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O LUGAR DA RUA LARGA TGI_14 MARIANA RÖSEL DE LOURENÇO

O Lugar da Rua Larga _ TGI II

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O LUGAR

DA RUA L A R G ATGI_14 MARIANA RÖSEL DE LOURENÇO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOINSTITUTO DE ARQUITETURA E URBANISMO

MARIANA RÖSEL DE LOURENÇOTRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO I I

PROFESSORA CAP(COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO PERMANENTE)

LÚCIA Z. SHIMBO

PROFESSORA GT(GRUPO DE TRABALHO)

LUCIANA B. M. SCHENK

SÃO CARLOS_2014

A rua é uma sala por acordo mútuo. Uma sala comunitária cujas paredes pertencem aos doadores.

O seu teto é o céu.

Louis I. Kahn

Agradeço e dedico, à minha família, pela paciência e o amor de cada dia.

Aos professores, por toda dedicação e incentivo.

E àqueles imprescindíveis na minha vida, aos meus amigos, por toda e qualquer forma de suporte e carinho.

ÍNDICE

INQUIETAÇÕES 11ÁREA APROXIMAÇÃO INICIAL 17 LEVANTAMENTO 41 RECORTE 45PROPOSTA 55BIBLIOGAFIA 94

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INQUIETAÇÕES

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Desejo neste trabalho de conclusão de curso levantar questões e entender qual o lugar ocu-pado pelo arquiteto e urbanista perante a produção do espaço público das cidades na con-temporaneidade.

Em uma busca pela aproximação dos habitantes com o espaço da cidade e em luta contra o uso de forma indiferente ao ambiente, este trabalho partiu da ideia de “Lugar”, a qual de-fende que por meio do sentimento de identidade e de referência as pessoas passem a ser atores e se sentir como parte daquela urbanidade.

Como um fenômeno aristotélico, o lu-gar surge no plano simbólico com a significação consciente de um sentido social, no plano concreto, com o esta-belecimento de uma região claramente definida em que o homem ou os homens podem passar a existir.

Kenneth Frampton

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Em toda cidade existem lugares pelos quais nos identificamos de uma forma ou de outra e que por isso eles passam ocupar um lugar em nossa memória. O fato de sermos obrigados a viver em uma temporalidade acelerada nas cidades e a sua própria organização estrutural que visa a produção, faz com que a existência desses lugares seja cada vez menor. Jun-tamente com as constantes e cada vez mais aceleradas mudanças nos espaços físicos da cidade e preciso pensar que estes lugares não necessariamente dependem de característi-cas físicas, mas sim das relações que acontecem entre as pessoas e aquele espaço físico ou entre as pessoas naquele espaço físico.

Paquot chama a atenção para o fato de que a aceleração das temporalidades urbanas exige novos modos de com-preender o espaço. Ao demarcar o lugar com as suas ações o seu ”ir e vir“ no uso, para a vida, o homem se identifica com o espaço, suas marcas o transfor-mam. Na convivência com o lugar, nele se produz identidade.

Ana Fani

O Lugar está ligado a um recorte específico do espaço físico da cidade, mas é de fato consti-tuído pelos seus usos, apropriações e relações estabelecidas entre os sujeitos e o ambiente imediato. O lugar é onde a vida urbana acontece.

Como indicam Lefèbvre, Fani e Gehl, é evidente a importância de se repensar os espaços públicos existentes e propor espaços de qualidade, de maneira que estes desempenhem seu papel original de propiciar ou mesmo incentivar a vivencia urbana através do encontro com o outro.

É preciso que os espaços públicos, e em especial a rua, tenham qualidade, sejam atraentes, confortáveis e seguros. Acredita-se que essa é uma maneira de incentivar a vivência verda-deira do espaço, de modo que sua existência não se justifique apenas pela sua função de circulação.

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ÁREAAPROXIMÇÃO INICIAL

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A área escolhida para o projeto foi uma rua em São Carlos – SP, localizada em um bairro antigo que sempre teve destaque na memória de muitos habitantes da cidade, por possuir características similares a um antigo vilarejo. Este bairro, nos últimos anos, vem passando por um lento processo de mudança, que vem acarretando assim uma reformulação de sua identi-dade original.

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RUA LARGAVILA PRADO

SÃO CARLOSSÃO PAULO

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SHOPPING IGUATEMI

RUA LARGAVILA PRADO

SÃO CARLOSSÃO PAULO

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COMÉRCIOCENTRAL

CALÇADÃO

AV. S

ÃO

CA

RL

OS

LINH

A FÉR

REA

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O bairro da Vila Prado foi o quinto parcelamento da cidade, fundado em 1893 com uma extensão de 57,7ha. Com um par-celamento composto por quadras regulares de 100 X100m e lotes originais com 15 X 45m em média, abrigava uma maioria de operários industriais com um nível de técnico mais especial-izado. A Avenida Dr. Teixeira de Barros - mais conhecida como Rua Larga - é o eixo estruturante das onze “travessas” que a cortam pendicularmente.A linha férrea separa físicamente a Vila Prado do centro, no en-tanto, a conexão visual existente a partir do bairro com o vale da cidade é muito forte. Uma vez que ele se encontra em uma cota bem alevada, é possível se ter uma vista privilegiada sobre a cidade.

ÁREA _ VILA PRADO

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A Avenida Dr. Teixeira de Barros, popularmente conhecida como Rua Larga possui aproximadamente 1580m de ex-tensão e 26m de largura total, e com 6,5m de canteiro cen-tral. Suas edificações são bastante variadas em termos de temporalidade mas não passam de dois pavimentos - com excessão de um único edifício residencial que se encontra para dentro da quada na Travessa 6 que tem sete andares. Seu uso ainda é bastante misto, com residências, comércios e serviços bem váriados. É possível notar que ambos os úl-timos sempre servíram uma demanda local, no entanto, eles vem crescendo em número, ocupando antigas residências ou demolindo-as para a construção de pequenos conjuntos de lojas. Também é notável a vinda de pessoas de outras partes da cidade que buscam alguma mercadoria específi-ca ou mesmo a facilidade de estacionar existente no bairro.

Diversas são as formas que as pessoas fazem uso do es-paço em diferentes momentos do dia ou da semana.

Comércio: Durante a semana e aos sábados de manhã as lojas são as grandes responsáveis pela circulação de pessoas nas ruas. Aos domingos no período da manhã e principalmente no almoço um açolgue também atrai muitos clientes de toda a cidade.

Bares: Abertos praticamente o dia todo e todos os dias da semana ocupa algumas calçadas com mesas e cadeiras.

Distribuidoras de Bebidas: Só funcionam no fim da tarde até de madrugada, principalmente nos finals de semana. São pontos de encontro de jóvens que ocu-pam a rua e o canteiro central na frente do estabelecimento. Muitas vezes escutando música com caixas de som no portamalas dos carros.

Restaurantes: Um deles só serve almoço, fuincionando durante a semana das 11 - 15hrs. Enquanto os demais abrem das 18 - 23hrs.

ÁREA _ RUA LARGA

Canteiro central:O canteiro central é usado principalmente no início da manha, no fim da tarde e aos domingos por aqueles que querem praticar uma atividade física como caminhar, correr, passear com o cachorro. Também tem aquelas pessoas que se sentam para fumar um cigar-ro, ler um jornal, observar o movimento, ou mesmo conversar com um amigo, essas atividades não tem hora para acontecer, mas também não são tão recorrentes. Nas noites do final de semana alguns carrinhos ambulantes esta-cionam na rua e colocam suas mesas no canteiro central.

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ÁREALEVANTAMENTOS

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HABITAÇÃO COMÉRCIO SERVIÇO INSTITUIÇÃO ESTACIONAMENTOUSOS

SENAI

PARÓQUIAST. ANTÔNIO

CAPRICÓRNIO TEXTIL

BIBLIOTÉCA EUCLIDES DA CUNHA

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE SÃO CARLOS

EDIFICAÇÃO À VENDA TERRENO A VENDA TERRENO NÃO EDIFICADO ÁREA VERDE À VENDA ÁREA VERDE PARTICULAR EDIFICAÇÃO EM CONSTRUÇÃOCONDIÇÕES DO TERRENO

SENAI

PARÓQUIAST. ANTÔNIO

CAPRICÓRNIO TEXTIL

BIBLIOTÉCA EUCLIDES DA CUNHA

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE SÃO CARLOS

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HABITAÇÃO COMÉRCIO SERVIÇO INSTITUIÇÃO ESTACIONAMENTOUSOS

SENAI

PARÓQUIAST. ANTÔNIO

CAPRICÓRNIO TEXTIL

BIBLIOTÉCA EUCLIDES DA CUNHA

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE SÃO CARLOS

EDIFICAÇÃO À VENDA TERRENO A VENDA TERRENO NÃO EDIFICADO ÁREA VERDE À VENDA ÁREA VERDE PARTICULAR EDIFICAÇÃO EM CONSTRUÇÃOCONDIÇÕES DO TERRENO

SENAI

PARÓQUIAST. ANTÔNIO

CAPRICÓRNIO TEXTIL

BIBLIOTÉCA EUCLIDES DA CUNHA

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE SÃO CARLOS

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ÁREAS DE POSSÍVEL INTERVENÇÃO

SENAI

PARÓQUIAST. ANTÔNIO

CAPRICÓRNIO TEXTIL

BIBLIOTÉCA EUCLIDES DA CUNHA

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE SÃO CARLOS

ÁREAS DE POSSÍVEL DE INTERVENÇÃO

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ÁREAS DE POSSÍVEL INTERVENÇÃO

SENAI

PARÓQUIAST. ANTÔNIO

CAPRICÓRNIO TEXTIL

BIBLIOTÉCA EUCLIDES DA CUNHA

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE SÃO CARLOS

ÁREARECORTE

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ÁREAS DE POSSÍVEL INTERVENÇÃO

SENAI

PARÓQUIAST. ANTÔNIO

CAPRICÓRNIO TEXTIL

BIBLIOTÉCA EUCLIDES DA CUNHA

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE SÃO CARLOS

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PROPOSTA PROJETUAL

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Assumindo que o COMÉRCIO é um dos principais atrativos para as atividades na rua, decid-iu-se tomá-lo como partido para a criação de espaços públicos que transbordam o canteiro central da rua e infiltram-se nos interiores das quadras que compõe a Avenida Dr. Teixeira de barros. Uma vez que o comércio sempre esteve presente na Rua Larga e vem ganhando cada vez mais espaço junto aos SERVIÇOS, a proposta projetual é um sistema de espaços livres que além de intensificar a área comercial local, também ligue os interiores de algumas quadras, oferecendo não apenas passagens alternativas, mas também espaços de quali-dade para se estar e encontrar pessoas.

Algumas das referências usadas para a criação desses espaços são os POCKET PARKS, algumas GALERIAS ou mesmo algumas centralidades gastronômicas.

Embora o comércio seja um agente disparador, certamente não será o único responsável por garantir o uso e a vivacidade dessas áreas, afinal, segundo Jan Gehl, pessoas atraem pes-soas.

A partir da leitura e análise da área também são tidas como diretrizes de projeto um espaço que contemple as crianças, os idosos e também as atividades físicas que as pessoas já cos-tumam praticar na Rua.

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O PROJETO

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Cada uma das quatro quadras foi pensada com variáveis específicas, que levaram em conta ou a sua localização geográfica e visual em relação ao bairro e a cidade, os usos preexis-tentes e as supostas necessidades locais.

A estrutura escolhida para a construção das edificações é o aço com vedação em steel frame e placa cimentícia, a qual além de possibilitar uma variedade de divisões de ambi-entes, também oferece a oportunidade de ampliação ou mesmo remoção futura de alguns módulos.

IMPLANTAÇÃO

FAIXA DE VEÍCULOS

EDIFICAÇÕE

CICLOVIA

CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES

CANTEIRO CENTRAL

GRAMADO

CAIXA DE AREIA

DEQUE DE MADEIRA

PEÇAS/ESCADAS EM CONCRETO

ÁGUA

100 100m50

Avenida Dr. Teixeira de Barros

FAIXA DE VEÍCULOS

EDIFICAÇÕE

CICLOVIA

CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES

CANTEIRO CENTRAL

GRAMADO

CAIXA DE AREIA

DEQUE DE MADEIRA

PEÇAS/ESCADAS EM CONCRETO

ÁGUA

100 100m50

Avenida Dr. Teixeira de Barros

100 100m50

PROPOSTO

PRÉ-EXISTENTE

PONTO DE ÔNIBUS

CENTRO DE ATIVIDADESFÍSICAS

SERVIÇOS LIGADOS À SAÚDE/ESTÉTICA

LOTÉRICA

VENDA DE BILHETES DE ÔNIBUS

BANCA DE JORNAL

SORVETERIA

PADARIA

MIRANTE

CAFÉPARQUINHO

VEGETAÇÃO EUSOS PROPOSTOS

100 100m50

PROPOSTO

PRÉ-EXISTENTE

PONTO DE ÔNIBUS

CENTRO DE ATIVIDADESFÍSICAS

SERVIÇOS LIGADOS À SAÚDE/ESTÉTICA

LOTÉRICA

VENDA DE BILHETES DE ÔNIBUS

BANCA DE JORNAL

SORVETERIA

PADARIA

MIRANTE

CAFÉPARQUINHO

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Rua Largacorte

Ao desejar incentivar os usos realiza-dos pelos pedestres e ciclistas que já circular pela Rua, é proposta a retirada das duas faixas de estacionamento em cada um dos lados do canteiro central e a transferência desse comprimento para a criação de uma ciclovia, uma faixa destinada a corrida e caminhada no canteiro central e também ao alar-gamento das calçadas de ambos os la-dos. Um segundo ponto importante foi a decisão de nivelar as faixas de veículos com a calçada em cada um dos lados do canteiro e propor uma pavimentação com blocos, que juntamente com uma passagem relativamente estreita, faria com que os carros que por ali passas-sem diminuíssem a velocidade. Outra intenção existente na criação das duas ruas compartilhadas é facilitar os even-tos festivos que lá ocorrem como fes-tas juninas ou mesmo comemorações esportivas. Além incentivar a parada de carrinhos de comida - food trucks - que agora podem fazer uso de uma larga calçada para abrigarem suas mesas du-rante a noite. Todos estes usos podem contar com a infraestrutura presente nas edificações dos interiores que quadra propostas, como sanitários.

4.85 2.50 2.00 2.70 4.852.50

10 10m5

2.70 2.70 2.70 PASSEIO

pavimentação em blocode piso drenante 11x22x6cm

pavimentação em blococoncreto intertravo 10x20x6cm

pavimentação em blocode piso drenante 60x125x6cm

PASSEIO FAIXA DE ESTACIONAMENTO

FAIXA DE ROLAMENTO

CICLOVIA CANTEIROCENTRAL

FAIXA DECAMINHADA

FAIXA DE ROLAMENTO

pavimentação em blocode piso drenante 11x22x6cm

FAIXA DE ESTACIONAMENTO caixa de

rede elétrica

valeta coletora eobstáculo da ciclovia

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A

3.80

6.70

10.5

0

32.40

7.004.709.004.707.00

20 20m10

QUADRA Aplanta

A

3.80

6.70

10.5

0

32.40

7.004.709.004.707.00

20 20m10

BLOCO DE PISO DRENANTE

DECK DE MADEIRA APARELHADA

GRAMA

PEÇAS DE CONCRETO

ÁGUA

PERGOLADO DE MADEIRA

AREIA

A primeira quadra do lado esquerdo do sistema possui uma grande edificação porticada. O prédio marca o início do sistema e convida o pedestre da rua a entrar no interior da quadra. Possui na sua fachada frontal diferentes níveis de mezaninos, que oferecem alguns es-tares e servem como camarotes para a contemplação do espetáculo da rua.

A prática do observar os acontecimen-tos da rua, seja das janelas da casa ou sentado na porta das casas, sempre foi e ainda é recorrente dos idosos que lá habitam.

Esse espaço foi pensado para abrigar comércios e principalmente serviços ligados à área da saúde, estética, e principalmente de atividades físicas que além de possuírem uma alta demanda no bairro, também possibilitam um uso noturno da quadra.

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A

3.80

6.70

10.5

0

32.40

7.004.709.004.707.00

20 20m10

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QUADRA Acorte

1.88

10 10m5

0.70

2.98

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1.88

10 10m5

0.70

2.98

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A

3.80

6.70

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0

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7.004.709.004.707.00

20 20m10

QUADRA Bplanta

A

3.80

6.70

10.5

0

32.40

7.004.709.004.707.00

20 20m10

BLOCO DE PISO DRENANTE

DECK DE MADEIRA APARELHADA

GRAMA

PEÇAS DE CONCRETO

ÁGUA

PERGOLADO DE MADEIRA

AREIA

A única quadra que possui três aber-turas e liga a Rua Larga à sua paralela Rua Dr. Bernardino de Campos, tem um caráter prioritário de passagem. No entanto são propostos para este espaço alguns usos que por terem uma alta de-manda poderão aumentar a chance de uma constante circulação de pessoas. Algumas indicações de estabelecimen-to seriam uma lotérica e um ponto de venda do bilhete de ônibus. Apesar da constituição longitudinal a passagem é consideravelmente larga e juntamente com a arborização e a linha de água que a acompanha, há um ambiente agradável para as situações inevitáveis de fila.

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3.005.40

7.00

5.20

3.00

3.80

12.0

0

20 20m10 B

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QUADRA Bcorte

4.45

1.70

0.70

10 10m5

4.45

1.70

0.70

10 10m5

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A

3.80

6.70

10.5

0

32.40

7.004.709.004.707.00

20 20m10

QUADRA Cplanta

A

3.80

6.70

10.5

0

32.40

7.004.709.004.707.00

20 20m10

BLOCO DE PISO DRENANTE

DECK DE MADEIRA APARELHADA

GRAMA

PEÇAS DE CONCRETO

ÁGUA

PERGOLADO DE MADEIRA

CONCREGRAMA

AREIA

As características físicas da terceira quadra foram responsáveis por esta ser escolhida para abrigar o parque de di-versões infantil. Recuado de ambas as ruas ele se encontra em um nível mais baixo, garantindo maior segurança para as crianças e facilidade na observação das mesmas pelos pais que podem en-contrar diferentes estares elevados. Também é proposto dois usos específ-icos para o local, uma banca de jornal na extremidade voltada para a Rua Larga e espaços para gastronomia, ancorados por uma padaria, a qual ga-rantiria um uso contínuo em diferentes momentos dos dia. O gramado mais elevado também foi pensado para abrigar jogos para os adultos e idosos. Com um tabuleiro de xadrez gigante e mesas para jogar cartas.

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C

36.476.65 6.00

2.355.15

4.00

13.852.35

7.658.35

28.33

6.076.26

17.67 7.15

80

0.00

-0.96

-3.00

10 10m5

QUADRA Ccorte

81

0.00

-0.96

-3.00

10 10m5

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A

3.80

6.70

10.5

0

32.40

7.004.709.004.707.00

20 20m10

QUADRA Dplanta

A

3.80

6.70

10.5

0

32.40

7.004.709.004.707.00

20 20m10

BLOCO DE PISO DRENANTE

DECK DE MADEIRA APARELHADA

GRAMA

PEÇAS DE CONCRETO

ÁGUA

PERGOLADO DE MADEIRA

CONCREGRAMA

AREIA

BLOCO DE PISO DRENANTE

DECK DE MADEIRA APARELHADA

GRAMA

PEÇAS DE CONCRETO

ÁGUA

PERGOLADO DE MADEIRA

CONCREGRAMA

AREIA

Localizada na outra extremidade do sistema, está quadra é a que mais se comporta como uma galeria. Através de um corredor aberto que possui lojas dos dois lados se chega a um grande desnível que é possível descer por meio de uma escadaria ou seguir por cima da edificação por uma passarela que leva a outra extremidade, onde se local-iza o mirante. Este mirante além de oferecer uma visão privilegiada do vale central da cidade, também se estabelece como um marco na paisagem da cidade. De-marcando assim, um lugar de destaque na escala urbana, deixando de ser um simples sistema local e apontando para a cidade que lá existe algo especial.Sua altura de 21 metros segue o único marco vertical existente até então no bairro, o campanário da Igreja Santo Antônio de Pádua.

8719.40

5.70 2.50 3.00 2.50 5.70

2.00

3.80

2.80

8.60

D

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QUADRA Dcorte

-2.96

10 10m5

-2.00

0.15

9.43

5.35

9.43

1.27

-2.81

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-2.96

10 10m5

-2.00

0.15

9.43

5.35

9.43

1.27

-2.81

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BIBLIOGRAFIA

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CARLOS, Ana Fani Alessandri. O lugar no/do mundo. São Paulo: FFLCH, 2007, 85p.

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GUATELLI, Igor. Contaminações constitutivas do espaço urbano:. Cultura urbana através da intertextualidade e do entre. Arquitextos, São Paulo, ano 08, n. 094.00, Vitruvius, mar. 2008.

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Rehabitar la calle [3], In. Exposição Domesticar la calle. Ministerio de Vivienda, Departamento de proyectos arquitetônicos, Universidad Politécnica de Cataluña, Barcelona, 2010. 24p.