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NR 10 COMPLEMENTAR SEP

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NR 10

COMPLEMENTAR

SEP

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A MA CONSULTORIA E TREINAMENTOS é uma

empresa que foi criada em 2006, e está localizada em

Belo Horizonte. Tem como objetivo principal buscar

melhor atendimento e esclarecimentos aos clientes

sobre as normas regulamentadoras, segurança do

trabalho, engenharia elétrica, treinamentos,

consultorias e cursos de capacitação profissional. Hoje

a MA é conhecida como "Centro de Treinamentos

Especializado em Segurança do Trabalho" e tem o

orgulho de afirmar que por nossas salas de aulas e

sites já foram capacitamos mais de 3500 alunos no

curso de NR10 e mais de 8 mil alunos se contarmos os

nossos outros treinamentos como as RAC`s da Vale,

Espaço Confinado NR 33, Trabalho em Altura NR 35,

CIPA, NR6, NR11, NR12 e outros.

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1-

2-

3-

Introdução

Organização do sistema elétrico de potência

Organização do trabalho

3

4

6

4- Aspectos comportamentais 9

5-

6-

7-

Condições impeditivas para serviços

Riscos no SEP e sua prevenção

Técnicas de análise de risco no SEP

11

12

15

8-

9-

Procedimentos de trabalho – análise e discussão

Técnicas de trabalho sobtensão

18

22

10- Equipamentos e ferramentas de trabalho (escolha, uso,

conservação, verificação, ensaio) 24

11-

12-

Subestações: Tipos, Equipamentos e Proteção

Sistemas de proteção coletiva

28

48

13- Equipamentos de proteção individual 55

14-

15-

16-

Posturas e vestuários de trabalho

Sinalização e isolamento de áreas de trabalho

Liberação de instalação para serviço e para operação e uso

59

66

68

17-

18-

Acidentes típicos – Análise, discussão, medidas de proteção

Responsabildades

70

72

2

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1- Introdução

O treinamento de segurança em sistema elétrico de potencia (SEP) e em suas proximidades, instituído pela Norma Regulamentadora Nº 10, publicada pela portaria Nº 598, de 7 de dezembro de 2004 pelo Ministério do Trabalho e Emprego, tem como principal objetivo a segurança e a s aúde de todos os trabalhadores que exerçam suas atividades dentro das zonas controladas e de risco,influenciando em todo o processo de gestão das empresas e levando a empregados e empregadores, a refletirem melhores maneiras de trabalhar em locais com alto risco de acidentes no setor elétrico. Neste contexto, pode -se verificar a grande importância da conscientização das empresas, no sentido de capacitar adequadamente os profissionais que atuam no SEP ou em suas proximidades. Esta apostila representa uma contribuição para o treinamento de segurança em instalações e trabalho em eletricidade proposto pela NR-1 0 em sistemas elétricos de potência, e se propõe a apresentar os assuntos, tentando formar um espírito de segurança e saúde nos trabalhadores.

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2- Organizações do sistema elétrico de potência 10.1- OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO

10.1.2 – Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis.

10.7- TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO

10.7.1 – Os trabalhadores que intervenham em instalações elétricas energizadas com alta tensão, que exerçam suas atividades dentro dos limites estabelecidos como zonas controladas e de risco, conforme o anexo II deve atender ao disposto no item 10.8 desta NR.

A e n e r g ia e lé t r ica q u e a l im e n t a a s indústrias, comércio e nossos lares é g e r a d a p r i n c i p a l m e n t e e m u s i n a s hidrelétricas, onde a passagem da água por turbinas geradoras transforma a energia mecânica, originada pela queda d’água, em energia elétrica. No Brasil a GERAÇÃO de energia elétrica é 80% produzida a partir de hidrelétricas, 11% por termoelétricas e o restante por outros processos. A partir da usina a energia é transformada, em estações elétricas, a elevados níveis de tensão e transportada em corrente alternada (60 Hertz) através de cabos elétricos, até as estações rebaixadoras, delimitando a fase de TRANSM ISSÃO.

4

10.7.2 – Os trabalhadores de que trata o item 10.7.1 devem receber treinamento de segurança, específico em segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas proximidades, com currículo mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no anexo III desta NR.

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Já na fase de DISTRIBUIÇÃO, nas proximidades dos centros de consumo, a energia elétrica é tratada nas estações, com seu nível de tensão rebaixado e sua qualidade controlada, sendo transportados por redes elétricas aéreas ou subterrâneas, constituídas por estruturas (postes, torres, dutos subterrâneos e seus acessórios), cabos elétricos e transformadores para novos rebaixamentos, e finalmente entregue aos clientes Industriais, comerciais, de serviços e residências em níveis de tensão variáveis, de acordo com a capacidade de consumo instalada de cada cliente consumidor. Quando falamos em setor elétrico, referimo-nos normalmente ao Sistema Elétrico de Potência (SEP), definido como o conjunto de todas as instalações e equipamentos destinados à operação, transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição inclusive. Com o objetivo de uniformizar o entendimento é importante informar que o SEP trabalha com vários níveis de tensão, classificadas em alta e baixa tensão e normalmente com corrente elétrica alternada (60 Hertz – Hz). Conforme definição dada pela ABNT através das NBR (Normas Brasileiras Registradas) considera-se ―baixa tensão‖, a tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. Da mesma forma considera -se ―alta tensão‖, a tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.

Dessa forma, podemos dizer que o SEP é representado por: GERAÇÃO – Usinas hidrelétricas, termoelétricas, termonucleares, eólicas , solares, etc. ESTAÇÃO ELEVADORA – Nas proximidades da usina geradora eleva a tensão a

ser transmitida. LINHAS DE TRANSMISSÃO – Interliga a estação elevadora às SE’s das cidades

e dos grandes consumidores. SUBESTAÇÕES – Recebe a energia em extra-alta tensão e abaixa a níveis menores, chegando à MT (alimentadores da distribuição). MÉDIA TENSÃO – Alimentadores da distribuição NBR 14039 – tensão entre 1 KV

a 36.2 KV. CIRCUITOS DE BAIXA TENSÃO – Onde os transformadores recebem a MT e libera no secundário baixa tensão para entrega ao comércio e residências. ENTRADA DE SERVIÇO – Ponto de entrega de energia ao consumidor inclusive disjuntor de caixa de medição.

em

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3- Organizações do trabalho No SEP, assim como em qualquer trabalho com eletricidade, é de fundamental importância, que o mesmo estruturado de organização, e lé t rica p ode ap resen ta r. organização com:

seja desenvolvido com critérios rígidos e bem isto devido ao alto grau de risco que a energia De sta f o rma po demo s p ro grama r uma boa

3 . 1 P r o g r a m a ç ã o e p l a n e j a m e n t o d o s s e r vi ç o s – R e p r e s e n t a d o principalmente pelos procedimentos padronizados de quaisquer serviços realizados em eletricidade, bem como a utilização de técnicas de risco necessários ao desempenho e segurança dos trabalhadores ;

Ex: inspeção geral em TP’s e TC’s externos de alta tensão.

análise

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3.2 Trabalhos em equipe – De vital importância ao desenvolvimento dos trabalhos em sistemas elétricos, principalmente no que diz respeito ao SEP. É no momento do diálogo com a equipe, que o responsável pela mesma vai determinar quais as funções de cada membro que compõe o conjunto, bem como a observância de alguns fatores que podem prejudicar a segurança e a saúde dos trabalhadores familiares, de saúde e etc;

envolvidos tais como problemas financeiros,

7

3º passo

Riscos

Forma de controle e

prevenção

EPI’s

EPC’s /

Ferrame ntas

Tempo

Manobrar equipamentos energizados

V' Explosão de equipamentos;

V' Projeção dos

fragmentos

V' Choque

elétrico;

V' Lesão por

impacto.

V' Postura ergonômica correta;

V' Boa comunicação

com o CO;

V' Certificar que as

seccionadoras a serem

aberta/fechadas

estejam

desenergizadas;

V' Certificar que os

disjuntores /inseridos

estejam desligados;

V' Manter distância

de segurança no momento da operação V' Atenção ao desnível do solo;

V' Após a manobra,

esperar 30 minutos

antes de iniciar as

atividades

V' Vestimenta de segurança anti-chamas;

V' Capacete

de segurança;

V' Óculos de segurança;

V' Luva de

proteção em

vaqueta;

V' Luva de

borracha isolante classe 2;

V' Calçado de

segurança.

00:09:00

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3.3 Prontuário e cadastro das instalações - Previsto no item 10.2.4 da NR 10, é um conjunto organizado de memória de uma instalação elétrica, onde a empresa deve ordenar disponibilizar para consultas e dar conhecimento a todos os trabalhadores autorizados em atividades com energia elétrica, dos procedimentos de trabalho, esquemas elétricos, testes feitos EPC’s, treinamentos realizados, plano de emergência e outros.

em EPI’s e

Dependendo da atividade, os documentos relacionados à atividade, podem estar: > Na subestação (diagramas unifilares e diagramas específicos); > Em pasta em poder da turma de trabalho (procedimentos gerais); > Na intranet para consulta e impressão (tudo).

São funções do Prontuário: > Ordenar, disponibilizar para consultas e dar conhecimento a todos os

trabalhadores autorizados; > Disponibilizar para consultas às autoridades competentes; > Atualizar e manter atualizados procedimentos de trabalho, esquemas

elétricos, testes feitos em EPI’s e EPC`s, treinamentos realizados, plano de emergência e outros.

O prontuário das instalações elétricas é composto pelos seguintes itens: > Laudo técnico das instalações; > Relatório técnico das instalações; > Certificado das instalações elétricas.

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3.4 Métodos de trabalho – analisar de que maneira vai ser realizado o trabalho, tais como:

> Desligado, energizado, desenergizado;

> Ao contato, potencial, distância ou proximidade; > Tipo de padrão técnico da atividade; > Se com pessoal próprio ou de terceiros;

> Quais os recursos materiais e humanos utilizados.

3.5 Comunicação É de extrema importância, que haja comunicação entre a equipe de trabalho e o pessoal do centro de operação, comunicação permanente, principalmente nos momentos mais críticos do desenvolvimento das atividades. A comunicação entre os membros da equipe deverá ser feita também, comunicando ao responsável qualquer anomalia ou risco decorrente do ambiente de trabalho ou outro que prejudique o perfeito andamento das atividades. Essa comunicação deve ser feita, pref erencialmente via rádio comunicação, estando o aparelho dentro dos padrões de exigência em relação à compatibilidade eletromagnética, evitando assim, interferências prejudiciais ao sistema.

4- Aspectos comportamentais

Diariamente no local de trabalho, estamos em contato com pessoas, trabalhamos em serviços que necessitam de máxima atenção etc. Entretanto, essas características intrínsecas dos trabalhos, principalmente aquelas que envolvem alta tensão, dependem de uma necessidade chamada motivação.

4.1 A teoria de Maslow

Maslow cita o comportamento motivacional, que é explicado pelas necessidades humanas. Entende-se que a motivação é o resultado dos estímulos que agem com força sobre os indivíduos, levando-os a ação. Para que haja ação ou reação é preciso que um estímulo seja implementado, seja decorrente de coisa externa ou proveniente do próprio organismo. Esta teoria nos dá idéia de um ciclo, o Ciclo Motivacional.

Quando o ciclo motivacional não se realiza, sobrevém a frustração do indivíduo que poderá assumir várias atitudes:

> Comportamento ilógico ou sem normalidade; > Agressividade por não poder dar vazão à insatisfação contida;

9

10.7- TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO

10.7.9 – Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles envolvidos em atividades no SEP devem dispor de equipamento que permita a comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de operação durante realização do serviço.

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> Nervosismo, insônia, distúrbios circulatório-digestivos; > Falta de interesse pelas tarefas ou objetivos; > Passividade, moral baixo, má vontade, pessimismo, resistência às

modificações, insegurança, não colaboração, etc.

Q uan do a ne ce ssid ade n ão é sat isfe ita e nã o sob re vin do anteriormente mencionadas, n ão signif ica que o indivíduo eternamente frustrado. De alguma maneira a necessidade será

a s situa ções permanecerá transferida ou

compensada. Daí percebe-se que a motivação é um estado cíclico e constante na vida pessoal.

A teoria de Maslow é conhecida como uma das mais importantes teorias de motivação. Para ele, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem transpostos. Isto significa que no momento em que o indivíduo realiza uma necessidade, surge outra em seu lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem meios para satisfazê-la. Poucas ou nenhumas pessoas procurarão reconhecimento pessoal e status se suas necessidades básicas estiverem insatisfeitas.

O comportamento humano, neste contexto, foi objeto de análise pelo próprio Taylor, quando enunciava os princípios da Administração Científica. A diferença entre Taylor e Maslow é que o primeiro somente enxergou as necessidades básicas como elemento motivacional, enquanto o segundo percebeu que o indivíduo não sente única e exclusivamente necessidade financeira.

Maslow apresentou uma teoria da motivação, segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa hierarquia de importância e de influência, numa pirâmide, em cuja base estão às necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas) e no topo, as necessidades mais elevadas (as necessidades de auto realização)

1. 2. 3. 4. 5.

Necessidade de auto- realização; Necessidade de status e estima; Necessidades sociais (afeto); Necessidades de segurança; Necessidades fisiológicas.

De acordo com Maslow, as necessidades fisiológicas constituem a sobrevivência do indivíduo e a preservação da espécie: alimentação, sono, repouso, abrigo, etc. necessidades de segurança constituem a busca de proteção contra a ameaça privação, a fuga e o perigo. As necessidades sociais incluem a necessidade associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca

As ou de de

amizade, de afeto e amor. A necessidade de estima envolve a auto-apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito, de status, prestígio e consideração, além de desejo de força e de adequação, de confiança perante o mundo, independência e autonomia. A necessidade de auto- realização consiste de cada pessoa realizar o seu próprio potencial e de auto desenvolver-se continuamente.

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5- Condições impeditivas para serviços Todo e qualquer elemento que ocasione riscos à vida e saúde dos trabalhadores, deverão ser tratados como condições impeditivas para serviços, dessa forma temos:

> Ferramentas com isolação deteriorada, > Falta de procedimentos específicos e detalhados para a tarefa; > Inexistência ou análise de risco ineficaz para a tarefa; > Ordem de serviço, falta de comunicação; > Falta ou insuficiência de EPC’s e EPI’s, etc.

10.7- TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO

10.7.3 – Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles executados no Sistema Elétrico de Potência (SEP), não podem ser realizados individualmente.

10.7.4 – Todo trabalho em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles que interajam no SEP, somente pode ser realizado mediante ordem de serviço específica para data e local, assinada por superior responsável pela área.

10.7.6 – Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT somente podem ser realizados quando houver procedimentos específicos, detalhados e assinados por profissional autorizado.

11

10.6- SEGURANÇAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ENERGIZADAS

10.6.3 – Os serviços em instalações elétricas energizadas, ou em proximidades devem ser suspensos de imediato na iminência de ocorrência que possa colocar os trabalhadores em perigo.

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10.9 - SEGURANÇAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ENERGIZADAS

10.9.5 – Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente poderão ser realiz ados mediante permissão para t rabalho com liberação formalizada, conforme estabelece o item 10.5 ou supressão do agente de risco que determina a classificação da área.

10.14 – DISPOSIÇÕES FINAIS

10.14.1 – Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de risco grave e iminente para sua segurança e saúde ou de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato ao superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis.

6- Riscos no SEP e sua prevenção Os riscos à segurança e saúde dos trabalhadores no setor de energia elétrica, são via de regra elevados, podendo levar a lesões de grande gravidade e são específ icos a cada tipo de atividade, inclusive ocasionando a morte do trabalhador. A eletricidade constitui-se um agente de alto potencial de risco ao homem, sua ação mais nociva é a ocorrência do choque elétrico com conseqüências diretas ou indiretas. Também apresente risco devido à possibilidade de ocorrências de curtos-circuitos ou mau funcionamento do sistema elétrico, originando grandes incêndios e explosões. É importante lembrar que o fato da linha estar seccionada não elimina o rico elétrico, tampouco pode prescindir das medidas de controle coletivas e individuais necessárias, já que a energização acidental pode ocorrer devido a erros de manobra, contato acidental com ouros circuitos energizado, tensões induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a rede, descargas atmosféricas mesmo que distantes dos locais de trabalho, fontes de alimentação de terceiros e etc. Desse modo podemos analisar alguns desses riscos, tais como:

seu

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6.1 Proximidades e contatos com partes energizadas

É o principal causador de acidentes no setor, ocasionando no fenômeno do choque elétrico. O choque elétrico constitui-se em um estímulo rápido e acidental sobre o sistema nervoso devido à passagem d e c o r r e n t e e l é t r i c a , a c i m a d e determinado valor, pelo corpo humano. Seus efeitos diretos são contrações musculares, tetania, queimaduras. ( i n t e r n a s e e x t e r n a s ) , p a r a d a respiratória, parada cardíaca, eletrólise de tecidos, f ibrilação ventricular e morte. Seus efeitos indiretos são quedas, b a t i d a s , q u e i m a d u r a s i n d i r e t a s (externas) e etc. A extensão do dano d o c h o q u e e l é t r i c o d e p e n d e d a magnitude da corrente elétrica, do caminho por ela percorrido no corpo humano, tempo de duração e etc.

6.2 Indução e campos eletromagnéticos É gerado quando da passagem da corrente elétrica alternada nos meios c o n d u t o r e s . O s e f e i t o s d a n o so s d o c a m p o e l e t r o m a g n é t i c o n o s trabalhadores se manifesta especialmente quando da execução de serviços na transmissão e distribuição de energia elétrica, nos quais se empregam elevados níveis de tensão.

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Os efeitos possíveis no organismo humano decorrente da exposição ao c a m p o e l e t r o m a g n é t i c o s ã o d e natureza elétrica e magnética. Quanto aos de origem magnética citamos os efeitos térmicos, e n d ó c r i n o s e s u a s p o s s í v e i s patologias produzidas pela interação das cargas elétricas com o corpo humano. Nã o h á co m p ro va çã o cie n t íf ica , porém há indícios de que a radiação e l e t r o m a g n é t i c a c r i a d a n a s proximidades de meios com elevados níveis de tensão e corrente elétricas, podem provocar a ocorrência de câncer, leucemia e tumor no cérebro. Contudo é certo que essa situação

promove nocividade térmica (interior organismo humano. Especial atenção aos trabalhadores

do corpo) e efe itos endócrinos no

expostos a essas condições, que possuam em seu corpo próteses metálicas (pinos, encaixes, articulações), pois a radiação promove aquecimento intenso nos elementos metálicos podendo provocar as necroses ósseas, bem como aos trabalhadores portadores de aparelhos e equipamentos eletrônicos (marca -passo, auditivos, dosadores de insulina, etc..), pois a radiação interfere nos circuitos elétricos e poderão criar disfunções e mau funcionamento desses.

6.3 Descargas atmosféricas Esses fenômenos são muito comuns em linhas de transmissão, e subestações, devido a isso, principal meio de proteção são as proteções contra descargas atmosféricas (SPDA). N o c a s o d e s u b e s t a ç õ e s s i m p l i f i c a d a s , p o d e m o s c i t a r a l g u m a s recomendações:

v' Nas subestações com ramal de entrada subterrâneo devem ser instalados três pára-raios (um por fase), diretamente ligados aos condutores do interior da subestação primária, logo após o terminal interno do cabo subterrâneo.

v' A ligação dos pára-raios à malha de aterramento deve ser feita com cabo de cobre, seção mínima de 25mm2, com isolação na cor verde para 750 v, ou em eletroduto de PVC, independente dos demais condutores de aterramento, tão curto e retilíneo quanto possível e sem emendas ou quaisquer dispositivos que possam causar sua interrupção, observando-se que na haste ou eletrodo da malha,

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utilizado para essa ligação, não devem ser conectados quaisquer outros condutores de aterramento.

6.4 Choques causados por acoplamento capacitivo (estática)

Esses tipos de choques ocorrem devido ao acoplamento existente entre o corpo humano e objetos energizados (cabos, barramentos etc..) em alta tensão. O acoplamento capacitivo resulta em uma corrente elétrica induzida sobre o objeto não energizado ou o corpo humano. Tal corrente de origem capacitiva, é conhecida como corrente de deslocamento. No caso do homem, estando o mesmo isolado da terra (através de botas,

luvas e etc.), uma corrente de deslocamento ira circular em seu corpo. Nesta situação, pode existir uma grande diferença de potencial entre o corpo humano e a terra, que pode chegar a alguns KV, não se tratando, portanto, de um caso clássico de eletrostática e sim de um caso de quase estática. Essa tensão quando muito elevada pode ocasionar em choques observados nas subestações. Para evitar tais choques, recomenda-se utilizar pulseiras antiestáticas, utilizadas primordialmente para que não sejam acumuladas cargas elétricas no corpo humano, com uma conseqüente descarga eletrostática.

6.5 Trabalhos em altura, máquinas e equipamentos especiais Considerando que trabalho em altura é qualquer atividade que o trabalhador atue acima do nível do solo, se o mesmo for desenvolvido acima de 2 metros, é obrigatório, alem de EPI’s básicos a utilização do cinturão de segurança tipo pára-quedista. Para a realização de atividades em altura, os trabalhadores devem:

v' Possuir os exames específicos da função comprovados no ASO (atestado de saúde ocupacional);

v' Estar em perfeitas condições físicas e psicológicas, paralisando as atividades caso sinta qualquer alteração em suas condições;

v' Estar treinado e orientado sobre rodos os riscos envolvidos.

7- Técnicas de análise de risco no SEP

7.1 Introdução

Acidentes acontecem, porém o potencial de acidentes industriais causados pelo homem tem crescido com o desenvolvimento tecnológico. O manuseio de materiais perigosos em quantidades acima de valor limite, específico para cada tipo de substância, exigem o estabelecimento de um programa de gerenciamento de Riscos a fim de garantir padrões mínimos de segurança, tanto para os empregados de uma empresa como para o público externo e o meio ambiente. O responsável pela prevenção de acidentes industriais nas suas instalações é sempre o gerente, que deve manter sistemas de avaliação e gerenciamento dos

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riscos de forma a reduzir as probabilidades de acidentes e a minimizar as suas conseqüências. Gerenciamento do risco

Para se Gerenciar Riscos é necessária, em primeiro lugar, uma mudança no conceito de Segurança Industrial, tanto no aspecto da prevenção como no aspecto da ação. A Segurança, no seu conceito inicial, visa à prevenção como ―minimização de acidentes com lesão pessoal com perda de tempo‖. A ênfase nas taxas de acidentes com afastamento era vista como metas e elemento diferenciador entre empresas, levando a que acidentes com alto potencial de perdas fossem ―esquecidos‖ e não analisados em busca das causas básicas, pois não chegaram a causar acidentes pessoais com afastamento. No caso da Ação, a mudança é na forma de atuação gerencial. No conceito inicial, o responsável pela Segurança Industrial de uma indústria era centralizado em um órgão que tinha a função de prevenir e minimizar os acidentes na empresa.É óbvio que por mais competentes que fossem estes profissionais não poderiam estar em todos os lugares o tempo todo fazendo prevenção. Quem pode fazer a prevenção dos acidentes é o gerente e sua equipe de profissionais que conhecem os procedimentos operacionais, de manutenção, de inspeção, etc., ou seja, a responsabilidade pela Segurança tem de ser do Gerente e de toda a escala hierárquica de uma empresa, tendo dos profissionais de segurança, o apoio em termos de assessoria e de consultoria para assuntos específicos de Segurança Industrial.

Para se gerenciar o Risco é necessário conhecê-los, analisá-los, tomar ações para reduzi-los e controlá-los.

7.2 Análises de riscos

A Análise de Riscos procura identificar antecipadamente os riscos nas instalações, processos, produtos e serviços, qualificar os Riscos associados para o homem, o meio ambiente e a propriedade, propondo medidas para o seu controle. Os passos para a avaliação dos Riscos são:

> Identificar riscos; > Avaliar o risco;

> Implementação medidas de controle.

A avaliação dos Riscos consiste em se identificar como estamos lidando com os riscos nas nossas instalações, verificando os danos (conseqüências) e a freqüência (probabilidade) de ocorrência dos mesmos.

7.3 Análises Preliminar de Risco

A Análise Preliminar de Riscos (APR) é uma metodologia estruturada para i d e n t i f i c a r ― a p r i o r i ‖ o s R i s c o s d e c o r r e n t e s d a i n s t a l a ç ã o d e n o v a s unidades/sistemas ou da operação de unidades/sistemas existentes. Esta metodologia procura examinar as maneiras pelas quais a energia ou o material de processo pode ser liberado de forma descontrolada, levantando, para cada um dos riscos identificados, as suas causas, os métodos de detecção

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disponíveis e os efeitos sobre os trabalhadores, a população circunvizinha e sobre o meio ambiente. Após, é feita uma avaliação qualitativa d esses riscos identificando-se, desta forma, aqueles que requerem priorização. Além disso, são sugeridas medidas preventivas e/ou mitigadoras dos riscos a fim de eliminar as causas ou reduzir as conseqüências dos cenários de acidente identificados. O escopo da APR abrange os eventos perigosos cujas causas tenham origem na instalação analisada, englobando tanto as falhas de componentes ou como eventuais erros operacionais ou de manutenção (falhas humanas).

sistemas,

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8- Procedimentos de trabalho – análise e discussão

8.1 Procedimentos gerais de segurança

Todo serviço deve ser planejado antecipadamente e executado por equipes devidamente treinadas e autorizadas, de acordo com a NR-10, e com a utilização de equipamentos aprovados pela empresa e em boas condições de uso.

O responsável pelo serviço deverá estar devidamente equipado com um sistema que garanta a comunicação confiável e imediata com a área funcional responsável pelo sistema ou instalação, durante todo o processo de execução da atividade.

8.2 Procedimentos gerais para serviços programados O empregado que coordenar a execução das atividades/trabalhos em sistemas e instalações elétricas desernegizadas, terá como responsabilidades:

> Apresentar os projetos a serem analisados, com os respectivos estudos de viabilidade, tempo necessário para execução das atividades/trabalhos; > Definir recursos materiais e humanos para cumprimento do planejado; > Entregar os projetos que envolverem alteração de configuração do

sistema e instalações elétricas à área funcional responsável.

8.3 Avaliações dos desligamentos A área funcional responsável pelo sistema ou instalação, terá como atribuição, avaliar as manobras de forma a minimizar os desligamentos necessários com a máxima segurança, analisando o impacto (produção, indicadores, segurança dos trabalhadores, custos, etc.) do desligamento.

8.4 Execuções dos serviços A equipe responsável pela execução dos serviços deverá providenciar:

> Os levantamentos de campo necessários à execução do serviço; > Os estudos de viabilidade de execução dos projetos; > Todos os materiais, recursos humanos e equipamentos necessários para

execução dos serviços nos prazos estabelecidos; > Documentação para solicitação de impedimento de equipamento;

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10.11- PROCEDIMENTOS DE TRABALHO

10.11.1 – Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados em conformidade com procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinados por profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8 desta NR.

10.11.2 – OS serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de serviço específicas, aprovadas por trabalhador autorizado, contendo no mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho a serem adotados.

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Obs: Todo impedimento de equipamento deve ser oficializado junto à área funcional responsável, através do documento PES, ou similar.

8.5 O PES (Pedido de Execução de Serviço)

Documento emitido para solicitar a área funcional responsável pelo sistema ou instalação, o impedimento de equipamento, sistema ou instalação, visando à realização de serviços. Deve conter as informações necessárias à realização dos serviços, tais como: descrição do serviço, número do projeto, local, trecho/equipamento isolado, data, horário, condições de isolamento, responsável, observações, emitente, entre outros.

8.5.1 Emissão do PES

O PES deverá ser emitido para cada serviço, quando de impedimentos distintos. Quando houver dois ou mais serviços que envolvam o mesmo impedimento, sob a coordenação do mesmo responsável, será emitido apenas um PES. Nos casos em que, para um mesmo impedimento, houver dois ou mais responsáveis, obrigatoriamente será emitido um PES para cada responsável, mesmo que pertença a mesma área. Quando na programação de impedimento houver alteração de configuração do sistema ou instalação, deverá ser encaminhada a área funcional responsável pela atividade, o projeto atualizado. Caso não exista a possibilidade de envio do projeto atualizado, é de responsabilidade do órgão executante elaborar um ―croqui‖ contendo todos os detalhes necessários, que garantam a correta visualização dos pontos de serviço e das alterações de rede a serem executadas.

8.5.2 Aprovação do PES

Depois de efetuar a programação e o planejamento da execução da atividade, a área funcional responsável, deixará o documento PES, disponível no sistema para consulta e utilização dos órgãos envolvidos. Ficará a cargo do gestor da área executante, a entrega da via impressa do PES aprovado, ao responsável pelo serviço, que devera estar de posse do documento no local de trabalho. Caso o responsável pelo serviço não esteja de posse do PES/AES, a área funcional responsável não autorizará a execução do desligamento. Para garantir a segurança de todos os envolvidos na execução das atividades, ca so e xist a m a is de u ma e qu ip e t raba lh a n d o em um mesm o t re cho , a normalização somente poderá ser autorizada pela área funcional responsável, após a liberação do trecho por todos os responsáveis.

obs1: AES (Autorização para Execução de Serviço) é a autorização fornecida pela área funcional, ao responsável pelo serviço, liberando e autorizando a execução dos serviços. A AES é parte integrante do documento PES. obs2: Para todo PES deverá ser gerada uma Ordem de Serviço - OS ou Pedido de Turma de Emergência - PTE (ou documento similar).

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Exemplo de execução de aterramento temporário em subestações

Objetivo

Esta instrução estabelece os procedimentos para aterramento temporário em ser subestações do sistema de potência, para

executados com segurança.

Exemplos de nomenclaturas encontradas:

PIE – Pedido de Impedimento de Equipamento;

ISR – Informação de Serviço;

OIE – Ordem de Impedimento de Equipamento;

TLE – Termo de Liberação de Equipamento;

COS – Centro de Operação do Sistema;

NST – Norma de Segurança no Trabalho;

SE – Estação Transformadora de Distribuição;

ESD – Estação do Sistema de Distribuição;

EBC – Estação Banco de Capacitores;

ECH – Estação de Chaves;

PMF – Posto de Medição de Fronteira; EOC – Estação de Operação de Chaves; BA4 – Trabalhador orientado e advertido; BA5 – Trabalhador autorizado.

Pré-requisitos para execução da atividade.

que os trabal hos possam

> Para a execução de qualquer atividade/tarefa todos os integrantes da equipe deverão ser capacitados ou habilitados e autorizados;

> Emitir os documentos necessários, comentados no item 7.5.

Procedimentos

> Liberar os equipamentos relacionados ao trabalho a ser realizado. Conforme Manual de Procedimento de Trabalho;

> Conferir a manobra referente ao equipamento entregue; > Proceder à sinalização do equipamento referido;

> Testar os condutores, ou equipamento no qual se irá trabalhar, com dispositivo adequado, para certificar a ausência de tensão;

> Identificar, sob os pontos de vista de segurança operacional e técnico, os melhores locais para a conexão dos grampos dos cabos de aterramento;

> O aterramento temporário do equipamento ou condutor deve ser executado, atentando-se para:

v' Não usar improvisações; utilizar o conjunto de aterramento temporário dimensionado para a classe de tensão;

v' Na ação de levantamento do conjunto de aterramento proceder de forma a não forçar o bastão.

> Todos os dispositivos para o aterramento temporário de um condutor ou equipamento deverão ser inspecionados antes de utilizados (conexões,

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fixação dos grampos, integridade da isolação e do condutor, etc,); > Ligar o grampo de terra do conjunto de aterramento temporário com firmeza

à malha terra e em seguida, a outra extremidade ao condutor do circuito, utilizando o bastão apropriado, repetir esta operação para os demais condutores do circuito;

> Quando duas ou mais equipes estiverem trabalhando numa mesma subestação, cada responsável pelo serviço deve providenciar a instalação dos equipamentos de aterramento temporário necessários ao seu serviço, independente dos aterramentos temporários instalados pelas outras equipes. Cada equipe deve acatar as ordens apenas de seu respectivo responsável pelo serviço e atender as normas respectivas de aterramento;

> Durante os testes para detecção de tensão e aterramento temporário do circuito e equipamentos, o pessoal não envolvido deve manter-se afastado do local do serviço.

> Nos ensaios que exijam equipamentos não aterrados, os mesmos devem se r d e sca rre ga d o s e le t rica m e n te a t erra , se gu in d o p a ra isso o s procedimentos estabelecidos e específicos para cada equipamento.

> Em toda remoção de ligações a terra, as seguintes regras devem ser obedecidas:

v' O responsável pelo serviço deve verificar se o aterramento se relaciona com os serviços executados pela sua equipe;

v ' C e r t i f i c a r - s e d a r e t i r a d a d a s f e r r a m e n t a s u t e n s í l i o s e equipamentos envolvidos no trabalho;

v' Certificar se a instalação está apta a ser reenergizada;

v' Certificar da remoção da zona controlada, de todos empregados envolvidos na tarefa.

É E X P R E S S A M E N T E P R O I B I D O R E T I R A R O A T E R R A M E N T O TEMPORÁRIO QUE NÃO SEJA DE SUA RESPONSABILIDADE;

Com o bastão apropriado, desconectar em primeiro lugar a extremidade liga d a a o co n d ut o r d o circu it o o u e quip a m e nt o e , e m segu id a , a extremidade ligada à malha terra.

>

>

Ferramentas e materiais

Materiais: Conjunto de aterramento temporário, detector de tensão.

Ferramentas: Escadas extensíveis de madeira ou fibra, conforme norma vigente.

Pessoas: Pessoal necessário (engenheiros, técnicos, eletricistas e operadores)

autorizado a executarem as atividades.

EPI’s: Capacete de segurança, óculos de segurança ―incolor ou escuro‖, Uniforme anti-chama, luva isolante de borracha e luva de proteção, cinturão de segurança com talabarte e botina de segurança.

EPC’s: Fitas ou cordas refletivas, bandeiras refletivas, bandeiras imantadas refletivas, cones e grades não metálicas.

Planejamento da tarefa: Elaborar o planejamento para a execução da tarefa,

conforme a APT (Análise Preliminar da tarefa).

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rede elétrica. Nesse m é t o d o é

9- Técnicas de trabalho sobtensão

9.1 Em linha viva

Essa atividade pode ser realizada mediante a adoção de procedimentos que garantam a segurança dos trabalhadores. Nessa condição de trabalho as atividades podem se desenvolver mediante 3 métodos, abaixo descritos:

9.1.1 Método ao contato

O trabalhador tem contato com a rede energizada, mas não fica ao mesmo

potencial da rede elétrica, pois está devidamente isolado desta, utilizando

equipamentos de proteção individuais adequados ao nível de tensão tais como

botas, luvas e mangas isolantes e equipament o de cobertura e mantas isolantes. A figura ao lado, mostra manutenção utilizando o método ao contato, ou seja, o trabalhador está em contato com a rede elétrica, mas isolado da mesma.

proteção coletiva como

9.1.2 Método ao potencial

É o método onde o trabalhador f i c a e m c o n t a t o d i r e t o co m a t e n s ã o d a l i n h a , n o m e s m o potencial da i m p o r t a n t í s s i m o o e m p r e g o d e m e d i d a s g a r a n t a m o mesmo potencial elétrico no corpo

d e s e g u r a n ç a q u e inteiro do trabalhador,

devendo s e r u t i l i z a d o c o n j u n t o d e vestimentas condutoras (roupas, botinas, luvas, capuzes), ligadas através de cabo condutor elétrico e cinto a rede objeto da atividade. São necessários treinamentos e condicionamentos específicos dos trabalhadores para tais atividades.

9.1.3 Método à distância É o método onde o trabalhador interage com a parte energizada a uma distância segura, através do emprego de procedimentos, estruturas, equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes apropriados. São também necessários treinamentos e condicionamentos específicos dos trabalhadores em tais atividades.Nessa técnica, devem ser respeitadas as distâncias exigidas pela NR-1 0 (zona livre, zona controlada e zona de risco).

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A figura abaixo mostra um exemplo para ponto energizado de 500

KV.

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10- Equipamentos e ferramentas de trabalho (escolha, uso, conservação, verificação, ensaio)

10.1 Principais equipamentos que compões o SEP: > Máquinas rotativas; > Banco de baterias; > Transformadores e reguladores de tensão; > Condutores; > Disjuntores; > Cubículos blindados e barramentos blindados.

10.1.1 Máquinas rotativas Nessa classe de equipamento se enquadram:

> Motores; > Geradores; > Motogeradores; > Conversor rotativo.

10.1.1.1Dispositivos de segurança

> Limitadores de sobre velocidade; > Botões de parada de emergência; > Proteção contra sobrecarga; > Proteção contar curto-circuito;

10.1.2 Sala de baterias

Nessa classe de equipamento se enquadram > Bateria de chumbo ácido; > Bateria de níquel – cádmio; > Bateria de níquel – metal – hidreto.

10.1.2.1 Dispositivos de segurança > Local com espaço suficiente para manutenção e inspeção; > Piso contra corrosão ácida; > Ventilação para não permitir o acúmulo de gases;

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1 0 . 4 - S E G U R A N Ç A N A C O N S T R U Ç Ã O , M O N T A G E M , O P E R A Ç Ã O E MANUTENÇÃO.

10.4.3 – Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando se as características de proteção, respeitadas as recomendações dos fabricantes.

10.7 – TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO

10.7.8 - Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais isolantes, destinados ao trabalho em alta tensão, devem ser submetidos a testes elétricos ou ensaios de laborat ório periódicos, ob edecendo -se as especificações do fabricante, os procedimentos da empresa e na ausência destes, anualmente.

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> > > >

Racks fixados e devidamente aterrados; Restrição de acesso a pessoas autorizadas; Instalação para áreas classificadas; Chuveiro lava olhos;

10.1.3 Transformadores e reguladores de tensão

Nessa classe de equipamento se enquadram

> > > >

Transformadores de força; Transformadores de potência;

Reguladores sob carga; Reguladores série.

Dispositivos de segurança: 10.1.3.1 > Circuitos de proteção para primário e secundário; > Instalação respeitando as distâncias de segurança (horizontal e

vertical); Tanques para contenção de óleo; Sistema de combate a incêndio apropriado; Parede corta fogo para transformadores a óleo; Restrição de acesso a pessoas autorizadas;

> > > >

10.1.4 Painéis blindados, cubículos e barramentos

Nessa classe de

equipamento se

enquadram:

Características específicas

> >

CCM Quadros elétricos;

> 8BC1 – cubículos sem divisóriasinternas, tipo ―Metal Enclosed‖. 8B D 1 – cu b ícu l os com di vi s ór i as internasisolantes correspondente ao tipo ―Metal Glad‖, dividido em compartimento do disjuntor, do barramento, de conexão de cabos ede baixa tensão. Sólida construção e fácil manuseio a t r a v é s d e p o u c a s o p e r a ç õ e s e intertravamentos simples e seguros, que impedem manobras indevidas. Equipamentos de manobra em carro extraível. Aprovados no ensaio de arco voltaico

>

>

>

> interno, de acordo com as recomendações nº 2 da Pehla; norma IEC 298 – Anexos AA-11.

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10.1.4.1 Dispositivos de segurança

> > >

Proteção contra sobrecarga e curto-circuito; Dispositivos de bloqueio; Sistemas de fixação adequado, respeitando-se a colocação

fora de alcance, protegidos por barreira, invólucros ou obstáculos; > Proteção contra arco

elétrico. 10.1.5 Para - raios

Nessa classe de equipamentos se enquadram as proteções contra sobretensões, entre eles está o pára-raios poliméricos, óxido de zinco e carbeto de silício.

10.1.5.1 Dispositivos de segurança > Proteção contra explosão do equipamento através de válvula

de proteção; > Sinalização quando danificado.

11- Subestações: Tipos, Equipamentos e Proteção.

11.1 Conceitos Gerais

11.1.1 Definição Básica de uma Subestação

Uma subestação (SE) é um conjunto de equipamentos de manobra e/ou transformação e ainda eventualmente de compensação de reativos usado para dirigir o fluxo de energia em sistema de potência e possibilitar a sua diversificação através de rotas alternativas, possuindo dispositivos de proteção capazes de detectar o diferente tipo de faltas que ocorrem no sistema e de isolar os trechos onde estas faltas ocorrem.

11.2 Classificações das SE’s

As subestações podem ser classificadas quanto à sua função e a sua

instalação.

Função no sistema elétrico:

Subestação Trans formadora

É aquela que converte a tensão de suprimento para um nível diferente, maior

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ou menor, sendo designada, respectivamente, SE Transformadora Elevadora

e SE Transformadora Abaixadora.

Geralmente, uma subestação transformadora próxima aos centros de

geração é uma SE elevadora. Subestações no final de um sistema de

transmissão, próximas aos centros de carga, ou de suprimento a uma

indústria é uma SE transformadora abaixadora.

Subestação Seccionadora, de Manobra ou de Chaveamento.

É aquela que interliga circuitos de suprimento sob o mesmo nível de tensão,

possibilitando a sua multiplicação. É também adotada para possibilitar o

seccionamento de circuitos, permitindo sua energização em trechos

sucessivos de menor comprimento.

Modo de instalação dos equipamentos em relação ao meio ambiente:

Subestação Externa ou Ao Tempo

É aquela em que os equipamentos são instalados ao tempo e sujeitos ,

portanto às condições atmosféricas desfavoráveis de temperatura, chuva,

poluição, vento, etc., as quais desgastam os materiais componentes, exigindo,

portanto manutenção mais freqüente e reduzem a eficácia do isolamento.

Subestação Interna ou Abrigada

É aquela em que os equipamentos são instalados ao abrigo do tempo,

podendo tal abrigo consistir de uma edificação e de uma câmara subterrânea.

Subestações abrigadas podem consistir de cubículos metálicos, além de

subestações isoladas a gás, tal como o hexafluoreto de enxofre (SF6).

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11.3Principais Equipamentos de uma Subestação e suas Funções

Equipamentos de Transformação

→ Transformador de força

→ T ran sf o rmad o re s d e in st rumen to s (t ran sf o rmad ores de corre nte e

transformadores de potencial (capacitivos ou indutivos)

Sem os transformadores de força seria praticamente impossível o

aproveitamento econômico da energia elétrica, pois a partir deles foi possível

a transmissão em tensões cada vez mais altas, possibilitando grandes

economias nas linhas de transmissão em trechos cada vez mais longos.

Já os transformadores de instrumentos (TC’s e TP’s) têm a finalidade de

reduzir a corrente ou a tensão respectivamente a níveis compatíveis com os

valores de suprimento de relés e medidores.

Equipamentos de Manobra

— D i s j u n t o r e s

— Chaves seccionadoras

Os disjuntores são os mais eficientes e mais complexos aparelhos de

manobra em uso de redes elétricas, destinados à operação em carga,

podendo sua operação ser manual ou automática.

As chaves seccionadoras são dispositivos destinados a isolar equipamentos

ou zonas de barramento, ou ainda, trechos de linhas de transmissão.

Somente podem ser operadas sem carga, muito embora possam ser

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operada sobtensão.

Equipamentos para Compensação de Reativos

— Reator derivação ou série

— Capacitor derivação ou série

— Compensador síncrono

— Compensador estático

Desses equipamentos o que é utilizado com mais frequência nas SE’s

receptoras de pequeno e médio porte é o capacitor derivação. Assim, a

abordagem do curso se concentrará neste equipamento que tem por

finalidade básica corigir fator de potência do sistema elétrico .

Equipamentos de Proteção

→ P á r a - R a i o s

→ R e l é s

→ F u s í v e i s

O pára-raios é um dispositivo protetor que tem por finalidade limitar os

valores dos surtos de tensão transitastes que, de outra forma, poderiam

causar severos danos aos equipamentos elétricos. Eles protegem o sistema

contra descargas de origem atmosféricas e contra surtos de manobra.

Os relés têm por finalidade proteger o sistema contra faltas, permitindo

atra vés da atuação sobre disjuntores, o iso lamento dos trechos de

localização das faltas.

O fusível se destina a proteger o circuito contra curtos, sendo também um

limitador da corrente de curto. Muito utilizado na indústria para a proteção de

motores.

Equipamentos de Medição Constituem os instrumentos destinados a medir grandezas tais como

corrente, tensão, freqüência, potência ativa e reativa, etc.

11.3.1 SISTEMA DE SUPRIMENTO

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da ConcBaessionária

Em geral, a alimentação de uma industria é de responsabilidade da

concessionária de energia elétrica. Assim, o sistema de alimentação vai

depender da disponibilidade das linhas de transmissão existentes na região

do projeto.

O sistema de suprimento mais utilizado na indústria de pequeno e médio

porte é o radial simples mostrado esquematicamente na Figura 1.

Linha de

Distribuição

Barra SE

SE - Indústria

Chave Seccionadora

Disjuntor

Trafo 1 Trafo 2

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11.3.2 PRINCIPAIS ESQUEMAS DE SUBESTAÇÕES DE MÉDIA TENSÃO

Entre os vários esquemas de subestações de média tensão encontrados na

prática, podem ser destacados, pela sua freqüência de utilização, a entrada

direta e o barramento simples, descritos a seguir.

11.3.2.1 Entrada direta

Em SE’s receptoras com uma só entrada e um só transformador não é

necessário barramento, podendo ser prevista uma alimentação

Figura 2 mostra esquemas de subestações com entrada direta.

direta. A

Figura 2 Entrada Direta

11.3.2.2 Barramento Simples

Havendo mais de uma entrada, e/ou mais de um transformador em SE

receptora o barramento simples é o esquema de maior simplicidade e menor

custo, com confiabilidade compatível com este tipo de suprimento. A seguir

são apresentadas figuras com as principais variações encontradas em SE’s

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de barramento simples.

→ F i g u r a A e B

O defeito em qualquer transformador causa a abertura do disjuntor,

desligando por completo a SE, cabe ao operador identificar a unidade

afetada, isolá-la através

religamento do disjuntor.

dos respectivos seccionadores e providenciar o

(A) (B)

Figura C →

Este esquema, utilizado em SE’s de maior porte, limita o desligamento ao

transformador defeituoso, introduzindo disjuntor individual para cada

transformador. O acréscimo de chaves de isolamento e de contorno ( by-

pass) dá maior flexibilidade à operação, à custa de maior complexidade nos

circuitos de controle (aumentando os intertravamentos) e de proteção

(adicionando transferência de disparo no caso de contorno de um disjuntor).

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(C)

As figuras D, E, F e G apresentadas a seguir mostram esquemas para SE’s

com duas entrada radiais, com um ou mais transformadores.

→ F i g ur a D

Este esquema só permite a alimentação da SE por uma entrada de cada vez,

mediante intertravamento adequado, obrigando o desligamento

da carga quando for necessária a transferência de fonte.

momentâneo

(D)

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→ F i g ur a E

Se as entradas puderem ser ligadas em paralelo, obtém -se maior

confiabilidade com o esquema E, onde cada entrada sendo dotada de

disjuntor próprio pode ser desligada em caso de falha, independentemente

de outra. Neste caso, o(s) disjuntor (es) não precisa(m) de chave de contorno

face a existência da segunda entrada.

(E)

→ F i g u r a s F e G

Havendo dois transformadores, pode ser seccionada a barra para tornar a

operação mais flexível (F). Se for necessário evitar a interrupção total do

suprimento ao ser desligado um transformador, instala-se um disjuntor para

seccionar a barra (G).

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(F)

(G)

As SE’s receptoras destinadas às indústrias que aparecerem com maior

freqüência são na faixa de tensão de 13,8 a 69 KV, prevalecendo em sua

grande maioria as SE’s de pequeno porte (13,8 kV). Assim, serão enfatizados

tanto os esquemas como o arranjo físico dessas SE’s.

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11.4. ESQUEMAS DE MANOBRA E ARRANJOS DE SE’S RECEPTORAS

11.4.1 Esquemas de Manobra de SE’s Receptoras

Os esquemas mais utilizados são os da figura A para as SE’s de 13,8 KV e B

para as SE’s acima de 13,8 até 69 KV.

11.4.2 Arranjos Físicos de SE’s Receptoras

Neste item serão apresentados alguns dos principais arranjos utilizados nas

SE’s receptoras.

11.4.2.1 Arranjos Físicos das Subestações de 13,8 KV

Os principais tipos de arranjos físicos característicos das subestações de

13,8 KV são:

SE Abrigada

A Figura 3 apresenta um esquema típico de uma subestação abrigada em

13,8 KV.

Planta Baixa

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Corte A-A

Figura 3 SE Abrigada

Diagrama Unifilar

SE Ao Tempo As Figuras 4 e 5 mostram alguns detalhes de SE’s de 13,8 kV ao tempo.

Figura 4 Vista Geral de SE de 13,8 KV Ao Tempo

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Figura 5 Detalhe do Transformador: SE de 13,8 KV Ao Tempo

SE Semi-Abrigada

A Figura 6 apresenta a planta baixa de uma SE semi-abrigada de 13,8 / 4,16

KV. A Figura 7 mostra um corte.

Figura 6 SE Semi-Abrigada: Planta Baixa – SE 13,8 / 4,16 kV

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Figura 7 SE Semi-Abrigada: Corte A-A – SE 13,8 / 4,16 KV

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SE Blindada ao Tempo A Figura 8

apresenta uma SE blindada ao tempo.

Vista Frontal com Portas Externas Abertas

Diagrama Unifilar

Figura 8 SE Blindada ao Tempo

SE Blindada Abrigada

A Figu ra 9 m ost ra uma SE b lin dada ab riga da. P ode -se ob se rva r o

transformador seguido de um disjuntor e TI’s.

40

Legenda

1 – Seccionador de entrada

2 – Seccionador do disjuntor

3 – Disjuntores Principais

4 – Comandos Auxiliar Geral

5 – Conector de Ligação neutro/terra

6 – Bloqueios Elétricos

7 – Caixas de Medição

8 – Entradas dos Cabos

9 – Saída dos Cabos

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Corte A-A

Corte B-B Diagrama Unifilar

Figura 9 SE Blindada

Abrigada

Vista Frontal

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11.4.2.2 Arranjo Físico de uma Subestação de 69 KV

As Figuras 10 a 13 apresentam a vista geral e detalhes de equipamentos de

uma SE de 69 kV.

Figura 10 Visão Geral: SE 15 MVA – 69 / 4,16 kV

Figura 11 Detalhe de Disjuntor de 69 KV a PVO

42

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Figura 12 Detalhe de TI’s de SE de 69 KV

Figura 13 Detalhe de um Transformador de uma SE de 69 KV

Na Figura 14 pode ser vista uma chave seccionadora de 69 KV com dupla

abertura lateral montada horizontalmente.

43

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Figura 14 Detalhe de Chave Seccionadora de uma SE de 69 kV

11.5 TABELAS PARA PROJETO DE SUBESTAÇÕES

Figura 15 Afastamento dos Barramentos de SE de 13,8 KV

44

Serviço Interno

Serviço Externo

Fase-Fase

(mm)

Fase-Neutra

(mm)

Fase-Fase

(mm)

Fase-Neutra

(mm)

Mín

Recomendado

Mín

Recomendado

Mín

Recomendado

Mín

Recomendado

150

200

115

150

170

300

130

200

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(1) As chaves no barramento são consideradas como barras flexíveis.

(2) As distâncias fase-terra de barras flexíveis são do ponto de flexa máxima ao solo.

Figura 16 Distâncias Mínimas

Figura 17 Dimensionamento do Barramento de Alta Tensão de SE de

13,8 KV

11.6 SELEÇÃO DE NÍVEIS DE TENSÃO DAS SUBESTAÇÕES

Uma forma de estimar o nível da tensão de suprimento para instalações com

potência acima de 1000 KW é através da seguinte fórmula:

45

T = 1 8 ⋅ P

Demanda (kVA)

Tubo ou Barra

Retangular de Cobre

(mm2)

Fio

Cobre Nu (AWG)

Vergalhão de Cobre

(ö mm)

ATÉ 700 20 4 6,5

De 701 a 2500 50 - 8,5

Distâncias Minima (m)

25/34 kV

69 kV

138 kV

230 kV

Entre fases, para barras rígidas.

1,20

2,15

2,40

3,60

Entre fases, para barras flexíveis.

1,20

2,50

3,00

4,50

Entre fase e terra, para barras rígidas.

0,50

1,50

1,50

2,50

Entre fase e terra, para barras flexíveis.

0,50

2,00

2,20

3,40

Alturas mínimas do solo, das partes vivas.

3,00

4,00

4,50

5,00

Altura mínima do solo, das partes em tensão

reduzida a zero (porcelana, isoladores, etc.)

2,50

2,50

2,50

3,00

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Onde:

T → t e n s ã o ( KV );

P → potência instalada (MW)

É interessante ressaltar que esta é uma forma aproximada e a escolha

definitiva do nível de tensão deve sempre submetida a uma análise das

cargas por parte da concessionária. Devem-se conhecer os níveis de tensão

disponíveis no local de implantação do projeto e a partir daí verificar se as

necessidades do projeto são atendidas.

Após a seleção da tensão de suprimento, pode-se definir a tensão dos

equipamentos. No caso de motores, é muito importante a escolha correta da

tensão nominal em função da potência de forma a obter um equipamento

mais econômico.

A tabela da apresenta uma relação tensão - potência utilizada na prática.

Figura 18 Escolha da Tensão: Motores

46

Potência (cv)

Tensão (V)

Até 500

380 ou 440

500 – 1500

2300

1000 – 5000

4000

> 4000

6600 ou 13200

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11.7- Cuidados em subestações No caso de subestações, além das recomendações quanto ao distanciamento, outros cuidados são importantes na execução de serviços de m anutenção e reparação. Os equipamentos e instalações devem ser mantidos em per feito estado de funcionamento e, para isso, necessitam de adequados serviços de manutenção, inclusive limpeza, além dos serviços de reparação que se fizerem necessários. Tais serviços devem ser executados por profissional devidamente habilitado, conforme previsto nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, na legislação vigente e nas determinações do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA. Para que a execução desses serviços seja feita com segurança, devem ser atendidas as seguintes recomendações:

> As chaves para seccionamento (chaves desligadoras) de circuitos e de equipamentos devem estar à vista (junto aos equipamentos) e ter dispositivos de abertura que sejam visíveis.

> Ao ser efetuada a operação de desligamento para execução de serviços, deve ser constatado se houve efetivamente a abertura das três fases.

> Os dispositivo s de seccionamento (disjuntores, cha ve s), os quais necessitam permanecer desligados durante a execução dos serviços, devem, após o seu desligamento, receber sinalização e travamento por equipamento conveniente (cartão de impedimento, bandeirolas, etiquetas de aviso), a fim de evitar que, inadvertidamente, sejam religados por pessoas estranhas aos serviços.

> Nunca efetuar empréstimos de energia e interligações elétricas, fixas ou por meio de chaves ou quaisquer outros dispositivos, entre unidades consumidoras distintas, sob qualquer alegação.

> Em entradas consumidoras primária s com circuitos internos e diversos postos de transformação, ou com diversos transformadores de serviço, ou com gerador particular, devem ser adotados cuidados especiais contra risco de acidentes por corrente de retorno. O trecho da instalação, programado para ficar fora de operação durante a execução dos serviços deve ser desligado tanto pelo lado da fonte como pelo lado da carga, sendo recomendado seu aterramento temporário.

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11.8 Substituições de fusíveis queimados instalados na entrada consumidora A substituição dos fusíveis deve ser feita, observando -se as seguintes recomendações:

> Antes de substituir um fusível queimado, inspecionar as instalações correspondentes, a fim de apurar e sanar prováveis defeitos que tenham ocasionado a queima;

> Devem ser utilizados todos os EPI’s e EPC’s recomendados para o nível de tensão utilizado;

> Na atividade de abertura de base-fusível, chave-fusível e chave-faca, em carga, é indispensável à utilização do dispositivo interruptor de arco voltaico, bem como a vestimenta contra o mesmo.

12- Sistemas de proteção coletiva

Sistema de proteção coletiva, é todo e qualquer conjunto de métodos utilizados para proteger duas ou mais pessoas ao mesmo tempo. Dentre os principais sistemas de proteção coletivos existentes, citamos:

> Proteção por barreiras – é um entrave que impede o acesso de pessoas e a possibilidade de contato com as partes vivas de uma instalação elétrica (NBR 6146). São fixas, exemplos: grades, telas de proteção, placas de fibra de vidro, etc;

> Proteção por obstáculos – é um entrave que tem como objetivo delimitar a área de acesso e circulação de pessoas. São removíveis, exemplos: cones de sinalização, cavaletes, cordas e/ou fitas zebradas, placas, etc;

> Verificação de ausência de tensão; > Bloqueios através de cadeado, etiquetas, cartões; > Sistemas de aterramento.

48

10.2.8 – MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA

10.2.8.1 – Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicável, mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores.

10.2.8.2 – As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a d e s e n e r g i z a ç ã o e l é t r i c a c o n f o r m e e s t a b e l e c e e s t a N R e , n a s u a impossibilidade, o emprego de tensão de segurança.

10.2.8.2.1 – Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem 10.2.8.2, devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento automático.

10.2.8.3 – O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender as normas internacionais vigentes.

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12.1 Aterramento

Em toda instalação elétrica de média tensão para que se possa garantir, de forma adequada, a segurança das pessoas e o seu funcionamento correto deve ter uma instalação de aterramento. A NBR 14039, norma técnica brasileira de MT, e a NR- 10 normas regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego exige que todas as instalações elétricas tenham um aterramento. Esta exigência tem como f in a lid a de p rin cip a l à se gu ra n ça d a s pe sso a s, tan t o d o s p r of issio n ais encarregados da operação e manutenção quanto das pessoas que utilizam a instalação e estão na sua proximidade e influência.

Além da finalidade de segurança pessoal, no entanto, pode-se citar ainda como finalidades do aterramento: a proteção das instalações, a melhoria da qualidade dos serviços, principalmente da proteção e o estabelecimento de um referencial de tensão para a instalação.

O aterramento segundo sua função pode ser classificado como:

1. Aterramento funcional é o aterramento de um condutor vivo, normalmente o neutro, objetivando o correto funcionamento da instalação; Aterramento de proteção é o aterramento das massas e dos elementos condutos estranhos à instalação, objetivando a proteção contra choques por contatos indiretos. Aterramento para trabalho é o aterramento de uma parte de um circuito de uma instalação elétrica, que está normalmente sobtensão, mas é posta temporariamente sem tensão para que possam ser executados trabalhos com segurança.

2.

3.

Dependo do esquema de aterramento adotado os aterramentos: funcional e de proteção podem ser implementados no mesmo eletrodo de aterramento ou em eletrodos distintos. Mas tanto o aterramento funcional quanto o aterramento de proteção são permanentes enquanto que o aterramento de trabalho é um aterramento temporário, só é feito durante a realização do trabalho na instalação sendo retirado em seguida para a reenergização.

O aterramento consiste fundamentalmente de uma estrutura condutora, que é

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enterrada propositadamente ou que já se encontra enterrada, e que garante um bom contato elétrico com a terra, chamada eletrodo de aterramento, e a ligação desta estrutura condutora aos elementos condutores da instalação elétrica que não são destinados à condução da corrente.

O eletrodo de aterramento – termo normalizado na terminologia oficial brasileira – também é conhecido como malha de terra. As características e o desempenho do eletrodo de aterramento devem satisfazer às prescrições de segurança das pessoas e funcionais da instalação.

Esta ligação elétrica intencional com a terra, em caráter permanente ou temporário, é feita para prover a instalação de um potencial de referência e/ou de um caminho de impedância adequada à corrente de falta. Neste Ultimo aspecto, a terra deve ser considerada como um elemento do circuito por onde pode circular uma corrente, seja ela, proveniente de uma falta ou descarga atmosférica. No caso da corrente de falta o fenômeno é eletrodinâmico e a corrente percorre sempre um caminho fechado incluindo a fonte e a carga. No caso da descarga atmosférica o fenômeno é eletrostático a corrente do raio circula pela terra para neutralizar as cargas induzidas no solo. A circulação da corrente apresenta conseqüências, como por exemplo, tensão de contato e tensão de passo.

Do ponto de vista da proteção contra choque elétrico, o objetivo de uma malha de terra é proporcionar uma superfície equipotencial no solo onde estão colocados os componentes da instalação elétrica e onde as pessoas estão pisando. Esta superfície equipotencial irá garantir que quando uma corrente circular pelo aterramento, seja ela proveniente de uma falta ou de uma descarga atmosférica não aparecerá diferença de potencial entre diferentes pontos acessíveis à pessoa. Esta superfície só será equipotencial se a condutividade do material da superfície for nula. Isto é, no entanto uma situação irreal, impossível de ser realizada e desnecessária.

O projeto de uma malha de aterramento de uma instalação de uma subestação visa buscar uma condição aceitável, uma situação real, onde poderão aparecer gradientes de potencial ao longo da superfície do piso da mesma, devido à circulação de correntes pelo solo, como por exemplo, as correntes de falta.

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Os valores de gradientes que podem aparecer no piso devem ser valores aceitáveis, isto é, devem estar dentro dos limites suportáveis pelas pessoas.

Para definir os limites suportáveis na especificação de uma malha de aterramento duas variáveis são comumente usadas: a tensão de contato, que é a tensão que aparece entre partes isolamento, e a tensão circula pela terra entre

simultaneamente acessíveis, quando de uma falha de de passo, que é a tensão produzida por uma corrente que dois pontos de sua superfície, separado por uma distância

correspondente à largura do passo de uma pessoa (Para efeito de projeto e/ou de medição, considera-se uma distância de 1 m entre os dois pontos considerados).

12.2 Eletrodos de aterramento

O eletrodo de aterramento é um condutor ou conjunto de condutores enterrados no solo e eletricamente ligados a terra, para fazer um aterramento, Os eletrodos de aterramento podem ser: natural, que não é instalado especificamente para este fim, em geral as armaduras de aço das fundações e convencional que é instalado unicamente para este fim, como por exemplo, os condutores em anel, as hastes verticais ou inclinadas e os condutores horizontais radiais.

Os eletrodos naturais são elementos metálicos, normalmente da estrutura da edificação, que pela sua característica tem uma topologia e um contato com o solo melhor que os eletrodos convencionais e ainda apresentam uma resistência de aterramento também inferior. Como o projeto é feito por profissionais da área de engenharia civil e o foco é somente na estrutura da edificação é necessária a consideração de que a estrutura será utilizada sistema de aterramento já na fase de projeto.

12.3 Eletrodos naturais

Um dos eletrodos de aterramento naturais mais usados é o constituído pelas armaduras de aço embutidas no concreto das fundações das edificações. A experiência tem demonstrado que as armaduras de aço das estacas, dos blocos de fundação e das vigas baldrames, interligadas nas condições correntes de execução, constituem um eletrodo de aterramento de excelentes características elétricas.

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As armaduras de aço das fundações podem ainda, juntamente com as demais armaduras do concreto da edificação, constituir, nas condições prescritas pela NBR 5419, o sistema de proteção contra descargas atmosféricas (aterramento e gaiola de Faraday, complementado por um sistema captor).

No caso de fundações em alvenari a, o eletrodo de aterramento pode ser constituído por uma fita de aço ou barra de aço de construção, imersa no concreto das fundações, formando um anel em todo o perímetro da estrutura. A fita deve ter, no mínimo, 100 mm2 de seção e 3 mm de espessura e deve ser disposta na posição vertical. A barra deve ter, no mínimo, 95 mm2 de seção.

A fita ou a barra deve ser envolvida por uma camada de concreto com espessura mínima de 5 cm. O aterramento pelas fundações, já consagrado em diversos países e já previsto na edição de 2004 da NBR5410, tem como características básicas: o fato de o concreto, em contato com o solo, apresentar resistividade típica de terreno argiloso (cerca de 30 O.M a 20 ºC) e a existência de grande quantidade de condutores (de aço) nas fundações, bastante superiores à de condutores de cobre que seria utilizada para o mesmo fim.

As normas brasileiras proíbem a utilização das canalizações metálicas de fornecimento de água e outros serviços como eletrodo de aterramento, isto se deve principalmente, pela possibilidade de interrupção da continuidade pela colocação de luvas isolantes e outros acessórios isolantes, por parte da empresa responsável por estes serviços, uma vez que a preocupação básica não é o aterramento e sim os serviços prestados.

12.4 Eletrodos convencionais

As normas brasileiras estabelecem que, quando forem utilizados eletrodos de aterramento convencionais, a seleção e instalação dos componentes dos aterramentos devem ser tais que:

1) O tipo e a profundidade de instalação dos eletrodos de aterramento devem ser tais que as mudanças nas condições do solo (por exemplo, secagem) não aumentem a resistência do aterramento dos eletrodos acima do valor exigido;

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2) O projeto do aterramento deve considerar o possível aumento da resistência de aterramento dos eletrodos devido à corrosão; Resistam às solicitações térmicas, termomecânicas e eletromecânicas; Sejam adequadamente robustos ou possuam proteção mecânica apropriada para fazer face às condições de influências externas;Apresente baixo valor de resistência e impedância de aterramento;

3) 4)

5) Tenha distribuição espacial conveniente.

Preferencialmente o eletrodo de aterramento convencional deve constituir um anel circundando o perímetro da edificação. A eficiência de qualquer eletrodo de aterramento depende das condições locais do solo; devem ser selecionados um ou mais eletrodos adequados às condições do solo e ao valor da resistência de aterramento exigida pelo esquema de aterramento adotado. O valor da resistência de aterramento do eletrodo de aterramento pode ser calculado ou medido.

Os eletrodos convencionais como são produtos especialmente estabelecidos para este fim, podendo ser especialmente fabricado para ser eletrodo como as hastes ou fabricado para outro uso elétrico como o cabo nu e usado como eletrodo. Os eletrodos convencionais tabela abaixo.

estabelecidos nas normas brasileiras estão indicados na

53

Tipo de eletrodo Dimensões mínimas Observações Tubo de aço zincado

2,40 m de comprimento e diâmetro nominal de 25 mm

Enterramento totalmente vertical

Perfil de aço zincado

Cantoneira de (20mmx20mmx3mm) com 2,40 m de comprimento.

Enterramento totalmente vertical

Haste de aço zincado

Diâmetro de 15 mm com 2,00 ou 2,40 m de comprimento

Enterramento totalmente vertical

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horizontal

horizontal

horizontal

12.5 Eletrodos de aterramento em uma subestação de MT

Como nas outras áreas, tais como, nas instalações elétricas de baixa tensão e nos sistemas de proteção contra descargas atmosféricas, nas instalações elétricas de média tensão o eletrodo de aterramento em uma subestação deve constituir de no mínimo um anel circundando o perímetro da edificação.

O sistema de aterramento de uma subestação é que irá efetivamente garantir a proteção dos usuários contra choque elétrico por contato indireto. O desempenho deste eletrodo deve ser compatível com esta função. Logo, do ponto de vista da proteção dos usuários de uma instalação, o parâmetro mais importante na especificação do eletrodo de aterramento é a tensão de contato. A tensão de contato máxima a que pode ser submetida uma pessoa em uma instalação média tensão é dada na NBR 14039.

Outra especif icação ad icional do eletrodo é que valor da resistência de aterramento deve satisfazer às condições de proteção e de funcionamento da

54

Haste de aço revestida de cobre

Diâmetro de 15 mm com 2,00 ou 2,40 m de comprimento

Enterramento totalmente vertical

Fita de cobre

2 5 m m 2 d e s e ç ã o , 2 m m d e espessura e 1 0m de comprimento

Profundidade mínima de 0 , 6 0 m . L a r g u r a n a posição vertical.

Fita de aço galvanizado

100 mm2 de seção, 3 mm de espessura e 1 0m de comprimento

Profundidade mínima de 0 , 6 0 m . L a r g u r a n a posição vertical.

Cabo de cobre

2 5 m m 2 d e se çã o e 1 0 m d e comprimento

Profundidade mínima de 0 , 6 0 m . P o s i ç ã o

Cabo de aço zincado

95 mm2 de seção e 10 m de comprimento

Profundidade mínima de 0 , 6 0 m . P o s i ç ã o

Cabo de aço cobreado

50 mm2 de seção e 10 m de comprimento

Profundidade mínima de 0 , 6 0 m . P o s i ç ã o

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instalação elétrica, de acordo com o esquema de aterramento utilizado. Portanto pode-se estabelecer a seguinte seqüência para o projeto do eletrodo de aterramento de uma subestação de média tensão:

Eletrodo de aterramento em malha de uma subestação

1) 2) 3)

Verificar qual é a máxima corrente de falta; Verificar o tempo de eliminação da falta pela atuação da proteção; Verificar na curva de tensão de contato x tempo, qual a máxima tensão de contato aceitável; Projetar uma malha em função da: corrente de falta, máxima tensão de contato aceitável, resistividade do solo.

a seqüência dada e usando um método adequado para o projeto da

4)

Seguindo malha, o resultado encontrado é o tamanho da malha básica, e a espessura de concreto do piso da subestação. Um método muito conhecido para o cálculo das malhas é dado na norma técnica americana IEEE Std 80 - IEEE Guide for Safety in AC Substation Grounding.

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13- Equipamentos de proteção individual

13.1 Introdução

A segurança e saúde no ambiente de trabalho devem ser garantidas por medidas de ordem geral ou específica que assegurem a proteção coletiva dos trabalhadores. Contudo na inviabilidade técnica da adoção de medidas de segurança de caráter coletivo ou quando estas não garantirem a proteção total do trabalhador, ou ainda como uma forma adicional de proteção, deve ser utilizado equipamento de proteção individual ou simplesmente EPI, definido como todo dispositivo ou produto individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho, Os EPI’s devem ser fornecidos aos trabalhadores, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento. Sua utilização deve ser r ealizada mediante orientação e treinamento do trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação. A higienização e manutenção e testes deverão ser realizados periodicamente em conformidade com procedimentos específicos. Os EPI´s devem possuir Certifica do de Aprovação – CA, atualmente sob- responsabilidade do INMETRO, ser selecionados e implantados, após uma análise criteriosa realizada por profissionais legalmente habilitados, considerando principalmente os aspectos:

> A melhor adaptação ao usuário, visando minimizar o desconforto natural pelo seu uso;

> Atender as peculiaridades de cada atividade profissional; > Adequação ao nível de segurança requerido face à gradação dos riscos.

Para o desempenho de suas funções, os trabalhadores do setor elétrico, devem utilizar equipamentos de proteção individual de acordo com as situações e atividades executadas, lembrando sempre que, com advento do novo texto da Norma Regulamentadora nº1 0 a vestimenta passa a ser também considerada um dispositivo de proteção individual complementar e de uso permanente para os empregados.

13.2 Principais EPI’s

13.2.1 Proteção da cabeça

> Tipo aba frontal > Tipo aba total

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Final idade

Utilizado para proteção da cabeça do empregado contra agentes metereológicos (trabalho a céu aberto) e trabalho em local confinado, impactos provenientes de queda ou projeção de objetos, queimaduras, choque elétrico e irradiação solar.

Higienização

> Limpá-lo mergulhando por 1 minuto num recipiente contendo água com detergente ou sabão neutro;

> O casco deve ser limpo com pano ou outro material que não provoque atrito, evitando assim a retirada da proteção isolante de silicone (brilho), fator que prejudica a rigidez dielétrica do mesmo;

> Secar a sombra.

Conservação

> Evitar atrito nas partes externas, mal acondicionamento e contato com substâncias químicas.

13.2.2 Proteção dos olhos e face > Óculos de segurança para proteção (lente incolor);

> Óculos de segurança para proteção (lente com tonalidade escura);

Final idade

> Utilizado para proteção dos olhos contra impactos mecânicos, partículas volantes e raios ultravioletas.

Higienização

> Lavar com água e sabão neutro; > Secar com papel absorvente.

Obs: O papel não poderá ser friccionado na lente para não risca-lo.

Conservação > Acondicionar na bolsa original com a face voltada para cima.

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13.2.3

13.2.3.1

Proteção auditiva

Tipo concha

Final idade

> Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem ruídos excessivos.

Higienização

> Lavar com água e sabão neutro, exceto as espumas internas das conchas.

Conservação

> Armazenar na embalagem adequada, protegido da ação direta de raios solares ou quaisquer outras fontes de calor;

> Substituir as espumas (internas) e almofadas (externas) das conchas, quando estiverem sujas, endurecidas ou ressecadas.

13.2.3.2 Tipo iserção (plug)

Final idade

> Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem ruídos excessivo

Higienização > Lavar com água e sabão neutro.

Conservação

> Acondicionar na embalagem protegido da ação direta de raios solares ou quaisquer outras fontes de calor.

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13.2.4

13.2.4.1

Proteção dos membros superiores

Luva isolante de borracha

Final idade

> Utilizada para proteção das mãos e braços do empregado contra choque em trabalhos e atividades com circuitos elétricos energizados.

Tipo / contato / tarja Higienização

> Lavar com água e detergente neutro; > Enxaguar com água; > Secar ao ar livre e a sombra; > Polvilhar, externa e internamente, com talco industrial.

Conservação

> Armazenar em bolsa apropriada, sem dobrar, enrugar ou comprimir; > Armazenar em local protegido da umidade, ação direta de raios solares,

produtos químicos, solventes, vapores e fumos.

ATENÇÃO: Antes do uso, realizar o teste de inflamento, para avaliação visual da luva em busca de rasgos.

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Final idade

> Utilizada exclusivamente como proteção da luva isolante de borracha.

Higienização

> Limpar utilizando pano limpo, umedecido em água e secar a sombra.

Conservação

> Armazenar protegida de fontes de calor;

> Se molhada ou úmida, secar a sombra.

14- Posturas e vestuários de trabalho

14.1 Introdução

Mais de 80% de todos os acidentes elétricos é resultado de arco elétrico e combustão de roupas inflamáveis. A temperatura do Arco pode alcançar 19.000°C, o que representa quatro vezes a temperatura do sol e como conseqüência disso, queimaduras fatais poderão ocorrer à distância de 3m. Para minimizar os acidentes decorrentes por arcos elétricos, roupas especiais são necessárias para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores do setor elétrico, principalmente àquelas cujo trabalho se faz em altas tensões ou no SEP.

14.2 Conceitos básicos de exposição a arco elétrico

Em acidentes co arco elétrico, a energia incidente é dada em cal/cm2, sendo que 1 cal/cm2 é igual a exposição de um dedo na brasa de um cigarro por 1 segundo. Experiências demonstram que a exposição de 1 ou 2 cal/cm2 é o suficiente para causar queimaduras de 2º grau na pele humana

60

10.2.9.2 As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades,

devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas. (21 0.023-1\/I=4)

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14.3 Regulamentação e normas internacionais

Devido a falta de normas brasileiras que determinem como trabalhar em locais co risco de arco elétrico, utiliza-se de normas e regulamentações internacionais, tais como:

> OSHA 29 CFR 1910.132(d) – Aonde houver trabalhos na zona controlada, a análise de risco a arco deverá ser feita, e determinada à exposição à energia incidente (em cal/cm2) e deverá ser documentada.

> O S H A 2 9 C F R 19 1 0 . 2 6 9 ( I ) ( 6 ) – Ro u p a s re s i s t e n t e s à c h a m a e equipamentos de proteção pessoal deverão ser usadas por trabalhadores conforme a exposição da energia incidente em determinada área.

14.4 Como definir a exposição ao risco de arco elétrico

A exposição ao risco de arco elétrico, e conseqüentemente o tipo de roupa mais apropriado ao trabalhador nessas circunstâncias, são feitas:

> Através da análise da exposição ocupacional do trabalhador Ex: à distância, ao potencial, em linha viva, etc.

> Da definição da metodologia de cálculo de energia incidente; Ex: NFPA 70E, IEEE 1584.

> De fatores de análise tais como: v' Indivíduo; v' Método; v' Material; v' Meio ambiente.

14.5 Métodos de cálculo para análise de risco a arco

Para o cálculo de energia incidente devido ao arco elétrico, temos duas linhas de raciocínio e de metodologia de cálculo:

> NFPA 70E > IEEE 1584

14.5.1 O método NFPA 70E simplificado

A NFPA 70E possui equações para cálculo de energia de um arco como também do risco de fogo. Os usuários realizam esses cálculos com diferentes níveis de proteção, baseados numa matriz. Segundo esse método temos 5 categorias de risco:

> NFPA 70E – Hazard Risk 0 (Risco mínimo); > NFPA 70E – Hazard Risk 1 (Algum risco); > NFPA 70E – Hazard Risk 2 (Risco moderado); > NFPA 70E – Hazard Risk 3 (Risco elevado); > NFPA 70E – Hazard Risk 4 (Risco elevadíssimo);

É baseado em tabelas conforme certas condições de contorno. A uma distância de 4 ft (1 ,20m), para uma falta com duração e intensidade de até 5000 A.s, poderá ser usada a classificação de análise de risco conforme tabela abaixo.

61

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14.5.1.1 Cálculo de energia incidente NFPA 70E 2004 O cálculo baseado na NFPA 70E, estima a energia máxima incidente, baseado no valor teórico máximo da pot6encia dissipada por uma falta à arco elétrico baseado nas equações de Ralph Lee.

> Para tensões inferiores a 0,60 Kv com correntes entre 16 – 50 KA aberto:

E D t I I

bf

> Para tensões inferiores a 0,60 Kv com correntes entre 16 – 50 KA fechado:

5,9675] D t I I

> Para valores acima dos limites estabelecidos ( > 0,60 KV e > 50KA) Onde:

bf i =

D

Ei --> Energia máxima Incidente [cal/cm2];

D --> Distância do arco elétrico[in];

T --> Tempo de duração [s];

Ibf --> Corrente de Curto – Circuito [kA] dentro dos limites de 16 – 50 kA

62

E 793. I .V .t

2

i = 1038,7. 1,4738. . [0, 0093 . 0, 345 3 .

= 527. −

1,9593. . [0, 0016 . 2 − 0, 0076 . + 0, 8938 ]

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14.5.1.2 Cálculo da energia incidente conforme IEEE 1584

O cálculo da energia incidente na IEEE é baseado em equações empíricas através de análise estatística das medições obtidas em diversos testes de laboratório, desta forma, o método do IEEE tende a ser mais realista do que o método conservativo (Ralph Lee) não levando a uma proteção excessiva do trabalhador.

> Para tensões até 1 KV 1º passo – cálculo da corrente de arco

( K

bf +

0, 662. log( ) 0, 0966 . 0. 000526 .. 0, 5588 . . log( V I

) 0, 00304 . log(

) Ia I V G I bf bf + + +

Ibf - Corrente de curto – circuito franca [kA] V - Tensão [kV] G - Distância entre condutores [mm] Ia - Corrente de arco [KA]

2º passo – cálculo da energia normalizada

E N = 1 0[K1 K 2 1 , 08 1 . log( I ) 0 , 001 1 . G ] a + + +

EN - Energia normalizada [J/cm2]

G - Distância entre condutores [mm]

Ia - Corrente de arco [kA]

3º passo – Cálculo da energia incidente

610 =

~ t ~ ~ _ _ _ _ _ _ ~ E E

4,1 84. 1,0 . N

x

D ~. ~~ ~ 0,2 ~

~

63

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14.5.2 Exemplos de cálculo e comparações de métodos

1º caso estudado – painel de distribuição baixa tensão aberto (barramento exposto): 440V; 40KA curto-circuito, 0,2 s de tempo de atuação da proteção; 0,6m distância do operador a fonte; 40mm distância entre os solidamente aterrado (TN-S)

Resultados obtidos:

barramentos; sistema

> NFPA 70E --> Ei = 6,76 cal/cm2

> IEEE 1584 --> Ei = 3,90 cal/cm2

2º caso estudado – Centro de controle de motores (CCM) gaveta (500x500x500); 440V; 40KA curto-circuito; 0,2 s tempo de atuação da proteção; 0,8 m distância do operador a fonte ( 50cm gaveta e 30cm de distância); 40mm barramentos; sistema solidamente aterrado (TN-S).

Resultados obtidos:

> NFPA 70E --> Ei = 9,05 cal/cm2

> IEEE 1584 --> Ei = 4,83 cal/cm2

distância entre os

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15- Sinalização e isolamento de áreas de trabalho 15.1 Introdução

A sinalização de segurança consiste num procedimento padronizado destinado a orientar, alertar e advertir as pessoas sobre o s riscos ou condições de perigo existentes, proibições de ingresso ou acesso e cuidados ou ainda, aplicados para identificação dos circuitos ou partes. É fundamental a existência de procedimentos de sinalização padronizados, documentados e que sejam conhec idos por todos trabalhadores próprios prestadores de serviços. Os materiais de sinalização constituem -se de cone, fita, grade, sinalizador luminoso, corda, bandeirola, bandeira, placa, etc.

15.2 Principais sinalizadores

15.2.1 Bandeirola de sinalização pequena, média e grande

e

15.2.1.1 Finalidade

Sinalizar o impedimento operativo de todos os equipamentos / dispositivos c o n s t a n t e s n a s c o n d i ç õ e s d e s e g u r a n ç a e s t a b e l e c i d a s , d e v e n d o s e r acondicionado no bolso-envelope transparente o cartão de impedimento de operação, sendo afixado (magnético, adesivo e ilhóis) sobre o botão de comando / acionamento do equipamento / dispositivo envolvido em painéis de comando centralizado.

15.2.2 Fita de sinalização zebrada

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15.2.2.1 Finalidade

Delimitação de áreas de trabalho de obras civis, serviços e obras executadas em áreas internas e externas e em vias públicas, podendo, se necessário, ser acoplada ao cone de sinalização.

15.2.3 Cone de sinalização

15.2.3.1 Finalidade

> Sinalização de áreas de serviços e obras em vias públicas ou rodovias e orientação de trânsito de veículos e de pedestres, podendo ser utilizado em conjunto com a fita zebrada, sinalizador STROBO, bandeira e etc;

> I d e n t i f i c a ç ã o / v i s u a l i za ç ã o l o c a l d e i n s t a l a ç ã o d e A t e r r a m e n t o s Temporários, durante os serviços executados nos períodos diurno e noturno.

15.3 Sinalizações de trânsito e isolamento de área de trabalho 15.3.1 Colocação de dispositivos de sinalização temporária em vias

A sinalização visa garantir a utilização adequada da via, possibilitando ad otar comportamentos adequados em tempo hábil, a fim de assegurar tanto fluidez de tráfego de veículos e pedestres, como a segurança e o conforto dos empregados e daqueles que dela se utilizam. Com a municipalização do trânsito, cabe a concessionária a trat ativa com cada órgão municipal, pois o impedimento parcial ou total da via poderá ocasionar transtornos para o trânsito de veículos. Recomendamos, conforme o CBT (Código Brasileiro de Trânsito) e Manual de Sinalização Viária, a utilização de cones para a s inalização viária, colocar os primeiros dispositivos de segurança e os espaçamentos entre os cones de proteção, conforme tabela a seguir:

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16- Liberações de instalação para serviço e para operação e uso

16.1 Introdução

Nesse capitulo será abordado o modo como os trabalhos devem ser realizados na área definida pelo SEP, não o modo técnico e sim o procedimento administrativo dessa técnica visando a segurança. Para acerto de conceitos deve ser esclarecida a zona de ação: o conceito de Zona de Risco e de Zona Controlada.

16.2 Zona de risco, zona controlada e zona livre.

A NR10 define como zona de risco (ZR) a r e g i ã o e m t o r n o d e p a r t e c o n d u t o r a energizadas, i n c l u s i v e

não segregada, acessível i n v o l u n t a r i a m e n t e , c u j a

aproximação só é permitida a profissionais autorizados e com a adoção de técnicas e instrumentos apropriados de trabalho. Nessa zona sem os devidos cuidados mencionados é possível o aparecimento de u m cam p o e lé t rico t a l qu e p ro p icia a descarga de um arco elétrico danoso.

A NR10 define como zona controlada (ZC), a distância que começa na iminência da zo n a d e risco cu ja a p ro xim a çã o só é permitida a profissionais autorizados e que não propicia o aparecimento de um arco elétrico danoso. Na figura ao lado a região que fica externa a barreira (SI) isolante é considera livre e desimpedida para acesso.

Tomando-se então os exemplos acima, apenas profissionais que fossem dotados de EPI especifico, para trabalho com linhas energizadas, poderiam estar trabalhando nessa região (ZR) e os trabalhadores que estivessem devidamente informados e capacitados poderiam estar trabalhando nas proximidades das instalações energizadas (ZC) respeitando as distancias de segurança.

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Exemplo 1: Utilizando a manta (cor alaranjada) de

isolamento sobre o condutor. Nesse caso a manta estando sobre a parte energizada, atuaria como uma barreira isolante permitindo que c o n t r o l a d a ( Z C ) e a zo n a d e R i s c o estendessem até a superfície interna isolante, transf ormando a f igura na condição.

a região ( Z R ) s e da capa seguinte

Nota-se que a partir da manta, tudo passa a ser de zona livre, em conformidade com

equipamento segregado. conceito

E x e mp lo 2 : Re a liza n d o u m trabalho em uma linha de energia ao lado de uma linha energizada. Uma vez que separadas por alaranjada) de

as linhas estão uma grade (cor separação física

entre eles a região de trabalho e s t a r i a d e n t r o d a z o n a controlada. Se a grade estiver então aterrada garantindo a equipotecialidade, e n t ã o e l a t a m b é m e s t a r á classificada como Zona Livre ( Z L ) . O t ra b a lh o a in d a q u e à esquerda da grade nesse caso está dentro da área controlada. É importante notar a palavra involuntária na definição dada pela NR1 0 em Zona de Risco. Isso significa que o fato de ser delimitada uma área em torno da parte energizada, é relevante durante a analise de risco verif icar a área realmente necessária para a instalação de materiais e equipamentos de porte e de alta condução elétrica como vergalhões e varas de acesso. Isso requer que nesse caso a área de risco seja acrescida do comprimento conhecido e possível e passível de classificação como involuntário.

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17- Acidentes típicos – Análise, discussão, medidas de proteção

17.1 Introdução.

Nesse tópico vamos estudar alguns acidentes relacionados a energia elétrica, visando formar no leitor uma visai crítica dos acidentes ocorridos.

17.2 Acidentes para estudo

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18- Responsabilidades

A Norma regulamentadora Nº 10, deixa bem claro no item 10.13.1, que a responsabilidade, no que se refere a segurança e saúde no setor elétrico, cabe a todos os envolvidos (empregadores e empregados). E evidente, então, que todas as empresas contempladas através da NR 10, devem implementar um sistema de gestão que neutralize ou minimize os riscos associados ao desenvolvimento das tarefas. Várias são as punições, tanto civis como criminal, a todos que infligirem a lei. Analisemos algumas das principais, exemplificando com alguns casos.

18.1 Responsabilidades civis Art. 186 Código Civil Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Para existência dessa responsabilidade é necessário que haja:

1) C u l p a ; 2) D a n o ; 3) Nexo Causal;

CULPA:

A existência da culpa pode ocorrer por ação ou omissão: Ocorre pelo fato da pessoa ter agido ou se omitido e em decorrência desse ato haja danos a terceiros, como nexo causal. O ato de culpa pode em função de:

a) b) c) d)

Negligência - omissão voluntária; Imprudência - não observar as medidas de precaução e segurança; Imperícia - relacionada à habilidade na profissão; Culpa ―invigilando‖ - eleger pessoa errada (sem capacidade) para determinado trabalho, culpa ―ineligendo‖-, negligenciar na fiscalização de algum serviço.

Art. 942 do Código Civil Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado, e, se tiver mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação. Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores, os coautores e as pessoas designadas no artigo 932 do Código Civil.

Art. 932 São também responsáveis pela reparação civil:

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10.13 – RESPONSABILIDADES

10.13.1 – As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias aos contratantes e contratados envolvidos.

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III - O empregador ou comitente, por seus empregados, serviçal e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou por ocasião dele.

18.2 Administrações públicas Artigo 37 da Constituição Federal

§ 6º. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Obs: Em regra geral, a responsabilidade é sempre individual, entretanto o art. 186 e 927 do Código Civil permitem estender a todos os responsáveis pelo dano. Empreiteiro, tomador de mão de obra, contratado e contratante.

18.3 Exemplos de caso

18.3.1 - APELAÇÃO CIVEL 0199961-3 - PALMAS j. 16.09.02

Acidente de trabalho - responsabilidade do empregador – culpa comprovada - nexo de causalidade - morte por afogamento quando a vitima se encontrava no exercício do labor por falta de materiais de segurança, de orientações necessárias para evitar o infortúnio - sentença reformada para se julgar procedente a ação - vitima que percebia 5/3 do salário mínimo vigente a época do infortúnio - possibilidade de cumulação de dano material e moral - pensionamento a autora no importe de 4/5 do salário percebido pelo "de cujus" - dano moral fixados em 200 salários mínimos – recurso conhecido e provido.

18.3.2 Responsabilidade criminal

Área civil: a responsabilidade é do empregador pelo não cumprimento da legislação prevencionista; área criminal, a responsabilidade é pessoal.

18.3.3 – Exposição de perigo

De acordo com o art. 132 do Código Penal, quem "Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto ou iminente estará sujeito à detenção de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave". Desse ensinamento, conclui-se que o zelo pela vida e saúde de outrem é uma obrigação e que sujeitará a detenção àquele que for irresponsável no tocante a este ponto. Aqui, pode-se concluir que brincadeiras no trabalho podem resultar em cadeia.

18.3.4 - Lesões corporais

De acordo com o art. 129 do Código Penal, quem ―Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem, estará sujeito à detenção de três meses a um ano‖. Se a lesão for culposa, estará sujeito a pena de reclusão de dois meses a um ano.

18.3.5 - Homicídio

D e a c o r d o c o m o a r t . 1 2 1 d o C ó d i g o P e n a l , q u e m " m a t a r a l g u é m intenciona lm e n te ‖ estarão sujeito à pena de reclusão que vai de seis a vinte anos.

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Se ficar comprovado que o homicídio ocorreu por culpa e não por dolo, a pena de detenção poderá ser de um a três anos.

18.3.6 - Notificação compulsória

De acordo com o art. 169 da CLT, é obrigatória a notificação das doenças profissionais e das produzidas em virtudes de condições especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, de conformidade com as instruções expedidas pelo ministério do trabalho.

18.3.7 Exemplo de casos.

18.3.8 – Homicídio e lesões corporais culposas

Acidente em obras de demolição de prédio - Responsável que recruta pessoal inexperiente e desprotegido - Culpa configurado.

Obs: Se o réu, encarregado de demolição, não planeja a obra, escolhe operários tecnicamente despreparados e não lhes fornece instrumentos adequados e equipamentos de segurança, limitando -se a recomendar cuidado, age com manifesta culpa, por imperícia e por negligência". (Apel. 350.921-7, da Comarca de S. Bento do Sapucaí; Apelante: Joaquim Berti sendo apelada a Justiça Pública; 4ª Câmara do Tribunal de Alçada Criminal; JTACRIM, v. 83, ed. Lex, pág. 299).

18.3.9 - Homicídio culposo

Acidente do trabalho: morte de dois operários decorrente de deslizamento de terra, em obra, em construção - Responsabilidade do engenheiro e do mestre-de- obras. (Apel. 349.049-0, da Comarca de Ribeirão Preto; Apelantes: José Antonio de Almeida e Enio Francisco, sendo apelada a Justiça Pública; 9ª Câmara do Tribunal de Alçada Criminal - JTACRIM, vol. 80, ed. Lex, pág. 499)

Obs: Devem-se acautelar, portanto, os engenheiros, os técnicos, os supervisores, os gerentes, os cipeiros e todos aqueles que têm sob sua responsabilidade trabalhadora, vítimas potenciais de acidentes, no tocante a rigorosa observância das normas de segurança e higiene do trabalho, impedindo a execução de atividade em que haja possibilidade de eventuais acidentes, comunicando por escrito ao superior hierárquico os perigos detectados, fazendo inseri-los nas atas das CIPAs, munindo-se de testemunhas, com o fito de demonstrar que agiram com as cautelas necessárias e que não se omitiram no cumprimento de seu dever profissional.

18.3.10 Responsabilidade previdenciária CA T -Co m un ica çã o d e a cid en t e s de t rab a lh o : in de p en d e nte m e nt e de afastamento. Estabilidade: art. 128; Lei 8213/91: vale para todos os tipos de contrato de trabalho. Ação Regressiva: Recolhimento de FGTS/PIS, durante o afastamento importante a declaração de dependência.

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GLOSSÁRIO

Área Classificada – Região Explosiva.

CLT - Consolidação das Leis do Trabalho.

CTTP - Comissão Tripartite Permanente.

FUNDACENTRO - Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e

Medicina do Trabalho.

MTE – Ministério do Trabalho e Emprego.

NR – Norma Regulamentadora.

NBR – Norma Brasileira.

OIT – Organização Internacional do Trabalho.

SE’s – Subestação.

SEP – Sistema Elétrico de Potência.

Cobei – Comitê Brasileiro de Eletricidade.

Abracopel - Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da

Eletricidade.

Abradee – Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica.

Fundação COGE – Fundação Comitê de Gestão Empresarial.

ELETROBRÁS - Centrais Elétricas Brasileiras S.A

GRIDIS - Grupo de Intercâmbio e Difusão de Informações sobre Engenharia

de Segurança e Medicina do Trabalho.

EPI - Equipamento de Proteção Individual.

EPC - Equipamento de Proteção Coletiva.

APT – Análise Preliminar de Tarefa.

PTE – Permissão para Trabalhos Especiais.

AT – Alta Tensão.

CT – Centro Tecnológico.

UFES – Universidade Federal do Espírito Santo.

QQP – Quadro de Quantitativo e Preço.

Prontuário - sistema organizado de forma a conter uma memória dinâmica de

informações pertinentes às instalações e aos trabalhadores.

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Referências bibliográficas

ABNT.NBR14039: Instalações elétricas de média tensão. ABNT. NBR5460: Sistemas elétricos de potencia. Segurança e medicina do trabalho 52º Ed., editora ATLAS ALMEIDA, Agnaldo Bizzo de : Vestimentas de proteção conforme nova NR 10. MTE: Manual setor elétrico e telefonia. CREDER, Hélio. Instalações elétricas. LTC Editora. Motta, Adriano: Manual prático do eletricista. Editora Hemus. Universidade Federal do Espírito Santo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca Treinar

Endereços eletrônicos www.ritzbrasil.com.br. www.3m.com.br. www.mte.gov.br. www.esnips.com/web/nr-10/ www.segurancaesaude.com.br www.areaseg.com/normas/ www.funcoge.com.br. www.treinar.oi.com.br

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