Nota Técnica 264 - NR-12

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Secretaria de Inspeo do Trabalho Departamento de Segurana e Sade no Trabalho Coordenao-Geral de Normatizao e Programas

NOTA TCNICA N9264/2011/CGNOR/DSST/SIT

Interessado: Assunto:

Departamento de Segurana e Sade no Trabalho DSST Aplicao do item 12.1 da NR-12

I Introduo

Trata-se de consulta encaminhada ao Departamento de Segurana e Sade no Trabalho DSST solicitando esclarecimento quanto aplicao do item 12.1 da Norma Regulamentadora n 12 Segurana no Trabalho em Mquinas e Equipamentos, publicada pela Portaria n 197, de 17 de dezembro de 2010, que dispe: 12.1. Esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem referncias tcnicas, princpios fundamentais e medidas de proteo para garantir a sade e a integridade fsica dos trabalhadores e estabelece requisitos mnimos para a preveno de acidentes e doenas do trabalho nas fases de projeto e de utilizao de mquinas e equipamentos de todos os tipos, e ainda sua fabricao, importao, comercializao, exposio e cesso a qualquer ttulo, em todas as atividades econmicas, sem prejuzo da observncia do disposto nas demais Normas Regulamentadoras NR aprovadas pela Portaria n 3.214, de 8 de junho de 1978, nas normas tcnicas oficiais e, na ausncia ou omisso destas, nas normas internacionais aplicveis. Foi apresentado oficio n 0405/2011/SEGUR/SRTE-RS, de 30 de maio de 2001, no qual a SEGUR/SRTE-RS encaminha parecer acostado ao processo 46218.004262/2011-60 informando que as NBR 14009:1997 Segurana de Mquinas Princpios para apreciao de riscos, e NBR 14153:1998 Segurana de Mquinas Partes de Sistemas de comando relacionados a segurana Princpios gerais para projeto, esto canceladas, uma vez que as normas nas quais foram baseadas foram canceladas ou alteradas. Tambm foi apresentado Termo de Audincia (inqurito civil 000270.2005.04/000/0) do Ministrio Pblico do Trabalho, Procuradoria Regional do Trabalho da Lla Regio, datado de 13 de junho de 2011, no qual consta informao de que o AFT

esclarece que as NBR 14009 e 14121 esto canceladas pela ISO 12100, que necessita ser observada pela empresa. Cita ainda que a empresa precisa observar quanto aos seus robs a . , norma especfica da ISO, analisando as questes relativas ao uso de cortina de luz, situaes em que o brao do rob pode comprimir as pessoas, arremessar peas, questes de ergonomia, etc. O Termo de Audincia aduz ainda que a empresa deve reavaliar as mquinas j adequadas na forma das NBR 13930, 14009 e 14121 e adotar as medidas necessrias para o atendimento da ISO 12100. Ante o exposto, o interessado solicita orientao de como proceder para atender ao item 12.1 da NR-12, considerando que ABNT informa que as NBR 14009:1997 e NBR 14153:1998 esto em vigor. Considerando o caso em tela, temos que, conforme disposto no item 1.10 da Norma Regulamentadora n 1, as dvidas suscitadas e os casos omissos verificados na execuo das Normas Regulamentadoras - NR sero decididos pela Secretaria de Inspeo do Trabalho SIT.

II Da Anlise

Preliminarmente interessante esclarecer que normas so documentos que fornecem especificaes tcnicas para uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou caractersticas para atividades ou para seus resultados, visando obteno de um grau timo de ordenao em um dado contexto. So de aplicao voluntria e elaboradas por consenso pelas partes interessadas, estando baseadas na experincia e no desenvolvimento tecnolgico. Representam o estado atual da tcnica e so publicadas pelos organismos de normalizao, nacional, regional ou internacionalmente reconhecidos. Dentro deste cenrio as normas designadas como IEC International Electrotechnical Commission e ISO Internacional Organization for Standartization so consideradas normas internacionais. A ISO congrega 148 pases representados por suas organizaes nacionais de normalizao, sendo alguns de seus membros representantes governamentais, porm no se trata de uma organizao governamental e tampouco as normas deliberadas so aladas automaticamente a condio de regulamento. Constituem referncia para o comrcio internacional.

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As normas ISO geralmente se originam de normas nacionais (ex: norma alem DIN, norma britnica BS, etc) que passam para normas regionais (ex: norma europia- EN); em nosso pas, normas brasileiras (NBR) e normas mercosul (NM). Em cada estgio de abrangncia h uma numerao correspondente, sendo que muitas vezes uma norma tem seu nmero alterado apenas ao passar de mbito nacional para regional, porm este processo pode ocorrer sem haver alterao significativa no contedo tcnico. Para exemplificar, podemos citar a NBR 13761:1996 Segurana de mquinas Distncias de segurana para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores, que se trata de traduo da norma EN 294:1992 Safety of machinery. Safety distances to prevent danger zones being reached the upper limbs, norma genrica aplicvel a qualquer tipo de equipamento mecnico. Em funo de sua larga aplicabilidade e de importncia fundamental na segurana, ainda em 1996, a EN 294 foi aprovada pela ISO e passou a se chamar ISO 13852:1996 - Safety of machinery- Safety distances to prevent danger zones being reached the upper limbs. Todavia, no Brasil seguiu como NBR 13761 at 2003, onde aps avaliao do organismo de normalizao nacional (ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas) e do organismo de normalizao regional (AMN Associao Mercosul de Normalizao) passou a ser a norma NBR NM IS013852 - Segurana de mquinas Distncias de segurana para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores. Situao idntica ocorreu com a norma que trata das distncias de segurana para os membros inferiores: EN 811 em 1994, NBR 13858 em 1996, ISO 13853 em 1996 e NBR NM ISO 13853 em 2003. Atualmente as normas ISO 13852 e ISO 13853 encontram-se canceladas, pois em 2008 a organizao internacional de normalizao reuniu as normas IS01382 e IS013853 em uma nica norma que passou a se chamar IS013857 - Safety of machinery- Safety distances to prevent danger zones being reached the upper and lower limbs. Entretanto, segue em vigor no Brasil as Normas NBR 13852 e NBR 13853, encontradas no site: www.abntcatalogo.com.br, sem prejuzo prtico em sua aplicao.Norma ABNT NBR NM ISO 13852:2003 Segurana de mquinas - Distncias de segurana para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores ABNT NBR NM ISO 13853:2003 Segurana de mquinas - Distncias de segurana para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros inferiores Em Vigor Status Em Vigor

Cdigo

1SO 13852:19963

Data de Publicao : 19/12/1996 Ttulo : Safety of machinery Safety distances to prevent danger zones being reached by the upper li Ttulo Idioma Sec. : Scurit des machines Distances de scurit pour empcher l'atteinte des zones dangereu: les membres suprieurs Comit : ISO/TC 199 Safety of machinery N de Pginas; 10 Status : Cancelada em 03/03/2008

Cdigo

1SO 13853:1998

Data de Publicao 17/09/1998 Ttulo : Safety of machinery Safety distances to prevent danger zones being reached by the lower li Titulo idioma Sec. Scurit des machines Distances de scurit pour empcher l'atteinte des zones dangereu: les membres infrieurs Comit ISO/TC 199 Safety of machinery .

,

6 Status : Cancelada em 03/03/2008

Cdigo

1SO 13857:2008

Data de Publicao : 03/03/2008 Titulo Safety of machinery Safety distances to prevent hazard zones being reached by upper and k limbs Ttulo Idioma Ser..: Scurit des machines Distances de scurit empchant les membres suprieurs et infrieui d'atteindre les zones dangereuses ISO/TC 199 Safety of machinery Status : Organismo :

Em Vigor ISO - International Organization for Standardization

Ainda sobre normas tcnicas vale ressaltar que o SINMETRO - Sistema Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial, vinculado ao Ministrio de Desenvolvimento, Indstria e Comercio Exterior, estabelece que a rea de normalizao est sob a responsabilidade da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), representante do Brasil na ISO/IEC e foros regionais de normalizao, e que detm competncia para publicar, revisar e cancelar normas tcnicas, reconhecida como nico foro nacional de normalizao, atravs da Resoluo CONMETRO n. 07 de 24.08.1992, em anexo. O Regulamento Tcnico um documento, adotado por uma autoridade com poder legal para tanto, que contm regras de carter obrigatrio. O regulamento pode referenciar, incorporar no todo ou em parte, normas tcnicas em seu contedo, que passam a ser de cumprimento obrigatrio. Segundo a Clusula 8a do anexo da Resoluo supra citada: "Cabe 4

ao Governo, quando apropriado e quando existirem Normas Brasileiras aplicveis, fazer referncia a estas Normas em seus Regulamentos Tcnicos ou outros dispositivos similares." Os regulamentos expedidos pelo MTE - Ministrio do Trabalho e Emprego, no que se refere segurana e sade do trabalho, denominados NR Normas Regulamentadoras, atendendo a Conveno da OIT Organizao Internacional do Trabalho n 144, so desenvolvidos de forma tripartite, submetidos a consulta pblica e buscam harmonizar normas tcnicas e regulamento. No caso especifico da NR12 Segurana no Trabalho em Mquinas e Equipamentos, atendendo ao emanado da Resoluo j referida, foi priorizado o conjunto de normas nacionais. Ressalte-se que as normas tcnicas obedecem a uma hierarquia de aplicao sendo divididas em: > Normas do tipo A Aplicam-se a todos os tipos de mquinas, definem conceitos fundamentais de segurana e princpios de concepo; > Normas do tipo B Aplicam-se maioria das mquinas, referem-se aspectos ou dispositivos de segurana; Normas do tipo C Referem-se a uma categoria especfica de mquinas, fornecem as prescries detalhadas de segurana, aplicveis a uma ou a um grupo especfico de mquinas. O sistema de normalizao - ABNT, no mbito da CB 04 Comit brasileiro de mquinas e equipamentos mecnicos possui atualmente em vigor cerca de 40 normas relacionadas a segurana, enquanto a ISO possui cerca de 50 normas, sendo a maior parte do tipo A e B. A NR12 apresentada em forma de um conjunto de itens para aplicao em mquinas em geral com conceitos constantes nas nomias do tipo A e B, e anexos com determinaes especificas para um determinado tipo de mquina utilizando conceitos de normas do tipo C. Quando da pesquisa de normas ABNT e na ausncia destas as normas ISO, constatamos que algumas importantes normas do tipo C, ainda se encontravam no mbito de normas regionais EN, sendo lanado mo deste conhecimento tcnico para complementar os anexos especficos do regulamento. Durante a elaborao da NR12, Comisses de Estudo da ABNT foram formadas e algumas normas EN utilizadas na NR12 j se encontram em fase de concluso para normas ABNT. Diante do exposto fica claro que o item 12.1 da NR12 elenca de forma hierrquica o prprio regulamento, as demais NR, as normas oficiais vigentes, que por 5

determinao da Resoluo CONMETRO n 7, so as normas NBR, e na falta ou omisso destas, a utilizao de normas internacionais. Tambm est explcita no anexo da Resoluo CONMETRO n 7 a competncia da ABNT como gestor do sistema de normalizao brasileiro: "Clusula l': A ABNT tem como misso coordenar, orientar e supervisionar o processo de elaborao de Normas Brasileiras, bem como elaborar e editar as referidas Normas." Como tal, mantm disposio da sociedade, no site www.abntcatalogo.com.br, o conjunto de normas ABNT NBR, dentre as quais em vigor: ABNT NBR 14009:1997 Segurana de mquinas - Princpios para apreciao de riscos ABNT NBR 14153:1998 Segurana de mquinas - Partes de sistemas de comando relacionados segurana - Princpios gerias para projeto Em Vigor Em Vigor

A norma ABNT NBR 14009:1997 - Segurana de mquinas - Princpios para apreciao de riscos foi baseada na norma EN 1050/1994 - Safety of machinery Principies for risk assessment, utilizando conceitos da EN 292-1:1991 - Safety of machinery - Basic concepts, general principies for design - Part 1: Basic terminology, methodology e EN 292-2:1991 Safety of machinery Basic concepts, general principies for design - Part 2: Technical principies and specifications. Para melhor entendimento importante ressaltar que no incio dos anos 90 a comisso europia de normalizao separou a EN 292 em 3 partes diferentes: EN 292-1 terminologia e identificao de perigos, EN 292-2 reduo de riscos e EN 1050 avaliao de riscos. No final dos anos 90 essas normas foram promovidas para os padres ISO: ISO 12100-1, ISO 12100-2 e ISO 14121, respectivamente. Em 2004 o comit tcnico da ISO decidiu revisar e combinar as 3 normas, esta combinao editorial foi concluda como a nova ISO 12100 - Safety of machinery - General principles for design - Risk assessment and risk reduction, publicada em 2010. Em funo desta combinao de normas, a ISO 12100:2010 impacta as nomenclaturas das normas NBR 14009, NBR NM 213 -1 - Terminologia bsica e metodologia, NBR NM 213-2 - Princpios tcnicos e especificaes, porm no h impacto tcnico relevante em seu contedo com relao terminologia, listagem dos perigos e fluxograma para apreciao 6

de riscos. Entretanto, a nova ISO 12100 invoca os conceitos da norma ISO 13849 - Safety of machinery Safety-related parts of control systems em detrimento da norma EN 954:1994 Safety of machinery - Safety related parts of control systems, utilizada como base da NBR 14153 - Segurana de mquinas - Partes de sistemas de comando relacionados segurana Princpios gerais para projeto. A principal diferena entre elas reside nos conceitos de estimativa do risco. Enquanto os conceitos da EN 954 esto baseados em critrios subjetivos e determinsticos classificados por categorias, o novo padro introduz e quantifica o nvel de confiabilidade do sistema "Performance Level", a confiabilidade dos componentes, quantifica a qualidade do diagnstico (deteco de falhas) e avalia a efetividade dos mtodos contra "falhas por causa comum". Porm, temos acompanhado com ateno todo este processo que mesmo na comunidade europia, onde foi desenvolvido, enfrenta dificuldades de plena implantao. A tabela que segue retrata de forma aproximada a evoluo do assunto, seguida de cpia da publicao da Comunicao CEN C 321/09 que prorroga a retirada de presuno de conformidade (cancelamento) das normas EN ISO 13849-1:2006 e EN 954-1:1996, prorrogando para 31/12/2011.

Data 1996

Evento EN 954-1 publicada como uma norma europia introduz o conceito de Categorias B, 1 4. Critrio Subjetivo.

1999

ISO 13849-1 publicada com o contedo da EN 954-1, mas agora no padro internacional ISO.

2000

ISO TR 13849-100 publicado um relatrio tcnico explicando como usar o padro de 1999.

2006

ISO 13849-1:2006 norma revista que introduz os critrios quantitativos do nvel de confiabilidade do sistema.

2008

ISO 13849 :2008. Estabelecida data de 28/12/2009 para ser retirada do sistema normativo a EN 954-1 e ISO 13849-1:2006.

Dezembro de Conferncia realizada em Bruxelas decide adiar a retirada das normas EN954-1 2009 e ISO 13849-1:2006 por dois anos.

Setembro de Conferncia em Bruxelas questionamentos sobre a ISO 13849-1, solicitao de 2010 outra parte para EN 954-1.

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C 321/18

PT

Jornal Oficial da Unio Europeia

29.12.2009

Comunicao da Comisso no mbito da execuo da Directiva 2006/42/CE do Parlamento Europeu e do Conselho relativa s mquinas e que altera a Directiva 95/16/CE (reformulao) (Texto relevante para efeitos do EEE) (Publicao dos ttulos e referencias das normas harmonizadas ao abrigo da directiva) (2009/C 321/09)

OEN

Referencia e ttulo da somo (e documento de referencia)

Primeira publicao (O

Referencia da norma revogada e substituida

Dam, da er-svnio da presuno de conformidade da norma revogada e substituda Nora 1

CEN

EN 1501-1.1998 + A2:2009 Veculos de recolha de resduos e sistemas de elevao associados Requisitos gerais e requisitos de segurana Parte 1: Veculos de recolha de iesiduos de carregamento traseiro EN 1501-2:2005 + A1:2009 Veculos de recolha de resduos e sistemas de elevao associados Requisitos gerais e requisitos de segurana Parte 2: Veculos de recolha de reSi-

Esta a primeira publicao

CEN

Esta e a primeira publicao

4ICEN EN ISO 13849-1:2008 Segurana de mquinas Partes dos sistemas de comando relativos segurana Parte 1: Princpios gerais de projecto (ISO 1 334 9- 1:2 006) EN ISO 13849-1:20081A 02009 data da cessao da presuno de conformidade da norma substituida, estabelecida inicialmente em _8.12.2009, foi adiada por dois anos. (1) OEN: Organismo Europeu de Normalizao: CEN: Avenue Mame 17. 1000 Brussels, BELGIUM. tel. .32 25500811; fax +32 25500819 (http:(/ ovvw.cen.eu) Cenelec Avenue Mamix 17, 1000 Brussels, BELGIUM, tel. +32 25196871: fax .32 25196919 (lattp:llmorsv.cenclec.cu) ETEL 650 rosne des Lucioles, 06921 Sophia Antipolis. FRANCE. tel. +33 492944200: fax +33 49654716 (htriscdsvsvav.etsieu).(*) A

8.9.2009

EN 150 13849-1:2006 EN 954-1:1996

31.12.2011 (*)

Nota 1: Em gera), a data de cessao da presuno de conformidade ser a data de retirada (,,clow,,), definida pelo organismo europeu de normalizao, mas chama-se a ateno dos utilizadores destas normas para o facto de que, em certas circunstancias excepcionais, poder no ser assim.

Aviso: Qualquer informao relativa disponibilidade de normas pode ser obtida quer junto dos organismos europeus de normalizao quer junto dos organismos nacionais de normalizao que figuram na lista anexa directiva do Parlamento Europeu e do Conselho 98/34/CE modificada pela Directiva 98/4/1/CE. A publicao das referncias das normas no Jornal Oficial da Unio Europeia no implica que elas esto disponveis em todas as lnguas comunitrias. Mais informao est disponvel em: imp://ec.europ a.eulen terp riselp olicies/europea n-standa rdsfharrnon ised-standa rds

Para melhor ilustrar, reproduzimos parte de trabalho apresentando pelo CATIM Centro de Apoio Tecnolgico Indstria metalomecnica, instituio Portuguesa, organismo notificado europeu em segurana de mquinas n 0464, desde 1994, site: www.catim.pt.

"Dificuldades na aplicao da EN ISO 13849-1 I. Falta de guias para transformao das estruturas dos sistemas de comando em diagramas de blocos de segurana para avaliao e clculo do PL.

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2. A norma de dificil compreeno para "iniciados" os quais tm de recorrer a ajuda ou formao externa para o efeito. 3. A necessidade de definir e especificar multiplas funes de segurana de acordo com esta norma exigem um esforo que as PME 's no esto preparadas para dispender. 4. Os elevados nveis de desempenho determinados com base na EN ISO 13849 exigem solues que esto para alm do "estado da arte" e so de difcil realizao, por serem muito dispendiosos. "

Outra dificuldade a considerar o calculo para determinao do PL performance levei, que necessita de uma ferramenta matemtica alimentada pelas informaes sobre a confiabilidade dos componentes do sistema, fornecida pelos fabricantes dos mesmos. Atualmente o instituto alemo BGIA desenvolveu ferramenta matemtica disponvel em alemo e ingls, no site: www.dguv.deibgia/de/pra/softwaisistema/index.jsp#. Outra opo utilizar ferramentas comerciais desenvolvidas por fornecedores de componentes de segurana. Cabe ainda lembrar que na comunidade europia existe a avaliao da conformidade dos componentes de segurana, conhecida por "certificao", embora a grande maioria dos componentes de segurana utilizados no Brasil sejam fabricados e certificados fora do Brasil, a certificao internacional no reconhecida pelo INMETRO, e no h atualmente mecanismos de avaliao da conformidade nacionais ou internacionais reconhecidos pelo INMETRO com este escopo, o que cria um ponto de grande fragilidade no conceito e ferramentas utilizadas pela EN ISO 13849 se precipitadamente for transposto para nosso pas. Importante destacar que o MTE est trabalhando juntamente com o INMETRO para criao de mecanismos de avaliao da conformidade para os componentes de segurana, passo fundamental para confiabilidade e evoluo em segurana de mquinas. A comunidade europia trabalha com nveis de exigncia diferentes para mquinas novas e para mquinas usadas, bem como para mquinas produzidas dentro ou fora da comunidade europia. O regulamento brasileiro no tem este tipo de distino focando na equalizao das condies de segurana que so oferecidas ao trabalhador. Cabe ainda citar que o rgo regulamentador, amparado pelo guia de boas praticas de regulamentao, deve avaliar entre outros requisitos:

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> Impacto Social - entendido como a distribuio dos efeitos do regulamento na sociedade, considerando os aspectos econmicos, sociais e ambientais; Racionalidade - requisitos baseados na cincia e na tecnologia disponveis e proporcionais aos objetivos pretendidos, nos estritos limites para o atendimento dos anseios da sociedade; > Proporcionalidade - alcance dos objetivos de maneira eficaz, com mnimo impacto na livre competio, no impondo restries alm do necessrio; Necessidade - certeza de que seja o melhor instrumento para alcanar os fins desejados; > Economicidade - minimizao dos custos necessrios para a sua adoo e implementao, seja para aqueles que devem cumpri-la, seja para aqueles que a fazem cumprir; > Razoabilidade - minimizao dos custos e distores no mercado, com anlise de custo-benefcio e avaliao de risco, considerando as alternativas para a regulamentao.

Diante destas consideraes somadas a constatao da falta de informao e tradio no que se refere segurana de mquinas em nosso pas, optou a Comisso Tripartite que elaborou a NR12, manter os conceitos previstos nas normas NBR 14009 e NBR 14153, ambas em vigor, observando a absoro de seus conceitos e aplicao. Igualmente, manter-se alerta para os avanos tecnolgicos, tais como os introduzidos pela ISO 12100:2010, verificando a sua efetiva implantao e conseqncias, para introduo no regulamento nacional com responsvel amadurecimento. Cabe ainda esclarecer que a NR12 no cita em momento algum as normas ISO 14121:2007 ou NBR 14121, como questionado nos documentos apresentados.

III Concluso Face ao exposto, conclui-se que para aplicao do item 12.1 devem ser observadas a hierarquia estabelecida pelo item que indica a obrigatoriedade de utilizao das normas tcnicas nacionais em vigor, dentre outras, as NBR 14009 e 14153, e somente na falta de norma nacional, cabe a utilizao de norma internacional.

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Por fim, sugere-se o encaminhamento desta Nota Tcnica as chefias dos Setores de Segurana e Sade no Trabalho das Superintendncias Regionais do Trabalho e Emprego e para a Procuradoria Regional do Trabalho da 4a Regio para cincia. considerao superior. So 13 ulo, 09 de agosto de 2011. Cr ,,f1 Bec er Au ito a Fi cal do Trabal o a onal Tripa t Coord. da Co s

e.

IA:

4.00 14FAMAL

Roberto Misturini Auditor Fiscal do Trabalho Membro da Comisso Nacional Tripartite da NR-12

ardo Silveira Rosa Auditor Fiscal do Trabalho Membro da Comisso Nacional Tripartite da NR-12

De acordo. Encaminhe-se CGNOR. Braslia, /0 / 9. /2011. &c..04-so . Rmul Tachado e Silva Coordenador de ormatizao e Registros De acordo. Encaminhe-se ao DSST. / r /2011. Braslia, osemry Dutra Leo Coordenadora- Ge de Normatizao e Programas De acordo. Encaminhe-se SIT. Braslia, /5 /02 /2011. arinho Costa Lima Rinald Diretor do Deputa ento de Segurana e Sade no Trabalho De acordo. Braslia,

/ 5 /2011. Vera Lucia Ribeiro Albuquerque Secretria de Inspeo do Trabalho

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