16
POUCO NUBLADO MIN 11 MAX 19 HUM 50-85% EURO 10.3 BAHT 0.2 YUAN 1.2 AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ TERÇA-FEIRA 15 DE JANEIRO DE 2013 ANO XII Nº 2772 PUB PUB PUB Ter para ler HORÁRIO LABORAL Davis Fong quer mudança nos casinos PÁGINA 4 EMPREENDEDORISMO Jovens de Macau investem pouco nos negócios PÁGINA 5 NOVO CAMPUS DA UMAC Contas do GDI provocam rombo de 5 milhões PÁGINA 3 A voar devagarinho Atrasos no projecto de expansão do Aeroporto de Macau devem-se a pedido de hangar pela CAM, explica AACM O Governo prometeu, em finais de 2011, a ampliação do Aero- porto Internacional de Macau, contudo depois dessa data mais nada se soube. Ao Hoje Macau, a Autoridade de Aviação Civil de Macau explicou que o projecto não foi para a gaveta mas precisou de ser reestruturado devido a uma vontade da CAM. “Foi necessário alterar o Plano Director inicial por forma a que o han- gar que a CAM pediu fosse inserido”, referiu a assessoria da AACM. Agora, o projecto, que levará à ampliação e remodelação do aeroporto em quatro fases e com conclusão marcada para 2030, terá de passar novamente pelas mãos do Conselho Executivo. PÁGINA 5 VENHAM MAIS CINCO (SÉCULOS) ENTREVISTA LUÍSA ROCHA DE LISBOA PARA O PORTO DE MACAU CENTRAIS “FÓRUM MACAU” DA TDM GOVERNO NEGA INTERFERÊNCIAS PÁGINA 2 E EDITORIAL

Hoje Macau 15 JAN 2013 #2772

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Edição do Hoje Macau de 15 de Janeiro de 2013 • Ano X • N.º 2772

Citation preview

POUCO NUBLADO MIN 11 MAX 19 HUM 50-85% • EURO 10.3 BAHT 0.2 YUAN 1.2

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006 MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ • TERÇA-FEIRA 15 DE JANEIRO DE 2013 • ANO XII • Nº 2772

PUB PUB

PUB

Ter para ler

HORÁRIO LABORAL

Davis Fong quer mudança nos casinos

PÁGINA 4

EMPREENDEDORISMO

Jovens de Macau investem pouconos negócios

PÁGINA 5

NOVO CAMPUS DA UMAC

Contas do GDI provocam rombo de 5 milhões

PÁGINA 3

A voar devagarinhoAtrasos no projecto de expansão do Aeroporto de Macaudevem-se a pedido de hangar pela CAM, explica AACM

O Governo prometeu, em finais de 2011, a ampliação do Aero-porto Internacional de Macau, contudo depois dessa data mais nada se soube. Ao Hoje Macau, a Autoridade de Aviação Civil de Macau explicou que o projecto não foi para a gaveta mas precisou de ser reestruturado devido a uma vontade da CAM.

“Foi necessário alterar o Plano Director inicial por forma a que o han-gar que a CAM pediu fosse inserido”, referiu a assessoria da AACM. Agora, o projecto, que levará à ampliação e remodelação do aeroporto em quatro fases e com conclusão marcada para 2030, terá de passar novamente pelas mãos do Conselho Executivo. PÁGINA 5

VENHAM MAIS CINCO (SÉCULOS)

ENTREVISTA LUÍSA ROCHA

DE LISBOAPARA O PORTO

DE MACAU CENTRAIS

“FÓRUM MACAU” DA TDM

GOVERNO NEGA INTERFERÊNCIAS

PÁGINA 2 E EDITORIAL

terça-feira 15.1.2013política2 www.hojemacau.com.mo

Andreia Sofia [email protected]

O gabinete do Che-fe do Executivo reagiu ontem às recentes acusa-

ções do deputado José Pereira Coutinho que co-loca na assessora O Lam a fonte principal para alegadas pressões que terão levado ao fim do programa semanal “Fórum Macau” da TDM.

Num comunicado oficial divulgado ontem, Alexis Tam, chefe do gabinete e delegado do Governo junto da TDM, “esclarece que o Governo, incluindo todo o pessoa do Gabinete do Chefe do Executivo, nunca interferiu na produção do respectivo programa”.

“O Governo reitera que respeita o princípio da liber-dade de imprensa, assim como o de não interferência editorial ou de programação daquela estação”, pode ler-se.

Para além disso, o Exe-cutivo frisa que “continua

Reacções surgem depois de acusações de José Pereira Coutinho

Governo diz que “nunca interferiu” no fim do “Fórum Macau” da TDM

a dar um forte apoio à TDM para melhorar o seu sistema de gestão, utilizar adequadamente os recursos,

assim como elevar o nível profissional, a fim de forne-cer, um serviço público de radiodifusão e teledifusão

de elevada qualidade aos cidadãos de Macau.”

Ontem a Associação Novo Macau (ANM) e a Associação dos Trabalha-dores da Função Pública de Macau (ATFPM), bem como outros grupos, organizaram uma manifestação junto das instalações da estação televisiva, onde pediram a demissão dos actuais coor-denadores e reuniões sobre os motivos que levaram ao fim do programa.

Ao Hoje Macau, o depu-tado e presidente da ATFPM, José Pereira Coutinho, refe-

riu especificamente o nome de O Lam como a assessora que terá feito as pressões junto do canal.

“Uma assessora do Chefe do Executivo deu ordens para a suspensão do programa, e que terá falado com Lo Song Man, a directora de informa-ção da TDM. Queremos saber se foi pela instrução da asses-sora que o programa acabou.”

TDM “NUNCA FOI PRESSIONADA”Algumas horas depois do comunicado do Governo, também a TDM enviou algu-mas explicações às redacções, onde frisou que todos os de-partamentos de informação “sempre tiveram uma linha editorial independente, sem sofrer qualquer ingerência de direcções governamentais”, garante Leong Kam Chun, presidente da comissão exe-cutiva da estação.

E explica mais. “O pro-grama Fórum Macau foi criado por iniciativa da minha pessoa, quando fui nomeado administrador

delegado da empresa. Desde o pedido de autorização do local para a sua realização, a instalação do sistema e equipamentos teve a colabo-ração efectiva dos diversos serviços do Governo, sem ter sentido qualquer obstrução.”

E acrescenta. É uma “pla-taforma madura” e “se tivesse mesmo pressão exercida, já teria desaparecido há muito”.

Leong Kam Chun volta a falar da necessidade de “opti-mizar os recursos humanos”, garantindo que “houve um au-mento de 10% do pessoal, mas o trabalho do pessoal de linha continua sobrecarregado”.

O comunicado contém ainda as explicações da directora de informação, Lo Song Man, que frisa que “não houve qualquer interferência proveniente do Governo” e que “sempre se esforçou pela liberdade de informação”. A directora “não há-de sujeitar-se a pressões externas e não terá qualquer influência sobre o pessoal da direcção em questão”, pode ler-se. FOI há semanas que o

secretário para as Obras Públicas e Transportes, Lau Si Io, garantiu que o relató-rio sobre a queda do edifício Sin Fong Garden iria estar pronto dentro de três meses, por forma a apurarem-se as causas do incidente. Contu-do, um membro da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transpor-tes (DSSOPT), José Manuel Leong, garantiu ontem que o documento vai contar com um ligeiro atraso. “A verdade é que temos de estudar muitas variantes e muitos números, bem como alguns factores inesperados. É possível que o relatório esteja atrasado uma ou duas semanas”, disse, em

declarações reproduzidas pela TDM.

O responsável falou à margem de uma aparição pública do Chefe do Exe-cutivo, e as suas palavras vieram desmentir o que disse Chui Sai On aos jornalistas, pois afirmou que o relatório estaria pronto “em breve”. “A informação sobre o acompa-nhamento do caso é pública, e por isso tem havido trans-parência. Tanto o Governo como o público têm o mesmo objectivo, que é a garantia da segurança dos moradores e da população”, disse ainda.

LUTA “FIRME” CONTRA O TABAGISMOQuanto à situação de controlo do tabagismo

nos casinos, medida que entrou em vigor no dia 1 de Janeiro deste ano, Chui Sai On revelou “firmeza” na luta. “O Governo refor-çou os trabalhos contra o tabagismo, pretenden-do através de diversas politicas e medidas de prevenção e educação a procura de um ambiente saudável.”

“O serviço competente será firme na luta contra o tabagismo e cumpridor das respectivas leis, bem como irá estreitar a colaboração com o sector do jogo para combater o tabaco, com o objectivo de assegurar a saúde de população e de turistas”, acrescentou ain-da. – A.S.S. com C.L.

Executivo tinha dito na ALque iria estar pronto dentro de três meses

Relatório do Sin Fong Garden atrasado

Gabriel Tong quer maistransparência nos procedimentos judiciais

População bem informada

Cecília [email protected]

GABRIEL Tong, deputado e docente, disse ontem ao jornal Ou Mun que

os assuntos relacionados com o caso das campas e da adjudicação dos terrenos em frente ao aeroporto precisam de ser discu-tidos, de forma a que a seja aumentada a transparência judicial. O deputado considera que o segredo de justiça é utilizado como

justificação para assuntos que deveriam ser de discussão pública.

Gabriel Tong disse que não só em Ma-cau, mas nas cidades próximas como Hong Kong, também há casos semelhantes, em que o segredo de justiça não é evocado. “Até que ponto é segredo de justiça, não é fácil delinear, mas as questões valem a pena a discutir. Se envolver o interesse público e os actos do Governo, as organizações rele-vantes têm que analisar especificamente o nível de confidencialidade do caso.”

Tong diz ainda ser necessário melhorar o trabalho electrónico para aumentar a efi-ciência judicial e para melhorar o sistema global. “O segredo de justiça está projectado para proteger os direitos dos particulares ou interesses especiais, se há efeitos sociais lodo após a decisão do tribunal, a decisão é aberta e logo ambas as partes devem acompanhar o caso.” O deputado acredita que isso pode reduzir a ocorrência de incidentes que pre-ocupem o público.

Coutinho “não acredita” nas declarações O Hoje Macau contactou o deputado José Pereira Coutinho depois das explicações do Governo e da TDM, mas mais uma vez o também presidente da ATFPM disse “não acreditar nas declarações”, estando a aguardar o encontro com a direcção do canal. Sobre o caso Sin Fong Garden, Coutinho esteve ontem presente no debate do canal MASTV, onde apontou que o adiamento do relatório não é a única preocupação. “Os moradores dos prédios ao lado têm preocupações todos os dias. Nas três unidades do edifício Kuong Heng, quando se lava a loiça na cozinha surge água suja vinda de fora, porque é um prédio contíguo ao Sin Fong Garden.” Apontando que o Executivo não tem dado “atenção suficiente” ao caso, Coutinho diz que alguns moradores já abandonaram o prédio Kuong Heng, porque caem vidros com o vento, entre outras situações. “Viver lá já é um perigo. Mas o Governo não deu atenção.”

3políticaterça-feira 15.1.2013 www.hojemacau.com.mo

O Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas falhou nos cálculos iniciais para os custos estimados do novo campus da Universidade de Macau na Ilha da Montanha e, mesmo tendo hipótese de corrigir o erro, não o fez. O Comissariado de Auditoria aponta falhas ao organismo, que fez com que saísse dos cofres da RAEM mais do dobro do que era suposto

Joana Freitas [email protected]

O Gabinete para o Desen-volvimento de Infra--estruturas (GDI) falhou nas estimativas com as

despesas do novo campus da Univer-sidade de Macau na Ilha da Monta-nha. A conclusão é do Comissariado da Auditoria (CA), que aponta que o organismo não tinha incluído na esti-mativa todos os trabalhos necessários e esqueceu factores de ponderação

tanto na estimativa inicial, como nas operações de revisão e actualização posteriores.

Era suposto que o novo campus custasse 5800 milhões de patacas, de acordo com uma estimativa ini-cialmente apresentada em Abril de 2010, mas o GDI deixou de fora “57 projectos indispensáveis à realiza-ção dos trabalhos de construção”, que posteriormente aumentaram os valores da obra. Em Novembro de 2011, três dessas 57 despesas foram incluídas, fazendo disparar o preço para 9800 milhões. Em Março do ano passado, as estimativas com os custos do novo campus estavam já nos 10,2 milhões.

Os erros nos cálculos foram culpa do GDI, que, de acordo com o relatório ontem publicado, “fez uma estimativa completamente desfasada das despesas reais”. As razões prendem-se essencialmente com dois factores: “a escolha de edifícios com funções diferentes” –

da habitação pública e do Tribunal de Última Instância - para servir como exemplo para a construção dos edifícios do novo campus e a “não utilização dos preços locais” para os cálculos. Perceba-se que as despesas com as obras são liquida-das em renminbis, mas as estimati-vas do GDI foram efectuadas com base nos preços de Macau, sem ter em conta indicadores ou custos do interior da China. “O GDI disse que fez os cálculos desta forma devido ao novo campus estar integrado na jurisdição de Macau”, explica o CA. Além disso, o GDI ainda utilizou preços de construção de edifícios de habitação pública adjudicados em 2006 na elaboração da estimativa de Abril de 2010. “Os resultados nunca poderiam reflectir os custos reais”, pode ler-se no relatório.

FALHAS E LACUNASMas não foi apenas aqui que o GDI falhou. Segundo a análise

GDI falha estimativas dos custos do novo campus da UMAC

Dificuldades na matemáticalevada a cabo pelo comissariado, o organismo podia ter remediado a situação, uma vez que, ao longo do tempo, foi recebendo dicas. “É de salientar que, ao longo da execução das obras, o GDI foi recebendo sistematicamente informações adicionais que re-velavam desvios entre os preços estimados e os da adjudicação, as variações cambiais e a inflação e o GDI não procedeu à actuali-zação global da estimativa, pese embora detivesse informação para o fazer.”

Além de ter utilizado padrões de construção inferiores e de ter excluído despesas com traba-lhos não incluídos no projecto, o organismo não procedeu à revisão da estimativa “de acordo com a realidade”, mantendo o orçamento inicialmente previsto como indicador para controlo das despesas com as obras. “A auditoria verificou que a esti-mativa das despesas com o novo campus apresenta deficiências, como a estimativa incompleta das despesas do empreendimento. Mesmo já na posse de mais infor-mação concreta e ciente de que a estimativa não poderia funcionar como indicador de controlo, o GDI não actualizou a estimativa , que é ineficaz para o controlo das despesas”, lê-se no relatório. O CA frisa claramente que os ajustes financeiros “resultantes de uma estimativa deficiente” prejudicam a aplicação dos recursos públicos da RAEM.

A auditoria, que teve início em Junho do ano passado, foi especi-ficamente desenvolvida para per-ceber se a estimativa das despesas com o empreendimento do novo campus da UMAC foi adequada. Ao que indica o relatório, o GDI falhou, algo que foi já perceptível em 2011, aquando do anúncio de uma derrapagem de 300% no or-çamento para o túnel subaquático e de 30% no campus. O organismo responsável pelas estimativas diz que a culpa é da valorização do yuan, da inflação que aumenta os custos dos materiais de construção e de obras adicionais, algo que não convence o CA, que realça o acesso às informações adicionais para que pudesse ser revisto este orçamento.

Em resposta ao parecer do CA, o GDI já disse que vai evitar erros em empreendimentos da mesma natureza e concorda com a análise do comissariado. A aceitação do erro, contudo, não vai remediar o que o CA já disse ser uma esti-mativa que “perdeu a função de controlo que era suposto ter”.

Serviços de Saúde e Fundo de Turismo recebem segundo orçamento suplementar

Reforços de milhões

Ho Ion Sang questiona câmarasde vigilância O deputado Ho Ion Sang referiu na sua interpelação escrita que é necessário haver um equilíbrio entre protecção junto das comunidades e a manutenção da privacidade dos moradores, graças às câmaras de vigilância. O deputado aponta que os serviços de segurança e a DSSOPT não chegaram a um acordo quanto ao plano e horário da instalação. Quanto à sociedade, muitos residentes apontam que as câmaras servem para apoiar os agentes na aplicação da lei, mas que não servem os interesses da comunidade. Além disso, o também presidente da União Geral das Associações dos Moradores de Macau criticou o facto do Governo usar sempre a razão de “domínio privado” para deixar os prédios ao abandono, o que acaba por originar incêndios. Ho Íon Sang afirma que o caso foi mostrado ao IACM, Serviços de Saúde e Bombeiros, mas que todos fugiram às suas responsabilidades. - C.L.

Chan Meng Kam fala do Fundo de Previdência CentralO deputado Chan Meng Kam questionou o Governo, através de uma interpelação escrita, a atribuição de verbas mediante dias de permanência na RAEM, no âmbito das contas individuais do Fundo de Previdência Central. O deputado aponta que o Governo prometeu regular os beneficiários com pelo menos 183 dias de permanência no território, mas que no ano passado 96 mil pessoas não foram incluídas na lista provisória de financiamento. Por isso, Chan Meng Kam diz que o regulamento serve apenas pessoas próximas do Executivo, e pede melhorias na protecção dos direitos dos residentes e das suas reformas. - C.L.

Nova direcçãoda ADM tomahoje posseMiguel de Senna Fernandes vai hoje tomar posse como presidente da Associação dos Macaenses (ADM) para o novo biénio 2013-2015, numa cerimónia que terá lugar na sede da ADM, na rua do campo. Margarida Leão Estorninho vai ser vice-presidente, enquanto Carlos dos Santos Ferreira vai dirigir o Conselho Fiscal. Ambrose So, director-executivo da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), vai tomar posse como presidente da mesa da assembleia-geral.

OS Serviços de Saúde viram o seu orçamento de 2012

reforçado pela segunda vez. De acordo com um despacho publi-cado ontem em Boletim Oficial, o organismo recebeu uma injecção de 330 milhões de patacas, além do orçamento inicial e de um primeiro reforço de 640 milhões de patacas. O dinheiro é proveniente do orça-mento da RAEM, ao contrário do injectado no Fundo de Turismo.

Também este organismo viu aprovado um segundo orça-mento suplementar no valor de 85 milhões de patacas além do orçamento inicial e de um pri-meiro reforço de 401 milhões de patacas. Neste caso, o dinheiro é

proveniente das receitas do jogo. Segundo o despacho, os dois

orçamentos suplementares servem para dotações provisionais, o que significa que pode ser utilizado,

por exemplo, como uma verba para novas acções de elevada prioridade e urgência ou como reforço da verba de acções já iniciadas. - J.F.

terça-feira 15.1.2013sociedade4 www.hojemacau.com.mo

Andreia Sofia [email protected]

A recém-criada As-sociação de Ges-tão do Jogo de Macau (AGJM)

vai começar a trabalhar num projecto de investigação, que deverá ficar concluído até meados deste ano. Trata--se de estudar os porquês da frequente mudança de turnos para os trabalhadores dos casinos, o que faz com que estes possam trabalhar no turno da manhã durante uma semana, sendo depois obrigados a trabalhar à noite.

Davis Fong, académico da Universidade de Macau (UMAC) e presidente da AGJM, garante que se trata de um “grande problema” na indústria do jogo e pretendem chegar a conclusões. Para

Caso das campas gera vídeona Internet Kong San, comentador assíduo do programa “Fórum Macau” no canal chinês da Rádio Macau, lançou mais um vídeo na rede social Youtube onde fala do caso das campas, usando as suas próprias declarações feitas no programa, no passado dia 10. Contudo, desta vez Kong San decidiu utilizar declarações de Pao Ching Ting, tido como uma figura “carismática” da China, em prol da justiça social. “A base da fundação de qualquer país ou região é a legislação. Se só se fala das relações mas falta a lei, as bases vão cair. Todos têm de estar de acordo com a lei. Se não, se as coisas andam segundo as vontades de determinadas pessoas, então não são precisas leis nem organizações jurídicas. A sociedade vai ficar pior, e isso vai ser o inicio da morte do país. Mesmo que um príncipe quebre a lei, tem de ser julgado pelo crime como as pessoas comuns, para que os residentes possam ter confiança.” Segundo Kong San, estas declarações ajustam-se às figuras do caso das campas e ao Governo de Macau.

A taxa de ocupação nos estabelecimentos ho-

teleiros de Macau baixou 0,8 pontos percentuais para 82,8% entre Janeiro e No-vembro, mas o número de hóspedes subiu 10,9% para 8,6 milhões de pessoas, indicam dados ontem di-vulgados.

Nos primeiros onze me-ses de 2012, o número de quartos disponíveis na re-

Assine-oTELEFONE 28752401 | FAX 28752405

E-MAIL [email protected]

www.hojemacau.com.mo

PUB

Número de hóspedes de Macau aumentou 10,9% para 8,6 milhões

Mais visitantes, mais quartos de hotelgião subiu 16,7 por cento - o equivalente a 3.722 quartos - para um total de 26.055, distribuídos por 100 hotéis e pensões.

A maioria dos quartos, ou 63,8%, corresponde à categoria de cinco estrelas.

Entre Janeiro e Novem-bro de 2012, o número de hóspedes dos hotéis e das pensões de Macau repre-sentou 65,2% do total de

turistas, mais 3,1 pontos percentuais do que o apurado no mesmo período do ano passado.

A região recebeu em Novembro cerca de 839 mil hóspedes, mais 7,5% do que em igual mês do ano anterior, os quais permaneceram em média 1,4 noites nos esta-belecimentos hoteleiros do território.

Macau é uma Região

As operadoras de jogo impõem alterações de horários frequentes aos seus funcionários, algo que perturba a sua qualidade de vida. A Associação de Gestão do Jogo de Macau vai fazer um estudo sobre essa questão, que deverá estar concluído até ao verão. Tudo para encontrar soluções

Davis Fong fala de um “grande problema” que afecta as famílias

Associação vai estudar mudanças de turnos nos casinos

Administrativa Especial da China desde 20 de De-zembro de 1999 e tem ac-tualmente a sua economia fortemente concentrada no sector do turismo, especial-mente na vertente jogo em casino, com os operado-res a construírem ‘resorts’ integrados com unidades hoteleiras de cinco estrelas disponibilizadas a jogadores e visitantes. - Lusa

já, a primeira fase do pro-jecto diz respeito à recolha de informações junto das operadoras, e deverá estar concluído por altura do Ano Novo Chinês. “Os casinos

funcionam durante 24 horas e há uma constante mudança nos turnos dos funcionários. Existem diferentes funcioná-rios em diferentes funções, com vários horários, e do

nosso ponto de vista isso traz muitos problemas. Por exem-plo, há muitos jogadores que jogam durante a noite, mas há muitos funcionários que não gostam de trabalhar durante a noite e vêm os seus horários serem constantemente alte-rados”, disse o académico ao Hoje Macau, que frisa os problemas familiares como os mais comuns, principal-mente junto de jovens casais, com filhos.

1000 CASOS REGISTADOSSegundo o responsável, é objectivo “entender as

dificuldades das opera-doras, no que diz respeito aos recursos humanos, e encontrar possíveis solu-ções”, sendo que, da parte da AGJM, já foram detec-tados cerca de 1000 casos do género. “Cada opera-dor tem as suas próprias dificuldades e adaptações de turnos, e vamos ver se conseguimos coordenar os interesses dos empregados com os das operadoras. Há essa falta de coordenação e é um grande problema”, acrescenta Davis Fong.

Criada em Julho do ano passado, a AGJM surgiu com o objectivo de “pro-fissional os gestores da indústria do jogo”, como disse na altura Davis Fong. Dela fazem parte nomes importantes das opera-doras de jogo e de toda a indústria.

TIAG

O AL

CÂNT

ARA

5sociedadeterça-feira 15.1.2013 www.hojemacau.com.mo

Gonçalo Lobo [email protected]

O relatório final da expan-são do Aeroporto de Ma-cau foi apresentado em 2011. Até ao momento

nada mais se ouviu falar sobre o tema. O Hoje Macau foi questionar a Au-toridade de Aviação Civil de Macau (AACM) que justificou atrasos no desenvolvimento da obra com o facto de a CAM - Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau ter pedido a construção de um novo hangar, algo que não estava contemplado no pro-jecto inicial, e não com os recentes rumores de que o Aeroporto deixaria de existir assim que a construção da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau estivesse concluída. “Não sabemos de onde é que tais rumores podem estar a surgir mas garantimos que não há nenhum plano ou intenção de fechar o Aeroporto Internacional de Macau”, começou por explicar a assessoria de imprensa da AACM.

“O Plano Director da obra de ampliação e remodelação do Aero-porto de Macau está mais demorado porque a CAM, depois de nós termos anunciado em finais de 2011 o pro-jecto, nos ter apresentado a hipótese de construção de um hangar. Posto isso foi necessário alterar o plano inicial por forma a que o hangar que a CAM pediu fosse inserido.”

O Plano Director para a am-pliação do Aeroporto de Macau, supervisionado pela empresa fran-cesa Aéroports de Paris Ingéniere, será realizado em quatro fases, terá como data limite de conclusão o ano de 2030 e está agora pendente porque terá de passar novamente pelas mãos do Conselho Executivo. “Quando o processo for concluído, o Plano Director será novamente anunciado publicamente”, expli-cou a AACM.

CAM COM SITUAÇÃOFINANCEIRA POSITIVAO processo de consultoria do novo hangar da CAM está a cargo de

Cecília [email protected]

COMPARANDO a vontade de empreendedorismo dos

jovens da Cantão, Hong Kong, Macau e Taiwan, um estudo pu-blicado ontem no jornal Ou Mun indica que 47% dos jovens de Macau não são empreendedores.

As razões, dizem, são de-rivadas da falta da capital no início da sua vida adulta, dos altos custos que iniciar uma empresa acarretam e da falta de conhecimento das políticas

de apoio do Governo. Estas são as dificuldades comuns entre os jovens das quatro cidades, mas para os jovens de Macau, não há locais apropriados, falta-lhes experiência de gestão e falta experiência das associações.

Para os jovens que, mesmo assim, ainda optam pelo cami-nho do empreendedorismo, o dinheiro pessoal ou da família e a hipoteca dos bancos são os canais principais para desen-volver empresas. Só 40% dos jovens sabem que o Governo tem políticas para incentivar o

empreendedorismo e só 32% sabe que existe formação do Go-verno e 13% sabe que o Governo tem políticas que beneficiam a aprovação de crédito.

O estudo é feito pelo Insti-tuto do Estudo dos Jovens da Cantão, Hong Kong e Macau em cooperação com as organi-zações das quatro cidades. Foi feito entre Maio e Setembro do ano passado, com a distri-buição de 2,600 questionários distribuídos. Cerca de 72% dos entrevistados têm nível de facul-dade e os resultados mostram

que a juventude de Macau está atrasada no aspecto de serem empreendedores.

Os entrevistados que não têm nenhuma experiência em-presarial acreditam que para terem sucesso empresarial precisam de capital e conheci-mentos suficientes para o inves-timento. Para os entrevistados com experiência empresarial, os três importantes factores que afectam o sucesso do negócio foram insuficientes ligações pessoais e falta de experiência social adequada.

DSRT não recebeu documento que indica negócio com CTMFoi fechado no sábado o acordo que determina a venda das participações detidas pela Portugal Telecom (PT) e pela inglesa Cable & Wireless na Companhia de Telecomunicações de Macau (CTM) à chinesa CITIC Telecom. Porém, a Direcção dos Serviços de Regulação de Telecomunicações (DSRT) disse ontem que ainda não recebeu nenhum documento sobre as mudanças societárias da empresa de telecomunicações do território, apesar de reconhecer saber da vontade das empresas desde Novembro do ano passado. O director da DSRT, Tou Veng Keong, também afirmou que a aprovação da licença da rede fixa MTEL já entrou na última fase e assegura que está à espera que no primeiro trimestre pode dar a segunda licença da rede fixa em Macau. - C.L.

Estudo mostra que 47% dos jovens de Macau não são empreendedores

Desconhecidas políticas de apoio

AACM fala dos atrasos no projecto de expansão do Aeroporto de Macau

Demorado mas a andar

outra empresa e o processo já está em fase adiantada. “A situação financeira da CAM está muito melhor depois da emissão de títulos em Junho de 2012. Essa questão também fez com que a AACM voltasse a analisar toda a parte financeira do novo Plano Director.”

Tal como nos confirmou a AACM, o novo Plano Director para ampliação e remodelação do Aeroporto de Macau vais ser gradualmente construído em qua-tro fases, partindo do pressuposto de 1500 milhões de passageiros por ano. “Na verdade todo o plano contempla que o número de aviões seja aumentado de 24

para 43, a área de negócios será expandida dos actuais 12 mil para 81 metros quadrados”, referiu a AACM.

De acordo com as expectativas da AACM, explicadas ao Hoje Macau, a expansão das instala-ções “permitirá a Macau integrar o desenvolvimento da Região do Delta do Rio das Pérolas e o aero-porto pode servir melhor o nosso mercado local e os passageiros desta região.”

Para a expansão da malha aérea, a AACM também tem planos, contemplados no novo Plano Director. “Macau está envidar esforços para aumentar

O que é feito dos 700 milhões do Governo, dados à Air Macau?O Executivo liderado por Fernando Chui Sai On decidiu aumentar o capital na Air Macau injectando 700 milhões de patacas na empresa. O Hoje Macau quis saber onde é que o dinheiro tem sido usado. “A injecção de capital por parte do Governo da RAEM na Air Macau, em 2011, foi destinado a permitir que a companhia aérea pudesse actualizar a sua frota de aeronaves, melhorar as suas instalações e processos de treino de pessoal”, explicou a AACM.

o número de ligações aéreas que partem ou chegam ao território. O nosso maior foco esteve, nos últimos anos, em Taiwan. Seja como for queremos aumentar rotas para a China continental, norte da Ásia e sudeste asiáti-co”, revelou a AACM ao Hoje Macau explicando a mudança de paradigma no negocio. “A nossa rede presente já revela esta mu-dança. Temos agora 34 destinos asiáticos: 19 cidades chinesas do continente, três pontos em Taiwan e 12 em outras cidades asiáticas. Além disso, a percentagem de passageiros, tendo Macau como destino atingiu os 96% em 2012.”

terça-feira 15.1.2013nacional6 www.hojemacau.com.mo

PEQUIM quer aumentar a influência no continente africano e ampliar a sua presença na imprensa

local com emissoras, jornais e agências de notícias. Mas os meios de comunicação não estão livres de censura – prática muito comum na potência asiática.

Somente no primeiro semestre de 2012, a China investiu cerca de 350 mil milhões em África. Com este investimento o comércio en-tre o país asiático e o continente africano chegou a triplicar nos últimos três anos.

Agora, os chineses tentam entrar no cenário mediático afri-cano e investem em tecnologias modernas, dão bolsas de estudo para jornalistas africanos visitarem a China e criam os seus próprios meios de comunicação naquela parte do mundo.

A escritora e especialista em África da BBC, Mary Harper, vê um desenvolvimento lógico no crescente esforço da China para desenvolver sua influência em África através da media. “A China descobriu nos últimos anos a enorme diversidade de recursos de África e tornou-se no seu maior parceiro comercial, superando o Ocidente”, comenta, acrescentan-do que Pequim agora quer repetir isso no sector de media.

CAMPANHAEM VÁRIAS FRENTESNo começo de 2012, a China inau-gurou o canal de televisão CCTV África, transmitido em inglês. Além de revistas, programas de entrevistas e documentários, o

UM restaurante em Harbin, no norte da China, abriu as

portas com cozinheiros e empre-gados de mesa inusitados: 20 ro-bôs com aparências diferentes, mais de 10 tipos de expressões faciais e a capacidade de receber os clientes com diferentes frases de boas-vindas.

De acordo com a imprensa local, os robôs, no valor de cerca

A China quer aumentar a quota de investimento estrangeiro permi-

tida nas bolsas de Xangai e Xenzhen, anunciou ontem o presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários local, adiantando que o valor máximo autorizado pode ser multiplicado por dez.

A intenção, avançada por Guo Shuqing num discurso realizado no Fórum Financeiro da Ásia, em Hong Kong, indica uma vontade da comissão reguladora em abrir as bolsas chinesas a mais capital estrangeiro nos próximos anos.

O aumento das quotas será feito através do programa Investidores

Pequim vai construir segundo aeroporto internacional até 2018O Governo chinês aprovou a construção de um segundo aeroporto internacional em Pequim, com capacidade para acolher 70 milhões de passageiros por ano, e que deverá estar concluída até ao final de 2018, revelou ontem a imprensa oficial. O empreendimento, orçado em “pelo menos cerca de 80.400 milhões de patacas, visa aliviar o actual aeroporto da capital chinesa, o segundo mais movimentado do mundo, e que “está quase a atingir o ponto de saturação”, disse o China Daily. O aeroporto internacional de Pequim, com três terminais, acolheu 81,8 milhões de passageiros em 2012, mais 4,2 % do que no ano anterior. Foi o segundo aeroporto mais movimentado do mundo pelo terceiro ano consecutivo, logo a seguir ao de Hartsfield-Jackson, na cidade norte-americana de Atlanta, e à frente de Heathrow, em Londres. O novo aeroporto de Pequim ficará situado em Daxing, nos arredores sul de Pequim, e terá seis pistas para uso civil e uma reservada a aviões militares, adiantou a imprensa.

China investe para conquistar mercado de media em África

Superar o Ocidente

canal também oferece programas de televisão que são transmitidos via internet para telemóveis.

E em breve cerca de cem novos correspondentes chineses

em África devem ser contratados. Além disto, a agência de notícias Xinhua lançará, em cooperação com uma empresa de rede móvel queniana, o primeiro serviço de

notícias para telemóvel da África Subsaariana.

A China também quer superar o Ocidente nos media impressos. Desde Dezembro de 2012, que o

jornal semanal China Daily - Afri-ca Weekly é publicado na capital queniana, Nairóbi. A cidade é o centro mediático da África Oriental e é onde estão os escritórios das emissoras chinesas, como os da estatal China Radio International, que transmite programas em mais de 50 idiomas.

As emissoras da China estão presentes no Quénia há sete anos, afirma, em entrevista à DW um jor-nalista queniano que trabalha numa das empresas e deseja permanecer anónimo, já que as entrevistas para a imprensa ocidental não são bem vistas pelos órgãos chineses. “Escrevemos em inglês e depois traduzimos para a língua suaíli. Mas não transmitimos ao vivo de Nairóbi, enviamos tudo para nossa sede, em Pequim, de onde as nos-sas reportagens são transmitidas”, frisou o jornalista.

O jornalista conta também que todos os funcionários vão regularmente a Pequim para participar em acções de formação e conhecer o modo de trabalho dos chineses.

Especialista em media Mary Harper vê os esforços chineses como uma reacção natural e argumenta que os meios de comunicação ocidentais fizeram durante muito tempo uma publicidade negativa da presença chi-nesa em África. Mary acredita que a concorrência chinesa vai levar novos ares ao mercado de media africano. “No futuro cada vez mais meios de comunicação internacionais virão para África. Não é uma coisa negativa se o cenário da imprensa africana se diversificar ainda mais. Entretanto, ninguém deve dominá-lo sozinho.”

Restaurante inaugura com cozinheiros e empregados de mesa robôs

Futuro em HarbinChina quer aumentar quotas

de investimento estrangeiro nas bolsas

Qualificar o dinheirode 25 mil patacas, têm entre 1,30 m e 1,60 m e a inteligência de uma criança de três ou quatro anos. Os robôs são capazes de preparar bolinhos chineses, fazer esparguete ou legumes fritos, entregar os pedidos, levar o menu e dar as boas-vindas aos consumidores.

De acordo com o gerente do restaurante, Liu Hasheng, os andróides são programados para cozinhar com uma quanti-dade ideal de sal e óleo, além de conseguirem controlar a temperatura do óleo nas fritu-ras. “Quando se trata de cortar legumes e carne, um empregado ajuda-os”, disse. Liu prevê que os robôs serão muito comuns dentro de uma década. “Em cada casa haverá um robô para cozinhar, ajudar os mais velhos, fazer a limpeza ou tratar da segurança pessoal”, afirmou.

Institucionais Estrangeiros Qua-lificados (QFII), criado em 2002 para permitir que investidores estrangeiros autorizados pelas autoridades chinesas possam par-ticipar no mercado de valores.

Já em Abril do ano passado, a comissão do mercado de valores tinha aumentado as quotas do programa RQF11, que permite a algumas empresas chinesas inves-tir dólares em acções estrangeiras, como forma de captar divisas.

Segundo avançou o presidente da Comissão Reguladora do Mer-cado de Valores, Guo Shuqing, as actuais quotas máximas de inves-timento estrangeiro permitidas nas bolsas chinesas poderão ser multiplicadas por dez.

Até 2012, as quotas autorizadas por Pequim para investidores estran-geiros somavam cerca de 28 milhões de euros, dos quais quase metade foi investida no ano passado.

7terça-feira 15.1.2013 www.hojemacau.com.mo região

CENTENAS de mi- lhares de peregri-nos liderados por religiosos nus e

com o corpo coberto de cinzas foram ontem a banhos no rio Ganges, no início do maior festival religioso do mundo - o Kumbh Mela -, na cidade indiana de Allahabad.

Realizado a cada 12 anos em Allahabad, no Estado de Uttar Pradesh, no norte da Índia, o Kumbh Mela prolonga-se durante 55 dias

A Coreia do Sul desenvol-veu uma nova bomba

para aviões de combate equipada com sistema GPS que permite atingir com pre-cisão alvos a longa distância de dia e de noite, informou esta segunda-feira a agência estatal de desenvolvimento de armamento. “A nova bomba demonstra que a Coreia do Sul é capaz de desenvolver com a sua própria tecnologia um sistema de armas para os combatentes”, disse Lee Dae--yeol, director de pesquisa da Agência para o Desen-volvimento de Armamento (ADD, na sigla em inglês), em declarações publicadas pela agência local “Yonhap”.

O dispositivo sul-coreano de ataque guiado, cujo peso chega aos 225 quilos, foi desenvolvido conjuntamen-te durante cinco anos pela ADD e outras 20 empresas de defesa.

Com este dispositivo, os aviões de combate sul-

O parlamento de Timor-Leste entregou ontem 60 novas viaturas e compu-

tadores aos deputados do país destinados a fiscalizar a execução do orçamento nos distritos e a contactos com os eleitores. “O Parlamento Nacional comprou estes carros para os senhores deputados exercerem condignamente as suas funções. Desde funções de representação, fiscalização da execução orçamental nos distritos do país e para o contacto com o eleitor”, afirmou o presidente do parlamento, Vicente Guterres.

Segundo Vicente Guterres, o parla-mento adquiriu igualmente 60 compu-tadores, com ‘software’ em português, para distribuir aos deputados.

O parlamento de Timor-Leste é com-posto por 65 deputados, que representam quatro formações partidárias.

Nas legislativas de Julho de 2012, o Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste do actual primeiro--ministro Xanana Gusmão elegeu 30 deputados.

A Frente Revolucionária do Timor--Leste Independente (Fretilin), do antigo chefe de governo Mari Alkatiri, é a se-gunda maior força no parlamento, com 25 deputados.

O Partido Democrático (PD), do actual vice-primeiro-ministro Fernando La Sama de Araújo, tem oito deputados e a Frente Mudança, do ministro dos Ne-gócios Estrangeiros, José Luís Guterres, conta com dois deputados.

Dos 65 deputados, seis fazem parte da mesa da Assembleia e já tinham viaturas cedidas pelo Estado.

Coreia do Sul prepara novo lançamento de foguete Naro-1 A Coreia do Sul vai voltar a lançar o foguete Naro-1 ainda este mês. A notícia foi avançada este domingo pela Agência de Notícias Yonhap, que citava as autoridades sul-coreanas. Segundo o Ministério de Educação, Ciência e Tecnologia, caso não haja limitações meteorológicas, o lançamento poderá realizar-se no dia 25 de Janeiro. O ministério disse ainda que já terminou a reparação e o teste às peças que apresentavam defeitos. Se a data do lançamento se confirmar, o primeiro e segundo estágios de montagem deste foguete estarão terminados em breve. O Instituto Aeroespacial da Coreia do Sul afirmou que os últimos testes feitos ao motor revelaram que o funcionamento é normal. O Foguete Naro-1 foi fabricado pela Rússia e pela Coreia do Sul.

Indianos deram início ao maior festival religioso do mundo

100 milhões no Kumbh Melae deverá ser participado por cerca de 100 milhões de hindus.

Versões mais pequenas do festival realizam-se a cada três anos noutras cida-des indianas.

Para os peregrinos, o

Coreia do Sul desenvolvebomba guiada por GPS para aviões de combate

Maior eficiência de ataqueParlamento de Timor-Leste compra

viaturas e computadores para os deputados

60 vezes dois-coreanos poderão atingir durante as 24 horas do dia, independentemente da lu-minosidade, alvos a longa distância, inclusive se estes estiverem escondidos atrás de obstáculos, assegurou a ADD, que informou que al-gumas das bombas já foram instaladas nos aviões.

O investigador, que não detalhou o alcance dos novos projécteis, comentou que o novo sistema de armas

de última geração dará aos aviões de combate mais an-tigos do país, entre os quais os modelos F-4 e F-5, uma maior eficiência de ataque.

O Governo da Coreia do Sul aumentou os seus esforços para reforçar suas capacidades de defesa nos últimos dois anos devido à constante tensão das suas relações com a Coreia do Norte, especialmente elevada desde 2010.

Kumbh Mela é visto como uma oportunidade para orar e relaxar na companhia de familiares e amigos numa atmosfera festiva.

“Parece estar ligado a algo que está além de nós”, disse Mayank Pandey, um

professor de informática de 35 anos.

O Kumbh Mela é realiza-do a cada 12 anos em Allaha-bad, no norte do Estado de Uttar Pradesh (norte).

Este festival tem as suas raízes na mitologia hindu,

segundo a qual algumas go-tas do néctar da imortalidade caíram sobre as quatro cida-des que acolhem o festival: Allahabad, Nasik, Ujjain e Haridwar.

O primeiro dia do festival deverá ser participado por

250 mil peregrinos, segun-do estimativas da polícia indiana.

O pico da afluência deve-rá ser atingido a 15 de Feve-reiro, o dia mais auspicioso de acordo com os astrólogos, e em que são esperadas 20 milhões de pessoas.

As autoridades esperam que o local seja visitado por um total de 100 milhões de hindus, o mesmo número registado no festival an-terior, em Allahabad, em 2001.

terça-feira 15.1.2013www.hojemacau.com.mo8 entrevista

Helder FernandoEm Lisboa, [email protected]

ALGUÉM escreveu que Luísa Rocha é uma mulher cora-josa e profissional

dedicada lutando pelos seus sonhos. A fadista, que já ac-tuou em palcos internacionais e participou no filme “Amália, a Voz do Povo”, encarnando a figura de Ercília Costa conhe-cida como “a santa do fado”, apresenta-se em Macau para durante 1 mês emocionar as noites no restaurante “Porto de Macau”. Vivamente se aconselha. Por uma noite de amor.

Como aconteceu esta sua primeira viagem a Macau como fadista, e logo com a duração de um mês?Conciliar os sons e sabores da Alma Portuguesa, é este o objectivo. Levar o meu fado ao encontro da melhor gastronomia servida no excelente Porto de Macau. Espero que um mês saiba a pouco, tendo em conta a grande vontade da gerência deste estabelecimento hote-leiro em dar continuação a estas iniciativas.

Sobre o seu percurso, des-de quando o fado ganhou real importância para si? Terão existido influências familiares?O fado acompanha-me desde muito cedo. Com apenas cinco anos já me sentia presa a esta mágica melodia sem que saiba explicar exactamente como nem porquê. Há coisas que não se explicam, acontecem. A minha família sempre gostou muito de música, e eu desde muito nova que tenho contacto com outros géneros musicais, mas foi o fado que me prendeu.

Significa que o fado sempre “morou” consigo...Sim, sempre quis ser fadista. Primeiro veio o lado amador, frequentei concursos, colecti-vidades, conheci muita gente do meio que me ajudou a crescer e a entender que de-finitivamente este era o meu caminho. Profissionalmente começo em 2001 integrando o elenco do Marquês da Sé,

Luísa Rocha, fadista a actuar no restaurante Porto de Macau

“Inovação no fado, sim, não ferindo a tradição”

9terça-feira 15.1.2013 www.hojemacau.com.mo entrevista

Luísa Rocha, fadista a actuar no restaurante Porto de Macau

“Inovação no fado, sim, não ferindo a tradição”casa de fados de Alexandra, também o elenco do Clube de Fado e mais recentemente na Casa de Linhares também conhecido como Bacalhau de Molho.

Cantar em casas de fado provoca experiência e ma-turidade muito especial?O convívio, a aproximação e os laços de afectividade que durante todos estes anos fui criando com os músicos e fadistas com quem tive oportunidade de trabalhar, evoluir, aprender e aperfei-çoar o meu canto são, sem qualquer dúvida, uma mais valia. Ganhar experiência, maturidade, viver e compre-ender, sentir, é fundamental para se puder transmitir de uma forma intensa e também tranquila.

Como escolhe o reportório?Vai variando, sempre seguin-do o emocional.

Optou pelo fado tradicio-nal... Tenho um encanto pelo fado tradicional e pelo improviso, é a minha zona de conforto, mas não se confunda com uma ideia conservadora, contrária à inovação. Há é que respeitar a tradição que foi o que me atraiu sempre no fado.

Aceita sem preconceito outros caminhos dentro do fado?O fado, tal como outros gé-neros musicais, vai cruzando naturalmente influências musicais e culturais diversas. Trazer a inovação com a ca-pacidade de o fazer sem ferir a tradição é um caminho que nada me incomoda.

Tem fados originais seus?Ainda não, mas estou seria-mente a pensar estrear-me em breve como autora.

O álbum “Por Uma Noite de Amor” mostra uma va-riedade de autores. Assim é. Trata-se do meu

álbum de estreia, quanto a trabalho editado. Em “ Por Uma Noite de Amor” encontra-se um reportório de versões e temas originais, e inclui temas de Paulo de Carvalho, Mário Raínho, António Lobo Antunes, Lopes Victor, entre outros. Estou muito feliz com ele. “Por Uma Noite de Amor” saiu com a chancela da David Ferreira Investidas Editoriais, sendo produzido por Carlos Manuel Proença. Sou acompanhada por José Manuel Neto na guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença na viola de fado e Daniel Pinto em viola baixo. Neste álbum, conto ainda com músicos convi-dados como Ricardo Rocha, Guilherme Banza, Custódio Castelo, Mário Pacheco, na guitarra portuguesa. Ainda com Luís Claude no vio-loncelo, e Tó Cruz e Paulo Ramos nas vozes. O álbum é maioritariamente composto por temas inéditos, recupe-rando um fado do repertó-rio de Maria José da Guia, “Sem ti” de Lopes Victor e Francisco Carvalhinho, e um fado criado por Vas-co Rafael, “Uma noite de Amor” de autoria de Mário Raínho e Carlos M. Proença. “Dou-te um beijo”, de Paulo Carvalho, e ainda “Silêncio” de M. Raínho e C. Manuel Proença, tal como “Na Mesa do Santo Ofício” de José Carlos Ary Santos e Mário Pacheco, são alguns dos temas inéditos que apresento no disco.

Que autor ou autores de fado mais a surpreendem e aprecia?Há grandes nomes da nova geração de compositores e poetas nacionais por quem tenho o maior respeito. Entre muitos outros o meu desta-que vai para Carlos Manuel Proença distinguido pela Fundação Amália Rodrigues com o tema que dá nome ao meu já mencionado álbum de estreia “ Por Uma Noite de Amor”, como a melhor composição. Seria enorme a lista de grandes nomes que muito deram ao fado e pelos quais tenho uma profunda admiração, entre muitos compositores e poetas, aqui ficam alguns nomes Alfredo Marceneiro, Joaquim Cam-pos, Armandinho, Frederico Valério, Alain Oulman, Da-vid Mourão-Ferreira, João Dias, e outros que admiro.

Durante cerca de um mês, a partir de dia 15, actua em Macau na companhia

de dois músicos. Fale deles e de como também a in-fluenciam.Dois dos grandes músicos da nova geração de fado. Na guitarra portuguesa o Guilherme Banza, a exube-rância musical e a sua sensi-bilidade são características que se cruzam na perfeição com o meu canto. O Nelson Aleixo na viola é uma das mais jovens promessas do fado que transmite uma segurança fundamental ao grupo. Existe um diálogo entre quem canta e quem toca, essa cumplicidade é fundamental.

No fado, o guarda-roupa é importante?Para mim não é. O fado está na alma e não no traje. Uso o que me faz sentir bem. Há dias em que me apetece pôr xaile, outros há que não. O fado acontece não pelo que se veste, mas sim pela forma como se consegue transmitir emoções.

Os fados, por norma, con-tam histórias. É frequente identificar-se com algumas histórias que canta?Alguns dos fados que canto são ou foram a minha história.

Já referiu ter cantado ou-tros tipos de música. Opção profissional?Não, profissionalmente não.

As tais vivências fadistas, que alguns profissionais evocam, que real importân-cia têm? Quanto mais se envelhece, ou os anos vão passando, melhor se canta. O fado vive muito da interioridade, é muito im-portante experienciar e saber ouvir outras vivências.

Como diz a letra de um fado famoso, é mesmo verdade que não é fadista quem quer”? Fadista não é só quem canta, fadista é também quem escuta. Se houver essa troca de emo-ções é porque há fado.

O fado, tal como outros géneros musicais, vai cruzando naturalmente influências musicais e culturais diversas. Trazer a inovação com a capacidade de o fazer sem ferir a tradição é um caminho que nada me incomoda

O fado acompanha--me desde muito cedo. Com apenas cinco anos já me sentia presa a esta mágica melodia sem que saiba explicar exactamente como nem porquê. Há coisas que não se explicam, acontecem

terça-feira 15.1.2013vida10 www.hojemacau.com.mo

O atelier de arqui-tectura paisagista Proap, responsá-vel pelo Parque

do Tejo e Trancão em Lisboa, estabeleceu no fim de semana uma parceria com um gran-de grupo chinês construtor de jardins, confirmando o prestígio internacional de Portugal naquela disciplina. “O nosso país subestima o potencial cultural desta área: a arquitetura portuguesa tem um enorme prestígio”, disse à agência Lusa o presidente do Proap, João Nunes, a pro-pósito do acordo assinado em Ningbo, no leste da China, com o Tengtou, um grupo que tem viveiros de plantas e ateliers em quatro cidades chinesas. “É o nosso primeiro passo na China, com um par-ceiro muito sólido e integrado no mercado. Estamos muito contentes”, acrescentou o arquitecto português.

O acordo, assinado por João Nunes e o presidente do grupo Tengtou, Fu Jiangbo, define “um quadro geral

A capital de Timor-Leste é desde o dia 11 uma

cidade mais limpa depois de centenas de funcionários públicos, liderados pelo vice-primeiro-ministro, Fer-nando La Sama de Araújo, terem efectuado uma acção de limpeza.

A acção de limpeza, lan-çada pelo Governo timorense, não é inédita, ocorrendo anualmente, e tem como principal objectivo prevenir a propagação de doenças que possam colocar em causa a saúde e o bem-estar públicos.

Centenas de funcioná-rios públicos, apoiados por alguma população, calçaram as luvas, puseram máscaras de protecção e pegaram em vassouras e ancinhos para procederam à limpeza da cidade.

Nas principais vias de circulação da cidade, jar-dins, espaços públicos e praias brigadas, divididas por ministérios, recolheram

A poluição em Pequim voltou ontem, pelo ter-

ceiro dia consecutivo, a atingir “níveis perigosos”, com as autoridades locais a aconselhar a população a “ficar em casa” e “evitar exer-cícios físicos cansativos”. A densidade de partículas de 2,5 microns de diâmetro na atmosfera chegou aos 993 microgramas por metro cúbico no sábado à noite, segundo medições feitas pelos Serviços Ambientais do governo municipal, disse a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua.

Pelos padrões da Orga-nização Mundial de Saúde (OMS), aquelas finas par-tículas, que são suscetíveis de penetrar profundamente nos pulmões, não deverão ultrapassar os 25 microgra-mas por metro cúbico.

Os índices de poluição registados este fim de sema-

na foram os mais elevados desde que Pequim passou a divulgar aqueles dados, há cerca de um ano, salientou um jornal de Hong Kong. “Estes números indicam uma poluição extremamen-te má. Agentes poluentes foram-se acumulando du-rante os dias sem vento, tornando a qualidade do ar ainda pior”, disse Zhu Tong, professor da faculda-de de Ciências Ambientais e Engenharia da Beida (Universidade de Pequim), citado pela Xinhua.

Previsões oficiais in-diciam que a poluição em Pequim irá manter-se até à próxima quarta-feira, quando o vento deverá começar a dissipar a espessa capa de ne-voeiro que envolve a cidade.

O município de Pequim tem cerca de 20 milhões de habitantes e mais de cinco milhões de veículos. – Lusa

Arquitectos portugueses ajudam China a construir jardins

Paisagens naturais

de cooperação”, através do qual o Proap fica envolvido na “produção de novos conceitos paisagísticos”,

realização de anteprojetos e respetivo acompanhamento.

Um dos projectos que já está a ser estudado diz

A acção, lançada pelo Governo timorense, não é inédita

Centenas tornaram Díli mais limpaPequim Poluição elevada leva

autoridades a alertar população

Fiquem em casa durante cerca de três horas lixo deixado diariamente pela população e trazido pela água das chuvas.

O lixo depositado em sacos era depois recolhido por outros funcionários em carros do Estado ou por carrinhas do serviço de limpeza. Ao vice-primeiro--ministro coube limpar a área junto ao Centro de Convenções de Díli, antigo mercado Lama.

De calções e t-shirt ver-

des, chinelos, máscara e ancinho na mão, Fernando La Sama de Araújo, e os respectivos guarda-costas, ajudavam outros funcioná-rios públicos a limpar e a recolher lixo. “Toda a gente deve participar neste proces-so de limpeza de Díli. Díli está cheio de lixo, especial-mente plásticos”, afirmou o vice-primeiro-ministro, referindo-se às garrafas de água deitadas para o chão depois de consumidas.

O vice-primeiro-mi-nistro defendeu também que a acção de limpeza se deveria realizar uma vez por mês para motivar mais a população a participar na limpeza da cidade. “Espero que o dia de hoje sirva para limpar grande parte deste lixo e para sensibilizar a população a participar”, afirmou.

O problema do lixo em Díli agrava-se durante a época das chuvas, que de-corre entre Outubro e Abril, quando as ribeiras com o aumento do volume de água proveniente das montanhas depositam nas praias todo o lixo, que para lá é deitado.

O lixo entope também as valetas e esgotos, pro-vocando constantes inun-dações na cidade durante o período da época das chu-vas. Também participaram na acção de limpeza as forças de defesa e segurança e estudantes.

respeito à “renovação dos parques de Ningbo”, indicou João Nunes, o fundador do Proap, em 1989.

Sede de um município com cerca de oito milhões de habitantes, Ningbo é uma das cidades mais

prósperas da China e fica a 150 quilómetros de Xan-gai, “a capital económica” do país.

Sofia Castelo, arquitec-ta residente em Xangai e representante do Proap na China, define assim a nova parceria: “Desenhado em Portugal e construído na China”.

O Proap, que está tam-bém envolvido na renova-ção da Ribeira das Naus, entre o Cais do Sodré e a Praça do Comércio, no co-ração de Lisboa, tem obras em vários países, entre os quais Espanha, França, Itália, Bélgica, Marrocos, Angola, Líbano, Suíça e Moçambique.

É considerado o maior e o mais internacionalizado atelier português de arqui-tectura paisagista.

O grupo Tengtou, em 1996, tem cinco viveiros com um área global de cerca de 7.500 hectares, com mais de 100 espécies de árvores. - Lusa

PUB

11terça-feira 15.1.2013 www.hojemacau.com.mo cultura

DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE FINANÇASEDITAL

Contribuição Predial Urbana

São,porestemeio,avisadososcontribuintesquepretendambeneficiar,relativamenteaoexercíciode 2012, da dedução das despesas de conservação e manutenção, previstas nos artigos 13º e 16º doRegulamentodaContribuiçãoPredialUrbana,emvigor,dequedeverãoapresentar,nomêsdeJaneiro,umadeclaraçãodomodeloM/7,emseparadoparacadaprédiooupartedele. Ficamdispensadosdaapresentaçãodareferidadeclaração,quantoaosprédiosnãoarrendados,noexercíciode2012. Oimpressodadeclaraçãoseráfornecidoporestesserviços,noEdifício“Finanças”,noCentrodeServiçosdaRAEMeCentrodeAtendimentoTaipa,oupodeserdescarregadoatravésdoendereçoelectrónico www.dsf.gov.mo.

Aos,5deDezembrode2012.A Directora dos Serviços,VitóriadaConceição

Estado docidadão espanhol no mundo O director do Instituto Cervantes, Víctor García de la Concha, apresentou esta segunda-feira o Anuário 2012 “O espanhol no mundo”, no qual se analisa a presença do espanhol na China continental, Hong Kong, Japão e Índia. García de la Concha explicou os principais conteúdos do último Anuário, que centra a sua atenção no avanço do espanhol nestes países e apresentou dados sobre a demografia desta língua no mundo. No mesmo acto, o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel García-Margallo, deu uma conferência, seguida de uma mesa-redonda sobre a região Ásia-Pacífico.

OS calções que Robert De Niro usava em O Tou-ro Enraivecido

(1980) quando subiu ao ringue para lutar, na pele de Jake LaMotta, pelo título de campeão de peso-médio, a camisa ensanguentada que o mesmo De Niro, agora convertido num violador psicopata, envergou em O Cabo do Medo (1991), ou ainda o vestido de Cate Blanchet/Katherine Hep-burn em O Aviador (2004), são algumas das peças que se podem ver na exposição que o Museu do Cinema e da Televisão de Berlim dedica ao realizador americano. A exposição reúne 600 peças, muitas delas nunca antes mostradas em público.

O realizador, que está actualmente a trabalhar na rodagem do filme The Wolf in Wall Street, no qual Leo-nardo DiCaprio interpreta um

Raridades do cinema de Martin Scorsese expostas em Berlim

Nunca vistas em público

corretor que se recusar a parti-cipar numa fraude em grande escala, abriu pela primeira vez o seu arquivo pessoal para esta exposição, que se prolongará até 12 de Maio.

Além de adereços vários, como o traje de DiCaprio em Gangues de Nova Iorque (2002), estarão igualmente

A 70.ª edição dos Globos de Ouro, atribuídos em

Los Angeles, no domingo à noite, ficou marcada pela vitória de Argo na categoria de melhor filme. O actor Ben Affleck, que interpreta uma dos personagens e realizou o filme, bateu uma concor-rência feroz e levou o prémio de melhor realizador.

O triunfo de Affleck en-tre realizadores é ainda mais significativo se se tiver em conta que não está nomeado nessa categoria para os Ós-cares, que serão atribuídos a 24 de Fevereiro.

Os Globos de Ouro são encarados como uma espécie de barómetro dos prémios da Academia, mas o júri dos Globos, composto por cerca de 100 jornalistas internacionais que traba-lham em Hollywood, não elegeu nenhum dos que concorrem aos Óscares, nem os “consagrados” Ang Lee e Steven Spielberg.

Com Tina Fey e Amy Poehler no papel de anfitriãs, a noite fica de resto marca-da pela pobre prestação do filme dirigido por Spielberg, Lincoln. Apontado como favorito em sete categorias, leva para casa uma estatueta, a relativa à de melhor actor em filme dramático, atribuí-da a Daniel Day-Lewis.

Argo, filme sobre a crise

Quentin Tarantino levou para casa o prémio de melhor argumento

A noite foi de Ben Affleck nos Globos de Ouro

expostos documentos rele-vantes para os historiadores do cinema, como as cartas em que Scorsese e De Niro trocavam ideias sobre o modo de desenvolver as personagens que o actor interpretou em filmes como Taxi Driver (1976) ou Tudo Bons Rapazes (1990).

A par de ‘storyboards’ desenhados pelo próprio re-alizador para vários dos seus filmes, incluindo Os Cava-leiros do Asfalto (1973), os visitantes poderão ver peças tão raras como o argumento e o storyboard de Eternal City, um filme que Scorsese idea-lizou aos 11 anos e que nunca

veio a realizar. Mas o jovem Martin até já tinha decidido o elenco deste épico passado na Roma antiga: nada menos do que Marlon Brando, Vir-ginia Mayo, Alec Guiness e Richard Burton.

A exposição reserva ainda um núcleo especial para um espaço estrutu-rante na obra de Scorsese: Little Italy, o bairro nova--iorquino onde o realizador nasceu, e que serve de cenário a alguns dos seus filmes. Outro capítulo é dedicado ao tema da famí-lia na sua obra, onde esta tanto é lugar de refúgio como base e fachada para o crime organizado.

dos reféns norte-americanos no Irão, tinha um total de cinco nomeações e triunfou como melhor filme dramáti-co e melhor realizador.

A melhor actriz num filme dramático é Jessica Chastain, pelo desempenho em 00h30: A Hora Negra, realizado por Kathryn Bi-gelow, que também perdeu para Ben Affleck na cate-goria de melhor realizador.

Na categoria de melhor filme musical ou de comé-dia ganhou Os Miseráveis. Hugh Jackman e Anne Ha-thaway, que desempenham ambos um papel neste filme, ganharam os prémios de interpretação. O filme arre-cadou assim três prémios, o que o tranformou num dos vencedores da noite.

Django Libertado, de Quentin Tarantino, recolheu dois títulos, o de melhor argumento e melhor actor secundário, atribuído a Chris-topher Waltz.

A cantora Adele levou para casa o prémio para a melhor canção orginal, por Skyfall, tema do filme da saga James Bond. E Amor, de Michael Haneke, foi considerado o melhor filme estrangeiro

Extra-concurso, a noite ficou ainda marcada pela presença do antigo Presiden-te americano, Bill Clinton, que subiu ao palco para

apresentar Lincoln. “Uau, que noite excitante... Aque-le era o marido da Hillary Clinton”, gracejou uma das anfitriãs da noite.

Outra mulher em desta-que foi a actriz Jodie Foster. Não só porque recebeu o prémio pelo seu contri-buto para o cinema como também pelo facto de ter confirmado publicamente a sua homossexualidade. Ao receber o prémio Cecil B. Demille, Foster aproveitou o discurso para dizer que era “gay”, uma verdade há muito conhecida entre fami-liares e amigos da actriz e que ela apenas tinha referido indirectamente.

Ben AffleckAdeleAnne Hathaway

PUB

terça-feira 15.1.2013desporto12 www.hojemacau.com.mo

O Sporting venceu o Olhanense por 2-0 no Algarve, conseguindo o segundo triunfo

consecutivo no segundo jogo de Jesualdo à frente da equipa. O ‘’professor’’ parece ter encon-trado a solução que nenhum dos outros três treinadores da equipa esta época conseguiu.

O técnico leonino elogia a ati-tude dos seus jogadores e espera que este seja um novo arranque da equipa de Alvalade, por forma a subir na tabela classificativa afastando-se da ‘’linha de água’’. ‘’Acho que é uma vitória com as mãos dos jogadores, porque pela forma como se empenharam estão de parabéns. Foi uma semana muito difícil, conseguimos recuperar, mas a parte final foi dramática por causa da fadiga’’, disse Jesualdo Ferreira à Sport TV.

‘’Parabéns aos jogadores pela vitória depois de tantos meses sem ganhar fora. Espero que seja o momento do arranque do Sporting. Foi importante ganhar e é nessa crença e no trabalho

diários que vamos chegar a outro patamar’’, acrescentou.

O Sporting vai tentar manter o bom momento e vencer na próxima jornada o Beira-Mar, em Alvalade.

Sporting vence fora de casa nove meses depois

Jesualdo espera que este seja o momento

JOSÉ Mourinho recordou a conquista da Liga dos Campe-

ões em 2004, com o F.C. Porto, numa entrevista ao site da UEFA. O treinador revela que já se senti campeão da Europa muito antes de bater o Mónaco (3-0) em Gelsenkirchen.

Depois de passar a fase de grupos com o Real Madrid dos “galácticos”, o F.C. Porto elimi-nou o Manchester United, nos dezasseis avos de final, com um empate em Old Trafford, com um golo de Costinha nos descontos. Foi a partir daí que o actual trei-nador do Real Madrid sentiu que já ninguém podia travar o F.C. Porto. “Fomos ao Bernabéu e empatámos, saímos desse jogo com boas sensações”, começou por recordar.

“Uns dias mais tarde houve o sorteio e calhou-nos o United. Fomos a Manchester e isso já faz parte da história: aos noventa

O português Pedro Proença foi eleito o melhor árbitro mundial em 2012,

numa votação organizada pela Federação Internacional da História e Estatística do Futebol (IFFHS) e que envolveu jornalis-tas e especialistas de todos os continentes.

Em 2012, o árbitro lisboeta foi es-colhido para arbitrar a final da Liga dos Campeões, entre o Chelsea e o Bayern de Munique, e a final do Euro2012, na qual a Espanha derrotou a Itália.

Na votação da IFFHS, Pedro Proença

recebeu 174 votos, mais 101 do que o turco Cuneyt Çakir e 102 do que o inglês Howard Webb, vencedor em 2010, tendo o húngaro Viktor Kassai, melhor de 2011, sido quarto, com 50.

No «top-15» apenas três árbitros não são europeus, com o uzbeque Ravshan Irmatov a ficar colocado no sexto lugar, com 35 pontos, e o colombiano Wilmar Roldán a ser oitavo, com 20, enquanto o equatoriano Carlos Vera foi o 15.º mais votado, com cinco.

Empate em Old Trafford deixou caminho aberto para o FC Porto

Campeões muito antes da final

Eleito o árbitro mundialde 2012 numa votação da IFFHS

Pedro Proença, o melhor

minutos estávamos a perder, marcámos aos 91 e passámos. Quando nos qualificámos em Old Trafford sentimos que, se podíamos eliminar o Manchester United, podíamos eliminar qual-quer equipa”, destacou.

Seguiram-se as eliminatórias com o Lyon e com o D. Corunha a darem corpo a um F.C. Porto que acabou por trucidar o Móna-co na final com golos de Carlos Alberto (39m), Deco (71m) e Alenitchev (75m). “Sentimos que não podia correr mal. Ven-cemos nas calmas. Sempre disse que não celebrei como se fosse uma final da Liga dos Campeões, porque não senti que fosse uma final da Champions. O jogo foi muito calmo e controlado. Não me senti um campeão europeu depois do árbitro ter apitado pela última vez. Senti-me campeão da Europa muito antes do jogo acabar”, destacou ainda.

SALA 1THE GRAND MASTER [B](FALADO EM CANTONÊS E MANDARIM LEGENDADO EM CHINÊS)Um filme de: Kar Wai WongCom: Tony Leung, Chiu Wai, Ziyi Zhang, Chen Chang14.30, 16.45, 19.15, 21.30

SALA 23 AM [3D] [C](FALADO EM TAILANDÊS LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS)Um filme de: Issara Nadee, Patchanon Thumjira, Kirati Nakintanon

Com: Apinya Sakuljaroensuk, Peter Knight, Ray MacDonald14.30, 16.30, 21.30

LES MISÉRABLES [B]Um filme de: Tom HooperCom: Hugh Jackman, Russel Crowe, Anne Hathaway, Amanda Seyfried, Eddie Redmayne, Aaron Tveit, Samantha Barks, Helena Bonham Carter, Sacha Baron Cohen18.30

SALA 3THE IMPOSSIBLE [C]Um filme de: Juan Antonio BayonaCom: Naomi Watts, Ewan McGregor14.30, 16.30, 19.30, 21.30

terça-feira 15.1.2013 13www.hojemacau.com.mo futilidades

[Tele]visão

Sudoku [ ] Cruzadas

[ ] Cinema Cineteatro | PUB

TDM 13:00 TDM News - Repetição13:30 Jornal das 24h RTPi14:45 RTPi DIRECTO18:30 TDM Desporto 19:30 Resistirei20:30 Telejornal21:00 TDM Entrevista21:30 As Pedras Chinesas Shoushan22:10 Escrito nas Estrelas23:00 TDM News23:30 Portugal Aqui Tão Perto00:30 Telejornal – Repetição01:00 RTPi Directo

INFORMAÇÃO TDM

RTPi 8214:00 Telejornal Madeira14:30 Inovar é Fazer15:05 Sal na Língua15:30 Consigo16:00 Bom Dia Portugal 17:00 Decisão Final18:00 Vingança18:40 Best of Portugal19:10 Voo Directo20:00 Jornal da Tarde 21:15 O Preço Certo22:15 Portugal no Coração

30 - ESPN13:00 (Delay) Peru-Argentina- Chile Dakar Rally 2013 - Highlights13:30 The Verdict14:00 Southern Classic 201216:00 Abl Show 2012/13 Highlight17:00 Peru-Argentina-Chile Dakar Rally 2013 - Highlights17:30 Premier League Darts 201219:00 Motorsports@petronas 201219:30 (LIVE) Sportscenter Asia 201320:00 Peru-Argentina-Chile Dakar Rally 2013 - Highlights20:30 WTC Ironman 201221:00 500 Great Goals21:30 The Football Review 2012-201322:00 Sportscenter Asia 201322:30 AFF Suzuki Cup 2012 Thailand vs. Vietnam

31 - STAR Sports08:00 (LIVE) Australian Open 201320:00 Max Power 201321:00 Motorsports@petronas 201221:30 (LIVE) Score Tonight 201322:00 Rebel TV 1922:30 (Delay) Australian Open 201323:30 Score Tonight 2013

40 - FOX Movies12:45 We Are The Night14:25 Surf’S Up15:55 I Don’t Know How She Does It17:30 A Lot Like Love19:20 World Without End21:00 Anger Management22:45 A Little Bit Of Heaven00:35 All Good Things

41 - HBO12:00 Take Shelter14:00 True Grit15:55 The First Wives Club17:45 Loch Ness19:30 The Adjustment Bureau21:20 Doom23:00 In The Land Of Blood And Honey

42 - Cinemax12:35 Dark Tide14:25 Jaws Iii16:00 Those Daring Young Men In Their Jaunty Jalopies18:00 Hollywood On Set18:30 Star Trek V The Final Frontier20:20 The American22:00 Profugos23:40 American Pie 2

RUA DE S. DOMINGOS 16-18 • TEL: +853 28566442 | 28515915 • FAX: +853 28378014 • [email protected]

À VENDA NA LIVRARIA PORTUGUESA

SOLUÇÕES DO PROBLEMA

HORIZONTAIS: 1-Insensível (fig.); Pé ou mão de animal. 2-Recorda; Fundar. 3-Lítio (s.q.); Animal microscópico gerador da sarna e de alegrias; Sinal abreviativo de matemática, cujo valor é 3,4116. 4-Ouvido (pref.); Acolá; Gracejava. 5-Palavra sagrada pra o hinduísmo, usada para iniciar as orações; Transporte Internacional Rodoviário. 6-Voltar; Intervalo com dois meios-tons (Mús.). 7-Prefixo designativo de vida; Maior rio da Suíça. 8-Lagarta que vive nas folhas das árvores (prov.); Fruto de ateira; Pano de arrás. 9-Interjeição que se emprega para cumprimentar (Bras.); Maquinismo com calabre para levanter grandes pesos (pl.); Além. 10-Queda sem consequências graves; Limpai; banhando em líquido. 11-Aranha grande africana; Símbolo da Música.

VERTICAIS: 1-Estampilha; Histrião. 2-Foge a; Vinho ordinário (gír.). 3-Cobalto (s.q.); Escutou; Medida itinerária do Japão. 4-Vazia; Miadela; Prefixo designativo de terra. 5-Cachaça de mau gosto; Sapo do Amazonas (Bras.). 6-Fileira; Pau-ferro. 7-Acreditei; Árvore cuja casca aromatiza o vinho. 8-A favor; Cabo de reboque; Cloreto de sódio. 9-Suspiro; Versejar; Observei. 10-Anta-do-brasil; Atormentar. 11-Cançonte; Vestuário de mulher, que fica da cintura para baixo.

HORIZONTAIS: 1-SECO; PATA. 2-EVOCA; CRIAR. 3-LI; ÁCARO; PI. 4-OTO; ALI; RIA. 5-AUM; TIR. 6-VIR; TO,. 7-BIO; AAR. 8-BRU; ATA; RÁS. 9-OI; GRUAS; LÁ. 10-BOLÉU; LAVAI. 11-ÓLIO; LIRA.VERTICAIS: 1-SELO; BOBO. 2-EVITA; BRIOL. 3-CO; OUVIU; LI. 4-OCA; MIO; GEO. 5-ACA; ARU. 6-ALA; ITU. 7-CRI; AAL. 8-PRÓ; TOA; SAL 9-AI; RIMAR; VI. 10-TAPIR; RALAR. 11-ÁRIA; SAIA.

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUÇÃO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

Aqui há gatoORQUÍDEA Uma das jornalistas do Hoje Macau comprou uma orquídea. Que flor tão bonita, em especial esta de cor branca.Ouvi dizer que a comprou na florista ao lado do Gabinete do Chefe do Executivo (GCE). Por falar em GCE, surgiu uma acusação anteontem de que a decisão de terminar com o programa de rádio “Fórum Macau” da TDM em chinês terá partido de dentro do GCE. O deputado da Assembleia Legislativa José Pereira Coutinho afirmou mesmo que terá sido uma assessora daquele gabinete, O Lam, a servir de “pombo-correio” entre o Governo e a direcção do canal chinês da TDM.Se a acusação ficar provada, trata-se de um acto muito grave de intervenção governativa que, uma vez mais, coloca em risco a liberdade de expressão, um dos “baluartes” daquilo a que muitos pregoam “um país, dois sistemas”.Mesmo depois de o GCE ter negado todas as acusações do deputado, a história parece-me muito estranha. Sinceramente não quero acreditar que o “nosso” Chefe tenha tido esse tipo de intervenção, mesmo que a mesma lhe tenha passado pela cabeça.Uma sondagem recente realizada pela Universidade de Hong Kong revelou que Chui Sai On está com a popularidade em alta como nunca esteve desde que foi escolhido em 2009. O líder do Executivo de Macau recebeu uma classificação de 64,5 numa escala de 0 a 100, contudo os auscultados deram uma pontuação de 5,79 pontos em dez possíveis à comunicação social do território, naquilo que se refere à sua credibilidade.Também se tem ouvido, em surdina, que o fim do “Fórum Macau” servirá para ajudar na eleição do Chefe do Executivo no próximo ano, uma vez que o programa – de sucesso garantido entre a comunidade chinesa do território – debate as questões sociais que os residentes consideram de resolução premente. Como se sabe – ou devia saber -, um dos pressupostos para uma reeleição de um Chefe do Executivo é ter menos manifestações e queixas da sociedade. Como os residentes de Macau não andam a dormir – mesmo que muitos os queiram adormecer -, o “Fórum Macau” podia ser um empecilho à reeleição de Chui Sai On. Miau...

THE IMPOSSIBLE

O PROFETA DO FIM • António Brito“O Profeta do Fim” é o segundo livro da série “Sagal”, o aventureiro português da era moderna. A pretexto de ajudar um amigo, Sagal envolve-se com uma seita apocalíptica que anuncia a proximidade do fim do mundo, fazendo interpre-tações obscuras do Calendário Maia, Bíblia e Profecias de Nostradamus. O Sagal guerrilheiro confronta-se com a seita, cujo líder, denominado Profeta, recruta acólitos anunciando--lhes a salvação dos cataclismos que se aproximam, através de cerimónias iniciáticas envolvendo cobras venenosas e bebidas alucinogénias.

UM BLUES MESTIÇO • Esi EdugyanSe não contares a tua própria história, alguém o fará. E pos-sivelmente fá-lo-á mal... Paris, 1940. Em plena ocupação alemã, Hieronymous Falk, um jovem e brilhante trompetista de jazz, é detido num café, desaparecendo completamente de circulação. Tinha apenas vinte anos, era cidadão alemão e... negro. Cinquenta anos depois, Sid, antigo companheiro de banda e única testemunha desse fatídico acontecimento, ainda se recusa a falar do assunto. No entanto, quando Chip, outro ex-companheiro, lhe mostra uma misteriosa carta que recebeu de Hieronymous, vivo e de boa saúde, Sid enceta uma dolorosa viagem ao passado. Um romance extraordinário sobre o mundo do jazz, mas também sobre os limites da amizade, o racismo e a fragilidade dos que vivem à margem. Pu Yi

terça-feira 15.1.2013opinião14 www.hojemacau.com.mo

à f lor da peleHelder Fernando

cartoon por Steff AREIAS

IFicaram para trás, desde dia 10, esperas e chegadas, jogos e cultos, sorrisos e indife-renças, dúvidas e comprovações. Sobretudo 25 horas, talvez 26, desde a saída de Macau até ver Lisboa do ar à hora do almoço. O destino principal é Cabo Verde, fico pra-ticamente sem tempo, a não ser ir ao Cais das Colunas, registar imagens da parte apressada da baixa de Pombal, comprar jornais, dar duas voltas ao bilhar grande junto ao Tejo e ouvir em forma ‘non stop’, lamentos ferozes mas inconsequentes sobre os rumos criminosos oficiais autorizados pela passividade popular, pelos sindicatos cristalizados e pelas oposições institucio-nalizadas – na prática, todos a avalizar que a governança tenha facilmente milhares de milhões para comprar bancos corruptos, assim lavados, para mais sacrificar aqueles que já andam a pagar a lista longa, em

Para aliviar, vou a um balcão trincar um pastel de massa tenra intragável por entre duas bicas excelentíssimas. Nuvens excitantes. O céu da “cidade branca” mantém-se naquele tom único, o sol também. Várias situações ao mesmo tempo. A chuva mal cai, tolerante. Há meia dúzia de anos que não respirava este suave salgado

Pela terra crioula

género e em tempo, de desvarios, pulhices e incompetências praticados por órgãos de soberania que escandalosamente se prote-gem uns aos outros.

Para aliviar, vou a um balcão trincar um pastel de massa tenra intragável por entre duas bicas excelentíssimas. Nuvens exci-tantes. O céu da “cidade branca” mantém-se naquele tom único, o sol também. Várias situações ao mesmo tempo. A chuva mal cai, tolerante. Há meia dúzia de anos que não respirava este suave salgado.

Não possuo muito tempo para falar com as pessoas; nem é preciso, elas andam a falar sozinhas. Valem as castanhas assadas a 2 euros a dúzia.

IICaio de madrugada em plenas Festas de Santo Amaro! Tradicionais de sécu-los. Tarrafal engalanada, sino da igreja badalando, missa em crioulo, procissão mais logo, garantem-me que emocio-nante mesmo para os de pouca fé. Mais logo prossegue, em praça a ver o mar,

e de novo até romper o sol pelas 7 da manhã, o festival de música com artistas cabo-verdianos locais e que vêm propo-sitadamente da diáspora. Do ‘hip-hop’ ao batuque, ninguém é capaz de parar.

Saúdo vários amigos, agendo entrevistas para o Hoje Macau, teclo estas linhas bem de frente para a praia Graciosa, protegida naturalmente pelo monte do mesmo nome, por uma baía que também nos afaga, pelos olhos profundos que nos cantam sozinhos, por este quente doce em cada passo, em todos os gestos.

Minimercados chineses dão notável in-cremento ao pequeno comércio desta antiga região da colónia penal do tempo fascista. Não falam português, mas dominam a sa-borosa língua-mãe crioula.

31 anos depois, e ainda antes de reco-nhecer a capital, volto a sentir a inigualável morabeza desta terra crioula.

15opiniãoterça-feira 15.1.2013 www.hojemacau.com.mo

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Gonçalo Lobo Pinheiro Redacção Andreia Sofia Silva; Cecilia Lin; Joana Freitas; José C. Mendes; Rita Marques Ramos Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Fernando Eloy; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Carlos M. Cordeiro; Correia Marques; David Chan; Gonçalo Alvim; Helder Fernando; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; José Pereira Coutinho, Leocardo; Maria Alberta Meireles; Mica Costa-grande; Paul Chan Wai Chi; Vanessa Amaro Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

O fim do programa Fórum Macau, na rádio do canal chinês da TDM não faz, no mínimo, sentido. Trata-se, claramente, de mais um tiro no pé dos que neste território, ao que parece, pois e dispõe, mandam e des-mandam, a seu bel-prazer e, normalmente, com uma noção de timing que raia o absurdo. Pois é logo no momento em que ali do outro lado das Portas do Cerco, na invicta cidade de Cantão tanto se discute a liberdade de imprensa que a TDM resolve acabar com o único programa que, na comunicação social chinesa de Macau, garantia um espaço de liberdade? Nem de propósito se faria pior.

O Fórum Macau existe para aí há uma década e meia. Nela exprime o povo as suas opiniões, nem sempre de cabeça de fria, nem sempre acertadas. Daí que tenha sido ao longo de todos estes anos, de certo modo, inofensivo; uma espécie de espaço de catarse tão necessário numa sociedade em que os principais jornais alinham nitidamente, não com o regime, mas com os interesses instalados e violam a lei com altivez sabendo-se intocáveis.

Enquanto serviço público, a TDM desem-penhava bem o papel de dar voz aos cidadãos, sendo essa voz desalinhada, desafinada ou exaltada. A comunicação social sustentada pelo governo é, na verdade, sustentada pela população, tendo por isso a obrigação de defender os seus interesses e de o seu mi-crofone. Muita sorte têm tido os poderosos de Macau em estar perante um povo inculto que pouco mais sabe que exprimir indignação e nem sempre sobre os alvos certos e quase nunca com as palavras correctas. Por isso, o Fórum Macau atravessou a última década da administração portuguesa, sempre carregado de críticas, por vezes soezes doutras justís-simas sobre os anos da transição. E depois continuou. O tom não se alterou muito e tem subido nos últimos tempos.

Engana-se quem vê dedo do Governo no fim deste programa. Sei, por experiência

Engana-se quem vê dedo do Governo no fim deste programa. Sei, por experiência própria, que o nosso Executivo pensa 34 vezes antes de se meter com a comunicação social e, em geral, prefere deixar andar um comboio que não vai a lado nenhum. O problema aqui, salvo melhor opinião, deverá ser outro e os vilões não se sentam nas cadeiras do Governo mas nas cadeiras dos conselhos de administração dessas empresas que sugam a fatia principal do dinheiro desta terra e pouco desejo têm de ouvir as suas acções criticadas

Governo nem em casa manda

edi tor ia lCarlos Morais José

própria, que o nosso Executivo pensa 34 vezes antes de se meter com a comunicação social e, em geral, prefere deixar andar um comboio que não vai a lado nenhum. O problema aqui, salvo melhor opinião, de-verá ser outro e os vilões não se sentam nas cadeiras do Governo mas nas cadeiras dos conselhos de administração dessas empresas que sugam a fatia principal do dinheiro desta terra e pouco desejo têm de ouvir as suas acções criticadas.

Será talvez uma questão de face. Mas se atentarmos em quem tem sido alvo das críticas no Fórum Macau rapidamente per-ceberemos o que está realmente (ou quem está realmente) na berlinda. Questões como a habitação, a poluição desenfreada, os in-teresses desses senhores que se sobrepõem ao interesse colectivo, as negociatas cons-tantes e sempre no mesmo sentido, isso sim, poderão começar a chegar aos ouvidos de Pequim, já que por aqui estamos perante um Governo que se mostra incapaz de controlar a ambição desenfreada dos mandarins.

É claro que o povo nem no Fórum Macau se atreve a criticar directamente esses se-nhores. De facto, é muito mais fácil, quando se referem a nomes, atingir os detentores de cargos públicos, cujos ordenados não chegam a dez por cento do que os outros ganham num dia. Mas, na sua santa inge-nuidade e necessidade, o cidadão levanta a voz contra interesses instalados e que, pelos vistos, estendem os seus tentáculos a todas áreas da RAEM, incluindo a comunicação social. Se os jornais estão interesseiramente alinhados, por que razão haveria de existir este programa incómodo, onde o cidadão comum podia desabafar, quiçá denunciar, ainda que atabalhoadamente, os desmandos da oligarquia?

E acaba-se com ele. A direcção da TDM não tem ideologia, procura manter-se, procura resistir vergando a espinhela aos

poderosos, sem sequer perceber que está a ser paga pela população e não por esses interesses mais ou menos obscuros, que vivem à luz do dia.

Não sei se vai resultar ou se não será pior a emenda que o soneto. Numa época em que as redes sociais e a internet são local de desbunda, parece-nos estapafúrdio querer silenciar quem quer que seja, sob pena de o ver ressurgir noutro espaço ainda mais des-controlado. O que sei é que Macau, uma vez mais, sairá mal na fotografia. E lá vai ter o Governo de explicar a “falta de liberdade” nos fóruns internacionais. Tudo a bem da Nação negra, leia-se do interesse de meia-dúzia, em prejuízo da grande maioria. Também neste ponto o Executivo da RAEM se vê obvia-mente ultrapassado. E na sua própria casa.

PUB

terça-feira 15.1.2013www.hojemacau.com.mo

Zeinal Bava comenta a saídada Portugal Telecom de Macau

Fazer apostas noutros mercados

estratégicosO presidente da Portugal Tele-

com, empresa que encaixou mais de 3 mil milhões de patacas com a venda da participação na Companhia de Telecomunicações de Macau (CTM), disse à Lusa que esta operação permite à operadora centrar-se em mercados estratégi-cos. “Esta operação permite focar a nossa actuação nas geografias que são estratégicas para a PT, o tripé constituído pelos mercados de Portugal, Brasil e África”, afir-mou à Lusa o presidente executivo da Portugal Telecom (PT), Zeinal Bava, numa nota escrita.

As declarações de Zeinal Bava surgem depois de, em co-municado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a operadora portugue-sa ter confirmado a venda da sua participação de 28% do capital da CTM, à Citic Telecom Interna-tional Holdings Limited (CITIC Telecom), controlada por uma empresa estatal chinesa, o que representa um encaixe financeiro de mais de 3 mil milhões de pa-tacas. “A nossa posição na CTM era minoritária e acompanhamos a Cable & Wireless na sua deci-são de vender, mas assinámos em contrapartida um acordo de colaboração tecnológica com o

grupo CITIC para os próximos três anos”, avançou.

Na nota enviada ao mercado, a PT informa que “em conformida-de com esta aliança estratégica, a CITIC Telecom irá seleccionar a PT como o prestador estratégico de serviços TIC [Tecnologias de Informação e Comunicação] do grupo CITIC Telecom”.

Além da operadora portugue-sa, também a britânica Cable & Wireless, até agora accionista maioritária da Companhia de Telecomunicações de Macau com 51%, vendeu a sua participação na empresa à CITIC Telecom International Holdings, por 5,6 mil milhões de patacas.

A CITIC Telecom, que de-tém uma participação de 20% na CTM, passa a controlar 99% das acções da empresa e a ter o controlo do negócio, quando as duas operações forem concluídas. Os Correios de Macau mantêm inalterada a sua participação na CTM, fixada em 1% do capital.

O negócio que, carece de au-torizações, deve estar concluído entre seis a nove meses.

A CITIC Telecom é uma em-presa cotada na Bolsa de Valores de Hong Kong e membro do Gru-po CITIC Corporation of China.