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O engenheiro de produção é peça fundamental em indústrias e empresas de quase todos os setores. Ele gerencia os recursos humanos, financeiros e materiais de uma empresa, com o objetivo de aumentar sua produtividade e rentabilidade. Sua formação associa conhecimento de engenharia a técnicas de administração e fundamentos de economia e engenharia, preparando-o para adotar procedimentos e métodos que racionalizam o trabalho, aperfeiçoam técnicas de produção e ordenam as atividades financeiras, logísticas e comerciais de uma organização. Define a melhor forma de integrar mão de obra, equipamentos e matéria-prima, a fim de avançar na qualidade e aumentar a produtividade. Por atuar como elo entre os setores técnicos e administrativos, seu campo de trabalho ultrapassa os limites da indústria. O especialista em economia empresarial, por exemplo, costuma ser contratado por bancos para montar carteiras de investimentos. Este profissional é requisitado, também, por empresas prestadoras de serviços para definir funções e planejar escalas de trabalho. Há diversos cursos que permitem ingressar nesta carreira como tecnólogo. Palavra de Profissional VÁRIAS ÊNFASES PARA A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Algumas instituições oferecem o curso voltado para alguma habilitação específica. A mais comum é a mecânica, mas também há cursos direcionados para a agroindústria, química, produção civil, automotiva, elétrica, metalúrgica, gestão ambiental, software, confecção industrial e produção em cultura. A Fitas, em Maceió (AL), passou a oferecer, em 2014, o curso de Engenharia de Produção Sucroalcooleira. Mercado de trabalho O perfil multidisciplinar deste profissional, que tem sólida base matemática e é treinado para encarar problemas de maneira global, abre o leque de opções de trabalho. Este engenheiro entende de todo o processo produtivo, e por isso tem uma vaga garantida não apenas na indústria, mas também em empresas prestadoras de serviço, lojas de varejo, área de turismo, finanças, telecomunicação e saúde. A maioria das vagas está no Sudeste e no Sul. Mas a instalação de indústrias no

O Engenheiro de Produção é Peça Fundamental Em Indústrias e Empresas de Quase Todos Os Setores

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Page 1: O Engenheiro de Produção é Peça Fundamental Em Indústrias e Empresas de Quase Todos Os Setores

O engenheiro de produção é peça fundamental em indústrias e empresas de quase todos os setores. Ele gerencia os recursos humanos, financeiros e materiais de uma empresa, com o objetivo de aumentar sua produtividade e rentabilidade. Sua formação associa conhecimento de engenharia a técnicas de administração e fundamentos de economia e engenharia, preparando-o para adotar procedimentos e métodos que racionalizam o trabalho, aperfeiçoam técnicas de produção e ordenam as atividades financeiras, logísticas e comerciais de uma organização. Define a melhor forma de integrar mão de obra, equipamentos e matéria-prima, a fim de avançar na qualidade e aumentar a produtividade. Por atuar como elo entre os setores técnicos e administrativos, seu campo de trabalho ultrapassa os limites da indústria. O especialista em economia empresarial, por exemplo, costuma ser contratado por bancos para montar carteiras de investimentos. Este profissional é requisitado, também, por empresas prestadoras de serviços para definir funções e planejar escalas de trabalho. Há diversos cursos que permitem ingressar nesta carreira como tecnólogo.  

Palavra de Profissional

VÁRIAS ÊNFASES PARA A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Algumas instituições oferecem o curso voltado para alguma habilitação específica. A mais comum é a mecânica, mas também há cursos direcionados para a agroindústria, química, produção civil, automotiva, elétrica, metalúrgica, gestão ambiental, software, confecção industrial e produção em cultura. A Fitas, em Maceió (AL), passou a oferecer, em 2014, o curso de Engenharia de Produção Sucroalcooleira.

Mercado de trabalho

O perfil multidisciplinar deste profissional, que tem sólida base matemática e é treinado para encarar problemas de maneira global, abre o leque de opções de trabalho. Este engenheiro entende de todo o processo produtivo, e por isso tem uma vaga garantida não apenas na indústria, mas também em empresas prestadoras de serviço, lojas de varejo, área de turismo, finanças, telecomunicação e saúde. A maioria das vagas está no Sudeste e no Sul. Mas a instalação de indústrias no Ceará e em Pernambuco abre o mercado nordestino. Merece destaque, ainda, o Centro-Oeste e o interior paulista, com a agroindústria.

As melhores escolas

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MG Belo Horizonte UFMG. Itajubá Unifei. Juiz De Fora UFJF. Viçosa UFV. RJ Rio De Janeiro PUC-Rio, UFRJ. RS Porto Alegre PUCRS, UFRGS. São Leopoldo Unisinos. SC Florianópolis UFSC Eng. De Prod. Civil; Eng. De Prod. Elétr.; Eng. De Prod. Mecân. SP Guaratinguetá Unesp Eng. De Prod. Mecân. São Carlos Ufscar, USP. São Paulo USP. Sorocaba Ufscar.

CE Fortaleza Unifor-CE. ES Vitória Ufes. GO Catalão UFG. Goiânia PUC Goiás. MG Ouro Preto Ufop. MS Dourados UFGD. PB João Pessoa UFPB Eng. De Prod. Mecân.; Engenharia De Produção. PE Recife UFPE. PR Curitiba PUCPR. RJ Niterói UFF. Rio De Janeiro Cefet-RJ. Volta Redonda UFF. RS Caxias Do Sul UCS. SC Joinville Udesc Eng. De Prod. E Sist. Univille. SP Bauru Unesp. São Bernardo Do Campo Centro Universitário Da FEI. São Caetano Do Sul Mauá. São Paulo Mackenzie, PUC-SP, Uninove Eng. De Prod. Mecân. Universidade Anhembi Morumbi.

AM Itacoatiara Ufam. Manaus Ufam. BA Salvador Unifacs. CE Fortaleza UFC Eng. De Prod. Mecân. ES Vila Velha UVV. Vitória Faesa. GO Anápolis Fac. Anhanguera De Anápolis. MA São Luís Fac. Pitágoras De São Luís. MG Belo Horizonte PUC Minas. Betim Fac. Pitágoras De Betim. Conselheiro Lafaiete Fasar-MG. Guaxupé Unifeg Eng. De Prod. E Qualid. João Monlevade Ufop. Lavras Unilavras. Sete Lagoas Unifemm Eng. De Prod. (Mecân.). Uberlândia Fac. Pitágoras De Uberlândia. Varginha Unis. MT Barra Do Bugres Unemat Eng. De Prod. Agroind. PA Belém Cesupa, Uepa, Unama. Redenção Uepa. PB Campina Grande UFCG. PR Curitiba FAE, UFPR. Londrina PUCPR. Maringá UEM Eng. De Prod. (Agroind.); Eng. De Prod. (Confecção Ind.); Eng. De Prod. (Constr. Civil); Eng. De Prod. (Software). Medianeira UTFPR. Toledo PUCPR. RJ Barra Mansa UBM. Campos Dos Goytacazes Uenf, Universidade Candido Mendes. Nova Iguaçu Cefet-RJ. Resende Uerj Eng. De Prod. (Mecân.); Eng. De Prod. (Qualid. Quím.). Rio Das Ostras UFF. Rio De Janeiro Uerj, Unisuam. Volta Redonda Unifoa. RN Natal UFRN. RS Bento Gonçalves UCS. Lajeado Univates. Novo Hamburgo Feevale. Porto Alegre IPA. Santa Cruz Do Sul Unisc. Taquara Faccat-RS.

Orientação Profissional

Engenharia de Produção ou Economia?

Como está o reconhecimento no mercado de trabalho?

Page 3: O Engenheiro de Produção é Peça Fundamental Em Indústrias e Empresas de Quase Todos Os Setores

Engenharia de Produção, Economia ou Relações Internacionais?

Enem: confira dicas para mandar bem na prova

Curso

O curso se inicia com as disciplinas básicas das engenharias. As matérias específicas incluem gestão de investimentos e organização do trabalho. Nos anos finais, acrescentam-se as aulas de disciplinas de Sociais Aplicadas, como administração e economia, e o aluno começa o estudo de matérias próprias da habilitação escolhida. Para se diplomar é preciso fazer estágio e apresentar uma monografa. 

Duração média: 5 anos.

Outro nome: eng. ind.

Gestão da Produção Industrial 

Este tecnólogo tem formação equivalente à do engenheiro de produção e é um especialista em processos de fabricação. No chão de fábrica, serve de intermediário entre os operários e o engenheiro. Mas conhece as particularidades de todas as etapas do processo produtivo, sistemas automatizados e softwares usados em atividades financeiras, de vendas e controle de estoques. Cuida da logística de movimentação do produto na indústria, supervisiona a seleção e o tratamento das matérias-primas, controla a qualidade de processos e ocupa-se da expedição final. Indústrias de pequeno e grande porte que integram a cadeia produtiva do segmento metal-mecânico, automotivo e do petróleo costumam empregar o tecnólogo para as áreas de qualidade, manutenção, processos, produtos e operações. Mas, como o engenheiro, os conhecimentos adquiridos no curso tornam o profissional atraente no setor de serviços também. Na parte curricular, o curso é carregado nas disciplinas das Ciências Exatas. Dentre as específicas constam planejamento e controle da produção, administração industrial, orçamentos e custos, logística e controle da qualidade. O currículo traz, ainda, matérias da área das engenharias, como termodinâmica, refrigeração e materiais metálicos e polímeros. Os processos de fabricação, o funcionamento das linhas de produção automatizadas e os softwares para comandar as diversas etapas de trabalho na empresa são conhecidos nas aulas práticas. A formação requer um estágio de seis meses. As escolas também costumam pedir um trabalho de conclusão de curso. 

Duração média: 3 anos.

Outro nome: prod. ind.

Gestão da Qualidade 

O tecnólogo com esta formação acompanha os processos de produção industrial, a

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rotina de trabalho e a prestação de serviços em empresas de diversos setores, com foco específico na busca de maior qualidade e produtividade. Trabalha tanto em fábricas quanto em estabelecimentos comerciais, instituições financeiras e empresas prestadoras de serviços, para garantir que sejam cumpridos padrões de normalização e metrologia internacionais. Pode especializar-se em auditorias para órgãos internacionais que emitem as certificações de qualidade, trabalhar em laboratórios de metrologia ou voltar-se para a área de recursos humanos. Certificados de qualidade, como os certificados ISO, garantem a demanda por este profissional no mercado. As áreas de ambiente e auditoria são as mais promissoras. Preste atenção na proposta do curso e em sua grade curricular antes de se inscrever para o processo seletivo. Algumas instituições enfatizam a qualidade na prestação de serviços, enquanto outras, a formação industrial. Administração, informática e matemática aplicada somam-se às disciplinas mais técnicas, como metrologia e normalização. Algumas escolas exigem estágio e um trabalho de conclusão de curso. 

Atenção: o Senai Cimatec, em Salvador (BA), oferece o curso Inspeção de Equipamentos e de Soldagem.

Duração média: 2 anos.

Outros nomes: gestão de Sist. da Qualid.; Inspeção de Equipamentos e de Soldagem; Qualid.

O que você pode fazer

Desenvolvimento organizacionalAnalisar e definir a estrutura de uma empresa.Economia empresarialGerenciar a vida financeira de uma empresa, lidando com custos e aplicação de recursos.Engenharia do trabalhoAdministrar a mão de obra para a produção de bens ou a prestação de serviços, avaliando custos, prazos e instalações para possibilitar a execução do trabalho.Planejamento e controleImplantar e administrar processos de produção, da seleção de matérias-primas à saída do produto. Estabelecer e fiscalizar padrões de qualidade. Gerenciar operações logísticas, como armazenagem e distribuição.Produção agroindustrialAtuar na produção agrícola, processamento industrial, comercialização e distribuição de produtos.Simulação de processosAntecipar problemas e encontrar soluções, com o uso de ferramentas de TI.

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Engenharia de Produção: o que é e o que faz?AUTOR FACULDADE DA SERRA GAÚCHA PUBLICADO 28 DE AGOSTO DE 2014

O curso de Engenharia de Produção lida com a interação de homens, materiais,

equipamentos e processos, encarando-os como recursos para a realização da atividade

produtiva. Ao iniciar a carreira no mercado de trabalho para engenharia de produção,

em geral, o profissional recém-formado vai para a indústria trabalhar com qualidade,

processos de fabricação ou PCP (planejamento e controle da produção). Uma empresa

contrata engenheiro de produção também para atuar na área de finanças e pesquisa.

Além dessas oportunidades, têm os casos em que os profissionais abrem o próprio

negócio.

 

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A Engenharia de Produção surge no momento em que o trabalhador, além de criar e

produzir o produto passa a se preocupar em organizar, mecanizar e aperfeiçoar a sua

produção, deixando-a assim mais lucrativa. A Revolução Industrial iniciada no século XVIII

trouxe consigo as máquinas e consequentemente a dificuldade em se gerenciar os

processos de produção. Com o tempo, grandes nomes como Frederick Winslow Taylor e

Henry Ford deixaram suas marcas na história, ao inspirarem diversos sistemas de

produção, dentre eles o Sistema Fordista e o Sistema Toyota de Produção.

Mercado de trabalho para engenharia de produção e concorrência

O Engenheiro de Produção é indispensável em uma organização que tenha como

objetivos aumentar a sua produtividade, tanto quantitativa quanto qualitativa. Ao unir

conhecimentos de administração, economia e engenharia para desenvolver o trabalho,

aprimorar técnicas de produção e controlar as atividades financeiras, logísticas e

comerciais das empresas, acaba por se tornar um profissional completo e único.

O perfil multidisciplinar deste engenheiro, que une a matemática e a lógica para encarar

problemas de maneira global, abre um leque muito grande de oportunidades de trabalho,

uma vez que compreende todo o processo produtivo. Essas características dão margem

para o surgimento de vagas não apenas na indústria, mas também em empresas

prestadoras de serviço, lojas de varejo, área de turismo, finanças, telecomunicação,

saúde, entre outras.

O mercado de trabalho para engenharia de produção muitas vezes coloca profissionais

de áreas completamente distantes para competir pela mesma vaga. Mesmo não possuindo

a mesma formação técnica que os Engenheiros de Produção,

algunsAdministradores e Engenheiros Mecânicos, por exemplo, se tornam concorrentes

diretos. Logo, o Engenheiro de Produção deve estar sempre atento às necessidades

e oportunidades do mercado, além da sua própria formação, já que pode atuar em todos

os segmentos do mercado de trabalho.

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Contudo, ao considerar o estado atual de compressão do mercado de engenharia no

Brasil, o mercado de Engenharia de Produção é sem sombra de dúvida o que mais

lucra. Estes profissionais vêm obtendo boas colocações no mercado especialmente em

função do seu perfil, que coincide com o que se está exigindo nos dias de hoje: sólida

formação científica e visão geral suficiente para encarar os problemas de modo global.

Além do mercado clássico formado por sociedades industriais, altamente instáveis e

condicionadas à estabilidade econômica, uma série de esferas passaram a procurar estes

profissionais, tais como empresas e organizações focadas em finanças, telecomunicações

e informática. O dinamismo e seu alto crescimento marcam estes setores que têm crescido

mesmo quando a economia como um todo tem se estagnado, tornando-as extremamente

promissoras em um futuro próximo.

A ABEPRO (Associação Brasileira de Engenharia de Produção) disponibiliza

constantemente oportunidades de emprego em todo o território brasileiro para as

diversas áreas relacionadas à Engenharia de Produção.  A associação ainda anuncia

vagas de estágio, promovendo assim a Engenharia de Produção no país.

Engenharia de produção: o perfil do profissional

O engenheiro de produção deve ter características como: espírito empreendedor,

comprometimento, saber trabalhar em equipe, gostar de estudar além de ter uma postura

global, que o ajudará a evoluir na carreira.O profissional formado deve estar sempre em

busca de novos cursos de especialização e aperfeiçoamento. Dar sequência aos estudos,

seja através de um mestrado ou doutorado, é fundamental para ganhar credibilidade

no mercado de trabalho.

Para o Engenheiro de Produção ter sucesso em sua carreira, é indispensável que ele

seja empreendedor e comprometido com os resultados da empresa. Saber trabalhar em

conjunto e manter-se sempre atualizado as novas tendências são atitudes que propiciam o

surgimentos de novas oportunidades além, claro, de auxiliar no crescimento na carreira.

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Quanto ganha um engenheiro de produção?

Atualmente o Brasil sofre com a falta de profissionais qualificados para as vagas de

emprego que o mercado oferece, e isso naturalmente engloba as vagas oferecidas para os

Engenheiros de Produção. Diante desse cenário uma empresa contrata um Engenheiro

de Produção, realmente qualificado, especializado em Gestão de Projetos na área de

Petróleo e Gás por até R$25.000,00 ou R$30.000,00. Já um Gerente de Produção

também da área de Petróleo e Gás pode ser contratado por um valor que varia

deR$25.000,00 a R$45.000,00 mensais.

O mercado de trabalho para engenharia de produção necessita de profissionais completos,

que saibam desde programar a gerenciar, e que além de experiência tenham a

responsabilidade exigida por cada função. A maneira como o Engenheiro se associa à

profissão vai muito além da atmosfera da empresa onde trabalha. Situações, eventos e

diversos outros fatores que estão fora da empresa podem, inclusive, afetar a maneira

como o profissional irá aplicar o aumento na produtividade dentro da organização.

O salário inicial de um engenheiro de produção, para a carga horária de 6 (seis) horas

diárias, está em torno seis salários mínimos, chegando até a 8,5 salários mínimos no

caso de 8 (oito) horas, conforme o CREA do estado de São Paulo.

O cenário do mercado de trabalho para os profissionais de engenharia de produção é

promissor, mas exige uma formação qualificada e um perfil empreendedor. Um profissional

capaz de superar as expectativas do mercado de trabalho, certamente saberá buscar suas

oportunidades.

Na FSG o estudante de engenharia da produção recebe formação que o capacita a

absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na

identificação e resolução de problemas ligados às atividades de projeto, operação, gestão

e melhoria de sistemas de produção de bens e/ou serviços, considerando seus aspectos

humanos, econômicos, sociais e ambientais, com visão ética e humanística, em

atendimento às demandas da sociedade.

faculdades

O que faz um Engenheiro de Produção?Saiba mais sobre o curso de Engenharia de Produção conferindo nossa matéria.

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Email

Curso de Engenharia de Produção

O Engenheiro de Produção planeja, projeta e gerencia sistemas organizacionais que envolvem recursos humanos, materiais, tecnológicos, financeiros e ambientais. Alia conhecimentos técnicos e gerenciais para otimizar o uso de recursos produtivos e diminuir os custos de produção de bens e serviços. Preocupa-se com o desempenho econômico eficaz que seja ambientalmente sustentável e responsável.

Atribuições de um Engenheiro de Produção

A Engenharia de Produção é o ramo da Engenharia que lida com a otimização de processos e sistemas complexos. Tipicamente, os engenheiros de produção:

Encontre a faculdade certa pra você

Revisam programas de produção, especificações de engenharia, fluxos de processo e outras informações para entender os métodos e atividades nas manufaturas e serviços;

Descobrem como produzir partes ou produtos, ou prestar serviços, com máxima eficiência;

Desenvolvem sistemas de controle para fazer planejamentos financeiros e análises de custos mais eficientes.

Realizam procedimentos de controle de qualidade para resolver problemas de produção ou minimizar custos;

Trabalham com os consumidores e com a gerência para desenvolver padrões para projetos e produção;

Projetam sistemas de controle para coordenar atividades e planejamento de produção para certificar que os produtos atenderão os padrões de qualidade;

Comunicam-se com os clientes sobre as especificações do produto, com os fornecedores sobre compras, com os gerentes sobre capacidade de produção, e com os times sobre o status do projeto.

Mercado de trabalho para o profissional de Engenharia de Produção

O mercado de trabalho para esse profissional é vasto, visto que a aplicação dos conhecimentos se dirige a vários setores da indústria, além do ramo de serviços e comércio. Na maioria das faculdades, são poucos os alunos que não estão empregados enquanto praticam ou terminam a seu curso. O salário inicial para a carga horária de 6 horas diárias está em torno de R$ 3.000,00, segundo o CREA do Estado de São Paulo; isso pode variar de empresa para empresa, mas a média é  em torno desse valor.

No setor público:

No setor público, o engenheiro de produção ganha lugar:

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Em prefeituras e governos estadual e federal, auxiliando no desenvolvimento regional, através de seus conhecimentos de projeto e gestão;

Atuando em setores de fiscalização; Na condução de obras.

No setor privado:

No setor privado, eles podem atuar na gerência da cadeia de suprimentos para:

Ajudar as empresas a minimizar custos de estoque; Conduzir atividades de garantia de qualidade para ajudar as empresas a manter seus

consumidores satisfeitos; Trabalhar no crescente ramo de gerenciamento de projetos, já que as indústrias

estão procurando controlar custos e maximizar a eficiência.

No exterior

No exterior, o engenheiro de produção tem muitas oportunidades. Essencialmente, um engenheiro de produção formado carrega em seu curriculum um curso de formação em inglês. As oportunidades listadas são:

Empregos em multinacionais no Brasil com sede no exterior ; O parque de diversões da Disney contrata engenheiros de produção para cuidar do

seu funcionamento; Cursos de aperfeiçoamento com opções de estágio.

Onde estudar Engenharia de Produção

Veja algumas universidades autorizadas pelo MEC a oferecer o curso de Engenharia de Produção: 

Privadas:

Centro Educacional Anhanguera (Anhanguera) Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL) Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) Universidade Estácio de Sá (UNESA)

Públicas:

Universidade Federal de Viçosa (UFV) Universidade de Brasília (UNB) Universidade Federal do Amazonas (UFAM) Universidade Federal do Paraná (UFPR)

 

Saiba mais sobre o curso de Engenharia de Produção!

Você conhecia os melhores cursos de Engenharia de Produção? Se você se interessa por esse curso ou tem alguma experiência para nos contar, deixe seu comentário!

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O que faz um Engenheiro de Produção?

Escrito por: Jéssica Dias em 22/10/2014

Se você está escolhendo sua profissão ou mesmo tem curiosidade pra

saber o que um engenheiro de produção faz, este post é pra você!

Vamos falar um pouco, de forma geral, quais são as

responsabilidades deste profissional ao atuar no mercado. Se você

quer saber como seria esse trabalho na prática, veja como é o

trabalho de um Engenheiro de Produção na Disney.

A Engenharia de Produção é o ramo da engenharia que lida com a

otimização de processos e sistemas complexos. Nela os engenheiros

procuram formas de eliminar desperdícios nos processos de

produção, além de inventar/aplicar maneiras mais eficientes de usar

os trabalhadores, máquinas, materiais, informações e energia para

fazer um produto ou prover um serviço.

Tipicamente, os engenheiros de produção:

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Revisam programas de produção, especificações de engenharia,

fluxos de processo e outras informações para entender os métodos e

atividades nas manufaturas e serviços;

Descobrem como produzir partes ou produtos, ou prestar serviços,

com máxima eficiência;

Desenvolvem sistemas de controle para fazer planejamentos

financeiros e análises de custos mais eficientes;

Promulgam procedimentos de controle de qualidade para resolver

problemas de produção ou minimizar custos;

Trabalham com os consumidores e com a gerencia para desenvolver

padrões para projetos e produção;

Projetam sistemas de controle para coordenar atividades e

planejamento de produção para certificar que os produtos atenderão

os padrões de qualidade;

Comunica-se com os clientes sobre as especificações do produto, com

os fornecedores sobre compras, com os gerentes sobre capacidade

de produção, e com os times sobre o status do projeto.

Page 13: O Engenheiro de Produção é Peça Fundamental Em Indústrias e Empresas de Quase Todos Os Setores

Os engenheiros de produção aplicam suas habilidades para diferentes

situações desde manufatura até administração de negócios. Por

exemplo, eles projetam sistemas para:

Mover partes pesadas dentro das fábricas;

Fazer os produtos da empresa chegarem aos consumidores, inclusive

encontrando a forma mais rentável de localizar as fábricas;

Avaliar o quão bem as pessoas desempenham seu trabalho;

Fazer pagamentos.

Estes profissionais focam em como fazer o trabalho de forma mais

eficiente, balanceando fatores como tempo, número de trabalhadores

necessário, tecnologias disponíveis, ações que os funcionários

precisam tomar, minimização de erros na fabricação, segurança dos

trabalhadores, fatores ambientais e custo. Para encontrar formas de

melhorar a performance, os engenheiros primeiro estudam as

especificações do produto cuidadosamente, então eles usam métodos

matemáticos e modelos para projetar sistemas de produção e

informações para então preencher todos os requerimentos e

especificações o mais eficientemente possível.

Sua versatilidade permite ao engenheiro de produção se engajar em

atividades que são úteis para uma variedade de negócios, governos

ou ONGs. Por exemplo, eles podem se empenhar na gerência da

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cadeia de suprimentos para ajudar as empresas a minimizar custos

de estoque, conduzir atividades de garantia de qualidade para ajudar

as empresas a manterem seus consumidores satisfeitos, e trabalhar

no crescente ramo de gerenciamento de projetos já que as indústrias

estão procurando controlar custos e maximizar a eficiência.

 

Bureau of Labor Statistics, U.S. Department of Labor, Occupational

Outlook Handbook, 2014-15 Edition, Industrial Engineers,

on the Internet at http://www.bls.gov/ooh/architecture-and-

engineering/industrial-engineers.htm (visited October 12, 2014).

Texto elaborado por Ricardo NaveiroProfessor da UFRJ e Diretor Técnico da ABEPRO - GESTÃO 2004/ 2005

A Engenharia de Produção se dedica ao projeto e gerência de sistemas que envolvem pessoas, materiais, equipamentos e o ambiente.

Ela é uma engenharia que está associada as engenharias tradicionais e vem ultimamente ganhando a preferência na escolha dos candidatos à engenharia. Ela é sem dúvida a menos tecnológica das engenharias na medida que é mais abrangente e genérica, englobando um conjunto maior de conhecimentos e habilidades. O aluno de engenharia de produção aprende matérias relacionadas a economia, meio ambiente, finanças, etc., além dos conhecimentos tecnológicos básicos da engenharia.

Qual a diferença entre engenharia de produção e administração de empresas ?

A engenharia de produção tem um conteúdo tecnológico, isto é o aluno cursa as disciplinas básicas de química, física e matemática complementadas por um conjunto de matérias de engenharia, tais como materiais, desenho técnico, eletrotécnica, automação industrial etc... É claro que a profundidade que o aluno estuda essas matérias técnicas é menor que a dos seus colegas da engenharia elétrica, mecânica, etc.Ambas as carreiras têm matérias sobre administração, comércio, contabilidade e técnicas de gerência. Na engenharia de produção essas matérias estão mais voltadas para a realidade industrial.

O curso de engenharia de produção não fica um curso muito superficial, onde o aluno acaba não aprendendo nada ?

Não, o engenheiro de produção é o único profissional do mercado que consegue enxergar os problemas de forma global, não fragmentada. Ele conhece os diversos problemas industriais e as tecnologias que são necessárias para resolvê-los, mas nem sempre é a pessoa que irá se concentrar no detalhe da resolução.

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Nesse caso, o engenheiro de produção então depende sempre de outros profissionais para resolver os problemas ?

Isso é parcialmente verdadeiro para os problemas tecnológicos, principalmente para os problemas mais complexos. Mas, nem todas as empresas são do tamanho da Petrobras, pelo contrário a maioria das empresas são de médio e pequeno porte, de forma que muitas delas tem problemas tecnológicos de baixa complexidade perfeitamente resolvíveis por um engenheiro de produção.

Qual é então a área específica de conhecimento de um engenheiro de produção ?

O engenheiro de produção tem como area específica de conhecimento os métodos gerenciais, a implantação de sistemas informatizados para a gerência de empresas, o uso de métodos para melhoria da eficiência das empresas e a utilização de sistemas de controle dos processos da empresa. Tudo o que se refere as atividades básicas de uma empresa tais como planejar as compras, planejar e programar a produção e planejar e programar a distribuição dos produtos faz parte das atribuições tipicas do engenheiro de produção. É por isso que o engenheiro de produção pode trabalhar em praticamente qualquer tipo de indústria.

Em que setores da economia trabalha um engenheiro de produção ?

Em vários setores tais como:

Indústrias de automóveis, eletrodomésticos, de equipamentos, etc. enfim setores que fabricam algum tipo de produto.

Empresas de serviços tais como: empresas de transporte aéreo, transporte maritimo, construção, consultoria em qualidade, hospitais, consultoria em geral e cursos, etc.

Instituições e empresas públicas tais como: Correios, Petrobras, Agência Nacional de Energia, Agência Nacional de Petróleo, BNDEs, etc.

Empresas privadas de petróleo, usinas de açucar, empresas de telefonia, agroindústrias, indústrias de alimentos, bancos (parte operacional), seguradoras e fundos de pensão.

Bancos de investimento (na análise de investimentos) 

O que faz um engenheiro de produção ?

Ele pode trabalhar em diversas áreas da empresa:

Área de operações: execução da distribuição dos produtos, controle de suprimentos, ... Área de planejamento: estratégico, produtivo, financeiro, ... Área financeira: controle financeiro, controle dos custos, análise de investimentos. Área de logística: planejamento da produção e da distribuição de produtos, ... Área de marketing: planejamento do produto, mercados a serem atendidos, ...

Como está o mercado para os engenheiros de produção ?

Considerando-se a situação atual de retração do mercado de engenharia no Brasil, o mercado de engenharia de produção é sem sombra de dúvida o que desfruta da melhor situação. Todos os engenheiros de produção vem conseguindo boas colocações no mercado principalmente em função do seu perfil que coincide com o que se está demandando nos dias de hoje: um profissional com uma sólida formação científica e com visão geral suficiente para encarar os problemas de maneira global.O mercado de trabalho para o engenheiro de produção tem-se mostrado extremamente diversificado. Além do mercado tradicional (empresas e empreendimentos industriais), altamente instável e dependente da estabilidade econômica, uma série de setores/áreas passaram a procurar os profissionais formados pelas melhores universidade em engenharia de produção.O ponto em comum entre todas as áreas citadas abaixo é o dinamismo e sua alta taxa de crescimento. São setores que tem crescido mesmo quando a economia como um todo tem se estagnado e todas as previsões são unânimes em considerá-los como extremamente promissores no futuro (próximos 5 anos). Os principais são:

Finanças Telecomunicações Atuária Informática e Internet

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1. Finanças

A maioria das instituições financeiras (bancos, corretoras, bancos de investimento, seguradoras) tem preferido contratar engenheiros de produção à economistas. Por que?

Porquê hoje um bom analista de investimento deve possuir além de uma visão global do ambiente em que uma empresa está atuando uma forte base matemática para desenvolver e utilizar os diferentes modelos de análise de investimento.

Um bom analista de investimentos sabe que um empreendimento de sucesso está quase sempre associado a uma equipe de gestores altamente competente e qualificada. Este analista de investimentos deve, portanto, ser capaz de reconhecer e identificar esta competência da equipe responsável pelo desenvolvimento do empreendimento e isto só se consegue com uma formação diversificada, que inclua conhecimentos sobre a gestão de recursos humanos, que o engenheiro de produção possui e outros profissionais não.

Além da análise de investimentos, os instituições financeiras tem procurado os engenheiros de produção recém-formados para trabalharem nas suas mesas de bolsa e mercado aberto. Os profissionais destas áreas devem ter uma sólida formação matemática e alto grau de raciocínio lógico e abstrato, requisitos mais facilmente encontrados nas áreas ligadas à engenharia.

Mais de 50% dos engenheiros de produção que se formam todo ano pela UFRJ são contratados por empresas desta área.

2. Telecomunicações

O cenário atual, de uso intensivo de tecnologias de informação e comunicação, tem imposto às diversas organizações uma postura muito mais flexível, que as capacite a responder rapidamente às mudanças.

Esta nova realidade tem promovido o surgimento de uma nova indústria, que está sendo chamada da indústria de info-comunicação. Esta nova indústria é o resultado da convergência de 3 grandes indústrias - informática, telecomunicações e mídia (entretenimento, indústria cultural, propaganda e marketing) - e vem crescendo pelo menos duas vezes mais rapidamente que os demais setores da economia na Europa, Brasil, Japão e EUA.

No Brasil, o setor de Telecomunicações é um dos setores mais dinâmicos da economia e assim deve se manter nos próximos anos até que a enorme demanda reprimida possa ser satisfeita tanto em termos quantitativos (quantidade de linhas fixas e celulares necessárias para atender a população) como em termos qualitativos (qualidade do serviço prestado, que hoje é extremamente baixo).

A demanda nesta área é por técnicos e engenheiros de telecomunicações mas, principalmente, por gente capaz de entender e gerenciar o negócio, criando e administrando novos produtos e serviços.

Mais uma vez, os engenheiros de produção são aqueles mais habilitados a cumprir esta tarefa por possuírem uma formação multidisciplinar. O gerente de novos produtos, ou o gerente de novos negócios é um profissional que precisa de sólida formação matemática, conhecer as tecnologias envolvidas, estar familiarizado com a área financeira, visão de marketing, enfim, um grande domínio do "negócio" telecomunicações. O engenheiro de produção está mais preparado para esta tarefa do que o engenheiro de uma outra área. Cabe ressaltar que a demanda por estes profissionais não está limitada geográficamente, encontrando-se dispersa por todo o país.

Embora tenha contratado poucas pessoas até 1999, a expectativa é que com o fim do processo de privatização e a entrada em operação do conjunto das chamadas empresas espelho em 2000, o setor passe por um período de grande expansão nos próximos anos. De todos os setores aqui citados, este e o de Informática e Internet serão, provavelmente, os maiores empregadores nos próximos 5 anos.

3. Atuária

A atuária está relacionada as áreas de fundos de pensão e previdência. Este setor tem tido uma taxa de crescimento superior a 10% por ano, tanto na área pública (prefeituras e estados) quanto

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na privada (aposentadoria). O número de profissionais formados nesta área é muito inferior a demanda. No Rio de Janeiro apenas a UFRJ forma atuários (cerca de 5 por ano) e todos eles são contratados pelo menos 1 ano antes de se formarem.

Apesar de demandar uma formação específica na parte de cálculo atuarial (quanto que eu preciso pagar por mês para poder me aposentar aos 65 anos, poder ter seguro saúde, etc), a falta de profissionais tem levado estas instituições a contratarem engenheiros de produção e dar-lhes uma formação complementar nestas áreas específicas.

A experiência tem sido extremamente positiva. Os engenheiros de produção tem-se mostrado os mais aptos a este tipo de reconversão e tem sido privilegiados nos processos seletivos.

4. Informática e Internet:

Na área de Informática, Internet e Comércio Eletrônico as possibilidades são ilimitadas. Todos os dias as projeções quanto a explosão do Comércio Eletrônico são revistas, normalmente para cima.

No Brasil, o mercado nesta área foi estimado pelo Grupo Especial do Ministério da Ciência e Tecnologia em R$ 40 bilhões em 2003. Todos os grandes grupos internacionais começam a se instalar no país e o próprio governo tem estimulado o aparecimento de empresas de base tecnológica, através de incubadoras e parques tecnológicos.

As possibilidades são de dois níveis:

Abrir seu próprio negócio

A tendência para os próximos anos é de incentivo para a criação de novas empresas com forte conteúdo tecnológico, em especial na Internet. Diversas linhas de financiamento (BNDEs, FINEP) estão sendo criadas e diversos Fundos de Investimento de Capital de Risco (Venture Capital) estão sendo criados ou trazidos para o Brasil.Nos dois últimos anos, o número de formandos em engenharia de produção que partem para a realização de negócio próprio tem crescido na UFRJ de praticamente zero (1997) para cerca de 10% da turma em 1999. Mais uma vez o engenheiro de produção, segundo estatísticas do Banco do Brasil e do PROGER (Programa de Geração de Emprego e Renda) é o que apresenta melhores índices de sucesso após um ano de abertura de empresas. Em geral, mais de 80% das empresas fecham após o seu primeiro ano de funcionamento. No caso de empresas formadas por engenheiros de produção este índice é de menos de 50%.As causas deste sucesso podem ser atribuídas a formação gerencial (administração, gerência de recursos humanos, financeira), a sólida base matemática e a formação multidisciplinar deste engenheiro.

Trabalhar em empresas da área

Com o crescimento do mercado brasileiro de Internet, grandes empresas estão se lançando no mercado. O mercado de trabalho nestas áreas (comércio eletrônico, logística, Web Design) deve crescer bastante nos próximos anos. Esta área e telecomunicações serão setores que deverão conhecer as maiores taxas de crescimento no Brasil nos próximos 5 anos.O perfil do profissional demandado é de alguém com formação multidisciplinar, particularmente em áreas como informática, gestão e administração (finanças, recursos humanos). O engenheiro de produção tem tudo para ser, aqui também, o profissional com um tipo de formação que mais se aproxima das necessidades do mercado, principalmente se aliar a sua formação acadêmica com experiência de estágios e formação complementar nas áreas citadas.

 

Faculdades promovem a "McDonaldização" do ensino

Em oposição ao ensino reflexivo, as faculdades estão promovendo a Educação de resultados. Para a maioria dos cursos universitários, profissional competente será aquele preparado par dar respostas práticas e rápidas que acelerem o lucro, "característica inerente à manutenção das relações de poder da sociedade", como ressalta matéria da revista "CartaCapital". Pelo país, reproduzem-se às dezenas cursos que preparam seus alunos para o mercado competitivo, formando profissionais como se fosse produtos ou marcas. Trata-se da "McDonaldização" da

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Educação, comparam os autores da matéria, o administrador de empresas Rafael Alcadipani e o professor da Fundação Getúlio Vargas, Ricardo Bresler.

Assim como na rede mundial de lanchonetes, dizem eles, algumas universidades espalham seus cursos pelo país, como franquias que formatam pessoas dóceis, submissas e disciplinadas. A principal idéia vendida é de que para ter sucesso profissional e ganhar dinheiro é preciso ser um profissional com capacidade técnica para produzir resultado práticos e não um profissional cidadão. Contraditoriamente, quem defende essa agilidade de resultados, prega também a flexibilidade e a humanização nas empresas. No entanto, aquela receita de bolo pré-formatada não coincide em nada com um projeto humanista.

Quantificação da produção

Após a faculdade, vem a fase de produção de publicações. Participar de congressos e publicar artigos se tornam o diferencial para um currículo sólido, mesmo que a pesquisa seja irrelevante. Assim, importam as publicações por quilo e não pela qualidade. Como disse a filósofa e professora da USP, Marilena Chauí, em entrevista à revista "Caros Amigos", a produtividade é medida por números: números de publicações, número de orientados na pós-graduação, número de cursos de extensão. O próprio ministro da Educação, Paulo Renato Souza, confirmou essa teoria durante participação no programa "Roda Viva", na TVE. Todas as indagações eram respondidas com números. Quando questionado sobre o que é formar um estudante para a vida, ele respondeu que significava "preparar para o mercado de trabalho e passar no vestibular". O protótipo da "fast-imbecilização" são os cursinhos pré-vestibulares, em que professores adestrados cantam, dançam e repetem piadas para que seus alunos memorizem conteúdo suficiente para passar no vestibular. Superada essa fase, é jogado no lixo todo o conteúdo que despreza a lógica econômica.

Quantificação da pessoa

Mesmo nas universidades mais formatadas, no entanto, ainda existem jovens com capacidade de refletir e criticar, não se submetendo à coisificação e quantificação da pessoa. O ideal, ressaltam os autores, seria multiplicar essa capacidade de questionamento, mudando as diretrizes atuais da Educação. De início, deve se desmitificar a transmissão da técnica como sendo a única função da Educação. Para uma formação mais ampla, capaz de incentivar a reflexão, é necessário deixar de lado a ênfase na instrumentalização e promover um pensamento que tenha força na emancipação.

Material retirado da Universidade aberta do dia 30/05/00:http://www.unaberta.ufsc.br/index.html

Enviado porProf. João Ernesto E. CastroUFSC/CTC/EPS/LSADhttp://www.lsad.eps.ufsc.br/

Áreas e Sub-áreas de Engenharia de Produção

O documento ÁREAS DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO foi elaborado pela Comissão de Graduação da ABEPRO e discutido, aperfeiçoado e aprovado nas reuniões do Grupo de Trabalho de Graduação (GT) ocorridas no ENCEP 2008 e no ENEGEP 2008.O texto atuais tem como base principal os seguintes documentos históricos da ABEPRO, que podem ser encontrados em: http://www.ufjf.br/proengprod 

       ENGENHARIA DE PRODUÇÃO: GRANDES ÁREAS E DIRETRIZES CURRICULARES - 1998Elaborado pelo Grupo de Trabalho de Graduação em Engenharia de Produção da A BEPRO nas reuniões realizadas durante o XVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção (XVII ENEGEP, Gramado, RS, 6 a 9 de outubro de 1997) e durante o III Encontro de Coordenadores de Cursos de Engenharia de Produção (III ENCEP, Itajubá - EFEI, 27 a 29 de abril de 1998).

        ENGENHARIA DE PRODUÇÃO: GRANDES ÁREAS E DIRETRIZES CURRICULARES - 2001

Documento atualizado durante o VI Encontro de Coordenadores de Cursos de Engenharia de Produção (VI ENCEP, Penedo - UERJ, 11de maio de 2001).

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        UM PANORAMA ATUAL DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - TEXTO/2002

Documento produzido por Gilberto Dias da Cunha (UFRGS). 

       UM PANORAMA ATUAL DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - APRESENTAÇÃO/2002Apresentação produzida por Gilberto Dias da Cunha (UFRGS).

        MANUAL DE AVALIAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - 2002

O primeiro Manual de Avaliação do Curso de Engenharia de Produção foi elaborado (parte específica da modalidade) por uma comissão eleita no VII ENCEP (Manaus, abril de 2002) composta por:

Alexandre Augusto Massote (FEI); André Clementino de O. Santos (UEPA); Antônio Sérgio Coelho (UFSC); Gilberto Dias da Cunha (UFRGS); Marco Mesquita (USP); Nivaldo Lemos Coppini (Presidente da ABEPRO - UNIMEP) e Vanderlí Fava de Oliveira (UFJF).

        DOCUMENTOS ABEPRO - 2003

Documentos que foram elaborados pela Comissão de Diretrizes Curriculares da ABEPRO - Gilberto Dias da Cunha (UFRGS), Milton Vieira Filho (UNIMEP) e Vanderlí Fava de Oliveira (UFJF)  cumprindo resolução da Sessão Plenária Final do IX ENCEP, realizado entre os dias 28 e 30 de maio de 2003, no Centro Universitário da FEI em São Bernardo do Campo - SP.

o         Referências curriculares da Engenharia de Produção

o  Parecer sobre duração, carga horária e integralização dos cursos de Engenharia de Produção

o         Proposta de Substituição da Resolução CONFEA nº 235: Exposição de Motivos

o         Resolução substitutiva à Nº 235, DE DD MMM AAAA

o         Glossário Técnico - Área de Engenharia de Produção.

        ÁREAS DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

LABORATÓRIOS RECOMENDADOS PARA O CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃODocumentos elaborados pela Comissão de Graduação da ABEPRO - Adriana Ferreira de Faria (UFV), Francisco Soares Másculo (UFPB), Gilberto Dias da Cunha (UFRGS), Milton Vieira Júnior (UNINOVE), Patrícia Cardoso (UFES), Vagner Cavenaghi (UNESP), e Vanderlí Fava de Oliveira (UFJF) - e discutido, aperfeiçoado e aprovado nas reuniões do Grupo de Trabalho de Graduação (GT) ocorridas no ENCEP 2008 e no ENEGEP 2008.

  Grupo de Trabalho de Graduação da ABEPROAdriana Ferreira de Faria (UFV)Francisco Soares Másculo (UFPB)Gilberto Dias da Cunha (UFRGS)Milton Viera Júnior (UNINOVE)Patrícia Cardoso (UFES)Vagner Cavenaghi (UNESP)Vanderlí Fava de Oliveira (UFJF) 

ÁREAS DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

As subáreas do conhecimento relacionadas à Engenharia de Produção que balizam esta modalidade na Graduação, na Pós-Graduação, na Pesquisa e nas Atividades Profissionais, são as relacionadas a seguir. 1.         ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO         Projetos, operações e melhorias dos sistemas que criam e entregam os produtos (bens ou serviços) primários da empresa.

1.1.     Gestão de Sistemas de Produção e Operações1.2.     Planejamento, Programação e Controle da Produção1.3.     Gestão da Manutenção1.4.     Projeto de Fábrica e de Instalações Industriais: organização industrial, layout/arranjo físico1.5.     Processos Produtivos Discretos e Contínuos: procedimentos, métodos e sequências1.6.     Engenharia de Métodos

 2.         LOGÍSTICA         Técnicas para o tratamento das principais questões envolvendo o transporte, a movimentação, o estoque e o armazenamento de insumos e produtos, visando a redução de custos, a garantia da disponibilidade do produto, bem como o atendimento dos níveis de exigências dos clientes.

2.1.     Gestão da Cadeia de Suprimentos

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2.2.     Gestão de Estoques2.3.     Projeto e Análise de Sistemas Logísticos2.4.     Logística Empresarial2.5.     Transporte e Distribuição Física2.6.     Logística Reversa

 3.         PESQUISA OPERACIONAL         Resolução de problemas reais envolvendo situações de tomada de decisão, através de modelos matemáticos habitualmente processados computacionalmente. Aplica conceitos e métodos de outras disciplinas científicas na concepção, no planejamento ou na operação de sistemas para atingir seus objetivos. Procura, assim, introduzir elementos de objetividade e racionalidade nos processos de tomada de decisão, sem descuidar dos elementos subjetivos e de enquadramento organizacional que caracterizam os problemas.

3.1.     Modelagem, Simulação e Otimização3.2.     Programação Matemática3.3.     Processos Decisórios3.4.     Processos Estocásticos3.5.     Teoria dos Jogos3.6.     Análise de Demanda3.7.     Inteligência Computacional

 4.         ENGENHARIA DA QUALIDADE         Planejamento, projeto e controle de sistemas de gestão da qualidade que considerem o gerenciamento por processos, a abordagem factual para a tomada de decisão e a utilização de ferramentas da qualidade.

4.1.     Gestão de Sistemas da Qualidade4.2.     Planejamento e Controle da Qualidade4.3.     Normalização, Auditoria e Certificação para a Qualidade4.4.     Organização Metrológica da Qualidade4.5.     Confiabilidade de Processos e Produtos

 5.         ENGENHARIA DO PRODUTO         Conjunto de ferramentas e processos de projeto, planejamento, organização, decisão e execução envolvidas nas atividades estratégicas e operacionais de desenvolvimento de novos produtos, compreendendo desde a concepção até o lançamento do produto e sua retirada do mercado com a participação das diversas áreas funcionais da empresa.

5.1.     Gestão do Desenvolvimento de Produto5.2.     Processo de Desenvolvimento do Produto5.3.     Planejamento e Projeto do Produto

 6.         ENGENHARIA ORGANIZACIONAL         Conjunto de conhecimentos relacionados à gestão das organizações, englobando em seus tópicos o planejamento estratégico e operacional, as estratégias de produção, a gestão empreendedora, a propriedade intelectual, a avaliação de desempenho organizacional, os sistemas de informação e sua gestão e os arranjos produtivos.

6.1.     Gestão Estratégica e Organizacional6.2.     Gestão de Projetos6.3.     Gestão do Desempenho Organizacional6.4.     Gestão da Informação6.5.     Redes de Empresas6.6.     Gestão da Inovação6.7.     Gestão da Tecnologia6.8.     Gestão do Conhecimento

 7.         ENGENHARIA ECONÔMICA         Formulação, estimação e avaliação de resultados econômicos para avaliar alternativas para a tomada de decisão, consistindo em um conjunto de técnicas matemáticas que simplificam a comparação econômica.

7.1.     Gestão Econômica7.2.     Gestão de Custos7.3.     Gestão de Investimentos7.4.     Gestão de Riscos

 8.         ENGENHARIA DO TRABALHO

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         Projeto, aperfeiçoamento, implantação e avaliação de tarefas, sistemas de trabalho, produtos, ambientes e sistemas para fazê-los compatíveis com as necessidades, habilidades e capacidades das pessoas visando a melhor qualidade e produtividade, preservando a saúde e integridade física. Seus conhecimentos são usados na compreensão das interações entre os humanos e outros elementos de um sistema. Pode-se também afirmar que esta área trata da tecnologia da interface máquina - ambiente - homem - organização.

8.1.     Projeto e Organização do Trabalho8.2.     Ergonomia8.3.     Sistemas de Gestão de Higiene e Segurança do Trabalho8.4.     Gestão de Riscos de Acidentes do Trabalho

 9.         ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE         Planejamento da utilização eficiente dos recursos naturais nos sistemas produtivos diversos, da destinação e tratamento dos resíduos e efluentes destes sistemas, bem como da implantação de sistema de gestão ambiental e responsabilidade social.

9.1.     Gestão Ambiental9.2.     Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação9.3.     Gestão de Recursos Naturais e Energéticos9.4.     Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais9.5.     Produção mais Limpa e Ecoeficiência9.6.     Responsabilidade Social9.7.     Desenvolvimento Sustentável

 10.      EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO         Universo de inserção da educação superior em engenharia (graduação, pós-graduação, pesquisa e extensão) e suas áreas afins, a partir de uma abordagem sistêmica englobando a gestão dos sistemas educacionais em todos os seus aspectos: a formação de pessoas (corpo docente e técnico administrativo); a organização didático pedagógica, especialmente o projeto pedagógico de curso; as metodologias e os meios de ensino/aprendizagem. Pode-se considerar, pelas características encerradas nesta especialidade como uma "Engenharia Pedagógica", que busca consolidar estas questões, assim como, visa apresentar como resultados concretos das atividades desenvolvidas, alternativas viáveis de organização de cursos para o aprimoramento da atividade docente, campo em que o professor já se envolve intensamente sem encontrar estrutura adequada para o aprofundamento de suas reflexões e investigações.

10.1.      Estudo da Formação do Engenheiro de Produção10.2.      Estudo do Desenvolvimento e Aplicação da Pesquisa e da Extensão em Engenharia de

Produção10.3.      Estudo da Ética e da Prática Profissional em Engenharia de Produção10.4.     Práticas Pedagógicas e Avaliação Processo de Ensino-Aprendizagem em Engenharia de

Produção10.5.      Gestão e Avaliação de Sistemas Educacionais de Cursos de Engenharia de Produção

 Rio de Janeiro, 2008.

 

LABORATÓRIOS RECOMENDADOS PARA O CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

 

         O documento Laboratórios Recomendados para o curso de Engenharia de Produção foi elaborado pela Comissão de Graduação da ABEPRO e discutidos, aperfeiçoados e aprovados nas reuniões do Grupo de Trabalho de Graduação (GT) ocorridas no ENCEP 2008 e no ENEGEP 2008.

         A questão relacionada aos laboratórios que devem ser parte integrante do curso de Engenharia de Produção, embora tenha sido discutida nas instâncias da ABEPRO, não chegou a constituir-se em uma diretriz nos diversos documentos produzidos pela entidade até então. Tais laboratórios foram caracterizados pela primeira vez nas discussões ocorridas no primeiro semestre de 2002 sobre o "Manual de Avaliação do Curso de Engenharia de Produção". Este Manual tinha o mesmo formato do aplicado aos demais cursos de graduação e o que era específico de cada curso restringia-se a algumas definições e parâmetros relacionados a percentuais que deveriam incidir na avaliação.

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         Para a elaboração final desse Manual foi escolhida uma Comissão (*) no VII ENCEP (Manaus, 2002). A intervenção da Comissão na elaboração do Manual que permitia caracterizar mais concretamente especificidades da Engenharia de Produção foi na definição dos laboratórios, quais sejam:

"Laboratórios de apoio ao ensino de conteúdos profissionalizantes gerais - Deverá ser verificada a existência de laboratórios que contemplem o ensino de conteúdos profissionalizantes da formação geral em engenharia, observando a especificidade do perfil do egresso. Deverá ser focalizada a questão da obtenção do produto através do processamento industrial da matéria prima, enfatizando-se o ensino de conteúdos inerentes à física desse processamento a par da sua efetiva forma de concretização".

"Laboratórios de apoio ao ensino de conteúdos profissionalizantes específicos - Deverá ser verificada a existência de laboratórios destinados ao estudo de engenharia de produtos (bens ou serviços), processos e informação. Esses laboratórios darão suporte às atividades pedagógicas destinadas ao ensino dos conteúdos profissionalizantes específicos da Engenharia de Produção, a saber: engenharia de produto, projeto de fábrica, processo produtivo, gerência de produção, qualidade, pesquisa operacional, engenharia de trabalho, estratégia e organizações e gestão econômica".

(*) Membros da Comissão Extraordinária de Avaliação dos Cursos de Engenharia de Produção:Alexandre Augusto Massote (FEI-SP) André Clementino de O. Santos (UEPA), Antônio Sérgio Coelho(UFSC), Gilberto Dias da Cunha (UFRGS e PUC/RS), Marco Mesquita (USP - Universidade de São Paulo), Nivaldo Lemos Coppini (Presidente ABEPRO - UNIMEP) e Vanderlí Fava de Oliveira (UFJF).

         De outro lado, a Resolução Nº 11/2002 CNE/CES estabelece a obrigatoriedade de laboratórios apenas para o "Núcleo de Conteúdos Básicos", ou seja:

Art 6º - § 2º - Nos conteúdos de Física, Química e Informática, é obrigatória a existência de atividades de laboratório. Nos demais conteúdos básicos, deverão ser previstas atividades práticas e de laboratórios, com enfoques e intensividade compatíveis com a modalidade pleiteada.

         Com a instituição dos instrumentos unificados de avaliação para todos os cursos a partir de 2006, a questão relacionada aos laboratórios fica a critério dos avaliadores para autorização e reconhecimento de cursos. Preocupados com a questão, coordenadores e professores de cursos de Engenharia de Produção têm reivindicado da ABEPRO o estabelecimento de diretrizes que possam balizar quais laboratórios deveriam ser parte integrante dos cursos de Engenharia de Produção.

         Os Laboratórios propostos estão organizados em acordo com os Núcleos de Conteúdos Básicos, Profissionalizantes e Específicos (Resolução 11/2002 CNE/CES). Estes Laboratórios devem permitir a realização de atividades práticas por parte dos alunos do curso e servir de suporte às atividades complementares e de pesquisa inerentes à suas especificidades.

         A Engenharia de Produção compartilha com os demais ramos de Engenharia dos mesmos princípios de entendimento sobre os fenômenos naturais e dos mesmos conceitos a esses associados. Portanto, não pode prescindir da compreensão de fundamentos que são essenciais à formação do futuro engenheiro. Entre esses fundamentos, está a questão de que a engenharia opera sobre a transformação do meio físico e recursos naturais, sob o emprego de energia na geração de bens (e serviços associados) necessários ao bem estar da coletividade.

         Assim, o entendimento dos processos físico-químicos tipicamente associados a essa transformação dos recursos naturais deve ser facultado pelas atividades curriculares no curso de Engenharia de Produção. Essa compreensão é essencial para apropriação de conhecimentos a ser obtida através das atividades curriculares vinculadas aos estudos dos processos produtivos, em especial, processos de fabricação, transformação e construção, a par da capacidade de projetar produtos utilizando-os.

         As atividades de laboratórios devem se apoiar em problemas bem delineados, permitindo que o aluno desenvolva competências para a modelagem e o desenvolvimento de projetos de engenharia. A elaboração de relatórios deve ser uma prática contínua das disciplinas de caráter experimental, tendo por objetivo o desenvolvimento da habilidade de comunicação escrita, além de consolidar os conhecimentos teóricos e tecnológicos estudados.

         É fundamental que os programas das atividades curriculares especifiquem de que modo será efetuado o desenvolvimento dos conteúdos previstos para as atividades laboratoriais de forma inequívoca. As atividades de natureza prática devem ser compostas por conjuntos de tarefas que permitam ao estudante o desenvolvimento de competências e habilidades nos domínios dos fenômenos visados pelas atividades curriculares de modo a permitir a sólida construção de conceitos inerentes à formação do egresso, desse modo, viabilizando à assimilação dos conhecimentos necessários ao futuro exercício profissional.

         Nesse sentido, é necessário que a realização das atividades de laboratório sejam orientadas por um Roteiro, que contemple informações como: título, objetivos, conhecimentos necessários, materiais e métodos, e ainda, as competências e habilidades que serão desenvolvidas. Recomenda-se a obrigatoriedade da elaboração de relatórios para as atividades práticas, a fim de desenvolver a

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habilidade de comunicação escrita e utilização de recursos de informática, assim como consolidar os conhecimentos teóricos e tecnológicos estudados.

         O planejamento das atividades de ensino-aprendizado deve ser efetuado com base numa visão pragmática de assimilação dos fundamentos subjacentes aos fenômenos de interesse, de modo a que a construção de conceitos inicie-se sobre uma base observacional crítica, orientada pelo docente, mas construída, passo-a-passo, pelo discente, ao qual a apresentação de modelos lógicos e matemáticos descritores do fenômeno somente deve ser efetuada após a perfeita compreensão conceitual do mesmo, conforme apresentado na Figura 1.

 

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LABORATÓRIOS RECOMENTDADOS PARAOS CURSOS DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

 

 

1. LABORATÓRIOS PARA O NÚCLEO DE CONTEÚDOS BÁSICOS

 

1.1. Física:

Práticas relacionadas aos conteúdos de sistema de medição, cinemática, dinâmica, gravitação, eletrostática, eletromagnetismo, eletrodinâmica, óptica, ondas, termodinâmica.

1.2. Química:

Práticas relacionadas aos conteúdos de propriedades da matéria, soluções, ligações químicas, físico-química, reações químicas, eletroquímica, equilíbrio químico, estequiometria.

1.3. Informática:

Práticas relacionadas à estruturação de algoritmos, lógica e linguagens de programação, editoração de texto, planilhas, banco dados, gráficos e apresentações.

1.4. Expressão Gráfica:

Práticas relacionadas com desenho à mão-livre, desenho geométrico, geometria descritiva e desenho técnico com a utilização de instrumentos de uso manual e computacional.

1.5. Ciência e Tecnologia dos Materiais:

Práticas relacionadas com as propriedades dos materiais, ensaios destrutivos e não-destrutivos de materiais, micrografia e macrografia.

1.6. Cálculo Numérico:

Práticas relacionadas à estruturação e implementação de algoritmos, em linguagem de programação, para a solução numérica de problemas de engenharia.

1.7. Fenômenos de Transporte:

Práticas relacionadas com a mecânica dos fluidos, e transferência de calor e massa que permitam compreender os fenômenos naturais subjacentes aos princípios de funcionamento dos objetos de engenharia (equipamentos, máquinas e processos).

 

 

2. NÚCLEO DE CONTEÚDOS PROFISSIONALIZANTES

 

         Obtenção do produto através do processamento industrial, enfatizando-se o ensino de conteúdos inerentes à física desse processamento a par da sua forma de concretização.

 

2.1. Processos de produção discretos e contínuos:

Práticas relacionadas com processos de transformação e automação da manufatura.

.1.1.             Cursos de Engenharia de Produção (pleno):

Processos de Natureza Mecânica: Fabricação de componentes mecânicos: fundição, conformação e usinagem.

Junção de componentes mecânicos: montagens e junção permanente.

Processos de Natureza Químicos: Sistemas térmicos; Agitação e mistura de fluidos e sólidos; Separação e redução de tamanho de sólidos; Separação de sistemas particulados; Troca térmica entre fluidos.

Automação dos processos industriais: Instrumentação e controle (monitoramento dos processos: pressão, temperatura e vazão); Equipamentos automatizados (robótica, fabricação e montagem; transporte, manipulação e armazenagem).

.1.2.             Cursos de Eng de Produção com Habilitações/Ênfase:

Além daqueles relacionados para o curso de Engenharia de Produção (Pleno), item 2.1.1, esses cursos deverão apresentar os Laboratórios de Processos de Produção relacionados à área de habilitação/ênfase do curso.

2.2.     Eletrotécnica

Práticas relacionadas com circuitos elétricos de potência, máquinas elétricas, transformadores, dispositivos eletrônicos de proteção, eletrônica de potência.

 

2.3.     Metrologia

Práticas relacionadas com a mensuração, a coleta e o tratamento de valores referentes às grandezas físicas.

 

 

3. NÚCLEO DE CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

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         Para suporte as atividades pedagógicas destinadas ao ensino dos conteúdos profissionalizantes específicos da Engenharia de Produção, a saber:

 

3.1. Engenharia de Produção:

Atividades desenvolvidas nos laboratórios de informática com softwares específicos, visando atender as práticas dos seguintes conteúdos:

Planejamento e Controle da Produção

Pesquisa Operacional

Logística

Projeto de Fábrica

Processos de Produção

Controle Estatístico de Processos

Análise de Investimentos

Ergonomia

Processo de Desenvolvimento de Produto

Manutenção

3.2. Engenharia do Trabalho:

Práticas relacionadas com medições físicas de avaliação de adequação biomecânica do trabalho, projeto do trabalho e de conforto ambiental, estudo de métodos e utilização de equipamentos de proteção individual e coletiva.

3.3. Engenharia do Produto:

Práticas relacionadas com a utilização de metodologias para o desenvolvimento de novos produtos, que incluam geração do conceito, projetos estruturais e detalhados, bem como a elaboração de protótipos e/ou maquetes.

3.4. Engenharia de Fábrica:

Práticas relacionadas ao desenvolvimento e/ou utilização de bancadas didáticas (maquetes e simulacros) para assimilação de conceitos relacionados ao Projeto de Fábrica, Logística, Planejamento e Controle da Produção, Processos Produtivos.

3.5. Engenharia da Sustentabilidade:

Práticas relacionadas com o tratamento, acondicionamento e aproveitamento de efluentes e resíduos; e com os princípios de conversão e transformação de energia (química-térmica-mecânica-élétrica).

 

 

Adriana Ferreira de Faria (UFV)

Francisco Soares Másculo (UFPB)

Gilberto Dias da Cunha (UFRGS)

Milton Viera Júnior (UNINOVE)

Patrícia Cardoso (UFES)

Vagner Cavenaghi (UNESP)

Vanderlí Fava de Oliveira (UFJF)

 

- Rio de Janeiro, 2008 -

UM PANORAMA DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃOProfessor Francisco Soares Másculo, Ph.D.** - Professor Associado do Departamento de Engenharia de Produção da UFPB; diretor científico da ABEPRO, 2006/09. O texto a seguir é uma síntese de vários escritos sobre a engenharia de produção e procura dar uma contribuição para os alunos, professores e interessados neste campo de conhecimento. Foi produto das atividades exercidas ao longo dos últimos quatro anos como diretor científico da Associação Brasileira de Engenharia de Produção. CONTEXTO FILOSÓFICO DA PRODUÇÃO E DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO: Há que se considerar que a Engenharia de Produção é determinada pelo seu contexto sócio-técnico. Isso significa dizer que ela é moldada, como as sociedades humanas, pelo estágio tecnológico em que humanidade se encontra. Daí algumas afirmações nos norteiam:

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-                       Inacabamento ou inconclusão do homem;-                      Os humanos acumulam conhecimentos: colocam a Natureza a seu serviço; têm o poder do pensamento conceitual; são ativos na busca de conhecer (Paulo Freire);-                      O homem trabalha para produzir: o trabalho é parte da vida; é uma ação inteligente e transformadora(Harry Braverman);-                      Estágio tecnológico determina a forma de produzir, de viver, de lazer, etc; (Darcy Ribeiro).-                      As técnicas e as tecnologias (transitórias) são suportadas por saber científico (duradouro).-                      Os problemas de interesse para o homem, de uma forma ou de outra, são ligados ao ser humano e à sociedade em que esse está inserido - função social. Segundo José Roberto G. Silva, em um estudo denominado: "Uma definição formal para engenharia" (Revista de Ensino de Engenharia ABENGE nº 17, 1997) foram levantadas trinta e cinco (35) definições de engenharia e a que ele utilizou como a mais pertinente foi: "A engenharia é uma aplicação de conhecimentos científicos e empíricos: é uma atividade que aplica os conhecimentos humanos à resolução de problemas propondo soluções técnicas utilizando as tecnologias". O quadro abaixo apresenta um resumo da evolução dos sistemas de produção, a partir das invenções tecnológicas que os moldaram, adaptado de Slack et all (Ed. Atlas, 2ª ed., 2002). Assim, James Watt em 1764 ao desenvolver a máquina a vapor deu um salto, em 1790, Ely Witney adapta o tear. No meio Adam Smith em 1776 mostra a eficiência que advém da divisão do trabalho. Já em 1832, Charles Babbage começa a desenvolver o computador. Ressalte-se que todas essas "descobertas" são produtos de conhecimento acumulado por antecessores. 

  Produzir é mais que simplesmente utilizar conhecimento científico e tecnológico. É necessário integrar questões de naturezas diversas, atentando  para critérios de qualidade, eficiência, custos, fatores humanos, fatores ambientais, etc. A Engenharia de Produção, ao voltar a sua ênfase para as dimensões do produto e do sistema produtivo, veicula-se fortemente com as idéias de projetar produtos, viabilizar produtos, projetar sistemas produtivos, viabilizar sistemas produtivos, planejar a produção, produzir e distribuir produtos que a sociedade valoriza. Essas atividades, tratadas em profundidade e de forma integrada pela Engenharia de Produção, são fundamentais para a elevação da competitividade do país. 

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Breve história da EP O quadro acima lista importante personagens e suas contribuições. Afonso Fleury em texto extraído do site da POLI/ USP trás relato das origens da engenharia de produção: "Historicamente, a origem da Engenharia de Produção ocorre nos EUA, na virada do século XIX para o século XX, inserida em um processo de avanço da industrialização e crescimento econômico. Neste período, em decorrência do desenvolvimento tecnológico e expansão da rede ferroviária de transportes, surgem as primeiras grandes corporações norte-americanas, impulsionando a produção em larga escala e o surgimento de um forte mercado interno de consumo.O aumento do porte das empresas impõe desafios de natureza tecnológica e administrativa, exigindo uma capacitação maior para gestão da produção e dos negócios. No período de 1880 a 1920, vários estudos abordam a temática da busca da eficiência na produção. Dentre os diversos trabalhos, destacam-se os estudos de Frederick W. Taylor (1856-1915). Em particular, a publicação da sua obra Princípios da Administração Científica constitui um marco no surgimento da área de conhecimento denominada Industrial Engineering. Em seus estudos, Taylor analisa em detalhe o trabalho dos operários nas fábricas, buscando identificar formas de aumentar a eficiência do trabalho humano e da própria organização da produção. Na mesma época (1913), o engenheiro Henry Ford cria e introduz o conceito da Linha de Montagem na fabricação do veículo Ford - Modelo T, na fábrica da Ford Motors em Detroit. Aintrodução da linha de montagem revolucionou o modelo de produção existente, em virtude do grande aumento de produtividade que proporcionou.Paralelamente aos estudos sobre organização industrial, desenvolvem-se também as técnicas de contabilidade e administração de custos. Dentre as técnicas criadas, destaca-se a análise econômica de investimentos, dando origem à Engenharia Econômica, e difusão do uso de indicadores de custos, giro de estoques, etc. Estas técnicas viabilizam a gestão eficaz de grandes corporações.É também na virada do século que surgem, nos EUA, os primeiros cursos de administração (business school) e engenharia industrial, com o objetivo de formar profissionais para gestão da produção, tanto na graduação quantoem pós-graduação. Nos currículos de Engenharia Industrial, nota-se uma formação mais tecnológica, quando comparados aos de Administração, mais orientada para a gestão de negócios (marketing e finanças, além da administração de pessoal).Uma terceira influência no campo da Engenharia Industrial se dá já na segunda metade do século XX, com o nascimento da Pesquisa Operacional (Operations Research), área de conhecimento caracterizada pela aplicação do método científico na modelagem e otimização de problemas logísticos durante a Segunda Guerra Mundial. Ao término da guerra, os métodos de otimização desenvolvidos foram incorporados aos currículos de Engenharia Industrial e Transportes. Paralelamente e realimentando o desenvolvimento dos modelos e teoria da decisão, verifica-se o crescimento da informática que, gradualmente, é introduzida nas universidades e na administração de empresas.Este conjunto de conhecimentos relativos à Organização da Produção, Economia e Administração de Empresas, Controle da Qualidade, Planejamento e Controle da Produção, Pesquisa Operacional e Processamento de Dados forma o núcleo básico da Engenharia Industrial clássica da década de 70. Na formação do engenheiro industrial, destaca-se também um conhecimento técnico que o diferencia do administrador de empresas. Historicamente, os cursos de Engenharia Industrial se aproximam da

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Engenharia Mecânica, provavelmente em função da maior complexidade dos processos de fabricação e montagem mecânicos.Nos anos 80, os países industrializados observam o fenômeno da recuperação e desenvolvimento econômico no Japão, país arrasado ao término da Segunda Guerra Mundial. Em particular, a indústria automobilística e de produtos eletro-eletrônicos superam em desempenho suas concorrentes norte-americanas, oferecendo produtos de melhor qualidade e menor custo dentro do próprio EUA. Esta revolução baseou-se na revisão de paradigmas ocidentais de gestão da produção. Dois conceitos fundamentais norteiam o modelo japonês de produção: i) Gestão da Qualidade Total (Total Quality Management - TQM) e ii) produção Just-in-time (JIT). O primeiro representa uma forte mudança cultural na forma de administrar a qualidade na produção e o segundo, um esforço no sentido aumentar a flexibilidade dos sistemas de produção de forma a viabilizar a produção em pequenos lotes com baixos custos e alta produtividade. Evidentemente, estes conceitos foram incorporados ao campo da Engenharia de Produção.Ainda preservando o título de Engenharia Industrial, nos EUA e Europa, os cursos de graduação e pós-graduação expandem o campo de atuação para englobar, de forma sistêmica, toda a organização da empresa industrial. Isto implica em estudar desde o projeto do produto, dos processos de fabricação e das instalações, como também os aspectos estratégicos como o planejamento de investimentos, análise de negócios, gestão da tecnologia etc.Nos anos 90, duas tendências se verificam. Uma consiste na integração dos diferentes elos de uma cadeia produtiva, buscando-se um planejamento cooperativo entre empresas clientes e fornecedoras, com vistas a oferecer produtos com alta qualidade, baixos custos e inovadores nos diferentes mercados mundiais. Esta filosofia, denominada "supply chain management", tornou-se operacional graças aos avanços na Tecnologia de Informação em curso. Outratendência, diz respeito à transposição dos conceitos originários da Manufatura para empresas do setor de Serviços. Nestes casos, a fronteira entre a Engenharia de Produção e a Administração de Empresas torna-se ainda menos clara.No Brasil, várias Instituições de Ensino Superior oferecem cursos de Engenharia de Produção, tanto de graduação quanto de pós-graduação (lato e estrito senso). Cabe destacar que a adoção aqui da denominação Produção em lugar de Industrial (denominação clássica ainda hoje nos EUA e Europa) deve-se ao intuito de diferenciar o curso de engenharia (nível superior) dos cursos técnicos industriais (nível médio) pré-existentes. Atualmente, a denominação que utilizamos parece mais adequada para representar a formação e atribuições do engenheiro que se pretende formar. Na graduação, os cursos de Engenharia de Produção são oferecidos, em geral, como habilitação ou ênfase de alguma outra modalidade da Engenharia. Embora o mais comum seja a combinação Produção - Mecânica, encontram-se alternativas como Produção - Química e Engenharia Civil de Produção, por exemplo."                 Podemos afirmar que os seguintes marcos tecnológicos determinaram nosso sistema sócio-técnico e, por conseguinte a engenharia de produção:-                      A partir de meados do século XX: automação e informatização.-                      Unidades lógicas nos equipamentos: máquinas passam a receber e executar instruções pré-programadas.-                      Agrupamento de máquinas controladas por computadores e desenvolvimento de robôs industriais deu aos sistemas de produção condições para receber e transmitir informações on-line: sistemas de fabricação flexíveis.-                      Mudança de economia industrial (fabricação) para economia de informação (conhecimento). Papel relevante dos setores de maior acumulação: alta tecnologia (micro e nano-eletrônica, microondas, fibras óticas, lasers, novos materiais, microbiologia, etc.). De acordo com sua definição clássica, adotada tanto pelo American Institute of Industrial Engineering (A.I.I.E.) como pela Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO), "Compete à Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados, envolvendo homens, materiais e equipamentos, especificar, prever e avaliar os resultados obtidos destes sistemas, recorrendo a conhecimentos especializados da matemática, física, ciências sociais, conjuntamente com os princípios e métodos de análise e projeto da engenharia".

Esta definição ressalta a multidisciplinaridade da Engenharia de Produção. No entanto, não explicita suficientemente qual é o objeto de estudo próprio à Engenharia de Produção. Esta enfatiza a concepção da engenharia como ciência "aplicada", cujos problemas são resolvidos recorrendo-se aos conhecimentos das ciências "puras", das ciências sociais e aos métodos da engenharia. Esta ênfase na administração e em métodos matemáticos tende a obscurecer a importância de outros conteúdos positivos propiciados pelas ciências sociais (por exemplo, a história da ciência e da técnica, a filosofia da técnica, a antropologia econômica, as análises econômicas do processo de trabalho e do processo de produção, a história do trabalho e da própria produção) que são necessários para se desenvolver uma teoria substantiva da produção. Esses conteúdos, constituem, além de seu caráter multidisciplinar, uma das especificidades da Engenharia de Produção diante das outras engenharias, que determina seus conteúdos programáticos e cuja caracterização não pode ser obtida unicamente através de ênfases.  CRONOLOGIA DE CURSOS DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO NO BRASIL: -                      1931 - IDORT - Instituto de Organização Racional do Trabalho - Governo Vargas: objetivava melhoria do padrão de vida dos que trabalham e desenvolver esforços na difusão e introdução de processos de organização científica do trabalho e da produção.-                      1959 - EPUSP - Curso de EP: auxílio de professores americanos.-                      1959 - ITA - "Opção Produção" no Curso de Engenharia Aeronáutica.

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-                      1957 - Universidade do Brasil (UFRJ) - Curso de Engenharia Econômica - Pós-Graduação.-                      1962 - PUC-RJ - 6 disciplinas de EP no currículo de Engenharia Mecânica como optativa.-                      1966 - PUC-RJ - Pós-Graduação (PG).-                      1967 - COPPE/UFRJ - Pós-Graduação.-                      1968 - USP - Pós-Graduação.-                      1969 - UFSC - PG.-                      1971 - UFRJ - Graduação.-                      1972 - USP - Doutorado.-                      1975 - UFPB - PG.-                      1975 - UFSM - PG.-                      1979 - UFSC - Graduação.-                      1979 - COPPE/UFRJ - Doutorado.-                      1979 - UFPE - PG. O CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO O curso de Engenharia de Produção tem como objetivo formar profissionais habilitados ao projeto, operação, gerenciamento e melhoria de sistemas de produção de bens e serviços, integrando aspectos humanos, econômicos, sociais e ambientais.

A DEMANDA PELOS CURSOS DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A necessidade dos conhecimentos e técnicas da área da Engenharia de Produção tem feito com que o mercado procure e valorize os profissionais egressos dos cursos desta especialidade. Em função disso, a demanda pelos cursos de Engenharia de Produção tem sido muito grande, segundo apontam as estatísticas dos vestibulares. 

-                      Mercado procura e valoriza os profissionais egressos dos cursos desta especialidade-                      Demanda pelos cursos de Engenharia de Produção tem sido muito grande de acordo com as estatísticas dos vestibulares-                      No Brasil, reportagens recentes de revistas como Exame, Isto É e Veja, e de jornais como Folha de São Paulo, apontam a Engenharia de Produção como a Engenharia com as melhores perspectivas de mercado de trabalho previstas para esse final de século, juntamente com Telecomunicações e Mecatrônica-                      Indústrias de automóveis, de eletrodomésticos, de equipamentos, etc. enfim, setores que fabricam algum tipo de produto.-                      Empresas de serviços tais como: empresas de transporte aéreo, transporte marítimo, construção, consultoria em qualidade, hospitais, consultoria em geral e cursos, etc.-                      Instituições e empresas públicas tais como: Correios, PETROBRAS, Agência Nacional de Energia, Agência Nacional de Petróleo, BNDEs, etc.-                      Empresas privadas de petróleo, usinas de açúcar, empresas de telefonia, agroindústrias, indústrias de alimentos, bancos (parte operacional), seguradoras e fundos de pensão.-                      Bancos de investimento (na análise de investimentos) A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO COMO GRANDE ÁREA Hoje se identifica uma base científica e tecnológica própria da Engenharia de Produção que a caracteriza como grande área. Esse conjunto de conhecimentos, que está parcialmente listado a seguir, é fundamental para que qualquer tipo de sistema produtivo tenha um funcionamento coordenado e eficaz: - Engenharia do Produto; - Projeto da Fábrica; - Processos Produtivos; - Engenharia de Métodos e Processos; - Planejamento e Controle da Produção; - Custos da Produção; - Qualidade; - Organização e Planejamento da Manutenção; - Engenharia de Confiabilidade; - Ergonomia; - Higiene e Segurança do Trabalho; - Logística e Distribuição; - Pesquisa Operacional. Uma análise mais detalhada da formação oferecida atualmente pelos cursos de Engenharia indica que esses conhecimentos e habilidades são próprios e característicos da Engenharia de Produção. Além disso, a Engenharia de Produção trabalha esses assuntos de forma integrada, considerando como cada um deles enquadra-se dentro do conjunto que compõe um sistema produtivo. Ressalta-se que a aplicação desses conhecimentos requer a base de formação (Matemática, Física, Química, Informática, Desenho, etc.) que existe apenas na Engenharia. PERFIL DO EGRESSO O perfil desejado para o egresso do curso é o de uma Sólida formação científica e profissional geral que capacite o engenheiro de produção a identificar, formular e solucionar problemas ligados às atividades de projeto, operação e gerenciamento do trabalho e de sistemas de produção de bens e/ou serviços, considerando seus aspectos humanos, econômicos, sociais e ambientais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade. COMPETÊNCIAS DO ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO 1.                   Ser capaz de dimensionar e integrar recursos físicos, humanos e financeiros a fim de produzir, com eficiência e ao menor custo, considerando a possibilidade de melhorias contínuas;

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2.                   Ser capaz de utilizar ferramental matemático e estatístico para modelar sistemas de produção e auxiliar na tomada de decisões;3.                   Ser capaz de projetar, implementar e aperfeiçoar sistemas, produtos e processos, levando em consideração os limites e as características das comunidades envolvidas;4.                   Ser capaz de prever e analisar demandas, selecionar tecnologias e know-how, projetando produtos ou melhorando suas características e funcionalidade;5.                   Ser capaz de incorporar conceitos e técnicas da qualidade em todo o sistema produtivo, tanto nos seus aspectos tecnológicos quanto organizacionais, aprimorando produtos e processos, e produzindo normas e procedimentos de controle e auditoria;6.                   Ser capaz de prever a evolução dos cenários produtivos, percebendo a interação entre as organizações e os seus impactos sobre a competitividade;7.                   Ser capaz de acompanhar os avanços tecnológicos, organizando-os e colocando-os a serviço da demanda das empresas e da sociedade;8.                   Ser capaz de compreender a inter-relação dos sistemas de produção com o meio ambiente, tanto no que se refere à utilização de recursos escassos quanto à disposição final de resíduos e rejeitos, atentando para a exigência de sustentabilidade;9.                   Ser capaz de utilizar indicadores de desempenho, sistemas de custeio, bem como avaliar a viabilidade econômica e financeira de projetos;10.                Ser capaz de gerenciar e otimizar o fluxo de informação nas empresas utilizando tecnologias adequadas. HABILIDADES                      Compromisso com a ética profissional;                     Iniciativa empreendedora;                     Disposição para auto· aprendizado e educação continuada;                     Comunicação oral e escrita;                     Leitura, interpretação e expressão por meios gráficos;                     Visão crítica de ordens de grandeza;                     Domínio de técnicas computacionais;                     Domínio de língua estrangeira;                     Conhecimento da legislação pertinente;                     Capacidade de trabalhar em equipes multidisciplinares;                     Capacidade de identificar, modelar e resolver problemas.                     Compreensão dos problemas administrativos, sócio· econômicos e do meio ambiente;                     Responsabilidade social e ambiental;                     "Pensar globalmente, agir localmente";

 

exto elaborado por Ricardo NaveiroProfessor da UFRJ e Diretor Técnico da ABEPRO - GESTÃO 2004/ 2005

A Engenharia de Produção se dedica ao projeto e gerência de sistemas que envolvem pessoas, materiais, equipamentos e o ambiente.

Ela é uma engenharia que está associada as engenharias tradicionais e vem ultimamente ganhando a preferência na escolha dos candidatos à engenharia. Ela é sem dúvida a menos tecnológica das engenharias na medida que é mais abrangente e genérica, englobando um conjunto maior de conhecimentos e habilidades. O aluno de engenharia de produção aprende matérias relacionadas a economia, meio ambiente, finanças, etc., além dos conhecimentos tecnológicos básicos da engenharia.

Qual a diferença entre engenharia de produção e administração de empresas ?

A engenharia de produção tem um conteúdo tecnológico, isto é o aluno cursa as disciplinas básicas de química, física e matemática complementadas por um conjunto de matérias de engenharia, tais como materiais, desenho técnico, eletrotécnica, automação industrial etc... É claro que a profundidade que o aluno estuda essas matérias técnicas é menor que a dos seus colegas da engenharia elétrica, mecânica, etc.Ambas as carreiras têm matérias sobre administração, comércio, contabilidade e técnicas de gerência. Na engenharia de produção essas matérias estão mais voltadas para a realidade industrial.

O curso de engenharia de produção não fica um curso muito superficial, onde

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o aluno acaba não aprendendo nada ?

Não, o engenheiro de produção é o único profissional do mercado que consegue enxergar os problemas de forma global, não fragmentada. Ele conhece os diversos problemas industriais e as tecnologias que são necessárias para resolvê-los, mas nem sempre é a pessoa que irá se concentrar no detalhe da resolução.

Nesse caso, o engenheiro de produção então depende sempre de outros profissionais para resolver os problemas ?

Isso é parcialmente verdadeiro para os problemas tecnológicos, principalmente para os problemas mais complexos. Mas, nem todas as empresas são do tamanho da Petrobras, pelo contrário a maioria das empresas são de médio e pequeno porte, de forma que muitas delas tem problemas tecnológicos de baixa complexidade perfeitamente resolvíveis por um engenheiro de produção.

Qual é então a área específica de conhecimento de um engenheiro de produção ?

O engenheiro de produção tem como area específica de conhecimento os métodos gerenciais, a implantação de sistemas informatizados para a gerência de empresas, o uso de métodos para melhoria da eficiência das empresas e a utilização de sistemas de controle dos processos da empresa. Tudo o que se refere as atividades básicas de uma empresa tais como planejar as compras, planejar e programar a produção e planejar e programar a distribuição dos produtos faz parte das atribuições tipicas do engenheiro de produção. É por isso que o engenheiro de produção pode trabalhar em praticamente qualquer tipo de indústria.

Em que setores da economia trabalha um engenheiro de produção ?

Em vários setores tais como:

Indústrias de automóveis, eletrodomésticos, de equipamentos, etc. enfim setores que fabricam algum tipo de produto.

Empresas de serviços tais como: empresas de transporte aéreo, transporte maritimo, construção, consultoria em qualidade, hospitais, consultoria em geral e cursos, etc.

Instituições e empresas públicas tais como: Correios, Petrobras, Agência Nacional de Energia, Agência Nacional de Petróleo, BNDEs, etc.

Empresas privadas de petróleo, usinas de açucar, empresas de telefonia, agroindústrias, indústrias de alimentos, bancos (parte operacional), seguradoras e fundos de pensão.

Bancos de investimento (na análise de investimentos)

O que faz um engenheiro de produção ?

Ele pode trabalhar em diversas áreas da empresa:

Área de operações: execução da distribuição dos produtos, controle de suprimentos, ...

Área de planejamento: estratégico, produtivo, financeiro, ... Área financeira: controle financeiro, controle dos custos, análise de

investimentos. Área de logística: planejamento da produção e da distribuição de produtos, ... Área de marketing: planejamento do produto, mercados a serem atendidos, ...

Como está o mercado para os engenheiros de produção ?

Considerando-se a situação atual de retração do mercado de engenharia no Brasil, o mercado de engenharia de produção é sem sombra de dúvida o que desfruta da melhor situação. Todos os engenheiros de produção vem conseguindo boas colocações

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no mercado principalmente em função do seu perfil que coincide com o que se está demandando nos dias de hoje: um profissional com uma sólida formação científica e com visão geral suficiente para encarar os problemas de maneira global.O mercado de trabalho para o engenheiro de produção tem-se mostrado extremamente diversificado. Além do mercado tradicional (empresas e empreendimentos industriais), altamente instável e dependente da estabilidade econômica, uma série de setores/áreas passaram a procurar os profissionais formados pelas melhores universidade em engenharia de produção.O ponto em comum entre todas as áreas citadas abaixo é o dinamismo e sua alta taxa de crescimento. São setores que tem crescido mesmo quando a economia como um todo tem se estagnado e todas as previsões são unânimes em considerá-los como extremamente promissores no futuro (próximos 5 anos). Os principais são:

Finanças Telecomunicações Atuária Informática e Internet

1. Finanças

A maioria das instituições financeiras (bancos, corretoras, bancos de investimento, seguradoras) tem preferido contratar engenheiros de produção à economistas. Por que?

Porquê hoje um bom analista de investimento deve possuir além de uma visão global do ambiente em que uma empresa está atuando uma forte base matemática para desenvolver e utilizar os diferentes modelos de análise de investimento.

Um bom analista de investimentos sabe que um empreendimento de sucesso está quase sempre associado a uma equipe de gestores altamente competente e qualificada. Este analista de investimentos deve, portanto, ser capaz de reconhecer e identificar esta competência da equipe responsável pelo desenvolvimento do empreendimento e isto só se consegue com uma formação diversificada, que inclua conhecimentos sobre a gestão de recursos humanos, que o engenheiro de produção possui e outros profissionais não.

Além da análise de investimentos, os instituições financeiras tem procurado os engenheiros de produção recém-formados para trabalharem nas suas mesas de bolsa e mercado aberto. Os profissionais destas áreas devem ter uma sólida formação matemática e alto grau de raciocínio lógico e abstrato, requisitos mais facilmente encontrados nas áreas ligadas à engenharia.

Mais de 50% dos engenheiros de produção que se formam todo ano pela UFRJ são contratados por empresas desta área.

2. Telecomunicações

O cenário atual, de uso intensivo de tecnologias de informação e comunicação, tem imposto às diversas organizações uma postura muito mais flexível, que as capacite a responder rapidamente às mudanças.

Esta nova realidade tem promovido o surgimento de uma nova indústria, que está sendo chamada da indústria de info-comunicação. Esta nova indústria é o resultado da convergência de 3 grandes indústrias - informática, telecomunicações e mídia (entretenimento, indústria cultural, propaganda e marketing) - e vem crescendo pelo menos duas vezes mais rapidamente que os demais setores da economia na Europa, Brasil, Japão e EUA.

No Brasil, o setor de Telecomunicações é um dos setores mais dinâmicos da economia e assim deve se manter nos próximos anos até que a enorme demanda reprimida possa ser satisfeita tanto em termos quantitativos (quantidade de linhas fixas e celulares necessárias para atender a população) como em termos qualitativos

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(qualidade do serviço prestado, que hoje é extremamente baixo).

A demanda nesta área é por técnicos e engenheiros de telecomunicações mas, principalmente, por gente capaz de entender e gerenciar o negócio, criando e administrando novos produtos e serviços.

Mais uma vez, os engenheiros de produção são aqueles mais habilitados a cumprir esta tarefa por possuírem uma formação multidisciplinar. O gerente de novos produtos, ou o gerente de novos negócios é um profissional que precisa de sólida formação matemática, conhecer as tecnologias envolvidas, estar familiarizado com a área financeira, visão de marketing, enfim, um grande domínio do "negócio" telecomunicações. O engenheiro de produção está mais preparado para esta tarefa do que o engenheiro de uma outra área. Cabe ressaltar que a demanda por estes profissionais não está limitada geográficamente, encontrando-se dispersa por todo o país.

Embora tenha contratado poucas pessoas até 1999, a expectativa é que com o fim do processo de privatização e a entrada em operação do conjunto das chamadas empresas espelho em 2000, o setor passe por um período de grande expansão nos próximos anos. De todos os setores aqui citados, este e o de Informática e Internet serão, provavelmente, os maiores empregadores nos próximos 5 anos.

3. Atuária

A atuária está relacionada as áreas de fundos de pensão e previdência. Este setor tem tido uma taxa de crescimento superior a 10% por ano, tanto na área pública (prefeituras e estados) quanto na privada (aposentadoria). O número de profissionais formados nesta área é muito inferior a demanda. No Rio de Janeiro apenas a UFRJ forma atuários (cerca de 5 por ano) e todos eles são contratados pelo menos 1 ano antes de se formarem.

Apesar de demandar uma formação específica na parte de cálculo atuarial (quanto que eu preciso pagar por mês para poder me aposentar aos 65 anos, poder ter seguro saúde, etc), a falta de profissionais tem levado estas instituições a contratarem engenheiros de produção e dar-lhes uma formação complementar nestas áreas específicas.

A experiência tem sido extremamente positiva. Os engenheiros de produção tem-se mostrado os mais aptos a este tipo de reconversão e tem sido privilegiados nos processos seletivos.

4. Informática e Internet:

Na área de Informática, Internet e Comércio Eletrônico as possibilidades são ilimitadas. Todos os dias as projeções quanto a explosão do Comércio Eletrônico são revistas, normalmente para cima.

No Brasil, o mercado nesta área foi estimado pelo Grupo Especial do Ministério da Ciência e Tecnologia em R$ 40 bilhões em 2003. Todos os grandes grupos internacionais começam a se instalar no país e o próprio governo tem estimulado o aparecimento de empresas de base tecnológica, através de incubadoras e parques tecnológicos.

As possibilidades são de dois níveis:

Abrir seu próprio negócio

A tendência para os próximos anos é de incentivo para a criação de novas empresas com forte conteúdo tecnológico, em especial na Internet. Diversas linhas de financiamento (BNDEs, FINEP) estão sendo criadas e diversos Fundos de Investimento de Capital de Risco (Venture Capital) estão sendo criados ou trazidos para o Brasil.Nos dois últimos anos, o número de formandos em engenharia de produção que partem para a realização de negócio próprio tem crescido na UFRJ de praticamente

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zero (1997) para cerca de 10% da turma em 1999. Mais uma vez o engenheiro de produção, segundo estatísticas do Banco do Brasil e do PROGER (Programa de Geração de Emprego e Renda) é o que apresenta melhores índices de sucesso após um ano de abertura de empresas. Em geral, mais de 80% das empresas fecham após o seu primeiro ano de funcionamento. No caso de empresas formadas por engenheiros de produção este índice é de menos de 50%.As causas deste sucesso podem ser atribuídas a formação gerencial (administração, gerência de recursos humanos, financeira), a sólida base matemática e a formação multidisciplinar deste engenheiro.

Trabalhar em empresas da área

Com o crescimento do mercado brasileiro de Internet, grandes empresas estão se lançando no mercado. O mercado de trabalho nestas áreas (comércio eletrônico, logística, Web Design) deve crescer bastante nos próximos anos. Esta área e telecomunicações serão setores que deverão conhecer as maiores taxas de crescimento no Brasil nos próximos 5 anos.O perfil do profissional demandado é de alguém com formação multidisciplinar, particularmente em áreas como informática, gestão e administração (finanças, recursos humanos). O engenheiro de produção tem tudo para ser, aqui também, o profissional com um tipo de formação que mais se aproxima das necessidades do mercado, principalmente se aliar a sua formação acadêmica com experiência de estágios e formação complementar nas áreas citadas.

Faculdades promovem a "McDonaldização" do ensino

Em oposição ao ensino reflexivo, as faculdades estão promovendo a Educação de resultados. Para a maioria dos cursos universitários, profissional competente será aquele preparado par dar respostas práticas e rápidas que acelerem o lucro, "característica inerente à manutenção das relações de poder da sociedade", como ressalta matéria da revista "CartaCapital". Pelo país, reproduzem-se às dezenas cursos que preparam seus alunos para o mercado competitivo, formando profissionais como se fosse produtos ou marcas. Trata-se da "McDonaldização" da Educação, comparam os autores da matéria, o administrador de empresas Rafael Alcadipani e o professor da Fundação Getúlio Vargas, Ricardo Bresler.

Assim como na rede mundial de lanchonetes, dizem eles, algumas universidades espalham seus cursos pelo país, como franquias que formatam pessoas dóceis, submissas e disciplinadas. A principal idéia vendida é de que para ter sucesso profissional e ganhar dinheiro é preciso ser um profissional com capacidade técnica para produzir resultado práticos e não um profissional cidadão. Contraditoriamente, quem defende essa agilidade de resultados, prega também a flexibilidade e a humanização nas empresas. No entanto, aquela receita de bolo pré-formatada não coincide em nada com um projeto humanista.

Quantificação da produção

Após a faculdade, vem a fase de produção de publicações. Participar de congressos e publicar artigos se tornam o diferencial para um currículo sólido, mesmo que a pesquisa seja irrelevante. Assim, importam as publicações por quilo e não pela qualidade. Como disse a filósofa e professora da USP, Marilena Chauí, em entrevista à revista "Caros Amigos", a produtividade é medida por números: números de publicações, número de orientados na pós-graduação, número de cursos de extensão. O próprio ministro da Educação, Paulo Renato Souza, confirmou essa teoria durante participação no programa "Roda Viva", na TVE. Todas as indagações eram respondidas com números. Quando questionado sobre o que é formar um estudante para a vida, ele respondeu que significava "preparar para o mercado de trabalho e passar no vestibular". O protótipo da "fast-imbecilização" são os cursinhos pré-vestibulares, em que professores adestrados cantam, dançam e repetem piadas para que seus alunos memorizem conteúdo suficiente para passar no vestibular. Superada essa fase, é jogado no lixo todo o conteúdo que despreza a lógica econômica.

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Quantificação da pessoa

Mesmo nas universidades mais formatadas, no entanto, ainda existem jovens com capacidade de refletir e criticar, não se submetendo à coisificação e quantificação da pessoa. O ideal, ressaltam os autores, seria multiplicar essa capacidade de questionamento, mudando as diretrizes atuais da Educação. De início, deve se desmitificar a transmissão da técnica como sendo a única função da Educação. Para uma formação mais ampla, capaz de incentivar a reflexão, é necessário deixar de lado a ênfase na instrumentalização e promover um pensamento que tenha força na emancipação.

Material retirado da Universidade aberta do dia 30/05/00:http://www.unaberta.ufsc.br/index.html

Enviado porProf. João Ernesto E. CastroUFSC/CTC/EPS/LSADhttp://www.lsad.eps.ufsc.br/

 

Áreas e Sub-áreas de Engenharia de Produção

O documento ÁREAS DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO foi elaborado pela Comissão de Graduação da ABEPRO e discutido, aperfeiçoado e aprovado nas reuniões do Grupo de Trabalho de Graduação (GT) ocorridas no ENCEP 2008 e no ENEGEP 2008.O texto atuais tem como base principal os seguintes documentos históricos da ABEPRO, que podem ser encontrados em: http://www.ufjf.br/proengprod 

       ENGENHARIA DE PRODUÇÃO: GRANDES ÁREAS E DIRETRIZES CURRICULARES - 1998Elaborado pelo Grupo de Trabalho de Graduação em Engenharia de Produção da A BEPRO nas reuniões realizadas durante o XVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção (XVII ENEGEP, Gramado, RS, 6 a 9 de outubro de 1997) e durante o III Encontro de Coordenadores de Cursos de Engenharia de Produção (III ENCEP, Itajubá - EFEI, 27 a 29 de abril de 1998).

        ENGENHARIA DE PRODUÇÃO: GRANDES ÁREAS E DIRETRIZES CURRICULARES - 2001

Documento atualizado durante o VI Encontro de Coordenadores de Cursos de Engenharia de Produção (VI ENCEP, Penedo - UERJ, 11de maio de 2001).

        UM PANORAMA ATUAL DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - TEXTO/2002

Documento produzido por Gilberto Dias da Cunha (UFRGS). 

       UM PANORAMA ATUAL DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - APRESENTAÇÃO/2002Apresentação produzida por Gilberto Dias da Cunha (UFRGS).

        MANUAL DE AVALIAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - 2002

O primeiro Manual de Avaliação do Curso de Engenharia de Produção foi elaborado (parte específica da modalidade) por uma comissão eleita no VII ENCEP (Manaus, abril de 2002) composta por:

Alexandre Augusto Massote (FEI); André Clementino de O. Santos (UEPA); Antônio Sérgio Coelho (UFSC); Gilberto Dias da Cunha (UFRGS); Marco Mesquita (USP); Nivaldo Lemos Coppini (Presidente da ABEPRO - UNIMEP) e Vanderlí Fava de Oliveira (UFJF).

        DOCUMENTOS ABEPRO - 2003

Documentos que foram elaborados pela Comissão de Diretrizes Curriculares da ABEPRO - Gilberto Dias da Cunha (UFRGS), Milton Vieira Filho (UNIMEP) e Vanderlí Fava de Oliveira (UFJF)  cumprindo resolução da Sessão Plenária Final do IX ENCEP, realizado entre os dias 28 e 30 de maio de 2003, no Centro Universitário da FEI em São Bernardo do Campo - SP.

o         Referências curriculares da Engenharia de Produção

o  Parecer sobre duração, carga horária e integralização dos cursos de Engenharia de Produção

o         Proposta de Substituição da Resolução CONFEA nº 235: Exposição de Motivos

o         Resolução substitutiva à Nº 235, DE DD MMM AAAA

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o         Glossário Técnico - Área de Engenharia de Produção.

        ÁREAS DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

LABORATÓRIOS RECOMENDADOS PARA O CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃODocumentos elaborados pela Comissão de Graduação da ABEPRO - Adriana Ferreira de Faria (UFV), Francisco Soares Másculo (UFPB), Gilberto Dias da Cunha (UFRGS), Milton Vieira Júnior (UNINOVE), Patrícia Cardoso (UFES), Vagner Cavenaghi (UNESP), e Vanderlí Fava de Oliveira (UFJF) - e discutido, aperfeiçoado e aprovado nas reuniões do Grupo de Trabalho de Graduação (GT) ocorridas no ENCEP 2008 e no ENEGEP 2008.

  Grupo de Trabalho de Graduação da ABEPROAdriana Ferreira de Faria (UFV)Francisco Soares Másculo (UFPB)Gilberto Dias da Cunha (UFRGS)Milton Viera Júnior (UNINOVE)Patrícia Cardoso (UFES)Vagner Cavenaghi (UNESP)Vanderlí Fava de Oliveira (UFJF) 

ÁREAS DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

As subáreas do conhecimento relacionadas à Engenharia de Produção que balizam esta modalidade na Graduação, na Pós-Graduação, na Pesquisa e nas Atividades Profissionais, são as relacionadas a seguir. 1.         ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO         Projetos, operações e melhorias dos sistemas que criam e entregam os produtos (bens ou serviços) primários da empresa.

1.1.     Gestão de Sistemas de Produção e Operações1.2.     Planejamento, Programação e Controle da Produção1.3.     Gestão da Manutenção1.4.     Projeto de Fábrica e de Instalações Industriais: organização industrial, layout/arranjo físico1.5.     Processos Produtivos Discretos e Contínuos: procedimentos, métodos e sequências1.6.     Engenharia de Métodos

 2.         LOGÍSTICA         Técnicas para o tratamento das principais questões envolvendo o transporte, a movimentação, o estoque e o armazenamento de insumos e produtos, visando a redução de custos, a garantia da disponibilidade do produto, bem como o atendimento dos níveis de exigências dos clientes.

2.1.     Gestão da Cadeia de Suprimentos2.2.     Gestão de Estoques2.3.     Projeto e Análise de Sistemas Logísticos2.4.     Logística Empresarial2.5.     Transporte e Distribuição Física2.6.     Logística Reversa

 3.         PESQUISA OPERACIONAL         Resolução de problemas reais envolvendo situações de tomada de decisão, através de modelos matemáticos habitualmente processados computacionalmente. Aplica conceitos e métodos de outras disciplinas científicas na concepção, no planejamento ou na operação de sistemas para atingir seus objetivos. Procura, assim, introduzir elementos de objetividade e racionalidade nos processos de tomada de decisão, sem descuidar dos elementos subjetivos e de enquadramento organizacional que caracterizam os problemas.

3.1.     Modelagem, Simulação e Otimização3.2.     Programação Matemática3.3.     Processos Decisórios3.4.     Processos Estocásticos3.5.     Teoria dos Jogos3.6.     Análise de Demanda3.7.     Inteligência Computacional

 4.         ENGENHARIA DA QUALIDADE         Planejamento, projeto e controle de sistemas de gestão da qualidade que considerem o gerenciamento por processos, a abordagem factual para a tomada de decisão e a utilização de ferramentas da qualidade.

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4.1.     Gestão de Sistemas da Qualidade4.2.     Planejamento e Controle da Qualidade4.3.     Normalização, Auditoria e Certificação para a Qualidade4.4.     Organização Metrológica da Qualidade4.5.     Confiabilidade de Processos e Produtos

 5.         ENGENHARIA DO PRODUTO         Conjunto de ferramentas e processos de projeto, planejamento, organização, decisão e execução envolvidas nas atividades estratégicas e operacionais de desenvolvimento de novos produtos, compreendendo desde a concepção até o lançamento do produto e sua retirada do mercado com a participação das diversas áreas funcionais da empresa.

5.1.     Gestão do Desenvolvimento de Produto5.2.     Processo de Desenvolvimento do Produto5.3.     Planejamento e Projeto do Produto

 6.         ENGENHARIA ORGANIZACIONAL         Conjunto de conhecimentos relacionados à gestão das organizações, englobando em seus tópicos o planejamento estratégico e operacional, as estratégias de produção, a gestão empreendedora, a propriedade intelectual, a avaliação de desempenho organizacional, os sistemas de informação e sua gestão e os arranjos produtivos.

6.1.     Gestão Estratégica e Organizacional6.2.     Gestão de Projetos6.3.     Gestão do Desempenho Organizacional6.4.     Gestão da Informação6.5.     Redes de Empresas6.6.     Gestão da Inovação6.7.     Gestão da Tecnologia6.8.     Gestão do Conhecimento

 7.         ENGENHARIA ECONÔMICA         Formulação, estimação e avaliação de resultados econômicos para avaliar alternativas para a tomada de decisão, consistindo em um conjunto de técnicas matemáticas que simplificam a comparação econômica.

7.1.     Gestão Econômica7.2.     Gestão de Custos7.3.     Gestão de Investimentos7.4.     Gestão de Riscos

 8.         ENGENHARIA DO TRABALHO         Projeto, aperfeiçoamento, implantação e avaliação de tarefas, sistemas de trabalho, produtos, ambientes e sistemas para fazê-los compatíveis com as necessidades, habilidades e capacidades das pessoas visando a melhor qualidade e produtividade, preservando a saúde e integridade física. Seus conhecimentos são usados na compreensão das interações entre os humanos e outros elementos de um sistema. Pode-se também afirmar que esta área trata da tecnologia da interface máquina - ambiente - homem - organização.

8.1.     Projeto e Organização do Trabalho8.2.     Ergonomia8.3.     Sistemas de Gestão de Higiene e Segurança do Trabalho8.4.     Gestão de Riscos de Acidentes do Trabalho

 9.         ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE         Planejamento da utilização eficiente dos recursos naturais nos sistemas produtivos diversos, da destinação e tratamento dos resíduos e efluentes destes sistemas, bem como da implantação de sistema de gestão ambiental e responsabilidade social.

9.1.     Gestão Ambiental9.2.     Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação9.3.     Gestão de Recursos Naturais e Energéticos9.4.     Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais9.5.     Produção mais Limpa e Ecoeficiência9.6.     Responsabilidade Social9.7.     Desenvolvimento Sustentável

 10.      EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

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         Universo de inserção da educação superior em engenharia (graduação, pós-graduação, pesquisa e extensão) e suas áreas afins, a partir de uma abordagem sistêmica englobando a gestão dos sistemas educacionais em todos os seus aspectos: a formação de pessoas (corpo docente e técnico administrativo); a organização didático pedagógica, especialmente o projeto pedagógico de curso; as metodologias e os meios de ensino/aprendizagem. Pode-se considerar, pelas características encerradas nesta especialidade como uma "Engenharia Pedagógica", que busca consolidar estas questões, assim como, visa apresentar como resultados concretos das atividades desenvolvidas, alternativas viáveis de organização de cursos para o aprimoramento da atividade docente, campo em que o professor já se envolve intensamente sem encontrar estrutura adequada para o aprofundamento de suas reflexões e investigações.

10.1.      Estudo da Formação do Engenheiro de Produção10.2.      Estudo do Desenvolvimento e Aplicação da Pesquisa e da Extensão em Engenharia de

Produção10.3.      Estudo da Ética e da Prática Profissional em Engenharia de Produção10.4.     Práticas Pedagógicas e Avaliação Processo de Ensino-Aprendizagem em Engenharia de

Produção10.5.      Gestão e Avaliação de Sistemas Educacionais de Cursos de Engenharia de Produção

 Rio de Janeiro, 2008.