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O INÍCIO E O FIM DA VIDA HUMANA
C L A U D I N E I D O S S A N TO S D I A S
OBJETIVOS
Entender o posicionamento das principais tradições religiosas e da ciência sobre o início e o fim da vida humana.
Analisar as consequências éticas das propostas sobre o início e o fim da vida humana.
O INÍCIO DA VIDA HUMANA
•Este é um debate antigo.
•Para Platão, a vida humana se iniciava quando a alma
“entrava” no corpo, ou seja, no nascimento da criança.
•Aristóteles defendia que a vida humana se iniciava após
o 40º dia para os homens e o 90º dia para as mulheres.
CINCO RESPOSTAS DA CIÊNCIA
•GENÉTICA: a vida humana inicia na fertilização,
quando se encontram óvulo e espermatozóide
e combinam seus genes para formar um novo
indivíduo.
CINCO RESPOSTAS DA CIÊNCIA
•EMBRIOLÓGICA: inicia na 3ª semana de
gravidez, quando é estabelecida a
individualidade humana (até 12 dias o embrião
ainda é capaz de se dividir e dar origem a duas
ou mais pessoas).
CINCO RESPOSTAS DA CIÊNCIA
•NEUROLÓGICA: a vida inicia quando o feto
apresenta atividade cerebral igual a de uma
pessoa (vai da 8ª a 20ª semana).
CINCO RESPOSTAS DA CIÊNCIA
•ECOLÓGICA: a capacidade de sobreviver fora
do útero faz do feto um ser independente e
determina o início da vida (pulmões prontos,
20ª a 24ª semana).
CINCO RESPOSTAS DA CIÊNCIA
•METABÓLICA: afirma que a discussão sobre o
começo da vida é irrelevante, uma vez que não
existe um momento único no qual a vida tem
início.
CINCO RESPOSTAS DA CIÊNCIA
•Para esta corrente, espermatozóide e óvulo
são tão vivos quanto qualquer pessoa. Além
disso, o desenvolvimento de uma criança é um
processo contínuo e não deve ter um marco
inaugural.
CINCO RESPOSTAS DA RELIGIÃO
•CATOLICISMO: inicia na concepção, quando o
óvulo é fertilizado, formando um ser humano
pleno e não um ser humano em potencial.
• JUDAÍSMO: apenas no 40º dia, quando o feto,
se acredita, começa a adquirir a forma humana.
CINCO RESPOSTAS DA RELIGIÃO
• ISLAMISMO: acontece quando a alma é
soprada por Alá no feto, cerca de 120 dias após
a fecundação (embora existam os que
acreditam que se inicia na concepção).
CINCO RESPOSTAS DA RELIGIÃO
•BUDISMO: a vida é um processo contínuo e
ininterrupto. Não começa quando ocorre a
fecundação, mas está presente em tudo o que
existe (nossos pais, plantas, animais, água).
CINCO RESPOSTAS DA RELIGIÃO
•HINDUÍSMO: alma e matéria se encontram na
fecundação e é aí que começa a vida. Como o
embrião possui uma alma, deve ser tratado
como humano.
QUANDO A VIDA HUMANA TERMINA?
•1993, Trisha Marshall, 28 anos, dá a luz a uma
criança estando clinicamente morta a três
meses.
QUANDO A VIDA HUMANA TERMINA?
•2005, Terri Schiavo, 15 anos em estado
vegetativo, decide-se não mais manter a
alimentação. Ela morre 13 dias após, de fome e
de sede.
A HISTÓRIA DO DIAGNÓSTICO DA MORTE
•No século XVIII surgem dúvidas sobre o
momento da morte.
A HISTÓRIA DO DIAGNÓSTICO DA MORTE
•1785, o médico britânico William Tossach,
provou que um homem afogado (e dito morto)
poderia ser ressuscitado ao encher seus
pulmões de ar.
A HISTÓRIA DO DIAGNÓSTICO DA MORTE
• Jean Laborde: técnica de puxar por 3 horas a
língua de um defunto.
A HISTÓRIA DO DIAGNÓSTICO DA MORTE
•A mais antiga técnica: a putrefação.
•1846, Eugene Bouchut: observar durante 10
minutos 3 sinais da morte: ausência da
respiração, batimentos cardíacos e da
circulação.
A HISTÓRIA DO DIAGNÓSTICO DA MORTE
•Final do séc. XIX: legista Paul Brouardel verificou que o coração de pessoas decapitadas continuava a bater por até uma hora. Concluiu que a morte não era uma questão de coração e pulmão, mas de sistema nervoso central.
A HISTÓRIA DO DIAGNÓSTICO DA MORTE
•Esta técnica é acrescentada a tríade: se sob um feixe de luz, a pupila estiver dilatada, as funções neurológicas não existem mais.
A HISTÓRIA DO DIAGNÓSTICO DA MORTE
•1950: fabricação dos respiradores artificiais (reduz a morte de recém-nascidos de 70% para 10%).
A HISTÓRIA DO DIAGNÓSTICO DA MORTE
•1970: UTIs com equipamentos que reproduzem funcionamento de órgãos humanos (diálise, aspiradores para secreções, marca passo, desfibrilador...).
A HISTÓRIA DO DIAGNÓSTICO DA MORTE
•1968: Comitê de Harvard: parada total e
irreversível das funções encefálicas equivale a
morte total.
A HISTÓRIA DO DIAGNÓSTICO DA MORTE
•Diagnosticar a morte com o máximo de
antecedência possibilitaria manter órgãos e
tecidos intactos para transplante.
A HISTÓRIA DO DIAGNÓSTICO DA MORTE
•A morte cerebral somente pode ser diagnosticada por profissionais da neurologia, buscando reflexo cerebral.
•Passos: –Teste da sensibilidade da pupila.
–Puxada suave no tubo de respiração.
–“olhos de boneca”: vira a cabeça para o lado para ver se os olhos acompanham ou ficam parados.
A HISTÓRIA DO DIAGNÓSTICO DA MORTE
–Colocação de soro gelado em um dos ouvidos do paciente.
–Teste de apneia: desconexão do ventilador que mantém a respiração para ver se a tentativa de buscar ar por conta própria.
A HISTÓRIA DO DIAGNÓSTICO DA MORTE
–Exame toxicológico: álcool, barbitúricos (sedado) ou analgésicos.
–Angiografia: radiografia de 4 vasos cerebrais; ver fluxo sanguíneo.
–O procedimento deve, pela lei, ser repetido após 6 horas.