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Página 1 de 15 NOTÍCIAS FISCAIS Nº 3.246 BELO HORIZONTE, 29 DE JANEIRO DE 2016. “Liberdade de expressão não existe se não tolerar os discursos que odiamos.” Henry J. Hyde TRT DE MINAS PROÍBE QUE BANCOS TERCEIRIZEM ÁREA DE CALL CENTER ....................... 2 DÓLAR SOBE E ULTRAPASSA MARCA DE R$ 4,11 ............................................................................ 3 MINAS GERAIS – DECRETO PRORROGA E AMPLIA REGULARIZE ................................................ 4 CONFAZ REBATE CRÍTICA DO SEBRAE À REGULAMENTAÇÃO DO ICMS NO COMÉRCIO ELETRÔNICO ................................................................................................................................................. 4 JUIZ PROÍBE ICMS SOBRE REMESSAS DE JOIAS DEVOLVIDAS ..................................................... 5 FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS VAI À JUSTIÇA CONTRA AUMENTO DE IMPOSTOS NO RIO6 5 CURIOSIDADES SOBRE O IMPOSTO DA CERVEJINHA DO FIM DE SEMANA .......................... 7 PEC DÁ IMUNIDADE TRIBUTÁRIA ÀS BICICLETAS DE FABRICAÇÃO NACIONAL .................. 8 BENEFICIÁRIOS NÃO PODEM MAIS ACUMULAR AUXÍLIO-ACIDENTE COM APOSENTADORIA ........................................................................................................................................ 8 CONTRIBUIÇÃO DE 15% SOBRE NOTAS DE COOPERATIVA DE TRABALHO........................... 9 COORDENAÇÃO DA OAB APRESENTA REGULAMENTAÇÃO PARA SOCIEDADE INDIVIDUAL ................................................................................................................................................10 EXECUTIVA DE VENDAS NÃO CONSEGUE RECONHECIMENTO DE VÍNCULO DE EMPREGO COM AVON ...................................................................................................................................................11 ANOTAÇÕES NA CARTEIRA DE TRABALHO AGORA SERÃO EMITIDAS EM CARTÃO DE REGISTRO PROFISSIONAL ......................................................................................................................12 FALTAS JUSTIFICADAS IMPEDEM AUXILIAR DE FARMÁCIA DE RECEBER PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS.................................................................................................................12 O ANO DOS M&A 'ESTRESSADOS' .........................................................................................................13

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NOTÍCIAS FISCAIS Nº 33..224466

BELO HORIZONTE, 29 DE JANEIRO DE 2016.

“Liberdade de expressão não existe se não tolerar os discursos que odiamos.”

Henry J. Hyde

TRT DE MINAS PROÍBE QUE BANCOS TERCEIRIZEM ÁREA DE CALL CENTER ....................... 2

DÓLAR SOBE E ULTRAPASSA MARCA DE R$ 4,11 ............................................................................ 3

MINAS GERAIS – DECRETO PRORROGA E AMPLIA REGULARIZE ................................................ 4

CONFAZ REBATE CRÍTICA DO SEBRAE À REGULAMENTAÇÃO DO ICMS NO COMÉRCIO ELETRÔNICO ................................................................................................................................................. 4

JUIZ PROÍBE ICMS SOBRE REMESSAS DE JOIAS DEVOLVIDAS ..................................................... 5

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS VAI À JUSTIÇA CONTRA AUMENTO DE IMPOSTOS NO RIO6

5 CURIOSIDADES SOBRE O IMPOSTO DA CERVEJINHA DO FIM DE SEMANA .......................... 7

PEC DÁ IMUNIDADE TRIBUTÁRIA ÀS BICICLETAS DE FABRICAÇÃO NACIONAL .................. 8

BENEFICIÁRIOS NÃO PODEM MAIS ACUMULAR AUXÍLIO-ACIDENTE COM APOSENTADORIA ........................................................................................................................................ 8

CONTRIBUIÇÃO DE 15% SOBRE NOTAS DE COOPERATIVA DE TRABALHO ........................... 9

COORDENAÇÃO DA OAB APRESENTA REGULAMENTAÇÃO PARA SOCIEDADE INDIVIDUAL ................................................................................................................................................10

EXECUTIVA DE VENDAS NÃO CONSEGUE RECONHECIMENTO DE VÍNCULO DE EMPREGO COM AVON ...................................................................................................................................................11

ANOTAÇÕES NA CARTEIRA DE TRABALHO AGORA SERÃO EMITIDAS EM CARTÃO DE REGISTRO PROFISSIONAL ......................................................................................................................12

FALTAS JUSTIFICADAS IMPEDEM AUXILIAR DE FARMÁCIA DE RECEBER PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS .................................................................................................................12

O ANO DOS M&A 'ESTRESSADOS' .........................................................................................................13

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TRT de Minas proíbe que bancos terceirizem área de call center

Fonte: Valor Econômico. A Justiça do Trabalho de Minas Gerais proibiu as instituições financeiras de terceirizarem as áreas de telemarketing. A súmula nº 49 do Tribunal Regional do Trabalho de Minas (TRTMG) deve ser aplicada a todos os processos que tramitam no Estado. Outros TRTs devem decidir em breve sobre o tema, o que pode gerar a vedação em outros Estados. O TRTMG considerou ilícita a prática pelos bancos. Como o Tribunal Superior do Trabalho (TST) já proíbe a terceirização da atividade principal de uma companhia (a chamada atividade-fim) pela Súmula nº 331, os desembargadores entenderam que as instituições não poderiam terceirizar a área. Apesar de o TST não ter súmula para os bancos, a maior parte das decisões veda a terceirização quando o serviço prestado inclui venda de produtos bancários. Em função dessa prática, as instituições financeiras têm sofrido autuações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em 2014, as autuações somaram R$ 318 milhões e 932 autos de infração contra os Bancos Itaú, Bradesco, Santander e Citibank, além das operadoras Oi, Vivo e Net por terceirização de telemarketing, assédio moral e adoecimento em massa. Em todos os casos, os serviços eram prestados pela Contax. Para advogados, a medida ocorre em um momento inoportuno. Aguarda-se que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue o tema, em pelo menos três processos, e dê a palavra final sobre a questão. Além disso, a orientação do TRT poderá gerar demissões no setor de telemarketing em Minas, em um momento de crise econômica. Para o advogado Domingos Fortunato, do Mattos Filho Advogados, se a medida for aplicada por outros tribunais, as instituições poderão transferir a prestação do serviço de telemarketing até mesmo para outros países, como Índia ou Malasia. "Hoje com as tecnologias existentes isso é perfeitamente possível. A empresa poderá contratar funcionários que falam português", diz. Segundo ele, só em Uberlândia (MG) há cerca de dez mil empregados de call center. A súmula do TRTMG ainda estabelece que nas ações propostas pelos trabalhadores de telemarketing, os contratos serão anulados com a empresa de call center e o vínculo de emprego será com o tomador, ou seja, com o banco privado. Se o banco for público a instituição financeira terá a responsabilidade subsidiária, ou seja, pagará pelos débitos se a prestadora não quitá-los. O temor de advogados é que outros tribunais também adotem o posicionamento. O TRTMG decidiu sobre o assunto a pedido do próprio TST. Com o mecanismo de recurso repetitivo, que começou a ser aplicado pelo tribunal superior no ano passado, os ministros têm pedido aos TRT's que uniformizem o entendimentos de temas importantes. A ideia é que o TST passe a editar súmulas sobre questões que tenham divergências entre TRTs. Para isso, eles devem ter súmulas.

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Segundo a desembargadora relatora da súmula no TRTMG, Rosemary Oliveira Pires, o tema foi uniformizado por iniciativa do TST. De acordo com ela, a comissão de jurisprudência do TRT pesquisou que o entendimento tem sido adotado pela maioria dos ministros na Seção de Dissídios Individuais I (SDI1) do TST. “A partir de agora todos desembargadores e juízes de primeira instância de Minas estão obrigados a seguir a súmula". O advogado Marcello Badaró, do Décio Freire Advogados, que defende a Cenibra em processo que trata de terceirização no STF, acredita que outros tribunais devem editar súmulas semelhantes, em consequência do novo mecanismo do TST. "Se nosso processo for julgado favorável no Supremo, todas as súmulas terão que ser canceladas". Para a advogada Juliana Bracks Duarte, do Bracks Advogados Associados, a súmula do TRT é mais ampla do que tem sido decidido pelo TST. A norma proíbe toda a atividade de call center pelas instituições financeiras. No TST, segundo ela, há a preocupação em distinguir se call center é apenas atendimento ao cliente ou se vende produtos bancários, o que no caso seria ilícito. Procurados pelo Valor, o Bradesco, Citibank, Santander, Itaú, Contax, Confederação Nacional das Instituições Financeiras e Federação Brasileira de Bancos não se manifestaram.

Dólar sobe e ultrapassa marca de R$ 4,11

Fonte: Valor Econômico. O dólar comercial sobe nesta quinta-feira, abandonando a frágil queda de registrada mais cedo. Os investidores reagem tardiamente à decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano), anunciada no dia anterior, quando as operações no mercado à vista estavam se encerrando. Embora tenha feito ressalvas em relação aos desdobramentos externos, o mercado considerou que o Fed foi menos enfático em relação aos impactos dos problemas internacionais sobre a economia americana. Dessa forma, deixou em aberto algumas possibilidades, inclusive de voltar a subir o juro americano em março. O dólar futuro, em que os negócios fecham às 18h, reagiu em alta ontem, o que explica o comportamento mais modesto da taxa do dólar para fevereiro. Às 10h37, o dólar comercial subia 0,84%, a R$ 4,1146. O dólar para fevereiro caía 0,18%, a R$ 4,1030. Ontem, o dólar comercial fechou em alta de 0,28%, enquanto a taxa do contrato para fevereiro subiu 1,28%. No plano doméstico brasileiro, o ruído vindo das expectativas para a política monetária ajuda a manter a demanda por dólares. Na ata divulgada nesta quinta-feira, o Copom citou questões externas para justificar a manutenção da Selic em 14,25% ao ano. As explicações não convenceram e, para o mercado, fica a impressão de que os juros deverão ficar estáveis por mais tempo.

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Minas Gerais – Decreto prorroga e amplia Regularize

Fonte: AGE/MG. O Decreto nº 46.899/2015, publicado no Minas Gerais em novembro do ano passado, prorrogou o prazo de habilitação do crédito tributário em situação irregular, desde que o processo não tenha mais a possibilidade de recurso e seja ele quitado integralmente – à vista, em moeda corrente ou com a utilização de crédito acumulado do imposto. Para dar conhecimento às empresas, a Advocacia-Geral as intimará mediante envio de carta quando o crédito tributário irregular for inferior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). Se for igual ou superior a este valor, a empresa será intimada e convocada com designação de data e hora para reunião na sede local da Advocacia do Estado. Acesse aqui para mais informações.

Confaz rebate crítica do Sebrae à regulamentação do ICMS no comércio eletrônico

Fonte: Jornal de Brasília. Os Estados saíram nesta quarta-feira, 27, em defesa da regulamentação da cobrança do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o comércio eletrônico. A coordenação dos secretários de Fazenda dos Estados no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) divulgou nota para defender as normas de implementação da medida, que estão sendo questionadas pela Ordem de Advogados do Brasil (OAB) e pelo presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Guilherme Afif Domingos. Na nota, o Confaz afirma que a mudança é uma medida de redução de desigualdades e de desequilíbrio tributário entre os Estados, aguardada há mais de uma década pela maioria das unidades da federação. Assinada pelo coordenador dos secretários de Fazenda, André Horta, do Rio Grande do Norte, a nota é uma resposta à decisão da OAB e da Confederação Nacional do Comércio (CNC) de ingressar, na próxima sexta-feira, 29, no Supremo Tribunal Federal (STF), com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) pedindo suspensão do artigo de uma decisão do Confaz que trata da regulamentação da medida para as empresas que pagam os impostos pelo Simples Nacional. As mudanças na cobrança do ICMS nas operações feitas pela internet entraram em vigor em primeiro de janeiro deste ano. Pela novas regras, o ICMS passa a ser dividido entre os Estados vendedores e os de destino, onde efetivamente o produto é consumido. Até agora nada era recolhido ao Estado de destino. O coordenador dos secretários na nota afirma que o Confaz editou e vem editando normas de implementação das mudanças que privilegiam uma “gradualidade” de transição baseada na desburocratização. Segundo o Confaz, as regras não permitem a excepcionalidade para as empresas do Simples.

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Na Adin, a OAB a CNC alegam que a regulamentação ignora a lei que estabelece que as micro e pequenas empresas têm direito a cobrança de tributação unificada, em uma única guia. Os secretários alegam, no entanto, que têm o comprometimento de zelar pela emenda constitucional que promoveu a mudança nas regras do comércio eletrônico.

Juiz proíbe ICMS sobre remessas de joias devolvidas

Fonte: Mídia News. O juiz Roberto Teixeira Seror, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Cuiabá, proibiu o Estado de cobrar ICMS Garantido Integral (regime de recolhimento antecipado do imposto) nas remessas da joalheria H. Stern, feitas da matriz à filial e que não tenham fins comerciais (amostra, conserto e devolução de peça não vendida). A decisão é do dia 25 de janeiro. Além da proibição, o magistrado determinou que o Estado devolvesse, com juros e correção, os valores cobrados indevidamente da grife. Na ação, a H. Stern questionou a cobrança do imposto nas operações de entrada de mercadorias que não são destinadas à venda, a exemplo de amostras de joias que vieram da matriz em São Paulo para a filial em Cuiabá, sendo depois devolvidas à origem. Ou ainda no caso de conserto de peças, “ou, por fim, no caso de mercadorias que não tiveram aceitação no mercado local”. Segundo a joalheria, a simples transferência dos produtos da matriz para a filial não gera a incidência do imposto, ainda que a transação seja interestadual, pois a circulação das mercadorias ocorre sem fins comerciais. Por sua vez, o Estado acusou a grife de não ter comprovado que as transferências de joias entre filial e matriz ocorreram para fins de conserto /demonstração /mostruário/devolução. Na avaliação do juiz Roberto Seror, os documentos apresentador pela H.Stern comprovaram que houve remessa de joias de propriedade da autora, de São Paulo para Cuiabá, e sua posterior devolução, “uma vez que inexistiu aceitação (venda) pelo público local, e que sobre tais operações foi exigido e recolhido o ICMS sobre essa transferência”. Com base em entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), o magistrado observou que a incidência do imposto só seria devida caso houvesse transferência da titularidade dos bens ou circulação de mercadoria. No caso em questão, Seror detectou que as transações ocorreram apenas a título de devolução, sem que tenha ocorrido venda. “Não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte. […] Além disso, a autora não está sujeito ao pagamento do tributo, uma vez que não resta comprovado a comercialização de mercadorias, portanto, inexiste o fato gerador a legitimar a cobrança do ICMS”, decidiu. Cabe recurso da decisão.

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Federação das indústrias vai à Justiça contra aumento de impostos no Rio

Fonte: Folha de S. Paulo. A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) decidiu ir à Justiça contestar leis sancionadas pelo governo estadual no fim do ano passado, que aumentam impostos e criam novas taxas. O pacote tributário foi sancionado pelo governador Luiz Fernando Pezão no dia 30 de dezembro, com o objetivo de tentar contornar a crise financeira do estado. “Entendemos que o governo do estado está enfrentando uma crise fiscal gravíssima, mas penalizar um setor sobretaxado significa sufocar qualquer possibilidade de reação por parte da indústria do Rio”, afirma o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, em nota divulgada nesta quarta-feira (27). A entidade pretende questionar a criação da Taxa Única de Serviços Tributários, da Taxa de Fiscalização e Petróleo e Gás e da Taxa de Fiscalização de Energia Elétrica, com as quais o Estado pretende arrecadar R$ 2,4 bilhões este ano. A maior parte deste valor, R$ 1,8 bilhão, está relacionada à taxa sobre a produção de petróleo, que prevê a cobrança de R$ 2,71 por barril produzido no Estado. O Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) já havia anunciado interesse em questionar esta taxa, alegando que a medida é inconstitucional. Além disso, a Firjan se opõe ao aumento na parcela do ICMS destinada ao Fundo Estadual de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP), que passou de 1% para 2% e garante uma arrecadação extra de R$ 1,6 bilhão. Esta taxa não é cobrada sobre produtos que compõem a cesta básica e sobre o consumo de energia pela baixa renda. A entidade alega que a indústria do Rio já vem sofrendo com a crise econômica e perderá ainda mais quando as novas taxas e alíquotas entrarem em vigor. “Quase todos os setores (da indústria) apresentaram queda e os reflexos no mercado de trabalho foram imediatos, com 46,2 mil postos de trabalho fechados”, diz a nota. De acordo com o texto, as medidas jurídicas em estudo incluem entrar com representação de inconstitucionalidade no Tribunal de Justiça do Estado e solicitar à Confederação Nacional da Indústria (CNI) que proponha Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) no Supremo Tribunal Federal (STF). “Essas novas leis aumentam ainda mais o custo e trazem insegurança jurídica para a indústria, dois aspectos extremamente prejudiciais para o ambiente de negócios, principalmente levando-se em conta o momento da economia. Além disso, são medidas imediatistas. Temos um problema que precisa ser sanado através de soluções estruturadas”, diz o presidente do Conselho de Assuntos Tributários da Firjan, o empresário Sergei Lima. O pacote anunciado pelo governo do Rio inclui ainda a cobrança de ICMS sobre a produção de petróleo, que também será questionada pelo IBP. Hoje, o ICMS é cobrado apenas na venda dos combustíveis. Com dificuldades para fechar as contas, o governo Pezão parcelou o pagamento de 13º dos servidores e teve que repassar a gestão de dois hospitais para a Prefeitura do Rio.

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5 curiosidades sobre o imposto da cervejinha do fim de semana

Fonte: IOB. Talvez a bebida mais apreciada dos brasileiros, a cervejinha é presença garantida nos fins de semana do nosso verão tropical. Mas ela está cada vez mais cara, e isso se deve, em parte, a um aumento nos impostos. Apesar disso, há boas notícias para o setor. Reunimos aqui 5 curiosidades para quem aprecia uma loira gelada, e uma dica essencial para quem trabalha com a área contábil e fiscal de bebidas e cigarros. 1. São Paulo aumentou o ICMS sobre cerveja e cigarro Em 25 de novembro foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo a lei que prevê um aumento no ICMS de cervejas e cigarros, além da criação do Fundo Estadual de Combate à Pobreza, que na prática receberá recursos originados com mais uma sobrecarga na tributação. A partir de 22 de fevereiro deste ano, a cerveja terá o ICMS aumentado de 18% para 22% em SP. O cigarro terá ICMS aumentado de 25% para 32%, que valerá também para outros produtos de fumo. A legislação que regulamenta o ICMS é estadual, e varia em função da localização do fabricante. 2. Em Minas, as micro cervejarias recebem incentivo Um bom exemplo de como a legislação do ICMS varia em função do Estado é o incentivo que existe em Minas Gerais. Tendo em vista o grande crescimento das micro cervejarias, o Fisco mineiro concedeu crédito presumido do ICMS com o intuito de incentivar a produção. Na prática, o Fisco concedeu benefício de forma que a carga tributária resulte em 8% relativo às operações de vendas internas de cerveja e chope artesanais produzidos pelo próprio estabelecimento, desde que limitadas a uma produção anual de 3 milhões de litros. 3. No Nordeste, empresas também recebem incentivo Por meio do Prodepe (Programa para o Desenvolvimento de Pernambuco), um tradicional grupo cervejeiro recebeu incentivo do governo Pernambucano para instalação de uma fábrica em Itapissuma, distante 45 km de Recife. Houve redução do crédito presumido do ICMS em 85%, além de benefícios fiscais por parte do município, como redução da alíquota de ISS. Atualmente a região Nordeste representa 20% do mercado de cervejas do Brasil. 4. Regulamentação modificou a cobrança de impostos no setor Em janeiro do ano passado o governo publicou a Lei no. 13.097, alterando a forma de recolhimento do PIS e Cofins devido pela indústria cervejeira. Com a mudança, as alíquotas passaram a ser aplicadas sobre o preço de venda, e os produtos mais caros (as cervejas artesanais) teoricamente ficariam sobrecarregadas. Uma medida veio atenuar a situação em abril: o decreto no. 8.442, que definiu como cerveja especial aquela “que possuir 75% (setenta e cinco por cento) ou mais de malte de cevada, em peso, sobre o extrato primitivo, como fonte de açúcares”. Os fabricantes dos produtos especiais tem direito a redução de alíquotas que variam de 10% a 20%, em função do volume de produção.

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5. Como é no exterior? Pode ter certeza de que a cerveja tem uma carga tributária muito menor no exterior. Sites especializados relatam que nos Estados Unidos, por exemplo, parte dos impostos varia de acordo com as leis estaduais. As taxas totais da cerveja americana, somando os impostos federais e os impostos cobrados na venda ao consumidor, representam em média 10% do preço final da cerveja. Na União Europeia, o imposto é pago de acordo com o teor alcoólico da cerveja. Na Suíça, por exemplo, os impostos representam algo entre 13% e 17% do valor final de venda da cerveja ao consumidor.

PEC dá imunidade tributária às bicicletas de fabricação nacional

Fonte: Agência Senado. Aguarda relatório na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) proposta de emenda à Constituição (PEC27/2015) que altera o artigo 150 da Constituição para instituir imunidade tributária às bicicletas, suas partes e peças separadas de fabricação nacional. Na justificativa da PEC, o senador Eduardo Amorim (PSC-SE) destacou os benefícios econômicos, sociais e ambientais advindos da disseminação do uso da bicicleta como meio de transporte. Segundo ele, o uso da bicicleta reduz a incidência de doenças associadas ao sedentarismo e traz profundos impactos positivos na mobilidade urbana e no meio ambiente, já que ocupa menor espaço nas vias e não emite gases poluentes. Amorim citou dados da Abraciclo, entidade que representa o setor, para mostrar que, mesmo estando na quinta posição no mercado global de consumo de bicicletas, o Brasil tem desempenho tímido se for levado em conta o número de bicicletas per capita, ocupando apenas a 22º posição mundial. Para ele, os elevados preços das bicicletas no país, que derivam da alta carga tributária no setor, são os responsáveis por essa situação. — Por meio da PEC, é possível desonerar o setor não apenas dos tributos federais como também do ICMS, imposto estadual que isoladamente corresponde ao tributo de maior peso sobre a bicicleta — explicou.

Beneficiários não podem mais acumular auxílio-acidente com aposentadoria

Fonte: STJ. Trabalhadores que solicitarem a acumulação do auxílio-acidente com a aposentadoria terão os pedidos indeferidos caso a lesão e o início da aposentadoria tenham ocorrido após a mudança na legislação federal, em 1997, segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O tema já foi discutido em mais de 600 acórdãos no tribunal, dois acórdãos de repetitivos, além da edição da súmula 507. O entendimento dos ministros é que “a acumulação de auxílio-acidente com aposentadoria pressupõe que a lesão incapacitante e a aposentadoria sejam anteriores a 11 de novembro de 1997, observado o critério do art. 23 da Lei n. 8.213/1991 para

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definição do momento da lesão nos casos de doença profissional ou do trabalho” (súmula 507). A súmula menciona a data de novembro de 1997 porque o governo federal editou uma medida provisória, posteriormente convertida em lei, proibindo a acumulação dos benefícios. Em um dos acórdãos, o tribunal cita a possibilidade da cumulatividade de benefícios, observando a data dos pedidos. “A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça consolidou entendimento no sentido de que a cumulação de auxílio-acidente com aposentadoria é possível, desde que a eclosão da lesão incapacitante e a concessão da aposentadoria tenham ocorrido antes de 11/11/1997, data de edição da Medida Provisória 1.596-14/97, posteriormente convertida na Lei 9.528/1997”. Vale lembrar que, em casos como esse, o STJ julga de acordo com o procedimento previsto para os recursos repetitivos, já que há um entendimento pacífico para a situação. Apesar de ações e recursos referentes à cumulatividade do auxílio-acidente e da aposentadoria envolverem questões trabalhistas, a última instância de julgamento é o STJ, e não o Tribunal Superior do Trabalho (TST), visto que o tema versa também sobre direito previdenciário. Pesquisa Pronta A ferramenta oferece consultas a pesquisas prontamente disponíveis sobre temas jurídicos relevantes, bem como a acórdãos com julgamento de casos notórios. Embora os parâmetros de pesquisa sejam predefinidos, a busca dos documentos é feita em tempo real, o que possibilita que os resultados fornecidos estejam sempre atualizados. A Pesquisa Pronta está permanentemente disponível no portal do STJ. Basta acessar Jurisprudência > Pesquisa Pronta, na página inicial do site, a partir do menu principal de navegação.

Contribuição de 15% sobre notas de cooperativa de trabalho

Fonte: Receita Federal. Solução de Consulta 6006 Disit/SRRF06 DOU de 29/01/2016 ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias EMENTA: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. CONTRIBUIÇÃO DE 15% SOBRE NOTA FISCAL OU FATURA DE COOPERATIVA DE TRABALHO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº 595.838/SP. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o Recurso Extraordinário nº 595.838/SP, no âmbito da sistemática do art. 543-B do Código de Processo Civil (CPC), declarou a inconstitucionalidade – e rejeitou a modulação de efeitos desta decisão – do inciso IV, do art. 22, da Lei nº 8.212, de 1991, dispositivo este que previa a contribuição previdenciária de 15% sobre as notas fiscais ou faturas de serviços prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho. Em razão do disposto no art. 19

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da Lei nº 10.522, de 2002, na Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 1, de 2014, e na Nota PGFN/CASTF nº 174, de 2015, a Secretaria da Receita Federal do Brasil encontra-se vinculada ao referido entendimento. O direito de pleitear restituição tem o seu prazo regulado pelo art. 168 do CTN, com observância dos prazos e procedimentos constantes da Instrução Normativa RFB nº 1.300, de 20 de novembro de 2012, com destaque, no caso, para os arts. 56 a 59, no que toca à compensação. SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 152, DE 17 DE JUNHO DE 2015. DISPOSITIVOS LEGAIS: Código Tributário Nacional, art. 168; Lei nº 8.383, de 1991, art. 66; Lei nº 10.522, de 2002, art. 19; Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 1, de 2014; Nota PGFN/CASTF Nº 174, de 2015; Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 5, de 2015; Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 2013, art. 22.

Coordenação da OAB apresenta regulamentação para sociedade individual

Fonte: OAB. A Coordenação da Sociedade Individual dos Advogados da OAB encaminhou à diretoria do Conselho Federal proposta de provimento que regulamenta a sociedade unipessoal, projeto sancionado no começo deste mês. Também propõe a alteração do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB para prever a nova figura. O plenário irá votar as medidas na próxima sessão. A resolução proposta altera o Regulamento Geral nos artigos e no capítulo que dispõem sobre sociedade de advogados, passando a incluir o termo “sociedade individual de advocacia”, que terá os mesmos direitos e as mesmas obrigações das sociedades formadas por mais de um sócio. O provimento a ser editado trará todas as regras para registro e atuação das sociedades individuais. O documento seguirá a mesma linha do Provimento n. 112/2006, que dispõe sobre sociedade de advogados, sendo feitas apenas adequações. Tais medidas também servirão para organização e orientação dos Conselhos Seccionais da OAB, responsáveis pelos registros de sociedades. Para o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, as medidas beneficiarão milhares de advogados. “A sociedade individual permitirá que os colegas que desejam atuar sozinhos possam usufruir de vantagens antes restritas às bancas com mais de um sócio. Esta é uma grande vitória para a classe e fico feliz de somá-la a outras conquistas da atual gestão”, afirmou. Segundo explica o presidente da Coordenação da Sociedade Individual dos Advogados da OAB, José Horácio Halfeld Rezende Ribeiro, a única distinção entre a sociedade unipessoal e as outras é o número de sócios. “A criação da sociedade individual permitirá que a maioria dos profissionais possa ter maior estruturação e acesso a benefícios, que são não apenas tributários mas como linhas de crédito e outros instrumentos para o melhor exercício da profissão”, explica.

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Pelas estimativas da Ordem, existem hoje no Brasil cerca de 40 mil sociedades de advogados. Em um universo de mais de 900 mil profissionais, a grande maioria atua individualmente, podendo agora se organizar melhor. “A Lei 13.247/16 dá o fundamento jurídico principal, cabendo à OAB não só sua organização como também estimular os advogados a aderirem ao modelo”, diz José Horácio. Leia neste link a proposta de Resolução. Leia neste link a proposta de Provimento.

Executiva de vendas não consegue reconhecimento de vínculo de emprego com Avon

Fonte: TST. A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho não conheceu de recurso de uma executiva de vendas da Avon Cosméticos Ltda. contra decisão que negou o reconhecimento de vínculo de emprego. No caso dos autos, o Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região, com base nos fatos e provas, concluiu válido o contrato comercial firmado com a empresa e a natureza autônoma da prestação de serviços. A mudança deste entendimento exigiria o reexame do conjunto probatório, vedado pela Súmula 126 do TST. A trabalhadora apresentou reclamação trabalhista após ter sido dispensada por não ter cumprido as metas impostas pela Avon. Ela afirmou que foi admitida como “executiva de vendas”, sem anotação da CTPS, recebendo como remuneração as comissões sobre suas vendas e as das revendedoras cadastradas. Em sua defesa, a Avon alegou que a trabalhadora agia de forma totalmente autônoma, num sistema de venda direta. Após analisar os fatos e ouvir os depoimentos, o juízo de primeiro grau julgou procedente o pedido e reconheceu o vínculo de emprego. Ele entendeu que a Avon não comprovou que a relação jurídica era de prestação de serviços, e não de emprego, e considerou que a cobrança de metas, punição em caso de não cumprimento, ausência de autonomia e existência de pessoalidade são características de uma relação de emprego. O TRT-ES, porém, reformou a sentença, acolhendo a argumentação da empresa de que a relação era puramente comercial. Segundo a empresa, a trabalhadora se cadastrou, por livre iniciativa, como revendedora e, também por decisão própria, entrou para o programa de executivas de venda. “É fato público e notório que as vendedoras de porta a porta de produtos cosméticos não trabalham de forma subordinada”, destaca o acórdão regional. “Se supostamente tinha metas é porque a si interessava, e se arregimentava novas revendedoras, se as coordenava e as treinava, é porque lucrava com o trabalho delas”. No recurso ao TST, a executiva de vendas apontou contradição entre o contrato de comercialização e o Manual de Negócio do Programa Executiva de Vendas, pois o manual demonstra que há subordinação jurídica e que a sua principal função era captar novas revendedoras, treiná-las e acompanhar as vendas.

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Ao avaliar o caso, o ministro Alexandre Agra Belmonte citou trecho da decisão do TST no sentido de que a executiva “não só agia com total liberdade, sendo senhora de si mesmo e de sua própria agenda, como também assumia os riscos da atividade empreendedora, pois deixaria de receber caso suas revendedoras deixassem de vender”. Diante dessa conclusão, o relator explicou que, para se chegar a entendimento contrário, seria necessário o reexame de fatos e provas, vedado pela Súmula 126. O ministro Mauricio Godinho apresentou voto divergente, mas ficou vencido. Na sua avaliação, a trabalhadora não era uma simples revendedora, mas sim uma “executiva de vendas”, que tinha obrigações e era subordinada à Avon. “Uma executiva de vendas encontra-se inserida na dinâmica empresarial, participando mais ativamente dos processos de comercialização dos produtos, arregimentando clientes e outras vendedoras”, destacou. Processo: RR-17600-93.2013.5.17.0191

Anotações na carteira de trabalho agora serão emitidas em cartão de registro profissional

Fonte: CNM. A partir desta quarta-feira, 27 de janeiro, quem desejar fazer anotações de registros profissionais na carteira de trabalho encontrará mudanças importantes. Agora a concessão do registro profissional não será mais realizada com anotações nas Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS), e sim por meio da emissão de cartão de registro profissional. Um dos motivos para esta mudança foi aumentar a velocidade do pedido de registro profissional pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS). Além disto, a segurança será aprimorada e será fornecido mecanismos hábeis de comprovação do registro profissional. Os solicitantes de registro profissional que tiveram o pedido deferido devem acessar o Sistema Informatizado de Registro Profissional (Sirpweb) para imprimir o cartão. Já os interessados em verificar a autenticidade e a veracidade das informações constantes no cartão de registro profissional podem obter a certificação junto ao MTPS por meio do Sirpweb. Acesse aqui o Sirpweb.

Faltas justificadas impedem auxiliar de farmácia de receber participação nos lucros e resultados

Fonte: TST. Por exceder o número de faltas estabelecidas em acordo coletivo, uma auxiliar de farmácia da Raia Drogasil S.A. não receberá a parcela relativa à participação nos lucros e resultados (PLR) da empresa. A norma coletiva prevê percentuais de

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redução de até 100% no pagamento de PLR aos empregados com mais de dez faltas, justificadas ou não, em um ano. O argumento da trabalhadora, ao recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho, foi o de que as faltas eram justificadas, mas isso não conseguiu mudar o resultado da decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP), que negou o pedido anteriormente. Ela sustentou que a norma coletiva, ao condicionar a concessão da verba à inocorrência de faltas, mesmo que justificadas, “gera um conflito com a previsão legal, uma vez que a própria legislação permite o abono da falta, com o recebimento de salários”. Ao julgar o caso, a Segunda Turma do TST não conheceu do recurso de quanto a esse tema específico. O relator, ministro Renato de Lacerda Paiva, considerou que não havia possibilidade de examinar o mérito da questão, uma vez que, conforme o Tribunal Regional, o acordo coletivo que instituiu e regulamentou a PLR condicionou seu pagamento ao cumprimento de metas de vendas, adotando percentuais de redução na distribuição dos resultados aos empregados com faltas justificadas ou não, até o percentual de 100% aos empregados com mais de dez faltas no período de um ano, como no caso da auxiliar. Dentro desse contexto fático, portanto, a decisão está de acordo com o artigo 7º, inciso XXVI, da Constituição da República, que confere validade aos acordos e convenções coletivas. Processo: RR-1966-37.2012.5.02.0441

O ano dos M&A 'estressados'

Por João Carlos A.C. de Mendonça e Renato Brandão para o Valor Econômico. O ano de 2015 no Brasil foi marcado por uma série de eventos e índices negativos. Um ano repleto de manchetes sobre a queda do PIB, a alta da inflação, a desvalorização do real, a operação Lava-Jato, a possibilidade de impeachment e o rebaixamento da nota de crédito do país por uma segunda agência internacional de avaliação de riscos. Não bastasse a crise econômica, observamos também o agravamento da crise política. Toda crise, porém, traz oportunidades, a exemplo do aumento da quantidade de operações de M&A (fusões e aquisições), em especial "distressed M&A". Expressão até então pouco conhecida no Brasil e amplamente utilizada nos Estados Unidos e na Europa, trata-se de uma operação de fusão ou aquisição de empresa ou ativo em estresse financeiro, marcada por seguir um rito próprio e pelo fato de estar diretamente ligada ao processo de restruturação do vendedor. No Brasil, esse tipo de operação acabou ganhando outras facetas em virtude do atual cenário econômico e político. Algumas empresas acabaram tendo uma nova forma de "estresse". Os avanços da operação Lava-Jato criaram algumas operações atípicas de Distressed M&A. Seja pela restrição dos bancos em financiar operações de empresas ou grupos econômicos investigados, seja pela crise de confiança dos investidores ou até mesmo por problemas de compliance. Fato é que empresas até ontem muito saudáveis,

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viram-se diante de uma situação de "estresse" na qual lhes restou o caminho da recuperação judicial com venda de seus ativos, como forma de viabilizar a perpetuidade da empresa. As operações típicas de distressed M&A também ganharam força em virtude de fatores externos como desvalorização do real, escassez de crédito, alta da taxa de juros. Fatores que serviram para "estressar" empresas até então saudáveis, restando poucas alternativas para injeção de capital. Foi dessa maneira que passamos a ver excelentes ativos começando a ser negociados por bons preços e condições. Começou-se a colocar em prática a famosa recomendação de Warren Buffett "nunca desperdice uma boa crise". Os investidores de médio e longo prazo passaram a ver com bons olhos as empresas e ativos "estressados". Eles sabem que as crises são cíclicas e não ignoram o fato do Brasil ser a 8ª economia do mundo, ter um enorme mercado consumidor, uma população de mais 205 milhões de pessoas e um território de proporções continentais. Neste contexto, restou aos profissionais de M&A a tarefa de unir a vontade dos acionistas e credores de empresas estressadas com os anseios dos investidores, ávidos por ativos com preços reduzidos e com o menor risco. Estamos falando tanto de investidores locais e estrangeiros, quanto de fundos de investimento especializados em ativos estressados ("distressed assets"). Mas engana-se quem trata a operação de distressed M&A como uma transação regular de M&A. Por serem operações diferenciadas e seguirem um procedimento próprio, projetos com ativos estressados exigem uma postura orientada para o negócio e apoio de alguém qualificado para entender a dinâmica de reestruturação da empresa sob estresse. É preciso uma certa dose de apetite ao risco e saber se valer de todo o ordenamento jurídico para proteger o cliente no pós-aquisição. Uma das ferramentas mais eficazes e disponíveis para os compradores, considerando a compra de ativos estressados, é realizar essa compra no contexto da recuperação judicial. O artigo 60 da Lei de Falência (Lei nº 11.101/05) possibilita a alienação do ativo livre de qualquer ônus e sem sucessão do adquirente, desde que aprovado no plano de recuperação judicial. Este dispositivo legal acaba sendo uma luz no fim do túnel para a empresa em recuperação judicial, para os credores e finalmente para o investidor adquirente. A possibilidade de venda de uma Unidade Produtiva Isolada (UPI) acabou, dessa forma, viabilizando as operações de distressed M&A no Brasil. É difícil mensurar com precisão quanto das mais de 700 operações de M&A realizadas em 2015 foram feitas valendo-se do artigo 60, mas é fato, que inúmeras transações foram viabilizadas dessa forma e muitas ainda estão em andamento. O trabalho em conjunto dos advogados de M&A com os de insolvência e recuperação judicial é fundamental para a viabilização da operação e sua aprovação pela assembleia de credores e pelo juízo da recuperação judicial. Essa forma de M&A que fez sucesso em 2015, muito provavelmente fará sucesso em 2016.

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As conjunturas política e econômica indicam que 2016 será também um ano de oportunidades para quem quiser criar valor e construir riquezas por meio de aquisições. Os que conseguirem adquirir empresas e ativos em linha com suas estratégias de médio e longo prazo terão a possibilidade de emergir mais sólidos e lucrativos no momento de retomada da economia. Por isso, é importante estar de olhos abertos para não deixar uma boa oportunidade passar. O boletim jurídico da BornHallmann Auditores Associados é enviado gratuitamente para clientes e usuários cadastrados. Para cancelar o recebimento, favor remeter e-mail informando “CANCELAMENTO” no campo assunto para: <[email protected] >.