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O Mundo Moderno: A Formação do Estado Nacional Moderno

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O Mundo Moderno:

A Formação do Estado Nacional Moderno

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Introdução

A Idade Moderna engloba o período que se estende do século XV ao século XVIII. Durante essa etapa, o sistema feudal entrará em decomposição, cedendo lugar ao capitalismo, que se consolidará no final do século XVIII.

As transformações que marcaram esse período estão relacionadas com: o surgimento dos Estados Nacionais e sua evolução para o Estado Absolutista; a acumulação primitiva do capital e a expansão marítima, resultando nos grandes descobrimentos;o Renascimento e a Reforma.

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Características da Modernidade

EconomiaA Idade Moderna é marcada pela expansão do comércio

em nível mundial, com a incorporação econômica do continente americano e o estímulo fornecido à produção manufatureira.

SocialA classe burguesa ampliará seu poder econômico através

do comércio colonial e do tráfico negreiro, além de diversificar suas atividades, com a produção manufatureira.

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Política

O poder real continuará seu processo de centralização, culminando nos regimes absolutistas.

Cultural

A cultura teocêntrica da Idade Média será substituída por uma nova visão de mundo, humanista e antropocêntrica, concretizada nas manifestações artísticas e científicas do Renascimento.

No plano religioso, a unidade monolítica do catolicismo medieval será substituída pela diversidade de seitas protestantes, mais adequada às novas realidades econômicas, através do movimento conhecido como Reforma.

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Os Estados Nacionais Modernos

O que é um Estado Nacional?

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O termo Estado Nacional é normalmente usado para designar unidades políticas caracterizadas por:

existência de territórios definidos;

presença de populações dotadas de hábitos, tradições, línguas e certa consciência coletiva comuns;

existência de centralização política nas mãos de um governante, cuja autoridade de direito e de fato, é amparada por um corpo de funcionários, sustentada por moedas e impostos e defendida por um exército subordinado diretamente a ele.

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Fatores

Renascimento comercial e urbano, que gerou a necessidade de um poder político que integrasse, através de unidade monetária e fiscal, as várias regiões do reino.

O enfraquecimento da nobreza durante a crise do século XIV, que debilitou as relações servis.

As guerras do final da Idade Media, como: a Guerra dos Cem Anos, a Guerra das Duas Rosas e a Guerra da Reconquista.

O desenvolvimento do nacionalismo, incentivado pelo comércio a longa distância, o que levou à consciência das diferenças entre os povos: línguas, características étnicas e culturais passaram a ser valorizadas, e os reis passaram a encarnar esses valores.

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O Estado Absolutista

O Estado Absolutista teve sua origem na evolução dos Estados Nacionais.

O rei era absolutista não porque seu poder fosse ilimitado, mas porque estava acima das leis. Fica difícil explicar que a totalidade do poder político estivesse concentrado nas mãos de uma única pessoa, o rei, uma vez que ele, para se manter no poder, tinha concessões a fazer: fosse à nobreza, uma vez que esses eram seus pares, fosse à burguesia, pois a receita de seu Estado dependia dos impostos pagos por essa classe, e isso, do seu incentivo à expansão dos negócios burgueses. Portanto, o rei precisava atender às exigências sociais rivais.

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Características

Poder centralizado. Hereditariedade do poder. O poder do soberano é recebido diretamente de Deus. Presença de um exército forte e regular. Sociedade estamental e hierarquizada. Presença de um aparato de leis. Cobrança regular e eficaz de impostos. Presença de uma burocracia profissional treinada para administrar

os órgãos do Estado.

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A Formação dos Estados Nacionais

1.0 Os Países Ibéricos

O processo de formação dos Estados Nacionais ibéricos esteve diretamente relacionado à luta dos cristãos para recuperar os territórios ocupados pelos muçulmanos. Essa luta, a Guerra de Reconquista, só veio a acabar em 1492, com a expulsão dos últimos mouros do território de Granada.

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Portugal

- A Guerra da Reconquista.

- Formação estatal precoce.

- Dinastia de Borgonha:• Incentivo a colonização interna do país, estimulando a libertação

dos servos;• Concessão de cartas de franquia às cidades;• estímulo as atividades comerciais, com a regulamentação das

feiras e a construção de armazéns em todo o reino;• aprimoramento das atividades pesqueiras, o que veio a propiciar o

desenvolvimento dos centros urbanos do litoral, onde surgiu uma poderosa burguesia;

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- A Revolução de Avis• Falecimento de D. Fernando I.• Leonor Teles (apoiada pela nobreza tradicional) X burguesia

mercantil, pequena nobreza, população urbana e a arraia miúda do campo.

• Batalha de Aljubarrota.• Coroação de D.João.

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Espanha

- Casamento de Isabel de Castela com Fernando de Aragão (1469).- União dos Reinos de Castela e Aragão (1479).- Aplicação de medidas centralizadoras:• defesa aos valores da Igreja.• apoio à Santa Inquisição.• equilíbrio econômico e social entre as diferentes regiões

espanholas.• padronização da língua, cultura e costumes.- Anexação de novos reinos ao território espanhol.- Término da Guerra de Reconquista (1492).

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O Palácio de Alhambra:o reduto mouro espanhol.

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2.0 França

Dinastia dos Capetíngios (séc. X-XIV). Localização territorial estratégica. Realizações Capetíngias:- cobranças de impostos comerciais;- criação de um exército nacional; - término dos privilégios clericais; Falecimento de Carlos IV (1328); Guerra dos Cem Anos (1328 -1453); Consolidação da dinastia de Valois.

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3.0 Inglaterra

Dinastia Platageneta• Ações do rei João Sem Terra .• Elaboração da Magna Carta (1215) pelo grande conselho.• Apesar dos termos assumidos na Magna Carta, tanto João quanto

Henrique III, seu filho, aumentaram arbitrariamente os impostos.• Convocação do primeiro Parlamento inglês. Guerra dos Cem Anos Guerra das Duas Rosas (1450-1485)

• York X Lancaster Início da Dinastia Tudor• Seus reis foram responsáveis pela centralização do poder monárquico na

Inglaterra.• Henrique VII – Acabou com os resquícios feudais e deu início à exploração

do continente americano.

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Henrique VIII • Confisco dos bens do clero• Criação do Anglicanismo• Ato de Supremacia

Eduardo VI• Difusão das idéias de Lutero e Calvino

Maria Tudor• Perseguição aos protestantes

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Elizabeth I

• Consolidação do Anglicanismo• Estímulo às indústrias têxteis, ao comércio e ao cercamento de

campos• Apoio à atividade de corso

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Os Teóricos AbsolutistasDurante a Idade Moderna, o absolutismo real

recebeu justificativas de diversos teóricos, dentre os quais, pode-se citar:

- Nicolau Maquiavel(1469-1527) escreveu “O Príncipe”, obra esta em que defendeu a idéia de que a unidade política era fundamental para a grandeza da nação. Para se criar um Estado forte, independente da Igreja, todos os meios empregados eram válidos para se atingir o fim: um Estado politicamente forte e mantenedor da segurança.

- Thomas Hobbes (1588-1679) foi o autor de “O Leviatã”, onde desenvolveu a defesa do absolutismo afirmando que o Estado era “um mal necessário”, uma vez que, nas sociedades primitivas, ninguém está sujeito às leis, imperando portanto o caos, as guerras, uma vida animalizada e breve, pois o “homem é o lobo do próprio homem”.

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Thomas Hobbes (1588-1679) foi o autor de “O Leviatã”, onde desenvolveu a defesa do absolutismo afirmando que o Estado era “um mal necessário”, uma vez que, nas sociedades primitivas, ninguém está sujeito às leis, imperando portanto o caos, as guerras, uma vida animalizada e breve, pois o “homem é o lobo do próprio homem”.

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Jean Bodin (1529-1596), autor da “República”, elaborou a doutrina segundo a qual a soberania real não poderia sofrer restrições uma vez que a autoridade dos reis emanavam das leis de Deus.

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Jacques Bossuet (1627-1704), em sua obra “Política Segundo a Sagrada Escritura”, justificou a autoridade real como sagrada, colocando rei como um representante de Deus na Terra.