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Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte, e Região www.sindimetal.org.br Contagem O Metalúrgico Condefederação Nacional dos Metalúrgicos BRASIL EDIÇÃO 167 4 a 11/04/2016 C ompanheiras meta- lúrgicas, no dia 09 de abril será realizado o 4º Encontro de Mulheres Metalúrgicas. O evento, que acontecerá na sede do Sindi- cato em Contagem, contará com a participação de impor- tantes palestrantes (veja pro- gramação abaixo). Este ano é aguardado um público recorde, superior até ao registrado no ano passado quando mais de 300 metalúr- gicas participaram do Encon- tro organizado pela Secreta- ria de Mulheres do Sindicato. “Companheiras não deixem de participar, pois no Encon- tro serão abordados temas de grande interesse para as trabalhadoras. O evento co- meça às 9h e vai até 17h. Venham, participem, vocês vão gostar, posso garantir”, convidou Margareth da Silva, secretária de mulheres do Sindicato. H oje nós queremos dialogar com todas as mulheres, che- fes de famílias, jovens e negras. Nós somos mais de 50% da po- pulação brasileira, mas nem por isso temos igualdade de direitos e oportunidades. Diferente do que a mídia in- forma, março não é um mês de comemoração, mas sim de re- flexão e luta. Nós mulheres do campo e da cidade, fizemos na Assembleia Legislativa de Minas Gerais uma vigília nos dias 7 e 8 de março. Esse espaço foi de formação e também de diálogo entre as mulheres do campo e da cidade para conhecer as dificuldades que todas nós enfrentamos, mas claro, com a especificidade de cada região. Um ponto destaca- do de discussão foi a tragédia de Mariana, que toda a mídia fala, mas só quem está vivendo o dia a dia de sofrimento, sabe das di- ficuldades. A gente sabe que a tarefa do- méstica ainda recai, na maioria das vezes sobre a mulher. Ima- ginem nesta tragédia o que elas estão passando. O mais revol- tante nisso tudo é que não tem água pra beber nem para lavar, mas ainda tem água para a mi- neração. Um absurdo, por exemplo, a história de uma mulher de 60 anos, moradora dos distritos de- vastados, que para conseguir a sua máquina de lavar (levada pela lama), teve de fazer um tes- te para provar que não consegue torcer a roupa. Ora, isso é um descaso! No dia 08 de março, em todo o Brasil, aconteceram manifes- tações de mulheres lutando para terem seus direitos alcançados. Aqui em BH mais de 1.500 mu- lheres saíram da Praça da Liber- dade até a Praça da Estação. No meio do caminho foram entoadas varias palavras de ordem para destacar as mazelas que as mu- lheres sofrem no seu dia a dia. Em apoio à população de Ma- riana e região, principalmente as mulheres, foi realizada uma ma- nifestação em frente a Vale, uma das empresas co-responsáveis pelo episódio. Foram jogadas lama na água, para simbolizar o que o Rio Doce virou depois do crime. Em Mariana mais de 1500 mulheres ocuparam a Samarco paralisando as atividades para reivindicar que as autoridades façam que a empresa seja crimi- nalizada imediatamente por essa tragédia. Queremos concluir destacan- do que temos muito mais para reivindicar do que para come- morar. A violência contra as mu- lheres a cada dia aumenta mais, não temos uma política pública voltada para as mulheres jovens que engravidam cada vez mais cedo, as nossas universidades públicas, mesmo depois que o Enem foi implantado, não estão ocupadas por mulheres jovens e negras, mesmo sendo as que mais se qualificam no Brasil. No Congresso Nacional estão querendo tirar nossos direitos, que conquistamos a duras penas há muito tempo, como é o caso do direito ao aborto para as mu- lheres que foram estupradas. Então mulheres negras, jo- vens e chefes de família, nos- sa luta não vai terminar de uma hora para outra, mas com cer- teza saber que podemos contar umas com as outras faz com que nossas forças sejam renovadas. Um abraço a todas as compa- nheiras e não deixemos de acre- ditar que um dia ainda consegui- remos um mundo mais igual. Coletivo de Mulheres do Sindicato PROGRAMAÇÃO Muito foi andado, mas o caminho ainda é longo 8h - Café 9h - Abertura Geraldo Valgas - Presidente do Sindicato Maria de Lurdes - Diretora da Amabelcon Margareth da Silva - Secre- tária de Mulheres do Sindicato Tânia Maria Costa - Diretoria do Sindicato 9h30 - Debate -Precarização de direitos Rosane Silva (Assessora espe- cial do Ministério do Trabalho). -A mulher no mercado de tra- balho metalúrgico Marli Melo (Secretária de Mu- lheres da CNM/CUT). -Desigualdade salarial Beatriz Cerqueira (Presidente da CUT/MG). 13h - Encaminhamentos 13h30 às 17h - Almoço e confraternização Durante o evento acontecerá “Um dia de maquiagem com a Mary Kay”.

O Metalúrgico - sindimetal.org.br · Assembleia Legislativa de Minas Gerais uma vigília nos dias 7 e 8 ... lheres da CNM/CUT). -desigualdade salarial ... morte do policial civil

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O MetalúrgicoCondefederação Nacional dosMeta lú r g icos

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Edição 1674 a 11/04/2016

Companheiras meta-lúrgicas, no dia 09 de abril será realizado

o 4º Encontro de Mulheres Metalúrgicas. O evento, que acontecerá na sede do Sindi-cato em Contagem, contará com a participação de impor-tantes palestrantes (veja pro-gramação abaixo).

Este ano é aguardado um público recorde, superior até ao registrado no ano passado quando mais de 300 metalúr-gicas participaram do Encon-tro organizado pela Secreta-ria de Mulheres do Sindicato.

“Companheiras não deixem de participar, pois no Encon-tro serão abordados temas de grande interesse para as trabalhadoras. O evento co-meça às 9h e vai até 17h. Venham, participem, vocês vão gostar, posso garantir”, convidou Margareth da Silva, secretária de mulheres do Sindicato.

Hoje nós queremos dialogar com todas as mulheres, che-

fes de famílias, jovens e negras. Nós somos mais de 50% da po-pulação brasileira, mas nem por isso temos igualdade de direitos e oportunidades.

Diferente do que a mídia in-forma, março não é um mês de comemoração, mas sim de re-flexão e luta. Nós mulheres do campo e da cidade, fizemos na Assembleia Legislativa de Minas Gerais uma vigília nos dias 7 e 8 de março.

Esse espaço foi de formação e também de diálogo entre as mulheres do campo e da cidade para conhecer as dificuldades que todas nós enfrentamos, mas claro, com a especificidade de cada região. Um ponto destaca-do de discussão foi a tragédia de Mariana, que toda a mídia fala, mas só quem está vivendo o dia a dia de sofrimento, sabe das di-ficuldades.

A gente sabe que a tarefa do-méstica ainda recai, na maioria das vezes sobre a mulher. Ima-ginem nesta tragédia o que elas estão passando. O mais revol-tante nisso tudo é que não tem água pra beber nem para lavar, mas ainda tem água para a mi-

neração.Um absurdo, por exemplo, a

história de uma mulher de 60 anos, moradora dos distritos de-vastados, que para conseguir a sua máquina de lavar (levada pela lama), teve de fazer um tes-te para provar que não consegue torcer a roupa. Ora, isso é um descaso!

No dia 08 de março, em todo o Brasil, aconteceram manifes-tações de mulheres lutando para terem seus direitos alcançados. Aqui em BH mais de 1.500 mu-lheres saíram da Praça da Liber-dade até a Praça da Estação. No meio do caminho foram entoadas varias palavras de ordem para destacar as mazelas que as mu-lheres sofrem no seu dia a dia.

Em apoio à população de Ma-riana e região, principalmente as mulheres, foi realizada uma ma-nifestação em frente a Vale, uma das empresas co-responsáveis pelo episódio. Foram jogadas lama na água, para simbolizar o que o Rio Doce virou depois do crime.

Em Mariana mais de 1500 mulheres ocuparam a Samarco paralisando as atividades para reivindicar que as autoridades façam que a empresa seja crimi-

nalizada imediatamente por essa tragédia.

Queremos concluir destacan-do que temos muito mais para reivindicar do que para come-morar. A violência contra as mu-lheres a cada dia aumenta mais, não temos uma política pública voltada para as mulheres jovens que engravidam cada vez mais cedo, as nossas universidades públicas, mesmo depois que o Enem foi implantado, não estão ocupadas por mulheres jovens e negras, mesmo sendo as que mais se qualificam no Brasil.

No Congresso Nacional estão querendo tirar nossos direitos, que conquistamos a duras penas há muito tempo, como é o caso do direito ao aborto para as mu-lheres que foram estupradas.

Então mulheres negras, jo-vens e chefes de família, nos-sa luta não vai terminar de uma hora para outra, mas com cer-teza saber que podemos contar umas com as outras faz com que nossas forças sejam renovadas.

Um abraço a todas as compa-nheiras e não deixemos de acre-ditar que um dia ainda consegui-remos um mundo mais igual.

Coletivo de Mulheres do Sindicato

ProgramaçãoMuito foi andado, mas o caminho ainda é longo8h - Café9h - aberturaGeraldo Valgas - Presidente do Sindicato Maria de Lurdes - Diretora da Amabelcon Margareth da Silva - Secre-tária de Mulheres do SindicatoTânia Maria Costa - Diretoria do Sindicato

9h30 - Debate-Precarização de direitos Rosane Silva (Assessora espe-cial do Ministério do Trabalho).

-A mulher no mercado de tra-balho metalúrgico Marli Melo (Secretária de Mu-lheres da CNM/CUT).

-desigualdade salarial Beatriz Cerqueira (Presidente da CUT/MG).

13h - Encaminhamentos

13h30 às 17h - almoço e confraternizaçãoDurante o evento acontecerá “Um dia de maquiagem com a Mary Kay”.

Sindicato dos Metalúrgicos de Contagem, Belo Horizonte, ibirité, Sarzedo, Ribeirão das Neves, Nova Lima, Raposos e Rio Acima - Sede: R. Camilo Flamarion, 55 - J. Industrial - Contagem (MG) Tel.: 3369.0510 - Fax: 3369.0518 - Subsede: Rua da Bahia, 570 5º andar - Centro/BH - Tel.: 3222.7776 - e-mail: [email protected] - www.sindimetal.org.br - Presidente: Geraldo Valgas

Secretário de imprensa: Walter Fideles - Jornalistas: Cesar Dauzcker (MG 07687JP) e Isa Patto (MG12994JP) | Tiragem: 12.000 - impressão: Fumarc

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O Sindicato firmou um novo con-venio com a MulticlÍnica de Ibi-

rite (MG).A clínica conta com Fisioterapia ,

Clínica Geral, Fonoaudiologia, Or-topedia, Psicologia e Terapia Ocu-pacional. Todos os sócios da nossa entidade e seus amiliares terão des-contos em consultas e procedimen-tos, conforme tabela abaixo.

Ligue para 35211182 ou 988511426 e agende sua consulta. A Clínica localiza-se na Rua Flor do Campo, 54 - Jardim das Rosas 2 - Ibirité.

É mais uma conquista do Sindicato para os associados do Sindi-cato dos metalúrgicos de Belo Horizonte, Contagem e Região.

CamPaNHa DE PLr 2016

Por uma PLr igual para todos

988511429

Novo convênio médico com clínica de Ibirité

O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, pediu nesta segunda

à Polícia Federal que investigue a morte do policial civil Lucas Go-mes Arcanjo, encontrado morto no último sábado na sua casa, em Belo Horizonte.

A nota enviada pelo ministério determina a total apuração dos fatos, “tendo em vista as circuns-tâncias de óbito repentino do in-vestigador”. Lucas Arcanjo, que faria 45 anos daqui a um mês, foi encontrado pela esposa, por volta de meio-dia, no segundo andar da casa, aparentemente enforcado com uma gravata.

Seguido no Facebook por qua-se 23 mil usuários, Arcanjo ganhou notoriedade nas redes sociais pe-las denúncias recorrentes contra o ex-governador de Minas e atual senador Aécio Neves (PSDB).

Em diversos vídeos, o policial acusava o tucano de ligação com crimes variados, como narcotrá-fico, compra de habeas corpus e homicídio. Em uma das grava-ções, ele conta que um corpo foi encontrado na propriedade do pri-mo de Aécio, Tancredo Tolentino, no município de Cláudio, com in-dícios de execução. “Mas nada é investigado”, argumentava.

Arcanjo ganhou apoio e conver-sava bastante com a atriz Tássia Camargo, ex-TV Globo, que re-forçava as denúncias do policial contra o senador tucano. “Lucas entregou diversos documentos contra Aécio para Tássia, e ela me entregou todos. Estou examinan-do todos eles com cuidado”, re-velou o deputado estadual Durval Ângelo (PT).

Fonte: O Tempo

A Campanha da PLR2016 vem crescendo nas últi-

mas semanas. A mobilização nas fábricas da categoria por uma PLR digna e justa está a todo vapor com comissões sendo eleitas e negociações em andamento. A bandeira de luta do Sindicato é de uma PLR igual para todos os traba-

lhadores.Companheiros, se na sua

fábrica seu patrão ainda nem abriu a negociação, converse com seus colegas de trabalho, procure um diretor do Sindica-to para organizar a eleição da comissão e exija da empresa a abertura do processo de ne-gociação.

Nos últimos anos, o nú-mero de acordos de PLR

na nossa categoria cresceu, graças ao empenho desta diretoria, que não mediu es-forços para organizar a luta dos trabalhadores nas fábri-cas. Fiquem atentos, chegou a hora de exigir do seu patrão sua PLR! Lembrem-se que nossa con-quista será do tamanho da luta.

Geraldo Valgas, presidente do Sindicato

PF vai investigar morte de policial que denunciava Aécio

Na quinta (31), dia em que o gri-to de “não vai ter golpe” soou

em 16 países, mais de 200 mil pessoas ocuparam Brasília para defender a democracia. A mesma Brasília de onde a ditadura dispa-rava o primeiro tiro contra a de-mocracia para instaurar a ditadura militar há 52 anos.

A resposta dos movimentos so-ciais não poderia ser mais contun-dente. Nas ruas da capital federal, representantes de todas as etnias, regiões do país, gênero, classe social, eleitores ou não da presi-denta Dilma Rousseff, mas todos com um ponto em comum: o dese-jo de defender o Estado de Direito.

No ato final, diante do Con-gresso, lideranças dos movimen-tos que encampam a luta pela democracia deixaram o recado: não irão aceitar o chapéu que os perdedores do último pleito pre-tendem aplicar e, para isso, vão conversar abertamente com o povo, falou o presidente nacional da CUT, Vag-ner Freitas.

Em Belo Horizonte

Milhares de pessoas, numa manifestação his-tórica, lotaram a Praça da Estação, na região Central de Belo Hori-

zonte, na quinta-feira (31), no Dia Nacional de Mobilização, para participar do Canto da Democra-cia.

O ato político-cultural, organi-zado pela Frente Brasil Popular Minas, reuniu a população da ca-pital mineira, artistas, militantes e dirigentes sindicais, dos movi-mentos sociais e populares e li-deranças políticas.

O ato teve como pautas a defe-sa da democracia – golpe nunca mais; contra o ajuste fiscal – por outra política econômica; e em defesa dos direitos trabalhistas – contra a reforma da Previdência. Os manifestantes também repu-diaram a mídia golpista, repre-sentada pela Rede Globo.

O Dia Nacional de Mobilização, com manifestações em todos os Estados, sendo a maior de todas em Brasília, fechou uma semana de atividades, que vão continuar em abril. Fonte: CUT

DIa NaCIoNaL DE moBILIZaçãoTrabalhadores brasileiros garantem: Não vai ter golpe!