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O planejamento tributário como estratégia para reduzir a elevada carga tributária nas empresas
Dezembro/2018
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018
O planejamento tributário como estratégia para reduzir a elevada carga
tributária nas empresas
Leticia Ataides Tavares – [email protected]
MBA em Contabilidade e Direito Tributário
Instituto de Pós-Graduação – IPOG
Goiânia, GO, 18/12/2017
RESUMO
O presente estudo tem como objetivo mostrar a importância do planejamento tributário com
foco em redução de tributos, considerando os três regimes de tributação: Lucro Real, Lucro
Presumido e Simples Nacional. A empresa estar enquadrada no regime de tributação correto
para a sua atividade é motivo de questionamento constante entre empresários e contadores. A
elevada carga tributária em nosso país e a falta de gestão tributária em algumas empresas, é
motivo para que essas sejam obrigadas a pagar um valor excessivo de tributos. O
planejamento tributário, que no passado era vantagem competitiva, privilégio de grandes
companhias, passou a ser uma questão de sobrevivência para as empresas. Para o
desenvolvimento desse trabalho foram realizadas pesquisas em artigos, bibliografias,
legislação e sites relevantes para embasamento teórico. Concluiu-se que a gestão do
pagamento de tributos é uma forma legal de reduzir a carga tributária e ferramenta importante
na tomada de decisões da empresa.
Palavras chave: Planejamento Tributário. Redução de Tributos. Regimes de Tributação.
1. INTRODUÇÃO
O principal objetivo desse trabalho é apresentar o planejamento tributário como parte
essencial no processo de administração da pessoa jurídica. Através de um planejamento
eficaz, a empresa pode, de forma lícita, maximizar seus lucros.
No Brasil, existem quase 100 diferentes taxas, impostos e contribuições (conforme
anexo A). O nível e a complexidade dos tributos sobre as empresas e pessoas físicas chegam a
inviabilizar certos negócios.
Existem duas formas de diminuir os encargos tributários, a maneira legal, chamada de
elisão fiscal e a forma ilegal conhecida como sonegação fiscal.
O planejamento tributário tem como objetivo a economia do valor pago de tributos ao
governo, de forma legal.
O planejamento tributário como estratégia para reduzir a elevada carga tributária nas empresas
Dezembro/2018
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018
A escolha correta do regime de tributação que a empresa melhor se enquadra é
essencial para maximizar lucros. Não há um tipo de regime que seja mais benéfico para todas
as empresas, é necessário analisar cada uma em sua singularidade. Esse artigo apresenta uma
análise de cada regime tributário.
O planejamento tributário tornou-se indispensável para as empresas, porque dá a elas
suporte e condições seguras, mesmo em nosso país onde a legislação é complexa e sofre
muitas alterações, dificultando o entendimento dos empresários.
2. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
O planejamento tributário teve início nos Estados Unidos da América e na Inglaterra,
países onde existem os “contadores públicos certificados” (“certified public accountants –
C.P.A.”). Os C.P.A.’ s são um misto de contadores e advogados, conhecimento que os torna
muito competentes no planejamento tributário. No Brasil inexiste essa categoria profissional,
sendo assim, aqui no nosso país os advogados e contadores são os profissionais que mais
possuem conhecimento para realizar o planejamento tributário.
Antes de dar início ao planejamento tributário, a empresa deve verificar os regimes
tributários, e se existem restrições quanto à aplicabilidade do regime de tributação escolhido
(Simples Nacional, Lucro Real, Presumido e Arbitrado). A meta mais importante no
planejamento é definir o regime tributário que melhor enquadra a empresa, fazendo com que
diminua a carga de tributos, sempre amparado pela legislação em vigor.
Segundo Latorraca (2000, p.58) “costuma-se denominar de planejamento tributário a
atividade empresarial que, desenvolvendo-se de forma estritamente preventiva, projeta os atos
e fatos administrativos com o objetivo de informar quais os ônus tributários em cada uma das
opções legais disponíveis. ”
Para o autor a seguir:
Planejamento Tributário é como uma técnica gerencial que visa projetar as
operações industriais, os negócios mercantis e as prestações de serviços, visando
conhecer as obrigações e os encargos fiscais inseridos em cada uma das respectivas
alternativas legais pertinentes para, mediante meios e instrumentos legítimos, adotar
aquela que possibilita a anulação, redução ou adiantamento do ônus fiscal.
(BORGES, 2002:152)
O planejamento tributário como estratégia para reduzir a elevada carga tributária nas empresas
Dezembro/2018
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018
O planejamento de tributos inclui a correta organização da empresa no aspecto
jurídico, não esquecendo a organização contábil com a chamada “rotina fiscal”, com ações
que permitam excluir, reduzir ou adiar os encargos tributários que oneram a empresa.
São três os objetivos do planejamento tributário: “[...] evitar que a obrigação tributária
se materialize com a ocorrência do fato gerador; reduzir o montante do tributo a pagar, por
meio da minoração de seus elementos matemáticos (base de cálculo e alíquota); e retardar o
pagamento do tributo.” (CASTRO et al., 2011, p. 33).
Para evitar que a obrigação tributária se materialize com a ocorrência do fato gerador,
pode ser, por exemplo, através da reorganização societária. Para reduzir o montante do tributo
a pagar, a empresa pode fazer a necessária reflexão sobre a melhor sistemática de apuração do
IRPJ e CSLL, que está ligado à lucratividade real da empresa. Quanto ao terceiro objetivo,
retardar o pagamento do tributo, a empresa deve evitar políticas empresariais ótimas do ponto
de vista econômico mas ineficientes fiscalmente.
Planejamento tributário não deve ser confundido com fraude ou sonegação fiscal, que
consiste em procedimentos que violam diretamente a lei fiscal, o contribuinte se opõe
conscientemente à lei.
A lei nº. 4.729, de 14 de julho de 1965, define o crime de sonegação fiscal:
Art. 1º Constitui crime de sonegação fiscal:
I - prestar declaração falsa ou omitir, total ou parcialmente, informação que deva ser
produzida a agentes das pessoas jurídicas de direito público interno, com a intenção
de eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento de tributos, taxas e quaisquer
adicionais devidos por lei;
II - inserir elementos inexatos ou omitir, rendimentos ou operações de qualquer
natureza em documentos ou livros exigidos pelas leis fiscais, com a intenção de
exonerar-se do pagamento de tributos devidos à Fazenda Pública;
III - alterar faturas e quaisquer documentos relativos a operações mercantis com o
propósito de fraudar a Fazenda Pública;
IV - fornecer ou emitir documentos graciosos ou alterar despesas, majorando-as,
com o objetivo de obter dedução de tributos devidos à Fazenda Pública, sem
prejuízo das sanções administrativas cabíveis.
V - Exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário da paga,
qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida do imposto sobre a
renda como incentivo fiscal.
Lei nº. 4.729/65.
O planejamento tributário é um direito garantido pela Constituição Federal, no artigo
153 da Lei n0 6.404/76.
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Art. 153. O administrador da companhia deve empregar, no exercício de suas funções,
o cuidado e diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de
seus próprios negócios.
Para ter um planejamento tributário eficaz, é necessário fazer mudanças na prática e na
rotina da empresa, onde muitos empresários tem receio. Para tanto é importante estar bem
assessorado por uma equipe especializada.
3. TRIBUTOS E SUAS ESPÉCIES
3.1 Conceito de Tributos
O surgimento do tributo tem origem na necessidade de uma forte organização para o
convívio em sociedade dirigido por um ente hierarquicamente superior chamado Estado.
O artigo 30 da Lei n0 5.172/1966 (Código Tributário Nacional – CTN) define tributo:
Art. 30 Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.
Analisando esse artigo de forma minuciosa, temos:
a) prestação pecuniária – é o pagamento em dinheiro, não se admite o pagamento por
meio de prestação de serviços ou em bens;
b) compulsória – independente da vontade de quem assume a obrigação;
c) em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir – o tributo deve ser pago sempre em
moeda;
d) que não se constitua sanção de ato ilícito – não há ato ilícito, não representa imposição
de penalidade;
e) instituída em lei – lei ordinária / exceções por Lei Complementar;
f) cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada – a atividade
arrecadatória e fiscalizatória deverá ser vinculada à lei, ou seja, nos seus limites.
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3.2 Espécies de Tributos
O artigo 50 do CTN e o artigo 145 da Constituição Federal (CF/1988) determina as
espécies do gênero tributo: os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria.
CTN – Artigo 50 Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.
CF/1988 – Artigo 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
poderão instituir os seguintes tributos:
I – Impostos;
II – Taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a
sua disposição;
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
O empréstimo compulsório e as contribuições sociais (também chamadas especiais ou
parafiscais) também são consideradas pela doutrina como espécie do gênero tributo.
▪ Impostos, que são 13, sendo sete da União, três dos estados-membros e três dos
municípios;
▪ Taxas, que são cobradas em decorrência da prestação de serviço público específico e
divisível, e taxa de exercício de poder de polícia;
▪ Contribuição de melhoria é um tributo vinculado, cujo fato gerador é a valorização
imobiliária, decorrente de obra pública;
▪ Contribuições sociais são tributos destinados à coleta de recursos para determinadas
áreas do poder público, na Administração direta ou indireta, ou para entes que
colaboram com a Administração;
▪ Empréstimo compulsório, é um tributo restituível, que foi criado para atender a
despesas extraordinárias provenientes de guerra externa, calamidade pública e para
fazer investimento público de caráter urgente e de interesse nacional.
Quadro 1 - Impostos
Imposto Competência Sede Legal Função Principal
Imposto sobre importação União 153, I CF; 19 CTN Extrafiscal
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Imposto sobre exportação União 153, II CF; 23 CTN Extrafiscal
Imposto de renda União 153, III CF; 43 CTN Fiscal e Extrafiscal
IPI União 153, IV CF; 46 CTN Fiscal e Extrafiscal
IOF União 153, V CF; 63 CTN Extrafiscal
ITR União 153, VI CF; 43 CTN Extrafiscal
Grandes fortunas União 153, VII CF Não regulado
ITCMD Estado 155, I CF Fiscal e Extrafiscal
ICMS Estado 155, II CF Fiscal e Extrafiscal
IPVA Estado 155, III CF Fiscal e Extrafiscal
IPTU Município 156, I CF Fiscal e Extrafiscal
ITBI Município 156, II CF Fiscal
ISS Município 156, III CF Fiscal
Fonte: CASTRO et al. (2011)
As contribuições sociais, especiais ou parafiscais, são diferentes dos impostos por
terem destinação específica.
Quadro 2 – Espécies tributárias: contribuições especiais
Tipo Exemplo
Contribuições sociais gerais FGTS, salário-educação, PIS/Pasep
Contribuições sociais de seguridade Cofins, CSLL, previdenciária
Contribuições de interesse de categorias profissionais Crea, CRC, CRADM
Contribuições de intervenção no domínio econômico Cide petróleo, Cide tecnologia
Fonte: CASTRO et al. (2011)
4. ELISÃO FISCAL
A elisão fiscal é um ato lícito praticado pelo contribuinte, antes que o fato gerador
aconteça, para evitar a incidência de tributos. Antes que ocorra o fato gerador, não há o que se
falar em valor de tributos a ser recolhido.
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“Primeiramente, podemos entender o instituto da elisão tributária, como a conduta
lícita praticada pelo contribuinte, com o objetivo de impedir a realização do fato gerador ou a
minorar ou evitar a incidência de tributos sobre determinada operação comercial ou
financeira.” (RODRIGUES et al., 2016, p. 65).
O contribuinte tem o direito de procurar meios legais para reduzir o valor dos tributos,
pois pelo princípio da legalidade ele não é obrigado a fazer ou a deixar de fazer alguma coisa,
senão em virtude de lei que expressamente a proíba. Não se pode confundir esse ato com
sonegação, pois o ato de elisão fiscal, deve ser praticado antes do fato gerador do tributo.
A elisão fiscal pode ser:
▪ Em decorrência do texto legal. Exemplo: os incentivos fiscais.
▪ Resultante de lacunas e brechas legais, utilizando elementos que a lei não proíba.
A elisão fiscal é um dos instrumentos utilizados pelo profissional para executar o
planejamento tributário.
5. EVASÃO FISCAL
A evasão fiscal, ao contrário da elisão fiscal, é combatida pelo fisco por ser
caracterizada como um ato ilegítimo para reduzir a carga tributária. A evasão fiscal reduz as
receitas públicas.
“No caso da evasão tributária existe subtração parcial ou total do pagamento do
tributo devido, adotando-se condutas fraudulentas ou omissivas, tipificadas por lei.”
(CASTRO et al., 2011, p. 34).
A evasão fiscal caracteriza-se por qualquer ação que tenda a reduzir o valor a ser
recolhido após a ocorrência do fato gerador. Algumas condutas utilizadas para esse ato ilícito
são: omitir informações, prestar falsa declaração às autoridades fazendárias, falsificar ou
alterar nota fiscal, fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas.
A evasão ocorre mediante conduta ilícita, como simulação, dolo ou fraude,
normalmente a evasão acontece após o fato gerador. A simulação é caracterizada pela
participação de dois ou mais agentes que simulam atos irreais, como por exemplo a venda de
imóvel de uma empresa a sócios, por preço menor do que o de mercado (distribuição
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disfarçada de lucros). O dolo é caracterizado pela má-fé, ou seja, intenção do agente de causar
lesão ao fisco, por exemplo, erros propositais na declaração de rendimentos. A fraude é
caracterizada pela alteração de documentação para diminuir ou omitir pagamentos, como por
exemplo a alteração de dados contábeis, balanços, notas fiscais etc.
“A evasão fiscal está prevista e capitulada na Lei dos Crimes contra a Ordem
Tributária, Econômica e contra as Relações de Consumo (Lei n0 8.137/1990).” (RODRIGUES
et al., 2016, p. 67).
6. FORMAS DE TRIBUTAÇÃO
Escolher o regime de tributação mais adequado ao negócio não é uma tarefa fácil,
requer estudos prévios. Os regimes mais utilizados no Brasil são: simples nacional, lucro
presumido e lucro real.
A escolha do regime deve levar em conta o meio mais econômico de pagar os
impostos e contribuições. No Brasil, a carga tributária é muito elevada, por esse motivo as
empresas devem analisar juntamente com seu contador, se deve ou não continuar no regime
em que se encontra no exercício atual, é importante fazer essa análise constantemente.
7. SIMPLES NACIONAL
A Lei Complementar n0 123/2006, e alterações posteriores, instituiu o Regime
Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas
e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), em vigor desde 01/07/2017, que substituiu
o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte (Simples), que foi instituído pela Lei n0 9.317/1996.
O Simples Nacional foi criado para beneficiar as microempresas e empresas de
pequeno porte com objetivo de simplificar o pagamento dos tributos.
O Simples Nacional unificou o pagamento dos seguintes impostos e contribuições:
a) Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);
b) Contribuição Social sobre o Lucro (CSL);
c) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
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d) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);
e) Contribuição para o PIS/Pasep, exceto sobre a importação de bens e serviços;
f) Contribuição Patronal Previdenciária (CPP);
g) Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS);
h) Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
A opção pelo Simples Nacional implica no recolhimento mensal, mediante documento
único de arrecadação, denominado DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional),
que se refere aos tributos: IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS, INSS (cota patronal), ICMS e ISS,
quando necessários. O DAS deve ser recolhido até o vigésimo dia do mês subsequente ao da
competência do fato gerador.
Podem optar pelo Simples Nacional na condição de microempresa (ME) ou na
empresa de pequeno porte (EPP) a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa
individual de responsabilidade limitada (Eireli) ou o empresário a que se refere o art. 966 da
Lei n0 10.406/2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no
Registro Civil de Pessoas Jurídicas, desde que:
▪ No caso da ME, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$
360.000,00.
▪ No caso da EPP, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$
360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (até 31/12/2017) ou a R$
4.800.000,00 (a partir de 01/01/2018).
As microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples
Nacional, estão sujeitas à emissão de documentos fiscais e à escrituração de livros fiscais e
contábeis, conforme as normas contidas na Resolução CGSN n0 94/2011.
Para muitas atividades é vedada a adesão ao Simples Nacional, portanto é necessário
considerar os impedimentos conforme o anexo B deste artigo.
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8. LUCRO PRESUMIDO
O lucro presumido é uma forma de tributação simplificada para determinação da base
de cálculo do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL) das
pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do lucro real.
Desde o ano-calendário de 2014, podem optar pela tributação com base no lucro
presumido as pessoas jurídicas não obrigadas à apuração do lucro real, cuja receita bruta total
no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 ou a R$
6.500.000,00 multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior,
quando inferior a 12 meses.
Também podem optar pelo lucro presumido as pessoas jurídicas que iniciarem
atividades ou que resultarem de incorporação, fusão ou cisão, desde que não estejam
obrigadas à tributação pelo lucro real.
No regime do lucro presumido, a apuração do imposto é feita trimestralmente, em
períodos encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada
ano-calendário.
A base de cálculo do lucro presumido é obtida por meio de aplicação de percentual
definido em lei, sobre a receita bruta, conforme a atividade geradora (RIR/1999, arts. 518 e
519, parágrafo único).
Quadro 3 – Percentuais aplicáveis sobre a receita bruta de vendas de mercadorias/produtos
e/ou da prestação serviços
Espécies de atividades geradoras da receita
Percentuais
aplicáveis
sobre a receita
Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante
e gás natural
1,6%
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- Venda de mercadorias ou produtos (exceto revenda de combustíveis para consumo)
- Transporte de cargas
- Serviços hospitalares
- Atividade rural
- Industrialização
- Industrialização de produtos em que a matéria-prima ou o produto intermediário ou o
material de embalagem tenham sido fornecidos por quem encomendou a
industrialização
- Atividades imobiliárias
- Construção por empreitada, quando houver emprego de materiais próprios
- Qualquer outra atividade (exceto prestação de serviços) para a qual não esteja
previsto percentual específico
8%
- Serviço de transporte (exceto o de cargas)
- Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissões
regulamentadas, conhecidas por sociedades simples) prestados com exclusividade por
empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00
16%
- Serviços em geral, para os quais não esteja previsto percentual específico, inclusive
os prestados por sociedades civis de profissões regulamentadas (sociedades simples)
- Intermediação de negócios
- Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis ou direitos de qualquer
natureza
- Serviços de mão de obra de construção civil, quando a prestadora não empregar
materiais de sua propriedade nem se responsabilizar pela execução da obra
32%
Fonte: RODRIGUES et al. (2017)
9. LUCRO REAL
O Lucro Real é conceituado como o lucro líquido contábil do período de apuração
ajustado pelas adições, exclusões ou compensações previstas no Regulamento do Imposto de
Renda (Decreto no. 3.000/1999). A expressão Lucro Real significa o próprio lucro tributável,
distinto do lucro líquido apurado na contabilidade.
Para Rodrigues et al. (2016, p.272): “Lucro Real é a forma completa de apuração do
Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido direcionada a todas as
pessoas jurídicas quer por obrigatoriedade prevista na legislação vigente quer por livre
opção”. Essa forma de tributação pode ser opção de qualquer empresa, independente do ramo
de atividade ou porte, a lei define apenas as pessoas jurídicas obrigadas a optar por esse
regime (Lei no. 9.718/1998, art. 14 e art. 22 da Instrução Normativa RFB no. 1.514/2014).
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São obrigadas ao lucro real:
▪ PJ com receita bruta total superior a R$ 78.000.000,00;
▪ PJ com atividade de banco, financiamento, investimento, arrendamento mercantil,
cooperativa de crédito, entidade de previdência privada, capitalização;
▪ PJ que tiver lucro, rendimento ou ganho oriundo do exterior;
▪ PJ, que autorizada pela legislação tributária, queira usufruir de benefícios fiscais em
relação ao IR;
▪ PJ que tenha efetuado o recolhimento do IR por estimativa;
▪ PJ de prestação de serviços cumulativa e continua de assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito, factoring;
▪ Construtoras que adotam o custo orçado.
A pessoa jurídica que estiver obrigada ao lucro real, ou por opção, deverá apurar o
IRPJ e a CSL trimestralmente ou anualmente. A apuração do IRPJ trimestral é uma forma de
tributação completa e definitiva, apurada com base no lucro líquido contábil ajustado pelas
adições, exclusões e compensações permitidas ou autorizadas pelo Regulamento do Imposto
de Renda (RIR/1999). A apuração anual deverá determinar o lucro com base no balanço anual
levantado no dia 31 de dezembro, sendo devidas antecipações mensais através de estimativa
ou mediante levantamento de balancetes trimestrais com base na Lei no 9.430/96.
A opção pelo lucro real tem a vantagem de permitir o gozo de incentivos fiscais
estabelecidos pela legislação do Imposto de Renda.
Incentivos fiscais dedutíveis:
▪ Fundo da Criança e do Adolescente – FIA;
▪ PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador;
▪ Programa de Desenvolvimento Tecnológico Industrial – PDTI;
▪ Programa de Desenvolvimento Tecnológico Agropecuário – PDTA;
▪ Atividade Audiovisual;
▪ Atividade cultural e artística;
▪ Atividade de Caráter Desportiva; e
▪ FINAM e FINOR
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O total deduzido da alíquota básica do IR a título de incentivo fiscal poderá chegar a
10%, sendo:
▪ 4% para o PAT ou PDTI/PDTA;
▪ 4% para os incentivos fiscais da atividade cultural, seja através da Lei Rouanet, Lei no
9.874/99 ou Lei do Audiovisual;
▪ 1% para o esporte; e
▪ 1% para as doações ao Fundo da Criança e do Adolescente.
10. CONCLUSÃO
A realização deste estudo reforça a importância do planejamento tributário para as
empresas. A identificação do melhor regime tributário que a empresa se enquadra é essencial
para o sucesso do planejamento. É importante escolher o regime que trará benefícios
econômicos, e não o menos trabalhoso. Muitas empresas optam pelo Simples Nacional, por
ser mais fácil, e acabam por reduzir seus lucros, fazer uma análise detalhada nesse sentido
significa maximizar lucros.
Os controles fiscais estão cada vez mais preparados para acompanhar as
movimentações das empresas e evitar a sonegação e a fraude. A evasão fiscal deve ser
evitada, é necessário praticar a elisão fiscal, que antecede o fato gerador do tributo, que é uma
forma de planejamento.
Um planejamento tributário bem feito, com informações consistentes sobre a própria
empresa, ajuda na tomada de decisões, para a economia de impostos.
Com a complexidade no entendimento dos tributos no nosso país, o planejamento
tributário se torna muito importante, pois representa maior capitalização do negócio,
possibilidade de menores preços, geração de novos empregos, e os recursos economizados
poderão possibilitar novos investimentos.
REFERÊNCIAS
BORGES, Humberto B. Gerência de Impostos: IPI, ICMS e ISS. 2 ed. São Paulo: Saraiva,
2002.
O planejamento tributário como estratégia para reduzir a elevada carga tributária nas empresas
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BRASIL. Decreto no. 3.000 – de 26 de Março de 1999 – Regulamenta a tributação,
fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de
Qualquer Natureza. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3000.htm>. Acesso em 06/10/2017.
BRASIL. Instrução Normativa RFB no. 1.514 – de 20 de novembro de 2014 – Dispõe
sobre a incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Confins) na aquisição de matérias-primas
destinadas à produção de biodiesel. Disponível em: < http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=58488&visao=original>
. Acesso em 06/10/2017.
BRASIL. Lei nº. 4.729 – de 14 de Julho de 1965 – Sonegação Fiscal. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L4729.htm>. Acesso em 15/06/2017.
BRASIL. Lei no. 5.172 – de 25 de Outubro de 1966 – Dispõe sobre o Sistema Tributário
Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e
Municípios. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5172.htm>. Acesso
em 16/08/2017.
BRASIL. Lei no. 6.404/76 – de 15 de Dezembro de 1976 – Dispõe sobre as Sociedades por
Ações. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm>.
Acesso em 16/08/2017.
BRASIL. Lei no. 9.718 – de 27 de novembro de 1998 – Altera a Legislação Tributária
Federal. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9718compilada.htm>.
Acesso em 06/10/2017.
CASTRO, Flávia de Almeida Viveiros de; OLIVEIRA NETO, Arnaldo Marques de; SOUZA
JÚNIOR, Artur Antonio Leite de; SOUSA FILHO, Rodolfo de Castro. Gestão e
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HOMSI, Marcelo Moreira Maluf. Breve Estudo sobre Planejamento Tributário.
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PEREIRA, Mario Sebastião de Azevedo. Excel para contadores. 9 ed. São Paulo: IOB
Folhamatic EBS – SAGE, 2016.
ROCHA JÚNIOR, Arlindo Luiz; ARAÚJO, Elaine Cristina de; SOUZA, Katia Luiza Nobre
de. Holding: aspectos contábeis, societários e tributários. 3 ed. São Paulo: IOB SAGE,
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RODRIGUES, Aldenir Ortiz; BUSCH, Cleber Marcel; GARCIA, Edino Ribeiro; TODA,
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RODRIGUES, Aldenir Ortiz; BUSCH, Cleber Marcel; GARCIA, Edino Ribeiro; TODA,
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ZANLUCA, Júlio César. Planejamento Tributário – Luxo ou Necessidade? Disponível em:
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ANEXOS
ANEXO A – LISTA DE TRIBUTOS (IMPOSTOS, CONTRIBUIÇÕES, TAXAS,
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA) EXISTENTES NO BRASIL
1. Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM - Lei
10.893/2004
2. Contribuição à Direção de Portos e Costas (DPC) - Lei 5.461/1968
3. Contribuição à Comissão Coordenadora da Criação do Cavalo Nacional - CCCCN -
art. 11 da Lei 7.291/1984
4. Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico -
FNDCT - Lei 10.168/2000
5. Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), também
chamado "Salário Educação" - Decreto 6.003/2006
6. Contribuição ao Funrural - Lei 8.540/1992
7. Contribuição ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) - Lei
2.613/1955
8. Contribuição ao Seguro Acidente de Trabalho (SAT), atualmente com a denominação
de Contribuição do Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa decorrente dos
Riscos Ambientais do Trabalho (GIIL-RAT)
9. Contribuição ao Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena Empresa (Sebrae) - Lei
8.029/1990
10. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Comercial (SENAC) - Decreto-Lei
8.621/1946
11. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado dos Transportes (SENAT) - Lei
8.706/1993
12. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI) - Lei
4.048/1942
13. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Rural (SENAR) - Lei 8.315/1991
14. Contribuição ao Serviço Social da Indústria (SESI) - Lei 9.403/1946
15. Contribuição ao Serviço Social do Comércio (SESC) - Lei 9.853/1946
16. Contribuição ao Serviço Social do Cooperativismo (SESCOOP) - art. 9, I, da MP
1.715-2/1998
17. Contribuição ao Serviço Social dos Transportes (SEST) - Lei 8.706/1993
18. Contribuição Confederativa Laboral (dos empregados)
19. Contribuição Confederativa Patronal (das empresas)
20. Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE Combustíveis - Lei
10.336/2001
21. Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE Remessas Exterior - Lei
10.168/2000
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22. Contribuição para a Assistência Social e Educacional aos Atletas Profissionais -
FAAP - Decreto 6.297/2007
23. Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - Emenda Constitucional
39/2002
24. Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional –
CONDECINE - art. 32 da Medida Provisória 2228-1/2001 e Lei 10.454/2002
25. Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública - art. 32 da Lei 11.652/2008
26. Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB) - art. 8º da Lei
12.546/2011
27. Contribuição Sindical Laboral (não se confunde com a Contribuição Confederativa
Laboral, vide comentários sobre a Contribuição Sindical Patronal)
28. Contribuição Sindical Patronal (não se confunde com a Contribuição Confederativa
Patronal, já que a Contribuição Sindical Patronal é obrigatória, pelo artigo 578 da
CLT, e a Confederativa foi instituída pelo art. 8, inciso IV, da Constituição Federal e é
obrigatória em função da assembleia do Sindicato que a instituir para seus associados,
independentemente da contribuição prevista na CLT)
29. Contribuição Social Adicional para Reposição das Perdas Inflacionárias do FGTS -
Lei Complementar 110/2001
30. Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
31. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
32. Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional (OAB, CRC, CREA, CRECI,
CORE, etc.)
33. Contribuições de Melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água, rede de esgoto,
etc.
34. Fundo Aeroviário (FAER) - Decreto Lei 1.305/1974
35. Fundo de Combate à Pobreza - art. 82 da EC 31/2000
36. Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal - FEEF - Convênio ICMS 42/2016
37. Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (FISTEL) - Lei 5.070/1966 com novas
disposições da Lei 9.472/1997
38. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) - Lei 5.107/1966
39. Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) - art. 6 da Lei
9.998/2000
40. Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de
Fiscalização (Fundaf) - art.6 do Decreto-Lei 1.437/1975 e art. 10 da IN SRF 180/2002
41. Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) - Lei
10.052/2000
42. Imposto s/Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
43. Imposto sobre a Exportação (IE)
44. Imposto sobre a Importação (II)
45. Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)
46. Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
47. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)
48. Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR - pessoa física
e jurídica)
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49. Imposto sobre Operações de Crédito (IOF)
50. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)
51. Imposto sobre Transmissão Bens Inter-Vivos (ITBI)
52. Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD)
53. INSS Autônomos e Empresários
54. INSS Empregados
55. INSS Patronal (sobre a Folha de Pagamento e sobre a Receita Bruta - Substitutiva)
56. IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
57. Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do
Servidor Público (PASEP)
58. Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro
59. Taxa de Avaliação in loco das Instituições de Educação e Cursos de Graduação - Lei
10.870/2004
60. Taxa de Avaliação da Conformidade - Lei 12.545/2011 - art. 13
61. Taxa de Classificação, Inspeção e Fiscalização de produtos animais e vegetais ou de
consumo nas atividades agropecuárias - Decreto-Lei 1.899/1981
62. Taxa de Coleta de Lixo
63. Taxa de Combate a Incêndios
64. Taxa de Conservação e Limpeza Pública
65. Taxa de Controle Administrativo de Incentivos Fiscais - TCIF - MP 757/2016
66. Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA - Lei 10.165/2000
67. Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos - Lei 10.357/2001, art. 16
68. Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais)
69. Taxa de Fiscalização da Aviação Civil - TFAC - Lei 11.292/2006
70. Taxa de Fiscalização da Agência Nacional de Águas – ANA - art. 13 e 14 da MP
437/2008
71. Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores Mobiliários) - Lei 7.940/1989
72. Taxa de Fiscalização de Sorteios, Brindes ou Concursos - art. 50 da MP 2.158-
35/2001
73. Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária Lei 9.782/1999, art. 23
74. Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Exército Brasileiro - TFPC - Lei
10.834/2003
75. Taxa de Fiscalização dos Mercados de Seguro e Resseguro, de Capitalização e de
Previdência Complementar Aberta - art. 48 a 59 da Lei 12.249/2010
76. Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar - TAFIC - Entidades
Fechadas de Previdência Complementar - art. 12 da Lei 12.154/2009
77. Taxa de Licenciamento Anual de Veículo - art. 130 da Lei 9.503/1997
78. Taxa de Licenciamento, Controle e Fiscalização de Materiais Nucleares e Radioativos
e suas instalações - Lei 9.765/1998
79. Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará Municipal
80. Taxa de Pesquisa Mineral DNPM - Portaria Ministerial 503/1999
81. Taxa de Serviços - TS - Zona Franca de Manaus - MP 757/2016
82. Taxa de Serviços Administrativos – TSA – Zona Franca de Manaus - Lei 9.960/2000 -
extinta a partir de 20.03.2017 pelo art. 16 da MP 757/2016
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83. Taxa de Serviços Metrológicos - art. 11 da Lei 9.933/1999
84. Taxa de Utilização de Selo de Controle - art. 13 da Lei 12.995/2014
85. Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo (CNP)
86. Taxa de Outorga e Fiscalização - Energia Elétrica - art. 11, inciso I, e artigos 12 e 13,
da Lei 9.427/1996
87. Taxa de Outorga - Rádios Comunitárias - art. 24 da Lei 9.612/1998 e nos art. 7 e 42
do Decreto 2.615/1998
88. Taxa de Outorga - Serviços de Transportes Terrestres e Aquaviários - art. 77, incisos
II e III, a art. 97, IV, da Lei 10.233/2001
89. Taxas de Saúde Suplementar - ANS - Lei 9.961/2000, art. 18
90. Taxa de Utilização do SISCOMEX - art. 13 da IN 680/2006
91. Taxa de Utilização do MERCANTE - Decreto 5.324/2004
92. Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais)
93. Taxas Judiciárias
94. Taxas Processuais do Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE - art.
23 da Lei 12.529/2011
Fonte: Portal Tributário: http://www.portaltributario.com.br/tributos.htm; atualizada em 22/12/2016.
ANEXO B – IMPEDIDOS DE OPTAR PELO SIMPLES NACIONAL
De acordo com o art. 3º, II, §§2º e 4º, e art. 17 da Lei Complementar nº 123/2006, não
poderá optar pelo Simples Nacional a micro ou pequena empresa:
• Que tenha auferido, no ano-calendário imediatamente anterior ou no ano-calendário
em curso, receita bruta no mercado interno superior a R$ 3.600.000,00 ou ao limite
adicional de igual valor para exportação de mercadorias e serviços;
• Que tenha auferido, no ano-calendário de início de atividade, receita bruta no mercado
interno superior ao limite proporcional de R$ 300.000,00 multiplicados pelo número
de meses em funcionamento no período, inclusive as frações de meses, ou ao limite
adicional de igual valor para exportação de mercadorias e serviços;
• De cujo capital participe outra pessoa jurídica; que seja filial, sucursal, agência ou
representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;
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• De cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia
de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos da Lei
Complementar nº 123, de 2006, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de
R$ 3.600.000,00;
• Cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de outra empresa não
beneficiada pela Lei Complementar nº 123/2006, desde que a receita bruta global
ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00;
• Cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com
fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00;
• Constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
• Que participe do capital de outra pessoa jurídica;
• Que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de
caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito
imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio,
de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de
previdência complementar;
• Resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de
pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 anos-calendário anteriores;
• Constituída sob a forma de sociedade por ações;
• Cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço,
relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade;
• Que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria
creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a
receber, gerenciamento de ativos (asset management), compras de direitos creditórios
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);
• Que tenha sócio domiciliado no exterior;
• De cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal,
estadual ou municipal;
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• Que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as
Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja
suspensa;
• Que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, exceto
quando na modalidade fluvial ou quando possuir características de transporte urbano
ou metropolitano ou realizar-se sob fretamento contínuo em área metropolitana para o
transporte de estudantes ou trabalhadores;
• Que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica;
• Que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas;
• Que exerça atividade de importação de combustíveis;
• Que exerça atividade de produção ou venda no atacado de: cigarros, cigarrilhas,
charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e
detonantes, bebidas alcoólicas e cervejas sem álcool;
• Que realize cessão ou locação de mão-de-obra;
• Que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis;
• Que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir a
prestação de serviços tributados pelo ISS;
• Com ausência de inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal
ou estadual, quando exigível.