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NUTRIÇAO NO DOENTE CIRÚRGICO

Nutriçao No Doente Cirurgico

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NUTRIÇAO NO DOENTE CIRÚRGICO

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NUTRIÇAO NO DOENTE CIRÚRGICO

MORMONUTRIÇAO boa nutrição

MALNUTRIÇAO

estado patológico resultando de uma deficiência absoluta ou relativa ou de um excesso absoluto ou relativo de um ou vários nutrientes.

DESNUTRIÇAO

estado patológico resultando de uma deficiência absoluta ou relativa de um ou mais nutrientes.

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NUTRIÇAO NO DOENTE CIRÚRGICO

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NUTRIÇAO NO DOENTE CIRÚRGICO

Tipos de malnutrição

Marasmo: privação de todos os nutrientes ( ex :caquexia neoplásica e sida)

Kwashiorkor: deficit de proteínas em relação ao total de calorias ingeridas

Mista: se um individuo com marasmo for sujeito a um stress metabólico, por ex. uma intervenção cirúrgica

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O doente cirúrgico

doentes normonutridos

doentes malnutridos

doentes desnutridos

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Desnutrição é um problema comum

na população geral

nos idosos alojados em lares

nos doentes internados em hospitais

30 a 50%

30 a 50% na Cirurgia Geral

40 a 60 % na Medicina Interna

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Quando devemos suspeitar que um doente está desnutrido ?

Conhecimento da historia clínica do doentedoença oncológicadoença crónicadoença de longa duraçãointernamento hospitalar prolongado

Sabemos da existência de ingestão inadequada

Perda significativa de peso num curto espaço de tempo

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Importância da nutrição no doente cirúrgico

internamentos mais longos

dificuldade de cicatrização

maior taxa de complicações

maior mortalidade

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Avaliação nutricional

processo pelo qual se identificam os doentes malnutridos ou em risco nutricional

1 História clínica

2 História dietética

3 Antecedentes medicamentososquimioterapiacorticoterapia

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Avaliação nutricional

4 Medidas antropométricas

altura

peso

peso corporal ideal

peso corporal habitual

peso corporal actual

efeito da hidrataçao, diuréticos, edemas

ajuste nos amputados

IMC ( índice de massa corporal )

P (kg) / A2 (cm)

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Avaliação nutricional – composição corporal

5 Métodos indirectos:

Circunferencia da parte média do braço: massa muscular

Prega tricipital: gordura subcutânea

utilidade limitada, variação com o observador e má correlação nos doentes

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NUTRIÇAO NO DOENTE CIRÚRGICO

Avaliação nutricional – composição corporal

6 Métodos directos: RMN, TAC

peso esqueléticopeso visceraltecido adiposo regional/ totalmassa muscular

não utilizados na prática clinica

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NUTRIÇAO NO DOENTE CIRÚRGICO

Avaliação nutricional

7 Urina (amostra de 24 horas)

Índice creatinina / alturamede a massa corporal magra(efeito da idade, IRC, alectuamento)

Balanço azotado

8 Sangueavaliação das proteínas séricas sintetizadas no figado

albuminatransferrinapré-albumina

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Avaliação nutricional

9 Testes de função imunológica

Testes de hipersensibilidade cutânea retardada

imunidade celularContagem total de linfócitos

10 Testes funcionais

Dinamometria: mede a força muscular

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Avaliação nutricional

parâmetros antropométricos : perda de peso

maior de 20%

maior de 10% em 6 meses

maiorde 5 kg em 3 meses

parâmetros biológicos:

albumina <35g/l

transferrina<1.74g/l

pré-albumina<012g/l

contagem de linfócitos < 1500

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NUTRIÇAO NO DOENTE CIRÚRGICO

Num doente cirúrgico

a identificação de um estado de desnutrição implica que se começe o tratamento da referida desnutrição

O tratamento é a instituição de nutrição artificial

Com que produtos? Com que quantidade? Durante quanto tempo

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Necessidades nutricionais do adulto médio

Necessidades energéticas

valor calórico total (VCT) : 20-35 kcal / kg/ dia

hidratos de carbono: 50-65% do VCT gorduras: 20-30% do VCT proteinas 15-20% do VCT Necessidades água

30-50 ml/ kg/dia

Necessidades de vitaminas e oligoelementos

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Nutrição artificial

Fornecimento de parte ou da totalidade dos nutrientes em doentes incapazes de se alimentarem por via culinária

Nutrição entérica

Nutrição parentérica

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Nutrição entérica

Instilaçao directa dos nutrientes no orgão ou proximalmente ao orgão de absorção (intestino delgado)

via oralpor sonda: pré-pilórica/ pós-pilóricaa partir do estômagoa partir do intestino delgado

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acesso ao tubo digestivo

boca

sonda tipo de material colocação da sonda

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gastrostomia

jejunostomia

acesso ao tubo digestivo

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Ingestão

Mastigação na boca

Digestão no estômago

Absorção no intestino delgado

Entrada na circulação venosa

Sempre que o tubo digestivo funciona deve ser usado

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Formulações para nutrição entérica

com sabor / sem sabor

completa

modular ( lipídica, glucídica, proteica )

usadas como suplementos

dietas completas

poliméricas: proteínas não digeridas

oligoméricas: proteínas semi-digeridas

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Formulações para nutrição

entérica

isocalóricas: 1 kcal/ml

hipocalórica: <1kcal/ml

hipercalóricas: >1 kcal/ml

isosmolares : 275-300mos/l

hiperosmolares : <300mos/l

Formulações para nutrição entérica

isocalóricas: 1 kcal/ml

hipocalórica: < 1kcal/ml

hipercalóricas: > 1 kcal/ml

isosmolares : 275-300mos/l

hiperosmolares : <300mos/l

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NUTRIÇAO NO DOENTE CIRÚRGICO

Indicações para nutrição entérica

falência da ingestão oral (inadequada, insuficiente)

falência da digestão dos alimentos

doentes comatosos

doentes em ventilação mecânica

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Complicações da nutrição entérica

retenção gástrica

aspiração para as vias aéreas

distensão, dor abdominal e diarreia

alterações electróliticas

complicações metabólicas

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NUTRIÇAO NO DOENTE CIRÚRGICO

Vantagens da nutrição entérica versus nutrição parentérica

Mantém o trofismo da mucosa intestinal

maior resistência às infecções

Menores complicações metabólicas

A nutrição parentérica só deve ser usada na impossibilidade de o doente ser nutrido por via entérica

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Nutrição parentérica

veia periférica

veia central

nutrição total

complementar

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Veia periférica

Veia central

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Indicações para nutrição parentérica

íleo paralitico pós-operatório

Diarreia profusa e intratável

Sindrome de intestino curto

fístulas intestinais de alto débito

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Complicações da nutrição parentérica

complicações técnicas

da inserção do catéter venoso

pneumotórax

hemotorax

lesão do ducto torácico

embolia pulmonar

do catéter

embolia gasosa, embolia gorda

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Complicações da nutrição parentérica

complicações sépticas ou infecciosas

a partir do catéter: flebites, sepsis de catéter

a partir da bolsa nutritiva

staf. aureus

complicações metabólicas

hepáticas: colestase,esteatose

atrofia do epitélio gastrointestinal

hipersecrecção ácida: hemorragias

hiperglicemia/hipoglicemia