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EDITORA Negócios Empreendedorismo Inovação O QUE HÁ POR TRÁS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL A IMPORTÂNCIA DA SUSTENTABILIDADE CONHEÇA O NUTEC - SERVIÇO DO SERGIPETEC PARA A SOCIEDADE NOVEMBRO 12 ELIENE NASCIMENTO O que é Marketing de Relacionamento LAEMIA GONDIM Porque registrar a sua marca MARCO PACHECO A revolução na Indústria 4.0

O QUE HÁ POR TRÁS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIALartner.com.br/uploads/magazines/file/880b69117788975b.pdf · da inteligência artificial. Pela primeira vez, grandes cor- ... A importância

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EDITORA

NegóciosEmpreendedorismoInovação

O QUE HÁ POR TRÁS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIALA IMPORTÂNCIA DA SUSTENTABILIDADE

CONHEÇA O NUTEC - SERVIÇO DO SERGIPETEC PARA A SOCIEDADE

NOVEMBRO

12

ELIENE NASCIMENTO

O que é Marketingde Relacionamento

LAEMIA GONDIM

Porque registrara sua marca

MARCO PACHECO

A revolução na Indústria 4.0

2 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação

Revista eletrônica deNegócios

EmpreendedorismoInovação

Ano 1 • Edição 12NOVEMBRO 2018

ISBN: 978-85-69567-295 0012

Editor responsávelJOSELITO MIRANDA

DRT/SP 014509

AdministrativoROSEILDE REIS

Os ar tigos e anúncios aqui publicados são de inteira responsabiidade de seus autores e não expressam

necessariamente o pensamento do editor.

Esta revista é uma publicação de propriedade

Contatos(79) 3043-1744 • 99131-7653

site: http://ar tner.com.br/

[email protected]

Facebook https://www.facebook.com/

ar tnercomunicacao/

Twitter@artnercom

EDITORA

Olá

Chegamos ao primei-ro ano da revista Negócios, Empreen-

dedorismo e Inovação. Até aqui temos muito a agra-decer a todos os parcei-ros comerciais que deram deu apoio para que esta revista seja viabilizada. Agradeço aos articulistas, verdadeiros feras em suas expertises, sem os quais não teríamos esse conte-údo tão qualificado. Agra-deço ainda aos leitores, motivo maior de nossa produção.

Nesta edição trazemos um tema atualíssimo: Inteli-gência Artificial; com um artigo super esclarecedor de Carlos Igor. Falando em tecnologia, o Sergipetc nos fala do NuTec, serviço oferecido para a sociedade e a promo-ção do Roadshow que será realizado em Sergipe.

Trouxemos também um time feminino de ponta, cada uma com seu expertise muito especial: Marketing de Re-lacionamento, com Eliene Nascimento; como lidar com as marcas da sua empresa, com Laemia Gondim e sus-tentabilidade, com Ana Claudia Aquino Rosa.

E para completar, falamos de Indústria 4.0, o que vem acontecendo com a atual indústria pelo mundo, com Marco Antônio Pacheco, que traz a primeira participa-ção do SENAI nesta revista.

Divulgue e compartilhe a revista entre seus contatos.

Indique o site para baixar as edições anteriores: http://artner.com.br/ - é só clicar neste link. Querendo emitir a sua opinião ou uma contribuição, envie sua men-sagem para o e-mail: [email protected]

Abraço e boa leitura.

JOSELITO MIRANDADE SOUZA

Empreendedor editorial da ArtNer Comunicação

3 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação

4 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação

A Inteligência Artificial vem ampliando seu espa-ço entre as empresas globais, aponta a Fortune 1000, pesquisa realizada pela revista Forbes, em

2018. Participaram do estudo empresas como Ameri-can Express, Ford Motors, Goldman Sachs, MetLife, Morgan Stanley e Verizon.

Os resultados mostram que os executivos agora veem uma correlação direta entre os recursos de big data e da inteligência artificial. Pela primeira vez, grandes cor-porações relatam que têm acesso direto a volumes sig-nificativos de dados que podem alimentar algoritmos de inteligência artificial para detectar padrões e entender comportamentos. O estudo aponta que empresas como American Express e Morgan Stanley já compartilham publicamente histórias de seus sucessos.

TECNOLOGIA

Inteligência Artificial ganha espaço no mercado global

GUILHERME LOUREIRO

Diretor comercial da Speedio, especializada no uso de tecnologia para prospecção de novos clientes

5 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação

TECNOLOGIA

Segundo o IDC (Internacional Data Cor-poration), empresa global de inteligência de mercado, as receitas mundiais com big data e business analytics ultrapassa-rão os US $ 200 bilhões em 2020, e de-vem registrar taxa de crescimento anual de 11,7%. O setor bancário liderará os investimentos no setor.

Também no Brasil, a inteligência artifi-cial associada aos recursos disponibiliza-dos pela big data vem ganhando espaço no mercado. As novas ferramentas tecnoló-gicas estão reinventando, por exemplo, a prospecção de clientes. Já é possível coletar e analisar dados, potencializando assim as estratégias de acesso a novas empresas.

Bilhões de dados são analisados em busca de padrões que estejam dentro do escopo da empresa. Através do cruza-mento de data points, é possível facili-tar a rotina dos profissionais de vendas, usando para isso a automatização e aná-lise preditiva.

De acordo com um relatório da Grand View Research, Inc., estima--se que o mercado global de inteli-gência artificial fornecerá enormes oportunidades para empresas, fir-mas de investimento e consultores em busca de fusões e aquisições, até 2025.

6 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação

TECNOLOGIA

CARLOS IGOR SILVA

Formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Mestrando em Inteligência Artificial. Desenvolvedor de sistemas.Especialista em sistemas de grande porte para o setor financeiro. Finalista da Maratona Brasileira de Computação, Vencedor do Hackathon do IME da USP em 2016.

A importância da Inteligência Artificial

A inteligência artificial (IA) é um campo da Ciências da Computação dedicado a tornar possível que má-quinas aprendam a resolver novos problemas em

uma abordagem similar à inteligência humana. A IA já foi representada em diversos filmes como algo inimaginável ou distante da atual tecnologia, porém atualmente esta-mos cercados de agentes inteligentes que nos auxiliam na execução de diversas tarefas cotidianas, como por exemplo: detectores de spam, sistemas inteligentes de navegação propondo rotas mais rápidas, sistemas de re-comendação de publicidade personalizada, entre outros.

A definição de IA é relativa pois é muito difícil descre-ver com precisão o que caracteriza ações inteligente. A IA pode ser definida como: “o estudo de agentes inte-ligentes”, onde agente inteligente é um sistema capaz perceber o seu ambiente para tomar decisões que ma-ximizam suas chances de sucesso. A definição clássi-

7 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação

TECNOLOGIA

ca segundo John Mc Carthy datada em 1956 é: “a ciência e engenharia de pro-duzir máquinas inteligentes”.

Apesar de ter mais 50 anos de estu-do apenas nos últimos anos a IA come-çou a alcançar resultados mais expres-sivos, isso graças ao aumento do poder computacional e ao desenvolvimento de tecnologias como Big Data e Machine Learning. Machine Learning é a capaci-dade das máquinas de aprender usando dados ao invés de seguir regras detalha-das por humanos em código de máquina, e Big Data é um conjunto de técnicas para tratar grandes conjuntos de dados tão volumosos que é inviável fazê-lo com técnicas tradicionais de computação. A IA utiliza se dessas e outras tecnologias para criar sistemas inteligentes capazes de realizar tarefas cotidianas tão bem ou melhor quanto humanos.

A IA está inserida no nosso cotidiano de tal maneira que nem percebemos que estamos utilizando essas ferramentas. Por exemplo ao utilizar o aplicativo Siri da Apple, ou o Assistente do Google es-tamos usando ferramentas ou softwares desenvolvidos com técnicas de IA. A pre-visão de frases pelo buscador do google, a previsão de melhores rotas do Waze e a recomendação de produtos pelo Ama-zon ou de filmes pelo Netflix também são exemplos de sistemas baseados em IA.

As empresas também vêm utilizando IA em diversos setores para melhorar sua competitividade, existem diversos casos de aplicação prática e impactante na competitividade organizacional como por exemplo: utilização de computação cognitiva para melhorar o SAC empre-sarial; utilizando assistente pessoais

para melhorar a produtividade da equi-pe; automatização de tarefas físicas e perigosas que passam a ser executadas por robôs, minimizando riscos a seres humanos; carros autônomos sendo uti-lizados como alternativa à mobilidade ur-bana; entre outros.

Apesar já estar inserida nos negócios ainda existe bastante espaço de cres-cimento, tanto para criação de novas ferramentas utilizando IA, quanto para adoção de IA em novos modelos de ne-gócios. A utilização de IA no modelo de negócios de sua empresa pode significar o diferencial competitivo necessário para o crescimento continua de sua empresa e a garantia de sucesso do seu produto ou serviço.

A IA afetará nossos negócios e nossas vidas no futuro, cada vez mais ela se tor-nará fundamental para análise de dados e tomadas de decisões em todos os níveis, desde o operacional até o estratégico. As-sim em um futuro breve ter sistemas in-teligentes será tão importante quanto ter pessoas inteligentes em sua organização.

8 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação

O NuTec é uma unidade de negócios do SergipeTec, atuando como um centro de serviços. Dessa maneira,

as atividades do NuTec envolverão as se-guintes abordagens:

1. Prestação de serviços: qualquer organização ou pessoa física pode solici-tar um serviço para o NuTec, que irá ava-liar a possibilidade de atendimento base-ado na capacidade do laboratório ou em princípios norteadores do SergipeTec. Im-portante: todo serviço terá um valor a ser pago pelo requerente.

2. Pesquisa: tanto em cooperação com as universidades parceiras como in-ternamente, a e3quipe do NuTec se lan-çará a desenvolver conhecimento sobre materiais e processos, cujo objetivo últi-mo é consolidar o laboratório como refe-rência na manufatura aditiva na região e no Brasil.

3. Treinamento: serão realizados cur-sos de curta e média duração em áreas como modelagem 3D, simulação e fabrica-ção digital, dentre outras possibilidades, com vistas a difundir conhecimento e pre-parar pessoal tanto para o NuTec quanto pra indústria regional.

Também deverão ser realizadas compe-tições, nas quais equipes são formadas no intuito de gerar soluções de interesse

do mercado. Tanto pode ter a finalidade de responder a problemas selecionados previamente, junto a empresas parceiras do SergipeTec, quanto vai incentivar o empreendedorismo e a geração de novos negócios que podem ou não ser incuba-dos no Parque.

Essa é a forma de interação entre o NuTec e a sociedade.

Os interessados em conhecer, ingres-sar, utilizar e/ou firmar parceria podem entrar em contato com Marcelo Dósea, nosso gestor de Inovação: [email protected]

NuTec, a serviço da sociedade

SERVIÇOS

9 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação

A marca é a identidade da sua empre-sa no mercado, sem o registro, você não possui direito algum sobre ela.

A constituição da sua empresa é ape-nas o primeiro passo e não garante a pro-teção da sua marca. O registro da razão social e do nome fantasia é realizado na Junta Comercial, com validade somente no estado onde a empresa está constitu-ída. Já o registro de marca é realizado no INPI (Instituto Nacional da Propriedade In-dustrial) e tem validade nacional. Somen-te o registro no INPI protege uma marca contra o uso indevido por terceiros em todo o Brasil.

Benefícios do registro de marca• Exclusividade do uso de sua marca no

seu ramo de atividade em todo o território nacional.

• Obtenção do direito de impedir ter-ceiros de utilizarem a sua marca.

• Comprovação de propriedade de bem

Por que registrar uma marca?

COMUNICAÇÃO

intangível da empresa, assim sua marca pode ser comercializada (venda, franquia, royalties, etc).

• A divulgação de que a sua marca é registrada inibe terceiros de copiá-la.

• Destaque da sua empresa em relação aos concorrentes, pois o registro trans-mite credibilidade, seriedade e segurança aos seus clientes e parceiros.

Riscos ao não registrar sua marca• Possibilidade de ter que parar de utili-

zá-la de forma imediata e inesperada.• Recebimento de notificação (judicial

ou extrajudicial) ou citação por meio de ação judicial, além do transtorno e tem-po demandado para solução da ação, há ainda custos para que sua empresa possa apresentar defesa e tentar readquirir um direito que já deveria ser dela.

• Pagamento de indenizações por uso indevido de marca.

• Desperdício de todo o material publi-citário e trabalho de divulgação em cima de uma marca que pode não ser sua.

• Um terceiro pode tirar o domínio (en-dereço do site) da sua marca, caso tenha o registro da mesma.

• Perda de credibilidade perante o mer-cado gerado pela mudança de uma marca.

O registro de marca é a única forma de provar que ela é sua. Não arrisque perder a identidade da sua empresa no mercado, registre!

LAÊMIA GONDIM

Diretora Regional Vilage Marcas e Patentes

10 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação

Em tempos que as mídias sociais estão pautando nossas vidas profissionais, mercadológicas, como também a nossa vida social. Os empreendedores ne-

cessitam se adaptar a nova realidade de fazer negócio, independentemente do seu ramo de atividade. Pois, a dinâ-mica “compra e venda” tem se modificado completamente nos últimos anos. Os clientes estão cada vez mais infor-mados sobre os produtos/serviços, e consequentemente mais conscientes na hora de efetuar a compra.

Dessa forma, o marketing de relacionamento é uma das estratégias que o empresário, tanto o inexperiente quanto o veterano pode utilizar para fidelizar sua cartela de clientes. Esse tipo de ferramenta de marketing pode ajudar seu negócio a ter uma base de clientes satisfeitos, como também atrair novas vendas.

Mas, o que é mesmo o marketing de relacionamento? E como colocá-lo em prática?

NEGÓCIOS

Entenda o que éMarketing de Relacionamento

ELIENE NASCIMENTO

Formada em Publicidade e Propaganda, Pós-Graduada em Gestão de Marketing pela UNIT - Universidade Tiradentes Experiência nas áreas de Comunicação, Marketing e Vendas em diversas empresas de Aracaju. Contato: [email protected]

11 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação

NEGÓCIOS

Para que possamos compreender como funciona esse recurso. É necessário saber primeiramente, o que é marketing, as pes-soas falam muito, mas não sabem o seu conceito, e confundem sua aplicabilidade. Assim, segundo o Dicionário de Termos de Marketing, “Marketing é o processo de planejamento, execução, preço, co-municação e distribuição de ideias, bens e serviços, de modo a criar trocas que satisfaçam objetivos individuais e orga-nizacionais”. Então, o termo marketing e sua aplicabilidade é muito amplo, envolve desde o planejamento do produto/serviço, até a comunicação/publicidade, e princi-palmente a troca com diversos “tipos de clientes” (fornecedor, suporte, tecnologia, contabilidade, RH, o consumidor final, den-tre outros).

Agora, que já compreendemos o con-ceito de marketing vamos a definição de marketing de relacionamento, e sua im-portância para os empreendedores. Des-sa forma, segundo o Dicionário de Comu-nicação, “Marketing de Relacionamento é uma modalidade de marketing voltada para a máxima empatia no contato com o cliente, através de promoções e técnicas de comunicação que gerem satisfação, envolvimento e identificação da clientela em relação à empresa”.

Antigamente, a equipe de vendas de uma empresa era treinada para atender o cliente, fechar o pedido, e pronto. Atual-mente, as empresas estão interessadas em conquistar e encantar um cliente es-pecífico para atendê-lo durante muito tem-po. A premissa do marketing de relacio-namento é que os clientes importantes precisam receber atenção contínua. Os vendedores que atendem clientes-chaves devem visitar seus clientes várias vezes

para saber os problemas que estão enfren-tando, e a empresa ter soluções práticas para solucioná-los.

A seguir vamos dá dicas de como imple-mentar o marketing de relacionamento na sua empresa. Primeiramente, identifique os clientes-chaves que merecem atenção especial; em seguida, escolha um geren-te de relacionamento para cada cliente--chave; depois especifique as tarefas dos gerentes de relacionamento, pois ele será o “advogado de defesa do cliente”, outra dica é a indicação de um gerente geral para supervisionar os gerentes de rela-cionamento; e por último, cada gerente de relacionamento deve desenvolver um pla-no a longo prazo e um plano anual de re-lacionamento com o cliente. O plano anual de relacionamento deve definir objetivos, estratégias, ações específicas e recursos financeiros.

Então, podemos entender que o marke-ting de relacionamento é gerar clientes fi-delizados, que atuam como defensores da sua empresa, além de recomendar sua em-presa para os amigos e conhecidos.

12 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação

Experimente realizar uma busca pelo termo “Susten-tabilidade Ambiental” no Google e encontrará uma enxurrada de definições que falam de meio ambien-

te, sociedade, consumo, qualidade de vida, inclusão social, escolhas, gerações futuras... A proposta é garantir que a sociedade se desenvolva socioeconomicamente, com mais populações tendo acesso a energia elétrica, saneamento básico e segurança alimentar, por exemplo, sem que o meio ambiente seja comprometido, a ponto de provocar um colapso na Humanidade.

Precisamos pensar (e executar) novos processos e tecnologias que substituam insumos pouco amigáveis ao meio ambiente, como o faz a energia solar, cujo potencial para geração de energia elétrica traz menores impac-tos ambientais que as usinas termoelétricas. Existem também os carros elétricos, já disponíveis no mercado brasileiro, que reduzem drasticamente o uso dos com-bustíveis fosseis.

Uma reflexão acerca da Sustentabilidade

SUSTENTABILIDADE

ANA CLAUDIA AQUINO ROSA

Engenheira Civil, espectralista em Gestão e Marketing Socioambiental. Entusiasta da vida e do meio ambiente.

13 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação

SUSTENTABILIDADE

O plano é que ao longo do tempo a socie-dade incorpore novos hábitos e abandone outros, de forma a assegurar a qualidade de vida já alcançada, sem comprometer os recursos para as gerações futuras e per-mitindo que maiores parcelas da socieda-de possam ter acesso a bens e serviços. É complexo falar em mudança de hábitos, mas vamos fazer uma analogia, para en-tender melhor que as mudanças “chaves” podem ser simples e eficazes sem neces-sidade de radicalismo, para uma vida mais sustentável ambientalmente.

Circulou no Whatsaap um vídeo em que o piloto de Fórmula 1 Sebastian Vettel segue correndo esbaforido pelos boxes enquan-to seu maior concorrente, Lewis Hamil-ton, surge sorrindo e o ultrapassa com um patinete. Vamos fazer algumas reflexões. Quanto custa um patinete? Quanto repre-senta no orçamento da escuderia este pa-tinete? Que desafio logístico representou levar o patinete até o autódromo? Não pre-cisa se especialista para saber que um pa-tinete tem um custo insignificante no mun-do da Fórmula 1. E os olhos arregalados do concorrente? Isso não tem preço!

Percebam que a dimensão do impacto causado por Hamilton foi gigantesca, mas com um investimento muito pequeno. Pode-ríamos pensar um aparato tecnológico de ultima geração resultante de anos de pes-quisas... Mas a solução para chegar mais rápido veio de um brinquedo! A ideia deste artigo não é tratar o tema complexo da Sus-tentabilidade Ambiental com relativismos ou simplificações que possam comprometer a seriedade do assunto, e sim convidar os ci-dadãos a pensar nesta questão com o olhar

da inovação e despertar nos empreendedo-res o oceano de possibilidades.

O ecossocioeconomista Ignacy Saches defende desde a década de 1960, que o ca-minho para o Desenvolvimento Sustentável, equilibrando aspectos sociais, econômicos e ambientais, passa pela tecnologia e po-deríamos complementar, nos dias de hoje, com a inovação. As diversas cadeias pro-dutivas precisam de ideias novas (negócios novos) para se tornarem mais amigáveis ao meio ambiente. No empreendedorismo sa-bemos que as ideias não nascem prontas e “redondinhas”, mas quando amadurecidas podem virar grandes negócios.

Um forte indício das enormes possibili-dades de negócios alavancadas pela Sus-tentabilidade Ambiental é a criação do Centro SEBRAE de Sustentabilidade, que desde 2010 produz e distribui conteúdo sobre o tema voltado para pequenos ne-gócios. Pesquisa realizada este ano pelo Instituto Akatu revelou que o consumidor brasileiro quer ser sustentável, mas não está disposto a fazer muito esforço para mudar. Acredito que o empreendedorismo pode ser este empurrãozinho que o consu-midor está precisando!

14 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação

INDÚSTRIA 4.0

MARCO ANTÔNIO MOREIRA PACHECOInterlocutor de Tecnologias Educacionais do SENAI/SE;Gestor/Interlocutor de Educação a Distância do SENAI/SE;Graduado em Desenvolvimento de Sistemas para Internet – FANESE/SE;Pós-graduado em Tecnologias da Educação a Distância – FTC/BA;Licenciado em Formação Especial para Educação Profissional – UNISUL/SC;Membro da Associação Brasileira de Educação a Distância – ABED;Instrutor de Tecnologia da Informação e Comunicação do SENAI/SE;

A revolução digital invade a Indústria

Antes de entrar no tema mais digital, precisamos en-tender que as revoluções industriais foram marcos em nossa história que possibilitaram às fábricas produzi-

rem mais e melhor. Poucos anos antes da revolução France-sa no século XVIII, podemos ver o início da primeira revolução industrial com as pequenas fábricas da época no coração da Europa, que vinham passando por transformações me-cânicas em seus processos de fabricação artesanal para a manufatura através de máquinas a vapor – Período estimado de 1760 a 1860. A segunda revolução da manufatura vem com o surgimento de novas máquinas movidas a eletricidade e surgimento de grande fábricas que começam a produzir em larga escala – Período estimado de 1860 a 1960. A terceira revolução industrial, apesar de diversos pontos relevantes em sua história, podemos citar duas características prin-cipais, o surgimento dos computadores e a automação dos processos de fabricação – Período de 1960 a 2000.

15 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação

INDÚSTRIA 4.0

Conforme outras épocas, a expansão do comércio, a concorrência mundial, a ne-cessidade de otimizar processos e as no-vas tecnologias, provocaram o surgimento de novos modelos de negócios, processos e produtos. Surge então a 4ª Revolução Industrial, período do ano 2000 aos dias atuais. Esta última revolução industrial é marcada principalmente pelo uso das novas tecnologias digitais que permitem a pequenas fabricas, parcerias que vão desde pessoas físicas a grandes grupos empresariais, para que possam trabalhar em campos antes possíveis apenas para grandes empresas.

A revolução digital que invade a indústria nesta quarta revolução é mais democráti-ca e está mais aderente a pequenas e mé-dias empresas, devido a facilidade que elas têm de absorver as inovações tecnológi-cas e otimizar seus processos de fabrica-ção, tornando suas rotinas mais enxutas e eficientes. Das novas tecnologias, pode-mos destacar a BigData, Computação em Nuvem, Simuladores, Realidade Virtual e Aumentada, Segurança Digital, Impressão 3D (Manufatura Aditiva), Integração entre sistemas e principalmente Robôs Autôno-mos e a Internet das Coisas (IoT).

Com a quarta revolução industrial é possível fazer um estudo dos processos de manufatura de uma determinada em-presa, o chamado diagnóstico de matu-ridade, traçar um roteiro de adequações que vão desde o simples monitoramento, para alimentação de sistemas específicos da produção, a implantação de sensoria-mento nos equipamentos para que os da-dos sejam coletados em tempo real. Des-

ta forma, o volume de dados que é criado e gerido através da nuvem de computadores que interliga os diferentes sistemas nos diferentes processos da empresa, é ana-lisado por aplicativos especializados que ajudam aos gestores a tomar decisões mais assertivas e em menor espaço de tempo. Assim, imaginem que uma fábrica de envasamento de água mineral, tem um de seus equipamentos trabalhando no limi-te da carga do processo e está a poucas horas de apresentar um defeito e a parada total da linha de produção. Um sensor dis-para para o sistema que controla e analisa a situação e passa a informação em tempo real para o gestor da fábrica através de aplicativos de celular, que pode analisar os indicadores e acionar as contra medidas para minimizar os prejuízos com a produ-ção em qualquer parte do mundo.

É amigos, as novas tecnologias digitais da quarta revolução industrial vieram para transformar uma realidade não apenas pessoal, mas em escala industrial e mudar a forma como pensamos pessoas, proces-sos e produtos neste novo mundo digital.

16 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação

ADMINISTRAÇÃO

Todos anseiam em ser empresário e ter seu negó-cio próprio, no entanto, abrir, manter ou expandir uma empresa é um enorme desafio. No caminho a

ser percorrido pelo empreendedor, haverá, inevitavelmen-te, necessidade de recursos para o negócio e estes são captados a todo momento, mesmo sem se perceber. Por exemplo, quando pedimos aumento de prazos a fornece-dores, estamos, na verdade, usando financiamento de terceiros.

A falta de recursos financeiro é, talvez, a principal ra-zão porque 1/3 das empresas fecham, segundo o SEBRAE nos primeiros anos de vida.

Outro fator que tem impedido muito o crescimento das empresas é a falta de conhecimento do próprio empreen-dedor e a utilização de estratégias para o crescimento do negócio. Normalmente o que se observa é que, em fun-

JOÃO BOSCO PITA SANTOS

Consultor de negócios da Ampla Consultoria e Planejamento Financeiro, técnico em contabilidade, corretor de imóveis e funcionário aposentado do BNB

O recurso financeiro adequado para sua empresa

17 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação

ADMINISTRAÇÃO

ção deste despreparo e a falta de plane-jamento somado a necessidade imperiosa de recursos, é que a maioria das empre-sas, principalmente as de pequeno e médio portes, acabam procurando caminhos mais fáceis e rápidos, utilizando em excesso os bancos comerciais, que, via de regra, têm custos mais altos e prazos menores de fi-nanciamento. No afã de resolver problemas urgentes de caixa, esquecem que em algum momento isto vai afetar a gestão financeira e o fluxo de caixa da empresa, o que pode-rá tornar a situação traumática. “para um problema complexo tem sempre uma solu-ção fácil, rápida e errada” (P. Malan).

Atualmente, as empresas, cada vez, mais buscam alternativas e formas de cap-tar recursos financeiros, por isso há ne-cessidade de conhecer o sistema financeiro devido sua importância no sistema empre-sarial, de uma vez que objetivo é transfe-rir recursos para agentes econômicos. É crucial que empreendedor saiba ou tenha entre seus colaboradores, alguém capaci-tado para buscar esses recursos com o menor custo possível e que fique sempre atentos às propostas apresentadas pe-las instituições financeiras. Existem, hoje, uma enormidade de linhas de crédito ofe-recidas pelos bancos, sejam públicos ou privados além de outros tantos incentivos empresariais, principalmente os governa-mentais, com programas de acordo com as particularidades da empresa onde o ca-pital será investido.

PRINCIPAIS FONTESDE RECURSOS FINANCEIROS

Todo empreendedor tem o sonho de tirar uma ideia ou projeto do papel e transfor-má-lo em algo grande. Mas, onde conse-

guir os recursos necessários para chegar lá? Quais são as fontes de capital mais adequadas para o meu negócio?1. Capital próprio – Geralmente a primeira fonte de capital utilizada pelo empreendedor:2. Capital de familiares e amigos – Tem bai-xo custo e é muito baseado na confiança;3. Linhas de crédito bancário – Financiar um negócio com linhas de crédito é uma das formas mais seguras. Exemplo des-se financiamento é o FNE, subsidiado pelo Gov. Federal, operacionalizado pelo Banco do Nordeste, com excelente, taxa de juros;4. Linha de Fomento e Subvenção – São instituições públicas que tem como missão apoiar financeiramente a pesquisa e solu-ções em ciência, saúde, tecnologia e ino-vação.5.Capital de Risco – São investidores que aportam capital em empresas esperando o retorno financeiro com o crescimento da empresa.

É importante focar que o conhecimento das melhores linhas de crédito, possibili-tam alcançar um maior retorno financeiro, cabendo aos gestores procurar as melho-res condições para a empresa, pois so-mente eles sabem o prazo necessário para que se obtenha retorno do capital financia-do e o tempo para saldar a dívida.

18 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação

EVENTO TECNOLÓGICO

Uma iniciativa que envolve vários eventos pela região nordeste, com o objetivo de buscar empresas inovadoras no Bra-

sil, para aportar de R$ 1,5 a R$ 10 milhões, além de oferecer apoio em gestão e estraté-gia. Essa é a Roadshow Criatec. A edição de Aracaju, Sergipe, que vai apresentar o Fun-do Criatec 3, acontece no dia 5 dezembro, quarta-feira, sob a organização da Acelerase e Paggcerto, com o apoio do Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec), Banco do Nordeste (BNB), Conviva Coworking, Sebrae, Fecomércio e Inova+Sergipe. Criado pelo BNDES, o Fundo Criatec 3 tem entre os cotistas o BNB.

Em Sergipe, as startups que desejarem participar do processo seletivo do Road Show, que será transmitido ao vivo (pela televisão e redes sociais do BNDES), deverão apresentar o pitch (5min) para o representante da Iseed Investimentos, gestora e avaliadora do Road Show, em parceria com instituições dos ecos-sistemas locais de cada cidade participante.

Para isso, foi realizada uma reunião pre-paratória, com a organização, parceiros e empreendedores interessados em participar do evento. Na oportunidade, Marcelo Dó-sea, gestor de Inovação do Sergipe Parque Tecnológico, destacou pontos essenciais no planejamento empresarial e participação em rodadas de negócios, e como o Parque Tecno-lógico apoia projetos ações empreendedoras, inclusive, disponibilizando editais de seleção de empresas de base tecnológicas (pré-incu-bação, incubação, empresa residente e lote).

“O intuito desse momento é de atrair e criar no empreendedor a visão acerca de: fundos de investimento; de formas de rece-bimentos de capital na empresa; de como o

empreendedor pode conversar para conseguir conquistar o investidor; da melhor maneira de apresentar o pitch, mostrando o que o em-preendedor tem de inovação e o elemento que torna ou pode tornar Sergipe destaque no país e no mundo. A atração do Fundo para Sergipe é em busca de incluir nosso estado no Mapa Nacional de Investimento e no Mapa Nacional de Startups. Mostrar que, aqui, existem, sim(!), empresas de qualidade, que criam e/ou desenvolvem inovação, e que es-tão aptas a receber investimento de fundos. Portanto, o nosso apoio ao RoadShow é in-centivando e inscrevendo empresas aqui ins-taladas, além de disponibilizar espaço físico para a realização de reuniões, entre outras formas”, ressaltou.

Empresas participantes da reunião prepa-ratória: Acone, Fork, Core Services, Essa Am-biental, InfoW (todas, instaladas no Sergipe-Tec), Emgepet, Fortpay, Explicae e Uniestudos.

As inscrições devem ser efetuadas pelo site do SergipeTec: sergipetec.org.br. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (79) 3257.2232 o pelo e-mail [email protected]

Sergipe se prepara para receber o Roadshow Criatec Nordeste

19 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação

OBRA: O GESTOR EFICAZAUTORES: PETER F. DRUCKER.EDITORA: LTC, 2017

S i n o p s e : O autor da obra, Peter D r u c k e r, d i s p e n s a a p r e s e n -tação. Foi e s c r i t o r, professor e consultor, é conside-rado o pai da admi-n i s t ração m o d e r n a ,

tendo sido autor de mais de 30 livros e vários best-sellers. Esta obra é uma das mais importantes e foi lançada em 1966, com o título “The Effective Exe-cutive”. No Brasil, foi publicada, com o título de “O Gerente Eficaz”. Agora, em 2017, foi publicada com a tradução de Jorge Fortes, cujo título é “O Gestor Eficaz”. O autor conseguiu sintetizar décadas de pensamentos e experiências, em uma obra que pode ser usada como um “manual” prático para gestores que querem melhorar e ter um desempenho acima da média e, de fato, fazer acon-

tecer. Drucker parte de dois pressupos-tos: que o principal objetivo do gerente é ser eficaz e que eficácia é algo que pode e deve ser aprendido e aperfeiçoado. A ideia de que qualquer um pode, necessa-riamente, gerenciar outra pessoa nunca foi comprovada, entretanto, não há dúvi-da de que sempre é possível gerenciar a si mesmo. A obra explicita que, de fato, os gestores que não conseguem praticar a autogestão e se preparar com eficácia não podem esperar que seus colabora-dores sejam eficazes. Afinal, a gestão é, em grande parte, exercida por meio de exemplos, e os gestores que não sabem como se tornar eficazes nas suas pró-prias atividades se tornam um modelo errado. Sem dúvidas, é um dos melhores livros que já li. Os conceitos apresenta-dos na obra podem ser aplicados na vida profissional dos gestores imediatamen-te após a leitura e, apesar de ter sido escrito na década de 60, é possível dizer que a obra está totalmente de acordo com a realidade que vivenciamos hoje e que é de grande valia para aqueles que estão em posição de comando, direção, gerência, etc.

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INDICAÇÃO DE LEITURA

IÊDO FLÁVIO DE ANDRADE FILHO Administrador, advogado, empreendedor, empregado público, especialista em gestão pública e empresarial, presidente da Academia de Ciências de Administração de Sergipe (ACAD-SE) e coautor do livro RH na Veia.

20 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação

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