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DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 QUARTA-FEIRA 7 DE JANEIRO DE 2015 ANO XV Nº 3246 hojemacau GONÇALO LOBO PINHEIRO PUB PUB AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB Na minha pasta não há lua de mel ALEXIS TAM SECRETÁRIO PARA OS ASSUNTOS SOCIAIS E CULTURA O novo Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura não tem medo de traçar objectivos, nem da vastidão da sua pasta. Garante que tem experiência das áreas que agora tutela e promete mudanças rápidas e significativas. Para além disso, quer ver Macau como o grande centro de formação da Ásia em Língua Portuguesa. PÁGINA 19 CHINA PÁGINA 14 SOCIEDADE PÁGINA 5 ECONOMIA Lionel Leong promete acção ÓCIOS & NEGÓCIOS A loja onde há (quase) tudo WASHINGTON Bandeira de Taiwan irrita Pequim PÁGINAS 2-5

Hoje Macau 7 JAN 2015 #3246

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Hoje Macau N.º3246 de 7 de Janeiro de 2015

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Director carlos morais josé www. hoj emacau .com . mo Mop$10 q ua r ta - f e i r a 7 D e j a n e i r o D e 2 0 1 5 • a n o X V • n º 3 2 4 6

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“Na minha pasta não há lua de mel”

Alexis TAm secreTário pArA os AssuNTos sociAis e culTurA

O novo Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura não tem medo de traçar objectivos, nem da vastidão da sua pasta. Garante que tem experiência das áreas que agora tutela e promete mudanças rápidas e significativas. Para além disso, quer ver Macau como o grande centro de formação da Ásia em Língua Portuguesa.

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hoje macau quarta-feira 7.1.20152 entrevista

A megapasta não lhe faz impressão porque se trata de um regresso ao passado. Alexis Tam parece incarnar a vontade deste novo Executivo: solucionar os problemas da população e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos

Alexis TAm, secreTário pArA os AssunTos sociAis e culTurA, promeTe grAndes mudAnçAs nAs suAs áreAs

Joana [email protected]

Ficou com uma das pastas mais difíceis do Governo, nomeadamente no número de tutelas. Por que aceitou este desafio? Para mim é uma honra. Quem me convidou para ficar com esta pasta foi o Chefe do Executivo. As pessoas dizem que esta pasta é muito difícil. Muito difícil e muito variada, mas eu já a conhecia, porque há 15 anos comecei a traba-lhar para Chui Sai On e, na altura, ele era Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura e convidou-me para ficar como Chefe de Gabinete. Comecei por aí. Na altura, também foi bastante difícil devido à transferência de soberania, porque comecei a trabalhar ainda antes de 1999. Montei o gabinete do Secretário. Para mim, na altura, era ainda mais

difícil, porque não tínhamos nada e, no tempo da admi-nistração portuguesa, havia mais Secretários. Depois da transferência, o número foi reduzido para cinco e o Chefe [do Executivo] ficou com esta pasta, que já era a mais difícil. Mas, como tra-balhei para ele – dez anos na área [dos Assuntos Sociais e Cultura] e cinco anos como chefe do Gabinete do Chefe do Executivo –, posso dizer que conheço bastante bem esta pasta. Ajudei o Chefe [do Executivo] a montar esta área e, a partir daí, ganhei experiência. Posso dizer que não sinto dificuldade. Sei que são muitas coisas, mas com a nossa equipa e como conheço as matérias há 15 anos, penso que não será tão difícil como as pessoas pensam.

Já tem então os diagnós-ticos feitos em relação às várias áreas?

Sim, já. Aliás, antes da tomada de posse já pensei e fiz a minha análise. Posso dizer que, desde primeiro dia que comecei a trabalhar aqui, na minha pasta não há lua de mel. E já temos diag-nósticos, sabemos quais as áreas com mais problemas, como a Saúde.

Essa foi, aliás, a sua priori-dade na apresentação oficial como Secretário. Em que aspectos exactamente tem a Saúde de ser melhorada?

Bom, muitas coisas. Pri-meiro, a área da Saúde está ligada ao bem estar da população e, aqui em Ma-cau, por acaso temos uma política bastante favorável aos cidadãos. Cerca de 80% da população está sujeita aos cuidados de Saúde gratuitos. As pessoas pro-curam ajuda do Governo sem pagar ou sem pagar muito. Como acham que os cuidados de Saúde não são caros, toda a gente os procura...

A esse nível podemos des-tacar algo positivo, mas considera que, em termos de qualidade, a saúde da RAEM está realmente de acordo com níveis inter-nacionais?Digamos que os cuida-dos de saúde básicos são bastante bons. Não é o Alexis Tam a dizer isso, é a Organização Mundial de Saúde (OMS), que já o dis-se muitas vezes. Também não podemos negar que os números estatísticos de morte de bebés, por exem-plo, é muito muito baixo. A esperança de vida também é bastante alta...

Mas, senhor Secretário, a apreciação que foi feita pela OMS compara Ma-cau com outros sistemas de saúde da região. Mas, como cidade com um PIB tão elevado, não podemos comparar-nos com as Fi-

“dentro de cinco anos, o sistema de saúde vai ser diferente”

Hoje em dia, os médicos já não têm tanta vontade de vir para cá trabalhar. Há 15 anos, (...) convidámos médicos de Xangai e Pequim que não ganhavam tão bem quanto os médicos de Macau, mas hoje em dia é tudo diferente

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lipinas ou com a própria China continental. Concordo perfeitamente e é isso que temos de fazer. Os cuidados de Saúde para a população são bons, mas claro que temos de melhorar. A saúde de especialização, por exemplo, sabemos que é preciso melhorar. Também sabemos que as pessoas têm de esperar muito tempo, as listas de espera são muito longas, faltam médicos es-pecialistas, falta pessoal... Isso eu sei muito bem.

Pegaria por aí também: os números da OMS também nos indicam que o rácio de enfermeiras por residente é baixo, que o rácio de ca-mas é baixo e que há falta de médicos. É assim tão difícil contratar profissio-nais de saúde para Macau? Há necessidade de Macau estar assim? As pessoas têm toda a ra-zão. Também já disse isso e já falei com o director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion. Chamei-o ao meu gabinete e falei várias coisas com ele sobre o que quero para resolver os problemas do hospital. Hoje em dia, o mercado no sector privado é bastante bom e os médicos podem ganhar muito mais dinheiro. Alguns já deixa-ram os lugares no hospital. Quatro abriram as suas clínicas privadas. Hoje em dia, os médicos já não têm tanta vontade de vir para cá trabalhar. Há 15 anos, acompanhei o dr. Chui Sai On a Pequim, fomos visitar o Ministério da Saúde de China e foi assinado um protocolo de cooperação. Convidámos médicos de Xangai e Pequim para virem trabalhar para cá e, na altura, os médicos chineses não ganhavam tão bem quanto os médicos de Macau, mas hoje em dia é tudo diferente. E em Portugal é o mesmo.

Há quem diga que o am-biente no hospital não é o ideal para trabalhar. O que pensa fazer para mudar isso? Vai haver mu-danças na área da Saúde, por exemplo, ao nível da direcção? O director está lá há muito tempo...

Exacto. Gosto de fazer as-sim: não vou retirar as pes-soas que já lá estão. Quero, primeiro, tentar ajudá-los a melhorar. Se não conse-guirem... desculpem. Já fiz o melhor possível e tentei.

Em relação ao novo hos-pital: no Cotai, um casino nasce num espaço muito curto, mas o hospital anda há anos para ser construí-do. Planeia acelerar estas obras?Sim, quero fazer isso. Fui muito firme e algumas pes-soas até se riram e disseram que era impossível, mas eu digo: dentro de cinco anos, o sistema de saúde vai ser diferente. Nos próximos cinco anos, vai ser uma era brilhante para a construção do sistema de saúde. Uns dizem que sou corajoso, ambicioso mas, sendo ou não, não importa. Esse é o objectivo e isso é que é importante. Farei tudo possível para construir este complexo de cuidados de saúde nas ilhas. Para mim é fundamental.

Mas como é que podemos justificar estes atrasos perante a população? O que se passa para que esta construção esteja tão atrasada? Estou muito triste e já disse isso ao dr. Chui Sai On. É impossível. Há cinco anos fomos visitar o espaço, já tínhamos terreno e aqui, neste território, os recur-sos financeiros não faltam. Também posso dizer que não percebo. O problema é que eles não são gestores. Este é o verdadeiro proble-ma. As pessoas da direcção dos Serviços de Saúde têm dificuldades em gerir a casa, não são bons gestores. Se calhar são muito profissio-nais na área da Saúde, mas não são como nós. A minha formação é Gestão e, para mim, um bom gestor tem de formular e depois mandar executar e implementar um plano.

Podemos, então, contar que neste durante o seu mandato vamos assistir a um implementação mais rápida das necessidades

Gosto de fazer assim: não vou retirar as pessoas que já lá estão. Quero, primeiro, tentar ajudá-los a melhorar. Se não conseguirem... desculpem. Já fiz o melhor possível e tentei

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hoje macau quarta-feira 7.1.20154 entrevista

reais? É uma promessa que faz à população? Exactamente, mas dentro do meu alcance. O meu plano está traçado, mas temos de deixar, claro, os serviços competentes im-plementarem as medidas. A construção do hospital das ilhas em si não é da minha responsabilidade.

Mas pode exigir que seja feito. Sim, exactamente.

Qual o conceito que tem para a Saúde em Macau? Saúde gratuita ou entende que as pessoas devem ir mais aos hospitais privados? Para mim a saúde gratuita é fundamental. Esta política já existe e não a vou mudar. A população merece ter um sistema de cuidados de Saúde grátis, porque temos tanto dinheiro... A nova geração já tem dificuldades em ad-quirir casa. Para mim, como governante, esta política de cuidados de saúde gratuitos deve existir. Aliás, fazer melhor, para proporcionar os melhores serviços pos-síveis aos nossos cidadãos. Já falei disto com o director dos Serviços de Saúde. Te-mos meios financeiros, não só para a Saúde, como para outras áreas, como a assis-tência social. Não podemos deixar-nos ficar atrás de ou-tras cidades vizinhas, como Hong Kong e Taiwan. Pelo menos, temos de estar iguais ou melhor que eles. Este é o meu objectivo e vou conse-guir atingi-lo. Cuidados de saúde primários já temos e bons. Agora falta o novo hospital e melhorar o sistema.

É sugerida muitas vezes a coordenação entre o público e o privado, até porque hospitais como o Kiang Wu e o da MUST recebem avultadas quan-tias de dinheiro. Neste momento, temos de procurar assistência no sector privado. Não apenas destes hospitais, mas de outras clínicas, como a da FAOM. Porque há proble-mas na gestão do hospital [Conde de São Januário] e nos Serviços de Saúde. Tam-bém há problemas na nossa legislação. Por exemplo, para recrutar mais médicos, os candidatos têm de fazer concursos, exames... Se as pessoas não estão contentes com os resultados podem recorrer. Isto demora tempo. Para recrutar um médico leva, pelo menos, um ano e tal. Um ano e meio. É muito

tempo. Não dá. Já disse que isto é impossível e que temos de arranjar outras soluções, por exemplo, com a ajuda de outras clínicas privadas. Não falo só do Kiang Wu, porque se calhar eles tam-bém não estão interessados. Mas há outras clínicas e médicos; temos de procurar o seu apoio e eles receberão dinheiro, claro. Temos de deixar os pacientes procurar o sector privado porque, por enquanto, não conseguimos absorver todos.

Educação. Começaria por lhe perguntar sobre a reforma curricular no Ensino Básico e o Regime de Avaliação do Ensino Superior. Ambos incluem a educação patriótica e o ensino do amor à Pátria e a Macau, o que levantou al-gumas dúvidas da parte de académicos e deputados. Temos de nos preocupar com esta educação patrió-tica, quando isto vai ser um dos pontos de avaliação das universidades, incluindo para financiamento? Não. Penso que talvez esse receio exista por vocês não serem chineses. Não conhe-cem bem a cultura chinesa.

Mas, para nós enquanto chineses, isso já é tradição. A comunidade chinesa não vai levantar este problema...

Mas são deputados e acadé-micos chineses que frisam isto como um problema. De certeza que não são locais. Talvez venham de fora, de Hong Kong ou têm formação diferente da nossa. Mas para nós em Macau é natural e as pessoas não se preocupam com isso. E qual é o mal? Os portugueses também gostam do seu país.

A questão não é essa, até porque o patriotismo do povo de Macau nunca esteve em causa. Contudo, até que ponto é que numa universidade – ensino su-perior – esse patriotismo pode impedir a ciência. Nomeadamente, assuntos ligados à Ciência Política e a assuntos sociais.Não é preciso ter essa preo-cupação.

Macau vai manter-se enraizado no segundo sistema? Liberdade de expressão...Sem dúvida que vai con-tinuar. Como governante,

tenho de dar esse exemplo: temos de continuar com todas as liberdades. Nada vai mudar. Para fazer outro tipo de mudanças ainda vai levar algum tempo e estamos abertos às opiniões dos aca-démicos.

O que podemos esperar do desenvolvimento do ensino em Macau? Mais cursos superiores? Não temos cursos de Medicina, de Artes... Vamos ter, vamos ter. Isso é muito importante. Na área de Belas Artes vou investir mais.

Passamos para a Cultura. É normal cada país/região ter a sua companhia de dança e de teatro. Em Ma-cau, temos uma orquestra, mas nada mais. Pensa fazer alguma coisa nesta área?Penso. Temos de saber, contudo, que Macau é pe-queno. Quero ajudar nisto. Na faculdade fiz parte da [companhia] de teatro, em Taiwan. Gosto do sistema de Taiwan, é muito diversifi-cado. As indústrias criativas

Investidores, técnicos... Em Hong Kong, existe esta área porque já vem de trás, há mercado. Os realizadores de cinema fugiram da China para lá. Finalmente, Macau consegue fazer algo, faze-mos um filme, dois... Mas se essas pessoas se tornam fa-mosos, não ficam em Macau. Não se consegue sustentar uma indústria. Vamos tentar ajudar, temos um fundo para o desenvolvimento destas indústrias. O Governo apoia, mas não há ainda resultados.

Mas há quem diga tam-bém, deputados e can-didatos, que os critérios para acesso a esses fundos são demasiado exigentes e muito difícil conseguir obtê-los. Como é que as pessoas de Macau que estão a começar podem conseguir isto? Eles precisam de apoio do Governo e podemos aju-dar, mas têm de saber que vão correr riscos. Só uma pequena percentagem tem sucesso, por causa do mer-cado. Espero que os nossos artistas tenham sucesso, mas a realidade é que não é fácil.

Os eventos organizados em Macau optam, muitas vezes, por trazer artistas e empresas de fora ao invés de chamar os locais, fechando-lhes até a porta. Podemos esperar mais eventos destinados aos talentos locais? Essa questão depende. Estas áreas têm poucos profissionais. Temos vários festivais hoje em dia e convidam-se empresas de fora, de Hong Kong, por exemplo, porque os de cá não são tão bons devido ao mercado. Mas é tudo ligado a empresas locais e estas ‘joint ventures’ são boas para se desenvolverem as capacidades dos nossos.

Sobre o património. É necessário fazer mais pela sua protecção e valoriza-ção? Estou muito satisfeito com o trabalho do presidente do Instituto Cultural. Pensamos da mesma forma: temos de proteger o nosso património, a nossa cultura. Não pode-mos, nem permitirei, que se deixe estragar. Se não, sem ele, Macau é como uma qual-quer outra cidade da China. Vamos continuar a valorizar as políticas de preservação.

Acontece muitas vezes em que o Governo toma conta fisicamente deste patrimó-

As pessoas da direcção dos Serviços de Saúde têm dificuldades em gerir a casa, não são bons gestores. Se calhar são muito profissionais na área da Saúde, mas não são como nós

Como governante, tenho de dar esse exemplo: temos de continuar com todas as liberdades. Nada vai mudar. Para fazer outro tipo de mudanças, ainda vai levar algum tempo e estamos abertos às opiniões dos académicos

de lá são um grande sucesso, mas eles também têm mais pessoas.

Mas Macau também tem esse talento.Tem, mas não é suficiente. Não vou negar isso. Somos poucos, comparando com outras cidades. Temos de ser realistas. Somos 620 mil pessoas e 160 mil estão fora. Temos alguns talentos, o que é muito bom. Mas compara-tivamente não.

Na área da indústrias criativas, o ‘feedback’ que temos é que é muito complicado para os talen-tos de Macau consegui-rem chegar ao Governo, apresentar as ideias. Um residente da RAEM não consegue chegar ao Insti-tuto Cultural, ao IACM... É uma questão realista. Mas há algo que as pessoas não sabem. A palavra ‘indústria’ tem de envolver muitas pessoas, não apenas um artista ou outro. Para fazer uma indústria não é só ‘blá blá blá’. Envolve muitos factores: talentos e capital.

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a LEXIS Tam tem planos para a Língua Portu-

guesa e esses não pas-sam apenas por mantê--la apenas como uma das línguas que podem ser aprendidas em Ma-cau. À conversa com o HM, o Secretário para os Assuntos So-ciais e Cultura assegura que quer transformar a RAEM “num centro de formação de Língua Portuguesa”.

O plano está traçado. “Vou investir mais na área da formação da Língua Portuguesa e já falei com vários serviços sobre isso, incluindo o IPOR e o cônsul Vítor Sereno”, começa por dizer Alexis Tam. “Que-ro tornar Macau num Centro de Formação de Língua Portuguesa.”

O Secretário admite que, para aprender Por-tuguês, é obviamente melhor ir para Portugal, mas Macau tem todo o potencial para ser o lo-

nio, mas não lhe dá uso. Há ideias para o fazer? O Governo tem meios finan-ceiros e, nas zonas e bairros antigos, podemos arranjar as casas e lojas e arrendarmos para artistas, como o Centro de Design. Para revitalizar essas áreas, tal é bom e inte-ressante. O Instituto Cultural e os Serviços de Turismo podem colaborar e até criar caminhos para essas zonas.

Podemos esperar também mais espectáculos nos bairros antigos, concertos?Sim, vamos colocar isso nos planos do Governo. Tive sorte, porque estudei em Glasgow e, todos os anos, há espectáculos fan-tásticos. Já estive lá várias vezes e gostei do ambiente, dos artistas, dos concertos dentro de casas, nas ruas... Sim, poderemos ver isso acontecer em Macau.

Na área do Turismo, vemos que as ruas de Macau não estão preparadas para ter tantos turistas. Podem existir até problemas de segurança. Pensa nisto? Limitar os turistas está fora de questão? Penso. Vemos tantas pessoas na San Ma Lou e as pessoas têm receio. Os turistas não têm apenas de ficar em Ma-cau, podem ir para a Ilha da Montanha. Reduzir o nú-mero? Pessoalmente, penso que devemos fazer qualquer coisa. Mas, de acordo com estudos do IFT, diz-se que Macau ainda consegue re-ceber mais turistas.

Mas as infra-estruturas no centro da cidade não estão preparadas para este número de pessoas. E eles vão continuar a vir. Devemos ponderar esta questão. Mas já não está tão mal, porque o Governo Central também já parou as políticas de emissão de visto individual e, por enquanto, o número não se vai agravar.

Gostávamos de falar de um serviço que teve a seu car-go: o de porta-voz. Houve melhorias nestes últimos tempos, mas continuam a existir problemas em con-seguir obter respostas da parte do Governo. Como encarregado deste sistema,

perguntamos: há realmen-te uma genuína vontade de comunicação com os média, ou há assuntos que ainda permanecem tabu e sobre os quais o Governo não gosta de dar detalhes? A ideia foi do Chefe do Executivo, porque ele quer que a nossa administração seja aberta e transparente, mais próxima da população. Para mim, a política é muito clara: as pessoas do Governo têm de comunicar mais com a população. Claro: através dos média. Começou por nós [gabinete do Chefe do Executivo] e fizemos o me-lhor possível. Mas também depende da vontade dos responsáveis [das tutelas]. Infelizmente, também de-pendia dos Secretários e di-rectores. Mas vai melhorar, pelo menos na secretaria dos Assuntos Sociais e Cultura, porque já dei ordens para isso. Tive reuniões com os directores da minha tutela e avisei que todos têm de responder. Vai funcionar e vai funcionar bem.

Também tinha a seu cargo as relações entre Macau e Taiwan. Qual é o ponto da situação?Fiquei muito satisfeito comi-go e com os meus colegas, porque em cinco anos con-seguimos montar um dele-gação económica de Macau em Taiwan. Começámos a negociar com o Governo de Taiwan e com o Governo Central. Ficámos no meio porque, como se sabe, há assuntos delicados.

Mas Macau tem ajudado a relação entre Pequim e Taipei?Esse foi o meu trabalho e ambos os governos o reco-nheceram. As políticas entre Taiwan e continente devem ser debatidas em Macau pri-meiro, começar por Macau primeiro, enquanto RAE. Fizemos a delegação lá e eles têm uma aqui. Ora isso

porTuguês Alexis TAm quer TrAnsformAr mAcAu em cenTro de formAção

“Vai ser muito diferente daqui para a frente”

cal perfeito para o ensino da língua lusa. E Alexis Tam assegura que não vai ficar de braços cruzados.

“Nesta região, para aprender Português, tem de ser Macau. Isso posso garantir. Vai ser muito di-ferente daqui para a frente, pelo menos durante o meu mandato.”

Investir mais e criar mais cursos são os ob-jectivos do responsável, que admite ter já falado com instituições de ensino superior como o Instituto Politécnico de Macau, a Universidade de Macau, a Universidade de São José

e a Universidade Cidade de Macau.

“Temos de arranjar mais professores e recrutar mais alunos da China continental. Isto é fundamental”, refere Alexis Tam, que explica ainda que a ideia é que instituições como a Casa de Portugal absorvam estes formados. Por um lado, porque precisam de recursos humanos, por outro porque também os alunos precisam de ajuda para desenvolve-rem as capacidades.

“É fundamental e é bom, porque os alunos chineses têm de conviver com por-tugueses.”

Alexis Tam, que assu-miu o cargo que pertencia a Cheong U há menos de dez dias, está confiante que Ma-cau “tem todas as condições” para ser o centro de formação do Português na Ásia. E não tem dúvidas.

“Antes, se calhar, as pessoas não queriam fazer ou não fizeram. Mas eu, com certeza, vou concretizar este projecto. Com certeza vai ser cumprido.” - J.F.

A palavra ‘indústria’ tem de envolver muitas pessoas, não apenas um artista ou outro. Para fazer uma indústria não é só ‘blá blá blá’. Envolve muitos factores: talentos e capital

não existe na China. Macau fala directamente com o Governo de Taiwan. Hong Kong não. Aliás, eles já vieram aprender connosco.

Então Macau continuará a desempenhar um papel de ligação com Taiwan. Sim.

Um assunto que pertence à área dos Assuntos Sociais e é recente: a violência doméstica. O Governo optou por criminalizar a violência em casos graves. Esta foi a melhor proposta de lei que poderia ter sido apresentada? Lamento que ainda não tenha estudado a fundo esta área. Mas vou fazê-lo, até porque tenho de apresentar esta pro-posta à AL. Mais tarde, posso falar sobre o assunto. Mas, por princípio, sou contra. Acho que é horrível, todos os membros de uma família têm de ser respeitados. Sou contra qualquer violência, mas em casa ainda é pior. Vou prestar atenção, mas ainda preciso de estudar a fundo a lei. Mais tarde vou falar sobre o assunto.

Na administração anterior havia mais secretarias. De-pois, foi tudo comprimido, nomeadamente na sua pas-ta. Considera razoável ter, na sua tutela, seis pastas? São seis ministérios: Tu-rismo, Educação, Saúde, Desporto, Cultura e Serviços Sociais. E não só. Um outro muito importante que é o das associações (risos). O número de Secretários não é importante. Em Hong Kong, só há três.

Mas tiraria algo da sua tutela? Falou-se na pos-sibilidade de o Turismo sair para a Economia e Finanças.A nossa tutela tem de acom-panhar, formular as políticas e eles executam-nas. A transferência do Turismo não vai acontecer. Tudo fica na mesma secretaria e isso é bom, porque está tudo ligado. Quero juntar mais o Desporto ao Turismo. É mais conveniente e ideal para mim que a mesma secretaria tenha estes serviços.

Para mim, a política é muito clara: as pessoas do Governo têm de comunicar mais com a população. Claro: através dos média

“Temos de arranjar mais professores e recrutar mais alunos da China continental. Isto é fundamental”

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hoje macau quarta-feira 7.1.20156 política

AndreiA SofiA [email protected]

E stá finalmente pronta para análise e votação na Assembleia Legislativa (AL) a proposta de Lei

de Prevenção e Correcção da Violência Doméstica. Os casos de violência doméstica, mas apenas com consequências graves, vão mesmo ser crime público, num diploma que mantém a pena de prisão de um a cinco anos para estes casos, como já estava previsto no Código Penal. Prevê-se, assim, a inclusão da frase “quem infligir ao membro da família (...) maus tratos físicos e psíquicos é punido com a mesma pena”.

Contudo, o diploma inclui ainda penas acessórias para quem praticar este tipo de actos. Uma delas é a proibição “de exercer determinadas profissões”, algo que pode ser aplicado por um período de seis a cinco anos. Neste grupo inclui-se ainda a proibição de contactar ou deslocar-se nos locais onde reside a vítima, incluindo locais de trabalho ou escolas.

Mas há mais. O acusado pode ainda ser proibido de ter armas na sua posse ou obrigado a frequentar um “programa especial de preven-ção da violência doméstica”, para

fil ipA ArAú[email protected]

o s deputados José Pereira Coutinho e Leong Veng Chai

acusam o Governo de faltar ao respeito à população. Isto, porque asseguram que 32 fracções habitacionais para funcionários públicos não estão a ter o suposto fim. “O Governo está a usar estas habitações para arma-zém de materiais próprios”, afirmam.

A informação chegou através de “trabalhadores do Instituto para os Assun-tos Cívicos e Municipais”

AL Lei da VioLência doméstica admitida no hemicicLo. Processo fechado não Pode ser reaberto

Hemiciclo de volta à labuta

DeputADos AcusAm Governo De usAr cAsAs pArA funcionários púbLicos como ArmAzém

Desrespeito pelo homem(IACM), que alegam que existe um desperdício de recursos, nomeadamente no que se refere às fracções habitacionais que estão a ser usadas como “depósitos de materiais e a servirem de arquivo para o Governo”, como explica Pereira Cou-tinho ao HM.

A situação é altamente ofensiva na óptica dos de-putados, tendo em conta que o “problema da habitação é grave em Macau e que mui-tos trabalhadores, inclusive do IACM, precisam de casa para habitar”. Os deputados afirmam que esta atitude do Governo não é a “forma

correcta de se tratar deste assunto”.

“sabe-se que a habita-ção é indispensável para a sobrevivência humana, logo, estas fracções não deveriam destinar-se a servir de escritório ou de depósito de documentos, a finalidade menos importante”, defende Leong Veng Chai, parceiro de Pereira Coutinho, numa interpelação escrita.

Os deputados defendem que o Governo deve “recu-perar todas as fracções em causa e abrir um concurso para os trabalhadores do IACM”, ou seja, que o Executivo desocupe as habi-

tações e as disponibilize para os funcionários públicos.

“Da mesma forma que a Direcção dos serviços de Finanças (DsF), está cor-rectamente a fazer, abrindo concurso para 160 moradias para os trabalhadores dos serviços públicos”, argu-menta Coutinho, adiantando que os deputados pretendem que a DsF, possa deste modo “reaver todas as habitações que estejam devolutas para novo concurso para os tra-balhadores”.

Para os deputados a so-lução é simples. Depois de devolvidos as habitações, o Governo - em caso de necessitar de espaço para armazenar materiais - deve arrendar fracções ou blo-cos industriais no mercado normal para que sirvam de depósito.

Quem for acusado do crime de violência doméstica pode perder o poder paternal por um período de dois a cinco anos e até ficar proibido de exercer determinadas profissões entre seis meses e cinco anos. A Lei da Violência Doméstica está na AL, a par de outras como a das alterações à Lei Laboral e a do Código Comercial

além de estar proibido de “frequen-tar certos meios ou lugares”. todas estas penas podem ser aplicadas de forma isolada ou acumulada.

A perda do poder paternal será também uma das consequências, tendo em conta “a concreta gra-vidade do facto e a sua conexão

exercida pelo agente”. tal pode ser aplicado por um período entre dois a cinco anos.

tal como já tinha sido avan-

çado na apresentação do diploma no Conselho Executivo, haverá a possibilidade de suspensão do processo judicial por um período de dois anos, com base em reuniões de reconciliação e correcção de conduta pedidas pelo juiz. Con-tudo, há um artigo que traz um novidade e que prevê que “se o arguido cumprir as injunções e regras de conduta, o Ministério Público arquiva o processo, não podendo este ser reaberto”.

O diploma coloca grande ênfa-se no papel do Instituto de Acção social (IAs) em relação à pro-tecção das vítimas, sem esquecer a criação de um “sistema central de registos de casos de violência doméstica” ou o trabalho na área da “divulgação, sensibilização e formação”. É ainda referido que a proposta de lei poderá ser revista três anos após a sua entrada em vigor.

Ainda não há data para a subida da proposta ao plenário, que foi ontem admitido a par dos diplomas que alteram o valor de indemni-zação pago por despedimentos sem justa causa e as alterações ao Código Comercial. Resta, ago-ra, a proposta de Lei do Ensino superior, que foi apresentada na mesma altura em sede de Conselho Executivo.

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hoje macau quarta-feira 7.1.2015 7 política

Lionel Leong assumiu o cargo de secretário para a Economia e Finanças, mas está já a dar cartas junto das associações locais. Numa série de visitas esta semana, confessou que a economia pode sofrer flutuações, pelo que pretende criar uma fórmula que ajude a diminuir estas discrepâncias

leonor Sá [email protected]

D URANtE mais um encontro com várias associa-ções locais, o Se-

cretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, disse que o desenvolvimento económico do território poderá sofrer flutuações. O dirigente frisou ainda a necessidade de se investir no desenvolvimento das PME locais, já que as considera

A Associação “Wui In” organizou ontem um

seminário subordinado ao tema “As quatro esperan-ças” do Presidente da Re-pública Popular da China, Xi Jinping, que o dirigente deixou como mensagem durante a última visita a Macau. Para o professor de Administração Pública do Instituto Politécnico de Macau (IPM), Lou shenghua, estas quatro esperanças mostram que a governação passada do Executivo não foi boa o su-ficiente. O novo Governo, diz, deve então melhorar

os problemas da vida da população, aumentando a eficiência da governação. Outro comentador, Nicho-las Fong, considera que o presidente do país espera que a nova equipa do Go-verno tenha coragem para enfrentar os obstáculos. Recorde-se que, no dia da transferência de soberania de Macau no mês passado, Xi Jinping deixou quatro pontos essenciais a cum-prir pelo território, que incluíam a diversificação de economia e a melhoria da capacidade e do nível de governação.

economiA LioneL Leong PreVê “fLutuações” no desenVoLVimento económico

fórmula mágica a caminho

Xi Jinping Especialistas consideram mensagem como aviso

importantes para a econo-mia global da região. Entre as “tarefas prioritárias” do governante estão a criação

de uma fórmula que ajude a diminuir as flutuações, além da já anunciada promoção da diversificação económi-

ca, a construção do Centro Mundial de turismo e Lazer e, finalmente, da Plataforma de serviços para a Coope-ração Económica entre a China e os Países de Língua Portuguesa (PLP). Lionel Leong referiu, no entanto, que a economia da RAEM está a entrar numa fase de “consolidação”.

O mundO dOs negóciOs O desenvolvimento das PME foi outro dos assuntos referidos pelo secretário, como alicerces do desen-

volvimento da região como centro de lazer e turismo e da relação entre a China e os PLP. “[As empresas podem contribuir] adoptando as medidas de aproveitamento do desenvolvimento das grandes empresas para impulsionar a participação das mais pequenas”, lê-se num comunicado. Durante a visita a grupos como a União Geral das Associa-ções dos Moradores de Macau (UGAMM), Lionel Leong frisou que todo o de-senvolvimento da região vai

depender da participação dos cidadãos.

No encontro, a UGAMM lembrou que as PME têm vindo a sofrer com vários obstáculos à entrada no mercado, como é o caso do aumento sucessivo das rendas, a falta de profissio-nais qualificados, o preço elevados de produtos vivos e frescos importados e até dos combustíveis, quando comparados com aqueles praticadas nas regiões vi-zinhas.

A UGAMM sugeriu ainda que se acelerasse a remodelação dos bairros antigos, como forma de me-lhorar as condições comer-ciais naquela zona e assim promover a economia local. segundo o comunicado do gabinete do secretário, as restantes associações con-cordaram, na sua maioria, com as propostas feitas pela UGAMM.

Tarefas prioritárias: criação de uma fórmula que ajude a diminuir as flutuações, promoção da diversificação económica, construção do Centro Mundial de Turismo e Lazer e, finalmente, relações entre a China e os PLP

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hoje macau quarta-feira 7.1.20158 Sociedade

AndreiA SofiA [email protected]

P rimeiro foi a decisão de unir parcialmente as bolsas de valores de Hong Kong e Xangai, através

de um sistema de quotas diárias. Agora o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, visitou Shenzen e anunciou que o mesmo meca-nismo poderá ser aplicado entre a segunda bolsa de valores do continente e Hong Kong.

Segundo os diários China Daily e South China morning Post (SCmP), a ideia é criar maiores benefícios para macau e Hong Kong. mas até que ponto a rAem, com uma economia cen-trada no Jogo, pode tirar partido desta medida?

em declarações ao Hm, o economista José morgado acre-dita que tal poderá ajudar à tão ansiada diversificação económica. “Todos sabemos que o Jogo é um dos pilares da economia de macau. Há uma vontade, pelo menos do Governo chinês, em diversificar a economia. Todos os passos que puderem ser dados, que não es-tejam essencialmente ligados ao Jogo, diria que são positivos numa lógica de diversificação [na área dos serviços financeiros] e não dependência de um só sector”, explicou.

Por outro lado, a medida anun-ciada por Li Keqiang, diz, irá levar a uma maior internacionalização do renmimbi. “Haverá uma maior integração regional na componen-te do investimento e [isso] dá a possibilidade aos investidores de terem mais opções. Haverá uma interacção mais rápida e directa sobre as duas bolsas”, defendeu ainda José morgado.

PreParados ou talvez nãoKeong Choong, docente da Fa-culdade de Gestão de empresas da Universidade de macau (Um), especialista na área das Finanças e investimento, é mais crítico em relação à forma como o mercado local irá reagir, defendendo que as empresas e investidores podem não estar preparados para investir no mercado bolsista.

“Se falarmos em termos de negócios, poderá haver alguma ligação a Macau”, aponta ao Hm. “Tudo depende do Gover-

no e das pessoas. o Governo deveria ser mais aberto, fazer mudanças e também ter uma nova forma de pensar, não apenas focar-se nos casinos e no turismo”, referiu o docen-te, que falou da existência de conservadorismo económico. “A diversificação económica

chega de duas formas: depende da sociedade, das pessoas, e depende das políticas do Go-verno. macau sempre tem sido muito conservadora e pequena e as pessoas acostumaram-se a isso, porque há empregos suficientes, com bons salários, especialmente nos últimos dez anos, com alguma estabilidade. o Governo de macau também é conservador, porque macau não é uma região competitiva”, defendeu Keong Choong, ape-lando a uma maior internacio-nalização do mercado.

Segundo o SCmP, Li Keqiang assumiu que “uma conexão bol-sista entre Shenzen e Hong Kong deveria ser o passo seguinte”. O sistema irá permitir que os in-vestidores internacionais possam negociar a partir de Hong Kong com um máximo de 13 milhões de yuan por dia. Já os investidores chineses podem movimentar dia-riamente até 10,5 milhões de yuan, segundo o esquema que já existe com a bolsa de Xangai.

Já o China Daily avança que o primeiro-ministro chinês disse que um dos principais motivos para avançar com a decisão é “a proximidade geográfica entre Hong Kong e Macau”.

“o primeiro passo para a construção de uma Zona de Co-mércio Livre é uma profunda integração com as duas regiões Administrativas especiais, onde os dois territórios se podem com-plementar, especialmente na área dos comércio de serviços”, frisou ainda Li Keqiang.

Zhu Xiaodan, governador da província de Guangdong, propôs mesmo a criação de uma lista de áreas com baixos limites de investimento para investidores estrangeiros, inclusive baixas res-trições para investidores de macau e Hong Kong, escreveu ainda o China Daily.

“Há uma vontade, pelo menos do Governo chinês, em diversificar a economia. Todos os passos que puderem ser dados, que não estejam essencialmente ligados ao Jogo, diria que são positivos numa lógica de diversificação”José Morgado Economista

Bolsa Negócios de Macau podeM florescer coM ligação HoNg KoNg–sHeNzeN

Novas oportunidades mesmo aqui ao ladoLi Keqiang anunciou que a Bolsa de Valores de Hong Kong poderá ser ligada à da vizinha Shenzen, com benefícios para as duas RAEs. Mas até que ponto Macau irá beneficiar desta medida? José Morgado fala numa diversificação de investimento em serviços. Keong Choong fala de alguns benefícios, mas pede maior acção do Governo

13milhões de yuan por dia é quanto

os investidores estrangeiros

poderão negociar em Shenzhen,

a partir de Hong Kong

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9 sociedadehoje macau quarta-feira 7.1.2015

Pub

leonor Sá [email protected]

o S Serviços de Saúde (SS) as-seguraram na segunda-feira

que o número de camas vai aumentar para as 2400, já que se espera a adição de mais 800 a partir de 2017, com a conclusão da primeira fase do Hospital das ilhas. Nessa altura, a proporção de camas por cada mil

pessoas deverá ser de 3,9. o aumento do número de camas vai ainda dever-se não só à conclusão também da Clínica de especialidade e do Centro de recuperação de Doenças infecciosas de Coloane.

o director dos SS, Lei Chin Ion, afirmou na pas-sada segunda-feira que o número de camas no território atingiu o “nível médio internacional”, no que diz respeito à conta-

gem de camas por cada mil pessoas. De acordo com o responsável, macau regista actualmente uma proporção de 2,7 camas por cada mil residentes, comparando com o valor de 2,5 regis-tado em 2013. o aumento deve-se, de acordo com comunicado dos SS, a tra-balhos de melhoramento de infra-estruturas do Posto de Urgência das ilhas, da Uni-dade Associada de Cuida-dos Continuados, do Centro

de recursos para Doentes Oncológicos e do Edifício do Serviço de Urgências do Hospital Conde São Januário. o aumento foi de 30%, hoje em dia havendo

1600 camas disponíveis no território, asseguram os SS.

o Centro de Saúde do edifício do Lago – que passará a chamar-se Centro de Saúde de Nossa Senhora do Carmo

– deverá estar pronto até maio próximo, depois de concluídas as obras e recrutados os fun-cionários. este, recorde-se, deveria ter ficado pronto no primeiro trimestre de 2012.

saúdE asseguradas Mais 800 caMas a partir de 2017

a pressa de correr atrás do prejuízo

Tiag

o al

cânT

ara DSPA assegura inspecção

periódica de gasóleo para carrosa direcção dos serviços de protecção ambiental (dspa) assegurou ontem que tem feito inspecções ao nível de enxofre do gasóleo usados nos automóveis. em Novembro do ano passado, a dspa recolheu 20 amostras nas bombas de abastecimento da península e das duas ilhas. também o depósito de combustíveis de Ká-Hó foi alvo de análise. os resultados mostram que a presença de enxofre se encontra bastante abaixo do valor máximo de 0,005% em peso.

o Presidente da Associação de médicos de Língua Portuguesa, rui Furtado, não acredita nas melhorias na área da Saúde através do seu actual director e considera que o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura não devia dar um prazo, mas sim mudar já a equipa. “Acho que um ano para quem já está há uma série de anos na gestão, quanto a mim, vai-se perder mais um ano. Penso que um dos grandes problemas de facto da Saúde neste momento é estarem perpetuados nos lugares as pessoas. o Dr. Lei Chin ion já está há muitos anos no lugar

e poder-se-ia dar outro lugar de gestão para ele, mas era capaz de ser boa ideia dar uma cara nova à gestão da saúde”, afirmou em declarações à rádio macau. Ainda na entrevista, rui Furtado congratula Alexis Tam por ter “ido buscar uma pessoa perfeitamente preparada para fazer a gestão de saúde, que é o médico Kuok Cheong U, director da radiologia [do hospital Conde São Januário]. Acho que é uma pessoa indicada para o lugar”, defendeu. Kuok Cheong U é, agora, assessor de Alexis Tam. rui Furtado defende à rádio que era o indicado para assumir a direcção dos SS.

rui furtAdo defende SAídA iMediAtA de lei chin ion

Page 10: Hoje Macau 7 JAN 2015 #3246

pub

tiag

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cânt

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hoje macau quarta-feira 7.1.2015

Fil ipa araú[email protected]

A avaliação ao en-sino superior vai ser feita através dos estudantes,

diz o Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES) em comunicado. Segundo uma avaliação – pedida pelo Governo – do Conselho para a Acreditação Académica e Qualificação Vocacional de Hong Kong, os “estudantes graduados do ensino supe-rior local” serão avaliados face a seis itens: faculdades cognitivas, capacidades de aplicação, capacidades gerais, âmbito de aplicação, comportamentos e atitudes

10 sociedade

Ensino supErior Universidades avaliadas através dos estUdantes

os porta-estandartes do patriotismoNo mesmo documento, o

GAES avança que ainda estão a ser ajustados os respectivos “conteúdos do enquadramen-to, para que estes se possam adequar melhor às situações actuais e às necessidades da sociedade de Macau, permi-tindo, ao mesmo tempo, salva-guardar, de forma contínua, os indicadores, para serem mais operáveis e mensuráveis”.

Recorde-se que no mês passado, o GAES afirmou ao HM que a implementação desta temática nas linhas orientadores para avaliação às universidades e insti-tuições de ensino superior não estava decidida. “Na elaboração dos critérios que avaliam a capacidade [das universidades] irá ser considerado este relevante factor cultural e humanista”, explicou então o Gabinete. Informação agora refutada.

O Governo assegura, con-tudo, que a independência das universidades vai ser garanti-da. Recorde-se que também o currículo do ensino secundá-rio foi alvo de uma reforma curricular, onde é incluída a introdução de disciplinas de Formação Cívica, com temas como o amor à pátria.

profissionais e qualidades individuais.

Tal como anteriormente avançado pelo HM e confir-mado pelo GAES, no último item de avaliação – onde serão tidas em conta as qua-lidades individuais - estarão incorporadas duas partes: o “Amor pela Pátria e por Macau” e a “Saúde física e psicológica”.

O GAES argumenta que, relativamente à primeira par-te, trata-se “de um desejo que [o Governo] gostaria que os estudantes graduados de Ma-cau tivessem, esperando que os mesmos tenham o sentido de responsabilidade social, a consciência e o sentimento de pertença da nação”.

“Sentido de responsabilidade social”, “consciência” ou até “sentimento de pertença da nação” são as palavras chaves que o Governo encontrou para justificar o item “Amor pela Pátria e por Macau” na avaliação do ensino superior. São os estudantes que vão ser avaliados

1. Entidade que põe a obra a concurso: Serviços de Saúde.2. Modalidade de concurso: Concurso Público.3. Local de execução da obra: Centro Hospitalar Conde de São Ja-

nuário.4. Objecto da Empreitada: Realização da Empreitada de Concep-

ção, Fornecimento e Instalação dos Sistemas de Chamada de Enfermeiras do Centro Hospitalar Conde de São Januário.

5. Prazo máximo de execução: 180 dias.6. Prazo de validade das propostas: O prazo de validade das pro-

postas é de noventa dias, a contar da data do Acto Público do Concurso, prorrogável, nos termos previstos no Programa de Concurso.

7. Tipo de empreitada: Por preço global.8. Caução provisória: MOP 290 000,00 (duzentas e noventa mil

patacas), a prestar mediante depósito em numerário, garantia bancária ou seguro-caução nos termos legais.

9. Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação (das impor-tâncias que o empreiteiro tiver a receber, em cada um dos paga-mentos parciais são deduzidos 5% para garantia do contrato, para reforço da caução definitiva a prestar).

10. Preço Base: Não há.11. Condições de admissão: Serão admitidos como concorrentes as

entidades inscritas na Direcção dos Serviços de Solos, Obras Pú-blicas e Transportes para execução de obras, bem como as que à data do concurso, tenham requerido a sua inscrição, neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de ins-crição.

12. Local, dia e hora limite para entrega das propostas:Local: Secção de Expediente Geral dos Serviços de Saúde, que se situa no r/c do Edifício do Centro Hospitalar Conde de São Januário; Dia e hora limite: Dia 6 de Fevereiro de 2015 (sexta-feira), até às 17:30 horas. Em caso de encerramento dos Serviços Públicos da Região Ad-ministrativa Especial de Macau, em virtude de tempestade ou motivo de força maior, a data e a hora estabelecidas para a entre-ga de propostas, serão adiadas para o primeiro dia útil seguinte, à mesma hora.

13. Local, dia e hora do acto público:Local: Sala do «Museu» situada junto ao Centro Hospitalar Con-de de São Januário;Dia e hora: Dia 9 de Fevereiro de 2015 (segunda-feira), pelas 10:00 horas.Em caso de encerramento dos Serviços Públicos da Região Ad-ministrativa Especial de Macau, em virtude de tempestade ou motivo de força maior, a data e a hora estabelecidas para o acto público de abertura das propostas do concurso público, serão adiadas para a mesma hora do dia útil seguinte.Os concorrentes ou seus representantes deverão estar presentes ao acto público de abertura de propostas para os efeitos previs-tos no artigo 80.º do Decreto-Lei n.º 74/99/M, e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.

14. Visita às instalações :Os concorrentes deverão comparecer no Departamento de Ins-

talações e Equipamentos do Centro Hospitalar Conde de São Januário, no dia 9 de Janeiro de 2015 (sexta-feira), às 15:30 ho-ras, para visita ao local da obra a que se destina o objecto deste concurso.

15. Local, hora e preço para consulta do processo e obtenção da có-pia:Local: Divisão de Aprovisionamento e Economato dos Serviços de Saúde, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício Administra-ção dos Serviços de Saúde, 1.o andar.Hora: Horário de expediente (Das 9:00 às 13:00 horas e das 14:30 às 17:30 horas).Preço: MOP91,00 (noventa e uma patacas), local de pagamento: Secção de Tesouraria destes Serviços de Saúde.

16. Critérios de apreciação de propostas e respectivos factores de ponderação:

A Preço 40%B Escalabilidade e compatibilidade com os outros

sistemas que existem no Centro Hospitalar Conde de São Januário

10%

C Qualidade dos equipamentos 10%D Prazo geral de execução da obra (incluindo

prazo de entrega, prazo da concepção, prazo de execução de obra, prazo de instalação e prazo de ensaio dos equipamentos)

5%

E Preço de manutenção indicado na proposta, designadamente, o custo, as condições e o âmbito da prestação dos serviços de manutenção, incluindo mão-de-obra, peças, peças disponíveis e consumíveis

10%

F Preços das peças disponíveis e consumíveis dos equipamentos 5%

G Projecto com as boas condições para poder atingir o objectivo dos equipamentos– organização do progresso e prazo da execução da obra;– idêntica experiência da obra e capacidade técnica;

– adoptação de materiais duradouros com melhor qualidade, nomedamente, na área onde detém maior percentagem de uso.

15%

H Prazo de garantia dos equipamentos e obra 5%

18. Junção de esclarecimentos: Os concorrentes poderão comparecer na Divisão de Aprovisio-namento e Economato dos Serviços de Saúde, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício Administração dos Serviços de Saúde, 1.o andar, a partir de 7 de Janeiro de 2015 (quarta-feira) até à data limite para a entrega das propostas, para tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais.

Serviços de Saúde, aos 30 de Dezembro de 2014

O Director, SubstitutoChan Wai Sin

1. Entidade que põe a obra a concurso: Serviços de Saúde.2. Modalidade de concurso: Concurso Público.3. Local de execução da obra: Centro Hospitalar Conde de São Ja-

nuário.4. Objecto da Empreitada: Fornecimento de um Sistema de Angio-

grafia por Subtracção Digital, Incluindo o Projecto de Concepção e a Respectiva Empreitada de Remodelação.

5. Prazo máximo de execução: 150 dias.6. Prazo de validade das propostas: O prazo de validade das pro-

postas é de noventa dias, a contar da data do Acto Público do Concurso, prorrogável, nos termos previstos no Programa de Concurso.

7. Tipo de empreitada: Por preço global.8. Caução provisória: MOP 600 000,00 (seiscentas mil patacas), a

prestar mediante depósito em numerário, garantia bancária ou seguro-caução nos termos legais.

9. Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação (das impor-tâncias que o empreiteiro tiver a receber, em cada um dos paga-mentos parciais são deduzidos 5% para garantia do contrato, para reforço da caução definitiva a prestar).

10. Preço Base: Não há.11. Condições de admissão: Serão admitidos como concorrentes as

entidades inscritas na Direcção dos Serviços de Solos, Obras Pú-blicas e Transportes para execução de obras, bem como as que à data do concurso, tenham requerido a sua inscrição, neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de ins-crição.

12. Local, dia e hora limite para entrega das propostas: Local: Secção de Expediente Geral dos Serviços de Saúde, que

se situa no r/c do Edifício do Centro Hospitalar Conde de São Januário; Dia e hora limite: Dia 12 de Fevereiro de 2015 (quinta-feira), até às 17:45 horas. Em caso de encerramento dos Serviços Públicos da Região Ad-ministrativa Especial de Macau, em virtude de tempestade ou motivo de força maior, a data e a hora estabelecidas para a entre-ga de propostas, serão adiadas para o primeiro dia útil seguinte, à mesma hora.

13. Local, dia e hora do acto público:Local: Sala do «Museu» situada junto ao Centro Hospitalar Con-de de São Januário;Dia e hora: Dia 13 de Fevereiro de 2015 (sexta-feira), pelas 10:00 horas.Em caso de encerramento dos Serviços Públicos da Região Ad-ministrativa Especial de Macau, em virtude de tempestade ou motivo de força maior, a data e a hora estabelecidas para o acto público de abertura das propostas do concurso público, serão adiadas para a mesma hora do dia útil seguinte.Os concorrentes ou seus representantes deverão estar presentes ao acto público de abertura de propostas para os efeitos previs-tos no artigo 80.º do Decreto-Lei n.º 74/99/M, e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.

14. Visita às instalações :Os concorrentes deverão comparecer no Departamento de Ins-talações e Equipamentos do Centro Hospitalar Conde de São Januário, no dia 9 de Janeiro de 2015 (sexta-feira), às 10:00 ho-ras, para visita ao local da obra a que se destina o objecto deste concurso.

15. Local, hora e preço para consulta do processo e obtenção da cópia:Local: Divisão de Aprovisionamento e Economato dos Serviços de Saúde, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício Administra-ção dos Serviços de Saúde, 1.o andar.Hora: Horário de expediente (Das 9:00 às 13:00 horas e das 14:30 às 17:30 horas).Preço: MOP104,00 (cento e quatro patacas), local de pagamento: Secção de Tesouraria destes Serviços de Saúde.

16. Critérios de apreciação de propostas e respectivos factores de ponderação:A. Obras + projecto (45%)

A1 Valor total da empreitada 40%A2 Qualidade de materiais utilizados 25%A3 Experiência de trabalhos de construção 20%A4 Programa de concepção 10%A5 Cronograma de construção e prazo de construção 5%

B. Equipamento (45%)

B1

Preço total do ciclo de vida do equipamento (Para além de incluírem o preço do equipamento, despesa para instalação do equipamento (se ao caso for aplicável) e despesa para a manutenção fora do prazo de manutenção gratuita, tem que ser acrescentado o preço total de manutenção anual no ciclo de vida remanescente do equipamento)

35%

B2 Qualidade do equipamento 40%

B3 Listagens de peças de reserva e consumíveis e respectivos preços 10%

B4 Itens de cobertura do seguro e conteúdos dos serviços de manutenção 10%

B5 Prazo de entrega 5%C. Sistemas de ar condicionado (10%)

C1

Preço total do ciclo de vida do sistemas de ar condicionado (Para além de incluírem o preço do sistemas de ar condicionado, despesa para instalação do sistemas de ar condicionado (se ao caso for aplicável) e despesa para a manutenção fora do prazo de manutenção gratuita, tem que ser acrescentado o preço total de manutenção anual no ciclo de vida remanescente do equipamento)

80%

C2 Itens de cobertura do seguro e conteúdos dos serviços de manutenção 20%

17. Junção de esclarecimentos: Os concorrentes poderão comparecer na Divisão de Aprovisiona-mento e Economato dos Serviços de Saúde, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício Administração dos Serviços de Saúde, 1.o andar, a partir de 7 de Janeiro de 2015 (quarta-feira) até à data limite para a entrega das propostas, para tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais.

Serviços de Saúde, aos 30 de Dezembro de 2014

O Director, SubstitutoChan Wai Sin

ANÚNCIOCONCURSO PÚBLICO N.º 29/P/14

Empreitada de Concepção, Fornecimento e Instalação dos Sistemas de Chamada de Enfermeiras do Centro Hospitalar Conde de São Januário

ANÚNCIOCONCURSO PÚBLICO N.º 28/P/14

Fornecimento de um Sistema de Angiografia por Subtracção Digital, Incluindo o Projecto de Concepção e a Respectiva Empreitada de Remodelação

Page 11: Hoje Macau 7 JAN 2015 #3246

11 sociedadehoje macau quarta-feira 7.1.2015

É uma espécie de personalidade do ano e oferece 36 diferentes escolhas à população. A Macau Concealers organiza uma eleição da figura com mais destaque no ano passado e assegura, desde já, que protege os dados pessoais Flora [email protected]

A publicação Ma-cau Concealers vai escolher as principais figuras

da imprensa no ano passado através do voto da popula-ção. Numa conferência de imprensa, ontem, na sede da Associação Novo Macau, os organizadores apresentaram as figuras que vão fazer parte da “Eleição de Figuras da Imprensa de Macau 2014”.

A lista inclui o organiza-dor de uma série de manifes-tações dos trabalhadores de Jogo e presidente da Forefront

Of The Macau Gaming, Ieong Man Teng, figuras importan-tes na polémica do Regime de Garantias, como Chui Sai On, Chefe do Executivo, e Sou Ka Hou, um dos impul-sionadores da manifestação contra o diploma, o reitor da Universidade de Macau (UM), Zhao Wei - por dizer a um jornalista que só lhe podia fazer uma pergunta “depois de aprender bem a língua chinesa” -, o panda fêmea ‘Sam Sam’, que morreu no ano passado, e a Companhia Rádio-Táxis Vang Iek.

Segundo Rocky Chan, membro da Associação Novo Macau, as 36 figuras candi-datas foram escolhidas pelos leitores das páginas da Macau Concelears nas redes sociais.

Os interessados em par-ticipar podem já votar no site top10.macau.2014.org, escolhendo no máximo dez figuras entre os 36 candidatos. Depois de votar irão receber uma mensagem no telemóvel para confirmar o sucesso do voto. A actividade termina no meio-dia do dia 20 de Ja-neiro. Depois, a organização irá sortear dez eleitores para receber um pequeno prémio - um cupão de livros.

preparados para os dadosPara Rocky Chan, a escolha não tem como objectivo ofe-recer um prémio, mas sim dar oportunidade aos residentes para relembrarem o ano pas-sado, já que o responsável considera o ano 2014 como “invulgar”.

“O ano 2014 sofreu com o Regime de Garantias, deu-se a eleição do Chefe do Executi-

vo, o 15º ano da transferência de soberania, os protestos de trabalhadores de Jogo, entre muitos outros, o que construiu uma colectiva de memórias dos residentes de Macau. Esperamos que através da actividade, as pessoas não se esqueçam de repensar a influência desses incidentes”, afirmou.

Como são necessários os números de telemóveis dos participantes para a eleição, a organização teme que o Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais possa impedir a actividade, mas Jason Chao argumenta que o mesmo sis-tema foi utilizado na eleição de personalidades organizado pelo Jornal Ou Mun. No acto, segundo os membros da direcção, é garantido que a recolha de dados pessoais dos participantes é protegida.

“O Jornal Ou Mun orga-niza esta eleição já há vários anos, o prémio é atraente porque se pode ganhar 50 mil patacas. No entanto, a segurança não está garantida, porque pede dados pessoais importantes, como nomes, números de BIR, género, idade e números de telemóvel. Comparado com a nossa elei-ção, que apenas necessita de números de telemóvel, votar na eleição desse jornal chinês deve ser mais inseguro”, argu-mentou o activista, membro da Novo Macau.

Chao diz mesmo que, se o Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais for mesmo apurar ou impedir a activida-de, irá solicitar à autoridade que “trate” primeiro da elei-ção do Jornal Ou Mun.

Obras Ilegais Iniciativa própria para demolição aumenta 40%a demolição de obras ilegais por iniciativa própria aumentou 40%, comparativamente ao ano de 2013, segundo informou em comunicado a direcção dos serviços de solos, obras Públicas e transportes (dssoPt). no documento, o organismo avança que em 2014

foram registados 210 casos, enquanto em 2013 foram assinalados 150. isto, segundo a dssoPt, mostra que “houve um progressivo cumprimento da legislação por parte dos cidadãos”. apesar da melhoria o Governo continuar a apelar à demolição voluntárias das obras ilegais.

MacaU concealers selecciona fiGUras do ano Para voto da PoPUlação

A ver se pega...

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Page 12: Hoje Macau 7 JAN 2015 #3246

hoje macau quarta-feira 7.1.2015

Os TiOs DalTOn • Jacques Pessis, laurent GerraOs nossos bem conhecidos Dalton vegetam na prisão quando um surpreendente golpe do destino lhes bate à porta. Os famigerados bandidos recebem a notícia de que são tios de um rapazito, cuja educação têm temporaria-mente de assegurar Que sorte! Lucky Luke é encarregado de vigiar os Dalton e o insupor-tável miúdo, que só pensa em comer. Mas os habitantes da pacata Rupin City não vêem com bons olhos a chegada de tantos Dalton…

À venDa na livraria POrTuGuesa

MarcellO caeTanO - uM DesTinO • luís Manuel Teles de Menezes leitão«Em Janeiro de 2011, ainda antes da chegada da troika a Portugal, o país foi confrontado com o primeiro corte salarial aos funcionários públicos. Na altura lembrei-me que essa medida era expressamente rejeitada no Manual de Direito Administrativo de Marcello Caetano, que só a admitia como grave sanção penal. Escrevi, por isso, no meu blogue (http://syntagma.blogs.sapo.pt/16439.html), um pequeno texto intitulado “Recordando Marcello Caetano”, no qual chamava a atenção que o regime democrático estava a permitir algo que nem o último presidente do Conselho do Estado Novo admitiria. Esse texto teve ampla repercussão na Internet, o que motivou o meu interesse em realizar uma investigação mais aprofundada sobre a vida de Marcello Caetano. Através da consulta de obras de diversos autores, de jornais antigos, bem como de documentação existente nos arquivos e espólios pessoais, procurei assim descobrir os diversos traços da personalidade complexa de Marcello Caetano e do que foi a sua vida.O consulado de Marcello Caetano é infelizmente desvalorizado na história do século xx, sendo apresentado quase como um parêntese entre o regime salazarista e o regime democrático que se seguiu à Revolução de 25 de Abril de 1974. Tal constitui uma perspectiva extremamente injusta, pois esquece a extraordinária obra do governo de Marcello Caetano, especialmente nos planos económico, social e laboral. Na verdade, Marcello Caetano deve ser considerado como o verdadeiro fundador do Estado social em Portugal, que o regime democrático depois veio a desenvolver e cuja sustentabilidade é hoje tão questionada. Precisamente por isso, quando, passados 40 anos após a Revolução de 25 de Abril, se assiste ao desmantelamento progressivo do Estado social, convém que a História preste alguma atenção à vida do homem que o iniciou no nosso país.» Luís Manuel Teles de Menezes Leitão é advogado e professor catedrático (Ciências Jurídicas), na Faculdade de Direito de Lisboa, e Especialista-Jurista no Centro de Estudos Fiscais – Ministério das Finanças

12 EvEntos

Sete programas envolvendo 66 países formam o plano de acção cultural externa do Instituto Camões da Cooperação e da Língua em 2015, segunda-feira apresentado em Lisboa pela sua presidente, Ana Paula Laborinho

n uMA sessão rea-lizada no Palacete Seixas, sede do instituto, com a

presença dos secretários de Estado das Comunidades, José Cesário, e da Cultura, Jorge Barreto Xavier, e dos embaixadores de Portu-gal em diversos países, a responsável apresentou os sete programas previstos: Arte e Cidades, Casa dos Estudantes do Império, De-sign e Indústrias Criativas, Primeira Guerra Mundial e as Artes, Ciclos Comemo-rativos, “Portugal te marca” – América Latina e Rede de Bibliotecas Camões.

No âmbito do programa Arte e Cidades, que decorrerá em Nova Iorque, Varsóvia, Luanda, S. Paulo e Sydney, haverá ciclos de cinema, como o NY Portuguese Short Film Festival, espectáculos de artes performativas e actividades relacionadas com literatura.

Música DJ Sasha actua em discoteca de Hong KongO DJ e produtor Sasha, um dos músicos que integra a iniciativa Bump, vai actuar no Club 18 já no próximo dia 23, às 21h00. A discoteca do território vizinho recebe uma “lenda” da música electrónica. Além de misturar conhecidas músicas de Madonna ou Chemical Brothers, Sasha tocou em vários bares e discotecas pelo mundo fora, tendo até sido nomeado para um Grammy em 2004. O DJ e produtor lançou, em 2013, o álbum ‘Involv3r’ que inclui interpretações de músicas da dupla XX, Blondes, Little Dragon, Benjamin Damage, Foals e ThermalBear. Sasha é originalmente do País de Gales e chama-se Alexander Paul Coe, tendo 45 anos. O Bump é uma iniciativa que junta vários nomes da música electrónica para uma série de concertos. Os bilhetes para assistir à performance de Sasha custam 588 dólares de Hong Kong se comprados antes do dia do evento e 688 dólares à porta do Club 18. “Se há barreiras ainda por quebrar, pode apostar que Sasha as tem na mira”, frisa a organização em comunicado. “Temos algumas coisas realmente surpreendentes planeadas para este ano, alguns novos lançamentos e colaborações com artistas muito talentosos que temos defendido”, explica o próprio Sasha.

CCM Ópera de Pequim apresenta história de Macau A Ópera de Pequim traz a Macau, nos próximos dias 13 e 14 de Janeiro, a peça “A Alma do Mar de Espelho”, baseada na História de Macau. A acontecer no Grande Auditório do Centro Cultural de Macau, o espectáculo é um produção conjunta da Fundação Macau e do Grupo de Artes Performativas da Província de Jiangsu e tem como objectivo comemorar o 15º aniversário da transferência de Macau para a China. A ópera narra a história de “uma ocupação de terra planificada, de um conflito que comoveu o Céu e a Terra, de um povo patriota com muita coragem”, transmitindo uma “realidade bem amarga e triste da História do Sul da China. Debruça-se ainda num acontecimento que teve lugar em Macau. A ópera tem uma duração de 120 minutos, com legendas em chinês, e o bilhete custa 100 patacas.

Porcelana Livro sobre artefactos descobertos em Macau já nas bancasA Fundação Macau e a editora Social Sciences Academic Press lançam a obra “Estudos sobre as Peças de Porcelana Azul e Branca da Dinastia Ming descobertos em Macau”, que estará à venda nas livrarias locais por 290 patacas. O livro foi editado pelo administrador do Conselho de Administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais Ma Kam Keong. De acordo com o comunicado do IACM, esta é a primeira obra que versa sobre porcelanas antigas recolhidas no território, dando aos leitores a oportunidade de verem algumas das peças em fotografia.

InstItuto Camões SETE PrOGrAMAS COMPõEM ACçãO CuLTurAL EXTErnA EM 2015

Por esse mundo acimaEm parceria com a uC-

CLA – união das Cidades Ca-pitais de Língua Portuguesa, o Camões organizará este ano uma exposição sobre a Casa dos Estudantes do Império (1944-1965) e editará duas Antologias de Poesia; numa parceria com a Cátedra Eduar-do Lourenço, da universidade de Bolonha, propõe um ciclo de cinema subordinado ao tema “Pensar o Império”, uma mostra sobre Arquitectura Moderna em África e também concertos, na rubrica Sons de África.

Quanto ao terceiro progra-ma, destinado à promoção do design português e das novas tecnologias para a cultura, o destaque vai para a aposta na divulgação da acção cultura externa do Camões através das redes sociais, com a

apresentação de uma nova aplicação, a EuNIC App, e também com o lançamento da Revista Camões n.º 23 dedicada ao design português.

Do quarto programa, a Primeira Guerra Mundial e as Artes, constará uma exposi-ção resultante de uma parceria com a Casa Fernando Pessoa e comissariada por Antonio Cardiello, Jerónimo Pizarro e Sílvia L. Costa, intitulada “Nós os de Orpheu” e com-posta por um núcleo de 22 painéis e por um audiolivro.

“Almada por contar” será o nome de outra mostra do mesmo programa, também comissariada por Sílvia L. Costa, bem como por Sara Afonso Ferreira e Simão Palmeirim, constituída por um núcleo de 21 cartazes, que poderão ser impressos e

expostos em diferentes pontos do mundo.

Igualmente no âmbito deste programa, estará patente uma exposição sobre Portugal e a I Guerra, comissariada pelo académico Miguel Jerónimo e composta por espólios foto-gráficos de arquivos nacionais (cerca de 80 fotografias), cartazes, reproduções de foto-grafias originais e bibliografia alusiva ao tema, estando ainda prevista a realização de um ciclo de cinema.

Quanto a Ciclos Come-morativos, assinala-se, a 5 de Maio, o Dia Internacional da Língua Portuguesa e da Cultu-ra da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), que será celebrado com um programa multidisciplinar composto por uma exposição sobre “O Potencial Económi-

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hoje macau quarta-feira 7.1.2015

rua De s. DOMinGOs 16-18 • Tel: +853 28566442 | 28515915 • Fax: +853 28378014 • [email protected]

MarcellO caeTanO - uM DesTinO • luís Manuel Teles de Menezes leitão«Em Janeiro de 2011, ainda antes da chegada da troika a Portugal, o país foi confrontado com o primeiro corte salarial aos funcionários públicos. Na altura lembrei-me que essa medida era expressamente rejeitada no Manual de Direito Administrativo de Marcello Caetano, que só a admitia como grave sanção penal. Escrevi, por isso, no meu blogue (http://syntagma.blogs.sapo.pt/16439.html), um pequeno texto intitulado “Recordando Marcello Caetano”, no qual chamava a atenção que o regime democrático estava a permitir algo que nem o último presidente do Conselho do Estado Novo admitiria. Esse texto teve ampla repercussão na Internet, o que motivou o meu interesse em realizar uma investigação mais aprofundada sobre a vida de Marcello Caetano. Através da consulta de obras de diversos autores, de jornais antigos, bem como de documentação existente nos arquivos e espólios pessoais, procurei assim descobrir os diversos traços da personalidade complexa de Marcello Caetano e do que foi a sua vida.O consulado de Marcello Caetano é infelizmente desvalorizado na história do século xx, sendo apresentado quase como um parêntese entre o regime salazarista e o regime democrático que se seguiu à Revolução de 25 de Abril de 1974. Tal constitui uma perspectiva extremamente injusta, pois esquece a extraordinária obra do governo de Marcello Caetano, especialmente nos planos económico, social e laboral. Na verdade, Marcello Caetano deve ser considerado como o verdadeiro fundador do Estado social em Portugal, que o regime democrático depois veio a desenvolver e cuja sustentabilidade é hoje tão questionada. Precisamente por isso, quando, passados 40 anos após a Revolução de 25 de Abril, se assiste ao desmantelamento progressivo do Estado social, convém que a História preste alguma atenção à vida do homem que o iniciou no nosso país.» Luís Manuel Teles de Menezes Leitão é advogado e professor catedrático (Ciências Jurídicas), na Faculdade de Direito de Lisboa, e Especialista-Jurista no Centro de Estudos Fiscais – Ministério das Finanças

13 eventos

AndreiA SofiA [email protected]

É conhecido por ser um dos mais populosos distritos da cidade de

Tóquio, no Japão. Shibuya é também conhecido por ser o espaço onde a moda e a vida nocturna acontecem todos os dias e onde os jovens são os protagonistas. A partir do Outono deste ano, Hong Kong também vai passar a ter sinais desse estilo de vida: uma cópia do centro comercial “Shibuya 109” vai abrir portas na zona de Tsim Sha Tsui, no espaço “Harbour City”.

Segundo um comunicado enviado ao HM, a abertura do complexo comercial parte de um acordo assinado entre a Tokyu Malls Development Corportation (TMD Corpora-tion) e a Harbour City Estates Limited. Trata-se da primeira vez que a marca “Shibuya 109” sai das fronteiras do país do sol nascente.

O projecto insere-se no objectivo de expansão da

o chef de cozinha japonês Takagi Ka-zuo vai estar no

restaurante Vida Rica, no Hotel Mandarim Oriental. A passagem do chefe do Kyoryuri Takagi – restau-rante com duas estrelas Michelin – pelo território acontece entre 22 e 24 deste mês. Takagi irá, durante três dias, mostrar ao público as suas criações de gastro-nomia de fusão francesa

InstItuto Camões SETE PrOGrAMAS COMPõEM ACçãO CuLTurAL EXTErnA EM 2015

Por esse mundo acimaHong Kong vaI ter CóPIa do Centro ComerCIal jaPonês “sHIbuya 109”

E o Japão aqui tão perto

gastronomIa CHef jaPonês Com CozInHa de fusão no mandarIm orIental

uma mistura de nações

co da Língua Portuguesa”, cinema – o FESTIN (Festival Itinerante de Língua Portu-guesa) e diversas actividades relacionadas com o livro e a leitura, para as quais o Camões aguarda ainda propostas de entidades que queiram par-ticipar.

Outra efeméride que este ano se comemora são os 500 Anos do Encontro entre Timo-renses e Portugueses, que será festejada com feiras do livro em diversos distritos, reedição da obra do poeta Ruy Cinatti “Arquitectura Timorense”, produção de documentários sobre as “Memórias de Timor--Leste”, pela Fundação Max Stahl.

O último ciclo comemora-tivo deste programa assinalará os 500 Anos das Relações Di-plomáticas Portugal-Etiópia, com uma mostra intitulada “Etiópia Portugal, 1954-2014”, um ciclo de palestras sobre a histórica relação entre os dois países e um seminário internacional subordinado ao tema “Etiópia e as Culturas do Índico”.

Em sexto lugar, surge o programa “Portugal te marca”, uma parceria do Instituto Ca-mões com o IPDAL (Instituto para a Promoção e o Desenvol-vimento da América Latina) que promoverá a música, a literatura e o cinema portu-gueses em diversos países latino-americanos e inaugu-rará igualmente a exposição “Portugal te marca”, com fotografias de Luísa Ferreira.

Sobre o sétimo programa para 2015, a Rede de Biblio-tecas Camões, a presidente do instituto explicou que “a implementação do catálo-go bibliográfico integrado Biblio.NET Camões já foi iniciada” mas que espera “que fique concluída este ano”.

TMD Corporation, no sentido de tornar o “Shibuya 109” “no espaço mais popular para visitar na cidade de Tóquio” e também para a “criação de opor-tunidades de negócio nos países emergentes da Ásia com a promessa de crescimento económico”.

“Ao fazer o primeiro lançamento no estrangeiro da marca, a TMD Corporation espera promover de forma genuína a marca ‘Shibuya 109’ e a sua cultura de moda através de Hong Kong, de forma a usar a região asiáti-ca como o epicentro para o aumento da sua popularidade e do poder da marca em todo o mundo”, pode ainda ler-se no comunicado.

A empresa destaca ainda o facto de Hong Kong ter um dos mais elevados Produto Interno Bruto (PIB) na Ásia, “juntamente com Singapura e Japão”, sem esquecer “os milhões de turistas que rece-be anualmente”.

A TMD Corporation des-

taca ainda outras razões para a abertura do “Shibuya 109” na região vizinha, tal como a existência de um “bem desenvolvido e sofisticado mercado, um mercado finan-ceiro aberto e um sistema jurídico sólido”, bem como “vantagens competitivas em termos de impostos”.

Ao levar o “Shibuya 109” para Hong Kong, a empresa japonesa pretende exportar, de forma pioneira, a marca para outras capitais mundiais, revelando também “a cultura de moda do Japão, por forma a aumentar a sua populari-dade e o poder da marca”.

e nipónica. Dois dos seus pratos mais conhecidos integram caranguejo com caviar Sturia e flor shiso e bife Wagyu com patê kinome dengaku. O Vida Rica organizou um menu especial de degustação que é servido ao jantar e custa 1288 patacas por pessoa. Já as escolhas de almoço compreendem uma com-binação de quatro a cinco pratos pensados pelo chef

japonês e custam 398 ou 498 patacas por pessoa. O gosto de Takagi pela culinária já vem de família, a sua mãe sendo professora numa es-cola de cozinha e o seu avô também chef de cozinha. O sonho de se tornar chef tem acompanhado Takagi desde muito novo. Na casa dos 20, começou a trabalhar no restaurante Kyoyamato, na cidade de Kyoto, para aos 29 anos se tornar Sous Chef. É em 2005 que abre o seu próprio estabelecimento, que acabou por ser pre-miado consecutivamente com duas estrelas Michelin. Actualmente, Takagi tem restaurantes espalhados por todo o país, incluindo um estabelecimento de ‘hot pot’ e uma loja. Além de ser agora acolhido pelo Mandarim Oriental, Takagi tem sido convidado para confeccionar pratos por todo o mundo, incluindo Seul, Singapura, Paris e Taipei. - l.s.M.

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14 china hoje macau quarta-feira 7.1.2015

O chefe do Executivo de Hong Kong alertou on-tem contra protestos pró-

-democracia antes de lançar uma nova ronda de consulta pública sobre a reforma política, garan-tindo que as autoridades não se não vergar a “acções coercivas”.

O Governo começa na quarta--feira uma segunda ronda de consulta pública sobre o processo de eleição do líder do Executivo.

A China prometeu que a po-pulação de Hong Kong poderia escolher o seu líder pela primeira vez em 2017, mas decidiu que os candidatos a esse cargo têm de ser previamente seleccionados por um comité visto como próximo do poder, uma decisão que gerou uma onda de indignação e mais de dois meses de protestos nas ruas.

“Se realmente queremos im-plementar sufrágio universal em 2017, não devemos fazer nada que ameace o Governo de Hong Kong ou o Governo Central”, disse CY Leung.

O chefe do Executivo defen-deu que o processo deve seguir a Lei Básica, a lei fundamental do território, e sublinhou que “ac-ções coercivas que sejam ilegais ou perturbem a ordem social” não vão mudar nada.

O público deve adoptar uma abordagem “legal, racional e pragmática” para expressar as suas opiniões, acrescentou Leung.

Líderes dos protestos enfrentam risco de detençãoEntretanto, mais de 30 figuras--chave da campanha de deso-bediência civil em Hong Kong correm o risco de serem detidos após serem informados de que são suspeitos de instigar os protestos pró-democracia, escreve ontem o jornal South China Morning Post.

Segundo o diário, que cita fon-tes policiais, os activistas estão a ser acusados de instigar, organizar ou ajudar a erguer as barricadas ilegais dos protestos que ocuparam

várias zonas da cidade ao longo de 79 dias, que terminaram depois do desmantelamento levado a cabo pela polícia.

Entre os que já foram con-vocados pela polícia figuram os líderes estudantis Alex Chow e Joshua Wong, assim como os mais mediáticos líderes do Occupy Central, o revendo Chu Yiu-ming e os académicos Benny Tai e Chan Kin-man.

No passado dia 3 de Dezem-bro, os três líderes do Occupy Central optaram por se entregar voluntariamente à polícia, numa iniciativa simbólica para pôr fim ao movimento, numa altura em que se receava uma escalada de violência, tendo sido libertados uma hora depois.

Entre a lista de suspeitos da polícia estão vários deputados de Hong Kong e membros de partidos liberais, adianta o jornal.

Os convocados pelas auto-ridades devem deslocar-se às instalações policiais, onde as autoridades procederão à sua detenção, para, de seguida, os libertar sob fiança.

Na lista de nomes está também o magnata dos media Jimmy Lai, proprietário e ex-editor do diário chinês Apple Daily.

CY Leung aLerta Contra protestos antes de negoCiações

Elogio do pragmatismoA China pediu nesta segunda-

-feira que as “partes re-levantes” evitem acções

que possam escalar as tensões na Península Coreana depois da imposição de novas sanções pelos Estados Unidos na semana passada.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Hua Chunying fez as declarações duran-te um briefing diário a jornalistas. As sanções foram impostas após um ciberataque contra a Sony Pic-tures Entertainment que, de acordo com a Casa Branca, teve apoio da Coreia do Norte.

“A relativa estabilidade na Pe-nínsula Coreana não veio facilmen-te”, disse Hua. “Esperamos que as partes relevantes ajam com cautela

e evitem tomar medidas que possam piorar ou escalar a situação actual.”

O governo norte-americano citou três entidades, incluindo a agência de inteligência militar norte-coreana, e impôs sanções a 10 pessoas com ligações à venda de armas e prolife-ração na semana passada.

Sanções financeiras têm sido efectivas com a Rússia e o Irão, mas têm tido impacto limitado sobre a Coreia do Norte, que tem sofrido sanções dos EUA por mais de 50 anos.

A Coreia do Norte negou envol-vimento no ciberataque. Os EUA afirmam que não há evidências de que qualquer uma das três entidades ou indivíduos tenham tido algum envolvimento.

Coreias “partes” devem evitar tensões

Aguentar os cavalos

a China expressou o seu desagrado aos Estados Uni-dos e pediu que

o país respeite a política de “uma só China”, depois da embaixada de facto de Taiwan em Washington ter hasteado uma bandeira taiwanesa no dia de Ano Novo, informou o MNE chinês nesta segunda-feira.

O jornal China Post, de Taiwan, noticiou no sábado que esta foi a primeira vez que a bandeira taiwanesa foi içada nos Estados Unidos nos últimos 36 anos, des-de que os Estados Unidos passaram a reconhecer a China continental, em vez de Taiwan, em 1979.

Mais de 100 pessoas participaram na cerimónia no Twin Oaks Estate, em Washington, na quinta--feira, incluindo o principal representante de Taiwan nos EUA, Shen Lyushun,

de acordo com o China Post, citando a Delegação Económica e Cultural de Representação de Taipé em Washington.

“Opomo-nos resoluta-mente à chamada cerimónia

de hasteamento da bandeira pela agência de Taiwan nos Estados Unidos e apresenta-mos representações solenes de protesto aos Estados Unidos”, disse a porta-voz do MNE, Hua Chunying.

Hua exortou os Estados Unidos a cumprirem a política de “uma só Chi-na” e a terem “prudência e tratar adequadamente” quaisquer questões rela-cionadas com Taiwan, a

fim de evitar que inciden-tes semelhantes voltem a acontecer.

A cerimónia de has-teamento da bandeira é o mais recente incidente a envolver Taiwan nas rela-ções entre Estados Unidos e China. O governo chinês informou em Dezembro que havia apresentado um protesto aos Estados Unidos depois do presidente norte--americano, Barack Obama, ter sancionado o projecto de lei que autoriza a venda a Taiwan de quatro fragatas classe Perry equipadas com mísseis guiados.

Embora Taiwan e a China tenham assinado uma série de acordos co-merciais e económicos históricos desde 2008, as desconfianças políticas e militares mútuas ainda são profundas, especialmente em Taiwan.

Washington Pequim Protesta contra hasteamento da bandeira de taiwan

vai Formosa mas pouco seguraBandeira de Taiwan na capital americana desencadeia protestos chineses

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15 chinahoje macau quarta-feira 7.1.2015

A Coreia do Sul consi-dera que Pyongyang adquiriu um nível

tecnológico “significativo” para miniaturizar e instalar ogivas nucleares nos seus mísseis, salienta o Livro Branco de Defesa publicado ontem na Coreia do Sul.

Na sequência do terceiro ensaio nuclear subterrâneo encetado pelo regime de Kim Jong-un no início de 2013, Seul incluiu, pela primeira, vez, uma análise tecnológica sobre o programa nuclear e de mísseis norte-coreanos no seu relatório semestral so-bre defesa. “A capacidade da Coreia do Norte de mi-niaturizar armas nucleares atingiu, aparentemente, um nível significativo”, salienta o documento.

Por outro lado, Seul acredita que Pyongyang terá

cerca de “40 quilogramas de plutónio apto para a produ-ção de armas mediante o reprocessamento continua-do de barras de combustível gasto (usado previamente num reactor) e que pode estar a trabalhar num pro-grama de urânio altamente enriquecido”.

Apesar de Pyongyang não ter apresentado publi-camente a sua capacidade, peritos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos acredi-tam que o país já possui a tecnologia para o executar.

Um porta-voz do Minis-tério da Defesa da Coreia do Sul disse, citado sob anoni-mato pela agência Yonhap,

realizados por Pyongyang, o último dos quais com um projétil capaz de alcançar os 10.000 quilómetros.

activistas Lançam panfLetosEntretanto, activistas sul--coreanos lançaram balões com panfletos a condenar o regime de Pyongyang, uma provocação que pode pôr em risco as novas tentativas de retomar o diálogo entre as duas Coreias.

“Lançámos cerca de 300.000 panfletos na noi-te passada”, disse à AFP Lee Min-Bok, um desertor norte-coreano que lidera o Campanha para Ajudar os Norte-Coreanos.

garantiu não existirem dados concreto de informações secretas que apontem para as capacidades tecnológicas da Coreia do Norte.

No entanto, acrescentou, tendo em consideração que o processo de capacitação demora cerca de dois a sete anos e tendo passado oito anos após o primeiro teste, a Coreia do Norte terá agora capacidade significativa para produzir ogivas nucleares mais pequenas.

O Livro Branco recorda que os mísseis da Coreia do Norte podem, provavelmen-te, alcançar território norte--americano, tendo como base de prova os cinco testes

Em Outubro do ano passado, os balões de Lee geraram uma breve troca de tiros na fronteira, com o Norte a tentar atingir os balões. Na altura, o incidente

anulou os planos para reto-mar as negociações entre os dois países.

Pyongyang - que se refere aos activistas como “lixo humano” - tem vindo a condenar o lançamento dos panfletos e pede que sejam banidos. Na mensagem de Ano Novo, Kim deixou claro que o Sul tem de parar de criticar o seu regime.

No entanto, o Ministério da Unificação Sul-Coreano reafirmou hoje a posição de Seul de que não há qualquer base legal para proibir o lan-çamento de panfletos.

“Se nos afastarmos deste princípio básico no que toca aos panfletos apenas para retomar o diálogo, isso seria indesejável para o desenvol-vimento normal das relações Sul-Norte” a longo prazo, indicou o Ministério, citado pela agência Yonhap.

Coreia do norte evoLuiu na sua CapaCidade teCnoLógiCa miLitar

Um irmão cada vez mais perigoso

regiãO

a China aliviou o controlo que mantinha sobre a exportação de ter-

ras raras — minerais usados na fabricação de telemóveis e outros produtos de alta tecno-logia — depois de perder uma acção movida pelos Estados

Unidos na Organização Mun-dial do Comércio (OMC).

De acordo com as direc-trizes comerciais do Ministro do Comércio para o ano de 2015, as terras raras não serão mais incluídas nas cotas de exportação. Pequim impôs este sistema de cotas em 2009

enquanto tentava desenvol-ver a sua própria indústria que transforma os minerais em ímanes de baixo peso e noutros produtos.

Em Agosto de 2014, um painel da OMC defendeu uma regulação no caso apresentado por Washington

afirmando que o governo chinês falhou em mostrar que as cotas de exportação eram justificadas.

A China tem cerca de 30% dos depósitos mundiais de terras-raras, mas é respon-sável por mais de 90% da produção.

cUsto aLto e riscos amBientaisAs terras raras são o conjunto de 17 elementos químicos encontrados em jazidas minerais. Apesar de serem chamados de raros, alguns deles são mais abundantes na natureza do que metais como cobre e ouro. Porém, a sua raridade advém do alto custo do processo de produção.

Além dos telemóveis, as terras raras estão presentes na indústria bélica, na qual são usadas na fabricação de sistemas de orientação de mísseis. Também são impor-tantes na indústria de energias renováveis, pois são usadas para produzir painéis solares e turbinas eólicas.

As terras raras também exigem um cuidado especial, já que a sua produção implica também elementos radioac-tivos que necessitam de armazenamento especial.

china reduz o controlo sobre exPortação de terras raras

seja feita a vossa vontade • Lantânio: usado na produção de luz, principalmente para iluminação de estúdios e projecções na indústria cinematográfica

• cério: usado principalmente na forma de ligas empregadas em pedras de ignição de isqueiros e também na indústria petrolífera

• praseodímio: utilizado em componentes de motores de avião

• neodímio: usado para colorir vidros e em corantes de esmaltes

• promécio: usado em pequenas baterias para converter luz em corrente eléctrica

• samário: usado em ligas para a produção de auscultadores e em óculos de sol

• eUrópio: usado em tvs a cores

• GadoLínio: usado na fabricação de cds e memórias de computador

• térBio: usado em diversos dispositivos electrónicos

• disprósio: usado em componentes de materiais para lasers

• HóLmio: usado como gerador de campos magnéticos, em reactores nucleares e na produção de lasers

• érBio: usado como pigmento para colorir vidros e esmaltes

• túLio: é um dos elementos menos abundantes das terras raras, com pouca aplicação comercial

• itérBio: aumenta a resistência e outras propriedades mecânicas do aço inoxidável

• LUtécio: é empregado como catalisador no craqueamento do petróleo nas refinarias

• ítrio: usado nas tvs a cores

• escândio: usado na indústria aeroespacial

Lista de terras raras e suas apLicações

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16 hoje macau quarta-feira 7.1.2015

WANG CHONG 王充 OS DiScurSOS POnDeraDOS De WanG cHOnG

Sobre a morte – 20 & 21

[É precisa] água para se afogar e fogo para se queimar. As coisas que podem fazer mal pertencem todas aos Cinco Elementos: o ferro fere, a madeira bate, a terra sufoca, a água afoga, o fogo queima. Se, ao morrer, os espíritos subtis se transformassem numa substância que participasse de um dos cinco elementos, poderiam, então, causar dano; como tal não é o caso, são incapazes de causar mal, dado não se tratarem de coisas mas de fluidos.Se certos fluidos podem causar mal, tratam-se de fluidos taiyang, que são venenosos; se, ao morrer os fluidos humanos se transformassem em fluidos taiyang, poderiam, então causar dano: como tal não é o caso, são incapazes de o fazer.

* * *

O nosso exame demonstrou, portanto, que os mortos não se transformam em fantasmas, nem que são dotados de consciência, nem que podem causar mal aos vivos. Assim, as aparições de fantasmas não são causadas pelos fluidos subtis e que se as pessoas são feridas [por fantasmas] tal não se deve aos fluidos subtis dos mortos.

Tradução de Rui CascaisIlustração de Rui Rasquinho

Wang Chong (王充), nasceu em Shangyu (actual Shaoxing, província de Zhejiang) no ano 27 da Era Comum e terá falecido por volta do ano 100, tendo vivido no período correspondente à Dinastia Han do Leste. A sua obra principal, Lùnhéng (論衡), ou Discursos Ponderados, oferece uma visão racional, secular e naturalista do mundo e do homem, constituindo uma reacção crítica àquilo que Wang entendia ser uma época dominada pela superstição e ritualismo. Segundo a sinóloga Anne Cheng, Wang terá sido “um espírito crítico particularmente audacioso”, um pensador independente situado nas margens do poder central. A versão portuguesa aqui apresentada baseia-se na tradução francesa em Wang Chong, Discussions Critiques, Gallimard: Paris, 1997.

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17 artes, letras e ideiashoje macau quarta-feira 7.1.2015

Os mortos não se transformam em fantasmas, nem são dotados de consciência, nem podem causar mal aos vivos.

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18 desporto hoje macau quarta-feira 7.1.2015

1 , 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20... bom, é me-lhor pararmos por aqui.

Conte mais 59 e aí tem o nú-mero de jogos consecutivos que o Benfica leva a marcar no campeonato nacional: 79. É uma marca impressionan-te, alcançada na era Jorge Jesus, que ultrapassa em

Mukhtar de regresso ao HerthaO médio Hany Mukhtar, que este durante o fim de semana em Lisboa a negociar com o Benfica, voltou esta segunda-feira a treinar-se junto do plantel do Hertha de Berlim, clube ao qual está vinculado até final da presente época. A dúvida permanece por esclarecer: se o jogador, de 19 anos, vai deixar de imediato o Hertha para rumar ao Benfica ou se permanecerá até final da época ao serviço do clube alemão. O treinador Jos Luhukay, confrontado após o treino sobre a situação do jogador, referiu: «No último ano e meio falámos muito com ele e com os seus agentes para mostrar-lhes a nossa perspetiva. Agora soubemos que foi a Lisboa, mas não sei como isto vai acabar.»

Mourinho irrita-se com Eva Carneiro Além dos golos, houve outro episódio que marcou a vitória deste domingo do Chelsea frente ao Watford na Taça de Inglaterra. José Mourinho irritou-se com a médica do clube, a famosa Eva Carneiro, porque esta terá demorado demasiado tempo para avaliar se a lesão de Oscar era ou não impeditiva de continuar em campo. O brasileiro acabou por recuperar e continuar em campo. A situação foi bastante comentada no Twitter.

Slimani confirma proposta do West HamEm entrevista ao jornal Le Buteur, Islam Slimani confirmou ter recebido uma proposta do West Ham no final da época passada. «É verdade que existiu uma oferta do West Ham, mas fiquei na minha equipa e fiz uma boa escolha. A estabilidade é positiva. Tenho de trabalhar mais para progredir e depois penso na saída», afirmou o avançado. Com contrato até 2017, Slimani não descarta prolongar o vínculo com os leões. «Estou concentrado em terminar a época na máxima força e conquistar um título, no mínimo. Depois se verá. Talvez no próximo ano», apontou o argelino.

Barcelona Direcção faz ultimato a Luis EnriqueA Direção do Barcelona fez um ultimato a Luis Enrique, ameaçando o treinador com o despedimento caso a equipa catalã não vença (e convença) os próximos dois jogos, ante Elche e Atlético Madrid. O treinador, contratado no último verão, continua sem convencer e a derrota de domingo frente à Real Sociedad, quando poderia assumir a liderança da Liga, terá sido a gota de água para os dirigentes do clube, até porque Luis Enrique começou

a referida partida com Messi, Neymar, Piqué e Dani Alves no banco de suplentes. A posição de Luis Enrique estará ainda mais fragilizada depois de notícias que apontam para alegado mal-estar com Messi, depois de o argentino não ter escondido o seu desagrado por ter ficado no banco. O treinador terá agora os próximos dois jogos para afastar o cenário de crise, correndo o risco de seguir os passos de Andoni Zubizarreta, demitido esta segunda-feira do cargo de director desportivo.

ANÚNCIOCONCURSO PÚBLICO N.º 32/P/14

Faz-se público que, por despacho do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, de 24 de Novembro de 2014, se encontra aberto o Concurso Público para a <<Prestação de Serviços de Pulverização do Óleo Larvicida aos Serviços de Saúde>>, cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 7 de Janeiro de 2015, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício da Administração dos Serviços de Saúde, 1.º andar, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de MOP35,00 (trinta e cinco patacas), a título de custo das respectivas fotocópias (local de pagamento: Secção de Tesouraria destes Serviços de Saúde) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet no website dos S.S. (www.ssm.gov.mo). As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17,45 horas do dia 27 de Janeiro de 2015. O acto público deste concurso terá lugar no dia 28 de Janeiro de 2015, pelas 10,00 horas, na sala do <<Museu>> situada no r/c do Edifício da Administração dos Serviços de Saúde junto ao C.H.C.S.J. A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de MOP43.776,00 (quarenta e três mil, setecentas e setenta e seis patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente. Serviços de Saúde, aos 30 de Dezembro de 2014

O Director dos Serviços, SubstitutoChan Wai Sin

Benfica 79 JOgOS CONSECuTIvOS A MARCAR NA LIgA

aquela máquina!

20 jogos o anterior recorde (conseguido também pelo Benfica na longínqua década de 40). E que poderá não ficar por aqui.

A caminhada iniciou-se com um 4-1 ao Marítimo, em casa, a 21 de Abril de 2012. Desde então, nunca mais o Benfica terminou um jogo da Liga a zero no marcador. A última equipa que completou 90 minutos sem sofrer um golo das águias de Jorge Jesus foi o Sporting, na 26.a jornada de 2011/12 (1-0 em Alva-lade, golo de Wolfswinkel). A equipa ultrapassou as épocas 2012/13 e 2013/14 sempre a marcar (um título e um 2.o lugar) e chega prati-camente a metade desta sem saber o que significa “ficar em branco”. Caso marque ao V. Guimarães, na Luz, atinge as oito dezenas de jogos sempre a marcar.

“O Benfica faz golos em Marselha, porque faz golos em qualquer lado”. Quando Jorge Jesus fez esta afirmação antes de um jogo da Liga Europa, ainda em

2010, estava longe de saber que a sua profecia iria durar.

O “faz golos em todo o lado” tornou-se uma máxi-ma cumprida à risca no cam-peonato. Nunca uma equipa portuguesa conseguira uma marca que se aproxime (ver lado esquerdo da página). No futebol as exibições con-tam mais que os números, e os títulos ainda são quem mais ordena.

Por isso, JJ sofreu forte contestação dos adeptos benfiquistas depois de ter perdido dois campeonatos para o FC Porto de Vítor Pereira. Porém, o técnico de 60 anos continua a fazer história. Em 165 jogos de águia ao peito na Liga, a sua equipa só ficou em branco sete vezes (Braga e Sporting, 2009; Porto, 2010; Guima-rães, Académica, Olhanense e Sporting, 2012). Neste ci-clo de 79 partidas que ainda decorre, o Benfica tem uma média de 2,26 golos/jogo. Olhando para o passado recente e para as principais ligas europeias, só o Bayern conseguiu algo semelhante.

Entre Abril de 2012 e 2014, os bávaros de Jupp Heyn-ckes – e, posteriormente, de Pep Guardiola – consegui-ram uma série de 65 jogos consecutivos a marcar na Bundesliga.

Sem dúvida que Óscar Cardozo foi o goleador mais importante das últimas tem-poradas na Luz. Mas as le-sões e o apagão do paraguaio na última temporada, fazem de Lima o nome mais vezes repetido nestes 79 jogos. O avançado brasileiro contra-tado ao Braga foi quem furou as redes adversárias com maior frequência:39 golos. Cardozo, 26, e Rodrigo, 19, completam o trio mais influente e a quem JJ pode agradecer.

A vitória por 3-0 em Penafiel, no fim-de-semana, deixou também o Benfica a um ponto de ser campeão de Inverno pela quarta época consecutiva. A duas jornadas do fim da primeira volta, as águias têm seis pontos de vantagem sobre o FC Porto.

JJ já sabe que as contas se fazem no fim e todas estas estatísticas de nada servirão se o título não terminar na Luz. Nos três anos anteriores em que o Benfica liderava a meio do campeonato, foi ultrapassado pelos dragões em duas ocasiões.

Em 2014 Jesus con-seguiu mudar o rumo dos acontecimentos e vencer o segundo título de campeão nacional pelo Benfica. Se em Maio de 2015 as águias voltarem a festejar, termina um jejum de 31 anos: des-de 1984, com Sven-Goran Eriksson, que o Benfica não consegue o bicampeonato.

Águias atingem 79 jogos consecutivos a marcar na Liga, superando em 20 o anterior recorde (59) da década de 40. Difícil é não associar o nome Jorge Jesus à impressionante marca. Em 165 jogos com o técnico, só em 7 a equipa ficou a zero

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19hoje macau quarta-feira 7.1.2015 ócios / negócios‘Asobu’, lojA de Artes AdelA sou, co-fundAdorA

“Macau teM espaço para desenvolver coisas ainda inexistentes”

‘Asobu’ é um novo espaço de venda de peças artísticas e ensino de pintura. Adela Sou, uma das responsáveis, retirou a ideia do Japão e assegura que tudo passa pelo divertimento. Afinal, Macau ainda tem espaço para desenvolver artes desta forma

Flora [email protected]

‘a Sobu’ é uma palavra japonesa que significa ‘divertir-se’ e é esse mesmo o tema da nova loja de

Adela Sou. É que segundo ela, uma das responsáveis, “tudo tem que ver com entretenimento”. Harmonia é talvez a palavra mais adequada para descrever o sentimento fornecido pela loja, que se encontra pejada de pinturas, decorações e instrumentos de música.

Adela Sou explica que, na ‘Asobu’ se vendem guitarras e roupa da marca nipónica S-izm. Mas há ainda espaço para discos musicais, filmes e jogos de tabuleiros, ainda que a maior fatia de negócio seja feito através de aulas de pintura para pequenos e graúdos. muito s destes talentos em ponto pequeno. a sstudar para o jaspara crianças com ida-de inferior aos 14 anos”os “Recrutámos professores para ensinar desenho e às vezes eu e outros responsáveis também ensinamos. Cada aula tem apenas cinco alunos porque assim é possível ensinar melhor, dando mais oportunidades de aprendizagem. As aulas para crianças e para adultos são separadas porque a forma de ensino são diferentes.” explicou.

Quanto ao custo de cada aula, Adela Sou explica que cada pacote de quatro sessões custa entre 600 e 800 patacas. “Normalmente, as aulas dos adultos são dadas às quartas e sextas-feiras, ficando o fim-de-semana reservado para crianças com idade inferior aos 14 anos”, acres-centou a responsável.

A loja inaugurou em Julho passado, na Rua do General Rodrigues, mesmo junto ao jardim Lou Lim Ieok. Adela Sou tem apenas 24 anos e é licenciada em Design Gráfico pelo Instituto Poli-técnico de Macau, tendo ido trabalhar e estudar para o Japão durante dois anos. O regresso à terra-natal e a experiência no Japão aguçou a vontade de Adela em trazer a cultura nipónica para o território e criar algo diferente do que já cá existe. Foi assim mesmo que surgiu a ideia de abrir a ‘Asobu’ com outros sócios.

“Acho que Macau tem muito espaço para desenvolver coisas inexistentes”, disse. A designer acrescentou ainda que os trabalhos de pintura feitos pelos alunos da galeria são bem-vindos em exposi-

ções a ter lugar no mesmo espaço. “São coisas especiais e diferentes”, disse Sou, referindo-se às obras destes talentos em ponto pequeno.

Além-AppA sócia é responsável pela secção de retalho da loja, mas assegura ter dado especial atenção ao canto de jogos de tabuleiro, CD e filmes, pois considera que é uma oportunidade para as crianças porem os telemóveis e computadores de parte por um pedaço de tempo. “Há vários jogos que não precisam de plataformas electrónicas para ganharem vida”, frisou. A ‘Asobu’ vende também obras originais de artistas independentes locais, de Hong Kong ou de outros países, tais como fil-mes. A responsável adianta que a grande maioria é divertido, mas não é conhecido, nem comum. Por tudo isto, Adela Sou considera que o aproveitamento da loja

foi bem feito, estando o espaço dividido em várias secções.

EspAços A mEnos“Em Macau ainda não existem muitos espaços destinados à criação, pois muitos deles concentram-se no sector de exposi-ções. Pessoalmente, não gosto dessa área e por isso é que abri este espaço”, afirma. É que Adela Sou acredita que faltam espaços deste género no território.

“Tenho vindo a reparar que podemos fazer o que queremos, neste caso para que mais pessoas gostem disso”, acrescentou. Entre risos, a jovem designer recorda momentos em que determinadas pessoas apenas entram na ‘Asobu’ só para experi-mentar os instrumentos que por ali estão. No que diz respeito ao custo de um negócio como estes, Adela explica que, embora a renda seja entre as dez mil a 20 mil patacas, não foi necessário investir muito capital

inicial, já que o espaço estava em bom estado antes de ser arrendado pelos sócios. Menos de 50 mil patacas foi o suficiente para reestruturar o local e transformá-lo naquilo que hoje é a ‘Asobu’.

“Antes a loja vendia candeeiros e a de-coração era boa, pelo que não precisámos de mudar os azulejos do chão. Fomos nós próprios que pintámos as paredes e até tivemos amigos que ofereceram algumas peças de mobiliário”, referiu.

os fundadores decidiram não pedir apoio financeiro do Governo nem recorrer ao subsídio fornecido às PME, tendo pago tudo do seu bolso. No que diz respeito ao tipo de publicidade feita, a responsável acredita no poder das redes sociais. “Des-cobrimos que hoje em dia poucas pessoas fazem compras enquanto passeiam na rua. Tendo isto em conta, decidimos então vender os produtos nas redes sociais e só mais tarde atraímos os clientes até à loja”, começa. No entanto, não é apenas o facto dos produtos estarem à distância de um clique, mas sim da rapidez de chegada dos produtos. “A venda online permite o envio de 300 produtos em apenas dois dias e o processo físico de venda é mais lento”, justifica a co-fundadora, que refere ser essa a razão para o equilíbrio das despesas.

Adela Sou lamenta, no entanto, que a renda tenha aumentado devido à abertura de vários estabelecimentos de comida perto. Contudo, e porque nem tudo são desgraças, a inauguração destes espaços de restauração parece ter trazido mais movimento e vida à rua. A designer e professora de música recorda ainda, com entusiasmo, que o contrato de arrenda-mento do espaço é de cinco anos, pelo que é um assunto que fica para trás das costas. Entre instrumentos, sons e várias obras de arte de pessoas mais e menos experientes, Adela Sou frisou que está optimista relativamente a este projecto. “o negócio não é uma brincadeira e não queremos ganhar muito dinheiro, mas sim fazer o que gostamos. o negócio vai continuar por muito tempo”, disse com determinação.

“O negócio não é uma brincadeira e não queremos ganhar muito dinheiro, mas sim fazer o que gostamos. O negócio vai continuar por muito tempo”

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hoje macau quarta-feira 7.1.201520 publicidade

DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE TURISMOANÚNCIO

A Direcção dos Serviços de Turismo do Governo da Região Administrativa Especial de Macau, faz público que, de acordo com o Despacho de 11 de Dezembro de 2014 do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, se encontra aberto concurso público para adjudicação do serviço de produção de materiais promocionais e aluguer de equipamentos para a “Parada de Celebração do Ano Novo Chinês do ano 2015”.

Desde a data da publicação do presente anúncio, nos dias úteis e durante o horário normal de expediente, os interessados podem examinar o Processo do Concurso na Direcção dos Serviços de Turismo, sita em Macau, na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n.os 335-341, Edifício “Hotline”, 12.o andar, e ser levantadas cópias, incluindo o Programa do Concurso, o Caderno de Encargos e demais documentos suplementares, mediante o pagamento de duzentas patacas (MOP200,00); além disso ainda se encontra igualmente patente no website da Direcção dos Serviços de Turismo (http://industry.macautourism.gov.mo), podendo os concorrentes fazer “download” do mesmo.

Sessão de esclarecimento será realizada no Auditório da Direcção dos Serviços de Turismo, sito em Macau, na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n.os 335-341, Edifício “Hotline”, 14.o andar pelas 15:00 horas do dia 5 de Janeiro de 2015.

O limite máximo do valor global da prestação de serviço é de MOP12.000.000,00 (doze milhões de patacas)

Critérios de apreciação das propostas e percentagem:

Os concorrentes deverão apresentar as propostas na Direcção dos Serviços de Turismo, sita em Macau, na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n.os 335-341, Edifício “Hotline”, 12.o andar, durante o horário normal de expediente e até às 17:30 horas do dia 16 de Janeiro de 2015, devendo as mesmas ser redigidas numa das línguas oficiais da RAEM ou em inglês, prestar a caução provisória de MOP240.000,00 (duzentas e quarenta mil patacas), mediante 1) depósito em numerário à ordem da Direcção dos Serviços de Turismo no Banco Nacional Ultramarino de Macau 2) garantia bancária 3) depósito nesta Direcção dos Serviços em numerário, em ordem de caixa ou em cheque visado, emitidos à ordem da Direcção dos Serviços de Turismo 4) por transferência bancária na conta do Fundo do Turismo do Banco Nacional Ultramarino de Macau.

O acto público do concurso será realizado no Auditório da Direcção dos Serviços de Turismo, sito em Macau, na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n.os 335-341, Edifício “Hotline”, 14.o andar pelas 10:00 horas do dia 19 de Janeiro de 2015.

Os representantes legais dos concorrentes deverão estar presentes no acto público de abertura das propostas para efeitos de apresentação de eventuais reclamações e/ou para esclarecimento de eventuais dúvidas dos documentos apresentados ao concurso, nos termos do artigo 27.o do Decreto-Lei n.o 63/85/M, de 6 de Julho.

Os representantes legais dos concorrentes poderão fazer-se representar por procurador devendo, neste caso, o procurador apresentar procuração notarial conferindo-lhe poderes para o acto público do concurso.

Em caso de encerramento destes Serviços por causa de tempestade ou por motivo de força maior, o termo do prazo de entrega das propostas, a data e hora de sessão de esclarecimento e de abertura das propostas serão adiados para o primeiro dia útil imediatamente seguinte, à mesma hora.

Direcção dos Serviços de Turismo, aos 26 de Dezembro de 2014

A Directora, Substituta Tse Heng Sai

Critérios de adjudicação Factores de ponderação

Preço 30%

Maior garantia de segurança e eficiência na prestação do serviço- Informações sobre os equipamentos a serem utilizados- Plano de produção dos materiais de decoração- Plano de montagem e desmontagem

40%

Experiência e competência técnica do concorrente 30%

AVISO

Faz-se saber que, em relação ao concurso público para «Empreitada de Construção da Fundação por Estacas do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas – Edifício de Residências do Pessoal», publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 52, II Série, de 26 de Dezembro de 2014, foram prestados esclarecimentos, nos termos do artigo 2.2 do programa do concurso, e foi feita aclaração complementar conforme necessidades, pela entidade que realiza o concurso e juntos ao processo do concurso.

Os referidos esclarecimentos e aclaração complementar encontram-se disponíveis para consulta, durante o horário de expediente, no Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas, sito na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10º andar, Macau.

Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas, aos 2 de Janeiro de 2015.

O Coordenador do Gabinete, substituto Chau Vai Man

AVISO

Faz-se saber que, em relação ao concurso público para «Empreitada de Construção da Fundação por Estacas do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas – Instituto de Enfermagem», publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 52, II Série, de 26 de Dezembro de 2014, foram prestados esclarecimentos, nos termos do artigo 2.2 do programa do concurso, e foi feita aclaração complementar conforme necessidades, pela entidade que realiza o concurso e juntos ao processo do concurso.

Os referidos esclarecimentos e aclaração complementar encontram-se disponíveis para consulta, durante o horário de expediente, no Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas, sito na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10º andar, Macau.

Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas, aos 2 de Janeiro de 2015.

O Coordenador do Gabinete, substituto Chau Vai Man

Open Tender Notice

Request for Proposal – Supervision and Technical Support Service for Design & Build of Passenger Terminal Building North Extension at MIA (RFQ-209)1. Company: Macau International Airport Co. Ltd. (CAM)2. Tendering method: Open tendering3. Objective: To select a Supervision Consultant for supervising the

construction of Passenger Terminal Building North Extension at Macau International Airport.

4. Request for tender documents: Tender Notice and Tender Document can be downloaded from the

website www.macau-airport.com and www.camacau.com until 7 days prior to the deadline for submission of Bidders’ tenders. Please regularly check the website for any clarification or changes/ modification/amendment in the Tender Document.

5. Location and deadline for submission of Bidders’ tenders: Macau International Airport Co. Ltd. (CAM) 4th Floor, CAM Office Building, Av. Wai Long, Taipa, Macau Before 12:00 noon on 30 Jan 2015 (Macau Time) The addressee of the tender shall be Mr. Deng Jun – Chairman of the

Executive Committee. The tenders received after the stipulated date and time will not be

accepted.6. CAM reserves the right to reject any tender in full or in part

without stating any reasons.

-END-

ANÚNCIO

A Direcção dos Serviços de Turismo faz público que, de acordo com o Despacho de 5 de Dezembro de 2014, do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, se encontra aberto concurso público para “Prestação de Serviços do Plano Geral do Desenvolvimento da Indústria do Turismo de Macau”.

O Programa do Concurso e o Caderno de Encargos encontram-se disponíveis, para efeitos de consulta no Balcão de Atendimento da Direcção dos Serviços de Turismo, no Edifício “Hot Line”, Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n.os 335-341, 12.° andar, Macau, a partir da data de publicação do presente aviso, dentro do horá-rio normal de expediente, e as respectivas cópias poderão ser levantadas mediante o pagamento de MOP500,00 (quinhentas patacas).

Para quaisquer esclarecimentos, a partir da data da publicação do aviso e até dez (10) dias antes do termo do prazo para a entrega das propostas, os interessados podem apresentar as suas questões, na página electrónica da Direcção dos Serviços de Turismo (http://industry.macautourism.gov.mo), sendo as respostas, também, dadas nesta mesma página electrónica.

O limite máximo do valor do concurso é de MOP20.000.000,00 (vinte milhões de patacas).Os critérios de apreciação das propostas e os respectivos factores de ponderação são os seguintes:- Conhecimento do conteúdo de prestação de serviços do plano (35%);- Método do plano e programa de trabalho das diferentes fases (20%);- Preço (15%);- Experiência (30%). Os concorrentes devem entregar as suas propostas redigidas em chinês, português, ou inglês no Balcão

de Atendimento da DST, no Edifício “Hot Line”, Alameda Dr. Carlos d’ Assumpção, n.os 335-341, 12.° andar, Macau dentro do horário normal de expediente, cujo prazo de entrega é até às 17:45 horas do dia 2 de Março de 2015. Devem, ainda, os concorrentes prestar uma caução provisória, no valor de MOP400.000,00 (quatrocentas mil patacas). A forma de pagamento dessa caução provisória pode ser: 1) mediante depósito ban-cário à ordem, do Fundo de Turismo, no Banco Nacional Ultramarino; 2) garantia bancária; 3) depósito entregue nesta Direcção dos Serviços de Turismo em numerário, em ordem de caixa ou em cheque visado, emitidos à ordem do Fundo de Turismo; ou 4) por transferência bancária para a conta do Fundo de Turismo, no Banco Nacional Ultramarino de Macau (conta n.º 8003911119) .

O acto público do concurso realizar-se-á no Auditório da Direcção dos Serviços de Turismo, no Edifício “Hot Line”, Alameda Dr. Carlos d’ Assumpção, n.os 335-341, 14.° andar, Macau, pelas 10:00 horas do dia 3 de Março de 2015.

Em caso de encerramento desta Direcção de Serviços, por causa de tempestade ou força maior, o termo do prazo de entrega das propostas, a data e a hora de abertura das propostas serão adiadas para o primeiro dia útil, imediatamente seguinte, à mesma hora.

Os representantes legais dos concorrentes deverão estar presentes no acto público do concurso para efei-tos de apresentação de eventuais reclamações e/ou para esclarecimento de eventuais dúvidas dos documentos apresentados ao concurso, nos termos do artigo 27.° do Decreto-Lei n.° 63/85/M, de 6 de Julho.

Direcção dos Serviços de Turismo, aos 18 de Dezembro de 2014.

A Directora dos ServiçosMaria Helena de Senna Fernandes

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21hoje macau quarta-feira 7.1.2015 (F)utilidadestempo chuva fraca min 14 max 20 hum 65 -95% • euro 9 .5 baht 0 .2 yuan 1 .3

O que fazer esta semana?

João Corvo fonte da inveja

As mulheres e as crianças têm em comum serem incompreensíveis.

C i n e m aCineteatro

Sala 1taken 3 [c]Um filme de: Oliver MegatonCom: Liam Neeson, Forest Whitaker, Famke Janssen14.00, 15.55, 17.50, 21.30

night at the muSeum: Secret of the tomb [b]Um filme de: Shawn LevyCom: Ben Stiller, Robin Williams, Owen Wilson19.45

Sala 2Seventh Son [c]Um filme de: Sergei Bodrov

Com: Jeff Bridges, Julianne Moore, Ben Barnes14.30, 16.30, 21.30

Sala 3Seventh Son [3d] [c]Um filme de: Sergei BodrovCom: Jeff Bridges, Julianne Moore, Ben Barnes19.30

women who flirt [b](FaLadO eM MaNdaRiM COM LegeNda eM ChiNêS e iNgLêS)Um filme de: Pang ho-CheungCom: Zhou Xun, huang Xiao Ming14.30, 16.30, 19.30, 21.30

TakeN 3

• amanhãeXPOSiçãO “TRaNSMUTaTiON” e “FOaM TiP”

(PiNTURa e PORCeLaNa, POR CaROL kWOk e aRLiNda FROTa)

Signum Living Store

Entrada livre

• diariamenteeXPOSiçãO “PONTO de PaRTida:

PiNTURaS de deNNiS MURReL

e dOS SeUS aRTiSTaS” (aTé 31/01)

Fundação Rui Cunha, 18h30

Entrada livre

eXPOSiçãO de SâNdaLO veRMeLhO (aTé 22/03)

MgM Resort

Entrada livre

eXPOSiçãO de PiNTURa

“113º 55’ e 21’ 11’N”,

de SOFia aReaL (aTé 12/01)

Casa garden

Entrada livre

eXPOSiçãO de PiNTURa “kOReaN aRT”,

COM Oh YOUNg SOOk e kiM YeON Ok (aTé 15/02)

galeria iao hin

Entrada livre

eXPOSiçãO de deSigN de CaRTaZeS

“v•X•Xv:” (OBRaS de 1999, 2004

e 2009) [aTé 15/03]

Museu da Transferência da Soberania

de Macau, 10h00 às 19h00

Entrada livre

AcontEcEu HojE 7 de JaNeiRO

Morre Inês de castro, a paixão de D. Pedro• a 7 de Janeiro, assinala-se a morte de inês de Castro, executada por ordem do rei d. afonso iv, em 1355, em resultado do romance com o infante Pedro i. as lutas de sucessão e o escândalo de um romance proibido precipitaram a morte de inês de Castro.d. inês de Castro nasceu na galiza e foi uma nobre amada por d. Pedro i, futuro rei de Portugal, de quem teve três filhos. era filha de d. Pedro Fernandes de Castro, um dos fidalgos mais poderosos do reino de Castela.apaixonou-se pelo infante Pedro i, herdeiro do trono português, que casara com d. Constança Manuel. essa paixão foi correspondida pelo infante, o que deu origem a um romance histórico, mal visto no seu tempo, quer pela corte, como pelo povo.O rei d. afonso iv não aprovava esta relação, que considerava imoral e que punha em causa as relações diplomáticas com d. João Manuel de Castela. e por isso ordenou, em 1344 que d. inês fosse exilada no castelo de albuquerque, na fronteira de Castela.No entanto, em Outubro de 1345, d. Constança morreu ao dar à luz d. Fernando i, futuro rei de Portugal. d. Pedro fica viúvo e ordenou que d. inês regressasse do exílio, o que contrariava a vontade do pai.Pedro e inês passaram a viver juntos, o que gerou uma profunda desavença entre o infante e o pai, além de um escândalo na corte. d. afonso iv tentou casar o filho com uma dama de sangue real, mas d. Pedro rejeitou, alegando que sentia a perda da ex-mulher, d. Constança.Nos anos seguinte, no entanto, d. inês e d. Pedro foram gerando descendência: quatro filhos, sendo que um deles morreu pouco depois da nascença. estes nasci-mentos de João, dinis e Beatriz agravaram o problema, porque d. afonso iv temeu ser preterido na sucessão ao trono por um dos filhos bastardos do pai.Por outro lado, circulavam boatos de que os filhos de inês de Castro e d. Pedro conspiravam para assassi-nar o infante d. Fernando, herdeiro de d. Pedro, para o trono português passar para o filho mais velho de inês de Castro.até que no dia 7 de Janeiro de 1355, o rei cede às pressões dos conselheiros e decide executar d. inês de Castro, aproveitando a ausência de d. Pedro numa excursão de caça. e é esse facto histórico que hoje se recorda.

u m L i v r o H o j e“EnsAIo sobrE A lucIDEz”

(josé sArAMAgo)

num dia de chuva intensa como não se via desde que há memória acontecem eleições municipais. nem uma alma entra por aquela porta para votar, o que deixa os delegados dos partidos em pânico. Subitamente, depois das 16 horas, um tumulto de gente sai de suas casas para ir votar, sem explicação aparente, mas o número de votos em branco obriga à repetição das eleições na semana seguinte. uma escrita do Prémio nobel da

Literatura carregada de ironia e de uma profunda reflexão sobre o actual sistema democrático vigente no ocidente, a sua representatividade e o papel dos média nesse processo. - Andreia sofia silva

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C om a entrevista que hoje publicamos de Alexis Tam, a RAEm parece en-trar resolutamente numa nova fase da sua existên-cia política. Logo a abrir, o facto de um Secretário se disponibilizar para comunicar as suas ideias e futuras medidas a um

órgão de Comunicação Social é um signi-ficativo avanço, quando comparado com os seus predecessores, cujo desprezo pela população foi explícito e notório. Parece assim que entramos numa nova era, na qual os governantes entendem que estão nas suas cadeiras para servir e não com outros objectivos.

É inevitável estabelecer uma compara-ção porque, durante quinze anos, aturámos figuras escondidas em torres de marfim, talvez por isso incapazes de sentir o pulsar da sociedade, que deixaram o barco resvalar para uma situação perigosa de insatisfação social. Senhores de si, mas não das pastas que ocupavam, deixaram entrar água e mais água, permitiram que muito se degradasse, ao sabor dos interesses e talvez da pouca vontade que tinham em realmente servir o povo da RAEm.

Agora tudo parece diferente, embora seja ainda tarde para ter certezas. o exemplo de Alexis Tam devia-se estender a outros membros do novo Governo, na medida em que a comunicação com as pessoas através dos media é da ordem da obrigação e não do “não me dá jeito” ou “não me apetece”, como tanto sucedeu no passado.

Faz parte do segundo sistema existir uma corrente contínua de informações, de questionamentos e de transparência das acções dos Governos, algo que nunca foi interiorizado, por exemplo, por Florinda Chan, Francis Tam, Lao Si Io, Cheong U e mesmo Cheong Kuok Va. Como desculpa, poderemos imaginar que foram mal acon-selhados. Resultado: a sua passagem pelo Executivo não brilhará nos respectivos currículos.

Na entrevista, Alexis Tam aborda as vá-rias áreas pelas quais vai ser agora responsá-vel e não se inibe de mostrar desagrado pelo estado de algumas coisas, como não parece ter medo de impor metas, traçar soluções, explanar medidas. Com certeza que, depois do Ano Novo Chinês, quando da apresen-tação das LAG, que as suas ideias estarão mais definidas, mais estruturadas, embora se possa já, nas suas palavras, detectar metas e objectivos.

Espera-se, aliás, que este ano as Linhas de Acção Governativa (LAG) não sejam o “copy-paste” do costume, algo que os ex--Secretários faziam sem qualquer pudor, como se entendessem que o povo é consti-tuído por atrasados mentais e que ninguém ia dar por isso. Na verdade, caso nunca se tenham apercebido disso, eram motivo de constante e persistente risota.

Contudo, este ano, acreditamos que será diferente. Acreditamos que o segundo sistema será desenvolvido, o que significa mais pri-mado da lei, mais transparência e, sobretudo, mais atenção aos anseios populares, algo para o qual esta pseudo-aristocracia dos negó-cios demonstrou sempre estar-se nas tintas. Acreditamos que, nas diversas áreas, as LAG apresentem realmente medidas inovadoras e necessárias, que tenham em conta a melhoria da qualidade de vida da população.

Aliás, aquilo que parecia ser um frete para os ex-governantes, esperamos que seja visto como mais uma oportunidade de comunicar com a população e, sobretudo, explicar-lhe

porque razão se faz assim e não assado, frito ou cozido, e que o resultado já não é sempre ir parar o bolo à mesa dos mesmos.

o povo de macau precisa de acreditar no futuro e para isso precisa de ter confiança em que o governa. Precisa do exemplo que vem de cima, de comportamentos além de qualquer suspeita e não do fechar de olhos a que está habituado, perante as dificuldades e os interesses privados.

Nos próximos cinco anos, a RAEm enfrentará novos desafios, como a rees-truturação do Jogo e a sua estabilização, isto apesar de estarem previstas aberturas de novos megaempreendimentos no Cotai.

Percebeu-se, finalmente, que o céu não é o limite e ainda bem, porque assim haverá mais vontade de diversificar a economia e possibilitar aos residentes outras opções que não passem pela entrada nos antros da sorte e do azar.

mas, sobretudo, o próximo lustro será o momento de criar realmente harmonia, uma melhor distribuição da riqueza e uma mais natural relação entre governantes e gover-nados. Para já, Alexis Tam e Lionel Leong tomaram a dianteira e têm sido incansáveis, nas respectivas áreas. Provavelmente, ou-tros membros do Executivo seguirão o seu exemplo.

o que não pode continuar é uma go-vernação de costas voltadas para o povo, encafuada nos segredos dos gabinetes e desajustada da realidade. É que esta, quer queiram quer não, acaba sempre por fazer valer a sua importância. Felizmente, a RAEm parece ter aprendido. Se assim não fosse, Pequim poderia contar, para além de Hong Kong, com mais um problema nas suas ocupadas mãos. o que, no caso de macau, só poderia ser justificado por incompetência, desinteresse ou nepotismo.

opiniãoedi tor ia lCarlos Morais José

hoje macau quarta-feira 7.1.2015

Os novos tempos

Espera-se, aliás, que este ano as LAG não sejam o “copy-paste” do costume, algo que os ex-Secretários faziam sem qualquer pudor, como se entendessem que o povo é constituído por atrasados mentais e que ninguém ia dar por isso. Na verdade, caso nunca se tenham apercebido disso, eram motivo de constante e persistente risota.

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23 opiniãohoje macau quarta-feira 7.1.2015

António RibeiRo FeRReiRAin i

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o senhor primeiro-ministro apareceu na casa dos portu-gueses no Natal a prometer um 2015 sem nuvens negras no horizonte. Óptimo. o senhor Presidente da República apa-receu na casa dos portugueses no ano novo a garantir que os partidos e os seus dirigentes não se alheiam dos interesses

do país e das aspirações dos cidadãos. Óptimo. Para os dois principais responsáveis do

país está tudo a andar sobre rodas e quem disser o contrário é populista ou alarmista. A economia está estupenda, o desemprego baixa a todo o vapor, o défice cai a pique à conta do corte na despesa do Estado, a dívida há-de baixar se Deus Nosso Senhor quiser e os impostos, esses, vão com certeza baixar com o crescimento exponencial da economia. Para os dois principais responsáveis do país não há nuvens negras na União Europeia e os partidos políticos do costume, os que gover-nam alternadamente há 40 anos, são entidades transparentes, adeptas do rigor e da seriedade, combatentes activos da corrupção e sempre atentos aos indígenas que por obra do destino ou de Deus nasceram nesta terra de Santa maria.

nos pormenores que não afectam a vidinha dos indígenas.

Para os dois principais responsáveis do país, o facto do querido obama usar a arma dos preço do petróleo para vergar os maus de moscovo é algo de que não vale a pena falar porque, em última análise, os combustíveis até vão baixar e ninguém vai dar pelo aumento provocado por essa extraordinária invenção de um ministro que decidiu copiar os modelos da fiscalidade verde dos países ricos para os atirar para cima dos indígenas que insistem em andar de automóvel. Para os dois principais responsáveis do país, o facto de Angola já ter anunciado cortes na despesa pública e a suspensão e adiamento de grande obras pela brutal queda de receitas da venda do petróleo, é algo que não afecta a

vidinha dos portugueses, é um problema para os angolanos resolverem a bem ou a mal. o facto de viverem e trabalharem em Angola milhares e milhares de portugueses, o facto de estarem em Angola centenas e centenas de empresas, nomeadamente de construção e obras públicas, que se refugiaram em terras angolanas para não falirem e que podem cair com estrondo com o corte anunciado por Luanda, é algo que não merece uma palavra dos dois principais responsáveis do país.

Nada os incomoda, nada os perturba. Ape-nas uma coisa os move. manter o pântano a todo o custo, defendê-lo com unhas e dentes dos terríveis populistas que ameaçam a velha ordem democrática, a mesma que os alimenta há 40 anos.

ano novo, vida nova? deixem-me rir

Nada os incomoda, nada os perturba. Apenas uma coisa os move. Manter o pântano a todo o custo, defendê-lo com unhas e dentes dos terríveis populistas que ameaçam a velha ordem democrática, a mesma que os alimenta há 40 anos

Propriedade Fábrica de notícias, Lda Director carlos morais José Editores Joana Freitas; José c. mendes Redacção andreia sofia silva; Filipa araújo; Flora Fong (estagiária); Leonor sá machado Colaboradores antónio Falcão; antónio Graça de abreu; José simões morais; marco carvalho; maria João Belchior (pequim); michel reis; rui cascais; sérgio Fonseca; tiago Quadros Colunistas agnes Lam; arnaldo Gonçalves; david chan; Fernando eloy ; Fernando Vinhais Guedes; isabel castro; Jorge rodrigues simão; Leocardo; paul chan Wai chi; paula Bicho Cartoonista steph Grafismo catarina Lau pineda; paulo Borges Ilustração rui rasquinho Agências Lusa; xinhua Fotografia hoje macau; Lusa; Gcs; xinhua Secretária de redacção e Publicidade madalena da silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão tipografia Welfare Morada calçada de santo agostinho, n.º 19, centro comercial nam Yue, 6.º andar a, macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

Para os dois principais responsáveis do país a União Europeia vive momentos de glória em matéria económica, social e política. Para os dois principais responsáveis do país o mar de rosas europeu só não é perfeito porque andam por lá e por cá uns tantos movimentos ou par-tidos populistas que querem a todo o custo pôr em causa a velha ordem.

Populistas de esquerda e direita que põem os dedos nas feridas, denunciam o sistema, a incompetência, as tretas do multiculturalismo e ameaçam agitar os nenúfares do gigantesco pântano europeu.

Para os dois principais responsáveis do país o mundo está óptimo e as minudências do Médio Oriente, da Ucrânia e do conflito aberto entre o ocidente e a Rússia são peque-

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cartoonpor Stephff

hoje macau quarta-feira 7.1.2015

Coreias Sul acolhe oferta de diálogoA Presidente sul-coreana, Park Geun-Hye, acolheu com agrado as declarações do líder da Coreia do Norte que disse estar disponível para conversações “de alto nível”. Kim Jong-un expressou esta disponibilidade no seu discurso de Ano Novo, mas disse que tais conversações dependiam de algumas condições, incluindo a suspensão dos exercícios militares anuais do Sul com os Estados Unidos, que Seul pretende manter, e o fim da “difamação” do regime norte-coreano. “Considero uma coisa positiva, o facto de [o líder da] Coreia do Norte, no seu discurso de Ano Novo, expressar uma atitude mais afirmativa de envolvimento com o diálogo”, disse Park. “No entanto, o que é realmente importante neste momento é que a Coreia do Norte mostre sinceridade no que toca às relações Sul-Norte e cumpra os seus compromissos através de acções”, afirmou.

Índia Presidente de câmara transexualUma mulher transexual foi eleita, pela primeira vez na Índia, presidente da câmara da cidade de Raigarh, no estado de Chhattisgarg (centro), depois de ter vencido as eleições autárquicas. Madhu Bai Kinnar, de 35 anos, venceu no domingo as eleições municipais em Raigarh, ao bater por 4.500 votos o rival do partido nacionalista hindu BJP do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, anunciou a comissão eleitoral do estado. Membro da casta dos ‘Dalit’ (Intocáveis), Madhu dançava e cantava nos comboios, de acordo com a agência noticiosa Press Trust of India. “As pessoas mostraram confiar em mim. Considero esta vitória amor e bênçãos que me foram enviadas”, declarou, após ter sido eleita. A vitória de Madhu Bai Kinnar acontece nove meses depois de o Supremo Tribunal da Índia ter reconhecido os transexuais como um terceiro género, nem masculino, nem feminino.

Japão proíbe entrada de ecologistas O Japão negou entrada no seu território a 11 membros da organização ecologista Sea Shepherd, que se opõe à pesca de cetáceos que decorre no país, confirmou o Governo nipónico. O porta-voz do executivo, Yoshihide Suga, explicou que, com base na lei de imigração, as autoridades rejeitaram o pedido destas 11 pessoas para entrar no Japão por não considerarem válidos os motivos de entrada e as actividades a desempenhar no país especificadas nos documentos. Os activistas da Sea Shepherd têm boicotado regularmente as campanhas de caça da baleia no Oceano Antártico e também a caça de golfinhos que todos os anos se realiza na localidade de Taiji, em Wakayam.

Filho de Jackie Chan julgado na sexta-feiraJaycee Chan, filho do famoso actor de Hong Kong Jackie Chan, vai ser julgado na sexta-feira por posse e consumo de droga. Chan vai ser julgado num tribunal do distrito de Dongcheng e, caso seja declarado culpado das acusações, que incluem também a de alojar consumidores de estupefacientes, pode ser condenado até três anos de prisão. Jaycee Chan e o ator Kai Ko Cheng-tung foram detidos a 14 de agosto de 2014, em Pequim, por consumo de drogas numa casa de massagens, A polícia encontrou também mais de 100 gramas de marijuana na casa do filho do actor. Kai Ko, de 23 anos, foi libertado no final de Agosto, enquanto Jaycee Chan, de 32 anos, continua detido. No final de Agosto, Jackie Chan pediu desculpas publicamente pela atitude do seu filho, assegurando que se sentia muito envergonhado e responsável por “não o ter educado bem”.

EUA Homem come olho e cérebro de sem-abrigoO insólito episódio teve lugar na Florida. Depois de ter confessado a uma prima que ansiava por “ter sangue nas mãos”, Tyree Lincoln Smith, 35 anos tratou de cumprir o seu desejo quando, numa noite que passava ao relento, foi convidado por um sem-abrigo para pernoitar num andar coberto de um edifício abandonado. Segundo o relatório da polícia, Smith acabou por matar o sem-abrigo com um machado, tendo depois comido um olho e parte do seu cérebro. A prima do suspeito contou também às autoridades que, no dia seguinte, Smith voltou a visitá-la, com as calças ensanguentadas.

O ministro dos Negócios Es-trangeiros português, Rui

Machete, avisou ontem que as re-lações entre Portugal e os Estados Unidos poderão ser prejudicadas em caso de um desfecho negativo sobre a utilização da Base das Lajes, nos Açores.

“O Governo português con-tinua a manifestar a sua total disponibilidade para trabalhar com os Estados Unidos na procura de uma solução que

garanta a maximização quanto à utilização da Base das Lajes, reforce o relacionamento es-tratégico entre os dois países e não seja penalizadora para a população da Ilha Terceira”, afirmou o governante.

Machete falava na abertura do seminário diplomático, que reuniu em Lisboa diplomatas e membros do executivo para discutir as prioridades da política externa portuguesa.

Lajes Relações com EUA podem ser prejudicadas

A sede da Portugal Telecom SGPS e a consultora Price-warterhouseCoopers,

em Lisboa, estão a ser alvo de buscas. A Procuradoria-Geral da República confirma a opera-ção e em causa estão “suspeitas de participação económica em negócio e burla qualificada”. Trata-se de um novo processo, relacionado com investimentos no Grupo Espírito Santo.

As buscas enquadram-se numa nova linha de investigação, apurou a SIC, após queixas de accionistas da PT, que se sentem lesados por causa de investi-mentos que a administração da Portugal Telecom SGPS fez no GES, incluindo na Rioforte.

Em comunicado, “a Pro-curadoria-Geral da República

confirma a realização de buscas, designadamente na PT SGPS, no âmbito de um inquérito em investigação no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP)”. E acrescenta

que “neste inquérito estão em causa suspeitas de participação económica em negócio e burla qualificada, investigando-se aplicações financeiras realizadas pela empresa”.

A PGR indica ainda que “o Ministério Público é coadjuvado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, pela Polí-cia Judiciária e pela Autoridade Tributária”.

O juiz de instrução criminal Carlos Alexandre supervisio-na as buscas na sede da PT SGPS. Os inspectores estão também na Pricewarterhouse-Coopers, empresa de consultado-ria. Nesta empresa a PJ procura documentos relacionados com a auditoria que a PWC fez na PT SGPS, a pedido da administra-ção da própria PT.

Portugal POLÍCIA JUDICIáRIA FAz BUSCAS NA PT E NA PWC

as provas perdidas

Violações, decapitamentos, tortura, abusos dos direitos humanos, terrorismo islâmico, guerra ao terrorismo, crimes de guerra,

inVasões militares, golpes militares, protestos Violentos, Viragens económicas, epidemias, quedas de aViões e fofoca sobre estrelas de

hollywood... temo que seja a mesma m%@*# que ontem...

A MESMA M%@*# DE SEMPRE