O FIM DA INOCÊNCIA: UMA CRÍTICA DA O FIM DA INOCÊNCIA: UMA CRÍTICA DA ETNOMATEMÁTICAETNOMATEMÁTICA

Vithal, R. e Skovsmose, O. (1997) Vithal, R. e Skovsmose, O. (1997)

Fundamentos de Didáctica da MatemáticaFundamentos de Didáctica da MatemáticaProfessor Doutor João Pedro da Ponte Professor Doutor João Pedro da Ponte

Kátia MedeirosKátia Medeiros

Márcia AlvesMárcia Alves

SilvaniSilvani

Outubro de 2006

EMERGÊNCIA DE EMERGÊNCIA DE DUAS DUAS

PERSPECTIVASPERSPECTIVAS::

1.1. ETNOMATEMÁTICA E ETNOMATEMÁTICA E

2.2. EDUCAÇÃO MATEMÁTICA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA CRÍTICACRÍTICA. .

ETNOMATEMÁTICAETNOMATEMÁTICA: : CULTURAL e CULTURAL e SOCIALSOCIAL

EDUCAÇÃO MATEMÁTICA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA CRÍTICA:CRÍTICA: SOCIAL E SOCIAL E

POLÍTICOPOLÍTICO..

ETNOMATEMÁTICA E ETNOMATEMÁTICA E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

CRÍTICA: CRÍTICA:

CONSCIÊNCIA SOCIAL CONSCIÊNCIA SOCIAL E RESPONSABILIDADE POLÍTICAE RESPONSABILIDADE POLÍTICA..

A ETNOMATEMÁTICA E A EDUCAÇÃO A ETNOMATEMÁTICA E A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA CRÍTICA, EMERGIRAM, EM MATEMÁTICA CRÍTICA, EMERGIRAM, EM PARTE, ATRAVÉS DA CRÍTICA A OUTRAS PARTE, ATRAVÉS DA CRÍTICA A OUTRAS

POSTURAS PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA, POSTURAS PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA, ESPECIALMENTE A ABORDAGENS ESPECIALMENTE A ABORDAGENS

TRADICIONAIS OU CONVENCIONAIS.TRADICIONAIS OU CONVENCIONAIS.

O TEXTO APRESENTA UMA O TEXTO APRESENTA UMA CRÍTICA DA CRÍTICA DA

ETNOMATEMÁTICA ETNOMATEMÁTICA UTILIZADA NA ÁFRICA DO UTILIZADA NA ÁFRICA DO

SUL, COM AS SUL, COM AS FERRAMENTAS FERRAMENTAS

CONCEITUAIS DE UMA CONCEITUAIS DE UMA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

CRÍTICACRÍTICA

MUDANÇAS CURRICULARES NA EDUCAÇÃO

MATEMÁTICA DESDE OS ANOS 60

1. MODERNIZAÇÃO;

2. INDUSTRIALIZAÇÃO e

3. DEMOCRACIA.

MUDANÇA TEÓRICA:

ANOS 50

TEORIA DA MODERNIZAÇÃO

DE ACORDO COM A TEORIA DA MODERNIZAÇÃO A INDUSTRIALIZAÇÃO É UM DESENVOLVIMENTO PROGRESSIVO

ETNOMATEMÁTICA PODE SER CONSIDERADA COMO UMA REAÇÃO AO IMPERIALISMO CULTURAL NA QUAL FOI CONSTRUÍDA A TEORIA DA MODERNIZAÇÃO

O SIGNIFICADO DA ETNOMATEMÁTICA É O DE IDENTIFICAR AS COMPETÊNCIAS MATEMÁTICAS IMPLÍCITAS NA CULTURA DE UM GRUPO SOCIAL. AO INVÉS DE PENSARMOS EM TERMOS DE UM CURRÍCULO, PENSAMOS EM TERMOS DO PRÓPRIO DESENVOLVIMENTO

UM CURRÍCULO PODE SER DESENVOLVIDO EM TERMOS DE COMPETÊNCIAS MATEMÁTICAS JÁ EXISTENTES.

• A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA CRÍTICA PODE SER CRÍTICA PODE SER CONSIDERADA COMO UMA CONSIDERADA COMO UMA REAÇÃO À TEORIA DA REAÇÃO À TEORIA DA MODERNIZAÇÃO, DENTRO DE MODERNIZAÇÃO, DENTRO DE UMA SOCIEDADE ALTAMENTE UMA SOCIEDADE ALTAMENTE TECNOLOGIZADATECNOLOGIZADA

ETNOMATEMÁTICA E ETNOMATEMÁTICA E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

CRÍTICA: CRÍTICA:

◊ ◊ REAÇÕES AO OTIMISMO INGÊNUO QUE HAVIA REAÇÕES AO OTIMISMO INGÊNUO QUE HAVIA NA TEORIA DA MODERNIZAÇÃO E RESPOSTA ÀS NA TEORIA DA MODERNIZAÇÃO E RESPOSTA ÀS

ATUAL COLONIZAÇÃOATUAL COLONIZAÇÃO DA LIFEWORLDDA LIFEWORLD..

EDUCAÇÃO MATEMÁTICA CRÍTICA:EDUCAÇÃO MATEMÁTICA CRÍTICA:CRÍTICA DA NDUSTRIALIZAÇÃO.CRÍTICA DA NDUSTRIALIZAÇÃO.

É ESSENCIAL PARA DESENVOLVER É ESSENCIAL PARA DESENVOLVER UMA CRÍTICA DE AMBAS AS NOÇÕES, UMA CRÍTICA DE AMBAS AS NOÇÕES, DESENVOLVER UMA COMPREENSÃO DESENVOLVER UMA COMPREENSÃO PROFUNDA DE SUAS RELAÇÕES COM PROFUNDA DE SUAS RELAÇÕES COM PROGRESSO, DEMOCRACIA E PROGRESSO, DEMOCRACIA E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO.DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO.

∆ ∆ A ETNOMATEMÁTICA SE REFERE A UM A ETNOMATEMÁTICA SE REFERE A UM AGRUPAMENTO DE IDÉIAS LIGADAS À AGRUPAMENTO DE IDÉIAS LIGADAS À

1.1. MUDANÇA NA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA MUDANÇA NA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA TRADICIONAL; TRADICIONAL;

2.2. ÀS RAÍZES CULTURAIS DA MATEMÁTICA;ÀS RAÍZES CULTURAIS DA MATEMÁTICA;3.3. À MATEMÁTICA DO DIA-A-DIA DE DIFERENTES À MATEMÁTICA DO DIA-A-DIA DE DIFERENTES

GRUPOS DE CRIANÇAS E ADULTOS E GRUPOS DE CRIANÇAS E ADULTOS E 4.4. À EDUCAÇÃO MATEMÁTICAÀ EDUCAÇÃO MATEMÁTICA..

# # A ETNOMATEMÁTICA A ETNOMATEMÁTICA COMO UMA COMO UMA IDÉIA EDUCACIONALIDÉIA EDUCACIONAL, SUGERE QUE , SUGERE QUE

O CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO O CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA ESTEJA LIGADO À MATEMÁTICA ESTEJA LIGADO À

MATEMÁTICA IMPLÍCITA NA MATEMÁTICA IMPLÍCITA NA CULTURA NA QUAL O ALUNO ESTÁ CULTURA NA QUAL O ALUNO ESTÁ

INSERIDOINSERIDO..

A ETNOMATEMÁTICA NÃO SE A ETNOMATEMÁTICA NÃO SE REFERE APENAS À EDUCAÇÃO REFERE APENAS À EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, MAS A CERTAS MATEMÁTICA, MAS A CERTAS

PRÁTICAS, BEM COMO AO PRÁTICAS, BEM COMO AO ESTUDO DESSAS PRÁTICAS EM ESTUDO DESSAS PRÁTICAS EM

UM GRUPO SOCIAL.UM GRUPO SOCIAL.

A TESE SOBRE A QUAL OS AUTORES A TESE SOBRE A QUAL OS AUTORES SE CONCENTRAM É A DE QUE A SE CONCENTRAM É A DE QUE A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA PODE SER EDUCAÇÃO MATEMÁTICA PODE SER MELHORADA SE DERMOS MAIS MELHORADA SE DERMOS MAIS ATENÇÃO À ETNOMATEMÁTICA NA ATENÇÃO À ETNOMATEMÁTICA NA CULTURA NA QUAL O ALUNO ESTÁ CULTURA NA QUAL O ALUNO ESTÁ INSERIDO.INSERIDO.

A ETNOMATEMÁTICA NA A ETNOMATEMÁTICA NA ÁFRICA DO SULÁFRICA DO SUL

APARTHEID;APARTHEID;

ETNOMATEMÁTICA: CULTURA NA ETNOMATEMÁTICA: CULTURA NA EDUCAÇÃO;EDUCAÇÃO;

EDUCACIONAL-POLÍTICO-EDUCACIONAL-POLÍTICO-EMOTIVO.EMOTIVO.

ETNOMATEMÁTICA E CULTURAETNOMATEMÁTICA E CULTURA

CORRUPÇÃO DO CONCEITO DE CULTURA NA CORRUPÇÃO DO CONCEITO DE CULTURA NA ÁFRICA DO SUL.ÁFRICA DO SUL.

A ETNOMATEMÁTICA TEM SE ALARGADO E A A ETNOMATEMÁTICA TEM SE ALARGADO E A NOÇÃO DE CULTURA SE TORNOU ESSENCIAL NOÇÃO DE CULTURA SE TORNOU ESSENCIAL EM SUA DEFINIÇÃO.EM SUA DEFINIÇÃO.

DURANTE A COLONIZAÇÃO O CONCEITO DE DURANTE A COLONIZAÇÃO O CONCEITO DE CULTURA, TRAZIDO DA ANTROPOLOGIA, FOI CULTURA, TRAZIDO DA ANTROPOLOGIA, FOI USADO PARA “DESCOBRIR E DESCREVER USADO PARA “DESCOBRIR E DESCREVER POVOS INDÍGENAS”.POVOS INDÍGENAS”.

POLITIZAÇÃO DO CONCEITO DE CULTURA POLITIZAÇÃO DO CONCEITO DE CULTURA PELOS AFRIKANERSPELOS AFRIKANERS

COM O FIM DA COLONIZAÇÃO O CONCEITO DE COM O FIM DA COLONIZAÇÃO O CONCEITO DE CULTURA FOI POLITIZADO E LIGADO AO CONCEITO DE CULTURA FOI POLITIZADO E LIGADO AO CONCEITO DE RAÇA.RAÇA.

A IDÉIA ERA: “A IDÉIA ERA: “UMA CULTURA FORTE DEVE SER UMA CULTURA FORTE DEVE SER BASEADA EM UM GRUPO ETNICAMENTE PUROBASEADA EM UM GRUPO ETNICAMENTE PURO”.”.

UM PROBLEMA, PORTANTO, COM A ETNOMATEMÁTICA UM PROBLEMA, PORTANTO, COM A ETNOMATEMÁTICA NA ÁFRICA DO SUL, É COM O USO DO “ETNO”.NA ÁFRICA DO SUL, É COM O USO DO “ETNO”.

OS PESQUISADORES, ENTRETANTO, TÊM ENFATIZADO OS PESQUISADORES, ENTRETANTO, TÊM ENFATIZADO QUE “ETNO” NÃO DEVE SER RELATIVO À RAÇA, MAS QUE “ETNO” NÃO DEVE SER RELATIVO À RAÇA, MAS ÀS TRADIÇÕES CULTURAIS DE UM GRUPO SOCIAL.ÀS TRADIÇÕES CULTURAIS DE UM GRUPO SOCIAL.

NA ÁFRICA DO SUL, OS CONCEITOS DE NA ÁFRICA DO SUL, OS CONCEITOS DE CULTURA, CULTURA, ETNICIDADE E RAÇAETNICIDADE E RAÇA, NÃO SÓ ESTÃO INTERLIGADOS, , NÃO SÓ ESTÃO INTERLIGADOS, MAS POSSUEM FORTE CONOTAÇÃO NEGATIVAMAS POSSUEM FORTE CONOTAÇÃO NEGATIVA

NA ÁFRICA DO SUL, “DIFERENÇA NA ÁFRICA DO SUL, “DIFERENÇA CULTURAL”, PROPICIOU CULTURAL”, PROPICIOU FUNDAMENTAÇÃO IDEOLÓGICA PARA A FUNDAMENTAÇÃO IDEOLÓGICA PARA A

EDUCAÇÃO DO APARTHEIDEDUCAÇÃO DO APARTHEID GRUPOS CULTURAIS FORAM DEFINIDOS GRUPOS CULTURAIS FORAM DEFINIDOS RACIALMENTE E ETNICAMENTE: BRANCOS, RACIALMENTE E ETNICAMENTE: BRANCOS, NEGROS, ÍNDIOS, ZULUS, AFRIKANERS E NEGROS, ÍNDIOS, ZULUS, AFRIKANERS E ASSIM POR DIANTE.ASSIM POR DIANTE.

A ETNOMATEMÁTICA, ENTRETANTO, NÃO É A ETNOMATEMÁTICA, ENTRETANTO, NÃO É UMA DOUTRINA RACISTA (ZEBB, 1989). UMA DOUTRINA RACISTA (ZEBB, 1989).

ELA ESTÁ SENDO VULNERÁVEL A ELA ESTÁ SENDO VULNERÁVEL A ASSOCIAREM O SEU SIGNIFICADO COM O ASSOCIAREM O SEU SIGNIFICADO COM O RACISMO DO APARTHEID.RACISMO DO APARTHEID.

CONFUSÃO ENTRE OS CONCEITOS DE RAÇA CONFUSÃO ENTRE OS CONCEITOS DE RAÇA E CULTURA, NA ÁFRICA DO SUL.E CULTURA, NA ÁFRICA DO SUL.

EM OPOSIÇÃO A ESTA VISÃO RACIAL DA CULTURA, EM OPOSIÇÃO A ESTA VISÃO RACIAL DA CULTURA, MOORE (1994) IDENTIFICOU DUAS VISÕES BÁSICAS, MOORE (1994) IDENTIFICOU DUAS VISÕES BÁSICAS, MAS NÃO EXCLUDENTES, ENCONTRADAS NA ÁFRICA MAS NÃO EXCLUDENTES, ENCONTRADAS NA ÁFRICA DO SUL:DO SUL:

COM RAÍZES NA ANTROPOLOGIA, ARGUMENTA QUE COM RAÍZES NA ANTROPOLOGIA, ARGUMENTA QUE O CONCEITO DE CULTURA É USUAL E AJUDA A O CONCEITO DE CULTURA É USUAL E AJUDA A IDENTIFICAR E DESCREVER IMPORTANTES ASPECTOS IDENTIFICAR E DESCREVER IMPORTANTES ASPECTOS DAS DIFERENÇAS ENTRE AS COMUNIDADES.DAS DIFERENÇAS ENTRE AS COMUNIDADES.

A CULTURA COMO UMA CONSTRUÇÃO SOCIAL E A CULTURA COMO UMA CONSTRUÇÃO SOCIAL E POLÍTICA, QUE PODE SER USADA PARA POLÍTICA, QUE PODE SER USADA PARA INTERPRETAR, ORGANIZAR E ESTRUTURAR A INTERPRETAR, ORGANIZAR E ESTRUTURAR A SOCIEDADE.SOCIEDADE.

A ETNOMATEMÁTICA PERMITE LEVANTAR ALGUNS A ETNOMATEMÁTICA PERMITE LEVANTAR ALGUNS QUESTIONAMENTOS, COMO:QUESTIONAMENTOS, COMO:

POR QUE ESSES VALORES E NÃO OUTROS?POR QUE ESSES VALORES E NÃO OUTROS?

COMO ELES ESTÃO DISTRIBUÍDOS?COMO ELES ESTÃO DISTRIBUÍDOS?

QUEM TEM ACESSO A ELES? COM QUE FINALIDADE?QUEM TEM ACESSO A ELES? COM QUE FINALIDADE?

NESSE SENTIDO, A ETNOMATEMÁTICA, PODE SER NESSE SENTIDO, A ETNOMATEMÁTICA, PODE SER VISTA COMO UM CONTEÚDO, SOCIAL, POLÍTICO E VISTA COMO UM CONTEÚDO, SOCIAL, POLÍTICO E IDELÓGICO.IDELÓGICO.

AS PESQUISAS COM A ETNOMATEMÁTICA, USUALMENTE, AS PESQUISAS COM A ETNOMATEMÁTICA, USUALMENTE, NÃO ESPECIFICAM MUITO SOBRE A DIFERENÇA ENTRE NÃO ESPECIFICAM MUITO SOBRE A DIFERENÇA ENTRE CULTURA E PODER.CULTURA E PODER.

MILLROW (1992): MILLROW (1992):

EM SEU ESTUDO COM OS CARPINTEIROS, NA ÁFRICA DO EM SEU ESTUDO COM OS CARPINTEIROS, NA ÁFRICA DO SUL, AFIRMA QUE É ESSENCIAL POLITIZAR O CONCEITO DE SUL, AFIRMA QUE É ESSENCIAL POLITIZAR O CONCEITO DE CULTURA.CULTURA.

GELSA KNIJIK (1993):GELSA KNIJIK (1993):

PRÁTICA ETNOMATEMÁTICA: NÃO É APENAS RESULTADO PRÁTICA ETNOMATEMÁTICA: NÃO É APENAS RESULTADO DE INTERAÇÕES COM O AMBIENTE NATURAL E SOCIAL, DE INTERAÇÕES COM O AMBIENTE NATURAL E SOCIAL, MAS TAMBÉM DAS RELAÇÕES DE PODER ENTRE E DENTRO MAS TAMBÉM DAS RELAÇÕES DE PODER ENTRE E DENTRO DOS GRUPOS CULTURAIS.DOS GRUPOS CULTURAIS.

COMPREENDER CULTURA NAS RELAÇÕES DE COMPREENDER CULTURA NAS RELAÇÕES DE PODER É IGUALMENTE IMPORTANTE NA PODER É IGUALMENTE IMPORTANTE NA

EDUCAÇÃO.EDUCAÇÃO.

O PROBLEMA DA DEFINIÇÃO:O PROBLEMA DA DEFINIÇÃO:

D’AMBRÓSIO (1994): D’AMBRÓSIO (1994): ETNOETNO--MATHEMAMATHEMA--TICSTICS

A ETNOMATEMÁTICA, A ETNOMATEMÁTICA, PORTANTO, SIGNIFICA AS PORTANTO, SIGNIFICA AS TÉCNICAS DE COMPREENSÃO TÉCNICAS DE COMPREENSÃO EMBUTIDAS CULTURALMENTE.EMBUTIDAS CULTURALMENTE.

ETNOMATEMÁTICA E ETNOMATEMÁTICA E CIDADANIA CRÍTICACIDADANIA CRÍTICA

CONSCIÊNCIA SOCIAL E CONSCIÊNCIA SOCIAL E

RESPONSABILIDADE POLÍTICARESPONSABILIDADE POLÍTICA

QUESTÕES LEVANTADAS PELOS QUESTÕES LEVANTADAS PELOS AUTORES:AUTORES:

COMO FAZER UMA INTERPRETAÇÃO COMO FAZER UMA INTERPRETAÇÃO ETNOMATEMÁTICA DO SABER ETNOMATEMÁTICA DO SABER MATEMÁTICO SERVIR PARA A MATEMÁTICO SERVIR PARA A EMANCIPAÇÃO DOS ALUNOS? EMANCIPAÇÃO DOS ALUNOS?

UMA QUESTÃO CRUCIAL NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA QUE UMA QUESTÃO CRUCIAL NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA QUE TENTA APOIAR O DESENVOLVIMENTO DE UMA CIDADANIA TENTA APOIAR O DESENVOLVIMENTO DE UMA CIDADANIA CRÍTICA, SE REFERE AO TIPO DE COMPETÊNCIAS QUE DEVEM CRÍTICA, SE REFERE AO TIPO DE COMPETÊNCIAS QUE DEVEM SER DESENVOLVIDAS: SER DESENVOLVIDAS: QUE COMPETÊNCIAS EXPRESSAM UMA QUE COMPETÊNCIAS EXPRESSAM UMA EMANCIPAÇÃO?EMANCIPAÇÃO?

O QUE FAZ MATEMÁTICA PARA O PODER DAS PESSOAS, O QUE FAZ MATEMÁTICA PARA O PODER DAS PESSOAS, QUANDO TEMOS EM MENTE UMA SOCIEDADE TECNOLÓGICA?QUANDO TEMOS EM MENTE UMA SOCIEDADE TECNOLÓGICA?

UMA ABORDAGEM ETNOMATEMÁTICA DESENVOLVE UMA UMA ABORDAGEM ETNOMATEMÁTICA DESENVOLVE UMA COMPETÊNCIA QUE RESISTE À DOMINAÇÃO NA CULTURA COMPETÊNCIA QUE RESISTE À DOMINAÇÃO NA CULTURA ATUAL?ATUAL?

ALÉM DISSO, A ETNOMATEMÁTICA ESTARIA IMPLICADA NO ALÉM DISSO, A ETNOMATEMÁTICA ESTARIA IMPLICADA NO PODER DA MATEMÁTICA?PODER DA MATEMÁTICA?

PODER:PODER: PAPEL DA MATEMÁTICA NA SOCIEDADE PAPEL DA MATEMÁTICA NA SOCIEDADE..

A CIDADANIA CRÍTICA PODE AJUDAR AS PESSOAS A A CIDADANIA CRÍTICA PODE AJUDAR AS PESSOAS A INTERPRETAR A NATUREZA DAS RELAÇÕES NUMA SOCIEDADE, INTERPRETAR A NATUREZA DAS RELAÇÕES NUMA SOCIEDADE, NA QUAL O PODER DA MATEMÁTICA É EXERCIDO.NA QUAL O PODER DA MATEMÁTICA É EXERCIDO.

A ETNOMATEMÁTICA E O A ETNOMATEMÁTICA E O ALUNOALUNO

POMPEU (1992) :POMPEU (1992) :

ATIVIDADES MATEMÁTICAS BASEADAS NO CONHECIMENTO QUE ATIVIDADES MATEMÁTICAS BASEADAS NO CONHECIMENTO QUE OS ALUNOS TRAZEM DE FORA DA ESCOLA;OS ALUNOS TRAZEM DE FORA DA ESCOLA;

O CONHECIMENTO MATEMÁTICO É DESENVOLVIDO NAS O CONHECIMENTO MATEMÁTICO É DESENVOLVIDO NAS SITUAÇÕES PRÓPRIAS DOS ALUNOS. SITUAÇÕES PRÓPRIAS DOS ALUNOS.

O PROFESSOR PRECISA COMPREENDER O CONCEITO DE O PROFESSOR PRECISA COMPREENDER O CONCEITO DE CULTURA E AS RAZÕES PARA FOCALIZAR A BASE CULTURAL CULTURA E AS RAZÕES PARA FOCALIZAR A BASE CULTURAL DOS ALUNOS.DOS ALUNOS.

ENTRETANTO, DAR SIGNIFICADO NA SALA DE AULA DE ENTRETANTO, DAR SIGNIFICADO NA SALA DE AULA DE MATEMÁTICA, NO CONTEXTO SÓCIO-CULTURAL DOS ALUNOS MATEMÁTICA, NO CONTEXTO SÓCIO-CULTURAL DOS ALUNOS NÃO É FÁCIL.NÃO É FÁCIL.

O QUE PODERIA SER FEITO NA SALA DE AULA COM CRIANÇAS O QUE PODERIA SER FEITO NA SALA DE AULA COM CRIANÇAS DO SUBÚRBIO NA ÁFRICA DO SUL?DO SUBÚRBIO NA ÁFRICA DO SUL?

FALTA SABER COMO ESSAS ABORDAGENS PODEM FALTA SABER COMO ESSAS ABORDAGENS PODEM SER TRADUZIDAS NA PRÁTICA.SER TRADUZIDAS NA PRÁTICA.

OS PROFESSORES NÃO SÓ DEVEM TER ACESSO E OS PROFESSORES NÃO SÓ DEVEM TER ACESSO E COMPREENDER A BASE SOCIAL E CULTURAL DO COMPREENDER A BASE SOCIAL E CULTURAL DO CONHECIMENTO MATEMÁTICO DE SEUS ALUNOS, CONHECIMENTO MATEMÁTICO DE SEUS ALUNOS, ELES TAMBÉM PRECISAM SER HÁBEIS PARA ELES TAMBÉM PRECISAM SER HÁBEIS PARA INTERPRETAR ESSA REALIDADE ESTRANHA, EM INTERPRETAR ESSA REALIDADE ESTRANHA, EM TERMOS DA MATEMÁTICA E TRANSFORMAR EM TERMOS DA MATEMÁTICA E TRANSFORMAR EM EXPERIÊNCIAS CURRICULARES.EXPERIÊNCIAS CURRICULARES.

MAS QUE ASPECTOS DA REALIDADE TEM MAS QUE ASPECTOS DA REALIDADE TEM ESSE POTENCIAL?ESSE POTENCIAL?

DA REALIDADE DOS ADULTOS OU DAS DA REALIDADE DOS ADULTOS OU DAS CRIANÇAS?CRIANÇAS?

ESSA REALIDADE É DE QUAL ADULTO OU ESSA REALIDADE É DE QUAL ADULTO OU CRIANÇA?CRIANÇA?

E OS PROFESSORES QUE NÃO PARTILHAM A E OS PROFESSORES QUE NÃO PARTILHAM A MESMA BASE SOCIAL E CULTURAL COM MESMA BASE SOCIAL E CULTURAL COM SEUS ALUNOS?SEUS ALUNOS?

A QUESTÃO DO CONFLITOA QUESTÃO DO CONFLITO

TRAZER O CONTEXTO TRAZER O CONTEXTO CULTURAL PARA O CURRÍCULO CULTURAL PARA O CURRÍCULO RECONCILIA OU EXACERBA RECONCILIA OU EXACERBA DIFEREÇAS E CONFLITOS?DIFEREÇAS E CONFLITOS?BACKGROUND E FOREGROUND: BACKGROUND E FOREGROUND:

INTERAGEMINTERAGEM É PRECISO CONSIDERAR, NA ETNOMATEMÁTICA, O É PRECISO CONSIDERAR, NA ETNOMATEMÁTICA, O

BACKGROUND E O FOREGROUND.BACKGROUND E O FOREGROUND. NÃO BASTA PERGUNTAR DE ONDE OS ALUNOS NÃO BASTA PERGUNTAR DE ONDE OS ALUNOS

VÊM, MAS ONDE QUEREM CHEGAR?VÊM, MAS ONDE QUEREM CHEGAR?

QUAL A NATUREZA DO FOREGROUND DA QUAL A NATUREZA DO FOREGROUND DA CRIANÇA DA ÁFRICA DO SUL?CRIANÇA DA ÁFRICA DO SUL?

O QUE SIGNIFICARIA DAR ATENÇÃO AO SEU O QUE SIGNIFICARIA DAR ATENÇÃO AO SEU BACKGROUND E FOREGROUND NA SALA DE BACKGROUND E FOREGROUND NA SALA DE AULA?AULA?

UMA AUTOCRÍTICAUMA AUTOCRÍTICA

UMA DAS DIFICULDADES NA COMPREENSÃO DA UMA DAS DIFICULDADES NA COMPREENSÃO DA NATUREZA PRECISA DA ETNOMATEMÁTICA, NATUREZA PRECISA DA ETNOMATEMÁTICA, COMO UMA PRÁTICA EDUCACIONAL É A FALTA COMO UMA PRÁTICA EDUCACIONAL É A FALTA DE DESCRIÇÕES DETALHADAS DE TAIS DE DESCRIÇÕES DETALHADAS DE TAIS PRÁTICAS.PRÁTICAS.

A ETNOMATEMÁTICA NOS APRESENTA UMA A ETNOMATEMÁTICA NOS APRESENTA UMA PERSPECTIVA DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA. NO PERSPECTIVA DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA. NO ENTANTO, NÃO HÁ EM NENHUMA PARTE DA ENTANTO, NÃO HÁ EM NENHUMA PARTE DA LITERATURA ETNOMATEMÁTICA, EM LÍNGUA LITERATURA ETNOMATEMÁTICA, EM LÍNGUA INGLESA, UMA DESCRIÇÃO DE UMA PRÁTICA INGLESA, UMA DESCRIÇÃO DE UMA PRÁTICA EDUCACIONALEDUCACIONAL

EXEMPLO: O TEOREMA DE PITÁGORAS- GERDES EXEMPLO: O TEOREMA DE PITÁGORAS- GERDES (1988)-MOÇAMBIQUE. NÃO É SUFICIENTE PARA (1988)-MOÇAMBIQUE. NÃO É SUFICIENTE PARA COMPREENDER A ETNOMATEMÁTICA NA COMPREENDER A ETNOMATEMÁTICA NA PRÁTICA.PRÁTICA.

O CONCEITO DE ETNOMATEMÁTICA EM O CONCEITO DE ETNOMATEMÁTICA EM SI É PROBLEMÁTICO E NÃO É SI É PROBLEMÁTICO E NÃO É INOCENTE.INOCENTE.

QUESTÕES PARA O DEBATE:QUESTÕES PARA O DEBATE:

1.1. Existem abordagens etnomatemáticas Existem abordagens etnomatemáticas no currículo de Portugal?no currículo de Portugal?

2.2. Como essas abordagens Como essas abordagens etnomatemáticas poderiam contribuir etnomatemáticas poderiam contribuir para uma cidadania crítica?para uma cidadania crítica?