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O choque das civilizações e o estado islâmico

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Nestes últimos anos, o ocidente ouviu todo tipo de relato, principalmente os mais atrozes, como invasões, terrorismo e morte de civis vindo do oriente médio. Em 2014, a avalanche de notícias ruins chegou ao seu auge quando vídeos que mostram a violência explícita de um grupo radical muçulmano, conhecido como Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), Daesh ou ISIS, tomaram conta dos

noticiários globais.

O EI é hoje um dos principais grupos jihadistas, e analistas o consideram um dos mais perigosos do mundo.

o estado islâmico

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O EI é uma consequência direta da instabilidade gerada no Iraque, após anos de ocupação dos Estados Unidos, feita sob o pretexto de combater o terrorismo e com base nos ataques do 11 de Setembro. A ocupação não foi nem um pouco pacífica e o país norte-americano enfrentou uma grande resistência de diversos grupos militares iraquianos. Dentre estes, o Estado Islâmico, criado a partir do braço iraquiano da Al-Qaeda, a conhecida rede responsável pelos ataques de 11 de

setembro de 2001 nos Estados Unidos e que posteriormente cortou todos os laços com o grupo, supostamente por sua brutalidade e “notória intratabilidade”.

Antecedentes & surgimento

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Causas históricasSe existem causas que explicam o seu aparecimento e crescimento significativo,

elas resultam em larga medida de erros políticos das potências ocidentais no Médio Oriente, de graves problemas econômicos e políticos que afetam as

sociedades muçulmanas ao longo de décadas e outros recentes, como a primavera árabe e a guerra guerra Civil da Síria, que ajudaram a dar impulso ao grupo.

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O Estado Islâmico tem como base e objetivo a implantação do radicalismo islâmico como forma de governança e expansão e utiliza de toda forma de violência e

brutalidade – decapitações, crucificações, apedrejamentos, genocídios entre outras, como forma de aterrorizar os inimigos, além de impressionar e cooptar novos

recrutas oferecendo salvação e vitória contra os inimigos do Islã.

Com a criação de um califado nas terras dominadas, reivindica autoridade religiosa sobre todos os muçulmanos do mundo e aspira tomar o controle de muitas outras regiões de maioria islâmica, além de Israel e futuramente outros países e

cidades ocidentais, como Portugal, a Espanha e Roma.

objetivos do EI

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pretensões do caifado

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O CHOQUE DAS CIVILIZAÇÕES

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A teoria do Choque de civilizações foi proposta pelo cientista político Samuel P. Huntington segundo a qual as identidades culturais e

religiosas dos povos serão as principais fontes de conflito no mundo pós Guerra Fria, Ou seja, para Huntington os conflitos de grandes proporções não sucederão entre as classes sociais e sim entre os povos pertencentes

a diferentes entidades culturais e religiosas.

Esta teoria divide a humanidade em nove civilizações principais, dentre estas, a Civilização islâmica, constituída pelos países que têm o Islã como religião predominante, e que por vezes falam a língua árabe e a

Civilização ocidental - Provavelmente a maior das civlizações, com países na América e na Europa ocidental, e outros países que têm o Cristianismo como religião predominante, devido à influência europeia (como África do

Sul, Austrália e Nova Zelândia).

A TEORIA DE SAMUEL P. HUNTINGTON

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Samuel Huntington aponta uma divergência particularmente profunda entre a civilização Ocidental e a Islâmica. É nesse contexto que se insere o califado proposto pelo EI. O terrorismo islâmico é uma ameaça ocidental constante e o

avanço dos fundamentalistas e as pretensões do EI reforçam a tese de Huntington, um conflito entre estas duas civilizações. O califado desejado pelo grupo e

exposto na mídia mostra um território que não se limita ao mundo árabe: ele vai até o Mediterrâneo, englobando Roma, o centro do cristianismo, Espanha e Portugal e diversos outros países Europeus. As ações do EI demonstram ódio aos ocidentais,

incluindo a morte e decapitação de muitos e total repúdio ao modo de vida, valores políticos e sociais dos países europeus e o USA.

ocidente x

civilização islâmica

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O estado islâmico tem feito a civilização ocidental entrar em guerra e choque com a civilização islâmica numa tentativa de erradicar o alastramento de um movimento radical islâmico de ódio assassino à

civilização ocidental.

Na Europa, cresce o ódio ao Islã, a comunidades muçulmanas marginalizadas que, por sua vez, sentem-se discriminadas e incompreendidas, com razão. Muitos

milhares de jovens muçulmanos europeus partem para se juntar ao Estado Islâmico. Os judeus da Europa estão nervosos. Com razão. Israel os chama. Nos EUA, três estudantes muçulmanos foram mortos por um atirador num possível crime de ódio denunciado por Obama como “brutal e ultrajante” entre outras

milhares de história de medo e intolerância.

todos em guerra

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É notório que o islamismo radical odeia e despreza valores políticos e sociais fundamentais nas sociedades ocidentais como, por exemplo, a igualdade entre o homem e a mulher, as concepções liberais de justiça, e uma ordem democrática pluralista e secular. Para os radicais islâmicos, o que o Ocidente considera

virtudes políticas, são exemplos de corrupção política e decadência social. Por outras palavras, é um “Mal” que se deve combater.

No caso de minorias como os jihaddistas, a intolerância contra o pensamento divergente chega a níveis extremos como a tentativa de dominação e não aceitação

da existência do outro. Essas discrepâncias culturais servem como combustível para o rápido crescimento de conflitos e ideologias extremistas contra a cultura

ocidental pois muitos a responsabilizam pelo caos do Oriente médio.

O estado islâmico tem como objetivo a destruição de toda e qualquer outra forma de civilização que se difere do que acreditam, constituindo assim um grave confronto entre o ocidente a civilização islâmica, o choque de civilizações

previsto por Huntington.

conclusão

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“Se você pode matar um descrente americano ou europeu – especialmente a rancoroso e imundo francês – ou

um australiano ou canadense, ou qualquer outro descrente..., incluindo os cidadãos dos países que

entraram em uma coalizão contra o Estado Islâmico… faça-o de toda maneira que puder”

Abu Muhammad al-Adnani (porta-voz do ISIS)

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http://www.cbn.com/cbnnews/world/2015/October/ISISs-First-Step-Conquering-Rome-Defeat-Christianity/

http://www.theguardian.com/world/2014/sep/23/islamic-state-followers-urged-to-launch-attacks-against-australians

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/09/140911_estado_islamico_brutalidade_lgb

http://www.nytimes.com/2015/02/17/opinion/roger-cohen-islam-and-the-west-at-war.html?_r=0

http://jovemreaca.blogspot.com.br/2014/07/huntington-isis-e-o-choque-de.html

http://www.publico.pt/mundo/noticia/choque-das-civilizacoes-o-estado-islamico-1667888

http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/estado-islamicogrupo-terrorista.htm

http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/51293/geografia-a-teoria-choque-de-civilizacoes

http://www.ipri.pt/investigadores/artigo.php?idi=5&ida=31

biografia

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A ideia de “choque de civilizações” é frequentemente retomada para explicar os conflitos entre Ocidente e Oriente. Desde o fim da Guerra Fria, a maioria das guerras ocorre entre povos de civilizações diferentes (por exemplo, no conflito Israel-Palestina, as Guerras do Golfo, na desintegração da antiga República

Socialista Federativa da Iugoslávia, a instabilidade na Caxemira, na luta pela independência na Chechênia ou mesmo na atual presença anglo-americana no

Iraque).

Os aviões que destruíram as torres gêmeas do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, e a marcha das tropas estadunidenses sobre Bagdá refletem

tragicamente esse estranhamento e introduzem, na política mundial, o espectro do ‘choque de civilizações’”. O o terrorismo internacional associado ao

Islamismo que surgiu no início do século 21 serviu para confirmar a análise de Huntington, que foi considerada premonitória por ter sido escrita quase que

uma década antes.