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Desafios da regionalização e construção de Redes de Atenção no Estado de São Paulo Daniele Marie Guerra Abril 2018 Congresso dos Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo COSEMS

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Desafios da regionalização e

construção de Redes de Atenção no

Estado de São Paulo

Daniele Marie Guerra

Abril 2018

Congresso dos Secretários Municipais de Saúde

do Estado de São Paulo

COSEMS

FEDERALISMO

Na Constituição Federal de 1988, a estrutura federativa brasileirapassou a contar a União, os Estados, O Distrito Federal e osMunicípios como entes federativos autônomos (BRASIL,1988).

Federação: coexistência de diferentes polos de poder.Articulação do poder central com o regional e local e a divisão depoder e autoridade entre as esferas de governo.

Estruturas federativas, fundadas na autonomia dos entesfederados e na interdependência entre eles, demandam “formaspeculiares de relações intergovernamentais: importância daação coletiva como formas de integração, compartilhamento edecisão conjunta.

Federalismo brasileiro: singularidade de estabelecer osmunicípios como entes federados dotados de competênciatributária e autonomia política e administrativa.

ROCHA, 2013; ELAZAR,1987; ALMEIDA, 2001; ABRUCIO, 2005.

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS

Constituição Federal de 1988:

Saúde como direito universal

As ações de saúde - co-responsabilidade da União (normas,

regulamentos e regras gerais), Estados e Municípios (prestação

da assistência à saúde).

O artigo 198: as ações e serviços de saúde devem integrar uma

rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema

único, organizado de acordo com as diretrizes:

- Descentralização, com direção única em cada esfera de

governo;

- Atendimento integral, com prioridade para as atividades

preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;

- Participação da comunidade.

BRASIL, 1988

SUS - Regulamentação

Lei 8080 e 8142 : princípios

I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os

níveis de assistência;

II - integralidade de assistência, entendida como conjunto

articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e

curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em

todos os níveis de complexidade do sistema;

IX - descentralização político-administrativa, com direção

única em cada esfera de governo:

a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;

b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de

saúde;

X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio

ambiente e saneamento básico;

DESCENTRALIZAÇÃO

“A ideia de descentralização/municipalização da saúde -. O

município é o ente federado mais próximo da realidade,

extremamente diversificada, da população do país, tanto em

suas características socioculturais como na profundidade de

seus problemas a serem enfrentados;

O Município pode assumir e atuar com maior agilidade para

provocar as devidas transformações.

Descentralização: transferência de poder, competências e

recursos do nível central – intermediário ou local. Implica o

estabelecimento de órgãos com personalidade jurídica,

patrimônio e formas de funcionamento.

Normas Operacionais: NOB 91, NOB 93, NOB 96 - Instrumentos

regulatórios do processo de descentralização e definição do

papel das três esferas de governo.

(OPAS, 1998; VIANA, 2013; ALMEIDA, 2001).

DESCENTRALIZAÇÃO

Avanços

Ampliação do Controle Social;

Responsabilização e ampliação da capacidade

de gestão dos municípios;

Ampliação da oferta e dos recursos financeiros;

Consolidação dos colegiados

intergovernamentais: Comissão Intergestores

Tripertite e Comissão Intergestores Bipartite.

DESCENTRALIZAÇÃOEfeitos colaterais

Dificuldades na integralidade do cuidado: fragmentação das

ações e serviços de saúde;

Fragilidade das relações estabelecidas entre estados e

municípios: competição entre os entes federados, acentuada

por divergências ideológicas, partidárias;

Insuficiência de mecanismos para o fortalecimento do papel

dos estados na condução política para a organização de redes

assistenciais, limitação da capacidade de planejamento;

Fragmentação do sistema de saúde acentuada pela vocação

do estado na execução da assistência, inviabiliza a real

autonomia dos municípios na gestão dos estabelecimentos e

recursos financeiros de seu território;

Desigualdade de condições políticas, técnicas, financeiras e de

necessidade de saúde dos municípios mantida.(SOUZA, 2001;COSTA, 2001; DOURADO & ELIAS, 2001; LEVCOVITZ et al, 2001; MENICUCCI, 2008;)

REGIONALIZAÇÃO O alcance da universalidade, equidade, integralidade da

assistência demanda a conformação de arranjos regionais como

consequência da negociação federativa.

Regionalização: Processo político em âmbito regional, como

resultado da articulação entre os atores, de modo a estabelecer

compromissos, acerca da responsabilidade sanitária e da gestão

do sistema para o enfrentamento dos problemas de saúde da

população, em um determinado território.

Inclui a formulação e implementação de estratégias e instrumentos

de planejamento, integração, gestão, regulação e

financiamento de uma rede de ações e serviços no território”.

“Processo político que envolve mudanças na distribuição do poder

e estabelecimento de um sistema de inter-relações entre

diferentes atores sociais (governos, organizações públicas e

privadas, cidadãos) no espaço geográfico. São relações de

cooperação, sem o estabelecimento de autoridade.GOMES e Mac DOWELL, 2000; VIANA & LIMA, 2011; BRASIL, 2006; DOURADO & ELIAS, 2011,

REGIONALIZAÇÃO Regiões de Saúde

“Constituem-se como base territorial, conformando uma rede de

atenção integral à saúde, de modo a garantir a autossuficiência

do sistema de saúde em áreas específicas; Não se configura

apenas pelos limites territoriais, mas como um espaço vivo,

constituído por contextos heterogêneos” (VIANA & LIMA, 2011).

“Sinônimo de território usado e “visto como uma totalidade, é um

campo privilegiado para análise, na medida em que nos revela a

estrutura global da sociedade e também a própria

complexidade do seu uso” (SANTOS, 2000).

REGIONALIZAÇÃO

Norma Operacional de Assistência à Saúde

NOAS 01/02

Gestão plena de atenção básica ampliada e plena do

sistema municipal;

Regionalização: como estratégia de organização da oferta,

organizando redes e fluxos intermunicipais: integralidade e

equidade.

Constituição de microrregiões, regiões e módulos de saúde

Estimulou o planejamento regional: Plano Diretor Regional,

Programação Pactuada e Integrada e Plano Diretor de

Investimento

REGIONALIZAÇÃO

Pacto pela Saúde/2006

Pacto de Gestão (diretrizes para a gestão – regionalização,

planejamento, PPI, regulação, participação).

Instrumentos de cooperação e cogestão: Garantia de

acesso, resolutividade e qualidade das ações e serviços de

saúde

Ampliação do conceito de Região de Saúde:

Considera identidades culturais, econômicas e sociais, redes

de comunicação e de transportes, adequadas à realidade

local.

Termos de compromisso de Gestão: 3 esferas de governo;

Colegiados de Gestão Regional CGR: Governança

regional.

REGIONALIZAÇÃO

Organização da assistência orientada pelas Redes de atenção

à Saúde: arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, que

integradas por meio técnico, logístico e de gestão, buscam a

garantia da integralidade do cuidado no território.

Formação de relações horizontais organizadas e reguladas entre as

portas de entrada e os demais pontos de atenção do sistema de

saúde.

Região

REGIONALIZAÇÃO

Decreto Nº 7508/11 (regulamenta Lei 8080/90):

organização do sistema de saúde.

Planejamento em saúde de forma regionalizada, por meio dearticulação interfederativa - organização da assistência, orientado pelaRENASES e RENAME – padrão de integralidade de cada região desaúde;

Programação Geral de Ações e Serviços de Saúde- PGASS:harmonização dos quantitativos físicos e financeiros das ações e serviçosde saúde a serem desenvolvidos no âmbito da região.

Contrato Organizativo da Ação Pública - COAP: acordo de colaboraçãoentre os entes federativos para a organização e integração das ações eserviços de saúde – integralidade da assistência.

Região de Saúde: atenção primária; urgência e emergência; atençãopsicossocial; atenção ambulatorial especializada e hospitalar; evigilância à saúde;

Comissão Intergestora Regional – CIR - CIT/CIB: pactuação sobre aorganização e funcionamento das ações e serviços de saúdeintegrados em redes de atenção.

Ciclo de planejamento regional integrado no SUS

PNS PES PMSPPA

Programação Anual de Saúde

Metas e indicadores

Diretrizes, Objetivos

LDO/LOA

Conferências

e Conselhos

de Saúde

Planejamento Regional Integrado

PGASS

Diretrizes, Metas e Indicadores

Região de Saúde Relatório da

execução

orçamentária

Relatório

Quadrimestral

Relatório

Gestão

Mapa da

Saúde

Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde - COAP

AVALIAÇÃO : INDICADORES SISPACTO

O SUS O ESTADO DE SÃO PAULO

Até anos1980

Secretaria Estadual de Saúde: saúde coletiva e

preventiva e controle ambiental

Assistência: INAMPS – rede própria e contratada

1983-Ações Integradas (AIS): Movimento de

descentralização e implantação da atenção básica:

convênios do MPS e MS com as SES e SMS.

1985-Programa Metropolitano de Saúde – PMS:

Organização do território em módulos, áreas de saúde e

regiões de saúde.

1986-Escritórios Regionais – 62 ERSA: coordenação,

organização e execução de programas.

1987-SUDS: ampliação da ação administrativa – gestão

dos convênios e gerência dos serviços próprios do INAMPS.

O SUS NO ESTADO DE SÃO PAULO

1990: Processo de Municipalização: enfraquecimento dos ERSA

como estrutura regional de gestão: repasse direto aos municípios.

1995: Reforma Administrativa da SES – extinção dos ERSA e criação

de 2 Coordenadorias (interior e Reg. Metropolitana) e de 24 Direções

Regionais.

1998: Ampliação do processo de municipalização (NOB 96):

161 Gestão Plena do Sistema Municipal

482 Gestão Plena da Atenção Básica

NOAS 2002

esboço da regionalização – 65 microrregiões

Capital – gestão plena do sistema

2006: Nova Reforma Administrativa da SES: 17 Departamentos regionais

– CRS, CSS, CGCSS, CTIES, CCD (Grupos de Vigilância).

O SUS NO ESTADO DE SÃO PAULOEvolução da adesão dos municípios às Normas Operacionais. Estado de São

Paulo. 1994 a 2000.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

1994

1997

1998

1999

2000

SEMI - PLENA/PLENA SISTEMA PARCIAL INCIPIENTE SEM HABILITAÇÃO PLENA BÁSICA

O SUS NO ESTADO DE SÃO PAULO 2007:

Construção descentralizada do PES e implantação do Pacto pela Saúde

Constituição do desenho das regiões de saúde (oferta de serviços

não determinante – AB e parte da média) - SES/COSEMS

Constituição dos Colegiados de Gestão Regional - CGR;

Assinatura dos Termos de Compromisso de Gestão: 643 municípios;

Descentralização de alguns equipamentos e extinção dos convênios

MAC;

Construção da PPI: não chegou até o prestador e sem instituir uma

política de regulação da assistência.

2011

Redes Regionais de Atenção à Saúde – RRAS (AB, Média

complexidade e parte da alta complexidade);

CGRede – Instância de Governança.

Estudo: Descentralização e Regionalização da

Assistência à Saúde no Estado de São Paulo: uma

análise do índice de dependência.

Objetivo: Analisar o processo de descentralização e regionalização

da assistência à saúde no Estado de São Paulo.

Identificar e analisar o percentual de gestão municipal e o

tipo de estabelecimento, que realiza a assistência de

média e alta complexidade hospitalar e ambulatorial.

Identificar e analisar o índice de dependência na

assistência de média e alta complexidade hospitalar e alta

complexidade ambulatorial.

Relacionar a ampliação da gestão municipal na

assistência de média complexidade hospitalar e o índice

de dependência das Regiões de Saúde.

O Estado de São Paulo

Faixa populacional Número de regiões %

Até 100 mil 5 7,94

Entre 100 e 299,9 mil 25 39,68

Entre 300 e 499,9 mil 16 25,40

Entre 500 mil e 1 milhão 7 11,11

Mais de 1 milhão 10 15,87

Total 63 100

População: 43.663.672 Hab (2013) (Densidade dem. 75,4 hab/Km²);

645 municípios: 44% menos de 10 mil hab. /61% menos de 20 mil hab./

11% mais de 100 mil hab; 63 regiões de saúde; 17 RRAS.

Tabela 01: Regiões de Saúde, segundo faixa populacional. Estado de São

Paulo, 2013.

RESULTADOS: Gestão da Assistência Hospitalar

Gestão Municipal 39% (2000) para 52% (2013) – $ 43%

Média Complexidade: 52% - Alta Complexidade: 34%

Figura 01: Percentual de internações, sob gestão municipal. Regiões de

Saúde do Estado de São Paulo, 2013.

Fonte: Sistema de Informações Hospitalares – SIH/SUS/DATASUS

46 %

Gestão Municipal: 37% (2000) para 72% (2013) – $ 58%

Média Complexidade: 73% - Alta Complexidade: 46%

Figura 02: Percentual de procedimentos ambulatoriais, sob gestão

municipal. Regiões de Saúde do Estado de São Paulo, 2013.

RESULTADOS: Gestão da Assistência Ambulatorial

Fonte: Sistema de Informações Hospitalares – SIA/SUS/DATASUS

68%

21% público municipal; 30% publico estadual; 49% privado;

Média Complexidade:52% - Alta Complexidade: 42%

Figura 03: Percentual de internações, realizadas em estabelecimentos de

natureza pública. Regiões de Saúde do Estado de SP, 2013.

RESULTADOS: Gestão da Assistência Hospitalar

Fonte: Sistema de Informações Hospitalares – SIH/SUS/DATASUS

60%

Figura 04: Percentual de internações de alta complexidade segundo a

natureza do prestador. RRAS do Estado de São Paulo, 2013.

RESULTADOS: Gestão da Assistência Hospitalar

Fonte: Sistema de Informações Hospitalares – SIA/SUS/DATASUS

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Público Estadual Público Municipal Filatrópico Contratado

49% público municipal; 19% publico estadual; 32% privado;

Média Complexidade:69% - Alta Complexidade: 29%

Figura 05: Percentual de procedimentos, realizados em estabelecimentos

de natureza pública. Regiões de Saúde do Estado de SP, 2013.

RESULTADOS: Gestão da Assistência Ambulatorial

Fonte: Sistema de Informações Hospitalares – SIA/SUS/DATASUS

14 %

Figura 06: Percentual de procedimentos ambulatoriais de altacomplexidade, segundo a natureza do prestador. RRAS do Estado de São

Paulo, 2013.

RESULTADOS: Gestão da Assistência Ambulatorial

Fonte: Sistema de Informações Hospitalares – SIA/SUS/DATASUS

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Público Federal Público Estadual Público Municipal Privado Filantrópico

Figura 07: Índice de dependência de média complexidade hospitalar.Regiões de Saúde do Estado de São Paulo, 2013 e 2015.

RESULTADOS: Índice de Dependência – Assist. Hospitalar

Fonte: Sistema de Informações Hospitalares – SIH/SUS/DATASUS/IBGE

86%

2013

2015

71%

Figura 08: Índice de dependência de média complexidade hospitalar.

Regiões de Saúde do Brasil, 2015.

68% (298)

28% (100)

6% (27)

2% (10)

0,9% (4)

Figura 11: ID Clínica Pediátrica – MC, 2013

Figura 09: ID Clínica Médica – MC, 2013 Figura 10: ID Clínica Obstétrica – MC, 2013

Fonte: Sistema de Informações Hospitalares – SIH/SUS/DATASUS/IBGE

Fonte: Sistema de Informações Hospitalares – SIH/SUS/DATASUS/IBGE

94%65%

51%

Figura 12 Clínica Cirúrgica – MC 2013

35%

2015: 87%2015: 95%

2015: 76%

2015: 52%

Figura 13: Índice de dependência de alta complexidade hospitalar. RRAS do Estado de São Paulo, 2013.

RESULTADOS: Índice de Dependência – Assist. Hospitalar

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

100,00

Fonte: Sistema de Informações Hospitalares – SIH/SUS/DATASUS/IBGE

Figura 14: Índice de dependência de alta complexidade hospitalar. Regiões deSaúde do Estado de São Paulo, 2013 e 2015.

RESULTADOS: Índice de Dependência – Assist. Hospitalar

Fonte: Sistema de Informações Hospitalares – SIH/SUS/DATASUS/IBGE

14%

2013

2015

16%17%

10%16%

41%

Figura 14: Índice de dependência de alta complexidade hospitalar. Regiões de

Saúde do Brasil, 2015.

14% (63)

10% (45)

7% (30)6% (29)

62% (272)

Figura 17: Índice de dependência de alta complexidade ambulatorial. RRAS do Estado de São Paulo, 2013.

RESULTADOS: Índice de Dependência – Assist. Ambulatorial

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

Fonte: Sistema de Informações Ambulatoriais – SIA/SUS/DATASUS/IBGE

Figura 18: Índice de dependência de alta complexidade ambulatorial.Regiões de Saúde do Estado de São Paulo, 2013.

RESULTADOS: Índice de Dependência – Assist. Ambulatorial

Fonte: Sistema de Informações Ambulatoriais – SIA/SUS/DATASUS/IBGE

30 %

O ESTADO DE SÃO PAULO - DESAFIOS Regionalização: institucionalidade avançada e governança

coordenada e cooperativa (Vianna et al, 2011).

Grandes dependências em algumas regiões: revisão ouinvestimentos (“baixa” dependência pode significar dificuldade deacesso); curto prazo pactuações institucionalizadas;

Fortalecimento dos instrumentos de gestão interfederativa:planejamento regional integrado - responsabilidade sanitária deforma sistêmica para diminuir a fragmentação do cuidado –PGASS/COAP;

Discussão do avanço do processo de descentralização:manutenção da SES na execução da assistência;

Implementação das RAS nos territórios regionais emacrorregionais: pontos de atenção desconectados inclusivedentro do território municipal (redes temáticas podem ter desenhosdiferentes);

Inclusão da Saúde Suplementar nas discussões da CIR: relaçãoSUS.

O ESTADO DE SÃO PAULO - DESAFIOS Superação da competição interfederativa e partidária: os entes

não desenvolvem uma cultura cooperativa (cada um tem Prefeito

...com ideias diversas);

Ampliação do protagonismo dos municípios nas decisões;

Multiplicidade dos atores atuando na região – (município/estado

tem pouco poder sobre o prestador – Como incluir o privado?

CIR, fóruns de prestadores, grupos condutores?);

Disputa do público – privado: desafio de não transferir a

responsabilidade para instituições privadas, OSS e Consórcios;

Contratualização dos prestadores: fragilidade do gestor

municipal/pouca discussão regional na definição da oferta e

planejamento das ações – GM (subvenções) e GE (SC

Sustentável);

O ESTADO DE SÃO PAULO - DESAFIOS

Fortalecimento e integração dos processos regulatórios na região

e nos municípios- CROSS e regulações (inclusive controle)

municipais incipientes;

Efetivação da SES como coordenadora e articuladora do Sistema

Estadual de Saúde: superação da fragmentação da assistência,

que gera dificuldades na efetivação do cuidado integral;

Ampliação da governabilidade dos DRS: baixa coordenação

Sistema Regional de Saúde;

Discussão da regionalização com Prefeitos e Parlamentares:

muitas vezes o SMS tem baixa governabilidade para decisões

municipais e regionais)

Alinhar a discussão da regionalização da saúde com políticas de

desenvolvimento econômico e risco social; alinhamento com o

desenvolvimento regional (mobilidade, meio ambiente,

urbanização, etc..).

Referências Bibliográficas• BRASIL. Ministério da Saúde. Pactos pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão –

Diretrizes Operacionais. Série Pactos pela Saúde 2006. Vol. 1. Departamento de

Apoio à Descentralização/Secretaria Executiva. Brasília, 2006.

• DOURADO, D.A.& ELIAS, P.E.M. Regionalização e dinâmica política do federalismo

sanitário brasileiro. Revista de Saúde Pública 45(1): 204-211, 2011.

• GUIMARÃES, L. & GIOVANELLA, L. Entre a cooperação e a competição: percursos

da descentralização no Brasil. Revista Panamericana de Salud Pública. 2004,

Vol.16(4), pp.283-8.

• GOMES, G. M. & MacDOWELL, M. C. – Descentralização política, federalismo fiscal

e criação de municípios: o que é mau para o econômico nem sempre é bom

para o social. Brasília, IPEA, Texto para discussão nº 706, 2000.

• LEVCOVITZ, E. & LIMA, L. D. & MACHADO, C. V. Política de saúde nos anos 90:

relações intergovernamentais e o papel das Normas Operacionais Básicas. In:

Ciência & Saúde Coletiva, 6(2):269-291, 2001.

• MENDES, E. V. As Redes de Atenção à Saúde. Belo Horizonte: ESP – MG, 2009. P

127.

Referências Bibliográficas• COSEMS/SP. Cadernos COSEMS/SP. Regionalização é o caminho! Reflexões,

diálogos e narrativas sobre as regiões de saúde no Estado de São Paulo. 2015.

• BRASIL. Decreto nº. 7508, de 26 de junho de 2011. Regulamenta a Lei nº 8.080, de

19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de

Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação

interfederativa, e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, 27 de

junho de 2011.

• ABRUCIO, F.L.& FRANZESE, C. Efeitos recíprocos entre federalismo e políticas

públicas no Brasil: o caso dos sistemas de saúde, de assistência social e de

educação. In HOCHMAN G. (ORG). Federalismo e políticas públicas no Brasil. Rio

De janeiro. Ed. FIOCRUZ, 2013.

• SANTOS, L. Sistema Único de Saúde: desafios da gestão interfederativa. Editora

Saberes. Campinas, 2013.

Referências Bibliográficas• BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988.

• BRASIL. Portaria MS n° 545, de 20 de maio de 1993. Aprova a Norma Operacional

Básica - NOB SUS 01/93, que regulamenta o processo de descentralização da

gestão dos serviços e ações no âmbito do Sistema Único de Saúde e estabelece

os mecanismos de financiamento das ações de saúde, em particular da

assistência hospitalar e ambulatorial e aponta diretrizes para o investimento no

setor. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 mai. 1993. Seção 1, p. 6961-5.

• BRASIL. Portaria MS n° 2203, de 05 de novembro de 1996. Aprova a Norma

Operacional Básica - NOB SUS 01/96, a qual redefine o modelo de gestão do

Sistema Único de Saúde, constituindo, por conseguinte, instrumento imprescindível

à viabilização da atenção integral da população e ao disciplinamento das

relações entre as três esferas de gestão do sistema. Diário Oficial da União,

Brasília, DF, 06 nov. 1996. Seção 1, p.22932-40.

• ABRUCIO, F.L. Para além da descentralização: os desafios da coordenação

federativa no Brasil. In: FLEURY, S. (org). Democracia, descentralização e

desenvolvimento. São Paulo. FGV, 2005.

Referências Bibliográficas• MENIUCCI, T.M.G. Regionalização da atenção à saúde em contexto federativo e

suas implicações para a equidade de acesso e a integralidade da atenção.

Relatório Final. Belo Horizonte, 2008.

• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). Delineamentos metodológicos para

realização de análises funcionais da rede de serviços de saúde. Organização e

Gestão de Sistemas de Saúde. Série 3. Washington, 1998.

• REZENDE, C.A.P. & PEIXOTO, M.P.B. (Orgs). Metodologia para análises Funcionais

da Gestão de Sistemas e Redes de Serviços de Saúde no Brasil. Série Técnica de

Desenvolvimento de Sistemas e Serviços de Saúde (7). Organização

Panamericana de Saúde. Brasília, 2003.

• ROCHA, C.V. Significados e Tendências do Federalismo e das Relações

Intergovernamentais no Brasil e Espanha. In: HOCHMAM, G. (Org). Federalismo e

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2011): diretrizes nacionais e o processo de regionalização nos estados brasileiros.

2013. (Tese de doutorado em Medicina). Faculdade de Medicina, Universidade

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