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DESPEDIMENTOS COLETIVOS
NO
CDIGO DO TRABALHO
NOTAS EXPLICATIVAS DO PROCEDIMENTO
PARA EMPREGADORES E TRABALHADORES
GOVERNO REGIONAL DOS AORES
SECRETARIA REGIONAL DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE SOCIAL
DIREO REGIONAL DO TRABALHO, QUALIFICAO PROFISSIONAL E DEFESA DO CONSUMIDOR
JULHO DE 2012
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1. LEGISLAO APLICVEL
O regime de despedimentos coletivos regula-se pelos arts. 359. a 366. do Cdigo do Trabalho, publicado
pela Lei n. 7/2009, de 12 de fevereiro, com alteraes pela Lei n. 23/2012, de 25 de junho.
2. DESPEDIMENTO COLETIVO (ART. 359. DO CDIGO DO TRABALHO)
Consiste em procedimento promovido pelo empregador num determinado perodo temporal, que abranja
uma pluralidade de trabalhadores e que seja fundamentado em motivos no imputveis ao empregador.
Constituem requisitos cumulativos:
I. Pretender ou decidir a cessao de pelo menos 2 (em caso de micro ou pequena empresa) ou 5 (em
caso de mdia ou grande empresa) contratos de trabalho (requisito quantitativo);
II. Procedimento seja simultneo ou durante um perodo de 3 meses (requisito temporal);
III. Fundamento em encerramento de uma ou vrias seces ou estrutura equivalente, bem como
reduo do nmero de trabalhadores determinada por motivos de mercado, estruturais e/ou
tecnolgicos (requisito motivacional).
3. FUNDAMENTAO (ART. 359. DO CDIGO DO TRABALHO)
A fundamentao do procedimento pode basear-se em:
I. Encerramento de uma ou vrias seces ou estrutura equivalente;
II. Reduo do nmero de trabalhadores determinada por motivos no imputveis ao empregador,
designadamente:
II.I. Motivos de mercado reduo da atividade da empresa provocada pela diminuio previsvel
da procura de bens ou servios ou impossibilidade superveniente, prtica ou legal, de colocar
esses bens ou servios no mercado;
II.II. Motivos estruturais desequilbrio econmico-financeiro, mudana de atividade,
reestruturao da organizao produtiva ou substituio de produtos dominantes;
II.III. Motivos tecnolgicos alteraes nas tcnicas ou processo de fabrico, automatizao de
instrumentos de produo, de controlo ou de movimentao de cargas, bem como informatizao
de servios ou automatizao de meios de comunicao;
4. PROCEDIMENTOS LEGAIS OBRIGATRIOS (ARTS. 360. A 363. DO CDIGO DO TRABALHO)
4.1. COMUNICAO DA INTENO
4.1.1. Enviada comisso de trabalhadores, comisso intersindical ou s comisses sindicais da
empresa. Na sua falta deve comunicar a cada um dos trabalhadores abrangidos;
4.1.2. Enviada ao servio da secretaria responsvel pela rea laboral com competncia para o
acompanhamento e fomento da contratao coletiva1.
1 Cf. Ponto 5.3. do presente documento.
Nota: Os elementos explicativos deste folheto no dispensam a leitura integral da legislao aplicvel. 2
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4.2. FASE DE INFORMAES E NEGOCIAO
4.2.1. Entre empregador e estrutura representativa dos trabalhadores ou, na sua falta, com os
trabalhadores abrangidos (se exequvel);
4.2.2. Com a participao do servio da secretaria responsvel pela rea laboral com
competncia para o acompanhamento e fomento da contratao coletiva e
representantes regionais dos servios de emprego e segurana social.
4.3. DECISO FINAL
4.3.1. Empregador envia ao servio da secretaria responsvel pela rea laboral com
competncia para o acompanhamento e fomento da contratao coletiva, ata das
reunies de negociao ou, na sua falta, informao sobre a justificao de tal falta, bem
como relao de trabalhadores abrangidos;
4.3.2. Empregador envia estrutura representativa dos trabalhadores cpia da relao de
trabalhadores enviada ao servio da secretaria responsvel pela rea laboral com
competncia para o acompanhamento e fomento da contratao coletiva.
5. COMUNICAO DA INTENO (ART. 360. DO CDIGO DO TRABALHO)
O propsito2 de cessar uma pluralidade de contratos de trabalho deve ser comunicado comisso de
trabalhadores, comisso intersindical ou comisso sindical da empresa. Na sua falta deve comunicar comisso
representativa dos trabalhadores, ou ainda nessa falta, a cada um dos trabalhadores abrangidos, o propsito
de proceder cessao dos respetivos contratos de trabalho. Para o efeito, da comunicao devem constar
especficos elementos informativos relacionados com o procedimento e com a estrutura organizacional da
empresa, que permitam compreender e analisar os fatores que conduziram inteno de modo a procurar
solues para os problemas criados pelos motivos que fundamentam o despedimento coletivo.
5.1. ELEMENTOS INFORMATIVOS
A comunicao escrita deve ser acompanhada dos seguintes elementos, com o maior detalhe possvel:
a) Motivos invocados para o despedimento coletivo;
b) Quadro de Pessoal, atualizado e discriminado por setores organizacionais da empresa;
c) Critrio de seleo dos trabalhadores a despedir;
d) Nmero de trabalhadores e categorias profissionais abrangidas;
e) Perodo de tempo durante o qual pretende efetuar o despedimento;
f) Mtodo de clculo da compensao a conceder genericamente aos trabalhadores a despedir,
sem prejuzo do disposto no art. 366. do Cdigo do Trabalho ou em instrumento de
regulamentao coletiva de trabalho.
2 Dada a natureza terminal da relao laboral, pelas suas implicaes organizacionais, financeiras e sociais, como pressuposto prvio o empregador dever ter ponderado devidamente a inteno, designadamente o impacte da reduo dos seus ativos na estrutura produtiva e os encargos financeiros resultantes, entre outros.
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5.2. CONSTITUIO DE COMISSO REPRESENTATIVA DOS TRABALHADORES
Na falta de comisso de trabalhadores, comisso intersindical ou comisso sindical na empresa que
promove o despedimento coletivo, os trabalhadores abrangidos pelo procedimento tm a faculdade de
designar entre si, no prazo de 5 dias teis aps o envio das comunicaes a cada trabalhador, uma
comisso representativa de trabalhadores composta por um mximo de 3 ou 5 elementos, consoante o
despedimento abranja at 5 ou mais trabalhadores. Caso seja designada, o empregador deve enviar a
esta comisso os elementos integrantes da comunicao da inteno.
5.3. COMUNICAO AO SERVIO COMPETENTE DA SECRETARIA RESPONSVEL PELA REA LABORAL
Na data em que procede comunicao da inteno estrutura representativa dos trabalhadores ou,
na sua falta, a cada um dos trabalhadores abrangidos, o empregador deve enviar cpia da mesma ao
servio da secretaria responsvel pela rea laboral com competncia para o acompanhamento e
fomento da contratao coletiva, nos termos do art. 11. da Lei n. 7/2009, de 12 de fevereiro. Porm, o
servio competente poder variar consoante a localizao do estabelecimento da prestao de
trabalho.
Na Regio Autnoma dos Aores, a Direo Regional do Trabalho, Qualificao Profissional e Defesa
do Consumidor, em particular a Direo de Servios do Trabalho, detm a competncia para assegurar
as competncias previstas na lei em matria de despedimentos coletivos, nos termos do art. 30., alnea
i) do decreto regulamentar regional n. 18/2010/A, de 18 de outubro e do art. 1., alnea g) do decreto-
lei n. 243/78, de 19 de agosto.
6. FASE DE INFORMAES E NEGOCIAO (ART. 361. DO CDIGO DO TRABALHO)
6.1. INTERVENIENTES
Consideram-se partes intervenientes na fase de informaes e negociao:
a) Empregador e/ou seu representante;
b) Estruturas representativas dos trabalhadores3, trabalhadores abrangidos e/ou seus
representantes;
c) Direo de Servios do Trabalho;
d) Servios regionais do emprego e da formao profissional e da segurana social (a pedido
de qualquer dos demais intervenientes).
O empregador e a estrutura representativa dos trabalhadores podem fazer-se assistir por um perito
nas reunies de negociao.
3 No conceito de estruturas representativas dos trabalhadores integra-se a comisso de trabalhadores, a comisso intersindical ou comisso sindical da empresa, bem como a comisso representativa dos trabalhadores.
Nota: Os elementos explicativos deste folheto no dispensam a leitura integral da legislao aplicvel. 4
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6.2. OBJETIVO
Esta fase visa um acordo sobre a dimenso e os efeitos das medidas a aplicar e, bem assim, de
outras medidas que reduzam o nmero de trabalhadores a despedir. Analisada a documentao
exigida pelo art. 360., n. 2 do Cdigo do Trabalho, so propostas medidas alternativas deciso de
despedimento, designadamente:
a) Suspenso de contratos de trabalho;
b) Reduo de perodos normais de trabalho;
c) Reconverso ou reclassificao profissional;
d) Reforma antecipada ou pr-reforma.
A promoo desta fase da responsabilidade do empregador, nos 5 dias posteriores ao envio da
comunicao da inteno comisso de trabalhadores, ou na sua falta, comisso intersindical ou s
comisses sindicais da empresa. No havendo existncia de qualquer destas entidades, deve ser
promovida aps a designao da comisso representativa de trabalhadores, ou, decorrido o prazo
para o efeito, diretamente com os trabalhadores abrangidos (desde que seja exequvel reunir no
mesmo local as partes intervenientes).
A fase dever contar com a participao da Direo de Servios do Trabalho, podendo qualquer das
partes solicitar a presena dos servios regionais do emprego e da formao profissional e da
segurana social, de modo a indicarem as medidas a aplicar, nas respetivas reas, de acordo com a
soluo adotada.
Cabendo a promoo ao empregador, este dever convocar as partes, indicando o local e hora de
realizao desta fase, podendo consistir numa ou mais reunies entre as partes intervenientes.
6.3. ATA
No final da reunio dever ser elaborada uma ata das reunies de negociao, contendo a matria
acordada, bem como as posies divergentes, opinies, sugestes e propostas das partes.
6.4. PARTICIPAO DA DIREO DE SERVIOS DO TRABALHO (ART. 362. DO CDIGO DO TRABALHO)
A Direo de Servios do Trabalho participa na fase de informaes e negociao com vista a
promover a regularidade da sua instruo substantiva e procedimental, bem como a conciliao dos
interesses das partes. Caso este servio apure a existncia de alguma irregularidade ou insuficincia
da instruo substantiva e procedimental, deve advertir o empregador e, se a mesma persistir, deve
fazer constar essa meno na ata das reunies de negociao.
6.5. TRABALHADORA GRVIDA, PURPERA OU LACTANTE, OU TRABALHADOR EM GOZO DE LICENA
PARENTAL (ART. 63. DO CDIGO DO TRABALHO)
O despedimento coletivo que abranja trabalhadora grvida, purpera ou lactante, ou trabalhador em
gozo de licena parental, carece de parecer prvio da entidade competente na rea da igualdade de
oportunidades entre homens e mulheres, devendo o empregador remeter cpia do processo a esta
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entidade depois da fase de informaes e negociao e antes da deciso final. Esta entidade deve emitir
parecer obrigatrio nos 30 dias subsequentes receo do processo.
Na Regio Autnoma dos Aores, a entidade responsvel na matria consiste na Comisso Regional
para a Igualdade no Trabalho e no Emprego dos Aores (CRITE-A), funcionando na dependncia da
Secretaria Regional do Trabalho e da Solidariedade Social, tendo sido criada pelo Decreto Legislativo
Regional n. 3/2011/A, de 3 de maio4.
7. DECISO FINAL (ART. 363. DO CDIGO DO TRABALHO)
Celebrado acordo, ou na falta deste, o empregador comunica a deciso de despedimento coletivo decorridos
15 dias aps o envio da comunicao aos representantes dos trabalhadores ou, na sua falta, aps o envio da
comunicao a cada trabalhador.
7.1. AOS TRABALHADORES
A comunicao escrita a enviar aos trabalhadores dever ser acompanhada dos seguintes elementos:
Meno expressa do motivo;
Data de cessao do contrato (contabilizando o prazo de aviso prvio);
Indicao do montante, forma, momento e lugar de pagamento da compensao, dos crditos
vencidos e dos exigveis por efeito da cessao do contrato de trabalho.
A data de cessao do contrato de trabalho dever respeitar a antecedncia mnima (aviso prvio)
face data da deciso, consoante a antiguidade do trabalhador designadamente:
15 dias, se inferior a 1 ano;
30 dias, se igual ou superior a 1 ano e inferior a 5 anos;
60 dias, se igual ou superior a 5 anos e inferior a 10 anos;
75 dias, se igual ou superior a 10 anos.
O pagamento da compensao, dos crditos vencidos e dos exigveis por efeito da cessao do
contrato de trabalho dever ser efetuado at ao termo do prazo de aviso prvio, salvo as excees
legalmente previstas.
7.2. DIREO DE SERVIOS DO TRABALHO
Na data em que envia a comunicao aos trabalhadores, o empregador remete Direo de Servios
do Trabalho:
Ata das reunies de negociao ou, na sua falta, informao sobre a justificao de tal falta,
as razes que obstaram ao acordo e as posies finais das partes;
Relao de trabalhadores de que conste, relativamente a cada um dos abrangidos:
Nome;
4 Para mais informaes, enviar comunicao para Solar dos Remdios, 9701-855 Angra do Herosmo, contactar via nmero de telefone 296 204 200, fax 295 204 257 ou [email protected].
Nota: Os elementos explicativos deste folheto no dispensam a leitura integral da legislao aplicvel. 6
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Morada;
Data de nascimento;
Data de admisso na empresa;
Situao perante a Segurana Social;
Profisso;
Categoria profissional;
Retribuio;
Medida decidida;
Data prevista para a sua aplicao.
Findo o procedimento, a Direo de Servios do Trabalho aprecia a instruo substantiva e
procedimental do despedimento coletivo, dando conhecimento s partes intervenientes, bem como ao
servio regional de segurana social e ao servio com competncia inspetiva em matria laboral na
Regio Autnoma dos Aores.
7.3. ESTRUTURA REPRESENTATIVA DOS TRABALHADORES
Na data em que envia a comunicao aos trabalhadores, o empregador remete estrutura
representativa dos trabalhadores cpia da relao de trabalhadores remetida Direo de Servios do
Trabalho.
8. DIREITOS DOS TRABALHADORES EM CASO DE CESSAO DO CONTRATO DE TRABALHO POR DESPEDIMENTO
COLETIVO (ARTS. 341. E 364. A 366. DO CDIGO DO TRABALHO)
8.1. Os trabalhadores tm direito a:
Crdito de horas durante o aviso prvio, correspondente a dois dias de trabalho por
semana, sem prejuzo de retribuio, desde que comunique com 3 dias de antecedncia ao
empregador;
Denunciar o contrato durante o aviso prvio, mediante declarao com antecedncia
mnima de 3 dias teis, mantendo direito a compensao;
Pagamento de todos os crditos laborais vencidos e exigveis;
Certificado de trabalho;
Declarao de situao de desemprego.
8.2. COMPENSAO POR DESPEDIMENTO COLETIVO
A Lei n. 23/2012, de 25 de junho, que procede terceira reviso do Cdigo do Trabalho, no que
respeita ao regime de despedimentos coletivos, altera os arts. 360., n.1, alnea f), 366., n.os
1, 2, 3, 4, 6 e 7 e
383., alnea c).
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O art. 360., n. 1, alnea f) do Cdigo do Trabalho repe a indicao legal de que deve constar da
comunicao da inteno o mtodo de clculo de compensao a conceder genericamente aos trabalhadores5.
O art. 366., n. 2, alneas a) e b) introduz limites mximos para efeitos de apuramento do valor de
retribuio base e diuturnidades a considerar para efeitos de clculo da compensao, bem como para efeitos
de fixao de montantes de compensao global. A alnea c) do n. 2 do mencionado artigo esclarece que o
valor dirio de retribuio base e diuturnidades o resultante da diviso por 30 da retribuio base mensal e
diuturnidades, bem como procede nos n.os
3, 4 e 6 conformao do mecanismo de pagamento da
compensao entre empregador e fundo de compensao do trabalho ou mecanismo equivalente nos termos
de legislao especfica a publicar.
O art. 383., alnea c) do Cdigo do Trabalho repe a indicao legal relativa disponibilizao da
compensao ao trabalhador at ao termo do prazo de aviso prvio.
O art. 6. da Lei n. 23/2012, de 25 de junho rev o regime jurdico das compensaes em caso de cessao
do contrato de trabalho, prevendo um mecanismo de adaptao em funo da data de celebrao do contrato
de trabalho. O art. 7. desta lei reitera a imperatividade do regime de cessao do contrato de trabalho,
considerando:
nulas as disposies de instrumentos de regulamentao coletiva de trabalho celebrados antes da
entrada em vigor da presente lei que prevejam montantes superiores aos resultantes do Cdigo do
Trabalho relativas a:
a) Compensao por despedimento coletivo, ou de que decorra a aplicao desta ltima,
estabelecidas no Cdigo do Trabalho;
b) Valores e critrios de definio de compensao por cessao de contrato de trabalho
estabelecidos no artigo anterior.
8.2.1. CONTRATOS DE TRABALHO CELEBRADOS ANTES DE 1 DE NOVEMBRO DE 2011 (ART. 6. DA LEI
N. 23/2012, DE 25 DE JUNHO)
O trabalhador tem direito a compensao correspondente a um ms de retribuio base e
diuturnidades por cada ano completo de antiguidade, desde a sua admisso na empresa at 31 de
outubro de 2012, e, em contratos cessados aps essa data, passa a ter direito nesse perodo a
compensao correspondente a 20 dias de retribuio base e diuturnidades por cada ano
completo de antiguidade, com os seguintes limites mximos:
Caso a compensao seja igual ou superior a 12 vezes a retribuio base mensal e
diuturnidades do trabalhador, ou a 240 vezes a retribuio mnima mensal garantida, o
trabalhador ter direito ao valor resultante, sem que haja qualquer acumulao no
perodo de relao de trabalho subsequente (i.e., a partir de 1 de novembro de 2012 at
cessao).
Se a compensao no exceder os referidos limites, o trabalhador continuar a acumular
os valores a que tem direito de acordo com o Cdigo do Trabalho, na redao dada pelo
5 Cf. Ponto 5.1., alnea f) do presente documento.
Nota: Os elementos explicativos deste folheto no dispensam a leitura integral da legislao aplicvel. 8
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art. 366. da Lei n. 23/2012, de 25 de junho, at atingir o limite de 12 vezes a retribuio
base mensal garantida do trabalhador ou a 240 vezes a retribuio mnima mensal
garantida.
8.2.2. CONTRATOS DE TRABALHO CELEBRADOS APS 1 DE NOVEMBRO DE 2011
Os trabalhadores com contrato de trabalho celebrado aps 1 de novembro de 2011 so
abrangidos pelo regime de compensao por despedimento coletivo constante do art. 366. do
Cdigo do Trabalho, na redao dada pela Lei n. 23/2012, de 25 de junho, que prev que o
trabalhador tem direito a compensao correspondente a 20 dias de retribuio base e
diuturnidades por cada ano completo de antiguidade, com os seguintes limites mximos:
Valor de clculo da retribuio base mensal e diuturnidades equivalente a 20 vezes a
retribuio mnima mensal garantida, com fixao neste caso de montante global mximo
de compensao equivalente a 240 vezes a retribuio mnima mensal garantida;
Montante global mximo de compensao equivalente a 12 vezes a retribuio base
mensal e diuturnidades do trabalhador (caso no se aplique o limite anterior).
9. ILICITUDE DO DESPEDIMENTO COLETIVO (ARTS. 381 E 383. DO CDIGO DO TRABALHO)
O despedimento coletivo pode ser declarado ilcito por tribunal competente nas seguintes situaes:
Se o motivo justificativo for declarado improcedente;
Se no for procedido do respetivo procedimento6;
Em caso de trabalhadora grvida, purpera ou lactante, ou de trabalhador durante o gozo de licena
parental inicial, em qualquer das suas modalidades, se no for solicitado o parecer prvio da entidade
competente na rea da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres.
Se empregador no tiver feito a comunicao da inteno;
Se empregador no promover a fase de informaes e negociao;
Se no cumprir com o prazo para decidir o despedimento;
Se no colocar disposio do trabalhador despedido, at ao termo do prazo de aviso prvio, a
compensao a que se refere o art. 366. e os crditos vencidos ou exigveis em virtude da cessao
do contrato de trabalho.
10. IMPUGNAO JUDICIAL DE DESPEDIMENTO COLETIVO (ARTS. 388. DO CDIGO DO TRABALHO E 16. DO
CDIGO DE PROCESSO DO TRABALHO)
Assiste aos trabalhadores a possibilidade de interpor ao de impugnao do despedimento coletivo no
tribunal do lugar onde se situa o estabelecimento da prestao de trabalho (ou o estabelecimento com maior
nmero de trabalhadores abrangidos) no prazo de 6 meses contados da data da cessao dos respetivos
contratos.
6 cf. Ponto 4 a 7.
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11. CRONOLOGIA DE UM PROCEDIMENTO DE DESPEDIMENTO COLETIVO
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GOVERNO REGIONAL DOS AORES
SECRETARIA REGIONAL DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE SOCIAL
DIREO REGIONAL DO TRABALHO, QUALIFICAO PROFISSIONAL E DEFESA DO CONSUMIDOR
DIREO DE SERVIOS DO TRABALHO
rua Dr. Jos Bruno Tavares Carreiro, S/N
9500-119 Ponta Delgada | So Miguel Aores
[email protected] | 296 308 000 (telefone) | 296 308 192 (fax)
JULHO DE 2012