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Quarta-feira 18 Maio 2011 ComprarCasa avança com iniciativas para conquistar clientes A rede imobiliária ComprarCasa ini- ciou, no passado domingo, a segun- da edição da Feira de Oportunidades, uma iniciativa que, até ao próximo dia 15 de Junho, pretende dar a oportu- nidade aos seus clientes de “aceder a uma vasta oferta de produto imobili- ário com condições únicas” nas suas lojas espalhadas pelo país. Entretanto, a ComprarCasa vai também lançar, pe- la primeira vez, as Jornadas de Portas Abertas, um evento que permite, visi- tar livremente e sem marcação prévia, dois dos empreendimentos que a rede tem actualmente em comercialização na zona de Peniche. Devido ao sucesso da primeira edi- ção da Feira de Oportunidades, os responsáveis da marca resolveram avançar agora com a segunda edição, que reúne um conjunto de imóveis angariados junto da banca e de inves- tidores e “cujos valores permitirão re- duções até 25 por cento face ao preço de mercado”. “Tendo analisado objectivamente a bolsa de imóveis dos aderentes, não foi difícil encontrar uma percentagem muito interessante de lotes com capa- cidade para chegar a preços verdadei- ramente excepcionais, algo que não vai passar despercebido ao mercado, quer pela oportunidade, quer pela inovação que a iniciativa conforma”, sublinhou Luís Mário Nunes, director- geral de ComprarCasa. Visitas livres Quanto à Jornadas de Portas Abertas que será implementada pelo aderen- te ComprarCasa em Peniche, a ideia é “marcar a diferença sobre a nossa concorrência e mostrar que esta- mos “bem vivos””, referiu Emanuel Noivo, responsável pela loja da rede de Peniche. Segundo Emanuel Noivo, “os clien- tes podem visitar os imóveis sem com- promisso ou marcação prévia”, o que “nos permitirá aumentar a possibilida- de de visitas e de fechar negócios”. Esta iniciativa “conta com o acompa- nhamento de um consultor imobiliário ComprarCasa, que fornecerá todas as informações necessárias”, ao mesmo tempo que “disponibilizaremos um caderno de apoio ao consultor, com o objectivo de dar as informações solici- tadas pelos potenciais compradores”, designadamente “plantas do imóvel, caderneta predial urbana, registo pre- dial da conservatória, licença de uti- lização”. Além disso, “explicaremos também quais as mais-valias de cada empreendimento, como são a sua pro- ximidade a serviços públicos, vias de comunicação, escolas, farmácias, cen- tros de saúde, correios e bancos”. Numa primeira fase, estarão dispo- níveis para visita dois empreendimen- tos na zona de Peniche, podendo os interessados tomar contacto com es- tes imóveis nos dias 21 e 28 deste mês. Pedro Farinha O mercado imobiliário depois da Troika O PÚBLICO Imobiliário foi ouvir alguns dos principais profissionais deste mercado para tentar perceber qual a sua reacção às medidas previstas no memorando de entendimento, assinado entre Portugal e a Troika (União Europeia, FMI e BCE), e os possíveis efeitos que as mesmas poderão ter no sector imobiliário e da construção

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Quarta-feira18 Maio 2011

ComprarCasa avança com iniciativas para conquistar clientes A rede imobiliária ComprarCasa ini-ciou, no passado domingo, a segun-da edição da Feira de Oportunidades, uma iniciativa que, até ao próximo dia 15 de Junho, pretende dar a oportu-nidade aos seus clientes de “aceder a uma vasta oferta de produto imobili-ário com condições únicas” nas suas lojas espalhadas pelo país. Entretanto, a ComprarCasa vai também lançar, pe-la primeira vez, as Jornadas de Portas Abertas, um evento que permite, visi-tar livremente e sem marcação prévia, dois dos empreendimentos que a rede tem actualmente em comercialização na zona de Peniche.

Devido ao sucesso da primeira edi-ção da Feira de Oportunidades, os responsáveis da marca resolveram avançar agora com a segunda edição, que reúne um conjunto de imóveis angariados junto da banca e de inves-tidores e “cujos valores permitirão re-duções até 25 por cento face ao preço de mercado”.

“Tendo analisado objectivamente a bolsa de imóveis dos aderentes, não foi difícil encontrar uma percentagem muito interessante de lotes com capa-cidade para chegar a preços verdadei-ramente excepcionais, algo que não vai passar despercebido ao mercado, quer pela oportunidade, quer pela inovação que a iniciativa conforma”, sublinhou Luís Mário Nunes, director-geral de ComprarCasa.

Visitas livresQuanto à Jornadas de Portas Abertas que será implementada pelo aderen-te ComprarCasa em Peniche, a ideia é “marcar a diferença sobre a nossa concorrência e mostrar que esta-mos “bem vivos””, referiu Emanuel Noivo, responsável pela loja da rede de Peniche.

Segundo Emanuel Noivo, “os clien-tes podem visitar os imóveis sem com-promisso ou marcação prévia”, o que “nos permitirá aumentar a possibilida-de de visitas e de fechar negócios”.

Esta iniciativa “conta com o acompa-nhamento de um consultor imobiliário ComprarCasa, que fornecerá todas as informações necessárias”, ao mesmo

tempo que “disponibilizaremos um caderno de apoio ao consultor, com o objectivo de dar as informações solici-tadas pelos potenciais compradores”, designadamente “plantas do imóvel, caderneta predial urbana, registo pre-dial da conservatória, licença de uti-lização”. Além disso, “explicaremos também quais as mais-valias de cada empreendimento, como são a sua pro-ximidade a serviços públicos, vias de comunicação, escolas, farmácias, cen-tros de saúde, correios e bancos”.

Numa primeira fase, estarão dispo-níveis para visita dois empreendimen-tos na zona de Peniche, podendo os interessados tomar contacto com es-tes imóveis nos dias 21 e 28 deste mês. Pedro Farinha

O mercado imobiliário depois da Troika

O PÚBLICO Imobiliário foi ouvir alguns dos principais profissionais deste mercado para tentar perceber qual a sua reacção às medidas previstas no memorando de entendimento, assinado entre Portugal e a Troika (União Europeia, FMI e BCE), e os possíveis efeitos que as mesmas poderão ter no sector imobiliário e da construção

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2 • Público Imobiliário • Quarta-feira 18 Maio 2011

Opinião

Quando duas metades não são iguais

Luís Lima

Podem os carros circular nas estradas portuguesas em apenas duas rodas? Como nos espectáculos dos “cascadeurs“? E os motociclos numa única? Será aceitável que um homem desfaça a barba só numa

das metades do rosto – bem escanhoado do lado direito, barbudo do lado esquerdo?

Num restaurante, pediríamos uma garrafa de vinho mas receberíamos apenas meia garrafa de vinho. Ao levantar, calçaríamos só uma meia e só um sapato. E para minorar os efeitos, o pé que usasse sapato não usaria meia. Desta forma evitaríamos o desconforto de andarmos totalmente descalços.

E os jogos de futebol? Poderiam durar apenas os primeiros 45 minutos? Que deixariam de ser os primeiros pois transformar-se-iam nos únicos. E as moedas? Poderiam ter só uma única face? Assim nunca mais seria possível jogar uma qualquer sorte pelo lançamento de uma moeda ao ar.

Tudo isto parece absurdo, embora seja quase isso o que se diz, que alguma banca estará disposta a fazer na ilusão do escoamento de muitos bens imobiliários que herdaram no deve e no haver de muitas penhoras e hipotecas – desvalorizar tais activos para a metade do valor.

Com esta generosidade, a que se juntará financiamentos a cem por cento, isenções de certas

desemprego aumentou e as receitas das Câmaras também passaram a sofrer os efeitos secundários.

É verdade que ainda podemos descer mais, mas a evolução dos últimos oito anos e, em particular, dos últimos dois, não deixa margem para dúvidas.

A consequência de não se ter feito o que era evidente contribuiu para agravar a situação em que vivemos.

O número de fogos novos licenciados em Lisboa, entre 2008 e 2010, registou uma redução de 75% em 2009. Em 2010 verificou-se uma recuperação de 14% face a 2009, mas o 2º semestre registou uma redução de 47% face ao 1º, acentuando a tendência de desinvestimento no sector, com apenas quatro projectos licenciados no 2º semestre de 2010, conforme se mostra no quadro seguinte.

Relativamente ao investimento em projectos de reabilitação, verificou-se um ligeiro aumento dos licenciados em 2009 face a 2008, mais 4%, mas a tendência foi de contínua descida em cada semestre seguinte, passando de 193 projectos no 1º semestre de 2009, para apenas 31 no 2º semestre de 2010. Em 2010 foram licenciados menos 48% face a 2009.

Através do cruzamento dos dados fornecidos pela ADENE, com base nas DCR – Declarações de Conformidade Regulamentar, exigidas para instrução do processo de licenciamento, com o número de fogos licenciados, é possível concluir que, somando os anos de 2009 e 2010, existiam cerca de 1.200 fogos novos como intenção de investimento, mas sem que os promotores tenham terminado o processo com levantamento das licenças.

Fazer acontecer a reabilitação urbana

Oagravamento da situação económica e financeira do país acelerou a oportunidade de se introduzirem significativas opções políticas para fazer acontecer a reabilitação urbana. Após quase 10 anos, em que

muito se falou neste desígnio, mas pouco se fez, a crise obri-gou ao reconhecimento dos constrangimentos que durante muitos anos foram sistematicamente ignorados. No final do ano passado, a CIP e a Confederação da Construção e do Imo-biliário apresentaram ao Governo um conjunto de propostas que acabaram por dar origem a uma Resolução de Conselho de Ministros aprovada em 17/03/2011, bem como um Projecto de Lei. Este conjunto de medidas acabou por fazer parte do acordo com a “Troika”, que também identificou os constran-gimentos que há anos temos vindo a denunciar.

Também a Câmara Municipal de Lisboa aprovou um Plano Estratégico para a Reabilitação Urbana 2011/2014, com um conjunto de medidas para promover o investimento, procurando reabilitar e reforçar a coesão social, aumentar a competitividade, dinamizar a economia, criar emprego e valorizar os activos.

A grave crise do sector da construção e do imobiliário há muito que deixou de ser um problema que afecta os principais agentes do mercado, nomeadamente, produtores de materiais de construção, urbanizadores, projectistas, construtores, promotores e mediadores imobiliários, pois passou a atingir a economia do país. O PIB deixou de crescer quando o sector entrou em queda, o

Chegados a este ponto, a situação não pode deixar de ser muito preocupante, em todas as perspectivas, incluindo as receitas municipais, impostos sobre o sector, falência diária de empresas e cerca de 190.000 desempregados. Contudo, parece haver uma boa notícia, pois poderemos estar a passar da fase de legislar segundo convicções ideológicas ou teóricas, para se ter em conta a percepção da dura realidade em que vivemos. É preciso ajustar a teoria à prática, ouvindo os que melhor conhecem os resultados da aplicação de todas as medidas avulsas, regulamentos e dezenas de disposições legais que durante décadas foram produzidas, por diferentes Ministérios e Secretarias de Estado, para serem aplicadas ao sector da construção, sem estratégia e sem noção dos custos resultantes de cada medida avulso.

Terminou o tempo em que o sector e os que necessitam se habitação poderiam absorver todas as “gorduras” que o legislador entendesse. Ou o custo da habitação é reduzido, através da simplificação das exigências fiscais e regulamentares, ou o rendimento dos portugueses estará cada vez mais longe desse bem essencial chamado habitação, e o arrendamento só será uma alternativa se for economicamente viável e sem o actual risco.

Se todas estas decisões tivessem sido tomadas no início do século XXI, já hoje teríamos os resultados que todos esperamos.Presidente do Observatório do Imobiliário de Lisboa

É que, a desvalorização forçada do valor dos imóveis que este expediente poderá gerar, será contagiante para todo o património imobiliário e fará com que muitos imóveis, ainda na posse da promoção, acabem por ir parar aos bancos face à desregulação do próprio mercado.

Incapazes de competir com preços abaixo do preço de custo com que alguma daquela oferta forçada aparecerá, muitos promotores imobiliários terão de entregar a obra, ou a meia obra, aos bancos que a financiaram e que, assim, não chegarão a celebrar o feito de se livrarem das casas cuja penhora accionaram.

A metade que se perde numa operação desta natureza (como as que algumas instituições desenham), é muito maior do que a metade que se julga poder ganhar – duas metades só são rigorosamente iguais quando as olhamos na teoria, desprezando a realidade e o que a realidade pode alterar. Estou, no entanto, esperançado que uma reflexão mais cuidada introduza, como nos desenhos a duas dimensões, o rigor da perspectiva.Presidente da [email protected]

taxas e spreads mais favoráveis para quem queira tais pechinchas, com esta generosidade, certa banca sonhará com a possibilidade de se ver livre do património que os caloteiros lhes deixam.

Aparentemente parece a solução adequada. Parece, mas não é, e, pior ainda, está longe de ter o efeito pretendido, isto é, de escoar com eficácia o património imobiliário mal parado nas contas de alguns bancos. Bem pelo contrário: começará por escoar 200 imóveis, mas receberá 2000.

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Fernando Santo

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N E W S L E T T E R I M O B I L I Á R I A I B É R I C A

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Mercado Residencial na AM LisboaVendas de usados 30% abaixo do preço médio dos novos, segundo

Arrendamento HabitacionalRendas em Lisboa perdem mais 0,4% no 3º trimestre, acumulando

uma descida anual de 1,0%.

Mercado de RetalhoArtigo da Jones Lang laSalle, sobre as perspectivas e tendências

no mercado de retalho para o ano 2020.

Projectos em CarteiraOs projectos residenciais em carteira superam os 10 mil fogos

na AM Lisboa, segundo dados Ci/ADENE.

Tendências e Parcerias Retalho nos centros urbanos e a recuperação económica, em artigo

do Urban Land Institute.

Mercado AngolanoOportunidades e riscos do investimento em Angola, por Patrícia Viana

e Berta Grilo da Abreu Advogados.

Ricardo Guimarães | Novembro 2010 · Desde 1988

Índice Ci acumula duas quedas consecutivasApós desvalorizar em Setembro, registaram-se perdas de 0,7% nos novos e de 0,1% nos usados.

N E W S L E T T E R I M O B I L I Á R I A I B É R I C A

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Mercado Residencial na AM LisboaVendas de usados 30% abaixo do preço médio dos novos, segundo

Arrendamento HabitacionalRendas em Lisboa perdem mais 0,4% no 3º trimestre, acumulando

uma descida anual de 1,0%.

Mercado de RetalhoArtigo da Jones Lang laSalle, sobre as perspectivas e tendências

no mercado de retalho para o ano 2020.

Projectos em CarteiraOs projectos residenciais em carteira superam os 10 mil fogos

na AM Lisboa, segundo dados Ci/ADENE.

Tendências e Parcerias Retalho nos centros urbanos e a recuperação económica, em artigo

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Ricardo Guimarães | Novembro 2010 · Desde 1988

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N E W S L E T T E R I M O B I L I Á R I A I B É R I C A

— Índice Confidencial Imobiliário (2005=100) — Taxa de Variação Homóloga

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Mercado Residencial na AM LisboaVendas de usados 30% abaixo do preço médio dos novos, segundo a base de dados do SIR.

Arrendamento HabitacionalRendas em Lisboa perdem mais 0,4% no 3º trimestre, acumulando uma descida anual de 1,0%.

Mercado de RetalhoArtigo da Jones Lang laSalle, sobre as perspectivas e tendências no mercado de retalho para o ano 2020.

Projectos em CarteiraOs projectos residenciais em carteira superam os 10 mil fogos na AM Lisboa, segundo dados Ci/ADENE.

Tendências e Parcerias Retalho nos centros urbanos e a recuperação económica, em artigo do Urban Land Institute.

Mercado AngolanoOportunidades e riscos do investimento em Angola, por Patrícia Viana e Berta Grilo da Abreu Advogados.

Director Ricardo Guimarães | Novembro 2010 · Desde 1988

Índice Ci acumula duas quedas consecutivasApós desvalorizar em Setembro, registaram-se perdas de 0,7% nos novos e de 0,1% nos usados.

J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O

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Público Imobiliário • Quarta-feira 18 Maio 2011 • 3

Mercados

móloga de 0,8% em Março deste ano, enquanto que nos fogos usados, essa variação é de 0,5%. Não obstante, as taxas de variação homóloga têm vindo a decrescer de forma acentuada. Em Setembro de 2010, estavam em 2,8%, sendo de 3,0% no mercado de novos e de 3,6% no mercado de usados. Em su-ma, esta performance evidencia que se registou uma alteração no comporta-mento dos proprietários no mercado, que passaram a adoptar uma postura muito mais conservadora e mais em linha com as dificuldades sentidas no escoamento do produto.

Região NorteNa Região Norte (da qual se excluem os concelhos que integram a Área Metropolitana do Porto), o mercado teve um ajustamento muito relevan-te ao longo do primeiro trimestre de 2011, levando o Índice Ci a cair 2,6%. Esta região vem reflectindo há muito o efeito da crise, com taxas de variação trimestral frequentemente negativas desde Março de 2009, o que faz com que, em termos homólogos, o índice nesta região se tenha quase sempre situado em terreno negativo.

No 1º trimestre de 2011, o Índice Confidencial Imobiliário (ICi) estabi-lizou, apresentando uma variação de 0,0% face ao trimestre anterior. Este resultado é mais favorável do que a va-riação trimestral obtida no 4º trimes-tre de 2010, período em que os preços de habitação haviam desvalorizado 0,7% face ao trimestre anterior.

Este comportamento foi semelhante quer no segmento de habitação nova quer no de usada. No caso da habi-tação nova, o índice observou uma descida trimestral de 0,1%, bastante menos acentuada do que os -1,1% regis-tados no trimestre anterior face ao pre-cedente. Já no mercado de habitação usada, a performance trimestral pas-sou de –0,4% no 4º trimestre de 2010 para 0,0% no 1º trimestre de 2011.

Em termos homólogos, o Índice Ci mantém-se em terreno positivo, situ-ando-se em Março de 2011 nos 0,6%. Os fogos novos registam uma variação ho-

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Preços de habitação estagnam no 1º trimestre de 2011Região CentroA região Centro tem uma trajectória distinta da região Norte. No 1º trimes-tre de 2011, o Índice Ci para esta zona do país atingiu uma variação positiva de 1,9%. A grande diferença do merca-do desta região advém do facto de aqui os preços nunca terem subido tanto como noutras localizações, tendo mes-mo registado perdas em momentos em que noutras regiões o mercado atingia valorizações assinaláveis.

Região AlgarveO mercado algarvio tem característi-cas próprias pelo tipo de procura que serve. Desde Junho d3e 2009 regista variações homólogas negativas, atin-gindo um pico de -4,7% em Setembro desse ano. Mo 1º trimestre de 2011 ocorreu nova descida, apesar de mais contida. A taxa de variação trimestral foi de -0,1%, acima dos -0,5% regista-dos no 4º trimestre de 2010 e que os -1,0% no trimestre precedente.

Conferência

Escritórios em 2011Recuperação, Estabilização ou Queda?26 maio 2011 · Torre Ocidente - 13º piso · Lisboa

09h00 REGISTO DE PARTICIPANTES E PEQUENO-ALMOÇO

09h30 BOAS VINDAS António Gil Machado, Director da Vida Imobiliária Manuel Puig, Director Geral, Jones Lang LaSalle Portugal

09h40 MERCADO DE ESCRITÓRIOS – TENDÊNCIAS QUE MARCARÃO A DÉCADA Apresentação em Portugal do research Office 2020 Bill Page, Head of EMEA Office Research, Jones Lang LaSalle

10h20 OPTIMIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES PARA AUMENTAR PRODUTIVIDADE E REDUZIR CUSTOS DAS EMPRESAS Apresentação de Case Study (a indicar) Pedro Almeida, Dep. de Arquitectura, Jones Lang LaSalle

10h40 LEASE ACCOUNTING – NOVAS NORMAS DE CONTABILIZAÇÃO DOS ARRENDAMENTOS Implicações financeiras e imobiliárias dos novos standards para a contabilização dos arrendamentos Jorge Figueiredo, Partner, PwC

11h00 PAUSA PARA CAFÉ

11h15 ENQUADRAMENTO ECONÓMICO E DE MERCADO A evolução expectável da economia em 2011 Augusto Mateus, Economista e Presidente, AM&A

11h45 O MERCADO DE ESCRITÓRIOS EM PORTUGAL Contexto Actual e Expectativas Mariana Seabra, Directora de Office Agency, Jones Lang LaSalle Portugal

12h00 SESSÃO DE DEBATE Evolução do mercado de escritórios: Será 2011 um ano de retoma, mais do mesmo ou de maior depressão? Mediação: Manuel Puig, Director Geral, Jones Lang LaSalle Mesa: Promotores e investidores imobiliários de referência no mercado de escritórios

12h30 ENCERRAMENTO

Após um ano em que a absorção do mercado de escritórios de Lisboa atingiu mínimos históricos e em que as perspectivas económicas continuam a ser muito pouco animadoras, apenas uma questão se impõe à indústria imobiliária, neste momento, no que respeita este segmento: o mercado já bateu no fundo ou tem ainda espaço para maior contração?

A conferência Vida Imobiliária/Jones Lang LaSalle pretende dar algumas pistas relativamente à resposta a esta questão, apresentando as principais perspectivas macro-económicas pela voz do professor Augusto Mateus e um debate alargado com os players do mercado sobre esta questão crucial, integrando ainda uma contextualização do mercado de escritórios.

Nota de destaque ainda para a apresentação em Portugal e em exclusivo do relatório internacional Office 2020, que lançará um olhar sobre o que deverão ser as principais preocupações da indústria de imobiliário de escritórios nos próximos dez anos na Europa, a cargo de Bill Page, Head de EMEA Office Research da Jones Lang LaSalle.

Tabela de PreçosAssinantes Vida Imobiliária 180€Outros Participantes / Não Assinantes 230€

MAIS INFORMAÇÕES: Paula Moreira, 223 399 490 ou [email protected]

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Mobiliário de Escritório

APOIOS

ÍNDICE CONFIDENCIAL IMOBILIÁRIO

— Índice Confidencial Imobiliário (2005=100) — Taxa Variação Homóloga (%)

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2006 2007 2008 2009 2010 2011

ÍNDICE CONFIDENCIAL IMOBILIÁRIO — NORTE

— Índice Confidencial Imobiliário (2005=100) — Taxa Variação Homóloga (%)

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2006 2007 2008 2009 2010 2011

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A Parque-Invest é uma em-presa detida pela AEP – As-sociação Empresarial de Portugal que é responsável pela gestão de áreas de aco-lhimento empresarial em regime condominial que to-talizam actualmente mais de 200 hectares. Para 2011 a empresa pre-tende apostar na consolida-ção dos investimentos em curso, nomeadamente com o desenvolvimento do seu projecto em Leiria, junto à A17, e as fases de expansão dos parques empresariais de Viana do Castelo, Paredes, Viseu e Torres Vedras.A qualidade e a diversidade das empresas instaladas têm contribuído para a dinâmica que se verifica nos Parques Empresariais da rede Par-que-Invest. No Parque Empresarial de Paredes, a empresa J.Tex, do sector da metalomecânica, cujo projecto de construção esteve a cargo da Parque-Invest, encontra-se em fase de início de produção na sua nova unidade industrial. Com um lote de 6.200 m2, esta empresa certificada tem desenvolvido novos produ-tos, destacando-se o novo modelo de cisternas para o transporte de combustíveis que irá ser produzido em Paredes. Também a Montalgrua irá brevemente ocupar uma área de cerca de 9.000 m2, tendo a Parque-Invest con-cebido o projecto das insta-

lações industriais. Prevê-se ainda para o segundo se-mestre de 2011 a construção, numa área de 6.200 m2 da nova unidade industrial da empresa Multiplacas.Há ainda que assinalar que o Parque de Paredes irá dis-ponibilizar, até ao final de 2011, quatro pavilhões mo-dulares com áreas de lote de 1.060 m2 a 2.130 m2.”Por outro lado no Parque Empresarial de Lanheses, em Viana do Castelo, a em-presa Recial, de reciclagem de alumínios, está a ampliar o seu pavilhão industrial com o objectivo de aumen-tar a área de armazenagem de matéria-prima, de forma a garantir o aumento da sua produção, destinada maiori-tariamente à exportação. O Parque recebeu ainda, no âmbito do Projecto MOBI.E - Plano Municipal para a Mobilidade Eléctrica, um posto de carregamento de veículos eléctricos, através

de cartão, que contribuirá, assim, para uma mobilidade mais sustentável. No Parque Empresarial de Torres Vedras há também empresas em destaque nos mais diversos sectores de actividade. A Metalovimaq é uma empresa de metalome-cânica que se dedica parti-cularmente à construção de estruturas metálicas para manutenção de aviões, com a maioria das vendas para os mercados externos.A UAVison é uma empresa tecnológica que intervém nas áreas da aeronáutica e das ciências da terra. Por sua vez, a Ambimed opera na área dos resíduos hospi-talares, tendo aí instalado o seu centro de triagem de medicamentos fora de pra-zo. Finalmente, a Biotask é uma empresa de biotecnolo-gia ambiental que tem como área primordial de actuação o tratamento biológico de águas residuais.

Qualidade das empresas instaladas reforça dinâmica dos Parques Empresariais

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Notícias - Localização Empresarial

Parque Empresarial de Paredes

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ActualidadePúblico Imobiliário • Quarta-feira 18 Maio 2011 • 5

Pedro Farinha

PÚBLICO Imobiliário – Que análise faz ao pacote de medidas previsto no memorando de entendimento entre o Governo e a Troika, no que ao sector da construção diz respeito?Ricardo Pedrosa Gomes – Ao traduzir, no seu conjunto, fortes restrições e até mesmo o congelamento do investimento público, o memorando contempla medidas cuja implementação não poderá deixar de ter um forte impacto negativo no sector. Até à data, a pouca reposição da carteira de encomendas, a que se vem assistindo há já alguns anos, tem, mesmo assim, permitido às construtoras que ainda continuam no mercado financiar as várias administrações públicas, que não lhes pagam a tempo e horas. Mas, se a partir de agora até essa possibilidade lhes for negada, o cenário para o sector, que já não era favorável, passará de desastroso a catastrófico. No entanto, o acordo assinado com o FMI/UE/BCE prevê expressamente a rápida regularização dos pagamentos em atraso. Se ele for integralmente respeitado então talvez consigamos

Memorando terá “forte impacto negativo no sector”evitar o cenário de catástrofe.A provável suspensão das principais obras públicas, que estavam previstas para os próximos anos, poderá prejudicar as empresas do sector?A suspensão de qualquer projecto no qual já tenham sido efectuados investimentos relevantes e que tenham atingido fases muito próximas da sua concretização, nomeadamente com o lançamento dos respectivos concursos, como foi o caso da terceira travessia do Tejo, infra-estrutura integrada no projecto do TGV, não pode deixar de provocar graves prejuízos, tanto para as empresas que estiveram directamente ligadas ao processo concursal, como para todas as outras que, atendendo ao regime de subcontratação inerente à indústria da construção, criaram legítimas expectativas de trabalho. Mas ainda mais prejudicial para as empresas do sector que a suspensão de tais projectos é o facto de não se procurar a sua substituição por outros, de menor dimensão, mas de mão-de-obra intensiva e, por isso, com maior retorno para os cofres do Estado e menos impacto na despesa pública, como é o caso das obras de reabilitação.

Considera que as medidas previstas no memorando, a propósito da reabilitação urbana, são suficientes para a dinamização deste mercado?Na opinião da AECOPS, a dinamização do mercado da reabilitação, nomeadamente na vertente dos edifícios de habitação, depende de dois factores fundamentais: acesso ao financiamento bancário por parte dos senhorios, em condições vantajosas dada a actual descapitalização desta classe, e um elevado grau de confiança na possibilidade de retorno do investimento feito, num espaço de tempo razoável, o que depende

de um funcionamento adequado do mercado de arrendamento. Para tal, é necessário agilizar os processos de despejo no caso de incumprimento no pagamento das rendas e permitir uma actualização adequada dos valores das rendas, na sequência da realização das obras de reabilitação. Estas questões são abordadas no memorando de entendimento, pelo que, se o acordo for escrupulosamente executado poderão ser reunidas as condições para o tão desejado restabelecimento do mercado do arrendamento e, numa segunda fase, para um significativo crescimento do segmento da reabilitação. Ainda assim, resta um problema: o do financiamento deste tipo de operações. Mas vamos ser optimistas e esperar que a redução das necessidades de financiamento do Estado deixe espaço para conceder mais crédito à economia privada: às empresas e às pessoas.Até ao final do ano, terá de ser apresentada nova legislação sobre o arrendamento. O que é que ainda falta a esta legislação para que os seus reais propósitos sejam atingidos?Em tempo oportuno, a AECOPS apresentou publicamente um

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da de edifícios novos na zona 3, com a Torre

Ocidente, e no Parque das Nações, com o Edi�

fício Mythos. Quando comparado com o 4.º

trimestre de 2010, a zona 3, tem um aumento

de mais de 50% na vacancy rate. Por outro

lado, o CBD de Lisboa apresentou uma queda

de 1% na vacancy rate face ao trimestre pas�

sado, registando cerca de 8,28%. No entanto,

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do foi superior em quase duas vezes e meia a

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conjunto de medidas, que são, a seu ver, indispensáveis à dinamização do mercado do arrendamento e que, não tendo sido entretanto acolhidas pelo legislador, se mantêm. Entre elas contam-se a liberalização das rendas antigas, a simplificação dos processos de despejo e a criação de incentivos fiscais ao arrendamento. Neste último caso, a Associação propunha: a dedução ao rendimento predial de 30 por cento a título de despesas de conservação e reparação, sem prejuízo da possibilidade de dedução da totalidade das despesas efectuadas, se superior; a introdução de um mecanismo que permita a amortização/reintegração, num período razoável (10 anos), de 50 por cento do valor de aquisição do imóvel no rendimento colectável do proprietário, a um ritmo anual relativamente pequeno (5 por cento), a exemplo de mecanismos semelhantes adoptados por outros países; e o estabelecimento de uma taxa liberatória de 21,5 por cento (em IRS ou IRC) sobre todos os rendimentos prediais, com opção pelo englobamento em sede de IRS, excluindo os obtidos no arrendamento de espaços nas grandes superfícies comerciais.

Ricardo Pedrosa Gomes

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Actualidade6 • Público Imobiliário • Quarta-feira 18 Maio 2011

Rui Pedro Lopes

Luís Lima, presidente da APEMIP, avisa que “impostos sobre o património não podem tornar-se insuportáveis para os contribuintes”

PÚBLICO Imobiliário – A lei do arrendamento terá de ser alterada até ao final do ano. O que é que acha que deveria mudar na nova legislação?Luís Lima – As mudanças necessárias já estão alinhavadas nas últimas propostas governamentais para a dinamização do mercado de arrendamento urbano, propostas entretanto “congeladas” com a demissão do Governo, com a dissolução da Assembleia da República e com a convocação de eleições. O pedido de autorização legislativa que o Governo aprovara para enviar à Assembleia da República contemplava, como deverá contemplar, soluções para agilizar os processos de despejo, por incumprimento doloso dos contratos de arrendamento urbano, e a adopção de novas regras para a fiscalidade sobre os rendimentos obtidos no mercado de arrendamento urbano. Estas mudanças são consensuais e consideradas transparentes e necessárias pelos principais partidos políticos portugueses. E são exequíveis mesmo no quadro

Rui Pedro Lopes

PÚBLICO Imobiliário – Como é que vê a provável suspensão das principais obras públicas previstas para o nosso país, ao abrigo do acordo assinado entre o Governo e a Troika? Reis Campos – Com preocupação, dado que persiste uma completa indefinição no que diz respeito ao investimento público. A par da consolidação das contas públicas, o país precisa de fazer uma aposta no crescimento e no investimento produtivo, pelo que é fundamental planear, calendarizar e cumprir o planeado. Esta actividade representa 18,6 por cento do PIB, 60,6 por cento do investimento e 820 mil trabalhadores, e não pode manter-se, permanentemente, no actual estado de suspensão em que se encontra e que é muito anterior às medidas que estão a ser equacionadas, tanto no plano interno, como no plano externo. Este acordo não pode, de igual modo, implicar a paragem das obras em curso.A lei do arrendamento é uma

“Não podemos penalizar quem trabalhou e amealhou para adquirir casa própria”

Reis Campos mostra-se preocupado com futuro do sector

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de rigor e austeridade que se anuncia, pois este cenário não afasta a necessidade de promover crescimento e este pode e deve passar pelo nosso sector da construção e do imobiliário.O provável aumento do IMI para compensar uma redução do IMT é uma medida positiva?Sempre defendemos a extinção do IMT e sempre aceitámos que o IMI pudesse ser cobrado de acordo com a realidade do nosso próprio património construído. Sabemos que há imóveis de elevado valor patrimonial que pagam muito pouco de IMI e sabemos que há imóveis sobreavaliados fiscalmente. Quanto ao IMT, a famigerada sisa, há muito que defendemos a sua extinção. É um imposto do século XIX que não se justifica no século XXI. Penaliza a propriedade e, em certos aspectos até poderá ser considerado como ferido pela inaceitável prática da dupla tributação. Diria, com uma nuance que não é desprezível, que a redução do IMT a tender para a extinção é positivo, admitindo que possa haver ajustamentos no IMI mas com os cuidados inerentes a evitar que o património imobiliário volte a ser visto como uma árvore das patacas.O Governo deverá acelerar a avaliação dos imóveis para que, no final de 2012, todos eles tenha um valor fiscal mais próximo do valor de mercado. A ideia será ter um mercado mais transparente?Um dos princípios mais consensuais dos sistemas tributários é o da

equidade. Pode ser visto de uma forma horizontal, exigindo que se dê igual tratamento para iguais, e de uma forma vertical, ou seja, a contemplar tratamento desigual para desiguais. Estas opções derivam da própria democracia e da necessidade de prevenção contra procedimentos arbitrários do poder público em relação a indivíduos particu lares, mas não podem ser desligadas da própria realidade nacional, nomeadamente no que se refere ao património. Com esta ressalva, quero sublinhar que os impostos sobre o património não podem tornar-se insuportáveis para os contribuintes, nomeadamente para os contribuintes que, com esforço, adquiriram casa própria não para funcionar como sinal exterior de riqueza ou como investimento mas como opção de vida. Não podemos, enquanto Estado de Direito,

penalizar cidadãos que trabalharam e amealharam tendo como objectivo adquirir casa própria, obrigando-os agora a suportar uma carga fiscal insuportável que mais parece um castigo pela ousadia de se tornar proprietário. Tudo isto tem de ser muito bem ponderado nesse processo de equidade fiscal sobre o património imobiliário. Considera que a eliminação, a partir de 2012, das deduções fiscais sobre os encargos com crédito à habitação poderá levar a uma maior procura do arrendamento?Objectivamente é mais um factor, a juntar a outros como o da dificuldade de acesso ao crédito, que dificultará a possibilidade de se optar pela aquisição de casa própria e que facilitará a procura no mercado de arrendamento. Como se sabe, a procura no mercado de arrendamento tem vindo a crescer e ainda é muito superior à oferta que este mesmo mercado disponibiliza. Os cortes nas deduções fiscais, inerentes aos créditos para habitação, poderão ter algum efeito neste campo, mas não é possível quantificar esse efeito. Ás vezes, os efeitos de certas opções são muito diferentes do que inicialmente pensamos. Lembro o caso do fim do chamado crédito bonificado. Esta opção, que na altura levantou algumas preocupações, não acabou com o mercado imobiliário e até o terá tornado mais transparente.A reabilitação urbana sai reforçada com o conjunto de medidas

previstas no acordo com a Troika?Não sei se há medidas específicas expressas nos memorandos do acordo com a Troika que se debrucem sobre a necessidade de nos lançarmos a sério na reabilitação urbana. Se essas medidas estão contempladas e desenvolvidas nesses documentos só posso aplaudir. Lembro, por exemplo, o que o Eng. Fernando Santo, uma reconhecida autoridade nesta área, dizia sobre esta matéria ao defender que a reabilitação urbana é um dos últimos comboios em que devemos embarcar para contribuirmos decisivamente para um crescimento com desenvolvimento. Com todo o respeito pela Troika, a consciência de que devemos privilegiar a reabilitação urbana já era assumida há muito tempo e sem qualquer sugestão externa. É natural e até desejável que esta opção para o sector da construção e do imobiliário sai reforçada no programa que as instituições internacionais possam ter proposto. Recordo também que esta saída para a crise tinha merecido a aceitação do próprio Governo pelas medidas incluídas no ‘pacote’ para o sector que desenhou, pouco antes da demissão, a par das alterações propostas para dinamizar o mercado de arrendamento. Julgo que o próximo Governo, independentemente da cor que venha a ter, irá retomar esta linha de desenvolvimento da reabilitação urbana e que estas opções só podem esperar o aplauso de toda a gente, Troika incluída.

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Luis Lima

das matérias que terá de sofrer alterações até ao fim do ano. O que é que na sua óptica terá de mudar?A nossa Confederação sempre afirmou que a Lei das Rendas só poderá cumprir verdadeiramente os objectivos que se propõe atingir, caso seja adequada às necessidades do mercado. Na verdade, a liberalização gradual das rendas antigas e alterações ao nível dos despejos, são aspectos imprescindíveis para a dinamização do mercado do arrendamento e da reabilitação urbana, sobre os quais, incidiram as propostas que

Presidente do CPCI

a CPCI articulou com o Executivo e que, posteriormente, apresentou à Troika. Tanto o Governo, que fez aprovar, a 17 de Março, uma Resolução sobre esta matéria, como a Troika, no Memorando de Entendimento, reconheceram a justeza das nossas propostas. Desta forma, o que importa agora é implementar as medidas previstas e consensualmente aceites. Que opinião lhe merece o provável aumento do IMI, de modo a compensar uma redução do IMT?Qualquer aumento da carga fiscal associada ao imobiliário, bem como o agravamento do custo das casas que lhe poderá estar associado é, no actual momento, extremamente preocupante. O programa de ajustamento fiscal exige um aumento das receitas do IMI em 250 milhões de euros, em 2012, por intermédio da eliminação de isenções. Para 2013, está previsto um aumento adicional do IMI em 150 milhões de euros, por via da reavaliação dos imóveis. Preconizam-se ainda medidas adicionais como o aumento do IMI dos imóveis devolutos.

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