM/ANEEL, de 12/12/2016)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Texto proposto Aproveitamento Justificativa

obrigatoriamente essa distribuidora receberá energia e potência de outra distribuidora. Ou seja, uma distribuidora inadimplente assumirá um débito com outra distribuidora, exatamente o que se queria evitar.

8 ENEL

“Art. 4º ........................ VII - as distribuidoras em situação de inadimplência setorial, na data da realização do MCSD de Energia Nova, não poderão participar do MCSD Energia Nova.” Com a proposta da ANEEL seria permitido uma Dx inadimplente com déficit, onde a soma de todas as Dx resultar em sobra, participar do mecanismo de MCSD de Energia Nova, o que resultaria em uma situação de risco de default das empresas, uma vez que nessa situação uma Dx adimplente com sobra cederia seus contratos para uma Dx inadimplente com déficit. Diante dessa situação propomos manter a redação atual da REN 693/15, com definição da data de verificação da inadimplência, dado que a CCEE verifica a inadimplência no momento da entrega da declaração que pode anteceder 30 dias antes da realização do MCSD. Nossa sugestão é que a CCEE siga fazendo esta verificação, porém, caso alguma distribuidora comprove sua situação e adimplência entre a data de declaração e a data do MCSD, que ela seja habilitada a participar do mecanismo. Dessa forma aumenta-se a participação das distribuidoras no mecanismo, aumentando sua eficácia do MCSD, bem como gera um estímulo adicional para as distribuidoras inadimplentes se regularizarem.

Não aceita

Com a alteração da REN 693/2015, promovida pela REN 727/2016, o objetivo inicial da proibição da participação das distribuidoras inadimplentes, qual seja reduzir o risco das operações de cessão, é aumentado em caso de existência de sobras e de geradores querendo descontratar energia. Isso porque, caso haja alguma distribuidora inadimplente contratada com algum gerador que tenha sido classificado para a descontratação, o contrato compulsoriamente será desfeito e obrigatoriamente essa distribuidora receberá energia e potência de outra distribuidora. Ou seja, uma distribuidora inadimplente assumirá um débito com outra distribuidora, exatamente o que se queria evitar. A data de verificação da situação de adimplência das distribuidoras foi uma escolha que se entendeu adequada para comportar todos processamentos necessários à realização do MCSD Energia Nova. Cientes da data, as distribuidoras que quiserem participar do Mecanismo devem se adequar a regra.

ENEL

“Art. 4º ........................ VIII - as distribuidoras com declaração de sobra de energia e em situação de inadimplência setorial somente poderão participar dos mecanismos de cessão ou de redução contratual, ficando impossibilitadas de receber contratos conforme previsto no § 9º do Art.4-A.” Entendemos que dentro do que foi avaliado pela ANEEL somente faria sentido permitir a participação de Dx Inadimplente com sobras e apenas na etapa de redução voluntária de

Não aceita

Não é possível fazer esta limitação, uma vez que aqueles geradores que desejam descontratar o farão no montante solicitado, com todas as distribuidoras com a qual possuem contratos. Ao não reestabelecer a situação contratual da distribuidora inadimplente estaríamos afetando o seu equilíbrio contratual de forma involuntária, o que não é razoável.

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contratos com geradores. Dessa forma, não haveria risco adicional para as demais distribuidoras, e ainda, solucionaria a questão das sobras e da inadimplência dessas distribuidoras com os geradores. Ademais de garantir que em nenhum caso uma distribuidora deficitária venha a receber contratos (situação que pode existir na etapa do rateio).

ENEL

“Art. 5º O processamento do MCSD Energia Nova será realizado. VI – antes de qualquer venda da distribuidora do excesso de energia contratada para atendimento do mercado com os consumidores de que tratam os artigos 15 e 16 da Lei 9.075/95. Tendo em vista que a Lei 13.360/16 permitiu a venda da sobra contratual das distribuidoras para consumidores livres, sugerimos realizar um MCSD de Energia Nova antes da realização de qualquer venda por parte das distribuidoras. Além de reforçar o cumprimento da regra do máximo esforço previsto no Art. 7º da Resolução 693/2015 (incluído pela resolução 727/2016), essa inclusão de texto busca priorizar a execução do MCSD de Energia Nova frente a qualquer outro evento. Dessa forma, irá priorizar, concomitantemente, a necessidade de redução voluntária por parte do distribuidor e a opção do gerador de readequação do seu portfólio de contrato.

Não considerada Fora do escopo da AP, que está tratando exclusivamente de alteração do inciso VII do art. 4º da Resolução Normativa nº 693/2015.

ENEL

“Art. 5º ........................ I - três vezes ao ano para cessões com vigência a partir do mês de finalização do processamento do MCSD Energia Nova até o final do ano, devendo a CCEE publicar no ano anterior o calendário de realizações de MCSD Energia nova que trata esse inciso. É muito importante ter antecipadamente um cronograma de realização de MCSD de Energia Nova, de modo oferecer para os agentes interessados um nível razoável de planejamento e operacionalização das operações comerciais resultantes das eventuais reduções contratuais voluntárias provenientes do MCSD de Energia Nova. O conhecimento das datas com

Não considerada Fora do escopo da AP, que está tratando exclusivamente de alteração do inciso VII do art. 4º da Resolução Normativa nº 693/2015.

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antecedência incentiva inclusive uma maior participação do mecanismo.

9 COPEL

Art. 4º A aplicação do MCSD Energia Nova deverá observar as seguintes diretrizes: (...) VII - as distribuidoras em situação de inadimplência setorial poderão participar do MCSD Energia Nova na ocorrência da situação descrita no Art. 4ºA desta resolução. (...) § 5º Caso haja inadimplência na liquidação do MCSD Energia Nova: I – a distribuidora cessionária inadimplente terá suspensa sua cessão dos meses posteriores ao do inadimplemento até o final do ano da cessão ou até a quitação do débito e ficará impedida de participar do MCSD de Energia Nova do ano seguinte, sem prejuízo do disposto no inciso VIII do art. 5º da Resolução Normativa nº 545, de 16 de abril de 2013, ou da disciplina sucedânea; e II – as distribuidoras cedentes ficarão responsáveis por arcar com os respectivos valores inadimplidos; e III - as cessões retomadas pelas distribuidoras cedentes em decorrência de inadimplência da cessionária, terão caráter involuntário para fins dos processos tarifários, nos montantes e períodos correspondentes a permanência destas cessões nos balanços das distribuidoras cedentes. A vedação da participação de agentes de distribuição inadimplentes com suas obrigações setoriais, em mecanismos de compra ou trocas contratuais é algo pacificado no setor. Quando das discussões acerca da criação do MCSD de Energia Nova (MCSD-EN), este tema foi debatido em audiência pública e incorporado na redação final da REN 693/2015. Mais tarde, ao reformar a referida resolução (AP 24/2016), não se discutiu o tema inadimplência, uma vez que se imaginava que o inciso VII do Art 4º da REN 693/2015 atendia às necessidades. A presente audiência pública no entanto evidencia o contrário, ou seja, as duas novas etapas do processamento do MCSD-EN,

Não aceita

O objetivo inicial da proibição da participação das distribuidoras inadimplentes é reduzir o risco das operações de cessão do MCSD Energia Nova, o que não ocorrerá caso seja aceita a proposta. Quanto ao reconhecimento de involuntariedade na devolução das cessões, este tema já foi tratado no fechamento da AP 061/2015, em que se argumentou: “não há razão de reconhecer como sobrecontratação involuntária uma eventual devolução da energia por parte de outra distribuidora inadimplente. Se assim o fizermos, estaremos transferindo um custo que antes da existência do mecanismo seria do acionista da distribuidora para os consumidores, o que não é razoável”.

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introduzidas pela REN 727/2016, podem alcançar todas as distribuidoras, inclusive as inadimplentes. Cumpre ressaltar que a Copel Distribuição é contrária a proposta de se flexibilizar a regulamentação do MCSD-EN no tocante a inadimplência setorial. Consideramos inadequado permitir a participação dos agentes inadimplentes na primeira etapa do processamento, simplesmente porque a metodologia das demais etapas não conseguem evita-la. Uma vez identificada a ineficácia das regras das demais etapas, entendemos que o correto seria fortalecer os mecanismos de proteção às distribuidoras, caso uma empresa que compulsoriamente receba cessões, deixe de honrar os compromissos de pagamento destes contratos. Assim, preserva-se a metodologia do MCSD-EN construída ao longo dos anos e, sobretudo, o desincentivo às práticas relacionadas à inadimplência setorial. Talvez o assunto necessite de debates mais amplos, no entanto, no momento propomos a manutenção do texto ora apresentado na Nota Técnica 250/2016-SRM-ANEEL, com algumas complementações.

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(Fl. 14 da Nota Técnica no 278/2016–SRM/ANEEL, de 12/12/2016)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Anexo II da Nota Técnica no /2016-SRM/ANEEL, de /12/2016

Minuta de Resolução

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL

RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº , DE DE DE 2016

Altera a Resolução Normativa nº 693, de 15 de

dezembro de 2015.

O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA –

ANEEL, no uso de suas atribuições regimentais, de acordo com deliberação da Diretoria e tendo em

vista o disposto no art. 3º da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, no art. 2º da Lei nº 10.848, de

15 de março de 2004, no Decreto nº 5.163, de 30 de julho de 2004 e o que consta do Processo nº

48500. 005376/2016-71, resolve:

Art. 1º A Resolução Normativa nº 693, de 15 de dezembro de 2015, que passa a vigorar com

a seguinte alteração:

“Art. 4º

(...)

VII – as distribuidoras em situação de inadimplência setorial poderão participar do MCSD Energia

Nova apenas com declarações de sobras”

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ROMEU DONIZETE RUFINO

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