44
Notícias IPECONT 05/09/2016 Treinamentos da Semana Vem aí, o III Congresso de Contabilidade do Sul de Minas! Programe-se com os treinamentos de SETEMBRO/2016! Prático de Departamento Pessoal: Cálculos/GFIP/CAGED Capacitação Fiscal para Compradores - (Impacto Tributário no Preço de Venda) Gestão Estratégica do Contas à Pagar & Contas à Receber Curso Preparatório para o Segundo Exame de Suficiência do CRC 2016 Formação de Analista de Recursos Humanos Formação de Analista Fiscal, Tributário e NF-e Contabilidade de Custos E em SETEMBRO terá início do aguardado curso Formação de Controller! As aulas serão nos dias 12, 22, 29/09, 06 e 10/10 em Varginha. Informações e inscrições: [email protected] ou (35) 3212-6392 ou (35)99257-0600. Atenção! Ex-alunos IPECONT Educação Corporativa, 2 ou mais alunos de uma mesma empresa e clientes IPECONT Consultoria têm desconto em todos os cursos!

Notícias IPECONT · Notícias IPECONT 05/09/2016 Treinamentos da Semana Vem aí, o III Congresso de Contabilidade do Sul de Minas! Programe-se com os treinamentos de SETEMBRO/2016!

Embed Size (px)

Citation preview

Notícias IPECONT

05/09/2016

Treinamentos da Semana Vem aí, o III Congresso de

Contabilidade do Sul de Minas!

Programe-se com os treinamentos de SETEMBRO/2016!

Prático de Departamento Pessoal: Cálculos/GFIP/CAGED

Capacitação Fiscal para Compradores - (Impacto Tributário no

Preço de Venda)

Gestão Estratégica do Contas à Pagar & Contas à Receber

Curso Preparatório para o Segundo Exame de Suficiência do

CRC 2016

Formação de Analista de Recursos Humanos

Formação de Analista Fiscal, Tributário e NF-e

Contabilidade de Custos

E em SETEMBRO terá início do aguardado curso Formação de Controller!

As aulas serão nos dias 12, 22, 29/09, 06 e 10/10 em Varginha.

Informações e inscrições: [email protected] ou (35) 3212-6392 ou (35)99257-0600.

Atenção! Ex-alunos IPECONT Educação Corporativa, 2 ou mais alunos de uma mesma

empresa e clientes IPECONT Consultoria têm desconto em todos os cursos!

Boletim CONT-TRIB-JUR em 05.setembro.2016

“Perder não é fatal e vencer não é final. ”

(Don Shula)

ICMS-MG: Divulgado novos manuais de orientação para

preenchimento da EFD

31 ago 2016 - ICMS, IPI, ISS e Outros

Foi publicada a Resolução SEF nº 4.924/2016 - DOE MG de 31.08.2016, com a finalidade de divulgar a

disponibilização de novos manuais contendo orientações de preenchimento da EFD. Os manuais

esclarecem sobre a forma adequada de informar Fundo de Erradicação da Miséria, Substituição Tributária

Interna e Difal Destino (MG) - Emenda Constitucional nº 87/2015.

Fonte: LegisWeb

Jucemg publica edital para evitar cancelamento

administrativo de 31 mil empresas no Estado

Data: 31/08/2016

em: Minas

A Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg) publicou no Diário Oficial de sábado (27) o primeiro edital

de notificação para evitar que 31.758 empresas mineiras sejam canceladas administrativamente. O alerta é

para esses empreendimentos arquivarem um ato na autarquia. O prazo estende-se até o final do ano.

“O objetivo é reduzir o volume de empresas canceladas administrativamente, bem como atualizar o

Cadastro Nacional de Empresas Mercantis (CNE) e ampliar a utilização de nomes empresariais”, explica

Lígia Xenes, diretora de Registro Empresarial da Junta Comercial.

No portal da Jucemg está disponível a lista das empresas sujeitas ao cancelamento.

No ano passado, 37.093 empresas foram canceladas administrativamente pela Jucemg e, como

consequência, declaradas inativas pela Receita Estadual. O cancelamento ocorre quando a empresa não

arquiva qualquer documento na Jucemg nos últimos dez anos consecutivos, desde janeiro de 2006.

Para Xenes, a queda nos números deste ano está associada há uma maior integração de dados com os

órgãos envolvidos na formalização da empresa e a baixa simplificada, que desburocratizou o

encerramento de empresas.

Para evitar que a empresa seja declarada inativa, o responsável deve comunicar à Jucemg, dentro do prazo

estipulado, que deseja mantê-la em funcionamento, ou informar a paralisação temporária de suas

atividades, ou ainda arquivar alterações contratuais ocorridas na ultima década.

Caso não adotem esse procedimento, os empreendimentos podem ainda ter seus registros cancelados e

perderem a proteção de seus nomes empresariais, sendo comunicado automaticamente às autoridades

arrecadadoras – Receita Federal, Receita Estadual, INSS e Caixa Econômica Federal.

Estão sujeitas ao Cancelamento Administrativo anual as sociedades empresárias, os empresários, as

empresas individuais de responsabilidade limitada e as cooperativas. A medida é feita com base nas

disposições do artigo 60 da Lei Federal 8.934/1994, nos artigos 32, inciso II, alínea “h” Decreto Federal

1.800 de 30/01/1996, e ainda no art. 1º da Instrução Normativa DREI Nº 5 de 5 de dezembro de 2013.

Receita esclarece efeito da revogação da legislação que tratava das

multas incidentes sobre os valores constantes em pedidos de

ressarcimento

Legislação

Ato Declaratório Interpretativo adota a retroatividade benigna para as multas revogadas

publicado: 26/08/2016 10h27 última modificação: 26/08/2016 11h27

A Receita Federal publicou hoje, no Diário Oficial da União, o Ato Declaratório Interpretativo (ADI) nº

8,de 2016. A norma define que, com a revogação da legislação que previa a multa isolada de 50% sobre o

valor do crédito objeto de pedido de ressarcimento indeferido ou indevido, não serão mais cobrados os

débitos referentes às multas lançadas que estejam no âmbito do órgão, ainda que o pedido de ressarcimento

tenha sido efetuado durante a vigência da norma revogada.

O entendimento decorre do “princípio da retroatividade benigna”.

O ADI disciplina ainda que os valores relativos às multas já extintas não são passíveis de restituição.

Acesse a norma aqui

Prazo para utilização do CEST poderá ser adiado

Em reunião na sede do Ministério da Fazenda (MF) em Brasília, na última quarta-feira (24), o vice-presidente da

Fecomercio-SP e Presidente do Conselho de Assuntos Tributários (CAT) da Entidade, Márcio Olívio da Costa,

acompanhado do Grupo de Trabalho (GT) que analisa o Convênio ICMS nº 92/2015 e é formado pelo CAT, pela

Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), pela

Associação Brasileira de Automação para o Comércio (AFRAC) e pelo Sindicato das Empresas e Serviços

Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo (Sescon-

SP), entregou ao secretário-executivo adjunto do MF, Daniel Rodrigues Alves, e ao Presidente da Comissão

Técnica Permanente do ICMS - COTEPE/ICMS, Marcelo Ramos de Mello, um ofício solicitando o adiamento da

implantação do Código Especificador da Substituição Tributária (CEST).

O Convênio CONFAZ ICMS 92/2015 obriga os contribuintes do ICMS a informar o novo CEST, que é composto

por sete dígitos e visa a uniformizar nacionalmente as mercadorias ou bens passíveis de sujeição ao regime de

substituição tributária ou de antecipação de recolhimento do ICMS para todos os contribuintes do imposto.

A reunião teve o objetivo de adiar a data inicial de vigência da implantação do CEST, prevista para ocorrer no dia 1º

de outubro deste ano em todo o País.

No encontro, Costa manifestou que, com a aproximação da data, ainda persistem inúmeras dificuldades relatadas

pelos contribuintes do ICMS, sujeitos a rigorosas autuações impostas pela Receita Federal.

Para Alves, o pleito solicitado pelas entidades representantes do comércio e da indústria possui fundamentos sólidos

passíveis de atendimento. Ele disse que é necessário submeter o pedido ao ministro da Fazenda e presidente do

Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), Henrique Meirelles.

As entidades também ressaltaram que as inúmeras obrigações acessórias tributárias criadas pelo governo federal -

como a CEST, o eSocial, o Bloco K do Sped Fiscal e o ICMS do e-Commerce (CONFAZ ICMS 93/2015) -

inviabilizam o desenvolvimento do empresariado brasileiro.

O ofício entregue ao secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda foi assinado pela Fecomercio-SP, pelo

Sescon-SP, pela ACSP, pela AFRAC e pela Fiesp.

Por fim, ao término da reunião, o grupo sugeriu ao Presidente do COTEP a criação de uma agenda positiva para

discutir a viabilidade de implantação das novas obrigações acessórias tributárias.

Fonte: SINDCONT-SP - Associação Paulista de Estudos Tributários, 1/9/2016 15:27:15

Não sei se é para rir ou chorar... Essa tabela, sem reajuste desde abril/2015, já tinha uma defasagem em torno de 70% até 2015, só no ano passado a inflação foi de 10,67%, e nesse ano já está acumulada, nos últimos 12 meses em 9,5%. Se essa situação continuar, daqui há uns 2 anos quem ganhar 2 salários mínimos vai pagar IRPF... É o trabalhador de baixa renda pagando o rombo da corrupção dos políticos...

Tabela do Imposto de Renda será corrigida em

5% no ano vem

02 set 2016 Andreia Calefi

O governo vai corrigir a tabela de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) em 5%. O reajuste será

concedido de forma linear entre todas as faixas de rendimento. A correção é inferior à projeção do

governo para a inflação deste ano, de 7,2%, mas um pouco maior do que a expectativa para a inflação –

medida pelo IPCA – para 2017, de 4,8%.

O salário mínimo deve ficar em R$ 945,80 no ano que vem. As estimativas integram o Projeto de Lei

Orçamentária Anual (Ploa) apresentado pelo governo na quarta-feira, 31, primeiro dia da gestão efetivada

de Michel Temer na Presidência e último dia do prazo para apresentação da proposta orçamentária para

2017.

O reajuste da tabela do IR é um aceno do governo para a classe média. A equipe econômica era contra a

proposta, que deve reduzir ainda mais as receitas em um ano em que o déficit deve atingir R$ 139 bilhões.

O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, admitiu que a correção da tabela do

Imposto de Renda vai reduzir a arrecadação prevista para o ano que vem, mas afirmou que isso já está

incluído nos cálculos feitos para o Orçamento.

Por outro lado, o governo optou por não incluir as compensações que constam no projeto de lei que já

tramita no Congresso Nacional, como mudanças na tributação de heranças, por exemplo. Se forem

aprovadas, elas podem aumentar a arrecadação da União. “O efeito da correção da tabela do IR reduz

previsão de receitas, mas as compensações do projeto não estão previstas na projeção de arrecadação de

2017”, explicou.

Atualmente em R$ 880, o salário mínimo deve ser reajustado em 7,48%, projeção da União para a

inflação medida pelo INPC neste ano. Não haverá contribuição do PIB para o cálculo, uma vez que houve

recessão em 2015. A elevação neste ano foi de 11,6% em relação a 2015, quando estava em R$ 788,00.

Em abril, o salário mínimo proposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2017 era de R$ 946.

A proposta foi apresentada em abril deste ano. Em julho, na revisão da LDO, a projeção para o mínimo foi

reduzida para R$ 945,50.

A regra de reajuste do salário mínimo estabelece que o valor seja corrigido pela inflação do ano anterior,

medida pelo INPC, e pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Essa norma foi

aprovada em lei e valerá até 2019.

A política de valorização do salário mínimo foi um marco do governo petista. A vinculação do mínimo

aos benefícios pagos pela Previdência Social ajudou a melhorar o poder de compra da classe média, mas

acelerou os gastos da área, que deve registrar um déficit de R$ 181,25 bilhões no ano que vem, segundo

previsão do próprio governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

SEFAZ-SP Notícias

Fazenda irá descontinuar emissores gratuitos da Nota Fiscal

Eletrônica e Conhecimento de Transporte Eletrônico em 2017

A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo informa que a partir de janeiro de 2017 os aplicativos

gratuitos para emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-

e) serão descontinuados.

Com a gradual adesão das empresas aos sistemas de documentos eletrônicos, o Fisco Paulista verificou que

a maioria dos contribuintes deixou de utilizar o emissor gratuito e optou por soluções próprias, incorporadas

ou personalizadas a seus sistemas internos. No mercado há muitas opções de emissores, alguns deles com

uma versão básica gratuita.

Os emissores gratuitos são oferecidos pela Secretaria da Fazenda aos contribuintes desde 2006, quando teve

início o processo de informatização dos documentos fiscais e sua transmissão via internet com o objetivo

de massificação do seu uso. Apesar dos investimentos realizados, recente levantamento da Secretaria da

Fazenda aponta que o total de NF-e’s geradas por empresas que optaram por emissores próprios somam

92,2%. No caso do CT-e, o número é ainda maior: 96,3% dos documentos são gerados por emissores

próprios.

Os contribuintes que tentarem realizar o download dos emissores de NF-e e CT-e receberão a informação

sobre a descontinuidade do uso dos aplicativos gratuitos. A partir de 1º de janeiro de 2017 não será mais

possível fazer o download dos emissores.

A Secretaria da Fazenda recomenda que os usuários que já tenham o aplicativo instalado, façam a migração

para soluções próprias antes que a introdução de novas regras de validação da NF-e e do CT-e impeçam o

seu correto funcionamento.

Fonte: http://www.fazenda.sp.gov.br/publicacao/noticia.aspx?id=4795

CEST: obrigatório a partir de 01/10/2016

Novos códigos do CEST e do NCM.

postado 31/08/2016 10:43:09 - 3.459 acessos

O Convênio ICMS 53/2016 alterou o Convênio ICMS 92/2015, que estabelece sistemática de

uniformização e identificação das mercadorias e bens passíveis de sujeição aos regimes de substituição

tributária e de antecipação de recolhimento do ICMS com o encerramento de tributação, relativos às

operações subsequentes.

Com esta medida, O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), inseriu diversas alterações,

inclusive foram incluídos novos produtos na regra da substituição tributária, novos códigos do CEST e do

NCM.

Lembramos que, a partir do dia 1º de outubro de 2016, o Convênio 92/2015 passa a ser obrigatório a todos

os contribuintes do ICMS, optantes ou não pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e

Contribuições – Simples Nacional e que os contribuintes façam a conferência dos seus produtos para

verificar se estão cadastrados com base nos códigos informados nos anexos II a XXIX, para evitar que os

arquivos para emissão dos documentos fiscais eletrônicos, sejam rejeitados.

Fonte: Sindilojas - SP

SPED CONTABIL E FISCAL - NA DISCIPLINA

UNIVERSITÁRIA E NO PROCESSO SELETIVO

Publicado por Jorge Campos em 31 agosto 2016 às 9:36 em ECD

Olá!Pessoal,

Temos 2 processos Seletivos para professor Universitário, nas seguintes universidades, com o tema Sped

contábil e fiscal como disciplinas:

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA EDITAL Nº 22, DE 30 DE AGOSTO

DE 2016 PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO PARA PROFESSOR SUBSTITUTO

Cód.XXVII - Área: Contabilidade Geral - Disciplina:Contabilidade Geral; Contabilidade para ME e

EPP; Contabilidade Tributária; Planejamento tributário; Sped Contábil e Fiscal; E outras afins.

Requisitos Mínimos:Graduação em Ciências Contábeis, com Especialização na área da contabilidade.

http://goo.gl/UGrSc3

EDITAL No - 130, DE 30 DE AGOSTO DE 2016 CONCURSO PÚBLICO PARA

DOCENTES

1 Santa Maria Colégio Politécnico da UFSM - Ciências Sociais Aplicadas/ Ciências Contábeis

- Professor Assistente A, Nível 1 Dedicação Exclusiva Graduação em Ciências Contábeis e Mestrado

ANEXO I

Instruções Específicas Professor Assistente A, Nível 1

1.Área: Ciências Sociais Aplicadas/Ciências Contábeis

2. Departamento/Centro de Ensino: Colégio Politécnico da UFSM

3. Programa das provas

3.1. Conceitos, objeto, finalidade, técnicas contábeis, BP (Balanço Patrimonial), DRE (Demonstração de

Resultados do Exercício) e campo de aplicação da Contabilidade;

3.2. Contabilidade de Custos;

3.3. Contabilidade Gerencial;

3.4. Princípios, Convenções Contábeis, Normas Contábeis (IFRS e CPC);

3.5. Contabilidade Pública;

3.6. Constituição e extinção de entidades;

3.7. Análise e interpretação das demonstrações contábeis;

3.8. Contabilidade Fiscal e Tributária;

3.9. Contabilidade de Cooperativas;

3.10. Contabilidade digital (Certificação digital, Sped Contábil, Sped Fiscal, Nota fiscal eletrônica).

4. Tipos de provas I) Prova Escrita, de caráter eliminatório e classificatório; II) Prova Didática; III) Prova

de Defesa da Produção Intelectual; IV) Prova de Títulos.

5. Endereço, telefone e e-mail do Departamento Endereço: Colégio Politécnico da Universidade Federal

de Santa Maria Prédio 70 - Secretaria Administrativa Av. Roraima, 1000 Cidade Universitária - Bairro

Camobi CEP: 97105-900 - Santa Maria/RS Telefone: (55) 3220-8273 E-mail:

[email protected]

http://goo.gl/81fqsQ

PIS e COFINS: Atividade comercial e seus insumos

Para responder a esta questão, no entanto, é necessário primeiro conhecer as correntes de interpretação da não

cumulatividade, as quais se dividem, basicamente, em corrente constitucionalista e corrente legalista.

Corrente constitucionalista

Para os juristas desta corrente, a não cumulatividade é um princípio constitucional, o qual deve ser observado pelos

tributos que adotem essa sistemática. Para eles, o legislador não é livre para relacionar quais são os créditos

admitidos ou não. Consequentemente, a relação de créditos prevista no artigo 3º das Leis nºs 10.637/2002 e

10.833/2003 seria meramente EXEMPLIFICATIVA (ou, ainda, inconstitucional!).

Seguindo esta linha de interpretação, todos os custos e despesas necessários à geração das receitas deveriam

permitir a apropriação de créditos. Despesas com propaganda ou comissões de venda, por exemplo, estariam

enquadrados nesta categoria e permitiriam o aproveitamento de créditos.

Veja que para esta corrente não se discute o que é ou não insumos. Isso pouco importa. O critério é saber se o

custoou a despesa são necessários para a geração da receita. Considerando os objetivos da não cumulatividade – que

é evitar o efeito em cascata – concordo que esta sistemática seria muito mais adequada.

Corrente legalista

Do lado oposto aos juristas que veem a não cumulatividade como um princípio que não comporta restrições, há

aqueles que a encaram como simples favores fiscais em relação ao PIS e à COFINS, uma vez que a Constituição

Federal não impôs um modelo para as contribuições, ao contrário do fez para o ICMS e o IPI.

Para esta corrente, a qual é adotada pela Receita Federal, a relação de créditos prevista no artigo 3º das Leis nºs

10.637/2002 e 10.833/2003 é TAXATIVA. Com isso, para aproveitamento de créditos, não basta que o custo ou a

despesa sejam necessários à geração da receita, é preciso que eles estejam previstos na legislação.

Acompanhando esse raciocínio, da leitura do artigo 3º das referidas Leis é possível concluir que na atividade

comercial será possível o aproveitamento de créditos em relação a:

a) bens adquiridos para revenda (inciso I);

b) energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor (inciso III);

c) aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos (inciso IV);

d) valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil (inciso V);

e) depreciação e amortização de edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros (inciso VII);

f) bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integrado faturamento do mês ou de mês anterior, e

tributada na forma não cumulativa (inciso VIII);

g) armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, quando o ônus for suportado pelo vendedor (inciso

IX).

Tais créditos não estão restritos à atividade industrial ou à prestação de serviços, ao contrário do que ocorre com a

depreciação de “máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado”, que geram créditos

apenas quando “adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na produção de bens

destinados à venda ou na prestação de serviços” (inciso VI).

A cada item a ser analisado, portanto, é necessário verificar a sua extensão, ou seja, se ele abrange todas as áreas da

empresa ou se é limitado à produção de bens ou serviços.

E os insumos?

Além dos créditos já mencionados no tópico anterior, cabe destaque ao aproveitamento de créditos em relação a

insumos, o qual mais gera dúvidas, tanto pela subjetividade do termo, quanto pela ampla extensão que dele se possa

esperar. Ele é transcrito a seguir:

II – bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou

produtos destinados à venda […]; (gn)

Por mais que se possa esperar da amplitude deste crédito, não é possível ignorar que ele está limitado (a) à prestação

de serviços e (b) à produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda. Na atividade puramente

comercial, portanto, não há custos ou despesas a serem enquadrados nesta categoria.

Dessa forma, muitas despesas necessárias à atividade comercial ficam de fora das possibilidades de aproveitamento

de créditos, como já se manifestou a Receita Federal:

Sacolas Plásticas – Solução de Consulta 176/2012

Manutenção de equipamentos – Solução de Consulta 81/2011

Impressão e distribuição de foolhetos – Solução de Consulta 162/2006

Propaganda e publicidade – Solução de Consulta 161/2006

Hospedagem e viagens – Solução de Consulta 165/2006

Transporte de valores – Solução de Consulta 159/2006

Manutenção e limpeza – Solução de Consulta 166/2006

Seria possível o aproveitamento de crédito, no entanto, caso fosse desenvolvida em paralelo alguma atividade

produtiva, como é o caso dos supermercados que também fabricam pães. A aproveitamento do crédito, neste caso,

seria restrito àquilo que estiver vinculado à atividade produtiva.

Conclusões

Na análise dos custos e despesas geradores de créditos, a primeira decisão a ser tomada é sobre a corrente a ser

seguida. Optando pela corrente constitucionalista, para conhecer as hipóteses de créditos basta saber se o custo ou a

despesa são necessários à geração da receita.

Seguindo a corrente legalista, no entanto, é necessário saber se o custo ou a despesa se enquadram em um dos itens

previstos na legislação. Neste caso, a análise não deve ficar restrita à necessidade ou importância do gasto.

Na primeira corrente, a relação de créditos será mais ampla e coerente com os objetivos da não cumulatividade, mas

além de não ser reconhecida pelo fisco, também não tem tido acolhida nos tribunais administrativos e no judiciário.

Com isso, caso a empresa seja autuada por aproveitar um crédito não previsto literalmente na legislação, as

possibilidades de defesa estão bastante restritas.

É preciso muita cautela, ainda mais sabendo que as empresas estão totalmente expostas a partir da EFD –

Contribuições e dos demais módulos do SPED!

Por: Fabio Rodrigues de Oliveira

Fonte: Jornal Contábil

Associação Paulista de Estudos Tributários, 2/9/2016 11:45:06

Salário de até R$ 1.999 ficará isento do IR

A tabela do Imposto de Renda deverá ser corrigida em 5% no ano que vem, conforme prevê o PLOA

(Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2017.

A proposta foi entregue ontem ao Congresso Nacional.

O reajuste é o mesmo anunciado pela ex-presidente Dilma Rousseff em 1º de maio, pouco antes de seu

afastamento.

O projeto já tramita no Congresso.

Com a correção, mais trabalhadores ficarão isentos. Hoje, paga IR quem ganha mais de R$ 1.903,98.

Com a mudança, só haverá cobrança acima de R$ 1.999,18.

Inconstitucionalidade para alterações de alíquotas de

ICMS

30/08 - Carla Lidiane Müller para Notícias Contábeis do Contabilidade na TV*

Recentemente algumas federações do comércio (Fecomércio), Indústria (Fiern), Agricultura (Faern) e

Transportes de Passageiros (Fetronor) do estado do Rio Grande do Norte, moveram uma ação de

inconstitucionalidade para com o artigo 5º da lei estadual nº 9991/15, que aumenta a alíquota interna de

ICMS de 17% para 18%, exceto para os bens e serviços não abrangidos pelas alíquotas “a” e “b” do artigo

27 da lei estadual 6.968/96.

Entre os serviços das alíneas a e b, podemos destacar as operações com energia elétrica que agora suportam

carga efetiva 25%, enquanto que antes era apenas 17%, e as operações com comunicações que também

possuíam carga de 17% e agora devem usar a alíquota de ICMS e 28%.

A maior reivindicação destas federações, é que as operações com energia elétrica e comunicações se

mantenham com a nova alíquota geral de 18%, e não essas novas alíquotas absurdamente altas.

Esse aumento exorbitante afeta diretamente o desempenho da atividade principal das empresas destes ramos,

e, além disso, o aumento da alíquota de ICMS poderá ser um estopim para aumento do desemprego nestes

setores, o que também causará uma retração de mercado, e consequentemente afetará toda a economia do

estado.

Mas infelizmente os desembargadores que votaram a ação direta de inconstitucionalidade nº 2016.002483-

4, não aderiram ao pedido de suspensão solicitado pelas federações, pois, segundo eles, estas novas alíquotas

não fogem a constitucionalidade da lei, e o aumento da alíquota é necessário para a boa manutenção das

contas públicas.

Esse aumento de alíquota entrou em vigor em fevereiro deste ano, tendo sido aprovado já em outubro do

ano passado.

O fato é que o estado não deveria poder legislar de uma maneira tão abusiva contra o contribuinte, sem antes

tomar como parte sua capacidade contributiva. Um aumento assim tão expressivo e tão de repente, afeta o

fluxo de caixa de qualquer empresa.

Infelizmente ao todo, este ano tivemos um aumento na alíquota de ICMS em cerca de 20 estados e mais o

Distrito Federal, e um dos motivos claro, seria o déficit nas contas públicas.

Mas não é justo que os contribuintes além de sofrerem com a inflação, precisem também arcar com uma

carga tributária tão elevada.

Fontes Utilizadas na Pesquisa

www.tjrn.jus.br/

g1.globo.com/

ambito-juridico.jusbrasil.com.br/

*Carla Lidiane Müller - Bacharel em Ciências contábeis. Cursando MBA em Direito Tributário

IRPJ e CSLL - Base de cálculo do Lucro Presumido na venda de

Software

A Receita Federal por meio de Solução de Consulta esclarece base de cálculo do Lucro Presumido do

IRPJ e CSLL nas operações de venda de software

postado 30/08/2016 08:08:23 - 1.416 acessos

De acordo com a Solução de Consulta vinculada nº 9.047 de 2016 (DOU de 30/08), a venda

(desenvolvimento e edição) de softwares prontos para o uso (standard ou de prateleira) classifica-se como

venda de mercadoria e o percentual para a determinação da base de cálculo do imposto com base no Lucro

Presumido é de 8% e 12 % para a contribuição, ambos sobre a receita bruta.

Em se tratando de venda (desenvolvimento) de softwares por encomenda classifica-se como prestação de

serviço e o percentual para determinação da base de cálculo do imposto de renda e da contribuição social é

de 32% sobre a receita bruta.

Se a empresa desempenhar concomitantemente mais de uma atividade, o percentual de presunção

correspondente deve ser aplicado sobre o valor da receita bruta auferida em cada atividade.

Fonte: Siga o Fisco

ECF - PVA - Publicação de nova versão 2.0.8

Postado por José Adriano em 2 setembro 2016 às 16:23

Foi publicada a versão 2.0.8 do programa da ECF com a correção do problema de recuperação da ECD no

caso de ECF com forma de tributação mista (campo 5 do registro 0010 igual a Presumido/Real,

Presumido/Real/Arbitrado e Real/Arbitrado).

Há que se ressaltar que a versão 2.0.7 do programa da ECF ainda pode ser utilizada na transmissão dos

arquivos da ECF.

Fonte: Sítio SPED

http://www.mauronegruni.com.br/2016/09/01/disponibilizada-nova-vers...

Proprietários rurais devem declarar o ITR até o

dia 30 de setembro

A Receita Federal publicou, no dia 10 de junho de 2016, a Instrução Normativa RFB nº 1651,

estabelecendo as normas e procedimentos para a apresentação da Declaração do Imposto sobre a

Propriedade Territorial Rural (DITR). Os proprietários rurais de todo o Brasil terão até o dia 30 de

setembro para efetuar a declaração via internet. O programa para enviar a declaração está disponível para

download no site da Receita Federal do Brasil.

Deve declarar o imposto o proprietário de direitos sobre uma determinada área rural, seja pessoa física ou

empresa, exceto o imune ou isento. Conforme informações contidas no site oficial da Receita Federal,

após o dia 30 de setembro a declaração deverá ser apresentada pela internet ou em mídia removível (pen

drive ou disco rígido) nas unidades da RFB, durante o horário de expediente.

Se a apresentação for efetuada após o prazo estabelecido será cobrada multa de 1% ao mês ou fração de

atraso sobre o imposto em débito. O pagamento do ITR deve ser feito nas agências bancárias integrantes

da rede arrecadadora de receitas federais. O contribuinte poderá pagar por meio de Documento de

Arrecadação de Receitas Federais (Darf), Título da Dívida Agrária (TDA) ou transferência eletrônica de

fundos mediante sistemas eletrônicos das financeiras autorizadas pela Secretaria da Receita Federal do

Brasil e que operam com esta modalidade de arrecadação.

De acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc),

José Zeferino Pedrozo, os Sindicatos Rurais do Estado passaram recentemente por capacitação para a

Declaração de ITR. “Os profissionais dos Sindicatos estão aptos para auxiliar os produtores rurais

catarinenses na realização da declaração. É um processo detalhado e que deve seguir as orientações e

prazos da Receita Federal para que seja efetuado de maneira correta. O Sistema Faesc e Senar/SC, assim

como os Sindicatos Rurais, estão sempre prontos para auxiliar os produtores”, esclarece Pedrozo.

Floripa News

Confira a versão 1.41 da NT2015/002, contendo

ajustes em algumas regras de validação da NF-e

By Priscila Garcia | 30/08/2016 | Boletim Informativo

Foi publicada a versão 1.41 da NT2015/002, contendo ajustes em algumas regras de validação da NF-e.

Dentre as alterações e aperfeiçoamentos, citamos a vedação de inscrição estadual de substituição tributária

nas operações internas, a proibição da emissão com código de regime tributário com excesso de sublimite

para a UF, a inclusão de mensagens complementares na rejeição para mostrar o número do item em que

ocorreu a rejeição e a liberdade para cada UF aceitar NF-e com CFOP 5.929 referenciando uma NFC-e.

Confira abaixo as alterações trazidas pela versão 1.41 da NT2015/002:

Aperfeiçoada a redação das mensagens de erro das regras de validação do grupo “BA. Documento

Fiscal Referenciado” para esclarecer que o número de ordem constante na mensagem identifica a

chave de acesso em que foi encontrado erro conforme sua ocorrência;

Alterada a regra C18-14 para não permitir inscrição estadual de substituição tributária (IE-ST) nas

operações internas.

Incluída a regra C21-10 para não permitir emitente com código de regime tributário com excesso

de sublimite (CRT=2) para a UF.

Incluído nas regras I04-10, I08-04 e I08-144 uma mensagem complementar na rejeição para

mostrar o número do item em que ocorreu a rejeição.

Aperfeiçoada a redação do texto introdutório que resume as alterações em regras de validação

deixando mais clara a intenção da modificação efetuada na RV I08-140;

Alterada a regra I08-180 para a critério da UF aceitar NF-e (modelo 55) com CFOP 5.929

referenciando uma NFC-e (modelo 65).

Excluída a regra K01-10 para permitir o grupo de detalhamento específico de medicamentos na

NFC-e.

Incluída a regra YA04a-20 para não permitir o tipo de integração de pagamento como “pagamento

não integrado”. Sendo essa nova regra facultativa por UF.

Incluída a regra ZA01-30 para não permitir o grupo exportação (id: ZA01, tag: exporta) na NFCe.

Alteradas para obrigatórias as regras de validação ZX02-24, ZX02-32, ZX02-40, ZX02-60, ZX02-

64, ZX02-72, ZX02-80, ZX02-88, ZX02-92, ZX02-100, ZX02-112.

Alteradas para obrigatórias as regras de validação ZX02-20, ZX02-104, ZX02-108, ZX02-120,

mantendo uma observação “Regra de Validação opcional até 01/11/2016, a critério da UF”.

Incluído nas regras ZX02-20, ZX02-100 e ZX02-104 uma observação incluindo o link do Encat,

onde o contribuinte pode obter mais informações sobre o CSC e o QRCODE.

Incluída a regra ZX02-22 para não permitir QR-Code com sequência de escape para o e comercial

‘&’.

Para fazer o download da versão 1.41 da NT2015/002, clique aqui.

STJ começa a analisar PIS e Cofins sobre receitas

financeiras

29 de agosto de 2016

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) começou a julgar a possibilidade da cobrança do PIS e da Cofins sobre

receitas financeiras. A matéria é discutida pela 1ª Turma em um processo que envolve a rede de

supermercados Zaffari. Por enquanto, apenas o relator do recurso, ministro Napoleão Nunes Maia Filho,

posicionou-se sobre o tema. Ele votou contra a incidência das contribuições.

Para Napoleão, a receita financeira não seria tributável pelas contribuições sociais. Isso porque as leis que

regem os tributos (10.637 e 10.833) não falam em receitas financeiras, mas em faturamento (receita bruta).

Ainda assim, segundo o ministro, caso se resolva tributar e elevar a alíquota, a medida deve ser efetuada

por meio de lei e não por decreto – como fez a União. O magistrado seguiu a tese do contribuinte

Representante do Zaffari no processo, o advogado Fábio Canazaro, do escritório que leva o seu nome,

alegou que o Decreto-Lei nº 15.098, de 1977 – alterado em 2014 pela Lei nº 12.973 – estabelece o

conceito de receita bruta. No artigo 12 da norma consta que compreende o produto da venda, preço

auferido, resultado em operações para terceiros e as receitas da atividade principal da pessoa jurídica. No

caso do Zaffari, ele destacou que a atividade principal é a venda de mercadorias e não a obtenção de

receita financeira.

Canazaro argumentou ainda que deveriam ser reconhecidos os limites do poder de tributar do Executivo,

respeitando o sistema da tripartição dos poderes. “O papel dele é executar a lei, não criá-la. Imagina se

outros tributos entram nessa moda. Amanhã pode ser o Imposto de Renda que venha a ser alterado por

meio de decreto”, disse o advogado.

O Decretou nº 8.426, em vigor desde julho do ano passado, estabeleceu a cobrança de PIS e Cofins sobre

receitas financeiras de empresas do regime não cumulativo. As alíquotas, que estavam zeradas desde

2004, foram fixadas em 4% para a Cofins e 0,65% para o PIS. Essa norma, segundo o procurador da

Fazenda Nacional, Clóvis Monteiro Ferreira da Silva Neto, foi considerada um importante ingrediente no

ajuste fiscal de 2015. A estimativa da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) é que a tributação

seja responsável por uma arrecadação anual de cerca de R$ 8 bilhões.

Para os contribuintes, no entanto, a cobrança não poderia ser restabelecida por decreto. São inúmeros

processos desde a vigência da medida. Nas ações, citam principalmente o artigo 150 da Constituição

Federal. O dispositivo diz que é vedado à União, Estados, Distrito Federal e aos municípios exigir ou

aumentar tributo sem lei que o estabeleça. Magistrados contrários à tese dos contribuintes, no entanto,

afirmam que a alíquota zero também havia sido instituída por decreto. Sustentavam que ambos os decretos

têm o mesmo fundamento legal. Trata-se do artigo 27 da Lei nº 10.865, de 2004, que permitiu ao

Executivo reduzir ou restabelecer as alíquotas.

Em seu voto, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho afirmou que só poderiam ser elevadas alíquotas de

impostos por meio de decreto nos casos em que houvesse permissão expressa da Constituição, como o

IOF e a Cide. Segundo ele, em matéria tributária não vigora o princípio da licitude implícita (se não está

proibido, está permitido). Logo após o voto do relator, os ministros iniciaram uma discussão levantada

pela Fazenda Nacional: o tema, por tratar de questão constitucional, deveria ser julgado apenas pelo

Supremo Tribunal Federal (STF)? O ministro Gurgel de Faria pediu vista antecipada justificando que não

estava convencido da questão e prometeu retomar o julgamento em setembro.

O ministro Benedito Gonçalves acompanhou o relator no sentido de que a matéria é infraconstitucional e,

portanto, deve ser julgada pelo STJ. Ele não entrou, porém, no mérito. Se julgado o tema, esta será a

primeira decisão de mérito da Corte sobre a discussão. A 2ª Turma já havia analisado o assunto por meio

de uma decisão individual do relator. O ministro, na ocasião, considerou que a matéria é constitucional,

sem analisar o mérito.

Especialista na área, o advogado Sandro Machado dos Reis, do Bichara Advogados, acredita que o

posicionamento dos ministros influenciará um outro julgamento importante, no Tribunal Regional Federal

(TRF) da 3ª Região, que abrange os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Um processo sobre o

tema será analisado pelo TRF por meio de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR) – quando uma

decisão sobre determinado tema é replicada a casos idênticos que tramitam na mesma jurisdição.

“Se o ministro que pediu vista levar o voto na próxima sessão, o STJ terminaria de julgar, salvo se houver

um novo pedido de vista, antes do TRF. Há possibilidade concreta de isso acontecer”, diz o advogado. O

julgamento do IRDR, pela 2ª Seção do TRF da 3ª Região, está previsto para o mês que vem. Três

processos sobre o tema foram apensados. Envolvem um escritório de advocacia, um grupo de cosméticos

e uma companhia de monitoramento de cargas e veículos.

Fonte: Valor Econômico

Desconto concedido é receita e tributa

PIS/COFINS?

29 de agosto de 2016

Mais uma vez entramos na discussão sobre o conceito de Receita, Receita Bruta e Receita Tributável. Não

é à toa. O embasamento legal é realmente complexo. Mesmo para os brasileiros com formação jurídica e

contábil há uma certa dificuldade de interpretação – por estar em vários regramentos legais. Para

estrangeiros esse entendimento é provavelmente impossível.

Vejamos o artigo 12 do Decreto-Lei 1598, de 26 de Dezembro de 1977:

Art. 12. A receita bruta compreende:(Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014)

I – o produto da venda de bens nas operações de conta própria; (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014)

II – o preço da prestação de serviços em geral; (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014)

III – o resultado auferido nas operações de conta alheia; e (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014)

IV – as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não compreendidas nos incisos I a III.

(Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014)

1o A receita líquida será a receita bruta diminuída de: (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014)

I – devoluções e vendas canceladas;(Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014)

II – descontos concedidos incondicionalmente;(Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014)

III – tributos sobre ela incidentes; e (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014)

IV – valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei

no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, das operações vinculadas à receita bruta. (Incluído pela Lei nº

12.973, de 2014)

Como constata-se, a Lei 12.973 de 13 de Maio de 2014 tenta apaziguar o tema. Com efeito, fiscalmente

ficará estabelecido que o desconto compõe a receita bruta, segundo inclusive, os maiores especialistas da

própria Receita Federal do Brasil que consultei pelo fale conosco do SPED.

Quando vamos à operacionalização da Lei, nos deparamos com uma aparente dificuldade. Na EFD-

ICMS/IPI, temos o regramento dos Registros de Documentos Fiscais, incluindo, os registros C100 e C170,

especificamente, onde estabelece:

REGISTRO C100: NOTA FISCAL (CÓDIGO 01), NOTA FISCAL AVULSA (CÓDIGO 1B),

NOTA FISCAL DE PRODUTOR (CÓDIGO 04), NF-e (CÓDIGO 55) e NFC-e (CÓDIGO 65).

REGISTRO C170: ITENS DO DOCUMENTO (CÓDIGO 01, 1B, 04 e 55).

Ocorre que o próprio PVA da EFD-Contribuições valida que a soma do valor dos itens componha a receita

bruta. Então, para efeitos das Contribuições Sociais, o valor de um item em que foi concedido algum

desconto, ainda que incondicional, será escriturado pelo valor bruto. No registro C170 desta escrituração

deverá constar o valor do desconto, enquanto que o valor da base de PIS/PASEP (campo 26) e da COFINS

(campo 32) deverá conter apenas a base tributável, ou seja, sem o desconto.

Na EFD-ICMS/IPI o valor do item deverá seguir o mesmo comportamento. Ou seja, valor bruto no valor do

item e o desconto explícito, se incondicional.

A distinção entre as duas escriturações é que uma (EFD-ICMS/IPI) já nasceu com a preocupação na base

de cálculo (herança da época do papel) e a outra (EFD- Contribuições) surgiu somente na era SPED e tem

o princípio da Receita (herança da época do regime cumulativo) como fato gerador da incidência. Nesta

distinção, profissionais estabelecem diferentes interpretações para a escrituração, entendendo que a receita

auferida para efeitos de PIS/Cofins tenha sido apenas a receita líquida (a bruta deduzida de descontos

incondicionais).

Como há empresas que interpretam de uma ou de outra forma, é importante equalizar a visão nas obrigações

acessórias, bem como, o entendimento contábil aplicado na ECD e ECF quanto à declaração de receitas e o

assentamento de descontos nos livros digitais (contábeis). Assim, o valor do item (campo 07 do registro

C170) deverá ser apresentado na forma bruta, bem como o desconto (campo 08), se houver, igualmente nas

duas escriturações (ICMS/IPI e Contribuições). As bases de cada tributo é que representará a influência do

desconto (incondicional).

_____________________________________________________________________________________

Os conteúdos desenvolvidos pela equipe da Decision IT têm como objetivo o compartilhamento de soluções de problemas que sejam comuns

no dia a dia de quem trabalha com SPED. Em conformidade com a Lei 9.610/1998 (Lei dos Direitos Autorais), a reprodução deste artigo é

autorizada e até mesmo incentivada, desde que referenciados autor e fonte (com hiperlink).

__________________________________________________________________________________________________________

Fonte: Decision IT

Bloco K – A evolução: K210, K260 -

Reprocessamento

Postado por José Adriano em 29 agosto 2016 às 9:00

Por Mauro Negruni

Um projeto de tão longa data como o Bloco K da EFD Fiscal, teve recentemente uma boa atualização,

conforme Ato COTEPE ICMS nº 7/2016, a versão 2.0.19 do Guia Prático da Escrituração Fiscal contará

com adequações importantes no leiaute do Bloco K.

A criação de novas formas de registrar o reprocessamento de materiais deverá seguir a orientação de uso

dos registros K260/ K265. Estes, criados especificamente para este fim, são suficientes para registrar, de

forma simples, as movimentações de estoque (produtos gerados e itens consumidos). Sendo que o registro

K260 deverá ser informado caso ocorra saída e respectivo retorno ao estoque de produto/ insumo, dentro

do período de apuração. O registro K265 complementará este registro com a informação do consumo de

mercadoria e/ou retorno de mercadoria ao estoque, ocorridos no reprocessamento de produto/insumo

informado no registro anterior.

Também serão muito úteis os registros K210 e K215, que baseiam-se em outro tipo de movimentação

comum nas linhas de produção: O reaproveitamento de materiais pela “canibalização”, ou seja, o

desmonte de partes e peças de uma unidade inadequada para a montagem de uma nova – em condições

que atenda aos requisitos de qualidade.

Na forma anterior, antes da criação da nova sistemática, teríamos um trabalho adicional de criação de itens

“estragados” e geração de uma ordem de produção para que o processo fosse sempre adiante, ou seja,

direcionado para novas etapas de produção – nova ordem, ficha técnica do item estragado, etc.

O Bloco K, em essência, possui elementos bastante simples para serem oferecidos à análise dos Fiscos.

Todavia, seus pressupostos de controle são verdadeiras armadilhas para muitas empresas.

Apenas extrair as informações dos ERPs e incluir no livro digital da EFD-FISCAL é como relacionar os

ingredientes no cardápio e utilizar outros insumos no preparo dos pratos. Afinal os custos, estoque e valor

enérgico será o que está na ficha técnica ou o que de fato acontece na cozinha?

Fonte: Decision IT

http://www.mauronegruni.com.br/2016/08/25/bloco-k-a-evolucao-k210-k...

União não tem de pagar dano moral por executar

contribuinte indevidamente

29 de agosto de 2016

O mero ajuizamento de execução fiscal indevida não é motivo suficiente para gerar o dever da Fazenda

Nacional em indenizar o contribuinte por dano moral, sendo necessária a análise das consequências da ação

no caso concreto. A partir deste fundamento, a 1ª Vara Federal de Bento Gonçalves (RS) negou pedido de

reparação de danos morais feito por uma indústria de equipamentos em aço inox. A decisão, proferida no

dia 19 de agosto, é do juiz Eduardo Kahler Ribeiro.

A empresa ingressou com processo contra a União, alegando que foi executada judicialmente por um débito

já parcelado. Afirmou que isso ocasionou despesas com a contratação de advogado e que a situação foi

constrangedora e angustiante, acarretando abalo moral. Em sua defesa, a União reconheceu que ingressou

indevidamente com a ação de execução fiscal. Entretanto, sustentou a inexistência de danos morais

indenizáveis.

Na análise dos autos, o juiz pontuou que não havia controvérsia em relação ao fato da União ajuizar

execução fiscal quando o débito já se encontrava parcelado pelo contribuinte. O conflito está na existência

ou não da responsabilidade civil do Estado em indenizar por danos morais sofridos. Segundo o magistrado,

esta responsabilização depende do preenchimento de determinados pressupostos, como ato comissivo ou

omissivo, dano e nexo de causalidade.

“Houve, de fato, mero ajuizamento de execução fiscal enquanto parcelado o débito, com recebimento de

citação e contratação de causídico para efetuar defesa judicial (na forma de embargos à execução, os quais

foram julgados procedentes). Não houve penhora de bens, tampouco alegação, na inicial, de impedimento

de expedição de certidões de regularidade fiscal à autora”, afirmou na sentença.

Para Ribeiro, o dano não foi comprovado nos autos. Ele homologou o reconhecimento da procedência do

pedido de indenização por danos materiais, o que obrigará a União a ressarcir os honorários pagos pela

autora. Já o pedido de indenização por danos morais foi negado. Cabe recurso ao Tribunal Regional Federal

da 4ª Região. Com informações da Assessoria de Imprensa da Justiça Federal do RS.

Clique aqui para ler a sentença. - Fonte: ConJur

RET – Atividades Imobiliárias – Instituído

Formulário Digital

22/08/2016 - Por meio do Ato Declaratório Executivo COAEF 15/2016 – DOU de 19.08.2016 – foi

instituído o formulário digital Termo de Opção pelo Regime Especial de Tributação Aplicável às

Incorporações Imobiliárias (RET)

Este formulário é alternativa àquele previsto na Instrução Normativa RFB 1.435/2013, que dispõe sobre os

regimes especiais de pagamento unificado de tributos aplicáveis às incorporações imobiliárias, às

construções de unidades habitacionais contratadas no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida

(PMCMV) e às construções ou reformas de estabelecimentos de educação infantil.

Precisamos trabalhar menos para o Fisco e mais

para as empresas

Postado por José Adriano em 30 agosto 2016 às 8:00

O setor contábil brasileiro passa por uma grande transformação. A tecnologia, as constantes mudanças na

legislação e o atual cenário econômico e político tornam fundamental e aceleram a necessidade de

atualização constante dos profissionais e das empresas que atuam na área.

O desafio é grande, já que tradicionalmente esses empresários sempre tiveram um perfil mais conservador

e agora se deparam com a necessidade de se tornarem mais dinâmicos, estratégicos e multidisciplinares

para atuarem mais diretamente na gestão de seus clientes.

Para o presidente do Sescon-SP, Marcio Massao Shimomoto, esses temas ganharam ênfase sob sua gestão

e a entidade está cada vez mais apta a apoiar seus representados para esses desafios.

Nesta entrevista, Shimomoto destaca o papel do Sescon e de sua universidade corporativa diante da

deficiente graduação de profissionais e fala também sobre o papel do Sindicato na defesa de direitos de

empresários da categoria. Entre as mais recentes conquistas da entidade, o líder sindical destaca a

ampliação do prazo do eSocial. Acompanhe a seguir os principais trechos da entrevista.

Quais são os desafios do Sescon-SP para os próximos anos?

Temos como finalidade principal representar, da melhor maneira possível, nossos associados e filiados

perante órgãos públicos e a sociedade, além de levar educação continuada a toda a categoria. Nossa

profissão evolui muito rapidamene e somos bombardeados de forma constante por novas legislações e

tecnologias, criando sempre novos desafios. A missão do Sescon-SP é representar seus associados e ajudar

o governo a construir uma agenda positiva para o setor produtivo. Podemos, inclusive, ajudar com uma

proposta consistente e factível de reforma tributária, já que este é um assunto que conhecemos

profundamente. E, como sindicato patronal, temos sugestões também para a reforma trabalhista. Colaborar

com as empresas do setor em diversas frentes, principalmente desenvolvendo a capacitação, para que elas

possam prestar serviços cada vez mais estratégicos para seus clientes, também é uma das missões do

Sescon-SP.

Como a categoria está se posicionando para fortalecer e ampliar a visibilidade para o papel cada vez

mais estratégico do contador nas empresas? Através da educação continuada e dos eventos que realizamos. Sempre discutimos as tendências e os

desafios da profissão, mas minha gestão deu uma ênfase ainda maior para este tema. Quero discutir como

a profissão será no futuro e projetar como deverão se posicionar e se preparar as empresas de

contabilidade.O objetivo do Sescon-SP é apontar para nossos profissionais o caminho correto para que

eles possam, cada vez mais, atuar como gestores de suas empresas-clientes. O papel do Sescon-SP é

ajudar a colocar toda a categoria no patamar exigido por essa visão de futuro por meio da educação

continuada. E, para isso, os debates em nossos eventos são fundamentais.

Quais os principais destaques do programa de educação continuada do Sescon-SP?

Temos uma universidade corporativa. Queremos capacitar melhor os colaboradores das empresas de

contabilidade porque, infelizmente, os profissionais oriundos dos cursos de graduação estão despreparados

para atuar na área. A universidade corporativa é importante por vários aspectos. Primeiro, para capacitar

estes novos profissionais. Em segundo lugar, para mantê-los atualizados. E, por fim, porque pela nova

resolução do CFC (Conselho Federal de Contabilidade) há a exigência de um exame de suficiência para

que técnicos possam exercer a profissão nos departamentos de contabilidade. Há poucas opções para estes

técnicos: abandonar a profissão, mudar de função no departamento ou se graduar em uma faculdade. O

Sescon-SP tem feito parceria para fornecer uma graduação a distância.

Na sua avaliação, quais são as novas frentes de oportunidades para os profissionais de

contabilidade?

Temos um amplo campo de trabalho na consultoria e gestão de empresas. Quanto mais a economia se

torna estável, mais importante se torna a contabilidade, por ela demonstrar os custos das empresas,

demonstrar financeiramente para onde vão os recursos e de onde vêm os recursos. Esta é função da

contabilidade. Interpretar números, fazê-los inteligíveis e mostrar aos empresários como ela é e como

deveria ficar, colaborar na gestão e crescimento da empresa.

Nas próximas eleições, os contadores terão um novo papel: registrar e contabilizar atos e fatos

praticados no processo de arrecadação e gastos. De que forma o Sescon-SP está atuando para

ajudar os profissionais na prestação deste serviço?

O CFC recentemente fez uma palestra sobre as regras eleitorais. E teremos, em breve, uma palestra com o

desembargador do TRE, que também demonstrará para os nossos profissionais quais são as mudanças na

legislação eleitoral e como poder atuar na prestação de contas eleitorais.

Quais são os maiores desafios da categoria?

O grande desafio é evoluir constantemente. Devemos ser mais dinâmicos, menos técnicos e aprender mais

sobre técnicas de gestão. E também deixarmos de fazer simplesmente a contabilidade fiscal. Precisamos

trabalhar mais para o fortalecimento do cliente e menos para o Fisco.

O eSocial deve ser adiado, graças a entidades contábeis. O Sescon-SP conseguiu ampliar também a

entrega das Declarações de Substituição Tributária, Diferencial de Alíquota e Antecipação

(DeSTDAs). Quais outras iniciativas a favor de empresas e contadores?

O Sescon-SP, junto com entidades do estado, como o CRC, Sindcont e Apejesp, é demandado quando há

algum problema com o Fisco. E o Sescon-SP, juntamente com outras entidades, atua fortemente junto à

Secretaria da Fazenda e à Receita Federal para a melhoria do sistema tributário. Além disso, é uma das

únicas entidades estaduais no Grupo de Trabalho Confederativo do eSocial.

O Eescon chegou a sua 25ª edição. Na sua opinião, qual o legado do encontro?

Além das informações e do network, estimular a reflexão sobre o futuro da profissão. As pessoas estão

mudando, há novas tecnologias, novos desafios e novos mercados.

http://www.dci.com.br/especial/precisamos-trabalhar-menos-para-o-fi...

Atividade empresarial

STJ divulga teses sobre incidência de PIS e Cofins em aluguel

29 de agosto de 2016, 11h22

As teses sobre a incidência de PIS e Cofins em aluguéis de imóveis foram publicadas no Pesquisa Pronta,

sistema de busca de acórdãos do Superior Tribunal de Justiça. São oito decisões sobre o tema.

O STJ entende que as receitas com aluguel de imóveis de pessoas jurídicas integram a base de

cálculo para cobrança de PIS e Cofins, mesmo que a locação não seja o objeto social da empresa.

Por exemplo, no REsp 929.521, afetado como recurso repetitivo, a 1ª Seção do STJ definiu que a Cofins

incide sobre aluguéis. Isso porque "o conceito de receita bruta sujeita à exação tributária envolve, não só

aquela decorrente da venda de mercadorias e da prestação de serviços, mas a soma das receitas oriundas

do exercício das atividades empresariais".

Segundo a decisão, a definição de faturamento ou receita bruta da empresa inclui as arrecadações com

locação de bens móveis, “que constituem resultado mesmo da atividade econômica empreendida pela

empresa”.

Em outro caso, no REsp 1.590.084, a 2ª Turma do STJ decidiu que as receitas vindas das atividades de

construção, alienação, compra, aluguel, venda e intermediação de negócios imobiliários integram o

conceito de faturamento para fins de tributação de PIS e Cofins.

“Incluem-se aí as receitas provenientes da locação de imóveis próprios e integrantes do ativo imobilizado,

ainda que este não seja o objeto social da empresa, pois o sentido de faturamento acolhido pela lei e pelo

Supremo Tribunal Federal não foi estritamente comercial”, argumentou a 2ª Turma. Com informações da

Assessoria de Imprensa do STJ.

Revista Consultor Jurídico, 29 de agosto de 2016, 11h22

Exportador brasileiro tem isenções de impostos nos EUA.

Saiba quais são São Paulo, 31 de Agosto de 2016 às 17:00 por Wladimir Miranda

Você que é empresário e quer exportar seu produto para os Estados Unidos, sabe o significado de SGP

(Sistema Geral de Preferências)?

E Miscellaneous Tax Bills (MTB), sabe o que é? Estas duas siglas concedem isenção de alíquotas de

importação a produtos brasileiros.

As oportunidades de entrar no concorrido mercado norte-americano foram tema de workshop promovido

pelo Projeto Exporta São Paulo, em conjunto com a São Paulo Chamber Of Commerce, da Associação

Comercial de São Paulo (ACSP).

O SGP foi criado pela Conferência das Nações Unidas para incrementar o comércio internacional e

permite que os países desenvolvidos concedam isenção ou redução do imposto de importação sobre

determinados produtos oriundos de países em desenvolvimento, o Brasil entre eles.

O objetivo do SGP é fazer com que países desenvolvidos ofereçam, sem a necessidade de reciprocidade,

facilidades tarifárias para uma relação de produtos.

O sistema é uma concessão unilateral, ou seja, os países em desenvolvimento não têm a obrigação de

retribuir a isenção.

Para que o país seja considerado “em desenvolvimento”, não pode ultrapassar a média anual de US$

12.500 per capita. Este é o critério para que o país seja considerado “elegível” para se beneficiar do SGP.

O Banco do Brasil tem maneiras de impedir que os benefícios tarifários do SGP sejam utilizados por

outros países. Para evitar a intromissão de países que não estão em desenvolvimento e, portanto, não

podem usar o SGP, agências do Banco do Brasil que prestam serviços relacionados ao comércio exterior

exigem a apresentação de um certificado de origem denominado Formulário A.

As palestrantes foram Christiane Bonomo, subchefe da Divisão de Acesso a mercados do Ministério das

Relações Exteriores, e Naomi Freeman, do United States Trade Representative (USTR), principal agência

do governo norte-americano para recomendações ao presidente dos EUA em questões referentes à política

comercial do país em níveis bilateral e multilateral.

Exatos 3.282 produtos são beneficiados pelo Sistema Geral de Preferências (SGP) e não pagam impostos

ao entrar nos Estados Unidos.

Entre estes produtos estão couros e peles, cerâmicas, materiais de escritórios e autopeças, entre outros.

Estão excluídos da isenção, alguns produtos têxteis e agrícolas. A Miscellaneous Tariss Bills (MTB)

isenta de impostos o produto cuja arrecadação não ultrapasse US$ 500 mil por ano.

O empresário que quiser obter mais informações sobre o SGP e o MTB e verificar se o seu produto está

na lista dos 3.282 produtos beneficiados pelo Sistema Geral de Preferências, pode acessar o site do Capta.

Outro caminho é pelo site do Itamaraty.

FOTO: Wladimir Miranda

Execução fiscal contra sócio exige função de

gerência à época do fato gerador

2 de setembro de 2016

O redirecionamento da execução fiscal contra ex-sócio por dissolução ilegal de empresa só pode ocorrer se

o réu geria a companhia na época do fato gerador. O entendimento é da ministra Regina Helena Costa, do

Superior Tribunal de Justiça, em decisão monocrática em recurso apresentado pela Fazenda Nacional.

O Fisco questionava decisão unânime da 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que impediu

o redirecionamento da execução a um ex-sócio da empresa, representado pelos advogados Sandro Mercês

e Fátima Pacheco Haidar, que não atuava mais na gestão da companhia à época da dissolução.

Para o colegiado do TRF-3, apesar de haver entendimento anterior permitindo a transferência da execução

fiscal de pessoa jurídica para física quando houver indício de irregularidade na dissolução, a jurisprudência

do STJ, de que a cobrança deve incidir apenas sobre os sócios que geriam a empresa na época do ato

irregular, deve prevalecer.

Ao negar o seguimento do recurso, Regina Helena Costa explicou que o questionamento não poderia ser

acolhido por afrontar entendimento já pacificado na corte, conforme a Súmula 83 do STJ. “É assente nesta

corte o entendimento segundo o qual o pedido de redirecionamento da execução fiscal, quando fundado na

dissolução irregular da sociedade executada, pressupõe não apenas a permanência do sócio na administração

da empresa no momento da ocorrência da dissolução, como que tenha ele exercido a função de gerência à

época do fato gerador do tributo”, detalhou a ministra.

Fonte: ConJur

A ilegalidade na cobrança de ICMS sobre

excedente em demanda contratada

Os entes tributantes, na incansável busca pela arrecadação de tributos, insistem em interpretar as normas

legais de maneira que lhe seja sempre favorável, deixando de lado até mesmo posicionamentos

jurisprudenciais que declaram a ilegalidade de sua conduta.

Um exemplo disto se dá no caso das “demandas contratadas”. Este procedimento visa garantir às grandes

consumidoras de energia, assim entendidas empresas e indústrias qualificadas no Grupo “A” de tarifação,

a garantia da concessionária de energia de que a sua necessidade de consumo lhe estará ininterruptamente

disponível. Para tanto, é formulado contrato entre as empresas, prevendo que a estrutura da concessionária

será modificada e reservada carga elétrica suficiente para nutrir a necessidade da contratante, visto que,

por ser de grande monta, exige uma estrutura física mais reforçada, em contrapartida, é fixado valor em

conformidade com a reserva contratada, nela incidindo a tarifação do total, além de ICMS sobre o valor

final.

O problema surge em relação à incidência do ICMS, já que a Fazenda Pública Estadual entende que a base

de cálculo do imposto deva ser o valor total da operação, ou seja, da demanda contratada, além de multa

e juros que sobre o valor venham a incidir.

Para melhor análise, tem-se que levar em consideração a distinção entre os conceitos de demanda

contratada e entrega. No primeiro caso, a concessionária se estrutura para viabilizar o fornecimento da

energia que a consumidora entende ser necessária para o seu funcionamento, e, em decorrência desta

estruturação e de pactuação mediante contrato, é que vem se entendendo ser legal a cobrança de toda a

carga à ela disponibilizada, portanto, trata-se de uma “reserva” de energia elétrica e não de uma entrega

efetiva.

Ao oferecer um produto ao consumidor, a mercadoria ainda não circula, está na posse e propriedade do

fornecedor, portanto, não há a entrega efetiva, impossibilitando a cobrança do ICMS, sendo este o

fundamento para a declaração da ilegalidade da cobrança sobre o excesso da demanda contratada.

Neste sentido, o Superior Tribunal de Justiça firmou posicionamento através da Súmula 391, prevendo

que “ O ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia elétrica correspondente à demanda de potência

efetivamente utilizada. (Súmula 391, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 23/09/2009, DJe 07/10/2009)”

A alta carga tributária, aliada à crise que assola nosso País, exige que as empresas busquem a todo custo

enxugar suas despesas, maximizando os lucros, dentro dos moldes legais. Com isso em mente, vem

crescendo nos tribunais ações que versam sobre a declaração da ilegalidade da cobrança do ICMS sobre

energia não efetivamente consumida, o que fez com que o Superior Tribunal de Justiça sumulasse a

questão, justamente confirmando o entendimento acima explanado, definindo por ilegal a cobrança do

tributo sobre energia que não fora efetivamente consumida.

Infelizmente, tais questões não tem sido resolvidas administrativamente, forçando as interessadas a

ingressar com medidas judiciais para resguardar seus direitos.

Como conclusão, a tomada de medidas para impedir a cobrança ilegítima do tributo pode vir a ser

vantajosa ao empresário, visto que sobre o valor do serviço cobrado pela Concessionária de Serviço

Público, incide a alíquota de 17% a título de ICMS. Levando em consideração que frequentemente a

demanda contratada é ao menos um pouco superior ao efetivo consumo e que existe a possibilidade de

recuperar o excesso cobrado nos últimos 05 anos a contar da interposição da ação, além de ocasionar

diminuição dos custos da empresa, é possível capitalizar valores que podem ser utilizados em

compensação tributária e/ou emissão de precatório.

Rodrigo Vasconcellos Machado é advogado, especialista em direito tributário pelo IBET

Correio do Estado

Como destinar o IR para projetos sociais

2 de setembro de 2016

Recursos são destinados para fundos de apoio à criança e ao adolescente ou ao idoso

Muito conhecido por ser um instrumento que incentiva ações na área cultural, por meio da Lei Rouanet, o

“Imposto de Renda (IR)” também pode ser uma ferramenta de auxílio a entidades sociais, como forma de

captação de recursos para os projetos de vários segmentos. O imposto permite que o contribuinte destine

parte do valor devido à Receita Federal do Brasil (RFB) para projetos que ajudem, por exemplo, crianças e

idosos. São iniciativas que envolvem o atendimento a ações de interesse público na área social.

Na própria declaração de ajuste (IRPF), o contribuinte tem um espaço para a destinação de parte do tributo

a ser pago. O direcionamento pode ser feito tanto na declaração da Pessoa Jurídica (1%) como da Pessoa

Física (6%) dentro do ano fiscal. As contribuições, efetuadas diretamente aos fundos controlados pelos

Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, devem ser

comprovadas mediante documento emitido pelos respectivos conselhos, ou ainda, através de opção na

própria declaração, com o subsequente recolhimento do DARF específico, emitido automaticamente pelo

programa gerador (neste caso, o limite de dedução é de 3% do imposto devido) e somente para

declarações no modelo completo.

Lucro presumido

No caso das empresas, a destinação ou doação é permitida àquelas que se enquadram no Lucro Real e que

podem deduzir essas “contribuições” do imposto de renda devido. “A sistemática de apuração pelo Lucro

Presumido já comporta uma alíquota reduzida e não permite outra dedução”, explica o presidente da

Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias,

Informações e Pesquisas (Fenacon), Mario Berti. A Pessoa Física, ao fazer o registro na declaração de

ajuste, terá a guia do imposto a pagar e o outro documento que inclui o valor destinado para o fundo da

criança e adolescente escolhido.

Até 31 de dezembro deste ano, o abatimento da destinação no imposto devido pode chegar a 6% para

ações que atendam crianças e idosos. Já a partir de 1º de janeiro de 2017 até o ultimo dia da entrega da

declaração de IRPF/2016, o abatimento da destinação cai para 3% em ações voltadas somente para

crianças e adolescentes. Com ações de apoio a idosos, a legislação só permite fazer o abatimento até o

último dia do ano.

Transparência

Vários são os órgãos de controle que acompanham a aplicação desses recursos. Ou seja, se a instituição

não aplicar corretamente os recursos poderá sofrer até sanções penais. A recomendação é que a destinação

seja efetuada para entidades locais, que permitam o acompanhamento da ação social praticada. Porém,

nada impede que parte do imposto seja direcionada para um projeto em outro município ou Estado.

Embora a lei tributária do País apresente toda essa facilidade para destinar recursos na área social, o

volume médio que é efetivamente destinado ainda é baixo, ficando muito aquém da destinação mínima de

3% do total devido pelos contribuintes ao fisco, aponta o presidente do Sescap-Ldr, Jaime Cardozo.

“Muita gente poderia doar. É preciso que os contribuintes busquem informações sobre como fazer. Os

conselhos e as autoridades têm também papel importante para levar essas informações à comunidade em

que atuam, mas procurar o apoio de um empresário contábil pode simplificar o processo”. Cardozo

ressalta ainda que essa destinação de recursos só pode ser feita na declaração de IR completa. “A

declaração simplificada não permite esse tipo de doação”, reforça.

Em Londrina, o valor arrecadado por destinação do IR/2015 ao FMDCA até 31 dezembro foi de R$

527.187,71. Valor este, que pode ser aumentado em 2016 com ajuda da população. “Muitos contribuintes

que têm a possibilidade de destinar parte de seu IRPF não o faz por medo e receio de cair em malha fiscal,

no entanto esta possiblidade não existe, pois é perfeitamente legal. Outro fator, é que vários contribuintes

desconhecem esta possiblidade. Por este motivo todo o ano o Sescap-Ldr reúne a imprensa de Londrina e

região, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente, entidades beneficiadas com a

destinação e RFB, para dar transparência ao processo, mostrando aos contribuintes a legalidade da

destinação, a operacionalização para destinação e como estão sendo aplicados os recursos destinados nas

instituições beneficiadas com recebimento dos recursos”, ressalta o presidente do Sescap-Ldr. Fonte:

Sescon Serra Gaúcha

Cobrança dupla

Entidade vai ao Supremo contra ICMS sobre operações com

softwares em São Paulo

26 de agosto de 2016, 14h42

A Confederação Nacional de Serviços decidiu questionar no Supremo Tribunal Federal normas paulistas

que fixam a incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre operações

com programas de computador. Para a entidade, a cobrança consiste em bitributação, pois operações com

softwares já estão no âmbito de incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

“Nesse sentido, é evidente o conflito entre os atos normativos do Estado de São Paulo, normas emanadas

pelo Poder Executivo Estadual de caráter estritamente regulamentador, e a Lei Complementar 116/2003,

norma de cunho nacional, a partir do Congresso Nacional, que dá os contornos constitucionais à exigência

do ISS, tributo de competência municipal”, afirma na ação.

A confederação aponta que, de acordo com a lei complementar, “tanto a elaboração de programas de

computador, quanto seu licenciamento ou cessão de direito de uso são serviços e, como tais, pertencem ao

campo de incidência do ISS, cuja competência para arrecadação é única e exclusiva dos municípios e do

Distrito Federal”. Dessa forma, é evidente, para a CNS, a invasão de competência promovida pelo Estado

de São Paulo.

A autora também afirma que o software, intangível e incorpóreo, não possui natureza jurídica de

mercadoria, mas sim de direito autoral e propriedade intelectual, do qual seu criador é o titular. “O

adquirente passa a ter, tão somente, o direito de uso, por meio de uma licença/cessão concedida por seu

criador, que é o seu real proprietário.”

Na Ação Direta de Inconstitucionalidade, a CNS pede que o STF suspende, em liminar, a eficácia do

artigo 3º, inciso II, da Lei 8.198/1992 e dos decretos 61.522/2015 e 61.791/2016, todos do estado de São

Paulo. No mérito, quer que a corte declare as normas inconstitucionais. O relator é o ministro Luís

Roberto Barroso.

O governo de São Paulo suspendeu, em janeiro, a exigência do ICMS quando os programas são

transferidos de forma eletrônica (download ou streaming), mas manteve o tributo nas demais

operações. Com informações da Assessoria de Imprensa do STF.

Clique aqui para ler a petição inicial.

ADI 5.576

Revista Consultor Jurídico, 26 de agosto de 2016, 14h42

Comodato entre empresas

Resumo:

Analisaremos no presente Roteiro de Procedimentos os aspectos contábeis referentes ao contrato de

comodato, tanto do ponto de vista da empresa comodante como da empresa comodatária.

1) Introdução:

Num mercado cada vez mais moderno e compartilhado, é muito comum uma empresa ceder a outra bens

móveis de sua propriedade sem cobrar qualquer valor ou encargo em retribuição. Normalmente esse ato se

processa através da operação denominada comodato, atualmente regulamentada pelos artigos 579 a 585

do Código Civil/2002 (CC/2002), aprovado pela Lei nº 10.406/2002.

Na operação de comodato ocorre um empréstimo gratuito de coisas não fungíveis, para ser usada

temporariamente e depois restituída. Seu aperfeiçoamento se perfaz com a tradição da coisa ao

comodatário. Por não fungíveis (ou infungível) entende-se os móveis que não podem ser substituídos por

outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

Registra-se que ao final do contrato de comodato o comodatário tem a obrigação de devolver um corpo

certo, ou seja, a mesma coisa. Isso é o que lhe faz diferenciar do mútuo, que é empréstimo de coisa

fungível, consumível (como dinheiro), onde a restituição é de coisa do mesmo gênero.

Esse tipo de operação é comum, por exemplo, entre fabricantes de bebidas e de sorvetes, que cedem a

comerciantes que revendem produtos de sua fabricação, freezers e geladeiras apropriados para a exposição

e conservação desses produtos, vasilhames, expositores, engradados, etc.

Os bens cedidos em comodato continuam integrando o subgrupo do Ativo Imobilizado (AI) da empresa

cedente (o comodante), pois ela continua sendo a legítima proprietária desses bens. Além de

possibilitarem a conservação adequada dos produtos, servem também para promover a marca do

fabricante que vem estampada nos respectivos equipamentos.

Por tratar-se de um tema com alta aplicabilidade prática entre as empresas brasileiras, apresentaremos

nesse Roteiro de Procedimentos os aspectos contábeis referentes ao contrato de comodato, tanto do ponto

de vista da empresa comodante como da empresa comodatária.

Por fim, informamos a nossos leitores que esse trabalho complementa o Roteiro intitulado "Instrumento

Particular de Contrato de Comodato" que nos traz uma breve explanação do conceito e das regras gerais

que envolvem a operação de comodato, bem como um modelo prático de contrato que poderá ser

livremente utilizado quando da utilização dessa modalidade de empréstimo.

Base Legal: Arts. 579 a 585 do CC/2002 (UC: 10/08/16).

2) Conceitos:

2.1) Comodato:

A palavra comodato tem origem no latim, commodatum, empréstimo e do verbo commodare, emprestar.

Nos dizeres de Washington de Barros, comodato "é contrato unilateral, gratuito, pelo qual alguém entrega

a outrem coisa infungível, para ser usada temporariamente e depois restituída".

Nosso Código Civil/2002, por sua vez, define comodato como sendo o empréstimo gratuito de coisas não

fungíveis (1) que se perfaz com a tradição da coisa ao comodatário. A individualidade do bem tem

relevância nessa situação.

Trata-se, portanto, de um contrato, unilateral porque obriga tão somente o comodatário, real porque se

realiza pela tradição, ou seja, entrega da coisa e não-solene, pois a lei não exige forma especial para sua

validade, podendo ser utilizada até a forma verbal, contudo, a forma escrita é recomendável. Quem

entrega a coisa infungível é o comodante, quem a usa é o comodatário.

Registramos que o empréstimo em comodato deverá revestir-se de gratuidade (Gratuitum debet esse

commodatum), pois, caso contrário, não se terá concretizado uma operação de comodato, mas sim, a de

locação de bens.

Nota Tax Contabilidade:

(1) Por não fungíveis entende-se as coisas (bens) que não podem ser substituídos por outros da mesma

espécie, qualidade e quantidade, podendo ser móvel ou imóvel.

Base Legal: Arts. 85 e 579 do CC/2002 (UC: 10/08/16).

2.2) Partes no Contrato:

O comodato deve ser celebrado mediante "Instrumento Particular de Contrato de Comodato". Neste

contrato verifica-se a existência de 2 (duas) partes, a saber:

a. Comodante: é quem empresta a coisa não fungível (bem móvel); e

b. Comodatário: é quem toma emprestado a coisa não fungível, a usa, e tem a obrigação de restituí-

la.

Base Legal: Art. 579 do CC/2002 (UC: 10/08/16).

3) Aplicabilidade do comodato:

O comodato de bens móveis entre empresas é uma operação muito comum quando a utilização do bem

cedido pelo comodatário traz benefícios a ela e ao próprio comodante, tais como:

a. freezers e geladeiras cedidos por fabricantes de bebidas e de sorvetes a comerciantes para

exposição e conservação de seus produtos;

b. máquinas de costura, overloque, etc., cedidas por indústrias de confecção a oficinas de costura

terceirizadas;

c. mesas, cadeiras, bombas e serpentinas cedidas a bares e restaurantes;

d. matrizes e ferramental para injeção, prensagem, fundição ou usinagem de peças cedidas por

indústrias montadoras a seus fornecedores;

e. entre outros.

Base Legal: Equipe Tax Contabilidade (UC: 10/08/16).

4) Classificação contábil do bem cedido:

4.1) No comodante:

Por tratar-se de empréstimo gratuito, o bem cedido em comodato é de propriedade do comodante e estará

sob a posse do comodatário mediante contrato. Contabilmente, o bem integra o patrimônio do comodante,

devendo estar registrado de acordo com suas características e utilização, ou seja, em conta contábil que

demonstre que o bem se destinada a comodato.

Assim, por ocasião da aquisição de bem destinado a comodato, o comodante deverá registrá-lo em uma

conta própria do subgrupo do Ativo Imobilizado (AI), que poderá ser intitulada "Bens Reservados para

Comodato (AI)". Já por ocasião da entrega do bem ao comodatário, o comodante deverá transferir o bem

para conta própria do imobilizado em operação, que poderá ser intitulada "Bens Cedidos em Comodato

(AI)".

Assim, a título de sugestão teríamos os seguintes lançamentos contábeis:

Pela aquisição de bem para futuro empréstimo gratuito (comodato):

D - Bens Reservados para Comodato (AI)

C - Duplicatas a Pagar (PC) ou Bco. c/ Moto. (AC)

Pelo envio de bem em comodato para a empresa _________, conf. NF-e XXX.XXX de DD/MM/AA:

D - Bens Cedidos em Comodato (AI)

C - Bens Reservados para Comodato (AI)

Legenda:

AC: Ativo Circulante;

AI: Ativo Imobilizado; e

PC: Passivo Circulante.

Base Legal: Equipe Tax Contabilidade (UC: 10/08/16).

4.2) No comodatário:

O comodatário, por sua vez, não poderá integrar o bem recebido ao seu patrimônio, pois não tem a sua

propriedade (pertence ao comodante). Nesse caso, o bem poderá ser registrado em contas de compensação

que evidenciem a existência do contrato de comodato, bem como, que reconheça a posse do bem pelo

comodatário e a obrigação de devolvê-lo ao comodante ao final do prazo pactuado.

Assim, caso o comodatário opte em registrar o bem recebido em contas de compensação, recomendamos

fazer o seguinte lançamento contábil quando do seu recebimento:

Pelo recebimento de bem em comodato da empresa ____________:

D - Bens Recebidos em Comodato (CCA)

C - Bens Recebidos em Comodato a Devolver (CCP)

Legenda:

CCA: Conta de Compensação Ativa; e

CCP: Conta de Compensação Passiva.

Base Legal: Equipe Tax Contabilidade (UC: 10/08/16).

5) Depreciação dos bens no comodante:

De acordo com a legislação tributária, o comodato não pode ser efetuado por mera liberalidade da

empresa, mas como ato necessário e usual ao bom desempenho de suas atividades. Por consequência, são

dedutíveis, na determinação do Lucro Real e da Base de Cálculo (BC) da Contribuição Social sobre o

Lucro Líquido (CSLL), os encargos de depreciação de bens do Ativo Imobilizado (AI) cedidos em

comodato a revendedores de produtos da cedente, desde que o empréstimo seja necessário e usual no tipo

de operações, transações ou atividades do comodante e que os referidos bens estejam relacionados com a

espécie de atividade por ele exercida.

Registra-se que a depreciação dos bens deve ser lançada ao resultado como:

a. despesa operacional: se a utilização do bem pelo comodatário tiver relação com propaganda

institucional ou com a divulgação ou identificação do produto da comodante;

b. custos de produção: se a utilização do bem pelo comodatário tiver por finalidade a agilização da

produção de bens ou serviços da comodante.

Enfatizamos que nada impede que se faça comodato de bens não necessários e usuais ao tipo de operações

realizadas pela empresa, mas, nessa hipótese, as despesas de depreciação serão indedutíveis para efeito de

apuração do Lucro Real e da BC CSLL.

Reproduzimos a seguir o Parecer Normativo CST nº 19/1984 que bem explica o assunto tratado neste

capítulo:

PN CST 19/84 - PN - Parecer Normativo COORDENADOR DO SISTEMA DE TRIBUTAÇÃO -

CST nº 19 de 29.08.1984 D.O.U.: 30.08.1984

(Dispõe sobre encargos de depreciação de bens do ativo imobilizado cedidos em comodato)

1. Encargos de depreciação de bens do ativo imobilizado cedidos em comodato. São dedutíveis, na

determinação do lucro real, desde que o empréstimo de referidos bens seja usual no tipo de operações,

transações ou atividades da comodante, e não mera liberalidade desta.

Pessoas jurídicas que entregam bens de seu ativo imobilizado em comodato indagam se são ou não

dedutíveis, para efeitos do lucro real, os encargos de depreciação correspondentes aos referidos bens

durante os exercícios em que os mesmos permanecem em poder da pessoa jurídica comodatária.

2. Acerca de dedutibilidade das despesas, em geral, e dos encargos de depreciação, em particular, o

Regulamento do Imposto de Renda aprovado pelo Decreto nº 85.450, de 4 de dezembro de 1980,

prescreve:

"Art. 191. - São operacionais as despesas não computadas nos custos, necessárias à atividade da empresa e

à manutenção da respectiva fonte produtora.

§ 1º - São necessárias as despesas pagas ou incorridas para a realização das transações ou operações

exigidas pela atividade da empresa.

§ 2º - As despesas operacionais admitidas são as usuais ou normais no tipo de transações, operações ou

atividades da empresa.

"Art. 198. - (...)

§ 1º - A depreciação será deduzida pelo contribuinte que suporta o encargo econômico do desgaste ou

obsolescência, de acordo com as condições de propriedade, posse ou uso do bem."

3. Os dispositivos legais transcritos exigem, para a dedutibilidade de qualquer despesa, que ela seja

necessária, que tenha sido paga ou incorrida e que seja usual ou normal no tipo de transações, operações

ou atividades da empresa.

3.1 - Os encargos de depreciação não fogem a esses preceitos. Portanto, para sua dedutibilidade exige-se

que sejam necessários, que hajam sido incorridos e que sejam usuais ou normais no tipo de transações,

operações ou atividades da pessoa jurídica que suporta o ônus do desgaste ou obsolescência dos bens a

que se referem.

4. Tem sido prática reiterada por parte de empresas que exercem certas atividades, como a de fabricação

de bebidas e sorvetes e a de distribuição de derivados de petróleo, dentre outras, a cessão, em comodato,

de bens de seu ativo imobilizado a comerciantes revendedores de seus produtos. Esses bens, obviamente,

se desgastam com o uso ou tornam-se obsoletos com o passar do tempo, e a perda daí advinda é suportada

pela comodante, que a reconhece em seus resultados.

5. O comodato, conforme define o Código Civil em seu artigo 1.248, consiste no empréstimo gratuito de

coisas não fungíveis. Esse tipo de contrato, em alguns ramos de atividade, como as anteriormente

exemplificadas, converteu-se, com o tempo, em prática usualmente exercida pelas empresas. Além disso,

os bens cedidos nesses empréstimos levam gravados neles o nome da pessoa jurídica comodante ou a

marca de seus produtos, de maneira a difundi-los junto ao público, especialmente junto aos consumidores,

servindo, também, como veiculadores de publicidade. Em casos dessa natureza, o empréstimo gratuito de

bens não é efetuado por mera liberalidade da empresa, mas como ato usual e necessário ao bom

desempenho de suas atividades. Por consequência, a depreciação normal desses bens é despesa necessária

e pode ser deduzida, segundo a legislação do imposto de renda.

6. Ante o exposto conclui-se que são dedutíveis, na determinação do lucro real, as despesas

correspondentes aos encargos de depreciação de bens do ativo imobilizado cedidos em comodato a

revendedores de produtos da cedente, desde que o empréstimo seja usual e necessário no tipo de

operações, transações ou atividades de comodante, e que os referidos bens estejam relacionados com a

espécie de atividade por ele exercida.

À consideração superior.

PAULO BALTAZAR CARNEIRO

Fiscal de Tributos Federais

De acordo.

Publique-se e, a seguir, encaminhem-se cópias às SS.RR.R.F. para conhecimento e ciência aos demais

órgãos subordinados.

JIMIR S. DONIAK

Coordenador do Sistema de Tributação

Base Legal: PN CST nº 19/1984 (UC: 10/08/16).

6) Gastos com manutenção e instalação

(Incorrido pelo comodatário):

Diante da obrigatoriedade de o comodatário conservar o bem recebido em comodato como se fosse seu, é

comum que ele incorra em gastos com essa conservação e manutenção. É o uso do bem pelo comodatário

que irá orientar a apropriação dos gastos incorridos.

Portanto, os gastos incorridos com a manutenção e a conservação do bem recebido em comodato serão

registrados como:

a. despesa comercial: se o bem for utilizado pelo departamento comercial do comodatário;

b. despesa administrativa: se o bem for utilizado pelo departamento administrativo do comodatário;

c. custo de produção: se o bem for utilizado na produção de bens ou na prestação de serviços;

d. despesa não operacional: se a função do bem não tiver relação com a atividade (objeto social)

desenvolvida pelo comodatário, ou seja, quando a utilização do bem não estiver intrinsecamente

relacionada à comercialização ou à produção de bens ou à prestação de serviços por parte do

comodatário.

Base Legal: Equipe Tax Contabilidade (UC: 10/08/16).

6.1) Ativação dos gastos:

De acordo com a legislação do Imposto de Renda (RIR/1999, aprovado pelo Decreto nº 3.000/1999), os

gastos com manutenção e instalação (reformas de prédios, instalações e benfeitorias, necessários para a

colocação em funcionamento do bem recebido em comodato) incorridos pelo comodatário que atendam os

seguintes requisitos deverão ser registrados em conta própria do Ativo Imobilizado (AI):

a. se o valor (custo) unitário de aquisição for superior a R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais) (2); e

b. se o prazo de vida útil ultrapassar um ano (qualquer que seja o custo) (3).

Quanto à amortização ou depreciação, nosso leitor deverá observar o seguinte:

a. caso o contrato de comodato tenha prazo determinado, os gastos incorridos deverão ser

amortizados de acordo com o prazo de duração do respectivo contrato, proporcionalmente à fração

correspondente em cada mês;

b. caso o contrato tenha prazo indeterminado, aplica-se a taxa de depreciação usual para o tipo de

bem.

Já os gastos incorridos cujos valores, conjuntamente considerados, sejam irrelevantes, poderão ser

registrados normalmente como despesas ou como custos de produção, conforme o caso. Neste sentido,

recomendamos a leitura do nosso Roteiro de Procedimentos intitulado "Aquisição de bens duráveis de

valor irrelevante".

Notas Tax Contabilidade:

(2) Esse valor começou a vigorar a partir das seguintes datas: (a) a contar de 01/01/2014, para as pessoas

jurídicas que optarem pela aplicação das disposições dos artigos 1º, 2º e 4º a 70 da Lei nº 12.973/2014 e;

(b) a partir de 01/01/2015, para as pessoas jurídicas que não optarem pelos artigos citados na letra "a". No

período de 01/01/1996 até a citadas datas, o referido valor era de R$ 326,61 (Trezentos e vinte e seis reais

e sessenta e um centavos).

(3) O prazo de 1 (um) ano é contado a partir da data de aquisição do bem, ainda que esse prazo termine em

exercício social subsequente.

Base Legal: Art. 15 do Decreto-Lei nº 1.598/1977 (UC: 10/08/16); Art. 301 do RIR/1999 (UC: 10/08/16);

PN CST nº 100/1978 (UC: 10/08/16) e; PN CST nº 20/1980 (UC: 10/08/16).

7) Gastos com manutenção (Incorrido pelo

comodante):

Embora a legislação atribua a obrigatoriedade de o comodatário conservar o bem recebido em comodato

como se fosse seu, o comodante poderá assumir os gastos com a conservação e manutenção do bem,

como, por exemplo, quando arcar com o conserto do vidro de uma geladeira que tenha quebrado

involuntariamente, pois o equipamento quebrado provocaria a queda de suas vendas.

Registra-se que esses gastos, assumidos pelo comodante, deverão ser registrados em conta própria do

subgrupo Ativo Imobilizado (AI) na hipótese de:

a. serem de valor superior ao limite fiscal de R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais); e

b. haver aumento da vida útil do bem.

Caso os gastos não atendam os requisitos previstos nas letras "a" e "b" acima, o lançamento contábil será

feito diretamente no resultado como:

a. despesa comercial: se o bem for utilizado pelo departamento comercial do comodatário;

b. despesa administrativa: se o bem for utilizado pelo departamento administrativo do comodatário;

c. custo de produção: se o bem for utilizado na produção de bens ou na prestação de serviços pelo

comodatário;

d. despesa não operacional: se a função do bem não tiver relação com a atividade (objeto social)

desenvolvida pelo comodatário, ou seja, quando a utilização do bem não estiver intrinsecamente

relacionada à comercialização ou à produção de bens ou à prestação de serviços por parte do

comodatário.

Base Legal: Art. 15 do Decreto-Lei nº 1.598/1977 (UC: 10/08/16); Art. 301 do RIR/1999 (UC: 10/08/16).

8) Devolução do bem no término do contrato:

Vencido o prazo para utilização do bem recebido em comodato, e não havendo renovação do contrato, o

comodatário deverá devolvê-lo ao comodante. Assim, por ocasião da devolução as empresas deverão

proceder com os lançamentos contábeis analisados nos próximos subcapítulos.

Base Legal: Equipe Tax Contabilidade (UC: 10/08/16).

8.1) No comodante:

Por ocasião do retorno (devolução) do bem ao comodante, este deverá registrá-lo novamente na conta

"Bens Reservados para Comodato (AI)", subgrupo Ativo Imobilizado (AI). O comodante também deverá

transferir o valor correspondente à depreciação da conta "Depreciação Acumulada de Bens Cedidos em

Comodato (AI)" para a conta "Depreciação Acumulado de Bens Reservados a Comodato (AI)":

Assim, a título de sugestão teríamos os seguintes lançamentos contábeis:

Pelo retorno de bem anteriormente enviado em comodato para a empresa __________, conf. NF-e

XXX.XXX de DD/MM/AA:

D - Bens Reservados para Comodato (AI)

C - Bens Cedidos em Comodato (AI)

Pela transferência da depreciação de bem retornado de comodato:

D - Depreciação Acumulada de Bens Cedidos em Comodato (AI)

C - Depreciação Acumulado de Bens Reservados a Comodato (AI)

Legenda:

AC: Ativo Circulante;

AI: Ativo Imobilizado; e

PC: Passivo Circulante.

Base Legal: Equipe Tax Contabilidade (UC: 10/08/16).

8.2) No comodatário:

Por ocasião do retorno (devolução) do bem ao comodante, o comodatário deverá reverter os lançamentos

contábeis feitos nas contas de compensação, mediante o seguinte lançamento:

Pela devolução de bem anteriormente recebido em comodato da empresa ____________:

D - Bens Recebidos em Comodato a Devolver (CCP)

C - Bens Recebidos em Comodato (CCA)

Legenda:

CCA: Conta de Compensação Ativa; e

CCP: Conta de Compensação Passiva.

Base Legal: Equipe Tax Contabilidade (UC: 10/08/16).

9) Exemplo Prático:

A fim de exemplificar os lançamentos contábeis, tanto pelo comodante quanto pelo comodatário, que

devem ser feitos quando da operação de comodato, vamos criar um caso hipotético para análise e estudo.

Assim, suponhamos que em 01/06/20X1 a empresa fictícia Sorvetes Limeirense Ltda. (comodante),

indústria de sorvetes com sede no Município de Limeira/SP, ceda em comodato ao restaurante Coxilha Sul

Ltda. (comodatário) 1 (um) freezer com sua marca nas seguintes condições contratuais:

a. o prazo de validade do contrato (comodato) é de 2 (dois) anos e que, vencido esse prazo, o

restaurante Coxilha Sul deverá devolver o freezer a empresa Sorvetes Limeirense;

b. o valor unitário do freezer é de R$ 1.800,00 (um mil e oitocentos reais);

c. a Sorvetes Limeirense arcou com a despesa de frete no valor de R$ 90,00 (noventa reais);

d. a finalidade do comodato é de o restaurante Coxilha Sul armazenar em local visível ao público os

sorvetes fabricados pela Sorvetes Limeirense, com objetivo final de revendê-los ao consumidor.

Base Legal: Equipe Tax Contabilidade (UC: 10/08/16).

9.1) Procedimentos no comodante:

Por ocasião da entrega (remessa) do freezer ao restaurante Coxilha Sul, a Sorvetes Limeirense deverá

efetuar os seguintes lançamentos contábeis:

Pelo envio de um freezer em comodato para a Coxilha Sul, conf. NF-e XXX.XXX de DD/MM/AA:

D - Bens Cedidos em Comodato (AI) _ R$ 1.800,00

C - Bens Reservados para Comodato (AI) _ R$ 1.800,00

Pelo registro da despesa com o transporte do freezer, conf. CT-e XXX.XXX de DD/MM/AA:

D - Despesas com fretes e carretos (CR) _ R$ 90,00

C - Bco. c/ Mvto. (AC) _ R$ 90,00

Pela registro da quota mensal de depreciação do freezer enviado em comodato (4):

D - Depreciação de Bens Cedidos em Comodato (CR) _ R$ 15,00

C - Depreciação Acumulada de Bens Cedidos em Comodato (AI) _ R$ 15,00

Legenda:

AC: Ativo Circulante;

AI: Ativo Imobilizado; e

CC: Conta de Resultado.

Nota Tax Contabilidade:

(4) Depreciação mensal = Custo do bem / Vida útil ==> Depreciação mensal = R$ 1.800,00 / 120 meses

==> Depreciação mensal = R$ 15,00 por mês.

Base Legal: Equipe Tax Contabilidade (UC: 10/08/16).

9.1.1) Na devolução do bem:

Por ocasião do retorno (devolução) do freezer à Sorvetes Limeirense, está deverá efetuar os seguintes

lançamentos contábeis quando da entrada do bem em seu estabelecimento:

Pelo retorno de um freezer anteriormente enviado em comodato para a Coxilha Sul, conf. NF-e

XXX.XXX de DD/MM/AA:

D - Bens Reservados para Comodato (AI) _ R$ 1.800,00

C - Bens Cedidos em Comodato (AI) ______ R$ 1.800,00

Pela transferência da depreciação de bem retornado de comodato (5):

D - Depreciação Acumulada de Bens Cedidos em Comodato (AI) ___ R$ 360,00

C - Depreciação Acumulado de Bens Reservados a Comodato (AI) _ R$ 360,00

Legenda:

AI: Ativo Imobilizado.

Registra-se que por ocasião de uma nova saída, o custo de aquisição do freezer retornará para a conta

"Bens Cedidos em Comodato (AI)", e a depreciação acumulado, para a conta "Depreciação Acumulada de

Bens Cedidos em Comodato (AI)" até sua devolução (retorno) ao estabelecimento remetente (Sorvetes

Limeirense).

Nota Tax Contabilidade:

(5) Depreciação do período = (Custo do bem / Vida útil) X Vigência do contrato ==> Depreciação do

período = (R$ 1.800,00 / 120 meses) X 24 meses ==> Depreciação do período = R$ 360,00.

Base Legal: Equipe Tax Contabilidade (UC: 10/08/16).

9.2) Procedimentos no comodatário:

Considerando que o restaurante Coxilha Sul controla os bens recebidos em contas de compensação, ele

deverá efetuar o seguinte lançamento contábil quando da entrada do bem em seu estabelecimento:

Pelo recebimento de um freezer em comodato da Sorvetes Limeirense, conf. NF-e XXX.XXX de

DD/MM/AA:

D - Bens Recebidos em Comodato (CCA) ____________ R$ 1.800,00

C - Bens Recebidos em Comodato a Devolver (CCP) _ R$ 1.800,00

Legenda:

CCA: Conta de Compensação Ativa; e

CCP: Conta de Compensação Passiva.

Base Legal: Equipe Tax Contabilidade (UC: 10/08/16).

9.2.1) Na devolução do bem:

Por ocasião do retorno (devolução) do freezer à Sorvetes Limeirense, o restaurante Coxilha Sul deverá

efetuar os seguinte lançamento contábil a fim de reverter os lançamentos contábeis feitos nas contas de

compensação:

Pela devolução de um freezer anteriormente recebido em comodato da Sorvetes Limeirense, conf.

NF-e XXX.XXX de DD/MM/AA:

D - Bens Recebidos em Comodato a Devolver (CCP) _ R$ 1.800,00

C - Bens Recebidos em Comodato (CCA) ____________ R$ 1.800,00

Legenda:

CCA: Conta de Compensação Ativa; e

CCP: Conta de Compensação Passiva.

Base Legal: Equipe Tax Contabilidade (UC: 10/08/16). Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 13/07/2015 pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade e está atualizado até a legislação

vigente em 31/08/2016 (data da sua última atualização), sujeitando-se, portanto, às mudanças em decorrência das alterações

legais. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte:

Tax Contabilidade. Comodato entre empresas (Area: Manual de Lançamentos Contábeis). Disponível em:

http://www.tax-contabilidade.com.br/matTecs/matTecsIndex.php?idMatTec=363. Acesso em: 04/09/2016.

Receita Federal divulga nova versão do "Perguntas e

Respostas" sobre a Lei de Repatriação

Repatriação

Ato Declaratório Interpretativo traz novos esclarecimentos sobre a Lei nº13.254/2016

publicado: 26/08/2016 11h10 última modificação: 26/08/2016 11h14

Foi publicado hoje, no Diário Oficial da União, o Ato Declaratório Interpretativo (ADI) nº 9 que aprova a

versão 1.2 do Perguntas e Respostas da Declaração de Regularização Cambial e Tributária (Dercat),

incluindo esclarecimentos acerca da aplicação da Lei de Repatriação (Lei nº 13254).

A nova versão traz esclarecimentos acerca da apresentação da declaração no caso de falecimento do titular

de bens a serem regularizados (Pergunta nº 8), detalhando o procedimento a ser observado pelo inventariante

para apresentação da Dercat em nome do "de cujus". Além disso, complementa informações sobre a

necessidade do envio de informações via SWIFT relativas a ativos financeiros mantidos no exterior

(Pergunta nº 41), deixando claro que o envio das informações não é necessário no caso de ativos financeiros

detidos por pessoas jurídicas no exterior, ainda que offshore companies. Entretanto, essa informação é

necessária quando o ativo financeiro está em nome de trusts, fundações, sociedades despersonalizadas e

fideicomissos.

O prazo de adesão ao regime teve início no dia 4 de abril e a data limite é 31 de outubro de 2016.

Acesse a norma aqui

Acesse a nova versão do "Perguntas e Respostas" aqui

Retificando a ECF – alguns impactos para pensar

31 de agosto de 2016

Com a entrega da ECF 2015, em 31/07/2016, surgem algumas ideias e necessidades em relação às

retificações. Questionamentos estão em vários aspectos, por exemplo a retificação da ECF implica na

retificação da ECD? E o contrário também vale, ou seja, se retificar a ECD será preciso retificar a ECF?

Haverá impacto na DCTF? E então é melhor retificar ou não?

Esgotar o assunto em tão poucas palavras seria impossível. Mas ajuda sempre é benvinda. Então,

na medida do possível, revisitar o processo de apuração e fechamento mensal do IRPJ e CSLL visa uma

entrega segura e eficaz das obrigações acessórias.

Para iniciar, suponhamos que seja necessário a substituição da ECD após a entrega da ECF e, por

hipótese, esta substituição implicar em alterações nas contas de resultado (lucro contábil), por isso o Lucro

antes do IRPJ/CSLL sofrerá alterações tornando necessária a retificação da ECF. Outra situação seria se,

as diferenças no resultado tenham sido corrigidas no PVA da ECF antes do envio desta. Assim, a ECF

estaria correta e a ECD, em tese, exigiria a retificação, para desta forma, manter a integridade entre a ECD

entregue e aquela recuperada na ECF.

A segunda pergunta é: Caso seja necessário retificar a ECF preciso substituir a ECD? De modo

geral a reposta é não, a exceção será quando a origem da informação seja a ECD. Como citado no parágrafo

anterior, é possível realizar manutenções no PVA ou livro digital da escrituração sem a necessidade de

substituir a ECD, se for adequado para a correção.

E como estará a DCTF (não pensemos ainda na DCTFweb)? Nesta hipótese, dependerá do impacto

do erro. Se os valores declarados para um determinado período estariam inconsistentes e ao preencher a

ECF (julho do ano seguinte) o erro fosse identificado com origem no LALUR, por exemplo, gerando um

valor maior a recolher haverá necessidade de retificar também a DCTF, bem como, recolher valores em

atraso, também.

Para pensar em cenários mais graves, imaginemos a necessidade de retificações/substituições de

anos anteriores. A ECF, por exemplo, pode ser retificada em até 5 anos. Quantas DTCF’s mensais estariam

passíveis de correção e a complexidade do processo de cancelamento de autenticação da ECD? Enfim, são

muitos cenários que deveremos avaliar no cumprimento das obrigações contábeis.

Com base no exposto acima, urge a mudança de cultura no controle de LALUR/LACS e nas

demais obrigações acessórias. Os controles realizados de forma totalmente apartadas ainda comum, em

planilhas para adições/exclusões, sem correspondente registro contábil (quando isso for necessário) estarão

sob olhar rigoroso dos entes fiscalizadores. Estes ajustes, podem invalidar um livro digital da ECF, quando

geram inconsistências de valores.

Assim como é feito para o ICMS, PIS e COFINS (EFD ICMS/IPI, EFD Contribuições) existe

uma rotina mensal a ECD e ECF mensal deve estar na mesa de trabalho dos profissionais do IRPJ e escrita

Contábil. Isso por conta do SPED? Não! Como forma das empresas minimizarem erros e garantirem que

suas apurações são confiáveis e precisas. E o cumprimento das obrigações acessórias apenas fazem parte da

rotina mensal. Sistemas como o Decision SPED, podem ajudar de forma muito categórica, pois aliam

robustez em processamento de grandes volumes de dados, bem como inúmeras regras de validação e

conciliação para avaliação automática dos valores declarados. Usar apenas uma fonte concentradora de

informações tributárias e contábeis para o fim específico de apuração de resultado e escrituração é uma das

melhores práticas.

Fonte: Decision IT

Os conteúdos desenvolvidos pela equipe da Decision IT têm como objetivo o compartilhamento de soluções de problemas que sejam comuns

no dia a dia de quem trabalha com SPED. Em conformidade com a Lei 9.610/1998 (Lei dos Direitos Autorais), a reprodução deste artigo é autorizada e até mesmo incentivada, desde que referenciados autor e fonte (com hiperlink).