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Diário da República, 2.ª série — N.º 88 — 7 de maio de 2015 11272-(7) Ano de Adoção Ano letivo inicial Ano(s) de escolaridade Disciplina(s) 2022 2022/2023 1.º Todas as disciplinas, com exceção de Educação Moral e Religiosa Católicas 4.º Inglês 5.º Todas as disciplinas, com exceção de Educação Moral e Religiosa Católicas 12.º Todas as disciplinas dos cursos científico-humanísticos, com exceção de Educação Moral e Religiosa Católicas» 208623255 Gabinetes dos Secretários de Estado do Ensino e da Administração Escolar e do Ensino Básico e Secundário Despacho normativo n.º 7-B/2015 No desenvolvimento do Programa do XIX Governo Constitucional têm vindo gradualmente a ser adotadas várias medidas de política edu- cativa nos domínios da autonomia, administração e gestão das escolas, entre as quais figura o regime de matrícula e de frequência no âmbito da escolaridade obrigatória das crianças e dos jovens com idades com- preendidas entre os seis e os 18 anos. O Despacho n.º 5048-B/2013, de 12 de abril, para além de estabe- lecer as regras sobre matrículas, frequência, distribuição de alunos e constituição de turmas, veio incrementar a consecução do objetivo do Governo relativo ao desenvolvimento progressivo do princípio da liberdade de escolha da escola, por parte das famílias, tendo por base o projeto educativo. Após dois anos de vigência desse regulamento, introduzem-se agora alterações ao regime de matrícula e frequência, no sentido de continuar a acautelar as soluções que melhor se adaptem aos interesses e neces- sidades dos alunos e das famílias. Assim, alarga-se agora a possibilidade de frequência da educação pré-escolar às crianças que perfazem os três anos de idade durante o ano letivo. Amplia-se a possibilidade de efetivar a renovação da ma- trícula em plataforma eletrónica aos alunos do ensino secundário e de matrícula ou de renovação de matrícula aos que frequentam estabele- cimentos de ensino particular e cooperativo e instituições particulares de solidariedade social. Ajustam-se as prioridades de preenchimento de vagas nos estabelecimentos de educação e ensino, de forma a corrigir assimetrias. Reforça-se a prioridade de matrícula ou da sua renovação para os alunos com necessidades educativas especiais de caráter perma- nente que frequentam um currículo educativo individual. Concretiza-se o compromisso de cooperação para o setor solidário, no que respeita à igualdade de escolha da escola do 1.º ciclo do ensino básico por parte das famílias que têm crianças a frequentar a educação pré-escolar em Instituições Particulares de Solidariedade Social. Na constituição de turmas, acautelam-se casos especiais em que se mostre oportuno implementar ofertas educativas ou disciplinas para as quais não exista a garantia de haver o número mínimo de alunos esti- pulado, atendendo, nomeadamente, à densidade populacional estudantil local ou, ainda, à especificidade da oferta. Assim, e tendo presente os princípios consignados na Lei de Bases do Sistema Educativo, aprovada pela Lei n.º 46/86, de 14 de outubro, alterada pelas Leis n. os 115/97, de 19 de setembro, 49/2005, de 30 de agosto, e 85/2009, de 27 de agosto, no Estatuto do Aluno e Ética Es- colar, aprovado pela Lei n.º 51/2012, de 5 de dezembro, no regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, aprovado pelo Decreto- -Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, com as alterações introduzidas pelos Decretos-Lei n. os 224/2009, de 11 de setembro, e 137/2012, de 2 de julho, e no regime de matrícula e de frequência no âmbito da escolaridade obrigatória, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 176/2012, de 2 de agosto, e no uso das competências delegadas pelo Ministro da Educação e Ciência através do Despacho n.º 4654/2013, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 65, 3 de abril de 2013, e do Despacho n.º 14215/2014, pu- blicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 228, de 25 de novembro, determina-se: I — Disposições gerais Artigo 1.º Objeto e âmbito 1 — O presente despacho normativo estabelece: a) Os procedimentos da matrícula e respetiva renovação; b) As normas a observar na distribuição de crianças e alunos, consti- tuição de turmas e período de funcionamento dos estabelecimentos de educação e de ensino. 2 — O presente despacho normativo aplica-se, nas respetivas dis- posições: a) Aos agrupamentos de escolas e às escolas não agrupadas da rede pública; b) Aos estabelecimentos de ensino particular e cooperativo com con- tratos de associação; c) A outras instituições de educação e ou formação, reconhecidas pelas entidades competentes. Artigo 2.º Conceitos Para efeitos do presente despacho normativo, entende-se por: a) «Encarregado de educação» — quem tiver menores a residir consigo ou confiados aos seus cuidados: i. Pelo exercício das responsabilidades parentais; ii. Por decisão judicial; iii. Pelo exercício de funções executivas na direção de instituições que tenham menores, a qualquer título, à sua responsabilidade; iv. Por mera autoridade de facto ou por delegação, devidamente comprovada, por parte de qualquer das entidades referidas nas suba- líneas anteriores; v. O progenitor com quem o menor fique a residir, em caso de divórcio ou de separação e na falta de acordo dos progenitores; vi. Um dos progenitores, por acordo entre estes ou, na sua falta, por decisão judicial, sobre o exercício das funções de encarregado de edu- cação, estando estabelecida a residência alternada do menor; vii. O pai ou a mãe que, por acordo expresso ou presumido entre ambos, é indicado para exercer essas funções, presumindo-se ainda, até qualquer indicação em contrário, que qualquer ato que pratica rela- tivamente ao percurso escolar do filho é realizado por decisão conjunta do outro progenitor. b) «Ano escolar» — período de tempo compreendido entre o dia 1 de setembro de cada ano e o dia 31 de agosto do ano seguinte; c) «Ano letivo» — período de tempo contido dentro do ano escolar no qual são desenvolvidas as atividades escolares, correspondente a um mínimo de 180 dias efetivos; d) «Estabelecimento de educação e de ensino» — os jardins-de- -infância, as escolas integrados em agrupamentos de escolas da rede pública, as escolas não agrupadas e os estabelecimentos de ensino par- ticular e cooperativo com contrato de associação; e) «Agrupamento de escolas» — a unidade organizacional, dotada de órgãos próprios de administração e gestão, constituída pela integração de estabelecimentos de educação pré-escolar e escolas de diferentes níveis e ciclos de ensino da rede pública. f) «Matrícula» — ato formal pelo qual a criança, jovem ou adulto ingressa, nas situações previstas no n.º 1 do artigo 4.º II — Frequência, matrícula e renovação de matrícula Artigo 3.º Frequência 1 — A frequência de estabelecimentos de educação e de ensino implica a prática de um dos seguintes atos: a) Matrícula; b) Renovação de matrícula.

Novo Despacho Matriculas

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  • Dirio da Repblica, 2. srie N. 88 7 de maio de 2015 11272-(7)

    Ano de Adoo Ano letivo inicial Ano(s) de escolaridade Disciplina(s)

    2022 2022/2023 1. Todas as disciplinas, com exceo de Educao Moral e Religiosa Catlicas4. Ingls5. Todas as disciplinas, com exceo de Educao Moral e Religiosa Catlicas12. Todas as disciplinas dos cursos cientfico-humansticos, com exceo de Educao

    Moral e Religiosa Catlicas

    208623255

    Gabinetes dos Secretrios de Estado do Ensinoe da Administrao Escolar

    e do Ensino Bsico e Secundrio

    Despacho normativo n. 7-B/2015No desenvolvimento do Programa do XIX Governo Constitucional

    tm vindo gradualmente a ser adotadas vrias medidas de poltica edu-cativa nos domnios da autonomia, administrao e gesto das escolas, entre as quais figura o regime de matrcula e de frequncia no mbito da escolaridade obrigatria das crianas e dos jovens com idades com-preendidas entre os seis e os 18 anos.

    O Despacho n. 5048 -B/2013, de 12 de abril, para alm de estabe-lecer as regras sobre matrculas, frequncia, distribuio de alunos e constituio de turmas, veio incrementar a consecuo do objetivo do Governo relativo ao desenvolvimento progressivo do princpio da liberdade de escolha da escola, por parte das famlias, tendo por base o projeto educativo.

    Aps dois anos de vigncia desse regulamento, introduzem -se agora alteraes ao regime de matrcula e frequncia, no sentido de continuar a acautelar as solues que melhor se adaptem aos interesses e neces-sidades dos alunos e das famlias.

    Assim, alarga -se agora a possibilidade de frequncia da educao pr -escolar s crianas que perfazem os trs anos de idade durante o ano letivo. Amplia -se a possibilidade de efetivar a renovao da ma-trcula em plataforma eletrnica aos alunos do ensino secundrio e de matrcula ou de renovao de matrcula aos que frequentam estabele-cimentos de ensino particular e cooperativo e instituies particulares de solidariedade social. Ajustam -se as prioridades de preenchimento de vagas nos estabelecimentos de educao e ensino, de forma a corrigir assimetrias. Refora -se a prioridade de matrcula ou da sua renovao para os alunos com necessidades educativas especiais de carter perma-nente que frequentam um currculo educativo individual. Concretiza -se o compromisso de cooperao para o setor solidrio, no que respeita igualdade de escolha da escola do 1. ciclo do ensino bsico por parte das famlias que tm crianas a frequentar a educao pr -escolar em Instituies Particulares de Solidariedade Social.

    Na constituio de turmas, acautelam -se casos especiais em que se mostre oportuno implementar ofertas educativas ou disciplinas para as quais no exista a garantia de haver o nmero mnimo de alunos esti-pulado, atendendo, nomeadamente, densidade populacional estudantil local ou, ainda, especificidade da oferta.

    Assim, e tendo presente os princpios consignados na Lei de Bases do Sistema Educativo, aprovada pela Lei n. 46/86, de 14 de outubro, alterada pelas Leis n.os 115/97, de 19 de setembro, 49/2005, de 30 de agosto, e 85/2009, de 27 de agosto, no Estatuto do Aluno e tica Es-colar, aprovado pela Lei n. 51/2012, de 5 de dezembro, no regime de autonomia, administrao e gesto dos estabelecimentos da educao pr -escolar e dos ensinos bsico e secundrio, aprovado pelo Decreto--Lei n. 75/2008, de 22 de abril, com as alteraes introduzidas pelos Decretos -Lei n.os 224/2009, de 11 de setembro, e 137/2012, de 2 de julho, e no regime de matrcula e de frequncia no mbito da escolaridade obrigatria, aprovado pelo Decreto -Lei n. 176/2012, de 2 de agosto, e no uso das competncias delegadas pelo Ministro da Educao e Cincia atravs do Despacho n. 4654/2013, publicado no Dirio da Repblica, 2. srie, n. 65, 3 de abril de 2013, e do Despacho n. 14215/2014, pu-blicado no Dirio da Repblica, 2. srie, n. 228, de 25 de novembro, determina -se:

    I Disposies gerais

    Artigo 1.Objeto e mbito

    1 O presente despacho normativo estabelece:a) Os procedimentos da matrcula e respetiva renovao;

    b) As normas a observar na distribuio de crianas e alunos, consti-tuio de turmas e perodo de funcionamento dos estabelecimentos de educao e de ensino.

    2 O presente despacho normativo aplica -se, nas respetivas dis-posies:

    a) Aos agrupamentos de escolas e s escolas no agrupadas da rede pblica;

    b) Aos estabelecimentos de ensino particular e cooperativo com con-tratos de associao;

    c) A outras instituies de educao e ou formao, reconhecidas pelas entidades competentes.

    Artigo 2.Conceitos

    Para efeitos do presente despacho normativo, entende -se por:a) Encarregado de educao quem tiver menores a residir consigo

    ou confiados aos seus cuidados:i. Pelo exerccio das responsabilidades parentais;ii. Por deciso judicial;iii. Pelo exerccio de funes executivas na direo de instituies que

    tenham menores, a qualquer ttulo, sua responsabilidade;iv. Por mera autoridade de facto ou por delegao, devidamente

    comprovada, por parte de qualquer das entidades referidas nas suba-lneas anteriores;

    v. O progenitor com quem o menor fique a residir, em caso de divrcio ou de separao e na falta de acordo dos progenitores;

    vi. Um dos progenitores, por acordo entre estes ou, na sua falta, por deciso judicial, sobre o exerccio das funes de encarregado de edu-cao, estando estabelecida a residncia alternada do menor;

    vii. O pai ou a me que, por acordo expresso ou presumido entre ambos, indicado para exercer essas funes, presumindo -se ainda, at qualquer indicao em contrrio, que qualquer ato que pratica rela-tivamente ao percurso escolar do filho realizado por deciso conjunta do outro progenitor.

    b) Ano escolar perodo de tempo compreendido entre o dia 1 de setembro de cada ano e o dia 31 de agosto do ano seguinte;

    c) Ano letivo perodo de tempo contido dentro do ano escolar no qual so desenvolvidas as atividades escolares, correspondente a um mnimo de 180 dias efetivos;

    d) Estabelecimento de educao e de ensino os jardins -de--infncia, as escolas integrados em agrupamentos de escolas da rede pblica, as escolas no agrupadas e os estabelecimentos de ensino par-ticular e cooperativo com contrato de associao;

    e) Agrupamento de escolas a unidade organizacional, dotada de rgos prprios de administrao e gesto, constituda pela integrao de estabelecimentos de educao pr -escolar e escolas de diferentes nveis e ciclos de ensino da rede pblica.

    f) Matrcula ato formal pelo qual a criana, jovem ou adulto ingressa, nas situaes previstas no n. 1 do artigo 4.

    II Frequncia, matrcula e renovao de matrcula

    Artigo 3.Frequncia

    1 A frequncia de estabelecimentos de educao e de ensino implica a prtica de um dos seguintes atos:

    a) Matrcula;b) Renovao de matrcula.

  • 11272-(8) Dirio da Repblica, 2. srie N. 88 7 de maio de 2015

    2 A frequncia da educao pr -escolar facultativa e destina -se s crianas com idades compreendidas entre os trs anos e a idade de ingresso no 1. ciclo do ensino bsico.

    3 A frequncia do ensino bsico ou do ensino secundrio obri-gatria para os alunos com idades compreendidas entre os seis e os 18 anos.

    4 A obrigatoriedade de frequncia, referida no nmero anterior, cessa com a obteno do diploma de curso conferente de nvel secun-drio de educao ou, independentemente da obteno de diploma de qualquer ciclo ou nvel de ensino, no momento do ano escolar em que o aluno perfaa 18 anos de idade.

    5 Os alunos com necessidades educativas especiais que frequen-taram o ensino bsico com currculo especfico individual, nos termos da alnea e) do n. 2 do artigo 16. do Decreto -Lei n. 3/2008, de 7 de janeiro, alterado pela Lei n. 21/2008, de 12 de maio, frequentam o ensino secundrio ao abrigo da referida disposio legal.

    6 A frequncia do ensino bsico ou do ensino secundrio aps a ces-sao da obrigatoriedade prevista no n. 4 tem carter facultativo, sendo promovida nas condies definidas nos nmeros 5 e 6 do artigo 11. do Decreto -Lei n. 176/2012, de 2 de agosto.

    7 A frequncia do ensino recorrente, de nvel secundrio, obedece ao disposto nos artigos 10. e 11. da Portaria n. 242/2012, de 10 de agosto.

    8 A frequncia de outras modalidades de ensino obedece s respe-tivas disposies legais em vigor.

    Artigo 4.Matrcula

    1 A matrcula tem lugar para ingresso, pela primeira vez:a) Na educao pr -escolar;b) No 1. ciclo do ensino bsico;c) Nos ensinos bsico ou secundrio recorrente;d) Em qualquer ano de escolaridade dos nveis e modalidades de

    ensino, por parte dos alunos que pretendam alterar o seu percurso for-mativo, nas situaes e nas condies legalmente permitidas;

    e) Em qualquer ano de escolaridade dos nveis e modalidades de ensino, por parte dos candidatos que pretendam retomar o seu percurso formativo, nas situaes e nas condies legalmente permitidas;

    f) Em qualquer ano de escolaridade dos nveis e modalidades de ensino, por parte dos candidatos titulares de habilitaes adquiridas em pases estrangeiros.

    2 A responsabilidade pela matrcula cabe:a) Ao encarregado de educao, quando o aluno seja menor;b) Ao aluno, quando maior.

    3 A matrcula de crianas que completem trs anos de idade at 15 de setembro, ou entre essa idade e a idade de ingresso no 1. ciclo do ensino bsico, efetuada na educao pr -escolar.

    4 A matrcula de crianas, na educao pr -escolar, que completem trs anos de idade entre 16 de setembro e 31 de dezembro aceite, a ttulo condicional, dependendo a sua aceitao definitiva da existncia de vaga nas turmas j constitudas, depois de aplicadas as prioridades definidas no artigo 9. do presente despacho normativo.

    5 A matrcula, na educao pr -escolar, das crianas que completam trs anos de idade entre 1 de janeiro e o final do ano letivo, pode ser feita ao longo do ano letivo, e aceite definitivamente desde que haja vaga, depois de aplicadas as prioridades definidas no artigo 9. do presente despacho normativo, podendo frequentar a partir da data em que perfaz a idade mnima de frequncia da educao pr -escolar.

    6 A matrcula no 1. ano do 1. ciclo do ensino bsico obri-gatria para as crianas que completem seis anos de idade at 15 de setembro.

    7 As crianas que completem os seis anos de idade entre 16 de se-tembro e 31 de dezembro podem ingressar no 1. ciclo do ensino bsico se tal for requerido pelo encarregado de educao, dependendo a sua aceitao definitiva da existncia de vaga nas turmas j constitudas, depois de aplicadas as prioridades definidas no n. 1 do artigo 10. do presente despacho normativo.

    8 Em situaes excecionais previstas na lei, o membro do Governo responsvel pela rea da educao pode autorizar, a requerimento do encarregado da educao, a antecipao ou o adiamento da matrcula no 1. ano do 1. ciclo do ensino bsico.

    9 O requerimento referido no nmero anterior apresentado no estabelecimento de educao e de ensino frequentado pela criana ou, se no for o caso, no estabelecimento de educao e de ensino que pretende frequentar, at 15 de maio do ano escolar imediatamente anterior ao pretendido para a antecipao ou adiamento da matrcula, acompanhado

    de um parecer tcnico fundamentado, o qual integra, obrigatoriamente, uma avaliao psicopedaggica da criana.

    10 O aluno maior de 16 anos considera -se matriculado se estiver inscrito e a frequentar com assiduidade um curso, em regime parcial, por sistema modular ou por disciplina, e tenha autorizao comprovada do encarregado de educao para o efeito.

    11 O dever de proceder matrcula aplica -se tambm ao ensino individual e domstico, ao ensino a distncia e ao ensino presencial para a itinerncia.

    12 matrcula no ensino recorrente, de nvel secundrio, aplica -se o disposto no artigo 9. da Portaria n. 242/2012, de 10 de agosto.

    13 A matrcula noutras ofertas educativas ou formativas obedece ao disposto no presente despacho normativo, sem prejuzo do previsto em disposies legais que lhes sejam especificamente aplicveis.

    Artigo 5.Perodo de matrcula

    1 Na educao pr -escolar e no 1. ciclo do ensino bsico o perodo normal para matrcula fixado entre o dia 15 de abril e o dia 15 de junho do ano escolar anterior quele a que a matrcula respeita.

    2 Nos ensinos bsico e secundrio, nas situaes previstas nas alneas c), d) e e) do n. 1 do artigo 4., o perodo normal para matrcula fixado pelo diretor do estabelecimento de educao e de ensino, no podendo ultrapassar:

    a) O 3. dia til subsequente definio da situao escolar dos alunos que pretendam alterar o seu percurso formativo;

    b) O dia 15 de junho para os alunos que pretendam retomar o seu percurso formativo.

    c) O dia 31 de dezembro para os alunos que pretendam matricular -se no ensino recorrente.

    3 Expirado o perodo fixado na alnea b) no nmero anterior po-dem ser aceites matrculas, em condies excecionais e devidamente justificadas, nas condies seguintes:

    a) Nos oito dias teis imediatamente seguintes mediante o pagamento de propina suplementar, estabelecida no regulamento interno do esta-belecimento de educao e de ensino, a qual no dever exceder os 5;

    b) Terminado o perodo fixado na alnea anterior, at 31 de dezembro, mediante existncia de vaga nas turmas constitudas e pagamento de propina suplementar, estabelecida no regulamento interno do estabe-lecimento de educao e de ensino, a qual no dever exceder os 10.

    4 No ensino recorrente de nvel secundrio a matrcula efetua -se nos termos da Portaria n. 242/2012, de 10 de agosto.

    5 Para os candidatos titulares de habilitaes adquiridas em pases estrangeiros a matrcula, no ensino bsico ou no ensino secundrio, pode ser efetuada fora dos perodos fixados nos n.os 1 e 2 e a sua aceitao depende apenas da existncia de vaga nas turmas j constitudas.

    Artigo 6.Apresentao do pedido de matrcula

    1 O pedido de matrcula apresentado, preferencialmente, via in-ternet na aplicao informtica disponvel no Portal das Escolas [www.portaldasescolas.pt], com o recurso autenticao atravs de carto de cidado.

    2 No sendo possvel cumprir o disposto no nmero anterior, o pe-dido de matrcula pode ser apresentado de modo presencial nos servios competentes do estabelecimento de educao e de ensino pretendido para a frequncia, procedendo esses servios ao registo da matrcula na aplicao informtica referida no nmero anterior.

    3 No ato de matrcula, o encarregado de educao ou o aluno, quando maior, indica, por ordem de preferncia, at cinco estabelecimen-tos de educao ou de ensino, cuja escolha de frequncia a pretendida, sem prejuzo do disposto no n. 12.

    4 Para os efeitos previstos no nmero anterior, os estabelecimentos de educao e de ensino informam previamente os alunos ou os encar-regados de educao da rede e oferta educativa existente.

    5 O pedido de matrcula, efetuado de acordo com o previsto no n. 1 do artigo 4. do presente despacho normativo, dirigido ao esta-belecimento de educao e de ensino indicado como primeira escolha.

    6 Para os candidatos titulares de habilitaes adquiridas em pases estrangeiros, quer se trate do ensino bsico quer do ensino secundrio, o pedido de matrcula, com base na equivalncia concedida, dirigido ao estabelecimento de educao e de ensino pretendido.

    7 Aos candidatos referidos no nmero anterior concedida a pos-sibilidade de requererem a matrcula em ano de escolaridade imedia-tamente inferior quele a que corresponderia a matrcula relativa

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    habilitao concedida atravs de equivalncia, dentro do mesmo ciclo de ensino.

    8 O pedido de matrcula referido no nmero anterior deve ser devidamente justificado com base em dificuldades de integrao no sistema de ensino portugus, cabendo a deciso sobre o mesmo ao diretor do estabelecimento de educao e de ensino em que seja efeti-vada a matrcula.

    9 No ensino recorrente, em regime de frequncia presencial, os can-didatos dirigem o pedido de matrcula ao estabelecimento de educao e de ensino da sua escolha, onde seja ministrada a referida modalidade de ensino.

    10 Os candidatos frequncia de cursos do ensino recorrente, em regime no presencial, dirigem o seu pedido de matrcula ao estabeleci-mento de educao e de ensino onde decorrero as atividades letivas.

    11 A escolha do estabelecimento de educao ou de ensino est condicionada existncia de vaga, depois de aplicadas as prioridades definidas nos artigos 9. e seguintes do presente despacho normativo.

    12 A matrcula considera -se condicional, s se tornando definitiva quando estiver concludo o processo de distribuio das crianas e dos alunos pelos estabelecimentos de educao e de ensino.

    13 Quando o estabelecimento de educao e de ensino no for aquele que serve a respetiva rea de residncia e neste tambm for dis-ponibilizada a oferta educativa pretendida, o encarregado de educao ou o aluno suportam a expensas prprias os encargos ou o acrscimo de encargos que da possam resultar, designadamente com a deslo-cao do aluno, salvo se for diferente a prtica das autarquias locais envolvidas.

    14 Para os efeitos referidos no nmero anterior, no ensino secun-drio, considera -se a mesma oferta educativa o mesmo curso, com as mesmas opes e ou especificaes pretendidas pelo aluno.

    15 No ato de matrcula, os estabelecimentos de educao e de ensino recolhem o nmero de identificao da segurana social (NISS) das crianas e jovens beneficirias da prestao social de abono de famlia que seja pago pela segurana social.

    Artigo 7.Renovao de matrcula

    1 Na educao pr -escolar, a renovao de matrcula tem lugar nos anos escolares subsequentes ao da matrcula e cessa no ano escolar em que a criana atinja a idade de ingresso na escolaridade obrigatria, ou seja autorizada a ingressar no 1. ano do 1. ciclo do ensino bsico, nos termos do presente despacho normativo e demais legislao aplicvel.

    2 A renovao de matrcula tem ainda lugar nos anos escolares subsequentes ao da primeira matrcula no 1. ano do 1. ciclo do ensino bsico e at concluso do ensino secundrio, em qualquer uma das suas ofertas educativas.

    3 A renovao de matrcula referida nos nmeros anteriores efetuada at ao 3. dia til subsequente definio da situao escolar do aluno.

    Artigo 8.Procedimentos para renovao de matrcula

    1 Na educao pr -escolar, no ensino bsico e no ensino secundrio, em qualquer uma das suas ofertas educativas, a renovao de matrcula realiza -se automaticamente no estabelecimento de educao e de ensino frequentado pela criana ou pelo aluno no ano escolar anterior quele em que se pretende inscrever, com exceo da renovao de matrcula para o ano inicial de frequncia do ensino secundrio e da renovao de matrcula que implique transferncia de estabelecimento de educao ou ensino.

    2 O disposto no nmero anterior no se aplica s disciplinas de oferta obrigatria pela escola e de frequncia facultativa pelos alunos e nas disciplinas de opo, neste caso, quando aplicvel.

    3 Na renovao de matrcula na educao pr -escolar, o estabele-cimento de educao e de ensino deve obter, previamente, do encarre-gado de educao uma declarao em como este se responsabiliza pela frequncia e assiduidade do seu educando.

    4 Nos casos em que a renovao de matrcula no se realize au-tomaticamente, o encarregado de educao ou o aluno, quando maior, indica, por ordem de preferncia, at cinco estabelecimentos de educao ou de ensino, cuja escolha de frequncia pretendida.

    5 No decorrer do processo de renovao de matrcula, o estabe-lecimento de educao e de ensino frequentado pelo aluno faculta ao encarregado de educao ou ao aluno, quando maior, informao que lhes permita:

    a) Tomar decises sobre o percurso formativo, designadamente na transio do ensino bsico para o ensino secundrio;

    b) Verificar a correo dos registos pessoais e proceder sua atuali-zao, se necessrio.

    6 A renovao de matrcula considera -se condicional, s se tornando definitiva quando estiver concludo o processo de distribuio das crian-as e dos alunos pelos estabelecimentos de educao e de ensino.

    7 Quando a renovao de matrcula implicar a frequncia, no ano escolar seguinte, de um estabelecimento de educao ou de ensino no frequentado pelo aluno, a referida renovao efetuada via internet na aplicao informtica disponvel no Portal das Escolas [www.por-taldasescolas.pt] e comunicada ao estabelecimento de educao e de ensino a frequentar, sem prejuzo do envio, por via postal, do processo documental.

    8 A renovao de matrcula para efeitos de frequncia, pela pri-meira vez, do ano inicial de um curso de nvel secundrio efetuada nos mesmos termos dos n.os 1 e 2 do artigo 6.

    9 Na renovao de matrcula, os estabelecimentos de educao e de ensino verificam o nmero de identificao da segurana social (NISS) das crianas e jovens beneficirios da prestao social de abono de famlia que seja pago pela segurana social.

    III Prioridades na matrcula ou renovao de matrcula

    Artigo 9.Prioridades na matrcula ou renovao de matrcula na educao pr -escolar

    1 Na educao pr -escolar, as vagas existentes em cada estabele-cimento de educao, para matrcula ou renovao de matrcula, so preenchidas dando -se prioridade, sucessivamente s crianas:

    1. Que completem os cinco anos de idade at 31 de dezembro;2. Que completem os quatro anos de idade at 31 de dezembro;3. Que completem os trs anos de idade at 15 de setembro;4. Que completem os trs anos de idade entre 16 de setembro e

    31 de dezembro.

    2 No mbito de cada uma das prioridades referidas no nmero anterior, e como forma de desempate em situao de igualdade, so observadas, sucessivamente, as seguintes prioridades:

    1. Com necessidades educativas especiais de carter permanente, de acordo com o artigo 19. do Decreto -Lei n. 3/2008, de 7 de janeiro, na sua redao atual;

    2. Filhos de mes e pais estudantes menores, nos termos previstos no artigo 4. da Lei n. 90/2001, de 20 de agosto;

    3. Crianas com irmos a frequentar o estabelecimento de edu-cao pretendido;

    4. Crianas cujos encarregados de educao residam, comprova-damente, na rea de influncia do estabelecimento de educao pre-tendido;

    5. Crianas mais velhas, contando -se a idade, para o efeito, suces-sivamente em anos, meses e dias;

    6. Crianas cujos encarregados de educao desenvolvam a sua atividade profissional, comprovadamente, na rea de influncia do estabelecimento de educao pretendido;

    7. Outras prioridades e ou critrios de desempate definidos no regulamento interno do estabelecimento de educao e de ensino.

    3 Na renovao de matrcula na educao pr -escolar dada prio-ridade s crianas que frequentaram no ano anterior o estabelecimento de educao que pretendem frequentar, aplicando -se sucessivamente as prioridades definidas nos nmeros anteriores.

    Artigo 10.Prioridades na matrcula ou renovao

    de matrcula no ensino bsico1 No ensino bsico, as vagas existentes em cada estabelecimento

    de ensino para matrcula ou renovao de matrcula so preenchidas dando -se prioridade, sucessivamente, aos alunos:

    1. Com necessidades educativas especiais de carter permanente que exijam condies de acessibilidade especficas ou respostas diferen-ciadas no mbito das modalidades especficas de educao, conforme o previsto nos n.os 4, 5, 6 e 7 do artigo 19. do Decreto -Lei n. 3/2008, de 7 de janeiro, na sua redao atual;

    2. Com necessidades educativas especiais de carter permanente no abrangidos pelas condies referidas na prioridade anterior e com currculo especfico individual, conforme definido no artigo 21. do Decreto -Lei n. 3/2008, de 7 de janeiro, na sua redao atual;

    3. Que no ano letivo anterior tenham frequentado a educao pr -escolar ou o ensino bsico no mesmo estabelecimento de educao e ou de ensino;

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    4. Com irmos j matriculados no estabelecimento de educao e de ensino;

    5. Cujos encarregados de educao residam, comprovadamente, na rea de influncia do estabelecimento de ensino;

    6. Que no ano letivo anterior tenham frequentado a educao pr -escolar em instituies particulares de solidariedade social na rea de influncia do estabelecimento de ensino ou num estabelecimento de ensino do mesmo agrupamento de escolas, dando preferncia aos que residam comprovadamente mais prximo do estabelecimento de ensino escolhido;

    7. Cujos encarregados de educao desenvolvam a sua atividade profissional, comprovadamente, na rea de influncia do estabeleci-mento de ensino;

    8. Mais velhos, no caso de matrcula, e mais novos, quando se trate de renovao de matrcula, exceo de alunos em situao de reteno que j iniciaram o ciclo de estudos no estabelecimento de ensino.

    2 Com respeito pelas prioridades estabelecidas no nmero anterior, podem ser definidas no regulamento interno do estabelecimento de edu-cao e de ensino outras prioridades e ou critrios de desempate.

    Artigo 11.Prioridades na matrcula ou renovao

    de matrcula no ensino secundrio1 No ensino secundrio, as vagas existentes em cada estabeleci-

    mento de ensino para matrcula ou renovao de matrcula so preen-chidas dando -se prioridade, sucessivamente, aos alunos:

    1. Com necessidades educativas especiais de carter permanente que exijam condies de acessibilidade especficas ou respostas diferen-ciadas no mbito das modalidades especficas de educao, conforme o previsto nos n.os 4, 5, 6 e 7 do artigo 19. do Decreto -Lei n. 3/2008, de 7 de janeiro, na sua redao atual;

    2. Com necessidades educativas especiais de carter permanente no abrangidos pelas condies referidas na prioridade anterior e com currculo especfico individual, conforme definido no artigo 21. do Decreto -Lei n. 3/2008, de 7 de janeiro, na sua redao atual;

    3. Que frequentaram o mesmo estabelecimento de ensino no ano letivo anterior;

    4. Alunos com irmos j matriculados no estabelecimento de edu-cao e de ensino;

    5. Alunos que comprovadamente residam ou cujos encarregados de educao comprovadamente residam na rea de influncia do esta-belecimento de educao e de ensino;

    6. Que frequentaram um estabelecimento de ensino do mesmo agrupamento de escolas, no ano letivo anterior;

    7. Alunos que desenvolvam ou cujos encarregados de educao desenvolvam a sua atividade profissional na rea de influncia do esta-belecimento de educao e de ensino;

    8. Outras prioridades e ou critrios de desempate definidos no regulamento interno do estabelecimento de educao e de ensino.

    Artigo 12.Prioridades na matrcula ou renovao de matrcula

    no ensino artstico especializadoNos cursos de ensino artstico especializado nas reas das artes visuais

    e dos audiovisuais, aos candidatos matrcula ou renovao de matrcula pela primeira vez no 10. ano de escolaridade, sem prejuzo do previsto no artigo 19. do Decreto -Lei n. 3/2008, de 7 de janeiro, na sua redao atual, dada prioridade aos alunos com melhor classificao final na disciplina de Educao Visual, aplicando -se, em caso de igualdade de classificaes, as prioridades referidas no n. 2 do artigo anterior.

    Artigo 13.Prioridades na matrcula ou renovao de matrcula

    nos ensinos bsico e secundrio recorrenteNos ensinos bsico e secundrio recorrente, as vagas existentes em

    cada estabelecimento de educao e de ensino, para matrcula ou renova-o de matrcula, so preenchidas dando -se prioridade, sucessivamente, aos alunos:

    a) Com necessidades educativas especiais de carter permanente, de acordo com o artigo 19. do Decreto -Lei n. 3/2008, de 7 de janeiro, na sua redao atual;

    b) Com maior proximidade geogrfica sua respetiva residncia ou local de atividade profissional;

    c) Outras prioridades e ou critrios estabelecidos pelo estabelecimento de educao e de ensino.

    IV Listas, distribuio, transferncias e mudana de curso

    Artigo 14.Divulgao das listas de crianas e alunos que requereram

    ou a quem foi renovada a matrculaEm cada estabelecimento de educao e de ensino so elaboradas e

    afixadas as listas de crianas e alunos que requereram ou a quem foi renovada a matrcula, de acordo com os seguintes prazos:

    a) At 5 de julho, no caso de matrculas na educao pr -escolar e no ensino bsico;

    b) At ao 8. dia til aps o perodo estipulado no n. 2 do artigo 5. do presente despacho normativo, no caso de matrculas no ensino se-cundrio;

    c) At 29 de julho, no caso das crianas e alunos admitidos na educao pr -escolar e nos ensinos bsico e secundrio, em resultado do processo de matrcula e de renovao de matrcula.

    Artigo 15.Distribuio das crianas e dos alunos pelos estabelecimentos

    de educao ou de ensino pretendidos1 Sempre que se verifique a inexistncia de vaga para a criana ou o

    aluno em todos os estabelecimentos de educao ou de ensino, de acordo com as escolhas manifestadas, aps a aplicao das prioridades referidas no presente despacho normativo, o pedido de matrcula ou a renovao de matrcula fica a aguardar deciso no estabelecimento de educao e de ensino indicado como ltima escolha, remetendo este o referido pedido aos servios do Ministrio da Educao e Cincia competentes, para se encontrar a soluo mais adequada at 26 de julho.

    2 A soluo a que se refere o nmero anterior tem sempre em conta a prioridade da criana ou do aluno em vagas recuperadas em todos os outros estabelecimentos de educao ou de ensino pretendidos.

    3 O processo da criana ou do aluno permanece no estabelecimento de educao e de ensino de origem, ao qual ser solicitado pelo estabe-lecimento de educao e de ensino onde vier a obter vaga.

    Artigo 16.Transferncia e mudana de curso

    1 Ao regime de transferncia aplicvel o previsto no artigo 10. do Decreto -Lei n. 176/2012, de 2 de agosto, e nos diplomas legais que regulamentam as diferentes ofertas educativas e formativas.

    2 A autorizao da mudana de curso, requerida pelo encarregado de educao ou pelo aluno, quando maior, dentro da mesma ou para outra oferta educativa ou formativa, pode ser concedida at ao 5. dia til do 2. perodo letivo, desde que exista vaga nas turmas constitudas, sem prejuzo do disposto no n. 7.

    3 O disposto no nmero anterior no se aplica no caso de outras ofertas educativas ou formativas para as quais esteja expressamente prevista diferente regulamentao.

    4 Aos candidatos habilitados com qualquer curso do ensino secun-drio s permitida a frequncia de outro curso, bem como uma nova matrcula e inscrio em outras disciplinas do curso j concludo ou de outros cursos, desde que, feita a distribuio dos alunos, exista vaga nas turmas constitudas.

    5 Aos candidatos habilitados com qualquer curso do ensino recor-rente permitida a frequncia de outro curso da mesma oferta educativa, ou de outras disciplinas do curso j concludo, nas condies mencio-nadas no nmero anterior.

    6 A realizao de disciplinas do ensino secundrio, aps os prazos referidos anteriormente, regulada pelo regime de avaliao em vigor aquando da sua realizao e, embora no produza efeitos no diploma do ensino secundrio, sempre certificada.

    7 Os alunos do 12. ano que, no final do ano letivo, pretendam realizar exames nacionais ou provas de equivalncia frequncia de disciplinas no includas no seu plano de estudos, com a finalidade de reformular o seu percurso formativo, por mudana de curso, devem solicitar a mudana do curso at ao 5. dia til do 3. perodo letivo.

    V Constituio de turmas, funcionamento e rede escolar

    Artigo 17.Constituio de turmas

    1 Na constituio das turmas prevalecem critrios de natureza pedaggica definidos no projeto educativo e no regulamento interno do estabelecimento de educao e de ensino, competindo ao diretor aplic -los no quadro de uma eficaz gesto e rentabilizao de recursos

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    humanos e materiais existentes e no respeito pelas regras constantes do presente despacho normativo.

    2 Na constituio das turmas respeitada a heterogeneidade das crianas e jovens, podendo, no entanto, o diretor, aps ouvir o conselho pedaggico, atender a outros critrios que sejam determinantes para a promoo do sucesso e para a reduo do abandono escolar.

    Artigo 18.Constituio de turmas na educao pr -escolar

    1 Na educao pr -escolar as turmas so constitudas por um n-mero mnimo de 20 e um mximo de 25 crianas.

    2 As turmas da educao pr -escolar que integrem crianas com necessidades educativas especiais de carter permanente, cujo programa educativo individual o preveja e o respetivo grau de funcionalidade o justifique, so constitudas por 20 crianas, no podendo incluir mais de duas crianas nestas condies.

    Artigo 19.Constituio de turmas no 1. ciclo do ensino bsico

    1 As turmas do 1. ciclo do ensino bsico so constitudas por 26 alunos.

    2 As turmas do 1. ciclo do ensino bsico, nos estabelecimentos de ensino de lugar nico, que incluam alunos de mais de dois anos de escolaridade, so constitudas por 18 alunos.

    3 As turmas do 1. ciclo do ensino bsico, nos estabelecimentos de ensino com mais de 1 lugar, que incluam alunos de mais de dois anos de escolaridade, so constitudas por 22 alunos.

    4 As turmas que integrem alunos com necessidades educativas especiais de carter permanente, cujo programa educativo individual o preveja e o respetivo grau de funcionalidade o justifique, so cons-titudas por 20 alunos, no podendo incluir mais de dois alunos nestas condies.

    Artigo 20.Constituio de turmas nos 2. e 3. ciclos do ensino bsico

    1 As turmas dos 5. ao 9. anos de escolaridade so constitudas por um nmero mnimo de 26 alunos e um mximo de 30 alunos.

    2 Nos 7. e 8. anos de escolaridade, o nmero mnimo para a abertura de uma disciplina de opo do conjunto das disciplinas que integram as de oferta de escola de 20 alunos.

    3 As turmas que integrem alunos com necessidades educativas especiais de carter permanente, cujo programa educativo individual o preveja e o respetivo grau de funcionalidade o justifique, so cons-titudas por 20 alunos, no podendo incluir mais de dois alunos nestas condies.

    Artigo 21.Constituio de turmas no ensino secundrio

    1 Nos cursos cientfico -humansticos e nos cursos do ensino ar-tstico especializado, nas reas das artes visuais e dos audiovisuais, no nvel secundrio de educao, o nmero mnimo para abertura de uma turma de 26 alunos e o de uma disciplina de opo de 20 alunos, sendo o nmero mximo de 30 alunos.

    2 Nos cursos do ensino artstico especializado, o nmero de alunos para abertura de uma especializao de 15.

    3 Na especializao dos cursos do ensino artstico especializado, o nmero de alunos no pode ser inferior a oito, independentemente do curso de que sejam oriundos.

    4 O reforo nas disciplinas da componente de formao espec-fica ou de formao cientfico -tecnolgica, decorrente do regime de permeabilidade previsto na legislao em vigor, pode funcionar com qualquer nmero de alunos, depois de esgotadas as hipteses de articu-lao e de coordenao entre estabelecimentos de ensino da mesma rea pedaggica, mediante autorizao prvia dos servios do Ministrio da Educao e Cincia competentes.

    5 Nos cursos profissionais, as turmas so constitudas por um n-mero mnimo de 24 alunos e um mximo de 30 alunos, exceto nos Cursos Profissionais de Msica, de Interpretao e Animao Circenses e de Intrprete de Dana Contempornea, da rea de Educao e Formao de Artes do Espetculo, em que o limite mnimo de 14.

    6 As turmas de cursos profissionais que integrem alunos com ne-cessidades educativas especiais de carter permanente, cujo programa educativo individual o preveja e o respetivo grau de funcionalidade o justifique, so constitudas por 20 alunos, no podendo incluir mais de dois alunos nestas condies.

    7 possvel agregar componentes de formao comuns, ou disci-plinas comuns, de dois cursos diferentes numa s turma, no devendo os grupos a constituir ultrapassar nem o nmero mximo nem o nmero mnimo de alunos previstos no n. 5.

    8 As turmas dos anos sequenciais dos cursos profissionais s podem funcionar com um nmero de alunos inferior ao previsto no n. 5, quando no for possvel concretizar o definido no nmero anterior.

    Artigo 22.Disposies comuns constituio de turmas

    1 O desdobramento das turmas e ou o funcionamento de forma alternada de disciplinas dos ensinos bsico e secundrio e dos cursos profissionais autorizado nos termos definidos em legislao e ou regulamentao prprias.

    2 As turmas dos anos sequenciais do ensino bsico e dos cursos de nvel secundrio de educao, incluindo os do ensino recorrente, bem como das disciplinas de continuidade obrigatria, podem ser constitu-das com um nmero de alunos inferior ao previsto nos artigos 19. a 21. e no nmero seguinte, desde que se trate de assegurar o prossegui-mento de estudos aos alunos que, no ano letivo anterior, frequentaram o estabelecimento de ensino com aproveitamento e tendo sempre em considerao que cada turma ou disciplina s pode ser constituda com qualquer nmero de alunos quando for nica, mediante prvia autori-zao, nos termos do n. 4.

    3 Nos cursos cientfico -humansticos ser criada, nos estabeleci-mentos de ensino que para tal disponham de condies logsticas e de modo a proporcionar uma oferta distribuda regionalmente, a modalidade de ensino recorrente. O nmero mnimo de alunos para abertura de uma turma de ensino recorrente de 30. No caso de haver desistncias de alunos, comprovadas por faltas injustificadas de mais de duas semanas, reduzindo -se a turma a menos de 25 alunos, a mesma extingue -se e os alunos restantes integram outra turma do mesmo estabelecimento de ensino ou de outro.

    4 A constituio ou a continuidade, a ttulo excecional, de turmas com nmero inferior ao estabelecido nos artigos 18. a 21. e no nmero anterior, carece de autorizao dos servios do Ministrio da Educao e Cincia competentes, mediante anlise de proposta fundamentada do diretor do estabelecimento de educao e de ensino ou de orientaes do membro do Governo responsvel pela rea da educao, em casos em que se mostre oportuno implementar ofertas educativas ou disciplinas para as quais no exista a garantia de ter o nmero mnimo de alunos estipulado, atendendo, nomeadamente, densidade populacional estu-dantil local ou especificidade da oferta.

    5 A constituio ou a continuidade, a ttulo excecional, de turmas com nmero superior ao estabelecido nos artigos 18. a 21. e no n. 3, carece de autorizao do conselho pedaggico, mediante anlise de proposta fundamentada do diretor do estabelecimento de educao e de ensino.

    Artigo 23.Perodo de funcionamento dos estabelecimentos

    de educao e de ensino1 A definio do perodo de funcionamento dos estabelecimentos

    de educao e de ensino, incluindo atividades letivas e no letivas, deve ter sempre em considerao o nmero de turmas a acolher, sem prejuzo do disposto nos n.os 4 e 5 do Despacho n. 9265 -B/2013, de 12 de julho, publicado no Dirio da Repblica, 2. srie, n. 134, de 15 de julho de 2013, nos casos da educao pr -escolar e do 1. ciclo do ensino bsico.

    2 Os estabelecimentos de educao e de ensino organizam as suas atividades em regime normal, de segunda -feira a sexta -feira.

    3 Excecionalmente, sempre que as instalaes no permitam o funcionamento em regime normal, as atividades do 1. ciclo do ensino bsico podero ser organizadas em regime duplo, com um turno de manh e outro de tarde, de acordo com o disposto no n. 3 do artigo 2. do Despacho n. 9265 -B/2013, de 12 de julho, publicado no Dirio da Repblica, 2. srie, n. 134, de 15 de julho de 2013, mediante autorizao dos servios do Ministrio da Educao e Cincia competentes.

    4 Sempre que as atividades escolares decorram nos perodos da manh e da tarde, o intervalo do almoo no poder ser inferior a uma hora para estabelecimentos de educao e de ensino dotados de refeitrio e de uma hora e trinta minutos para os restantes.

    5 As aulas de Educao Fsica s podero iniciar -se uma hora depois de findo o perodo definido para almoo no horrio da respetiva turma.

    Artigo 24.Cumprimento

    1 Compete aos rgos de direo e de administrao e gesto dos estabelecimentos de educao e de ensino assegurar o cumprimento das normas constantes do presente despacho normativo.

    2 Compete Inspeo -Geral da Educao e Cincia e Direo--Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), em articulao, de-senvolver os procedimentos inerentes verificao do cumprimento das normas constantes do presente despacho normativo.

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    Artigo 25.

    Homologao da constituio de turmas1 Compete DGEstE homologar a constituio das turmas no

    mbito da rede de oferta educativa e formativa.2 Compete, ainda, DGEstE proceder divulgao da rede esco-

    lar pblica, com informao sobre a rea de influncia dos respetivos estabelecimentos de educao e de ensino, devendo a mesma ocorrer at ao dia 30 de junho de cada ano.

    VI Disposies finais

    Artigo 26.

    Disposies finais1 O servio do Ministrio da Educao e Cincia responsvel pela

    gesto do Portal das Escolas disponibiliza, no referido portal [www.portaldasescolas.pt], um manual de utilizao da aplicao informtica para os efeitos previstos no presente despacho normativo.

    2 As competncias atribudas ao diretor no presente despacho normativo podem ser delegadas e subdelegadas no subdiretor e nos adjuntos.

    Artigo 27.Norma revogatria

    revogado o Despacho n. 5048 -B/2013, publicado no Dirio da Repblica, 2. srie, n. 72, de 12 de abril de 2013, retificado pela De-clarao de retificao n. 525/2013, de 18 de abril, publicada no Dirio da Repblica, 2. srie, n. 82, de 29 de abril.

    Artigo 28.Entrada em vigor

    O presente despacho normativo entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicao.

    7 de maio de 2015. O Secretrio de Estado do Ensino e da Admi-nistrao Escolar, Joo Casanova de Almeida. O Secretrio de Estado do Ensino Bsico e Secundrio, Fernando Jos Egdio Reis.

    208624065

    Depsito legal n. 8815/85 ISSN 0870-9963

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