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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS Notícias do téNis r Federação Portuguesa de Ténis — Rua Actor Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha Tel.: 214 151 356 Fax: 214 141 520 e-mail: [email protected] http://www.fptenis.pt Março 2008 NESTA EDIÇÃO: 83.º Aniversário da FPT Corrêa de Sampaio avaliaTénis Nacional Fed Cup Selecção Nacional relegada ao Grupo II da Zona Europa/África (pág. 7) Winter Cups Selecção Masculina de Sub 14 obtém terceiro lugar na qualificação (pág. 14 ) PNDT Jornadas de Detecção de Talentos nas Zonas Norte e Centro (pág.17) Carlos Ramos na final do Open da Austrália (pág. 19) Bimestral, N.º 3 Publicação Online José Corrêa de Sampaio, em grande entrevista, fala do estado do Ténis Português Os quatro Ases de Cordeiro (págs.5 e 6 ) Portugueses brilham em provas internacionais GIL semifinalista no Challenger de East London, África do Sul (pág.10) MACHADO conquista Futures de Bari (Itália), Faro e Lagos (pág.9) GASTÃO arrebata Torneio na Flórida, Estados Unidos (pág.11) NEUZA ganha prova em Kaarst, Alemanha (pág.12) MICHELLE vence encontro no Tier III de Memphis ( WTA Tour) (última) “Imprimimos uma nova dinâmica ao Fomento e à Formação no Ténis” (págs. 3 e 4) Frederico Gil Leonardo Tavares Gastão Elias Rui Machado Portugal vs Tunísia Les Petis As Presença Portuguesa no maior Torneio Mundial de Sub 14 (pág.15)

NT - Março 2008

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Notícias do Ténis - Março 2008

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Page 1: NT - Março 2008

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Notícias do téNisr

Federação Portuguesa de Ténis — Rua Actor Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha Tel.: 214 151 356 Fax: 214 141 520 e-mail: [email protected] http://www.fptenis.pt

Bimestral

Março 2008

NESTA EDIÇÃO:

83.º Aniversário da FPT Corrêa de Sampaio avalia Ténis Nacional

Fed Cup Selecção Nacional relegada ao Grupo II da Zona Europa/África (pág. 7)

Winter Cups Selecção Masculina de Sub 14 obtém terceiro lugar na qualificação (pág. 14 )

PNDT Jornadas de Detecção de Talentos nas Zonas Norte e Centro (pág.17)

Carlos Ramos na final do Open da Austrália (pág. 19)

Bimestral, N.º 3 Publicação Online

José Corrêa de Sampaio, em grande entrevista, fala do estado do Ténis Português

Os quatro Ases de Cordeiro (págs.5 e 6 )

Portugueses brilham em provas internacionais

GIL semifinalista no Challenger de East London, África do Sul (pág.10)

MACHADO conquista Futures de Bari (Itália), Faro e Lagos (pág.9)

GASTÃO arrebata Torneio na Flórida, Estados Unidos (pág.11)

NEUZA ganha prova em Kaarst, Alemanha (pág.12)

MICHELLE vence encontro no Tier III de Memphis ( WTA Tour) (última)

“Imprimimos uma nova dinâmica ao Fomento e à Formação no Ténis” (págs. 3 e 4)

Frederico Gil Leonardo Tavares

Gastão Elias Rui Machado

Portugal vs

Tunísia

Les Petis As Presença Portuguesa no maior Torneio Mundial de Sub 14 (pág.15)

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EDITORIAL A anunciada presença de Roger Federer no Estádio Nacional, em Abril, é o grande tema do momento. Poder assistir ao vivo, “em casa”, ao melhor ténis do circuito mundial é um privilégio de milhares de aficionados. Qualquer conversa entre tenistas acaba invariavelmente com uma alusão à participação do suíço em mais uma edição do Estoril Open. João Lagos e a sua estrutura "ultrapassaram todos os limites" com a contratação daquele que é considerado o melhor tenista mundial. Numa altura em que a ATP prepara a redu-ção do número de torneios, a João Lagos Sports não desiste de manter o Estoril Open no grupo da frente do calendário profissional, ao trazer o jogador que para muitos é o melhor de sempre. A qualidade do seu jogo é enorme – o facto de ser nº1 mun-dial há já vários anos o confirma – mas, tão ou mais impor-tante, a simpatia e humildade de Roger Federer fazem dele um caso ímpar do desporto mundial. Como quatro prémios Laureus consecutivos o atestam! Se Roger Federer é a grande atracção mediática deste ano, os portugueses terão outros motivos de interesse nesta edi-ção do Estoril Open. A participação de Michelle Brito e de Gastão Elias no quadro principal do torneio “abre o apetite” àqueles que acompa-nham a modalidade, na renovada esperança de virmos a ter alguém nos lugares cimeiros da hierarquia mundial. Michelle Brito é já uma das coqueluches do circuito e os seus recentes resultados indiciam aquilo que todos desejamos, isto é, que vai ser uma das melhores. Jovem com grande simpatia, humildade, capacidade de traba-lho e muito talento, Michelle é um caso sério de popularida-de e precocidade. Gastão Elias é outra das jovens promessas que, igualmente emigrado nos EUA, procura todos os apoios necessários para uma carreira profissional de mérito. As características necessárias para o sucesso “estão lá”, o tempo encarregar-se-á de confirmar aquilo que se espera do seu talento. Para proporcionar o aparecimento de futuros “craques”, a Federação Portuguesa de Ténis desenvolve vários programas e tem projectos ambiciosos para o desenvolvimento da modalidade em todas as suas vertentes. De entre os vários programas que a FPT abraçou recente-mente, destaca-se o PNDT (Programa Nacional de Detecção de Talentos), que tem suscitado grande entusiasmo junto de jovens, treinadores, clubes, associações e pais. Os resultados da aplicação deste programa são visíveis, a nível interno pela melhoria significativa da qualidade média dos jogadores e a nível externo com resultados de relevo em torneios internacionais dos respectivos escalões. Para uma aposta ainda maior nos vários projectos em cartei-ra impõe-se “outro” orçamento, só possível através do aumento das receitas próprias. A contribuição do universo dos que praticam a modalidade – portanto, beneficiam do considerável esforço técnico e finan-ceiro de clubes, associações e federação - é mínima: dos cerca de 150.000 praticantes estimados, apenas pouco mais de 17.000 são federados! Sem essa contribuição, a missão de projectar o ténis portu-guês para um nível elevado fica mais difícil.

Open Juvenil de Oeiras “Cervag” - Sub 18 Nível A, de 15 a 18 de Março, em Oeiras Curso de Treinadores de Nível 1, a 21, 22, 23, 28, 29 e 30 de Março, em Faro Valténis — Sub 16 Nível A, de 27 a 30 de Mar-ço, em Penha Longa Acção de Formação de Ténis em Cadeira de Rodas, 22 de Março, em Lisboa Reciclagem de Nível 1, 28 de Março, em Faro Reciclagem de Nível 2, 29 de Março, em Faro PNDT — Jornada de Detecção de Talentos da Zona Sul, 29 e 30 de Março Curso de Treinadores de Nível 2, a 04, 05, 06, 11, 12, 13, 18,19 e 20 de Abril, em Espinho Taça Davis — Portugal enfrenta a Tunísia, no Clube de Ténis do Estoril, de 11 a 13 de Abril A Selecção Nacional defronta a Tunísia na primeira eliminatória do Grupo II da Zona Europa / África. É o regresso da Taça Davis a Portugal, a última vez fora em Setembro de 2005, igualmente, no Clube de Ténis do Estoril. Estoril Open 2008 — ATP e WTA, de 12 a 20 de Abril, no Jamor A edição de 2008 do Estoril Open conta com o número 1 do ranking mundial, o suíço Roger Fede-rer, mas há também dois portugueses com presença garantida. Michelle Brito e Gastão Elias receberam wild-cards (convites) para os respectivos quadros principais. Reciclagem de Nível 2, 18 de Abril, em Espi-nho Curso de Monitor de Cardio Tennis, de 25 a 27 de Abril, em Lisboa PNDT — Jornada de Controlo da Zona Norte, 26 e 27 de Abril

AGENDA

Ficha Técnica Direcção: José Corrêa de Sampaio Coordenação e Revisão: José Carlos Santos Costa Redacção: AnaLima Comunicação e Marketing, Lda Santos Costa

Secretário-Geral

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Entrevista com o Presidente da FPT

Página 3 Federação Portuguesa de Ténis

A FPT comemora no próximo dia 16 [Março] o seu 83.º ani-versário. Algum simbolismo ou significado especial? Penso que, essencialmente, demons-tra a vitalidade que a FPT tem tido para levar, todo este tempo, a ban-deira do ténis ao mais alto nível pos-sível. A direcção presidida por si já completou mais de dois anos e meio à frente da FPT. O lema da candidatura foi: “Um novo rumo para o Ténis Nacional”. Esse rumo está a ser traçado? Há sempre objectivos cuja concreti-zação fica um pouco aquém do pre-tendido, mas a ambição de fazer mais e melhor permanece viva nos propósitos desta direcção. Permito-me referir os casos da Formação e do Fomento a que imprimimos uma nova dinâmica com resultados muito satisfatórios. Os cursos de Treinado-res têm superado as expectativas, na qualidade dos seus prelectores e na quantidade de formandos, e o pró-prio Departamento, na pessoa do seu responsável, Prof. Vitor Cabral, tem tido uma exposição internacional sem precedentes, colaborando acti-vamente com a ITF e a TE em cur-sos ministrados no estrangeiro. Alguns programas internacionais, como o Play and Stay, têm tido um eco importante em Portugal, algo que se verifica também com o PNDT, um programa imaginado pelo ante-rior DTN, Prof. Paulo Lucas, e posto em marcha pelo Dr. Pedro Bivar, primeiro Coordenador Nacional, e que tem vindo a ser seguido com muito interesse e atenção por outras federações europeias. Como vê o trabalho do PNDT (Programa Nacional de Detec-ção de Talentos)? O PNDT, agora com o Prof. Nuno Mota ao leme, complementado com

os Circuitos de Sub 8 e Sub 10, tem trazido muita gente para o ténis. A atenção e o empenho de muitas famílias têm sido uma lufada de ar fresco para a modalidade, ajudando a criar uma dinâmica e entusiasmo que andavam arredios do ténis. O retorno está a aparecer e há já vários miúdos detectados pelo PNDT, que agora jogam pelas Selecções Nacio-nais.

Mas, que acompanhamento futuro podem ter, posterior-mente, os atletas detectados? Estamos a tentar garantir um melhor acompanhamento através de um Centro Nacional de Treino. Em que ponto está o projecto do Centro Nacional de Treino [também conhecido por Centro de Alto Rendimento]? (continua)

“Só avançaremos para o Centro de Alto Rendimento se nos garantirem o acompanhamento dos Atletas a Nível Internacional” No âmbito do 83.º aniversário da Federação Portuguesa de Ténis (FPT), a 16 de Mar-ço, José Corrêa de Sampaio faz o ponto de situação do projecto relativo ao Centro de Alto Rendimento e fala da Formação, do PNDT, das Selecções, do Circuito FPT/CIMA, dos nossos maiores tenistas, das jovens promessas...e dos seus ídolos na modalidade

Corrêa de Sampaio faz o balanço de mais de dois anos e meio à frente da FPT

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Página 4 Federação Portuguesa de Ténis

O Governo tem mostrado muito inte-resse na sua criação, como vem acon-tecendo, aliás, com outras modalida-des. Esperamos que tenha chegado, agora, a hora do ténis. Está então bem encaminhado para se concretizar? Sim, do nosso ponto de vista está bem encaminhado, mas só avançaremos se e quando as condições e apoio que consideramos indispensáveis para o sucesso dos atletas estiverem garanti-dos.

Regulamento do Circuito FPT/CIMA será revisto

O Circuito FPT/CIMA 2008 vai manter os mesmos moldes? Vai ter regras novas. O Coordenador Técnico Nacional [Santos Costa] está a preparar, juntamente com os nossos técnicos, um novo regulamento que será publicado oportunamente. Será mais importante para a FPT ter no Masters FPT/CIMA os 16 melhores tenistas nacionais [oito masculinos e oito femini-nos] ou os 16 melhores do Cir-cuito? O objectivo é reunir no Masters os melhores jogadores portugueses, que, idealmente, serão, simultaneamente os mais pontuados nos torneios do Circuito. Mas isso pode implicar a ausên-cia de jogadores de topo, que por questões de carreira optam por não competir em Portugal durante a época, mas que pode-riam participar na prova [Masters FPT/CIMA]. Como aconteceu com a Frederica Pie-dade no ano passado… É uma contingência com a qual temos de lidar. Os jogadores que queiram participar no Masters FPT/CIMA têm de ter esses aspectos em consideração, mesmo sendo jogadores de top.

Fed Cup, Winter Cups e Davis Cup

A prestação da Selecção Nacio-

nal na Fed Cup ficou abaixo das expectativas? Ficou um pouco aquém das expectati-vas, mas sabíamos que teríamos de enfrentar Selecções muito fortes. Ain-da assim, havia esperança de conse-guir a manutenção no Grupo [Grupo I Zona Europa / África]. Vamos tentar regressar ao Grupo que agora deixa-mos e estou convicto de que, com as estrelas que vêm despontando, isso pode vir a acontecer no curto prazo. Espera contar com a Michelle Brito? A Michelle é uma das melhores joga-doras portuguesas, e a Selecção preci-sa das melhores. O mesmo se reporta à Frederica Piedade? Sim. À Frederica e a todas as outras. Queremos contar com todas as joga-doras disponíveis para seleccionar, depois, as que estiverem melhor na altura. Como viu os desempenhos das Selecções de Sub 16 e Sub 14 na Winter Cups? [Nenhuma conse-guiu a qualificação para a fase final]. Mesmo sem terem conseguido a quali-ficação para as fases finais, e algumas estiveram bem próximo de o conse-guir, voltou a notar-se uma evolução muito positiva dos nossos jogadores das camadas mais jovens. Já jogam de igual para igual com os melhores. O que espera da eliminatória com a Tunísia para a Taça Davis? Esperamos ganhar. Acredito plena-mente na vitória, pois os nossos joga-dores têm muita qualidade e costu-mam-se agigantar nestas provas por equipas. Espera ter o Gastão Elias na Selecção? Espero ter os melhores.

Recordes a bater no Ténis

Quem vai ser o primeiro portu-guês a bater o registo do Nuno Marques [86.º classificado no ranking ATP]?

Quem está mais perto é o Frederico Gil. Quem terá mais possibilidades, pela idade e o entusiasmo que tem demonstrado, será, na minha opinião, o Gastão Elias. Mas há outros jogado-res muito bons, que afectados por diversas lesões, não têm conseguido impor-se, como são os casos do Leo-nardo Tavares e do Rui Machado. Dos mais novos destacam-se, para já, o Miguel Almeida e Martim Trueva, ambos com uma enorme margem de progressão. Não resisto a referir aqui o Pedro Sousa, um enorme talento que, pelo que me dizem, hesita ainda em ser ou não profissional de ténis. E a marca da Frederica Piedade [142.ª no WTA]... A Neuza é a que está mais perto de conseguir. Depois há uma grande esperança na Michelle Brito, mas há outras jovens nas quais a FPT deposi-ta também muita esperança, como a Maria João Koehler, a Patrícia Mar-tins, a Bárbara Luz, a Joana Valle Cos-ta, entre outras. Acredita que a Michelle e/ou o Gastão podem chegar ao topo dos Rankings Mundiais? É cedo para saber isso. O ténis inter-nacional é cada vez mais competitivo. Poderemos ter grandes campeões mesmo sem chegarem a número 1 no ranking. Ter portugueses entre os 40 ou 50 primeiros do ranking mundial já seria muito bom. Se a Michelle e o Gastão se tor-narem figuras de destaque inter-nacional, acha que o ténis pode passar a ser a segunda grande modalidade em Portugal, atrás do futebol? Estou certo que sim. Os portugueses são muito sensíveis às modalidades que produzem campeões. Sente-se isso, actualmente, no Triatlo, com os feitos da Vanessa Fernades e também no Râguebi, depois do apuramento para o Mundial. Quais as suas referências inter-nacionais no Ténis? O Rod Laver e actualmente o Andy Murray.

Entrevista com o Presidente da FPT

“A Michelle é uma das melhores jogadoras portuguesas e a Selecção precisa das melhores”

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Frederico Gil, Gastão Elias, Leonardo Tavares e Rui Macha-do são os eleitos do Capitão Pedro Cordeiro para a elimina-tória que opõe a Selecção Nacional à Turquia, a contar para o Grupo II da Zona Euro-pa / África — Taça Davis 2008. O encontro com os tunisinos terá lugar no Clube de Ténis do Estoril, a 11, 12 e 13 de Abril, e será jogado em terra batida. Pedro Cordeiro não protagonizou qualquer surpresa na convocatória para a estreia de Portugal na Taça Davis 2008 e chamou os quatro jogadores mais bem classificados no ranking mundial. “Temos de pen-sar numa equipa completa e há situações a ponderar, ou seja, jogadores que encaixem nas duas variantes, singulares e pares. Posto isto, a opção recaiu nestes quatro jogado-res”, explicou o Seleccionador Nacional, que aguarda até dia 24 de Março pela confirmação dos tenistas. Entre os convocados de Cordeiro, Leonardo Tavares e Gastão Elias vêm de lesões recentes, e procuram ainda melhores momentos de for-ma, algo que não preocupa o Capi-tão. “Todos têm feito bons resul-tados esta época e ainda vão fazer mais alguns torneios até à

competição. O Leonardo Tava-res é um jogador muito forte também em pares e é sempre importante para nós. Além dis-so, tem vindo a ganhar encon-tros no Future de Lagos. O Gas-tão teve um problema no joe-lho, mas no último encontro que jogou já não teve qualquer dor. Pelo que sei, jogou bastan-te bem e estamos a falar de um Challenger [no qualifying do Challenger de Bogotá]”, constata Pedro Cordeiro.

Factor casa e terra batida Pedro Cordeiro concorda que, na teoria, Portugal é favorito frente à Tunísia: “A terra batida é um ponto a nosso favor, porque os nossos jogadores se adaptam bem, e, para além disso, joga-mos em casa”. A Selecção Nacional foi relegada ao Grupo II Europa / África no ano transacto e no horizonte do Capitão está o regresso ao Grupo I, porém, Cordeiro apela à prudência . “Em primeiro temos de ganhar à Tunísia. Se vencermos, vamos jogar com Eslovénia ou Chipre. Não nos esqueçamos que o Chi-pre conta com o Baghdatis [actual 17.º classificado no ran-king ATP] e isso pode fazer a diferença. No entanto, o nosso

objectivo é subir ao Grupo I”, refere o Seleccionador Nacional.

Quatro jovens promessas chamadas para o Estágio

A Selecção Nacional concentra-se no Clube de Ténis do Estoril, a 6 de Abril , para um estágio que decorrerá até dia 11 (primeiro dia do embate com a Tunísia). Para acompanhar os quatro ases — Gil, Tavares, Gastão e Machado -, no estágio que antecede o confronto com a Tunísia, Pedro Cordeiro vai chamar como suplentes João Sousa (18 anos), Pedro Sousa (19), Miguel Almeida (15) e Martim Trueva (16). Estes jovens terão assim oportunida-de de integrar os trabalhos da Selec-ção e mostrar serviço, na perspectiva de uma futura convocatória. Refira-se que, entre eles, só Pedro Sousa integrou, até ao momento, convocatórias da Selecção na Taça Davis. Em Setembro de 2006, o vice-campeão nacional absoluto partici-pou na vitória de Portugal diante de Marrocos (3-2), e, em Fevereiro de 2007, no desaire ante a Geórgia (2-3). De resto, João Sousa — que atra-vessa um bom momento de forma, evidenciado nas prestações que tem conseguido em Futures espanhóis — Almeida e Trueva espreitam uma oportunidade.

PORTUGAL — TUNÍSIA

Taça Davis 2008 — Grupo II Zona Europa/África

Frederico Gil Leonardo Tavares Gastão Elias Rui Machado

OS QUATRO ASES DE PEDRO CORDEIRO

Clube de Ténis do Estoril — 11, 12 e 13 de Abril

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O Governo tem mostra-do muito interesse, aliás tem fomentado a criação de centros de alto rendi-mento em várias modali-dades. Esperamos que venha a acontecer tam-bém com o ténis. Está então bem enca-minhado para se concretizar? Só avançaremos para o Centro de Alto Rendi-mento se nos garantirem o acompanhamento dos atletas a nível interna-cional. O sucesso de um tenista pressupõe o acompanhamento e a oportunidade de compe-tir

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O Clube de Ténis do Estoril recebe, mais uma vez, a Selec-ção Nacional para uma elimina-tória da Taça Davis. Os coman-dados de Pedro Cordeiro vol-tam a jogar em casa, algo que já não acontecia desde Setembro de 2005, e o CT Estoril será de novo o anfitrião. Frederico Gil, Leonardo Tavares, Rui Machado e Diogo Rocha — este últi-mo não chegou a jogar — foram os heróis do último embate da Selecção em território nacional. No CT Esto-ril, Portugal bateu a Eslovénia (4-1)

e subiu ao Grupo I da Zona Europa / África. Ente 11 e 13 de Abril não será discutida a subida directa de divisão, mas poderá ser o primeiro passo rumo a esse objectivo. Em toda a história da Selecção Nacional na Taça Davis, desde 1925, este será o sexto encontro que o Estoril recebe, igualando a Maia, como terceira cidade com mais encontros da competição. Lisboa, com 19, e Porto (9) lideram a tabela.

História favorável

No CT Estoril, Portugal terá pela

frente uma Tunísia que está de regresso ao Grupo II, onde já não figurava desde 2004 — subiu no ano passado. Portugal e Tunísia já se enfrentaram por duas vezes, e, em ambas as ocasiões, Portugal saiu vitorioso. Em 1982, no Porto, a Selecção Nacional ganhou por 5-0 (Pedro Cordeiro, Manuel de Sousa, João Guedes, Miguel Soares e o Capitão João Lagos foram os obrei-ros do triunfo). Já em 2004, Portu-gal venceu, por 3-2, em Tunes, com Bernardo Mota, Rui Machado, Leo-nardo Tavares, Frederico Gil e o Capitão João Maio.

Taça Davis 2008 — Grupo II Zona Europa/África

ESTORIL É PALCO TALISMÃ! O último encontro que a Selecção Nacional disputou em Portugal para a Taça Davis foi precisamente no Clube de Ténis do Estoril. A 25 de Setembro de 2005, Portugal consumou a vitória sobre a Eslovénia, por 4-1, e garantiu a subida ao Grupo I da Zona Europa / África

A última vez no Estoril deu subida ao Grupo I

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Fed Cup 2008 — Budapeste, Hungria

A manutenção no Grupo I Zona Europa/África da Fed Cup não se vislumbrava tarefa fácil para a Selecção Nacional, que, depois de não evitar o último lugar na sua poule, viria a ceder no play-off com a Grã-Bretanha, a 2 de Fevereiro, em Budapeste, Hun-gria. Portugal desce ao Grupo II e o objectivo já está definido: “Subir de novo”. Mesmo evitando adversárias temíveis como Sérvia, Suíça, Hungria ou Bie-lorrússia, a Selecção Portuguesa teve de medir forças com Holanda, Bulgá-ria e Luxemburgo, equipas consisten-tes e equilibradas, na poule A do Grupo I Zona Europa /África. No encontro de estreia na poule A, Portugal cedeu (0-3) face à Bulgária. O Capitão Pedro Cordeiro apostou em Ana Catarina Nogueira e Neuza Silva para os dois embates de singu-lares. “Nogui” abriu as hostilidades e foi batida por Dia Evtimova (n.º 273 WTA), por 2/6 e 5/7, enquanto Neu-za caiu às mãos da melhor jogadora búlgara, Tsvetana Pironkova (n.º 70 WTA), por 0/6 e 1/6. Magali de Lat-tre e Maria João Koehler cederam no par diante da dupla Pironkova / Evti-mova (1/6 e 2/6). A jovem equipa da Holanda, vence-dora da poule, impôs-se à Selecção Nacional (3-0) na segunda jornada. Ana Nogueira cedeu ante Renee Rei-nhard (n.º 557 WTA), por 0/6 e 3/6, e a campeã nacional Neuza Silva foi surpreendida por Arantxa Ruus (n.º 465 WTA), pelos parciais de 5/7 e 4/6. Magali e Maria João não conse-guiram desfeitear a dupla Thyssen / Wong (2/6 e 4/6), no confronto de pares.

“Nogui” ainda deu esperança No derradeiro encontro da fase de grupos, Portugal e Luxemburgo defrontavam-se e ambas as equipas precisavam da vitória para evitar o play-off. Sem poder contar com Neu-za Silva – ressentiu-se de uma lesão na perna esquerda —, Pedro Cordeiro apostou em Magali de Lattre para substituir a Campeã Nacional. A

Selecção Portuguesa cedeu, por 0-2, depois de “Nogui” ganhar o primeiro set a Claudine Schaul (n.º 469 WTA) (6/1, 1/6 e 2/6) e Magali não conse-guir contrariar o favoritismo de Anne Kremer (n.º 93 WTA) (2/6 e 1/6).

Decisão com a Grã–Bretanha O play-off com a Grã-Bretanha era a última oportunidade para Portugal garantir a manutenção no Grupo I. Ana Nogueira foi batida por Anne Keothavong (n.º 148 WTA), pelos parciais de 1/6 e 6/7 (2-7), e Magali de Lattre cedeu face a Katte O`Brien (nº 121 WTA), por 4/6 e 2/6. Com

estes resultados, Portugal via consu-mada a descida ao Grupo II da Zona Europa / África.

“Subir de novo ao Grupo I” Pedro Cordeiro acredita no regresso ao Grupo I, e, para tal, espera ter todas as atletas disponíveis. “Temos Selecção para subir de novo ao Grupo I. Espero poder contar com a Michelle [Brito] e a Fre-derica [Piedade] e vamos ver se a Ana Catarina [Nogueira] ain-da poderá estar na próxima campanha”, referiu.

Selecção Nacional relegada ao Grupo II Europa/África

Ana Catarina Nogueira, 29 anos, é a jogadora com mais presenças na Selecção Nacional da Fed Cup. Em Budapeste atingiu a marca de 36 encon-tros e segue à frente da já reti-rada Sofia Prazeres (30). Conta também com o maior número de anos a representar a Selec-ção Sénior. Já passaram 11, desde a estreia, em 1997, frente à Etiópia, na Turquia. Com 18 anos, “Nogui” estreou-se ao lado de Joana Pedroso no embate de pares que consuma-ria a vitória de Portugal (3-0).

Ana Catarina Nogueira

Mais de uma década ao serviço da Selecção

Magali de Lattre, Neuza Silva e Maria João Koehler à espera da competição

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Página 9 Federação Portuguesa de Ténis

Irrepreensível! Num espaço de três semanas, Rui Machado conquistou, ininterruptamente, três títulos internacionais da categoria Future, todos com prize-money de 10 mil dólares. Bari (Itália), Faro e Lagos teste-munharam o domínio arrebata-dor de Machado, que já vai em 18 triunfos consecutivos. Desde 12 de Fevereiro, aquando da vitória na primeira ronda do Future de Bari, que Rui Machado tem vindo a vencer de forma incontestável, vulgarizando os adversários, ao pon-to de, em três torneios diferentes, ganhar 18 encontros e em 17 deles não ceder qualquer set.

Bari deu início ao percurso demolidor

No seu primeiro torneio internacio-nal fora de portas esta época — tive-ra uma passagem fugaz pelo qualif-ying do Future 3 da Quinta da Balaia, em Albufeira —, Rui Macha-do conquistou o título. Após um per-curso irrepreensível, o Campeão Nacional de 2005 ganhou o torneio de Bari (Itália), sem ceder um set, ultrapassando cinco adversários. Na final da prova transalpina, a 18 de Fevereiro, Machado venceu, inequi-vocamente, o alemão Daniel Stoehr (n.º 792 ATP), por 6/2 e 6/3. Em Faro começou no qualifying Ainda sem ranking para entrar no quadro principal do Future de Faro, (de 23 de Fevereiro a 02 de Março)Machado viu-se obrigado a jogar três rondas de qualifying. Nada que tenha feito mossa no jogador orien-tado por Cunha e Silva, que viria a vencer oito encontros, cedendo um set apenas na final da prova, onde bateu o francês Fréderic Jeanclaude (n.º 597 ATP), por 6/2, 2/6 e 6/4.

Tri em Lagos e subida no ATP Cinco triunfos , incluindo uma esma-gadora vitória, por duplo 6/2, diante do primeiro favorito, o israelita Amir Weintraub (n.º329 ATP), na meia-final, selaram a participação de Rui Machado, na última semana, no Future de Lagos. Na final, o ex-campeão nacional derrotou o jovem

holandês Thiemo Bakker (n.º 464 ATP), por 6/4 e 6/3. Ainda sem os pontos de Lagos conta-bilizados, Machado já subiu ao 542.º lugar no ATP e, na próxima actuali-zação, passará a ser o segundo melhor português mais bem classifi-cado, superando Leonardo Tavares.

Circuito ITF — Futures (10.000$)

Rui Machado está de regresso ao grande nível a que já habituou os portugueses

Rui Machado ganha três Torneios consecutivos

VICE-LIDERANÇA NACIONAL

Com os pontos da vitória em Lagos contabilizados no ranking ATP, Rui Machado ascenderá ao segundo lugar, entre os portugue-ses, atrás de Frederico Gil

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No seu primeiro torneio oficial em 2008, Frederico Gil foi um autêntico outsider. No Challen-ger de East London (125 mil dólares), África do Sul, de 11 a 17 de Fevereiro, Gil intrometeu-se entre os conceituados Ivan Ljubicic, Thomas Johansson e Stefan Koubek, pelo qual foi afastado na meia-final. Este foi o melhor registo de sempre do campeão nacional numa prova tão cotada em pontos ATP e pri-ze - money.

Só o austríaco Stefan Koubek, núme-ro 56 do ranking ATP, impediu Fre-derico Gil de marcar presença na final mais importante da sua carrei-ra. O experiente esquerdino de 31 anos, residente há mais de uma década no top 100 mundial, venceu o português, na meia-final de East London, pelos parciais de 6/4 e 6/3.

No percurso até à meia-final, Gil conseguiu três combativas vitórias. Na primeira ronda derrotou o eslo-vaco Ivo Klec (n.º 237 ATP), por 5/7, 7/5 e 7/5,. Seguiu-se o espanhol Adrien Menendez (n.º 209 ATP), nova vitória em três partidas, por 5/7, 6/1 e 6/2, e consequente apura-mento para os quartos-de-final, onde ganharia ao francês Gary Lugassy (n.º 221), com os parciais de 6/3, 6/7 (5) e 7/5.

Com 40 pontos no pecúlio para o melhor ranking de sempre

Numa temporada em que espera, como já afirmou publicamente, che-gar ao top 100 do ranking mundial, Frederico Gil teve na prestação em East London um excelente tónico. Num só torneio, o bicampeão nacio-

nal somou 40 pontos, fixando-se no 133.º posto do ranking ATP— a melhor posição da sua carreira até ao momento.

França não deu seguimento Depois de East London, Gil rumou a França para jogar os Challengers de

Besançon (85 mil euros) e Cher-bourg (42.500 euros), mas, em ambos, não foi além da primeira ronda . Em Besançon, o Campeão Nacional não conseguiu defender os pontos que alcançara no ano tran-sacto, onde marcara presença nos quartos-de-final.

Challenger Series ATP — East London, África do Sul (125.000$)

Gil entre Koubek, Ljubicic e Johansson nas meias-finais

ARRANQUE PROMISSOR

Gil esteve nas meias-finais do Challenger de East London com três jogadores carismáticos do Circuito ATP , figuras constantes no top 100 da última década

MELHOR RANKING

O bicampeão nacio-nal chegou ao 133.º

lugar do ranking ATP, em Fevereiro, batendo o seu ante-rior melhor registo

— o 135.º posto

A pontuar para o ranking ATP João Sousa brilha em Espanha Desde o início da época, João Mari-nho Sousa já conseguiu aceder ao quadro principal de cinco Futures espanhóis, todos de 10 mil dólares, vindo do qualifying. Em Maiorca chegou à primeira ronda; em Múrcia alcançou os quartos-de-final; em Torre Pacheco foi semifinalista (o

seu melhor resultado de sempre num torneio sénior); em Terrassa foi até à segunda ronda; e, na primeira semana de Março, obteve os quartos-de-final em Sabadell. Muitas destas vitórias foram obtidas diante de jogadores bem mais cotados no ran-king ATP, onde Sousa ocupa o 800.º lugar. Ainda assim, o jovem vimara-nense já subiu mais de 150 posições em 2008.

José Ricardo Nunes reentra no ranking ATP José Ricardo Nunes conseguiu ven-cer na primeira ronda do Future da Quinta da Balaia (10 mil dólares), em Albufeira, a 30 de Janeiro, e, assim, voltar a pontuar para o ran-king ATP. A vitória sobre o romeno Andrei Daraban, por duplo 6/3, per-mitiu ao algarvio voltar a aparecer na cotação da hierarquia ATP.

Gil parte para mais uma época como melhor português no ranking mundial

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Gastão Elias ganha na Flórida segundo título sénior ITF - Future de Boca Raton (10.000$)

Passados menos de três meses desde o seu primeiro título no Circuito Profissional, Gastão Elias, 17 anos, voltou a vencer um torneio pontuável para o ranking ATP. Em Boca Raton, na Flórida (EUA), a 27 de Janei-ro, o jovem da Lourinhã con-quistou novamente um torneio ITF da categoria Future (10 mil dólares). Após derrotar o primeiro cabeça-de-série do torneio, o sérvio Ilia Bozol-jac — à altura 203.º classificado na hierarquia ATP -, na segunda ronda (5/7, 6/3 e 7/6 (5)), Gastão Elias embalou para a vitória final em Boca Raton, na Flórida. Trata-se do seu segundo título no Circuito Profissio-nal, depois de, em Novembro do ano transacto, vencer o torneio de Ciu-dad Obregon (10 mil dólares), no México. O jovem de 17 anos, que cumpre a sua primeira época a tempo inteiro no Circuito ATP, impôs-se a cinco adversários, batendo na final do tor-neio, em apenas duas partidas, o norte-americano Alberto Francis, jogador de 26 anos, número 312 ATP, pelos parciais de 7/5 e 6/4. Este triunfo permitiu a Gastão Elias escalar 80 lugares no ranking mun-dial — até ao 549.º posto -, aproxi-mando-se cada vez mais de Leonar-do Tavares, igualmente no top 600,

que se mantém como o segundo por-tuguês mais bem classificado.

Tentativa num evento do ATP Tour

Duas semanas após a vitória no Future de Boca Raton, Gastão Elias entrou no qualifying do Delray Beach International Tennis Cham-pionships, um torneio do Circuito ATP com um prize-money de 436 mil dólares, também na Flórida. O jovem português foi afastado na pri-

meira ronda da fase de qualificação, pelo esloveno Luka Gregorc (n.º 437 ATP), por duplo 4/6, e ainda con-traiu uma lesão no joelho, que o obrigou a uma paragem de quase um mês. O regresso à competição deu-se, já em Março, no qualifying do Challen-ger de Bogotá (125 mil dólares), na Colômbia. Gastão cedeu na primeira ronda frente ao equatoriano Júlio Cesar Campozano, por 6/7 (5) e 2/6.

Com apenas 17 anos, Gastão Elias já leva dois títulos no Circuito Profissional

Gastão Elias compenetrado na missão de subir cada vez mais no ranking ATP

Leonardo Tavares nos “quartos” do Future de Lagos Leonardo Tavares ganhou dois encontros no Future de Lagos (10 mil dólares), sendo forçado a desis-tir, nos quartos-de-final, devido a lesão. “Léo” ganhou ao romeno Vic-tor Ionita, por 7/6 (3), 4/6 e 6/3, na

primeira ronda, e, nos oitavos-de-final, derrotou o espanhol César Fer-rer Victoria (3/6, 6/1 e 6/3), antes de desistir no embate com o israelita Aimir Weintraub (1.º CS). Pedro Sousa volta a ganhar na primeira ronda de um Future Desde Agosto de 2007 que Pedro Sousa não alcançava a segunda ron-

da num torneio internacional, a últi-ma vez fora em Itália, no Future de Avezanno (10 mil dólares). O engui-ço foi quebrado no Future de Faro, a 27 de Fevereiro, aquando da vitória sobre o francês Trystan Meniane (n.º 786), pelos parciais de 7/5 e 6/4. Pedro Sousa viria a ser afasta-do, tal como Leonardo Tavares, nos oitavos-de-final da prova algarvia.

A pontuar para o ranking ATP

SUCESSO PRECOCE

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ITF Kaarst (10.000$)

Página 12 Federação Portuguesa de Ténis

Neuza conquista torneio na Alemanha em ritmo de passeio Cinco vitórias sem ceder qual-quer set, num autêntico passeio de classe, resumem a passagem de Neuza Silva no torneio ITF de Kaarst (10 mil dólares), de 21 a 27 de Janeiro, na Alema-nha, onde conquistou o primei-ro ceptro da época e o nono título internacional da carreira. A conquista em terras germâni-cas valeu ainda à Campeã Nacional a sua melhor classifi-cação de sempre no ranking WTA. Os parciais, de 6/3 e 6/1, com que Neuza Silva despachou a jovem holandesa Renee Reinhard, número 548 do ranking WTA, na final do torneio, reflectem o domínio da por-tuguesa no encontro decisivo, mas também nas eliminatórias anterio-res. Partindo como terceira cabeça-de-série, Neuza Silva teve pela frente adversárias com cotação abaixo da sua na hierarquia mundial. Ainda assim, naquele que poderia ser o teste mais complicado, frente à russa Anastasia Poltoratskaya, uma top 300, a Bicampeã Nacional respon-deu de forma implacável, vencendo, por 6/2 e 6/3, em encontro dos quartos-de-final.

Melhor Ranking de sempre A vitória em Kaarst catapultou Neu-za Silva para o 192.º lugar no ran-king WTA, o seu melhor registo de sempre. Terá também sido um tóni-co importante para a época da melhor portuguesa na hierarquia mundial, pois vinha da eliminação na primeira ronda do qualifying do Open da Austrália— a sua primeira

presença numa qualificação de um Grand Slam. No regresso à competição em Portu-gal, Neuza chegou às meias-finais no torneio ITF de Vale do Lobo (10 mil dólares). Após três vitórias, sem ceder sets, a Campeã Nacional foi

surpreendida pela russa Elena Cha-lova (4/6 e 3/6), na meia-final. Nas últimas semanas, Neuza regres-sou aos torneios de 25 mil dólares, em Estocolmo (Suécia) e Capriolo (Itália), mas, em ambas as provas, não foi além da primeira ronda.

Neuza conseguiu o primeiro título da época na segunda competição oficial

NO TRONO NACIONAL

A época ainda vai no começo, mas Neuza

Silva já juntou ao pecúlio mais um

título internacional. No ranking WTA,

alcançou o seu melhor lugar de

sempre, o 192.º, e mantém-se como a

portuguesa mais bem classificada.

Desde 11 de Junho de 2007 que Neuza

não larga o trono nacional.

Frederica Piedade conquista pontos na Flórida Depois de ultrapassar o qualifying do torneio ITF Fort Walton Beach (25 mil dólares) , na Flórida (EUA), na última semana de Fevereiro, Fre-derica Piedade ganhou à norte-americana Alexa Guarachi, por 6/7 (3), 6/2 e 6/0, na primeira ronda.

Nos oitavos-de-final, Frederica não compareceu no encontro, devido a uma virose. Melhor prestação de sempre em pares Na variante de pares, Frederica Pie-dade chegou às meias-finais da Copa Colsanitas Santander (185 mil dóla-res), prova Tier III do Circuito WTA, em Bogotá, na Colômbia. Frederica

tornou-se na primeira portuguesa a chegar a uma meia-final em torneios do Circuito WTA. Antes, havia sido campeã de pares no Tampa Bay (25 mil dólares), na Flórida. Catarina nos quartos-de-final Catarina Ferreira somou os primei-ros pontos, em 2008, no ITF Albu-feira Ladies Open (10 mil dólares), onde chegou aos quartos-de-final.

A pontuar para o ranking WTA

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Pos. Seniores Masculinos

138.º Frederico Gil

524.º Leonardo Tavares

542.º Rui Machado

603.º Gastão Elias

792.º João Sousa

1143º Frederico Marques

1289.º Gonçalo Nicau

1408.º Pedro Sousa

1502.º José R. Nunes

Frederico Gil

Rankings Internacionais

10 de Março

Pos. Juniores Masculinos

9.º Gastão Elias

154.º Miguel Almeida

168.º Martim Trueva

470.º Manuel Marcelo

898.º Francisco Dias

972.º Francisco Charters

1231.º Alexandre Resende

1250.º Pedro Palha

Pos. Juniores Femininos

22.ª Michelle Brito

368.ª Demi Rodrigues

644.ª Bárbara Luz

1006.ª Filipa Correia

1016.ª Maria J. Koehler

1087.ª Charlotte Pires

1488.ª Teresa Araújo

1489.ª Verónica Seruca

Michelle Brito

Pos. Seniores Femininos

200.ª Neuza Silva

251.ª Michelle Brito

285.ª Frederica Piedade

460.ª Catarina Ferreira

660.ª Magali de Lattre

719.ª Ana Nogueira

Neuza Silva Gastão Elias

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Página 14 Federação Portuguesa de Ténis

Winter Cups 2008 — Fase de Qualificação

Selecção Masculina de Sub 14 obtém terceiro lugar A Selecção Masculina de Sub 14 conseguiu a melhor prestação entre as quatro Selecções Nacionais presentes na qualifi-cação, de 8 a 10 de Fevereiro, para a fase final da Winter Cups. Com o terceiro lugar em Correggio, Itália, a equipa capi-taneada por Pedro Felner ficou perto do apuramento, sendo apenas superada por França e Itália (as duas qualificadas). As Selecções de Sub 16, Masculina e Feminina, e Sub 14 Feminina tiveram presenças discretas. Vasco Mensurado e Frederico Silva, como primeiras opções, e João Bar-ra, suplente utilizado, conseguiram duas vitórias em três encontros reali-zados na Zona B da qualificação para Winter Cups. Os pupilos de Pedro Felner só foram parados pela pode-rosa selecção francesa, na meia-final. Com uma categórica vitória, por 3-0, ante a Bósnia & Herzegovina — Vas-co Mensurado e Frederico Silva ganharam os confrontos de singula-res e a dupla Mensurado / Barra venceu o par —, no encontro de estreia, a Selecção Masculina de Sub 14 ganhava o direito a discutir com a França o apuramento para a fase final da Winter Cups (apuravam-se duas equipas num lote de oito). Diante de alguns dos melhores joga-dores do escalão, os jovens portu-gueses acusaram a pressão, não evi-tando o desaire (0-3) e consequente afastamento da fase final. Este resul-tado parece não ter afectado a moral da equipa de Pedro Felner, pois, no encontro de atribuição do 3.º e 4.º lugares, Portugal derrotou a Romé-nia por 2-1. Mensurado ganhou um singular, Barra cedeu no outro e, no par, dupla Mensurado / Silva deu a vitória à Selecção Nacional.

Prestação e evoluções positivas No rescaldo à participação dos Sub 14 Masculinos, o Capitão Pedro Fel-ner admitiu que “o objectivo era passar à fase seguinte”, mas reconheceu que “o grupo, com França e Itália, não era fácil”, sintetizando: “Em termos gerais

o resultado foi satisfatório e a prestação acabou por ser posi-tiva. No entanto, com a França acusámos a responsabilidade e eles foram superiores”. Pedro Felner fez ainda uma aprecia-ção individual a cada um dos atletas. “O Vasco [Mensurado] está mais competitivo e poderá ter uma época bastante positiva. O Frederico [Silva] integrou-se bem e mentalmente não acusa muito a pressão. A estreia não o afectou em termos de atitude e mentalidade. Precisa de crescer fisicamente e ganhar experiên-cia, mas está no bom caminho. O João [Barra] está a melhorar e notei uma evolução positiva em algumas lacunas do jogo dele”.

Selecção Feminina de Sub 14 ganha um encontro

Depois de ceder diante das selecções da Eslováquia (0-3) e Bulgária (1-2) - Patrícia Martins ganhou um singular -, a Selecção Feminina de Sub 14, capitaneada por Magada Leal, ven-ceu a Noruega, por 2-0, e ficou em sétimo lugar na Zona C, em Estugar-da, na Alemanha. Patrícia Martins e Beatriz Coelho, que substitui Joana Valle Costa— primeira opção nos dois encontros anteriores —, vence-ram os respectivos singulares, que dariam a vitória a Portugal.

Sub 16 Masculinos não evitam último lugar

A Selecção Masculina de Sub 16, com Francisco Dias, Pedro Lopes e João Domingues, ficou no último lugar da Zona C, em Cholet, França, ao ceder nos encontros com a Polónia (0-3), Irlanda (0-3) e Dinamarca (1-2).

Vitórias de Maria João Koehler

insuficientes para as Sub 16 Maria João Koehler, figura de proa da Selecção Feminina de Sub 16, que contou ainda com Bárbara Luz e Rita Vilaça, ganhou os seus duelos de singulares, mas não evitou os desai-res com turcas e germânicas, ambos por 1-2. A equipa capitaneada por Gonçalo Portas foi sétima classifica-da na Zona B, em Maniago (Itália).

Vasco Mensurado, João Barra e Frederico Silva acompanhados por Pedro Felner

Maria João Koehler em destaque

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Les Petits As — Tarbes, França (Mundial Oficioso de Sub 14)

Patrícia Martins, Vasco Mensu-rado e Frederico Silva marca-ram presença no quadro princi-pal do torneio Les Petits As - o Mundial oficioso de Sub 14 -, mas não foram além da primei-ra ronda. Joana Valle Costa, João Barra e Danyal Sualehe ficaram-se pelo qualifying. A prova decorreu na localidade francesa de Tarbes, de 28 de Janeiro a 2 de Fevereiro.

Com entrada directa no quadro prin-cipal, Patrícia Martins, Vasco Men-surado e Frederico Silva foram afas-tados por três germânicos, após lon-gos e disputados embates. Patrícia Martins, 32.ª classificada no ranking ETA Sub 14, cedeu diante de Christina Shakovets (35.ª), pelos

parciais de 6/7 (5-7), 7/6 (8-6) e 1/6, na primeira ronda de singulares femininos. Na prova de masculinos, Vasco Men-surado (38.º ETA Sub 14) ganhou o primeiro set, mas viria a ser afasta-do, ao cabo de três partidas (6/3, 2/6 e 0/6), por Robin Becker (24.º), enquanto Frederico Silva, que entrou este ano no escalão de Sub 14, não conseguiu contrariar o favoritismo do 7.º classificado do ranking, Kevin Kaczynski (5/7 e 3/6). Danyal Sualehe conheceu sabor

da vitória Entre os três portugueses presentes no qualifying, só Danyal Sualehe conseguiu vencer um encontro. Ganhou ao francês Simon Formont, por 6/1 e 6/4, cedendo na ronda

seguinte frente a outro gaulês Vin-cent Suillerot. Por sua vez, Joana Valle Costa e João Barra cederam nos encontros de estreia. Patrícia Martins semifinalista

no 7 th Real Sport Open Uma semana antes da presença no Les Petits As, Patrícia Martins alcan-çou as meias-finais do 7 th Real Sport Open, prova da categoria 2 do Circuito ETA Sub 14, que decorreu em Milovice, na República Checa. A jovem de 13 anos, atleta do Ace Team, impôs-se a três adversárias, antes de ceder na meia-final, frente à 11.ª classificada do ranking de Sub 14, a eslovaca Petra Uberalova, por duplo 2/6, jogadora que viria a con-quistar o torneio.

Patrícia Martins, Vasco Mensurado e Frederico Silva jogaram quadro principal do maior torneio de Sub 14

Patrícia Martins Vasco Mensurado Frederico Silva

Em destaque no ITF Júnior Manuel Marcelo vice-campeão e semifinalista na Argélia O jovem Manuel Marcelo conseguiu dois brilhantes resultados em tor-neios do Circuito ITF Júnior realiza-dos em Tlemcen, na Argélia. No 7h Junior Oran (prova da categoria 4) foi vice-campeão, depois de ceder ante o primeiro cabeça-de-série, o

tunisino Jouini Zinelaabidin (6/4, 4/6 e 2/6). Na semana anterior, no 3rd ITF Junior Tlemcen (categoria 5), Manuel Marcelo foi semifinalista. Dupla Marcelo / Palha campeã Ainda no 7h Junior Oran, em Tlem-cen (Argélia), a dupla Manuel Mar-celo / Pedro Palha, ambos orienta-dos por Bernardo Mota, sagrou-se campeã de pares.

Almeida vice-campeão de pares Ao lado do talentoso espanhol Carlos Boluda, Miguel Almeida alcançou a final de pares no 7th Monastir (prova da categoria 2 ITF Júnior), na Tunísia, cedendo ante a dupla holan-desa Spong / Van Terheijden (5/7 e 3/6). Em singulares, Almeida chegou à segunda ronda, enquanto Martim Trueva foi afastado na ronda inicial.

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Página 16 Federação Portuguesa de Ténis

PNDT— Circuito Nacional de Sub 10

Etapas em Oliveira de Azeméis, Guimarães, Coimbra e São Miguel

O Clube Ténis de Oliveira de Azeméis recebeu a primeira prova do Circuito Nacional de Sub 10 na Zona Norte, que contou com 35 atletas. Tomás Almeida venceu José Maria Perez, ambos do SCAS, na final de masculinos. Carlo-ta Queiroz (CT Azeméis) ganhou a Michelle Ortega (CT Braga) na final feminina.

Michelle Ortega (CT Braga) e Afonso Cortez (CT Porto) venceram, em femininos e masculi-nos, respectivamente, a segunda etapa do Cir-cuito Nacional de Sub 10 (Zona Norte), no CT Guimarães. Eduarda Costa (ET Espinho) e António Faria (CT Guimarães) foram vice-campeões, numa prova com 35 atletas.

Michelle Ortega (CT Braga) voltou a vencer uma etapa do Circuito, desta feita, no Clube de Ténis de Coimbra, a terceira da Zona Norte, impondo-se a Patrícia Faia (AA Coimbra). Bruno Moura ganhou a Hugo Costa, ambos do LTC Figueira da Foz, na final masculina. A prova conimbricense contou com 58 atletas.

Simone Simas (CTSM), em femininos, e Tiago Neves (LTC Ilha Terceira), no sector masculi-no, ganharam a primeira etapa da Zona Açores, que decorreu no Clube Ténis de São Miguel. Marta Magalhães (CTSM) e Rodrigo Freitas (CTSM) foram vice-campeões, nos respectivos sectores.

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As Associações de Ténis do Porto, Coimbra e Aveiro, na Zona Norte; Castelo Branco, Leiria e Lisboa, na Zona Cen-tro, receberam as Jornadas de Detecção de Talentos do PNDT (Programa Nacional de Detec-ção de Talentos) no fim-de-semana de 16 e 17 de Fevereiro. O Complexo Monte Aventino, no Porto, recebeu 145 atletas, enquanto

Aveiro e Coimbra contaram com 26 e 42 participantes, respectivamente. A observação de todos estes atletas ficou a cargo dos coordenadores do PNDT para a Zona Norte, António Moreira e Pedro Lobão. De referir que as actividades do PNDT na Zona Norte, em 2008, já receberam um total de 226 pequenos praticantes. Já na Zona Centro, 12 atletas da Associação de Castelo Branco, 37 de

Leiria e 105 em Lisboa estiveram sob observação dos coordenadores José Mário Silva e Paulo Santiago. Destas Jornadas de Detecção de Talentos será apurado um leque de atletas para as Jornadas de Contro-lo, mas antes falta ainda cumprir a Jornada de Detecção de Talentos da Zona Sul, a 29 e 30 de Março. As observações dos atletas PNDT cul-minarão com a Jornada Nacional.

PNDT— Programa Nacional de Detecção de Talentos

Curso de Nível 3 na Maia com prelectores de gabarito internacional merece referência no Site da ITF

Formação de Treinadores

O Curso de Treinadores de Nível 3, levado a cabo pelo Departamento de Formação da Federação Portuguesa de Ténis (FPT), na Maia, de 15 de Feve-reiro a 9 de Março, teve como prelectores Miguel Crespo, o espanhol que dirige o Departa-mento de Formação da ITF, e 0 polaco Piotr Unierzyski, reconhecido especialista na área técnica. Para além das

funções que desempenham enquanto treinadores, Miguel Crespo e Piotr Unierzyski são docentes universitários, o que revela uma aposta mais cientí-fica para este curso. Nuno Marques, Vitor Ferreira ou Rui Silva foram alguns dos treinadores que adquiriram o nível 3 neste curso. Entretanto, a ITF publicou no seu Site ofi-cial um artigo relativo ao curso

da Maia. De 22 de Fevereiro a 9 de Mar-ço decorreu também um Curso de Nível 1 em Leiria, indo ao encontro da política de descen-tralização do Departamento de Formação da FPT. “É funda-mental apoiar todas as Asso-ciações Regionais , qualifican-do, para tal, os treinadores locais”, explica o Director, Vitor Cabral.

Jornadas de Detecção de Talentos nas Zonas Norte e Centro

357 pequenos talentos em avaliação! Porto, Coimbra, Aveiro, Castelo Branco, Leiria e Lisboa

apresentam futuros craques da modalidade

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Federação Portuguesa de Ténis Página 18

No âmbito do protocolo de coo-peração assinado, em Fevereiro de 2007, entre a Federação Por-tuguesa de Ténis (FPT) e a Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (DGIDC), teve lugar uma Acção Nacional de Formação de Árbi-tros do Desporto Escolar, no fim-de-semana de 26 e 27 de Janei-ro, no Montijo e em Setúbal. A acção de formação coordenada pelo Professor Joaquim Nunes, represen-tante da FPT no Desporto Escolar, contou com 15 candidatos e os con-teúdos foram ministrados pelo Juiz Árbitro da FPT, Jorge Cardoso. A acção dividiu-se em dois momentos: no sábado teve lugar a formação teó-rica, no Montijo; e no domingo decor-reu a componente prática, em Vanice-los, nos campos da Associação de Ténis de Setúbal. O objectivo desta formação passou por transmitir a estes jovens conheci-mentos suficientes para que possam figurar como árbitros ou juízes de linha nos Campeonatos Regionais Escolares e no Campeonato Nacional, que se realizará em Abril, no Clube Ténis de Évora. Um enorme interesse foi evidenciado pelos formandos e muitos mostraram mesmo disponibilidade para adquirir outro tipo de conhecimentos, no sen-tido de, eventualmente, poderem seguir uma carreira na Arbitragem Nacional.

Campeonato Nacional de Equipas Escolares em projecção Em 2008, os Campeonatos de Ténis do Desporto Escolar serão realizados segundo o Regulamento Geral de Pro-vas elaborado pelos técnicos da FPT. Este regulamento prevê uma inova-

ção, que passa pela a criação do Cam-peonato Nacional de Equipas Escola-res. As equipas participantes serão obrigatoriamente formadas por dois rapazes e duas raparigas, que jogarão

dois confrontos de singulares e um embate de pares mistos. O Nacional de Equipas Escolares será testado este ano, em algumas escolas, para ser lançado oficialmente em 2009.

Cooperação - FPT e Desporto Escolar

Acção Nacional de Formação de Árbitros em Montijo e Setúbal

Alunos do Desporto Escolar compenetrados na formação teórica, no Montijo

A componente prática decorreu em Vanicelos, na Associação de Ténis de Setúbal

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Arbitragem

Inserido no grupo restrito dos ITF/Grand Slam officials, Carlos Ramos arbitrou pela quarta vez uma final de um torneio do Grand Slam. No pas-sado dia 27 Janeiro, o juiz português foi árbitro de cadeira na final de sin-gulares masculinos do Open da Aus-trália, na qual o sérvio Novak Djoko-vic venceu o surpreendente gaulês Jo-Wilfried Tsonga, pelos parciais de 4/6, 6/4, 6/3 e 7/6 (7-2).

Quatro finais em torneios do Grand Slam

Aliás, a sua estreia em finais do Grand Slam foi precisamente no Open da Austrália, em 2005, uma final que opôs o tenista da casa Lley-ton Hewitt ao russo Marat Safin. Nesse mesmo ano, Carlos Ramos – a residir em Lyon desde 1996 – arbi-trou a final de singulares femininos, entre a belga Justine Henin e a fran-cesa Mary Pierce, em Roland Gar-ros. Já em 2007 terá arbitrado a sua final mais electrizante, um embate que colocou frente-a-frente os dois melhores jogadores do Mundo da actualidade – Roger Federer e Rafael Nadal – no mítico torneio de Wim-bledon. Para além de Carlos Ramos, a arbitragem nacional esteve repre-sentada no Open da Austrália pela conceituada Mariana Alves.

Reconhecimento inevitável

O árbitro português que nasceu em Moçambique é hoje uma figura incontornável da arbitragem de ténis. Após a final do Open da Aus-trália, o reconhecimento da comuni-cação social portuguesa foi, uma vez mais, evidente, à semelhança do que

acontecera aquando da final de Wimbledon 2007. “Expresso”, “Diário de Notícias” ou “Record” publicaram entrevistas com aquele que é considerado por muitos como o melhor árbitro do mundo. Carlos Ramos, 37 anos, é árbitro des-de 1987, tornando-se internacional em 1991, depois de adquirir o certifi-cado da ITF. Em 94, atinge o nível mais alto da arbitragem internacio-nal, o Gold Badge Chair Umpire, um grupo restrito actualmente composto por 25 árbitros. E em 2004 torna-se num dos sete árbitros ITF/Grand Slam Officials. No seu currículo con-tam ainda duas finais da Taça Davis, a última delas no ano transacto, entre os Estados Unidos e a Rússia, em Portland (EUA).

A arbitragem portuguesa esteve representada em dois encontros referentes à pri-meira ronda do Grupo Mun-dial da Taça Davis, que decor-reram entre 8 e 10 de Feverei-ro. Carlos Ramos foi árbitro de cadeira no encontro que opôs as selecções do Perú e de Espanha (em Lima, Perú), com vitória para a selecção espanhola por 5-0. Por sua vez, Jorge Dias, como juiz árbitro, e Mariana Alves, como árbitro de cadeira, mar-caram presença no embate entre Alemanha e República da Coreia (em Braunschweig, Alemanha), que os germâni-cos venceram por 3-2.

Mariana Alves, Ramos e Jorge Dias presentes

Carlos Ramos na final do Open da Austrália Depois de arbitrar a emblemática final de Wimbledon 2007, entre Roger Federer e Rafael Nadal, Carlos Ramos não precisou de esperar muito tempo para voltar a sentar-se na cadeira de árbitro numa final de um Grand Slam. Em Melbourne, arbitrou o embate entre Novak Djokovic e Jo-Wilfried Tsonga.

Carlos Ramos repete final em Melbourne

A bielorrussa Victoria Aza-renka, pupila do treinador português António Van Gri-chen, esteve perto de con-quistar a competição de pares femininos do Open da Austrá-lia. A tenista orientada por Van Grichen e a israelita Sahar Peer só cederam na final frente às irmãs Alona e Kateryna Bondarenko, da Ucrânia, por 6/2, 1/6 e 4/6. Esta foi a segunda final de Azarenka em etapas do Grand Slam, depois de, em 2007, sagrar-se campeã de pares mistos no US Open.

Pupila de Van Grichen vice-campeã de pares

Open da Austrália

Taça Davis 2008

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Página 20 Federação Portuguesa de Ténis

Circuito Sony Ericsson WTA

U m ano após a histórica vitória na pri-meira ronda do Sony Ericsson Open,

diante da norte-americana Meghann Shaughnessy—à altura 43.ª classficada no ranking WTA—, Michelle Larcher de Brito está de regresso ao milionário torneio de Miami, de novo como wild-card (convidada). A partir de 26 de Março, Michelle estará em Key Biscayne, Miami, para tentar, pelo menos, repetir o feito do ano transacto, em que chegou à segunda ronda, caindo às mãos da conceituada eslovaca Daniela Hantuchova. O Sony Ericsson Open reúne a elite do ténis feminino mundial e atribui um milionário prize-money de 3.770.000 dólares, para além dos muitos pontos para o ranking WTA, uma vez que se trata de uma prova da categoria Tier I , que surge logo a seguir aos quatro tor-neios do Grand Slam.

Segunda vitória no WTA Tour Michelle Brito utilizará em Miami o segundo wild-card a que tem direito, depois de fazer uso do primeiro no Tier III de Memphis (175 mil dólares), na última semana de Fevereiro, onde obteve a sua segunda vitória em provas do Circuito Sony Ericsson WTA. A menina-prodígio venceu a francesa Stepha-nie Aloro, número 124 WTA (7/5, 1/0 e desis-tência da adversária), na primeira ronda, sen-do depois afastada pela dinamarquesa Caroli-ne Wozniacki (n.º 43 WTA), por 2/6 e 4/6.

Michelle regressa ao palco milionário de Miami

Com tenros 14 anos, Michelle Larcher de Brito alcançou no Sony Ericson Open 2007, em Miami, a maior vitória de sem-pre do ténis nacional. Michelle tornou-se na primeira portuguesa a ganhar um encontro numa prova do WTA Tour (Circuito Sony Ericsson WTA), e logo naquele que é considerado, a seguir aos Grand Slams, o maior torneio feminino.

HÁ UM ANO FOI ASSIM!