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História Geral Prof. Oseias de Lima Vieira Texto 4 O Império Romano Começando apenas como Monarquia, ainda como cidade-estado, evoluiu para República quando o Rei Tarquínio foi expulso da cidade em 509 a.C., período durante o qual se deu a maior expansão do Império, que de uma simples cidade se expandiu para a Gália e toda a orla do Mediterrâneo. Após a subida ao poder de César Augusto, este fez uma reorganização política, tornando-se no primeiro Imperador Romano, dando início ao período mais conhecido desta civilização. O Império poderá ser dividido em várias partes, mas o que importa referir é que depois do início das invasões bárbaras, dividiu-se no Império Ocidental e Oriental, sendo o último o único resistente, com Constantinopla (atual Istanbul) como capital. Sociedade Os principais grupos sociais que se construíram em Roma foram os patrícios, os clientes, os plebeus e os escravos. Patrícios: eram grandes proprietários de terras, rebanhos e escravos. Desfrutavam de direitos políticos e podiam desempenhar altas funções públicas no exército, na religião, na justiça ou na administração. Eram os cidadãos romanos. Clientes: eram homens livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos serviços pessoais em troca de auxílio

O Império Romano

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Império Romano

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Histria Geral Prof. Oseias de Lima Vieira Texto 4

O Imprio RomanoComeando apenas como Monarquia, ainda como cidade-estado, evoluiu para Repblica quando o Rei Tarqunio foi expulso da cidade em 509 a.C., perodo durante o qual se deu a maior expanso do Imprio, que de uma simples cidade se expandiu para a Glia e toda a orla do Mediterrneo.Aps a subida ao poder de Csar Augusto, este fez uma reorganizao poltica, tornando-se no primeiro Imperador Romano, dando incio ao perodo mais conhecido desta civilizao. O Imprio poder ser dividido em vrias partes, mas o que importa referir que depois do incio das invases brbaras, dividiu-se no Imprio Ocidental e Oriental, sendo o ltimo o nico resistente, com Constantinopla (atual Istanbul) como capital.

SociedadeOs principais grupos sociais que se construram em Roma foram os patrcios, os clientes, os plebeus e os escravos.Patrcios: eram grandes proprietrios de terras, rebanhos e escravos. Desfrutavam de direitos polticos e podiam desempenhar altas funes pblicas no exrcito, na religio, na justia ou na administrao. Eram os cidados romanos.Clientes: eram homens livres que se associavam aos patrcios, prestando-lhes diversos servios pessoais em troca de auxlio econmico e proteo social. Constituam o ponto de apoio da denominao poltica e militar dos patrcios.Plebeus: eram homens e mulheres livres que se dedicavam ao comrcio, ao artesanato e aos trabalhos agrcolas.Escravos: Representavam uma propriedade, e, assim, o senhor tinha o direito de castig-los, de vend-los ou de alugar seus servios. Muitos escravos eram, no entanto, eventualmente libertados.

Economia RomanaNa Roma Antiga, a agricultura era a atividade econmica fundamental, diferente de outros povos da poca, que preferiam dar maior importncia ao comrcio e ao artesanato. Mas isso se deve, em parte, geografia favorvel da Pennsula Itlica, que, ao contrrio das terras da Grcia, por exemplo, permitia o trabalho agrcola em grande escala.Alguns especialistas acreditam que Roma se tenha formado a partir de uma aldeia de agricultores e pastores. Inicialmente, a terra era utilizada de forma comunitria, com base em grupos de famlias chamados cls ou gens. Mas essa situao comeara a mudar com a expanso de territrios e o crescimento econmico e populacional. As famlias mais antigas e poderosas, que possuam terras mais frteis, passaram a apropriar-se de terras que at ento eram pblicas.Num processo de ocupao de terras, os romanos chegaram numa situao em que, de um lado, havia os grandes latifundirios que concentravam todos os poderes polticos das regies e, de outro, os pequenos proprietrios que, sem direitos de manifestao e de representao, viam-se arruinados pela contnua perda das suas prprias terras. Isso causou desequilbrios sociais e, durante vrios sculos, conflitos.

A Moeda RomanaAs moedas romanas, em circulao durante a maior parte da Repblica e do Impri Romano do Ocidente, incluam o ureo (aureus, em latim), de ouro; o denrio (denarius), de prata; o sestrcio (sestertius), de bronze; o dupndio (dupondius), de bronze; e o asse (as), de cobre. Estas denominaes foram utilizadas de meados do sculo II a.C. at meados do sculo III d.C.Durante o sculo III d.C., o denrio foi substitudo pelo denrio duplo, tambm conhecido como antoniniano (antoninianus), o qual, por sua vez, foi extinto pela reforma monetria de Diocleciano, que criou denominaes tais como o argento (argenteus, "de prata") e o follis (bronze prateado). Aps as reformas, as moedas em circulao passaram a ser, basicamente, o soldo (solidus), de ouro, e algumas denominaes menores de bronze, at o fim do Imprio Romano do Ocidente.Estima-se que, por volta do fim da Repblica e do incio do Principado, um denrio equivalia ao salrio dirio de um trabalhador. Um denrio valia 5 dupndios ou 10 asses. Sabe-se que durante o sculo I d.C., um asse comprava o equivalente a meio quilo de po ou um litro de vinho barato.

A Economia e Poltica na Sociedade AtualA economia atual muito mais desenvolvida, em todos os campos. Desde o comrcio, muito mais avanado, como uma 'aldeia global', at ao sistema poltico.Na maioria dos pases ocidentais, verificam-se repblicas, no entanto mais evoludas que a a repblica na Antiga Roma. A agricultura agora efetuada maioritariamente por mquinas, e a sua contribuio para a riqueza do pas. agora o sector tercirio, ou seja, os servios, o sector mais importante para a Economia Global.As moedas so muito mais variadas, com cotaes oscilantes no mercado.Na organizao social, distinguem-se apenas a Classe Baixa, Mdia e Alta, com a mdia a assumir a maior importncia. A escravido agora um crima horrendo, refletindo toda a maior sensibilidade tica da sociedade.VesturioTambm no vesturio Roma recebeu influncia dos gregos. As roupas mais usadas pelos romanos eram as togas, muito semelhantes ao himation usado na Grcia Antiga.Em Roma vestia-se uma tnica por baixo e a toga por cima. Essa toga era muito volumosa e suas caractersticas possibilitavam a identificao do grupo social do portador atravs do tamanho, forma ou cor da roupa.Escravos, plebeus e mesmo soldados costumavam usar apenas uma tnica sobre o corpo.Os romanos no tinham por hbito cobrir a cabea, a no ser por ocasio de uma viagem. Nessas alturas poderiam colocar o petasus, um chapu de abas largas, ou o cucullus, um capuz. Quando efetuavam sacrifcios, os homens romanos tapavam as cabeas com uma banda da toga ou do pallium.Entre as mulheres existia o hbito de se cobrir com a palla (um manto comprido que chegava at os ps) quando se deixava a casa. As vivas utilizavam o ricinium, uma espcie de xaile.Sabe-se pouco no que diz respeito roupa interior (indumenta). As mulheres utilizavam uma faixa de tecido no peito (fascia pectoralis, tambm designada pelos nomes mammilia, strophium ou taenia) e o subligaculum, uma faixa de tecido colocada em volta dos rins. Esta ltima pea era tambm usada de incio pelos homens, mas foi abandonada.As crianas usavam a toga praetexta, uma toga que possua uma banda prpura. A partir dos 17 anos, os rapazes tomavam a toga uirilis, evento que significa a entrada na vida adulta e era marcado por uma cerimnia; as meninas usariam a stola a partir do momento em que se casassem.

GastronomiaDurante a Roma antiga a gastronomia consistia somente em vegetais e frutas. Os romanos gostavam de alho, cebola, nabo, figo, roms, laranjas, peras, mas e uvas. O prato tpico era mingau de gua com cevada. Uma verso mais sofisticada levava vinho e miolos de animais.Somente ricos comiam carne, geralmente de carneiro, burro, porco, ganso, pato ou pombo. Alimentavam os porcos com figos para que sua carne ficasse perfumada e criavam os gansos de maneira especial para com eles preparar pats. Faziam o mesmo com os frangos, alimentando-os com anis e outras especiarias.Tinham trs refeies dirias: o Jentaculum (pequeno-almoo), o Prandium (almoo) e a Cena (jantar).

Atividades de LazerAlm da luta de gladiadores, outras "modalidades" de lazer atraam o homem romano. Os espetculos faziam parte das relaes quotidianas, e os homens admiravam o teatro, as corridas de carro no circo, realizavam banquetes, praticavam o jogo de dados e frequentavam os banhos pblicos. Estas atividades de lazer eram usufrudas por toda a populao, independente da posio social. O preo dos ingressos, quando cobrados, era bastante mdico, o que permitia o acesso a todos os homens livres e escravos, mulheres e crianas, cidados romanos e estrangeiros.

Nomes na Roma AntigaNa Roma Antiga, os nomes de homens e mulheres eram atribudos segundo uma conveno social de nomenclatura prpria dos romanos.Os nomes masculinos continham, em geral, trs nomes prprios, classificados como praenomen (prenome), nomen gentile (designava a gens: o grupamento familiar chefiado por um pater familias) e cognomen (cognome). Por vezes, um segundo cognome (chamado agnomen) era acrescentado. Um homem que fosse adotado tambm indicava a sua nova filiao no nome.O prenome no era muito importante nos tempos romanos e era pouco usado no dia a dia. Tomando-se como exemplo o nome de Gaius Iulius Caesar (Jlio Csar), Gaius o prenome, o "primeiro nome".O nomen gentile vinha em seguida, para indicar o nome da gens a que pertencia o indivduo (no gnero masculino, no caso dos homens). No exemplo, no nome de Jlio Csar, Iulius representa a gens Iulia.O terceiro nome, chamado cognomen, comeou como uma alcunha, que distinguia indivduos dentro de uma mesma gens. Durante a Repblica e o Imprio, o cognome era passado de pai para filho, de modo a distinguir uma famlia especfica no seio da gens. Via de regra, o cognome era escolhido com base num trao fsico ou de personalidade, s vezes por ironia: o cognome de Jlio Csar (Caesar) significa "peludo", mas ele era calvo, e o de Pblio Cornlio Tcito (Tacitus) significa "silencioso" em latim, mas ele era um orador famoso.As mulheres recebiam o nomen gentile dos pais, no gnero feminino. Por exemplo, a filha de Gaius Iulius Caesar chamava-se Iulia. Se fosse necessrio efetuar uma distino adicional, seguia-se ao nome o genitivo do cognome do pai (Caesaris, no caso da filha de Csar: Iulia Caesaris) ou o do marido. Se houvesse duas filhas, uma chamava-se maior, a outra minor. Se uma famlia tivesse mais de duas filhas, dava-se-lhes um numeral ordinal: Cornelia Quinta (a quinta filha de Cornlio). No final da Repblica, as mulheres j adotavam o cognome do pai no feminino: Metella Crassi, filha de Q. Caecilius Metellus e esposa de P. Licinius Crassus.

Referencias.

ALENCAR, Rosane Dias de. Memria. In: Fbio de Souza Lessa; Regina Maria Bustamante. (Org.). Memria e Festa. 1 ed. Rio de Janeiro: Mauad. v. 1, p. 13-636. 2005.

MACHADO, Carlos Augusto Ribeiro. Roma e seu Imprio. So Paulo: Saraiva, 2000.

SILVA, Gilvan Ventura e MENDES, Norma Musco (orgs.). Repensando o Imprio Romano: Perspectiva socioeconmica, poltica e cultural. Rio de Janeiro: Mauad, 2006.

SUETNIO. A vida dos doze Csares. Trad. Sady-Garibaldi. So Paulo: Ediouro, s/d.

TCITO. Anais. Trad. Leopoldo Pereira. So Paulo: Ediouro, s/d.